Editorial
Bom dia
a todos vocês que nos honram com sua leitura e atenção,
Amigos,
aqui estamos com o número 33 da nossa Eucalyptus
Newsletter.
Esperamos que essa edição esteja de seu agrado e interesse,
permitindo assim que nossos leitores ganhem mais conhecimentos e entendimentos
sobre as florestas plantadas de eucaliptos e sobre seus produtos e
serviços, que são de enorme valor para a nossa sociedade.
Nessa
edição, a tradicional seção "Os
Amigos dos Eucalyptus" presta uma homenagem "in memoriam" e
um justo reconhecimento ao nosso estimado amigo que recentemente
nos deixou, o Dr. Leopold Rodés
i Garriga. Rodés foi
uma pessoa notável, inteligente, culta, determinada, questionadora
e questionada, como todo inovador costuma ser. Dentre suas realizações
pelo setor de celulose e papel, encontramos seus magníficos
Ensaios Históricos sobre o Papel. Trata-se de uma coleção
de quase 70 títulos escritos para a revista O Papel, entre
1994 e 1999, que conseguimos resgatar para que fiquem à disposição
de vocês todos e da sociedade papeleira. Será muito
fácil vocês acessarem essa preciosidade e comprovarem
o enorme valor que esses artigos apresentam para os que se encantam
e admiram o papel. O mínimo que o setor celulósico-papeleiro
brasileiro deve ao Rodés é tentar preservar suas realizações
e essa sua obra - isso tentamos fazer de forma singela nessa edição
da Eucalyptus Newsletter e em nosso website www.celso-foelkel.com.br (http://www.celso-foelkel.com.br/artigos_outros21.html), com o apoio
da ABTCP - Associação Brasileira Técnica de
Celulose e Papel e da família e amigos do Dr. Leopold Rodés
i Garriga.
Nessa edição, continuamos com a prestigiada seção "O
Mundo dos Eucaliptos" sendo que estamos com ela trazendo novidades
sobre "Brasília - Distrito
Federal - Brasil". Apesar
da capital do país ter uma área pequena, insuficiente
para se destacar como produtora de florestas plantadas, lá estão
importantes entidades privadas, públicas e não-governamentais,
bem como inúmeras e destacadas autoridades e tomadores de decisão
do e para o setor brasileiro de base florestal.
A seção "Curiosidades
e Singularidades acerca dos Eucaliptos" da engenheira
agrônoma M.Sc.
Ester Foelkel lhes conta, com muita certeza, algo muito útil e valioso
para vocês: "Produtos de Madeira de Eucalipto de Maior Valor
Agregado para Uso na Construção Civil". Através
de muitos estudos e pesquisas tecnológicas, a madeira de reflorestamento
do eucalipto foi ganhando espaço para inúmeros produtos
nobres e denominados de maior valor agregado, tais como portas, janelas,
marcos, esquadrias, pisos, forros, etc. Com isso, as madeiras de florestas
nativas, que anteriormente eram utilizadas para essas finalidades,
deixaram gradualmente de sê-lo, podendo assim ter seus remanescentes
florestais preservados.
A
tradicional seção "Referências
Técnicas da Literatura Virtual" está definitivamente
atrelada à unidade federativa do Brasil homenageada nessa edição,
ou seja, Brasília - Distrito Federal, oferecendo literaturas
interessantes para serem visitadas por todos os que quiserem conhecer
mais sobre nossa capital e sua importância florestal e industrial.
Já a seção "Euca-Links" foi embutida
na própria descrição de Brasília como importante
polo alavancador, político, cultural, educacional, institucional
e econômico do setor florestal brasileiro.
Essa
edição lhes traz ainda para conhecimento, um importante
relato sobre o papel apresentado pela revista Ciência & Ambiente
cujo editor principal é nosso estimado amigo Dr.
Delmar Bressan da UFSM - Universidade Federal
de Santa Maria. Por favor, conheçam
mais adiante a edição "O
Lugar do Papel" -
Edição Especial da Revista Ciência & Ambiente
- Universidade Federal de Santa Maria - Brasil ".
Nosso
mini-artigo dessa edição lhes traz minhas considerações
sobre um novo modelo de plantações florestais de eucalipto
que vem ganhando espaço no Brasil e sobre o qual tenho dúvidas
sobre sua sustentabilidade. Por isso, decidi lhes oferecer algumas
reflexões e pontos de vista pessoais e científicos
sobre essa nova forma de plantar árvores, em modelos que mais
se assemelham a plantações agrícolas. Caso queiram
me dar a honra, por favor, leiam o artigo "Plantios Adensados
de Eucaliptos: será que esse novo modelo de silvicultura pode
apresentar adequada sustentabilidade?"
Esperamos
que essa edição possa lhes ser muito útil, já que
a seleção de temas foi feita com o objetivo de lhes
trazer novidades sobre os eucaliptos e que acreditamos possam ser
valiosas a vocês que nos honram com sua leitura.
Caso ainda não estejam cadastrados para receber a newsletter
e os capítulos do nosso livro online sobre os eucaliptos, sugiro
fazê-lo através do link a seguir: Clique
para cadastro.
Estamos
com diversos parceiros apoiadores não financeiros a esse nosso
projeto: TAPPI, IPEF, SIF, CeluloseOnline, RIADICYP, TECNICELPA,
ATCP Chile, Appita, TAPPSA, SBS, ANAVE, AGEFLOR, EMBRAPA FLORESTAS,
EUCALYPTOLOGICS - GIT Forestry, ForestalWeb, Painel Florestal, INTA
Concórdia - Novedades Forestales, Papermakers' Wiki, Åbo
Akademi - Laboratory of Fibre and Cellulose Technology e Blog do
Papeleiro. Eles estão ajudando a disseminar nossos esforços
em favor dos eucaliptos no Brasil, USA, Canadá, Chile, Portugal,
Argentina, Espanha, Austrália, Nova Zelândia, Uruguai,
Finlândia e África do Sul. Entretanto, pela rede que é a
internet, essa ajuda recebida de todos eles coopera para a disseminação
do Eucalyptus Online Book & Newsletter para o mundo todo. Nosso
muito obrigado a todos esses parceiros por acreditarem na gente e
em nosso projeto. Conheçam nossos parceiros apoiadores em:
http://www.eucalyptus.com.br/parceiros.html
Obrigado
a todos vocês leitores pelo apoio e constante presença
em nossos websites. Nossos informativos digitais estão atualmente
sendo enviados para uma extensa "mailing list" através
da nossa parceira ABTCP - Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel, o que hoje está correspondendo a alguns
milhares de endereços cadastrados. Isso sem contar os acessos
feitos diretamente aos websites www.abtcp.org.br; www.eucalyptus.com.br e www.celso-foelkel.com.br,
ou ainda pelo fato dos mesmos serem facilmente encontrados pelas ferramentas
de busca na web. Nossa meta a partir de agora é muito clara:
estar com o Eucalyptus
Online Book & Newsletter sempre na primeira página,
quando qualquer pessoa no mundo, usando um mecanismo de busca tipo
Google, Yahoo ou Bing, pesquisar algo usando a palavra Eucalyptus.
Com isso, poderemos informar mais às partes interessadas sobre
os eucaliptos, com informações relevantes e de muita
credibilidade. Por isso, peço ainda a gentileza de divulgarem
nosso trabalho àqueles que acreditarem que ele possa ser útil.
Eu, a Grau
Celsius, a ABTCP e
a International Paper do Brasil,
mais os parceiros apoiadores, ficaremos todos muito
agradecidos.
Um
abraço a todos e boa leitura. Esperamos que gostem do que
lhes preparamos dessa vez.
Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br
http://www.eucalyptus.com.br
http://www.abtcp.org.br
Nessa
Edição da Eucalyptus Newsletter
Os
Amigos dos Eucalyptus - Dr. Leopold Rodés e seus Famosos "Ensaios
Históricos sobre o Papel" - († In memoriam)
O
Mundo dos Eucaliptos: Brasília - Distrito Federal
- Brasil
Referências
Técnicas da Literatura Virtual - Brasília
- Distrito Federal - Brasil
"O Lugar do Papel" - Edição Especial
da Revista Ciência & Ambiente - Universidade Federal
de Santa Maria - Brasil
Curiosidades
e Singularidades acerca dos Eucaliptos - Produtos de Madeira
de Eucalipto de Maior Valor Agregado para Uso na Construção
Civil - por Ester Foelkel
Mini-Artigo
Técnico por Celso Foelkel
Plantios
Adensados de Eucaliptos: Será que esse
Novo Modelo de Silvicultura Pode Apresentar Adequada
Sustentabilidade?

Os
Amigos dos Eucalyptus
Dr.
Leopold Rodés e seus Famosos "Ensaios Históricos
sobre o Papel" († In memoriam)
Dr.
Leopold Rodés i Garriga foi um grande,
competente e dedicado amigo do papel e do setor de celulose e papel
brasileiro. Sua atuação profissional durante sua vida
foi muito rica em realizações, e por certo, uma das mais
relevantes foi exatamente a série de artigos que ele escreveu
para a Revista O Papel, editada pela ABTCP
- Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel sobre as origens, o desenvolvimento
e as bases tecnológicas da produção e utilização
da celulose e do papel, bem como acerca de sua conservação,
arte, cultura, história, proteção, sustentabilidade
e reaproveitamento de suas fibras via reciclagem. Vocês poderão
comprovar isso tudo logo mais adiante.
Acredito que o Dr. Rodés, como era usualmente conhecido no setor
de celulose e papel, tenha me dedicado uma sincera amizade, o que era
recíproco. Eu sempre tive longas conversas com ele, até porque
nossas personalidades pareciam muito similares: ambos gostávamos
de debater um tema, sempre questionando um ao outro para aumentar a
dose dos conhecimentos que emanariam desse debate. Inúmeras
vezes, quando eu ia a uma reunião no CTCP/IPT - Centro Técnico
em Celulose e Papel, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas
do Estado de São Paulo, ele sempre me convidava para almoçar
ou para ir trocar idéias em sua sala de trabalho. Muitas vezes,
eu saia dessas nossas conversas até um pouco exausto e com a
impressão que tínhamos sido muito prolixos, mas logo
a seguir, ao refletir sobre o que faláramos, entendia que tinha
valido muito a pena o aprendizado recolhido daquelas nossas longas
conversas.
Aprendi com isso a conhecer um profissional determinado,
criativo, inovador e de enorme bagagem cultural. Isso se expressava
em suas colocações
e até em seus hobbies. Imaginem que ele projetava embarcações
históricas e as construía criteriosamente e com enorme
paciência para que a perfeição fosse alcançada.
Ele próprio desenvolvia o projeto e muitas das ferramentas necessárias
para a construção dos barcos. Na época de seu
falecimento, seu estaleiro tinha em produção, entre outras
coisas, uma caravela portuguesa, uma coca (nau espanhola do século
XIII) e uma catraia (embarcação ribeirinha amazônica).
Rodés sempre fez tudo com muito entusiasmo.
Ele foi uma pessoa que não se limitava, era muito determinado
e interessado por assuntos diversos. Se algo despertasse o seu interesse,
ele se aprofundava,
pesquisava, procurava o conhecimento e, tomando posse dele, tinha prazer
em compartilhá-lo e repassá-lo para outras pessoas. Procurava
sempre fazer pontes entre as pessoas para troca de conhecimento e informações.
Quando gostava muito de um livro, comprava pelo menos 3 exemplares:
um para dar a uma pessoa que achava que iria gostar muito do livro,
um para ele, e um para poder emprestar, sem correr o risco de ficar
sem. Conhecedor de música clássica e literatura, traduziu
para o português em 2008 o livro de poesia "Os anjos não
sabem velar os mortos", de Joan Reventós i Carner, escrito
originalmente em catalão. Tinha inúmeras atividades fora
das profissionais: era muito religioso, tinha paixão pela leitura,
era escritor e poeta, pintava quadros, colecionava coisas, falava fluentemente
cinco idiomas; enfim, uma pessoa de enorme cultura e percepção.
Rodés era por isso tudo uma pessoa que valorizava o conhecimento
e que abraçou com vontade a área de celulose e papel,
considerando que até ser contratado pelo CTCP/IPT não
tinha tido qualquer contato com este setor, pois veio de outras áreas
da engenharia química. Tão logo foi contratado como diretor
do CTCP/IPT, uma área profissional totalmente nova para ele,
procurou aprender não apenas a tecnologia, mas principalmente
a história e a importância do papel para a sociedade.
Para isso, tornou-se membro e passou a freqüentar importantes
associações, como a ABTCP (Associação Brasileira
Técnica de Celulose e Papel - http://www.abtcp.org.br/), a IASPM
(International Association of Scientific Paper Makers), a IAPH (International
Association of Paper Historians - http://www.paperhistory.org/), a
ALTEC (Asociación Latino Ibero Americana de Gestión Tecnológica
- http://www.asociacionaltec.org), a ABER (Associação
Brasileira de Encadernação e Restauro - http://www.aber.org.br/),
o IEA (Instituto de Estudos Avançados da USP - Universidade
de São Paulo - http://www.iea.usp.br/). Foi também presidente
do Comitê Brasileiro de Matérias-Primas e Produtos Vegetais
e Animais, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas
- http://www.abnt.org.br/), o qual cobria, entre outras áreas,
as normatizações do setor de celulose e papel. Foi, ainda,
presidente da CORLIDOSP - Coordenadoria de Conservação
e Restauração de Livros e Documentos Históricos
do Estado de São Paulo. (Ouçam e relembrem sua voz em
um evento realizado em Brasília - Distrito Federal, em 2006,
onde ele representou a CORLIDOSP no I Encontro de Conservadores e Restauradores
da Comissão de Educação e Cultura da Câmara
dos Deputados do Brasil: http://imagem.camara.gov.br/internet/audio/exibeaudio.asp?codGravacao=00008764&hr
Inicio=2006,11,9,11,32,22&hrFim=2006,11,9,11,32,22&descEvento=
Comissão de
Educação e Cultura). Por isso tudo, Rodés aprendeu
muito sobre o papel e sua importância cultural (talvez um dos
tópicos favoritos dele), que acabou resultando nos seus famosos "Ensaios
Históricos", a partir de 1994.
Leopold Rodés i Garriga nasceu em Barcelona, em 1924. Teve uma
juventude muito conturbada devido à instabilidade política
da Espanha e às dificuldades ainda maiores de ser catalão.
No início da guerra civil espanhola, com 12 anos, seu pai foi
seqüestrado e assassinado. Por conta disto, mudou-se com a mãe
e irmãos para a Bélgica, voltando para Barcelona ao final
da guerra. Formou-se engenheiro químico pela conceituada Universidade
Politécnica da Catalunha em 1946. Seus primeiros empregos na
Espanha foram na área de produtos aromatizantes e fragrâncias.
Entretanto, não lhe agradava a situação instável
na Espanha - decidiu em 1954 enfrentar novos desafios, mudando para
o Brasil, onde já tinha uma irmã vivendo. No Brasil,
não teve dificuldades para se colocar profissionalmente, trabalhando
primeiro na Colgate Palmolive e depois na Kibon, em pesquisa e desenvolvimento
técnico e em assuntos relacionados à qualidade.
Em 1955, casou-se com Maria Dolores, catalã e irmã de
seu cunhado. Maria Dolores veio ao Brasil de férias e acabou
ficando para casar-se, seis meses depois, com Leopold. Tiveram quatro
filhos: Marta, Ana Maria, Nuria e Agusti, e sete netos.
Em 1977, aceitou o enorme desafio profissional, que foi liderar e gerenciar
o CTCP, onde trabalhou com dedicação até 1989.
Em apenas 12 anos de IPT teve diversos desafios importantes pela frente,
pois o setor brasileiro de celulose e papel passava por enorme crescimento
e tinha metas ousadas a cumprir. Também recebia uma entidade
que tinha problemas de reter pessoal qualificado e dificuldades de
obtenção de recursos financeiros. Como Diretor do CTCP
- Centro Técnico em Celulose e Papel, buscou liderar/participar
de alguns empreendimentos importantes para o setor florestal brasileiro,
como o desenho e implantação, junto com o Prof. Dr. Jacques
Marcovitch, de um planejamento estratégico setorial e a formação
de um conselho consultivo para a gestão integrada do centro
de forma participativa com as principais lideranças do setor
de celulose e papel do país.
Algumas de suas muitas realizações foram lembradas pela
sua amiga e colega de trabalho no CTCP, nossa estimada Maria Luiza
Otero D'Almeida:
"
- a forte ênfase na Qualidade: até hoje o IPT mantém
um Programa Interlaboratorial para Ensaios em Papel e que teve início
em 1977, com 10 participantes; nessa mesma época foi dada uma
consultoria para a Casa da Moeda do Brasil referente a implantação
de um Sistema da Qualidade;
- os cursos Pan-Americano de Especialização em Celulose
e Papel: ele acreditava que o setor carecia de qualificação
em seus recursos humanos e que no futuro haveria uma grande demanda;
- o Curso Técnico em Celulose e Papel: incentivado por ele em
parceria com o SENAI/SP, onde a função do IPT seria de
dar o apoio inicial até o SENAI conseguir andar por si próprio,
formando uma equipe para tal. Surge daí a coleção
de livros sobre Celulose e Papel, em dois volumes, escrita pelos técnicos
do IPT, todos na época muito jovens, mas contagiados pelo entusiasmo
do Rodés e cientes da responsabilidade que tinham em mãos.
- a questão ambiental e o manejo correto das florestas: uma
preocupação antiga dele, que veio se concretizar com
sua participação no Grupo de Estudos Avançados
da USP - Universidade de São Paulo e no desenvolvimento do projeto
FLORAM;
- os projetos de gaseificação e produção
de metanol a partir de madeira, este último com planta piloto;
- a interação com Centros de Pesquisa na área
de Celulose e Papel (Espanha, França, Estados Unidos, Canadá,
Alemanha), assim como as parcerias com países da América
Latina;
- a preocupação em manter a equipe atualizada em temas
novos para o setor na época, como a biotecnologia, engenharia
genética, clonagem na área florestal, branqueamento da
celulose, controle de poluentes; etc., etc."
Ao sair do IPT, com a reestruturação interna que ocorreu
no instituto, foi rapidamente solicitado a trabalhar como consultor
da empresa Klabin, onde teve papel de destaque no processo de certificação
florestal da empresa, a primeira a ser certificada no Brasil pelo FSC
- Forest Stewardship Council.
Leopoldo Rodés foi também, junto com os doutores Aziz
Ab’Saber, Werner Zulauf, José Goldemberg e Jacques Marcovitch,
um dos idealizadores iniciais e um dos principais gestores do conhecido
projeto FLORAM, um megaprojeto que começou a ser esboçado
em 1989 e que tinha a meta de reflorestar extensas áreas no
Brasil para fins comerciais e de proteção ambiental.
Pela sua relevância, o Projeto FLORAM e seus idealizadores ganharam
em 1998 a medalha de ouro "Hopes for the Future for a Sustainable
World", ou "Prêmio Thomas Kuhn" por iniciativas
que promovessem o desenvolvimento sustentável, concedida pela
IUAPPA - International Union of Air Pollution Prevention & Environmental
Protection Associations (União Internacional de Associações
de Prevenção à Poluição do Ar e
Proteção Ambiental), em conjunto com a IAS - International
Academy of Science (Academia Internacional de Ciências - http://www.ias-icsd.org/).
Segundo a comissão julgadora, presidida pelo Dr. Yuan T. Lee
(Prêmio Nobel de Química de 1986), o Projeto FLORAM levou
ao avanço mais significativo no desenvolvimento sustentável
entre todos os projetos que foram reportados nas conferências
mundiais da IUAPPA entre 1992 e 1995. (Conheçam mais sobre o
FLORAM em http://www.scielo.br/scielo.php?script=
sci_issuetoc&pid=0103-401419900002&lng=pt&nrm=iso e sobre essa premiação em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-
40142000000200009&script=sci_arttext).
Leopold Rodés "era uma pessoa determinada e empreendedora, à frente
de seu tempo", como bem o definiu a nossa amiga Maria Luiza Otero
D'Almeida. Como acontece com toda pessoa com este perfil, enfrentou
críticas e freqüentemente um setor refratário a
mudanças. Inclusive, a gestão tipicamente de empresa
pública, como o caso do IPT, era demasiadamente burocrática
e lenta para que um centro de inovação se concretizasse
da forma como planejado e idealizado pelo Rodés.
Ao longo de sua carreira, teve mais de 80 trabalhos técnicos
publicados em revistas e congressos, além dos quase 70 ensaios
históricos sobre o papel.
Leopold Rodés faleceu subitamente em setembro de 2010 em Barcelona,
próximo dos 86 anos, durante uma viagem para rever a família
e os amigos de sua juventude. Uma viagem que ele aproveitou com entusiasmo
até o último minuto. Como não podia deixar de
ser, Rodés esteve ativo até o último momento de
vida: nos seus últimos meses, estava envolvido, junto com Norma
Cianflone, Silvia Bugager e Bruno Mortara, em um novo projeto: uma
coletânea de textos sobre restauro e conservação
de papéis, para dar suporte à educação
superior.
Essa homenagem que fazemos ao Dr. Rodés, através da Eucalyptus
Newsletter, tem exatamente o objetivo de lhe agradecer pelo seu magnífico
trabalho em favor do papel, um bem de inestimável valor cultural
para a humanidade. Com isso, ao atribuir ao Dr. Leopold Rodés
a singela homenagem como um "Amigo
dos Eucalyptus", aproveitamos
para compartilhar com a sociedade mundial toda essa grande bagagem
de conhecimentos que o Dr. Leopold Rodés
i Garriga nos ofertou
na revista O Papel em sua seção "Ensaios Históricos
sobre o Papel", entre 1994 e 1999. Uma preciosidade que a ABTCP
e a família do Dr. Leopold Rodés ajudaram a coletar e
me possibilitaram construir esse acervo para vocês. Agradecemos
a colaboração da ABTCP - Associação Brasileira
Técnica de Celulose e Papel, por ajudar no resgate e na disponibilização
desse valioso material em www.celso-foelkel.com.br e www.eucalyptus.com.br,
e de familiares e amigos do Dr. Rodés. Um especial agradecimento às
seguintes pessoas pela maneira como cooperaram para que isso pudesse
acontecer: Sra. Nuria Rodés e irmãs/ão Marta,
Ana Maria e Agusti (todos filhos do Dr. Rodés), Sr. Francisco
Bosco de Souza (ABTCP), engenheira Maria Luiza Otero D'Almeida (IPT)
e Srta. Aline Silva de Paula (área de Inteligência Setorial
da ABTCP) .
Acessem e aprendam com essa excelente literatura em seus 66
ensaios históricos (acredito que alguns outros poucos se perderam e
não conseguimos resgatar, mas foram muito poucos, acreditem).
Todos carregam em seu escopo muita história, ciência,
tecnologia, emoções e principalmente cultura.
Somente um profissional multidisciplinar e uma pessoa culta e determinada
como o Dr. Leopold Rodés para nos brindar com isso tudo.
Revista O Papel 1994
Editorial da revista O Papel de abril de 1994 fazendo o lançamento
da série "Ensaios Históricos sobre o Papel"
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/01_Cartas%20e%20Editorial.pdf
A feitura do papel manual. Abril. 04 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
02%20-%20A%20feitura%20papel%20manual.pdf
Fibras vegetais nas manufaturas de papéis: origens geográficas.
Maio. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/02A_Origens%20fibras%20vegetais.pdf
Fibras vegetais e sua classificação. Junho. 02 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/03%20-%20
Fibras%20vegetais%20e%20classificacao.pdf
Composição química e microestrutura das fibras
nos vegetais superiores. Julho. 02 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/04%20-%20
Composicao%20quimica%20microestrutura%20fibras.pdf
Morfologia e dimensões das partículas fibrosas vegetais.
Agosto. 02 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/05%20-%20
Morfologia%20dimensoes%20fibras%20vegetais.pdf
Beneficiamento primário: maceração. Setembro.
02 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/06-%20
Beneficiamento%20primario%20-%20Maceracao.pdf
Beneficiamento primário: batimento. Outubro. 02 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/07%20-%20
Beneficiamento%20primario%20-%20Batimento.pdf
Influência da cultura árabe sobre a refinação
das polpas celulósicas. Novembro. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/08%20-%20Influencia%20
cultura%20arabe%20refinacao%20polpas.pdf
Limpeza das fibras e importância da água nas polpas papeleiras. Dezembro. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/09%20-%20Limpeza%20
fibras%20iimportancia%20agua.pdf
Revista O Papel 1995
Meditações sobre uma folha de papel. Janeiro. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/10%20-%20
Meditacoes%20folha%20de%20papel.pdf
Formação da folha. Fevereiro. 02 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/11%20-%20Formacao%20folha.pdf
Fôrmas usadas nas manufaturas de papel. Março. 02 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
12%20-%20Formas%20na%20manufatura.pdf
A lenta metamorfose das fôrmas papeleiras. Abril. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
13%20-%20Metamorfose%20formas%20papeleiras.pdf
Prensa e secagem das folhas de papel manual. Maio. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/14%20-%20
Prensa%20secagem%20das%20folhas.pdf
Colagem interna e acabamento superficial. Junho. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/15%20-%20
Colagem%20interna%20acabamento%20superficial.pdf
Marcas d'água: suas origens e características. Julho.
03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/16%20-%20
Marcas%20dagua%20-%20%20origens%20e%20caracteristicas.pdf
Marcas d'água: papéis avergoados. Agosto. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/17%20-%20
Marcas%20dagua%20-%20Papeis%20avergoados.pdf
Papel-arte: Otávio Roth. Setembro. 05 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/18%20-%20
Papel-arte%20-%20Otavio%20Roth.pdf
Marcas d'água: filigranas I. Expressão artística,
sua comunicação. Outubro. 05 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/19%20-%20Marcas%20
dagua%20-%20Filigranas%20I%20-%20Expressao%20artistica.pdf
Marcas d'água: filigranas II. Tecnologias envolvidas. Novembro.
03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/20%20-%20Marcas
%20dagua%20-%20Filigranas%20II%20-%20Tecnologias.pdf
Marcas d'água: filigranas III. Tipologia e classificação
sistemática. Dezembro. 02 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/21%20-%20
Marcas%20dagua%20-%20Filigranas%20III%20-%20Tipologia.pdf
Revista O Papel 1996
Marcas d'água: filigranas IV. Metodologia na sua pesquisa analítica. Janeiro. 02 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/22%20-%20
Marcas%20dagua%20-%20Filigramas%20IVpesquisa.pdf
As sete vidas das fibras do papel manufaturado: do berço até a
sepultura. Fevereiro. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/23%20
-%20Sete%20vidas%20fibras%20papel.pdf
Idéias, folhas, livros, arquivos e bibliotecas. Março.
03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
24%20-%20Ideias%20folhas%20livros.pdf
Caligrafia. Abril. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/25%20-%20Caligrafia.pdf
Proteção de livros e documentos: conceituação
e definições. Maio. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/26%20-
%20Protecao%20livros%20documentos.pdf
Conservação material de livros e documentos históricos. Junho. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/27%20-%20
Conservacao%20material%20livros%20documentos.pdf
Conservação ambiental de livros e documentos. I. (ar
+ temperatura+ umidade). Julho. 02 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/28%20-%20
Conservacao%20ambiental%20livros%20documentos%20I.pdf
Conservação ambiental de livros e documentos. II. (mofo
+ insetos + roedores + iluminação). Agosto. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/29%20-%20Conservacao
%20ambiental%20livros%20documentos%20II.pdf
Papéis, tintas, cálamos, pincéis e a mão
do artista. Setembro. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
30%20-%20Papeis%20tinta%20calamos.pdf
Conservação ambiental de livros e documentos. III. Pesquisadores,
visitantes, gatunos e "vândalos". Outubro. 02 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/31%20-%20Conservacao%20
ambiental%20livros%20documentos%20-%20III.pdf
A conservação de bibliotecas e arquivos e seus administradores.
Novembro. 04 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/32%20-%20
Conservacao%20de%20bibliotecas.pdf
A biodiversidade e seus registros para leitura e interpretação
histórica. Dezembro. 04 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/33%20-%20A%
20biodiversidade%20e%20registros.pdf
Revista O Papel 1997
O Museu Molí Paperer de Cepellades. Janeiro. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/34%20
-%20O%20museu%20Moli%20Paperer.pdf
Qualidade papeleira I. Fevereiro. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/35%
20-%20Qualidade%20papeleira%20I.pdf
Qualidade papeleira II. Março. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/36%
20-%20Qualidade%20papeleira%20II.pdf
Qualidade papeleira III. Abril. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
37%20-%20Qualidade%20papeleira%20III.pdf
Qualidade papeleira IV. Maio. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
38%20-%20Qualidade%20papeleira%20IV.pdf
Amazônia, páleo-berço e refúgio de biodiversidade.
Junho. 02 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/39%20-%20
Amazonia%20refugio%20biodiversidade.pdf
Museu Nacional da Ciência e da Técnica de Catalunha (mNACTEC).
Julho. 04 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
40%20-%20Museu%20Catalunha.pdf
Formato das folhas de papel I. Fatores de dispersão. Agosto.
04 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/41%20-%
20Formato%20folhas%20papel%20-%20I.pdf
Formato das folhas de papel II. Fatores de convergência. Setembro.
02 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/42%20-%20
Formato%20folhas%20papel%20-%20II.pdf
Formato das folhas de papel III. Convergências globalizantes:
metrificação. Outubro. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/43%20-%
20Formato%20folhas%20papel%20-%20III.pdf
Formato das folhas de papel IV. A ISO reforça a estruturação
global dos formatos. Novembro. 04 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/44%20-%20
Formato%20folhas%20papel%20-%20IV.pdf
Validação de ensaios nas normas ISO e "família" ISO
9000. Dezembro. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
45%20-%20Familia%20ISO%209000.pdf
Revista O Papel 1998
Nimby, desenvolvimento sustentável e marcas de conformidade. Janeiro. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/46%20-%20
Nimby%20desenvolvimento%20sustentavel.pdf
A certificação ambiental e a família de normas
ISO 14000. Fevereiro. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/47%
20-%20Certificacao%20ambiental.pdf
A sustentabilidade e sua dimensão temporal. Março. 04
pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/48%20-%20Sustentabilidade.pdf
A Fundação Calouste Gulbenkian e a saga do seu museu
em Lisboa. Abril. 04 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/49%20-%20Fundacao%20CG.pdf
Desenvolvimento. Maio. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/50%20-%20Desenvolvimento.pdf
Coordenadoria de Conservação e Restauração
de Livros e Documentos do Estado de São Paulo. Junho. 04 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/51%20-%2
0Coordenadoria%20conservacao.pdf
Desenhos e pinturas I. Elementos lineares. Julho. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/52%20-%
20Desenhos%20e%20pinturas%20I.pdf
Desenhos e pinturas II. Características dos seus suportes. Agosto.
04 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/53%20-%
20Desenhos%20e%20pinturas%20II.pdf
Desenhos e pinturas III. Elementos coloridos. Setembro. 04 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/54%20-%20
Desenhos%20e%20pinturas%20III.pdf
O perfil histórico do papel está mudando. Outubro. 04
pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/55%20-%2
0Perfil%20historico%20do%20papel.pdf
A procura organizada de conhecimentos novos. Novembro. 04 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/56%20-%20
Procura%20conhecimentos%20novos.pdf
Origami. Dezembro. 04 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/57%20-%20Origami.pdf
Revista O Papel 1999
Os pergaminhos. Seus precursores. Janeiro. 02 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/57A_Rodes_Janeiro99.pdf
Os pergaminhos. Apogeu e perigeu. Fevereiro. 03 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/58%20-%20Pergaminhos%20I.pdf
Os pergaminhos. Técnicas para o seu preparo. Março. 04
pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
59%20-%20Pergaminhos%20II.pdf
Características estruturais internas dos pergaminhos. Abril.
05 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
60%20-%20Estrutura%20pergaminhos.pdf
Desacidificação em massa de livros e documentos. Maio.
04 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/61%20-%20Desacidificacao.pdf
Plantas fibrosas anuais I. Riqueza de alternativas morfológicas. Junho. 04 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/62%20-%2
0Plantas%20fibrosas%202.pdf
Plantas
fibrosas anuais II. Critérios de seleção. Agosto. 04 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/63%20-%2
0Plantas%20fibrosas%20II.pdf
O consumidor e sua batuta. Outubro. 02 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/64%20-%20
Consumidor%20e%20sua%20batuta.pdf
Plantas fibrosas anuais III. Previsões sobre seu futuro. Novembro.
02 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/65%20
-%20Plantas%20fibrosas%20III.pdf
Meu estimado amigo Dr. Leopold Rodés, foi uma honra ter desfrutado
de sua amizade e ter aprendido tanta coisa consigo, quer profissionalmente
ou pelas longas e muitas vezes intermináveis conversas que pudemos
trocar. Obrigado também por tudo que você realizou pelo
setor celulósico-papeleiro brasileiro, e principalmente, por
esse legado que são seus "Ensaios Históricos",
tornados públicos através do esforço de seus amigos.
O Mundo
dos Eucaliptos
Brasília
- Distrito Federal - Brasil
Brasília é a capital da República Federativa do
Brasil, por isso mesmo denominada de Distrito Federal, com status de
cidade, de capital de país e de estado. O Distrito Federal é uma
das 27 unidades federativas do Brasil, onde se localiza Brasília,
cujos limites coincidem com os do próprio Distrito Federal.
Seus diminutos 5,79 mil quilômetros quadrados não são
capazes de torná-la expressiva produtora de florestas plantadas,
mas muitos de seus 2,56 milhões de habitantes estão de
forma direta ou indireta associados ao desenvolvimento desse negócio
de significativa importância para o país. Isso porque
ela conta com enorme concentração de poder decisório,
resultado do abrigo que oferece a entidades e órgãos
políticos e públicos, bem como às associações
institucionais diretamente relacionados tanto às plantações
como às indústrias de base florestal. Brasília é uma
cidade vibrante e culta, com alguns dos melhores indicadores sociais
do país, seja quanto à renda e ao PIB per capita, instituições
educacionais de muita qualidade, museus, bibliotecas, cultura, ONGs,
etc., etc.
Brasília foi inaugurada no dia 21 de abril de 1960, pelo então
presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, sendo a terceira capital
do Brasil, após Salvador e Rio de Janeiro. Sua construção
na região central do Brasil, exatamente em um dos biomas mais
representativos do país, o Cerrado, teve a finalidade de levar
progresso a essas regiões distantes da costa, o que conseguiu
fazer com enorme qualidade e rapidez. Em apenas 50 anos, o cerrado
brasileiro passou a ter enorme destaque no agro-negócio nacional,
sendo hoje uma das forças da economia brasileira, abrigando
também uma fração significativa das florestas
plantadas e da produção brasileira de bens e produtos
florestais.
Em Brasília, podemos sempre encontrar pessoas influentes do
setor de base florestal, ou em negociações com organismos
do Governo Federal ou preparando pautas de diálogo nas associações
de classe representativas da indústria, comércio, agricultura,
etc. Para que possam melhor conhecer a importância florestal
de Brasília, preparamos a seguir uma seleção de
euca-links com algumas dessas entidades que colaboram para o desenvolvimento
do setor de base florestal brasileiro. Espero que ela possa agregar
valor a vocês para um melhor entendimento desse nosso setor florestal
brasileiro.
Conheçam antes um pouco mais sobre Brasília - Distrito
Federal em:
Brasília. Enciclopédia Livre Wikipédia. Acesso
em 07.02.2011:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%ADlia (em Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Brazilian_Federal_District (em Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Distrito_Federal_(Brasil) (em Espanhol)
Distrito Federal. Estados @. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística. Acesso em 07.02.2011:
http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=df (em Português,
Inglês e Espanhol)
Alguns websites de empresas privadas
e públicas e organizações
ambientais, educacionais, empresariais e comerciais relacionadas às
florestas plantadas em Brasília/Distrito Federal:
ABRAF - Associação Brasileira de Produtores de Florestas
Plantadas. Associação de classe cuja missão é a
de congregar, representar, promover e defender os interesses coletivos
das empresas que se dedicam ao desenvolvimento sustentável com
base em florestas plantadas. Acesso em 07.02.2011:
http://www.abraflor.org.br/ (Website da ABRAF)
http://www.abraflor.org.br/associados.asp (Empresas de base florestal
associadas da ABRAF)
http://www.abraflor.org.br/estatisticas.asp (Estatísticas e
anuário florestal)
http://www.abraflor.org.br/duvidas.asp (Dúvidas freqüentes
sobre o eucalipto)
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
de Nível Superior. Entidade ligada ao MEC - Ministério
da Educação, que tem a missão de qualificação
de recursos humanos de nível superior no país.
http://www.capes.gov.br/ (Website da CAPES)
http://www.periodicos.capes.gov.br/ (Portal de revistas e periódicos
da CAPES)
http://www.capes.gov.br/component/weblinks/
39-link-externo/29-dominiopublico (Portal Domínio Público, que disponibiliza aos interessados,
mediante cadastro gratuito, milhares de textos, livros, vídeos,
palestras, etc.)
CNI - Confederação Nacional da Indústria. Entidade
maior que representa os interesses da indústria brasileira,
coordenando um sistema integrado de federações e sindicatos
em cada um dos estados do país. Sua função não é apenas
institucional, mas de modificar a indústria, qualificando-a
e deixando-a mais inovadora, eficiente, ecoeficiente, responsável
e sustentável. Acesso em 07.02.2011:
http://www.cni.org.br/ (Website da CNI)
http://www.cni.org.br/portal/data/pages/
FF8080812CEBBEF4012CEBD62E40167D.htm (Publicações sobre meio ambiente)
http://www.cni.org.br/portal/data/pages/
FF8080812CEBBEF4012CEBD62E4F168B.htm (Publicações sobre responsabilidade social)
http://www.cni.org.br/portal/data/pages/
FF8080812CEBBEF4012CEBD62E561692.htm (Publicações sobre tecnologia e inovação
na indústria)
CONAFLOR - Comissão Nacional de Florestas. Comissão que
fornece diretrizes para a implementação das ações
do PNF - Programa Nacional de Florestas e permite articular a participação
dos diversos grupos de interesse no desenvolvimento das políticas
públicas do setor florestal brasileiro. Acesso em 07.02.2011:
http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=5&idMenu=2957
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente. Órgão consultivo
e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA; foi instituído
em 1981, sendo que dispõe sobre a Política Nacional do
Meio Ambiente. Acesso em 07.02.2011:
http://www.mma.gov.br/port/conama/index.cfm
CTNBIO - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. A CTNBio é uma instância colegiada multidisciplinar ligada
ao MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia, criada em
2005, cuja finalidade é prestar apoio técnico consultivo
e assessoramento ao Governo Federal na formulação, atualização
e implementação da Política Nacional de Biossegurança
relativa aos OGM - Organismos Geneticamente Modificados, bem como no
estabelecimento de normas técnicas de segurança e pareceres
técnicos referentes à proteção da saúde
humana, dos organismos vivos e do meio ambiente, para atividades que
envolvam a construção, experimentação,
cultivo, manipulação, transporte, comercialização,
consumo, armazenamento, liberação e descarte de OGMs
e derivados. Acesso em 07.02.2011:
http://www.ctnbio.gov.br/ (Website do CTNBIO)
http://www.ctnbio.gov.br/index.php/content/view/142.html (Publicações
e documentos)
http://www.ctnbio.gov.br/index.php/content/view/12482.html (Aprovações
comerciais de plantas geneticamente modificadas)
EMBRAPA Agroenergia. Unidade da EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária cuja missão é desenvolver conhecimentos
e tecnologias para o uso eficiente dos recursos energéticos
gerados pelo agronegócio, entre os quais a biomassa gerada por
florestas plantadas. Acesso em 07.02.2011:
http://www.cnpae.embrapa.br/ (Website geral)
http://www.cnpae.embrapa.br/biblioteca-virtual/biblioteca-virtual/ (Biblioteca virtual da EMBRAPA Agroenergia)
http://www.cnpae.embrapa.br/publicacoes-para-download (Publicações
para downloading)
http://www.cnpae.embrapa.br/artigos-de-divulgacao (Artigos de divulgação)
EMBRAPA CENARGEN - Recursos Genéticos e Biotecnologia. Unidade
da EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária cuja
missão é o desenvolvimento de uma agricultura sustentável
e ambientalmente equilibrada no Brasil, integrando atividades de recursos
genéticos, biotecnologia, biossegurança e controle integrado
de pragas, além de ações específicas de
defesa agropecuária. O CENARGEN tem tido papel de destaque nas
pesquisas genômicas brasileiras com os eucaliptos. Acesso em
07.02.2011:
http://www.cenargen.embrapa.br/ (Website geral)
http://www.cenargen.embrapa.br/publica/publica2008.html (Publicações
para downloading)
http://www.google.com.br/custom?q=genolyptus & domains=www.cenargen.embrapa.br&sitesearch=www.cenargen.embrapa.br (Pesquisa no website do CENARGEN sobre o projeto Genolyptus - Genoma
do Eucalyptus)
EMBRAPA Cerrados. Unidade da EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária cuja missão é pesquisar o Bioma Cerrado,
objetivando o desenvolvimento sustentável e a sua ocupação
racional. Acesso em 07.02.2011:
http://www.cpac.embrapa.br/ (Website geral)
http://www.cpac.embrapa.br/publicacoes/publ_index.html (Publicações
da EMBRAPA Cerrados)
http://bbeletronica.cpac.embrapa.br/questionario2011/index.html (Bibioteca
eletrônica sobre os cerrados pela EMBRAPA)
EMBRAPA Informação Tecnológica. Unidade da EMBRAPA
- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária cuja missão é a
de propor, coordenar e executar, em benefício da sociedade,
soluções para a gestão e a difusão de informações
geradas pela EMBRAPA. Acesso em 07.02.2011:
http://www.sct.embrapa.br/ (Website geral)
http://www.sct.embrapa.br/publicacoes/index.htm (Publicações
online)
http://livraria.sct.embrapa.br/ (Livraria EMBRAPA)
http://livraria.sct.embrapa.br/liv2/consultaCategoria.do?
metodo=listar&codigoTipoCategoria=1&codigoCategoria=300 (Livros da EMBRAPA sobre Florestas e Silvicultura)
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis. Entidade pública que tem a responsabilidade
de colaborar e coordenar a eficiente legislação, licenciamento,
zoneamento e controle ambiental no Brasil. Acesso em 07.02.2011:
http://www.ibama.gov.br/ (Website do IBAMA)
http://servicos.ibama.gov.br/cogeq/index.php?id_menu=99 (DOF - Documento
de Origem Florestal)
http://www.ibama.gov.br/prevfogo/ (Prevenção e combate
de incêndios florestais)
http://www.ibama.gov.br/recursos-florestais (Recursos florestais)
http://www.ibama.gov.br/zoneamento-ambiental (Zoneamento ambiental)
http://www.ibama.gov.br/licenciamento/ (Licenciamento ambiental)
http://www.ibama.gov.br/cnia (Informações ambientais)
http://www.ibama.gov.br/areas-tematicas/centros (Centros temáticos)
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência
e Tecnologia. Instituto ligado ao MCT - Ministério da Ciência
e Tecnologia cuja missão é a de promover a competência,
o desenvolvimento de recursos e a infra-estrutura de informação
em ciência e tecnologia para a produção, socialização
e integração do conhecimento científico-tecnológico.
Acesso em 07.02.2011:
http://www.ibict.br/ (Website do IBICT)
http://bdtd.ibict.br/ (BDTD - Biblioteca Digital Brasileira de Teses
e Dissertações)
http://www.sbrt.ibict.br/ (Sistema Brasileiro de Respostas Técnicas)
http://www.sbrt.ibict.br/busca-1 (Pesquisar Eucalipto e/ou Eucalyptus no Sistema Brasileiro de Respostas Técnicas - há excelentes
materiais disponibilizados)
http://www.ibict.br/secao.php?cat=Biblioteca
Digital Brasileira (Biblioteca
Digital Brasileira)
http://seer.ibict.br/index.php?option=com_mtree&Itemid=109 (SEER
- Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas)
http://www.ibict.br/secao.php?cat=
Revista Ciência da Informação (Revista Ciência da Informação)
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de Vida de Produtos, incluindo o papel)
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do IBAMA que tem por função desenvolver estudos e pesquisas
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http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/camaras_setoriais/
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da nanotecnologia)
MMA - Ministério do Meio Ambiente. Criado em novembro de 1992,
tem como missão promover a adoção de princípios
e estratégias para o conhecimento, a proteção
e a recuperação do meio ambiente, o uso sustentável
dos recursos naturais, a valorização dos serviços
ambientais e a inserção do desenvolvimento sustentável
na formulação e na implementação de políticas
públicas, de forma transversal e compartilhada, participativa
e democrática, em todos os níveis e instâncias
de governo e sociedade. Acesso em 07.02.2011:
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http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=146 (SBF - Secretaria de Biodiversidade e Florestas)
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http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=95&idMenu=3800 (Comissão de Gestão de Florestas Públicas)
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e tratados)
Serviço Florestal Brasileiro. Órgão do MMA - Ministério
do Meio Ambiente cuja missão é conciliar uso e conservação
das florestas, valorizando-as em benefício das gerações
presentes e futuras, por meio da gestão de florestas públicas,
da construção de conhecimento, do desenvolvimento de
capacidades e da oferta de serviços especializados. Acesso
em 07.02.2011:
http://www.florestal.gov.br/ (Website do SFB)
http://ifn.florestal.gov.br/ (Inventário Florestal Nacional)
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http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=95&idMenu=10817 (Portal Nacional de Gestão Florestal)
http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=95&idMenu=5482 (Cadastro Nacional de Florestas Públicas)
http://www.mma.gov.br/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=95&idMenu=7383 (FNDF - Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal)
UnB - Universidade de Brasília. Uma das mais qualificadas universidades
brasileiras, tendo destaque seu curso de engenharia florestal, eleito
como um dos melhores do país pela avaliação do
Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), feito pelo INEP
- Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministério
da Educação. Acesso em 07.02.2011:
http://www.unb.br/ (Portal da UnB)
http://www.efl.unb.br/ (Departamento de Engenharia Florestal)
http://www.ecoflor.unb.br/ (Ecoflor - Empresa Júnior de Consultoria
em Engenharia Florestal vinculada ao Departamento de Engenharia Florestal
da UnB)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/index.php (Dissertações
e teses digitais da UnB)
http://repositorio.bce.unb.br/ (Pesquisa acerca da produção
acadêmica na UnB)
http://repositorio.bce.unb.br/simple-search?query=eucalyptus (Pesquisando Eucalyptus no repositório da UnB)
http://painelflorestal.com.br/artigos/5431/avaliacao-preliminar-dos-c
ursos-de-engenharia-florestal-no-ano-de-2008 (Avaliação pelo INEP dos cursos de engenharia florestal
no Brasil)
UCB Brasília. Universidade Católica de Brasília. Tradicional universidade com destaque na área de genômica
florestal, com diversas teses defendidas acerca da biotecnologia
aplicada aos eucaliptos. Acesso em 07.02.2011:
http://www.ucb.br/ (Portal da UCB)
http://www.bdtd.ucb.br/tede/tde_busca/index.php (Dissertações
e teses digitais da UCB-Brasília)
http://www.ucb.br/Cursos/117CienciasGenomicasEBiotecnologia/ (Mestrado
em Ciências Genômicas e Biotecnologia)


Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Brasília
- Distrito Federal - Brasil
Nessa seção, estamos colocando, como sempre, euca-links
com algumas publicações relevantes da literatura virtual.
Basta você clicar sobre os endereços de URLs para abrir
as mesmas e/ou salvá-las em seu computador. Como são
referências, não nos responsabilizamos pelas opiniões
dos autores, mas acreditem que são referências valiosas
e merecem ser olhadas pelo que podem agregar ao seu conhecimento.
Ou então, para serem guardadas em sua biblioteca virtual.
Nessa seção, temos procurado balancear publicações
recentes e outras antigas, que ajudaram a construir a história
de sucesso dos eucaliptos. Elas versam sobre florestas, ecologia,
ambiente, uso industrial das madeiras, celulose e papel; enfim, todas
as áreas que se relacionam aos eucaliptos: seu desenvolvimento
em plantações florestais e utilizações
de seus produtos.
As Referências Técnicas da Literatura Virtual a vocês
apresentadas nessa edição têm por meta lhes oferecer
conhecimentos eucalípticos através de trabalhos de
teses de doutoramento e dissertações de mestrado publicados
por duas conceituadas universidades (UnB
- Universidade de Brasília e UCB
- Universidade Católica de Brasília) na unidade
federativa do Brasil homenageada na seção "Mundo
dos Eucaliptos" dessa edição, ou seja, Brasília
- Distrito Federal.
Selecionamos as publicações que tinham direta relação
com as florestas plantadas de eucalipto, seus processos de industrialização,
produtos e serviços. Espero que apreciem essa seleção
de aproximadamente 30 dissertações e teses de anos
mais recentes nessas duas conceituadas universidades:
Desenvolvimento
de um forno para carbonização de resíduos
agroflorestais em pequena escala. D.S. Cemin. (Development of an small-scale
oven for charcoal production from agroforestry wastes). Dissertação
de Mestrado. UnB - Universidade de Brasília. 82 pp. (2010)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6275
O papel dos espaços protegidos privados para a conservação
da biodiversidade. (The role of private protected areas for the biodiversity
conservation). V.D. Braga. Dissertação de Mestrado. UnB
- Universidade de Brasília. 127 pp. (2010)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6721
Carvão vegetal : uma alternativa para os produtos rurais do sudoeste
goiano. (Charcoal: an alternative for products in the southwest of the
state of Goias). M.S. Joaquim. Dissertação de Mestrado.
UnB - Universidade de Brasília. 97 pp. (2009)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4611
Viabilidade econômica da produção de biomassa de
eucalipto e de capim elefante para energia. (Economic feasibility of
biomass production for energy from Eucalyptus and elephant grass). L.R.M.
Quéno. Dissertação de Mestrado. UnB - Universidade
de Brasília. 77 pp. (2009)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6342
Análise de conflitos do sistema de concessões florestais
no Brasil. (Conflict analysis in the system of forest concession in Brazil).
G.P. Albuquerque. Dissertação de Mestrado. UnB - Universidade
de Brasília. 239 pp. (2009)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5154
Análise estatística do efeito da pressão na carbonização
da madeira de Eucalyptus grandis. (Statistical analysis of the effect
of pressure on the charcoal production from Eucalyptus grandis wood).
C.K. Figueiredo. Dissertação de Mestrado. UnB - Universidade
de Brasília. 104 pp. (2009)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4709
Utilização de técnicas não destrutivas para
caracterização de madeiras de Pinus caribaea var. hondurensis e de Eucalyptus
grandis. (Utilization of non-destructive techniques to
the evaluation of Pinus caribaea var. hondurensis and Eucalyptus
grandis woods). P.G. Ribeiro. Dissertação de Mestrado. UnB - Universidade
de Brasília. 114 pp. (2009)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4717
Avaliação de metodologias alternativas para caracterização
do ataque de fungos apodrecedores de madeiras. (Evaluation of alternative
methodologies for characterization of the attack from rot decay fungi
in wood). M.A. Costa. Dissertação de Mestrado. UnB - Universidade
de Brasília. 83 pp. (2009)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=5773
Efeitos da torrefação no condicionamento de biomassa para
fins energéticos. (Effects of torrefaction as a conditioning method
for the use of biomass for energy). T.O. Rodrigues. Dissertação
de Mestrado. UnB - Universidade de Brasília. 82 pp. (2009)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4641
Desenvolvimento, caracterização e mapeamento de microssatélites
de tetra e pentanucleotídeos em Eucalyptus spp. (Development,
characterization and mapping of microsatellites of tetra and penta nucleotides
in Eucalyptus spp.). C.P. Sansolani. Dissertação de Mestrado.
Universidade de Brasília. 114 pp. (2008)
http://repositorio.bce.unb.br/bitstream/10482/2695/1/Dissert_Carolina
%20Paola%20Sansaloni.pdf
Tecnologia e economia do briquete de madeira. (Technology and economy
of the wood briquette). L.V.B. Gentil. Tese de Doutorado. UnB - Universidade
de Brasília. 175 pp. (2008)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4076 (Parte 1)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4077 (Parte 2)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4078 (Parte 3)
Um indicador de desempenho para seleção de ativos das empresas
de celulose e papel no mercado financeiro. (A performance indicator for
pulp and paper companies assets selection in the financial markets).
B.M. Moura. Dissertação de Mestrado. UnB - Universidade
de Brasília. 116 pp. (2008)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3113
Análise econométrica do mercado de madeira em toras para
produção de celulose. (Econometric analysis of the roundwood
market for pulp production). A.L.M. Serrano. Dissertação
de Mestrado. UnB - Universidade de Brasília. 96 pp. (2008)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4473
Influência dos teores de lignina, holocelulose e extrativos na
densidade básica e na contração da madeira e no
rendimento e densidade do carvão vegetal de cinco espécies
lenhosas do cerrado. (Evaluation of lignin, holocellulose, extractives
and basic density in the wood shrinkage and carbonization yield and density
of the manufactured charcoal for five species from the Brazilian Cerrado).
I.D. Santos. Dissertação de Mestrado. UnB - Universidade
de Brasília. 57 pp. (2008)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3283
Quando um viveiro florestal torna-se um viveiro educador : estudo
de caso em uma Escola Classe do Distrito Federal. (The case of a forest
nursery becoming an educative nursery: case study in an elementary school
in the Brazilian Federal District). T.V.P. Leite. Dissertação
de Mestrado. UnB - Universidade de Brasília. 95 pp. (2008)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6190
Proposta de um sistema de informações florestais para o
Brasil. (A proposal for a forest information system for Brazil). P.J.P.
Fontes. Tese de Doutorado. UnB - Universidade de Brasília. 226
pp. (2008)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4250
Efetividade e eficácia das reservas legais e áreas de preservação
permanente nos cerrados. (Effectiveness and efficacy of the legal reserves
and permanent preservation areas in the Cerrado biome). L.G. Maciel.
Dissertação de Mestrado. UnB - Universidade de Brasília.
164 pp. (2008)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3230
Uso e monitoramento de indicadores microbiológicos para avaliação
da qualidade dos solos de cerrado sob diferentes agroecossistemas. (Utilization
and monitoring of microbiological indicators to evaluate the quality
of Cerrado soils under different agroforestry systems). L.G. Silva. Dissertação
de Mestrado. UnB - Universidade de Brasília. 137 pp. (2008)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3493
Trichoderma spp. como agentes de biocontrole de Cylindrocladium scoparium e
como promotores de crescimento em mudas de eucalipto. (Trichoderma
spp. as agents for biocontrol of leaf-spot caused by Cylindrocladium
scoparium). M.R. Carvalho Filho. Dissertação de Mestrado.
UnB - Universidade de Brasília. 86 pp. (2008)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3665
Balanço de materiais na gestão ambiental da cadeia produtiva
do carvão vegetal para produção de ferro gusa em
Minas Gerais. (Material balance in the environmental management of the
charcoal used in the pig iron production in Minas Gerais). A. R.M. Sablowski.
Tese de Doutorado. UnB - Universidade de Brasília. 202 pp. (2008)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3213
Elementos teórico-práticos para a construção
do campo da diplomacia ambiental: o caso das indústrias multinacionais
de celulose em Fray Bentos - Uruguai, como evento paradigmático. (Theoretical and practical elements for the construction of the scope
of environmental diplomacy: the case of multinational industries of market
pulp making in Fray Bentos - Uruguay, as a paradigmatic event). M.P.M.
Machado. Dissertação de Mestrado. UCB - Universidade Católica
de Brasília. 117 pp. (2008)
http://www.bdtd.ucb.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=
844&PHPSESSID=0722b60dea58e8352c475a24435d0d86
Proteoma comparativo de xilema de Eucalyptus grandis e Eucalyptus
globulus. (Comparative proteomic analysis for the Eucalyptus grandis and Eucalyptus
globulus xylem). J.L. Pereira. Dissertação de Mestrado.
UCB - Universidade Católica de Brasília. 100 pp. (2007)
http://www.bdtd.ucb.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=
702&PHPSESSID=0722b60dea58e8352c475a24435d0d86
Banco de sementes do solo de sub-bosque de Pinus sp. e Eucalyptus sp. abandonados na Floresta Nacional de Brasília, Distrito Federal.
(Seed bank in the understory soils in Pinus and Eucalyptus abandoned
stands at Brasilia National Forest, Federal District). A.R. Gonçalves.
Dissertação de Mestrado. UnB - Universidade de Brasília.
93 pp. (2007)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2179
Briquetes de resíduos ligno-celulósicos como potencial
energético para a queima de blocos cerâmicos: aplicação
em uma indústria de cerâmica vermelha que abastece o Distrito
Federal. (Briquettes of lignocellulosic residues as a potential energetic
source for burning ceramic blocks: application in an industry of red
ceramic that supplies the Federal District). D.M. Morais. Tese de Doutorado.
UnB - Universidade de Brasília. 265 pp. (2007)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2217
A influência dos sistemas de gestão ambiental baseados na
ISO 14001 no valor de mercado das empresas brasileiras com ações
negociadas na Bovespa. (The influence of the ISO 14001 environmental
management systems in the share value of Brazilian companies participating
in the Bovespa stocks market). J.C. Castro. Dissertação
de Mestrado. UnB - Universidade de Brasília. 82 pp. (2006)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4280
Certificação do manejo florestal comunitário: desafios
na definição de indicadores para a avaliação
local. (Certification of the community forest management: challenges
in the definition of indicators for local evaluation). B.M. Martinelli.
Dissertação de Mestrado. UnB - Universidade de Brasília.
175 pp. (2006)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1647
Freqüência de SNPS, estrutura de haplótipos e desequilíbrio
de ligação para os genes CAD2 e COMT2 da via de lignificação
em Eucalyptus. (SNPS frequency, haplotype structure and linkage disequilibrium
for the genes CAD2 and COMT2 at the lignification pathway for Eucalyptus).
A.M. Póvoa. Dissertação de Mestrado. UCB - Universidade
Católica de Brasília. 126 pp. (2005)
http://www.bdtd.ucb.br/tede/tde_busca/arquivo.php?
codArquivo=377&PHPSESSID=0722b60dea58e8352c475a24435d0d86
Genes de lignificação em Eucalyptus: estrutura
e diversidade genética dos genes 4CL e CCoAOMT. (Lignification genes in Eucalyptus: structure and genetic diversification of the 4CL e CCoAOMT genes). S.N.Santos.
Dissertação de Mestrado. UCB - Universidade Católica
de Brasília. 229 pp. (2005)
http://www.bdtd.ucb.br/tede/tde_busca/arquivo.php?
codArquivo=203&PHPSESSID=0722b60dea58e8352c475a24435d0d86
Subsídios para uma política de preservação
e conservação de acervos em bibliotecas universitárias
brasileiras. (Contribution for a preservation and conservation policy
to the Brazilian university libraries). C.A. Valle. Dissertação
de Mestrado. UnB - Universidade de Brasília. 118 pp. (1991)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=446


"O
Lugar do Papel"
Edição
Especial da Revista Ciência & Ambiente
Universidade Federal de Santa Maria - Brasil
"Ciência & Ambiente" é uma publicação
na forma de uma revista impressa em papel, criada e mantida com sucesso
por alguns professores da Universidade Federal de Santa Maria. As
edições são temáticas, em geral de 2
ao ano, e a cada número são inicialmente impressas
cerca de 2.500 revistas.
Passei a conversar com o nosso estimado amigo Dr. Delmar
Antonio Bressan, que é o editor e um dos membros do conselho da revista,
quando ele me apresentou o projeto da revista de número 40,
que seria totalmente dedicada ao papel, desde suas origens, tecnologias,
dimensão da indústria e importância para a sociedade
moderna. Foi um número muito bem planejado, especial para
comemorar os 20 anos da revista. É claro, ao tomar conhecimento
de um projeto como esse, logo de início me dispus a colaborar,
escrevendo um dos artigos que compõem a edição.
A proposição do tema "O
Lugar do Papel" foi
feita pelo Prof. Ronai Pires da Rocha, professor de Filosofia da
UFSM e o mais tecnológico do grupo de conselheiros. De imediato,
outros renomados professores foram contactados, como o Prof. Carlos
Vogt, líder do LABJOR/UNICAMP, que abraçou a idéia
e ajudou a dar a formatação ao número. Na opinião
do amigo Delmar, com o que concordo plenamente, foi feito algo bem
diferente do convencional. Trabalhou-se o tema florestal, aspectos
culturais e tecnológicos do papel, seus usos como veiculador
de informações e armazenamento de conhecimentos, terminando
com as múltiplas ferramentas e efeitos do mundo digital sobre
o futuro desse bem de amplo e indiscutível valor cultural.
No caminho, agregou-se um ilustrador de primeira categoria - o Elias
Monteiro, de Santa Maria. "Com a qualidade dos textos publicados,
foi alcançado um resultado final bastante aceitável",
concluiu modestamente o Dr. Delmar.
O preço de capa desse número é de apenas R$
25,00. Em caso de aquisição de um número maior
de exemplares, existem descontos significativos. Acredito que se
trata de um bom material para as empresas do setor de base florestal
e produtoras de produtos papeleiros para fins gráficos distribuírem às
partes interessadas da sociedade.
Tomo a liberdade de lhes apresentar na sua totalidade o Editorial que abre a edição, para que entendam o entusiasmo e
a competência que resultaram nessa maravilhosa obra.
Fonte: Editorial do número 40 da revista "Ciência & Ambiente" (pelo
Dr. Delmar Bressan):
http://w3.ufsm.br/reciam/editorial.php?IDEdicao=48
A sociedade, em cada tempo histórico, é modelada por
referências que lhe emprestam significados, valores, orientações.
No caso da sociedade do século XXI, o referencial civilizatório
parece compreender o conhecimento e sua importância estratégica
para países e regiões, as novas ferramentas tecnológicas
disponíveis para difusão de idéias e informações
e a busca incontornável da sustentabilidade ecológica,
entre outros elementos.
É
exatamente esse cenário um tanto movediço que serve
de palco para o debate proposto para comemorar os 20 anos de fundação
de Ciência & Ambiente. O lugar do papel nesse contexto,
qual será? O que o futuro reserva para os livros, revistas
e jornais impressos diante da vigorosa expansão dos meios
digitais? Como se dará tal convivência? As bibliotecas
assumirão qual formato? A ciência e a educação
em geral resultarão beneficiadas? De que modo? E o interesse
público em meio a inovação tecnológica?
Como se resolverá um conflito provável?
Para dar forma e substância à temática ainda
imprecisa, e por isso mesmo intrigante, foram escalados intelectuais
de primeira linha, caso dos editores convidados – Carlos Vogt
(Laboratório de Jornalismo, Universidade Estadual de Campinas,
São Paulo) e Ronai Pires da Rocha (Departamento de Filosofia,
Universidade Federal de Santa Maria) – e dos demais autores
que colaboram com suas valiosas reflexões para compor o 40º número
da publicação.
A edição de Ciência & Ambiente, subdividida
em três partes, contempla análises filosófica
e literária sobre ambigüidades e significações
da palavra, seja ela impressa ou digital, além de revelar
tendências de aplicação do instrumental eletrônico
em substituição ao papel. Sem esquecer o modo de produção
desse tipo de matéria-prima, sua importância econômica
e os impactos ambientais decorrentes dos plantios florestais estruturados
para tal finalidade.
É
certo que não se pretende esgotar o tema. Nem fazer, como
propõe Robert Darnton, em "A questão dos livros",
a “apologia descarada em favor da palavra impressa”;
nem tampouco identificar traidores, mesmo aqueles réus confessos,
como João Pereira Coutinho, que, em recente artigo publicado
na Folha de S. Paulo, se rende aos encantos do “Kindle, da
Amazon, com capa de pele, bonitinho. Perigosamente bonitinho”.
Enfim, sem mais delongas, deixemos aos leitores, alguns deles nossos
fiéis seguidores de duas décadas, a palavra final sobre
a combinação mais adequada entre dois mundos, o do
papel e o eletrônico/digital/virtual, não necessariamente
portadores de contradições inconciliáveis.
Apesar da revista "Ciência & Ambiente" possuir
um website de bastante qualidade, os artigos não estão
disponibilizados na íntegra, apenas os resumos de cada artigo,
feitos pelos próprios autores.
Recomendo que visitem o website e conheçam outras edições
e também naveguem nessa presente edição de intrigante
e valoroso cunho papeleiro.
http://w3.ufsm.br/reciam/ (Website da revista)
http://w3.ufsm.br/reciam/catalogo.php (Edições anteriores)
http://w3.ufsm.br/reciam/proxima_edicao.php (Próximas edições)
Edição nº 40 : "O
Lugar do Papel": http://w3.ufsm.br/reciam/sumario.php?IDEdicao=48
Papel do futuro, futuro de papel. Sheyla Smanioto Macedo, Susana
Dias e Carlos Vogt.
http://w3.ufsm.br/reciam/resenha.php?IDResenha=415
Entre a celulose e o silício. Ronai Pires da Rocha.
http://w3.ufsm.br/reciam/resenha.php?IDResenha=416
Implicações ecológicas dos plantios de eucalipto
para produção de celulose o caso dos campos de areia do
oeste do Rio Grande do Sul. José Newton Cardoso Marchiori e Fabiano
da Silva Alves.
http://w3.ufsm.br/reciam/resenha.php?IDResenha=417
Aspectos da evolução tecnológica da fabricação
da celulose e do papel. Celso Foelkel.
http://w3.ufsm.br/reciam/resenha.php?IDResenha=418 (Resumo)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/01_C&A_Evolucao%20celulose%20papel.pdf (Artigo
na íntegra, autorizado pelo amigo Delmar)
A indústria de papel e celulose. A produção no Brasil
e no mundo. Cristiane Pedrazzi.
http://w3.ufsm.br/reciam/resenha.php?IDResenha=419
O futuro do livro impresso e as editoras. Plinio Martins Filho.
http://w3.ufsm.br/reciam/resenha.php?IDResenha=420
O
livro eletrônico chegou! Vida eterna ao livro!
Abel L. Packer.
http://w3.ufsm.br/reciam/resenha.php?IDResenha=421
Tempos interessantes para a divulgação científica. Ana Paula Morales.
http://w3.ufsm.br/reciam/resenha.php?IDResenha=422
Passado, presente e futuro dos jornais impressos no Brasil. Viviane de
Almeida Alecrim e Manfred Sargl.
http://w3.ufsm.br/reciam/resenha.php?IDResenha=423
Novas tecnologias e o futuro do jornal em papel. Sabine Righetti e Renato
Cruz.
http://w3.ufsm.br/reciam/resenha.php?IDResenha=424
Bibliotecas e portais de conteúdos científicos, tecnológicos
e culturais: recursos para ampliar a visibilidade da informação
na web. Rosaly Favero Krzyzanowski.
http://w3.ufsm.br/reciam/resenha.php?IDResenha=425
Um pouco além do jardim. Demi Getschko.
http://w3.ufsm.br/reciam/resenha.php?IDResenha=426
Impactos
da cultura digital na educação.
Waldomiro Loyolla.
http://w3.ufsm.br/reciam/resenha.php?IDResenha=427
Parabéns, autores, editores e conselheiros da revista "Ciência & Ambiente",
um presente de seus 20 anos para o setor celulósico e papeleiro
brasileiro.
Os interessados em adquirir esse ou outros números da revista,
podem fazê-lo pelo link no website http://w3.ufsm.br/reciam/como_comprar.php.
Já os interessados em dialogar e trocar idéias com o Dr.
Delmar Bressan ou com algum dos autores, podem fazê-lo através
do endereço de e-mail: ambiente@ccne.ufsm.br


Curiosidades
e Singularidades acerca dos Eucaliptos
por Ester Foelkel
(http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html)
Produtos
de Madeira de Eucalipto de Maior Valor Agregado para Uso
na Construção Civil
Introdução
Os produtos de madeira de maior valor agregado são aqueles que
recebem um reprocessamento após a madeira serrada já ter
sido previamente beneficiada. Conhecidos também pela sigla PMVA
(Produtos de Maior Valor Agregado), eles são objetos de madeira
utilizados na construção civil já na etapa de finalização
de uma obra, requerendo por isso mesmo um melhor acabamento (PNQM-PMVA,
2010; Revista Referência, s/d).
Os PMVA são em geral produtos da madeira que recebem retoques
na carpintaria, transformando assim a madeira em portas, janelas, venezianas,
telhados, assoalhos, pisos, marcos, batentes, esquadrias, forros, molduras
e outros tipos de peças estruturais definitivas e leves para uma
edificação (Wikipédia, 2010; PNQM-PMVA, 2010; Nahuz,
2010). Em relação aos pisos de madeira do eucalipto, o
assunto já foi já amplamente abordado na Eucalyptus Newsletter
de n° 24: http://www.eucalyptus.com.br/newspt_dez09.html#nove.
Dessa forma, como o próprio nome PMVA sugere, existe uma melhor
qualidade e exigência técnica nesses produtos. A mão-de-obra,
a tecnologia e o esforço empregados adicionalmente na madeira
em busca da maior qualidade garantem maior retorno econômico às
peças. Eles são por isso considerados os produtos derivados
e secundários da madeira de maior valor na construção
civil (PNQM-PMVA, 2010; Revista Referência, s/d). Alguns autores
consideram os painéis feitos de madeira reconstituída,
produtos de maior valor agregado (Carvalho et al., 2005; Vinicius, s/d).
Porém, existem outros autores que os consideram produtos primários
da madeira, tal como a celulose. Isso porque os painéis serão
posteriormente transformados em outros objetos, principalmente em móveis.
Esses seriam os verdadeiros produtos secundários da madeira (Gella,
2009; Revista Referência, s/d).
Os PMVA já foram muitíssimo utilizados para a elaboração
de esquadrias no passado; contudo, alguns autores ressaltaram que com
o advento de novas tecnologias e a descoberta de outros materiais com
as mesmas funções, eles vêm perdendo espaço
para peças de plástico, resinas, ferro, alumínio,
cerâmica, etc. Apesar disso, Ino et al. (1998) acreditam que a
preocupação da população com a preservação
do meio ambiente fará com que o uso de recursos naturais renováveis
como a madeira volte a ganhar forças em todos os ramos da construção
civil.
De acordo com Zenid et al. (2003), o uso de madeira em edificações
para fins definitivos tais como esquadrias, pisos e forros foi de 13%
do total utilizado em madeira em São Paulo no ano de 2002. Essa
utilização perdeu para o uso da madeira em estruturas de
cobertura (50%) e para a elaboração de vigas, formas para
concreto e andaimes, com 33% do total. Os mesmos autores também
evidenciaram a elevada concorrência com outros produtos para confecção
de esquadrias, principalmente na construção de casas populares
e pré-fabricadas.
Apesar da madeira de muitas espécies nativas como a peroba rosa,
o cedrinho, o jatobá, o pinheiro-do-Paraná, entre outras,
serem muito apreciadas na produção de PMVA, atualmente,
são as espécies de rápido crescimento e provenientes
de plantios florestais (Eucalyptus e Pinus), as mais utilizadas e ambientalmente
apropriadas para a função (PNQM-PMVA, 2010; Nahuz, 2010;
Zenid et al., 2003).
A utilização da madeira para a confecção
de portas, janelas, pisos e forros apresentam aspectos históricos,
pois provavelmente teve início quando o homem deixou de ser nômade,
utilizando as toras de madeira para suas primeiras moradias. Desde então,
as tecnologias foram se aprimorando para diversos materiais (Leite, 2009);
porém, a madeira ainda continua uma importante matéria-prima
para a construção civil, tendo finalidade tanto temporária
durante a construção, como para suporte e para a proteção
em uso permanente.
Segundo Fernandes (2004), o gastos com esquadrias (portas e janelas)
podem representar de 5 a até 14% do total de uma obra habitacional,
evidenciando a importância desses produtos de valor agregado. O
mesmo autor ainda ressaltou que apesar do elevado valor que representa
em uma obra e de ter diversas funções, ainda existem poucos
trabalhos e pesquisas com esquadrias realizados no Brasil.
Por isso mesmo, o objetivo do presente texto técnico foi o de
apresentar os principais produtos de maior valor agregado fabricados
a partir do eucalipto: a importância, vantagens e desvantagens
da utilização dessa madeira para essas finalidades, além
de evidenciar alguns resultados de pesquisas relacionados com o assunto.
Vantagens da madeira do eucalipto para PMVA
No Brasil, em um passado não muito distante, o eucalipto era utilizado
basicamente para a produção de papel e celulose, lenha
e carvão vegetal. Dessa forma, a madeira para a elaboração
de moradias, em fins estruturais e arquitetônicos era derivada
quase que totalmente de espécies florestais nativas. O uso incorreto
e o abate indiscriminado dessas espécies pelo homem fez com que
grande parte das matas nativas brasileiras fosse destruída. Ademais,
muitas árvores endêmicas tais como o mogno e o pinheiro-do-Paraná passaram
a ser ameaçadas de extinção, sendo hoje protegidas
por lei. Dessa forma, a partir dos anos 60's, a necessidade imediata
de madeira para suprir o desenvolvimento industrial e urbano fez com
que as plantações de espécies de rápido crescimento
como de eucalipto se tornassem alternativa viável até mesmo
pela já existência de áreas plantadas no país
(Weyerhaeuser, 2010; Zenid et al., 2009; Gella, 2009; Fraga, 2006).
A madeira do eucalipto apresenta diversos benefícios sociais,
ambientais e econômicos comprovados para a utilização
como esquadrias e outros PMVA. Observem algumas das principais vantagens:
Ambientais:
A madeira é um recurso natural 100% renovável, podendo
se decompor na natureza, ao contrário do ferro, alumínio
e de plásticos, que podem sobrar de edifícios em demolição
e permanecerem por muito tempo no ambiente (Fraga, 2006). O mesmo autor
apontou ainda a economia energética do uso da madeira para a construção
civil, podendo economizar em até 99% dos gastos em energia quando
comparado ao consumo energético para a produção
de plásticos e até 21 vezes menos do que a energia necessária
para a elaboração do concreto. Isso ainda sem falar que
a madeira atua no seqüestro do carbono atmosférico, ajudando
a diminuir o grave problema ambiental conhecido como efeito estufa (Ino
et al., 1998).
Atualmente, grande parte da madeira de eucalipto no Brasil provém
de florestas que possuem bom manejo, apresentando inclusive selos e certificações
que garantem a sustentabilidade da cadeia produtiva. Isso também
chama a atenção dos consumidores ambientalmente conscientes,
preferindo produtos amigos da natureza para a construção
de suas habitações (Ino et al., 1998; Fraga, 2006).
Os plantios de eucalipto ajudam a manter as áreas remanescentes
de florestas nativas, garantindo o suprimento de madeira necessário
para o desenvolvimento sócio-econômico. Isso ocorre principalmente
devido ao seu rápido desenvolvimento e também à qualidade
da madeira de suas florestas, quando manejadas corretamente para a finalidade
(Weyerhaeuser, 2010; Fraga, 2006).
Se bem utilizados e conservados, grande parte dos PMVA de eucalipto podem
ter elevada vida útil, podendo também ser reciclados e
destinados para diferentes funções (Ino et al., 1998; Fraga,
2006).
Rampazzo e Sponchiado (2000) também observaram que o freqüente
plantio de florestas são armazenamentos de madeira para gerações
futuras, possibilitando também a posterior reposição
(Ambiente Brasil, 2004).
Econômicas:
A produção de esquadrias, pisos, forros, entre tantos outros
PMVA, podem-se tornar viáveis alternativas de renda em regiões
próximas a plantios florestais de eucalipto. A madeira de muitas
espécies do gênero apresenta características físico-mecânicas
semelhantes a algumas apreciadas espécies nativas. Os eucaliptos
possuem madeiras consideradas “duras” substituindo com bastante
sucesso a madeira de algumas folhosas comercialmente atrativas (Acosta
et al., 2008).
Weyerhaeuser (2010) detalhou que o Eucalyptus grandis é um dos
mais utilizados na fabricação de PMVA e também de
outros componentes estruturais da construção civil. Isso
se explica principalmente pela densidade, resistência, durabilidade
e elasticidade adequada, assemelhando-se em aspecto com a madeira do
mogno (Gella, 2009; Ino et al., 1998).
O Eucalyptus dunnii também é apreciado na elaboração
de esquadrias, principalmente pela uniformidade que sua madeira possui,
além da coloração clara, característica bastante
apreciada (Gella, 2009). O mesmo autor também comentou que E.
citriodora é outra espécie utilizada para confecção
de esquadrias assim como E. cloeziana. A primeira apresenta maior estabilidade
dimensional e resistências e a segunda têm aspectos semelhantes à madeira
do ipê, do pau-marfim e da peroba. Ela também é mais
resistente ao ataque de agentes depreciadores da madeira como os térmites
(Gella, 2009).
Weyerhaeuser (2010) relatou que o híbrido E. grandis X E.
urophylla apresenta uma madeira muito apreciada por carpinteiros e designers do
mundo todo, principalmente por possuir resistência e coloração
rosada semelhante à do mogno. Porém, com menos defeitos
e principalmente com valores de preço e custo bem mais acessíveis
que os da última. Na atualidade, a madeira do eucalipto é muito
mais abundante do que a grande maioria das nativas, resultando em economia
pelo menor custo de aquisição e de transporte. O mercado
da madeira do eucalipto também é mais seguro aos investidores,
havendo remota possibilidade de faltar matéria-prima no mercado.
Outra enorme vantagem é que as plantações de eucaliptos
podem ser estabelecidas próximas aos setores de beneficiamento
industrial, reduzindo os custos de transporte e estocagem.
O tempo de secagem e beneficiamento de espécies desse gênero
também são inferiores aos de algumas nativas. (Ino et al.,
1998). Dessa forma, o custo de investimento para a produção
de esquadrias com madeira de eucalipto é inferior aos das nativas,
podendo inclusive gerar rendas apreciáveis no futuro (Rampazzo
e Sponchiado, 2000). Tanto os produtores florestais, como os industriais
acabam se beneficiando dessas vantagens.
Sociais:
A utilização do eucalipto para a produção
de PMVA pode gerar novos postos de trabalho. Portas, janelas, molduras,
forros, marcos, pisos, entre outros, requerem mão-de-obra especializada
na sua elaboração, garantindo emprego e renda para os profissionais
que atuam nessa área. A madeira do eucalipto para finalidades
mais nobres também necessita de maior qualidade, precisando, para
tanto, de um manejo diferenciado nas áreas de plantio florestal.
Esse manejo florestal também pode gerar novos empregos na região
(Rampazzo e Sponchiado, 2000).
Por exemplo, em pesquisa realizada por Laverde (2007), apesar dos obstáculos
encontrados durante a produção de esquadrias de madeira
de eucalipto em assentamento no município de Itapeva, SP, surgiu
a potencial geração de trabalho e renda para a comunidade
em estudo.
Rampazzo e Sponchiado (2000) apontaram que, pela sua versatilidade, o
uso da madeira do eucalipto na construção civil de habitações
pode gerar mais renda e empregos em toda a cadeia produtiva dessa matéria-prima
e para os mais diversos fins. Isso ajuda a descentralizar a produção,
possibilitando o surgimento de cooperativas e de inúmeras pequenas
empresas.
Desvantagens da madeira do eucalipto para PMVA
Mesmo com a abundância de madeira de eucalipto em muitas regiões
brasileiras, ainda não há manejos florestais específicos
orientados para a manufatura de PMVA. A madeira para esse tipo de produto
deve ser de alta qualidade, livre de defeitos, os quais incluem os nós.
Dessa forma, desramas ou podas artificiais devem ser feitas, assim como
desbastes para a escolha dos indivíduos com as melhores características
em um povoamento florestal (Weyerhaeuser, 2010; Laverde, 2007).
Além disso, segundo Ponce (1995), a maioria das plantações
de eucalipto que possuíam manejo adequado, não tinham naquela época
a genética apropriada para a serraria, havendo variações
de suas propriedades físico-químicas, tais como densidade,
coloração, bem como das propriedades mecânicas. Em
estudo conduzido por Laverde em 2007, avaliando a cadeia produtiva da
produção de esquadrias de eucalipto, a carência de
matéria-prima com qualidade foi um dos principais problemas encontrados,
mais de uma década depois do relatado pelo Dr. Reinaldo Ponce.
Ainda existe uma barreira cultural forte contra a utilização
da madeira para a construção de moradias. Muitas pessoas
preferem edificações de alvenaria, desconhecendo todos
os benefícios e vantagens que a madeira proveniente de florestas
plantadas apresenta (Fraga, 2006; Rampazzo e Sponchiado, 2000).
Além das desvantagens já comentadas, Ino et al. (1998)
abordaram outros aspectos negativos da madeira do eucalipto para a elaboração
de esquadrias tais como: a menor durabilidade da madeira, quando comparada
principalmente a outros materiais; a necessidade de maior manutenção
e de secagem adequada da matéria-prima, o que pode encarecer o
produto; freqüentemente a madeira do eucalipto não é manejada
corretamente para serraria, podendo causar um menor aproveitamento da
matéria-prima; e os PMVA derivados de eucalipto podem ter valores
de troca inferiores aos de algumas nativas.
Rampazzo e Sponchiado (2000) também observaram que a troca do
uso da madeira de nativas pela do eucalipto requer a adequação
do maquinário e a aquisição de novas tecnologias
e conhecimentos que garantam um produto de maior valor agregado, com
o lucro desejado e a sustentabilidade dos processos.
Pesquisas relacionadas com os PMVA
O número de pesquisas que abordam Produtos de Maior Valor Agregado
da madeira de eucalipto ainda é diminuto, pois o tema ganhou destaque
em anos recentes. Apesar da importância econômica, social
e ambiental que os PMVA podem oferecer, ainda existe restrita troca de
informações e poucos trabalhos técnicos e científicos
sobre os assuntos correlacionados.
Observem alguns desses:
Strapasson (2009) avaliou o processo produtivo de empresa especializada
na fabricação de quadros para portas em Curitiba. Os principais
entraves observados foram com relação aos desperdícios
de matéria-prima (pela compra de materiais deficientes) e a mão-de-obra
ociosa, gerada basicamente pela diferença produtiva dos equipamentos
utilizados.
Avaliando a viabilidade técnica e econômica do processo
produtivo de janelas de madeira de eucalipto de uma marcenaria para a
elaboração de moradias populares, Leite (2009) considerou
que a falta de qualidade da matéria-prima foi o principal causador
do baixo rendimento, quando do uso de madeira de eucalipto. Isso também
acarretou em atrasos na produção e no aumento nos custos
das janelas. O valor estipulado para ser gasto com as janelas das habitações
inicialmente não deveria ultrapassar 4,3% do total da obra. Isso
não aconteceu; porém, considerando que os custos com esquadrias
no Brasil estão entre 8 a 14% do total do valor da obra, o encontrado
no estudo se enquadrou nas médias nacionais.
Laverde (2007) analisou o processo produtivo de esquadrias de eucalipto
para 49 habitações em assentamento rural. Os resultados
apontaram falta de matéria-prima apropriada, resultando em produtos
com qualidades inferiores às esperadas. Com relação
aos custos, as janelas produzidas apresentaram valores de produção
superiores aos de janelas metálicas; porém, o autor apontou
que há ganhos difíceis de serem quantificados tais como
o aumento da renda, criação de novos postos de trabalho
e organização social da comunidade.
Fernandes (2004) avaliou as variáveis para melhorias de projetos
de esquadrias de madeira. As observações apontaram a falta
de estudos prévios relacionados ao assunto. O projeto de esquadrias
também foi considerado extremamente importante para a racionalização
da cadeia produtiva e consequentemente para a geração de
maiores lucros aos produtores. O autor apontou que as variáveis
que interferem na otimização da produção
das esquadrias estão todas interligadas entre si, dificultando
a tomada de decisões. As principais variáveis estudadas
pelo autor foram: o ambiente (clima e local), mão-de-obra, maquinário,
tecnologia, produção e instalação, desenho
técnico, componentes da esquadria, entre outros. A elaboração
de um projeto de esquadrias deveria envolver profissionais de diversas áreas
(arquiteto, desenhista industrial, engenheiros civil, florestal, químico
e de produção, ergonomista, construtor e marceneiro) buscando
a sustentabilidade, economia, funcionalidade e qualidade dos produtos
finais.
Estudos desenvolvidos por Ino et al. (1998) também objetivaram
a avaliação da cadeia produtiva de janelas de eucalipto.
Para tanto, foram desenvolvidos e testados dois protótipos. O
trabalho na época trouxe inovações tecnológicas
de beneficiamento da madeira e diferenciações quanto ao
maquinário, usinagem e secagem para a substituição
da madeira nativa pela de reflorestamento. Como resultados principais,
os autores não constataram diferenças significativas de
preço de produção de janelas feitas de eucalipto,
quando comparadas às de outras árvores nativas. A qualidade
de acabamento das peças foi outro problema encontrado durante
o trabalho. Isso ocorreu por falta de matéria-prima apropriada
na região e também pela tecnologia empregada para a construção
das janelas. Mesmo tipo de constatação é referida
por Ambiente Brasil (2004)
Oliveira e Hellmeister (1998) avaliaram as características de
sete espécies de eucalipto para serem utilizadas na construção
civil. Para tanto, as madeiras de 35 árvores de 16 anos das espécies Eucalyptus
citriodora, E. tereticornis, E. paniculata, E. pilularis, E. cloeziana,
E. urophylla e E. grandis foram submetidas a estudos anatômicos,
de rentabilidade, durabilidade natural, densitometria de raios-X, entre
outros. Os resultados mostraram-se promissores, apontando o potencial
de várias espécies para a substituição da
madeira das nativas. Em geral, o eucalipto apresentou adequada estabilidade,
assim como o fator anisotrópico foi considerado satisfatório. E.
grandis e E. urophylla foram as espécies com menor durabilidade
natural e as mais suscetíveis a ataques de cupins. Os autores
ressaltaram que as características físico-químicas
de algumas espécies aliadas ao rápido crescimento fazem
com que sejam necessárias novas políticas de manejo dos
eucaliptos em busca tanto da sustentabilidade como também da qualidade
da madeira para fins arquitetônicos e estruturais.
Considerações finais
Apesar dos produtos da madeira de alto valor agregado serem comuns no
mercado de base florestal brasileiro, ainda existem poucos estudos tecnológicos
e científicos sobre o assunto. Há uma carência de
informações na área, principalmente com a madeira
proveniente de florestas plantadas. Dessa forma, pesquisas deveriam ser
incentivadas para aprimorar os benefícios do uso do eucalipto
como PMVA e diminuindo os seus aspectos negativos para a finalidade.
fonte deve ser verdana 10
Ainda há o desconhecimento de boa parte da população
frente aos benefícios ambientais que os eucaliptos podem trazer,
podendo tornar a construção civil muito mais sustentável
sem perder na qualidade e na economia.
A contínua e crescente conscientização ecológica
dos consumidores fará com que os PMVA feitos de madeira de florestas
cultivadas ganhem mais expressão e passem a serem utilizados com
grande freqüência.
Referências da literatura e sugestões
de leitura
Observem a seguir algumas literaturas utilizadas para a elaboração
desse texto técnico, assim como outras muito interessantes que
abordam o tema em questão.
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Esquadria_de_madeira
PNQM-PMVA. Programa Nacional de Qualidade
da Madeira - Produtos de Maior Valor Agregado. ABIMCI - Associação Brasileira da Indústria
de Madeira Processada Mecanicamente. Acesso em 14.12.2010:
http://www.abimci.com.br/index.php?option=
com_content&view=category&layout=blog&id=21&Itemid=27
Janelas
de madeira. Madeiras.CC. Windows. Acesso em 14.12.2010:
http://www.madeiras.cc/janelas.html
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Série
histórica do consumo de PMVA. SBS - Sociedade Brasileira de Silvicultura.
Acesso em 14.12.2010:
http://www.sbs.org.br/segmento_madeira.htm#9
Uso
da madeira de florestas plantadas na construção civil
e no mobiliário: tendências e perspectivas. M. A. S. Nahuz.
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http://www.opec-eventos.com.br/msflorestal/dowload/marcio.pdf
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its mark as a versatile, sustainable exotic species. Weyerhaeuser. Continuing
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http://continuingeducation.construction.com/article.php?L=52&C=638&P=5
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Timber range benefits from red grandis hardwood. Fenestration News.
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Esquadrias
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http://portalmad.blogspot.com/2009/10/esquadrias-de-eucalipto-uma-opcao.html
Análise da viabilidade técnica e econômica da produção
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para projetos de habitação social rural. T. M. Leite. Dissertação
de Mestrado. USP - Universidade de São Paulo. 259 pp. (2009)
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp105749.pdf (Há necessidade
de se cadastrar sem custos para se fazer o downloading)
http://dominiopublico.qprocura.com.br/dp/101168/analise-da-viabilidade-tecnica-e-
economica-da-producao-de-janelas-de-madeira-de-eucalipto-em-uma-marcenaria-
coletiva-autogestionaria-para-projetos-de-habitacao-social-rural.html
Door-to-door:
a estratégia competitiva utilizada pela empresa
Acifer Ltda. para a exportação de portas de madeiras projetadas
por encomenda. R. Ihlenfeld. EnAProC/UNIUV. p. 252-258. (2009)
http://www.fundacaoaraucaria.org.br/projetos/projetos04-2009/16954-Anais.pdf
Planejamento
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de quadros para portas lisas. E. L. Strapasson. Monografia de Conclusão
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T. S. Oliveira; J. C. Hellmeister; J. W. Simões; M. Tomazello
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Otimização do processo de fabricação de
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http://www.fao.org/docrep/006/ad399s/AD399s09.htm
Algumas
imagens sobre PMVA de eucaliptos (apenas para referenciar imagens
de produtos - sem se constituir em
indicações comerciais):
http://www.eucka.com/esquadrias.html (Esquadrias de eucalipto. Eucka)
http://www.sizenando.com.br/produtos.html (Portas e janelas. Sizenando)
http://cadoreesquadriasijui.blogspot.com/ (Esquadrias no blog Cadore)
http://www.grupocadore.com.br/esquadrias/index.php (Esquadrias. Grupo
Cadore)
http://ww2.imaflora.org/arquivos/sede.pdf (Sede Imaflora construída
em madeira)
http://www.quero-quero.com.br/casa-construcao/portas-e-janelas/
porta-de-madeira/porta-eucalipto-sacada-28-quadriculada-120x215x15c (Portas e janelas. Quero-Quero)
http://www.bezemad.com.br/prodvar.aspx?cp=147-5&np=PORTA
+15+VIDROS+3+ALMOFADAS+EUCALIPTO+82+CM (Porta de eucalipto. Bezemad)
http://www.flaviense.com.br/porta-macica-eucalipto
-com-primer-lindoya-2-10mt-x-80cm.html (Porta de madeira de eucalipto. Flaviense)
http://www.cruzeiro.ind.br/produtos.html (Portas e esquadrias de eucalipto.
Cruzeiro)
http://www.mcapivaras.com.br/produtos/acabamentos (Acabamento. Madeireira
Capivaras)
http://www.mcapivaras.com.br/produtos/esquadrias (Esquadrias. Madeireira
Capivaras)
http://www.madepardoors.com/en/eucalyptus.html (Portas Eucalyptus. Madepar)
http://www.doorstoresonline.co.uk/Quarter-
cut-eucalyptus-veneered-door-p/qceuchc35mmv.htm (Portas Eucalyptus. Door Store)
http://www.bieberusa.com/fsc_wood_windows.html (Portas e janelas. Bieber)
http://www.flaviense.com.br/porta-eucalipto-veneziana.html (Portas de
eucalipto. Flaviense)


Mini-Artigo
Técnico por Celso Foelkel
Plantios Adensados de Eucaliptos:
Será que esse Novo Modelo de Silvicultura Pode Apresentar
Adequada Sustentabilidade?
O
setor florestal brasileiro, que se baseia em plantações
de eucaliptos, conseguiu desenvolver nas últimas décadas,
através de muita pesquisa e de estudos científicos,
um modelo de silvicultura de alta produtividade com excelentes
qualidades econômicas, ambientais e sociais. Mesmo para
as plantações de relativamente curta rotação
(seis a oito anos) e manejadas por talhadia com corte raso,
as florestas de eucalipto apresentam excelentes performances
nos principais indicadores de sustentabilidade. Isso é atestado
pelas inúmeras certificações de bom manejo
florestal e de cadeia-de-custódia conquistadas e mantidas
pelas empresas líderes do setor florestal no país.
Sabemos que todas as atividades antrópicas de grande
magnitude, como é o caso de áreas de reflorestamento
para uso industrial de seus produtos, podem apresentar impactos
ambientais, alguns positivos e outros negativos, sendo que
esses últimos precisam ser mitigados. Há efeitos
importantes no uso de recursos naturais, tais como solo, água
e luz, além dos efeitos na biodiversidade. Isso é inquestionável,
mas é também motivo de desafio constante para
os técnicos e acadêmicos do setor em busca de
modelos de adequados níveis de sustentabilidade. Em
função disso, conseguiu-se ter modelos de manejo
silvicultural em que os impactos negativos foram minimizados
ou compensados e os efeitos positivos, maximizados. Melhor
que isso, há modelos implementados para produção
de madeira para serraria e PMVA (Produtos de Maior Valor Agregado)
com excepcionais performances ambientais, como é o caso
do manejo por alto fuste com desbastes intermediários
em rotações longas de 15 a 25 anos. Nesses casos,
minimiza-se a ação do homem sobre o ecossistema
e a floresta cresce, dá seus produtos e conserva e restaura
muitas variáveis ambientais.
Em atividades de plantações de florestas, as
ações mais drásticas ocorrem nas operações
de plantio e de colheita florestal. Enquanto a floresta cresce
e faz fotossíntese, as atividades humanas são
mínimas. Isso acontece durante a rotação,
que atualmente nas plantações tradicionais de
eucalipto varia entre 6 a 25 anos, conforme o objetivo desejado
para a plantação. As coisas acontecem dessa forma
porque as atividades operacionais podem desestruturar e/ou
compactar o solo, desnudar a sua superfície da terra,
favorecer a oxidação da matéria orgânica,
aumentar a erosão pelas gotas de chuva ou pelas enxurradas,
impactar a micro-vida do solo e a sua biologia, etc. Enfim,
há impactos sobre a física, química e
biologia do solo. A cada movimentação intensa
causada na área florestal por ação antrópica,
maiores serão os efeitos ambientais negativos e maiores
as chances de termos prejuízos na sustentabilidade da
qualidade produtiva do sítio florestal e dos ecossistemas
adjacentes. Também, a cada nova formação
de florestas plantadas, temos aplicações de agroquímicos,
tais como inseticidas, formicidas, herbicidas e fertilizantes.
A conclusão sábia e objetiva que qualquer técnico
florestal consegue tirar desses fatos é que a sustentabilidade
florestal é mais facilmente alcançada pelo prolongamento
da rotação da floresta plantada. Com isso, ficam
favorecidas as condições para que os ciclos hidrológicos
e biogeoquímicos ocorram de forma mais balanceada e
com poucos distúrbios. Com isso, as maravilhosas mágicas
naturais, tais como a ciclagem de nutrientes no ecossistema,
a estocagem de carbono orgânico na floresta e no solo,
o desenvolvimento da biologia do solo e a saúde da flora
e fauna serão todas magnificadas. Isso nos garantirá maior
tranqüilidade e certeza de que as futuras gerações
de florestas ou os outros usos desses solos não serão
prejudicados. Também sabemos que o manejo florestal
pode ser otimizado e com minimização de interferências
nos ecossistemas através dos inúmeros experimentos
implementados para monitoramento de micro-bacias em áreas
reflorestadas com eucaliptos.
Florestas plantadas são ecossistemas até certo
ponto simples e que têm a capacidade de interagir dinamicamente
com os recursos naturais a elas fornecidos, sendo que isso é afetado
pelo tipo de manejo florestal aplicado pelos técnicos.
Na verdade, as florestas plantadas nada mais são do
que conjuntos organizados de árvores da mesma espécie
ou até do mesmo genoma (povoamentos monoclonais). Elas
são assim estruturadas de forma a produzirem um resultado
em benefício dos usuários de seus produtos, o
mais comum deles sendo a madeira. Essas árvores melhoradas
e plantadas em condições de altas tecnologias
(desenvolvidas por pesquisa e muita ciência) são
extremamente eficientes para usar os insumos oferecidos e para
formar matéria orgânica. Com muita competência
e eficiência, elas absorvem o gás carbônico
da atmosfera, utilizam a energia da luz solar e a água
do solo e produzem matéria orgânica que vão
armazenar em seus diversos compartimentos, tais como raízes,
copa, casca e lenho do tronco. Quanto mais ecoeficiente for
a floresta, melhor ela fará isso, com mínima
utilização de insumos (nutrientes, água,
energia, etc.) por tonelada de material orgânico formado.
Essa produtividade florestal com utilização de
recursos naturais é muito afetada pela tecnologia
florestal empregada e pelo tipo de manejo adotado.
Um novo modelo de silvicultura vem sendo debatido, estudado
e implementado nos últimos cinco anos. Esse modelo altera
drasticamente tanto a população de árvores
por hectare (aumentando) como o tempo de rotação
da floresta (diminuindo). Nos modelos até recentemente
praticados para produção de madeira para celulose
e papel, lenha, painéis de madeira, carvão vegetal,
produtos de maior valor agregado, etc., a população
inicial de árvores plantadas tem variado entre 830 a
2.500 por hectare. Isso tem colocado um espaço vital
de área de terra de cerca de 4 até 12 metros
quadrados por árvore.
Os modelos florestais que atualmente vêm sendo denominados
de "plantios adensados" ou de "florestas energéticas
para produção de biomassa" têm como
meta a máxima produção de matéria
orgânica por hectare, e isso em curtos espaços
de tempo. São plantadas entre 5.000 (espaçamento
3m x 0,67m); 6.667 (espaçamento 3m x 0,5m) a 7.143 (2,8m
x 0,5m) árvores por hectare para colheita por corte
raso total aos 24 a 36 meses. Com isso, cada árvore
passa a dispor de apenas 1,4 a 2 metros quadrados para crescer
de forma apertada e esbarrando umas às outras desde
suas mais tenras infâncias. O objetivo é a máxima
produção de biomassa no menor espaço de
tempo possível. Essa biomassa será em geral utilizada
para gerar energia em caldeiras de força ou para produção
de péletes ou briquetes energéticos para venda
doméstica ou a nível internacional (exportações).
Essa nova onda de produção massiva de biomassa
florestal (e também agrícola) vem sendo incentivada
e apoiada pelos governos de inúmeros países,
os quais buscam substitutos aos combustíveis fósseis.
Há muita gente grande acreditando nisso e colocando
dinheiro grosso para produção de biomassa energética,
até imaginando que estarão fazendo um enorme
bem para o planeta Terra. O problema maior é que as
pesquisas sobre plantações florestais adensadas
são praticamente inexistentes. Pouco conhecemos sobre
seus impactos, sejam no curto, médio ou longo prazos.
Foi por essa razão que decidi escrever essas reflexões
que possam servir de base para um maior diálogo sobre
esse novo e até mesmo potencialmente perigoso modelo
florestal. Sem um adequado manejo e proteção
dos ecossistemas, podemos estar usando recursos naturais de
forma muito agressiva e prejudicando a sustentabilidade duramente
conquistada pelo setor brasileiro de florestas plantadas até os
dias presentes.
Em muitas situações no mundo de hoje, os burocratas
do poder público vêm colocando à disposição
de investidores dinheiro de financiamento a custo baixo. Eles
querem trocar o modelo energético do petróleo
para a biomassa; e querem fazer que isso aconteça logo.
Por sua vez, os investidores são atraídos pelo
dinheiro barato e pelas novas oportunidades desse negócio
florescente. Mergulham nisso sem avaliar ou refletir sobre
a fundamentação científica e teórica
do novo modelo em relação à sua sustentabilidade.
Sequer avaliam outras opções, o dinheiro existe
para isso, o mercado futuro é atrativo e ponto final,
todos vão em frente, sem hesitações.
Espero colocar alguma luz para impedir que nossa silvicultura
do eucalipto, que cresceu e se desenvolveu na busca de operações
sustentáveis, mergulhe de cabeça em algo que
deixe a desejar em termos de sustentabilidade ambiental. Pelo
menos, se decidirem fazer isso, que busquem na ciência
e na pesquisa os mecanismos que minimizem os impactos negativos
sobre o solo, recursos hídricos, biologia dos ecossistemas,
etc. Um manejo de baixa qualidade ambiental seria um desastre
para a eucaliptocultura brasileira, pois seus reflexos poderiam
se propagar por todas as cadeias produtivas que se valem da
madeira das florestas plantadas desse gênero de árvores.
O fator tecnológico capaz de regular a densidade populacional
de uma floresta plantada é exatamente o espaçamento
entre as árvores. Quando temos abundância de insumos
naturais e mesmo artificialmente adicionados, tais como água,
nutrientes, luz, etc. podemos colocar mais indivíduos
por hectare. Entretanto, se temos escassez desses fatores de
produção, caso faltar algo, a floresta vai logo
sentir essa carência. Temos então que prover essas
demandas através de meios tecnológicos, como
fertilização, irrigação, etc. Sábio
foi nosso grande autor literário brasileiro, Machado
de Assis, em seu famoso livro "Quincas Borba", ao
analisar o que pode acontecer na carência de alimentos
(no caso, batatas) para populações concorrentes.
Em excesso de gente, se não há alimentos suficientes,
a solução é competir por eles, mesmo que
isso possa representar uma guerra sangrenta. Relata o autor
que nessas situações, "quem deveria ficar
com as batatas seriam os vencedores", aniquilando então
os mais fracos. Dividir as batatas seria a morte para todos.
O objetivo do espaçamento seria colocar na área
florestal uma população de plantas que consiga
crescer uniformemente e sem que ocorra uma competição
a ponto de causar dominação intensa, ou mesmo
morte, das plantas mais fracas. No passado, antes de se terem
os plantios clonais, as árvores originadas de sementes
eram muito irregulares. Em espaçamentos apertados, "as
batatas eram muito disputadas" e muitas das plantas mais
fracas até mesmo morriam antes do término da
rotação. A baixa sobrevivência e a alta
irregularidade eram, até os anos 80's, as características
de praticamente todas as tentativas feitas com plantios adensados
de eucaliptos. Nosso estimado amigo e amigo dos eucaliptos,
Dr. Laércio Couto, um dos mais entusiasmados defensores
dos plantios adensados de eucaliptos, advoga que os plantios
clonais resolveram esse problema, pelo menos na primeira rotação.
Faltariam ainda mais estudos para as rotações
seguintes manejadas pela condução da brotação
das cepas do clone após a colheita do povoamento original.
Até recentemente, o principal produto objetivado da
floresta plantada era sua madeira, que poderia ser na forma
de toras grossas e obtidas em rotações mais longas
(para serraria); ou de toras mais finas, com rotações
mais curtas, mas suficientes para fornecerem árvores
de no mínimo 0,2 metros cúbicos cada (para celulose
e papel, carvão vegetal, painéis de madeira,
etc.).
Com a crescente demanda européia e norte-americana por
biomassa energética, as florestas plantadas passaram
a serem vistas como produtoras não apenas de madeira,
mas de biomassa, não importando muito em que forma essa
biomassa possa estar (casca, folhas, galhos, ponteiros e madeira).
Até mesmo as raízes passaram a ser cobiçadas.
Já para alguns técnicos florestais inescrupulosos
e sedentos de biomassa, até a manta de folhas e ramos
depositados pela floresta sobre solo na forma da conhecida
serapilheira passou a ser varrida, empacotada e levada para
a produção de energia. Imaginem a desgraça
que isso pode representar, com toda a biomassa rica em nutrientes
e carbono orgânico sendo simplesmente rapada para ser
convertida em cavacos e/ou péletes e briquetes energéticos.
Quais os impactos que poderemos ter no médio e longo
prazo sobre a ciclagem de nutrientes e sobre a riqueza dos
solos, seja biológica, química ou física?
Até que ponto já temos estudos científicos
para garantir sustentabilidade a esse novo modelo de silvicultura
voltado para a produção de biomassa em curtas
rotações?
Sem querer alarmar nossos leitores e tampouco apresentar
um cenário de desgraças, vou procurar nesse artigo,
a partir de agora, colocar uma série de questionamentos
técnicos e algumas considerações próprias
e apropriadas de minhas reflexões sobre o tema. Isso
levando em conta minha experiência eucalíptica
e a leitura que fiz dos poucos estudos disponíveis sobre
a temática e apresentados para a leitura de vocês
na seção de referências da literatura.
Há muita ansiedade no ar, inclusive de minha parte.
As autoridades ambientais, os auditores dos sistemas de certificação
florestal, os investidores e a própria sociedade precisam
estar conscientes de que essas mudanças poderão
representar alterações profundas na nossa silvicultura
atual. Até que ponto estaremos dispostos a aceitá-las
antes de termos adequados mecanismos para lhes garantir o mesmo
nível de sustentabilidade dos manejos tradicionais?
Estou me referindo àqueles baseados em cortes rasos
de populações de cerca de 1.000 a 1.600 árvores
por hectare e em colheitas entre os 6 e 8 anos.
Fica difícil para mim lhes colocar todas essas ansiedades
na forma de um mini-artigo técnico. Talvez eu conseguisse
lhes escrever um livro, ou um bom e longo capítulo acerca
desse assunto, mas não seria o caso agora. Por essa
razão, vou lhes apresentar meus questionamentos e tentativas
de reflexões, que são na verdade fruto das mesmas
preocupações que estão surgindo no setor
florestal brasileiro que se baseia em florestas plantadas de
eucaliptos. Serão 17 questionamentos, começando
pelos mais genéricos, passando pelos temas ambientais,
econômicos e sociais, tudo exatamente como prega o
bom conceito de sustentabilidade.
Questionamento 01: Afinal, qual o objetivo do plantio adensado?
Entendo por tudo que tenho lido e escutado sobre plantios
adensados, que seu objetivo é a máxima produção
(idealmente de forma sustentável) de biomassa energética
por hectare de plantação florestal. Espera-se
atingir essa meta por máximo uso da área florestal
(sítio) e em curtíssimas rotações,
plantando-se florestas como culturas agrícolas de ciclo
curto. Com isso, os plantadores dessas florestas esperam antecipar
as produções e as receitas econômicas.
As técnicas de manejo relatadas mostram plantios densos,
para serem colhidos com idades entre 24 a 36 meses. Os produtos
desses plantios deverão ser a madeira e a casca dos
troncos das árvores, que nessas idades correspondem
juntos a cerca de 78 a 82% do peso seco de biomassa aérea
das florestas. Os restantes 20% correspondem a folhas (cerca
de 8%) e galhos (cerca de 12%).
Ainda que nossos cientistas venham advogando o uso apenas
da madeira para minimizar a exportação de nutrientes
e seus impactos na fertilidade do solo, torna-se difícil
entender como essas toras finas serão desgalhadas e
descascadas. Também, fica difícil acreditar que
produtores de biomassa vão deixar de lado tanto material
combustível como casca, galhos, ponteiros, folhas, etc.
Essa é para mim a mais dura e cruel realidade - apesar
dos estudos da academia estarem propondo o uso apenas da madeira,
muitos produtores certamente não irão se contentar
só com isso e gastar inclusive muito mais para separação
dessa madeira do restante da biomassa aérea e igualmente
combustível. Logo, a conclusão óbvia é que
a meta dos plantios adensados deverá ser o uso de praticamente
toda a biomassa aérea das árvores florestais
assim plantadas. Em alguns casos, até mesmo a serapilheira
poderá ser rapinada, um crime ambiental de grande magnitude,
se isso vier a acontecer. Espero sinceramente que não,
e que a produção de biomassa florestal possa
ser praticada de forma sustentável. Estou inclusive
orando por isso.
Questionamento 02: Qual a produtividade esperada para os plantios
adensados?
Os poucos estudos publicados sobre isso mostram que, aos
24 meses de idade, plantios clonais de eucaliptos adensados
conseguem
produzir por hectare cerca de 40 a 45 toneladas de biomassa
seca na forma de madeira, para um total de biomassa seca
aérea
de 60 a 65 toneladas. Se a opção for de toras
com casca, a produção estaria entre 46 a 52 toneladas
secas por hectare. Fica claro para quem é bom entendedor,
que qualquer que seja o produtor de biomassa, se ele for aproveitar
só a madeira, estará deixando no campo cerca
de 20 toneladas de biomassa para suas 40 toneladas de produto.
Se for aproveitar madeira mais casca, a produção
passaria a quase 50 toneladas secas por hectare. Já se
ele estiver interessado em toda a biomassa aérea, passaria
a obter 60 toneladas secas por hectare. Isso seria 45% a mais
do que o valor obtido só em madeira. Amigos, como esperar
que o produtor de biomassa resista a esse "desperdício
de material e de renda" ?
Questionamento 03: As
biomassas de casca, madeira, folhas e galhos são igualmente eficientes em termos energéticos?
A melhor biomassa para geração de energia é a
da madeira, que é mais rica em lignina e em carbono
orgânico. A mistura de outras biomassas da árvore,
em especial da casca, irá prejudicar o poder calorífico
inferior da biomassa total em cerca de 5 a 8%. Entretanto,
o raciocínio do produtor de biomassa será muito
simples. Se ele colher toda a biomassa vai aumentar sua produção
em cerca de 45% caso só colhesse a madeira. Por outro
lado, a perda energética seria de 5 a 8%, apenas. Fácil
imaginar a sua decisão. Até porque, pensará o
produtor de biomassa, na densificação do material,
pode-se produzir péletes ou briquetes com mais de 1
tonelada seca por metro cúbico de biomassa compactada.
Concentra-se com facilidade a energia através da tecnologia
de densificação da biomassa.
Questionamento 04: Existe
tecnologia florestal para colheita de árvores finas
inteiras?
Para as dimensões de árvores que estamos falando,
com cerca de 24 a 36 meses de idade, existem equipamentos capazes,
não apenas de colher, mas de picar a cavacos toda a
parte aérea da árvore, sem muito esforço.
Questionamento 05: Após a colheita da primeira rotação,
como o produtor pode continuar produzindo biomassa no povoamento
florestal?
Há enormes indagações e ansiedades acerca
de como os povoamentos adensados e manejados por condução
da brotação irão se comportar. Após
um plantio clonal organizado, com árvores homogêneas
em diâmetro e altura, o risco de se perder essa requerida
homogeneidade é muito grande. A opção
de reformar cedo o povoamento adensado é inviável
em custo, pois o custo de implementação de um
povoamento desse tipo é bastante alto (cerca de 5 a
6 mil reais por hectare). A condução da brotação
vai demandar muita tecnologia para que o novo povoamento que
virá não tenha muitas árvores dominadas,
mortas e se perca, com isso, espaço de utilização
do solo e da luz por formação de clareiras. Manejar
a brotação por cerca de 2 a 3 ciclos seria a
opção mais interessante, tanto econômica
como ambientalmente. Qual a perda de produtividade que pode
ser atingida? Como manter os ritmos de crescimento compatíveis
com as necessárias colheitas em idades jovens? São
novas descobertas que a pesquisa florestal precisa ainda
fazer.
Questionamento 06: Quais
as conseqüências ambientais
e fisiológicas mais imediatas quando se adensa uma
floresta plantada de eucalipto?
Ao se plantar mais árvores por hectare em espaçamentos
apertados, quer-se produzir mais fotossíntese pela maior
e mais rápida ocupação do espaço
vital florestal. Teremos muito mais plantas, muito mais folhas
e teoricamente, produzindo mais biomassa por fotossíntese.
Entretanto, em pouco tempo, esses indivíduos começarão
a competir entre eles de forma intensa por água e nutrientes.
A competição entre 5 a 7 mil árvores por
hectare será muito maior do que em florestas com cerca
de 1.000 a 1.667, não é mesmo?
Quanto mais fechado o espaçamento, mais biomassa se
produz logo de início, mas logo que passa a ocorrer
competição por fatores vitais de produção,
as árvores perderão folhas, fecharão estômatos,
diminuirão crescimento, e algumas poderão até serem
dominadas completamente e morrer. Por essa razão, a
colheita é feita bem cedo. Deixar uma floresta assim
plantada por mais tempo significará inquestionavelmente
perdas de crescimento florestal e de produtividade. A capacidade
de suporte ao crescimento se perde conforme aumenta a idade
da floresta adensada. Um crescimento adicional poderia ser
conseguido eventualmente por irrigação e multi-fertilização.
Entretanto, é inquestionável o fato de que estabelecida
a intensa competição entre copas e raízes,
os suprimentos de luz, água e nutrientes às plantas
passarão a ser prejudicados.
Os sistemas de manejo mínimo no preparo do solo do plantio
adensado se baseiam em abertura de sulcos e plantios de mudas
nas linhas, a cerca de 0,5 metro uma das outras nessa linha.
Imaginem a enorme competição entre os sistemas
radiculares tão próximos em sua busca por comida
e água. As plantas vizinhas passam a buscar desesperadamente
aquilo que precisam, tentando roubar o que puderem umas das
outras. Essas raízes exploram com maior vontade a linha
de sulcagem e nem tanto as entrelinhas. Isso em virtude do
afofamento desse solo nessa linha de preparo de solo. Em solos
fracos em fertilidade e em condições de déficit
hídrico pronunciado, a situação de sofrimento
das plantas pode se tornar desesperadora. Ainda mais que as árvores
de plantios clonais adensados costumam ter raízes pouco
profundas. Elas não têm tempo, genética,
fisiologia e espaço para se desenvolverem com sistemas
radiculares pivotantes e profundos. Por outro lado, a quantidade
de raízes finas é enorme, formando um emaranhado
de raízes superficiais que se sensibilizarão
com facilidade, quando faltar água nas camadas superficiais
do solo.
Por isso tudo, as florestas adensadas são potencialmente
mais viáveis em condições de solos ricos
e em regiões de chuvas bem distribuídas e abundantes
(no mínimo 1.200 a 1.400 mm e com mínimo tempo
de deficiência hídrica ao longo do ano).
Questionamento 07: O que vai determinar a idade de colheita
do plantio adensado?
São diversos os fatores que interferem para se estabelecer
o exato momento da colheita do povoamento adensado e não
apenas a sua idade.
Entre eles destacam-se:
•
qualidade genética do clone;
• ritmo ou taxa de crescimento;
• uniformidade do povoamento;
•
espaçamento e densidade populacional;
•
nível de competição entre as árvores;
• idade da floresta, etc.
Questionamento 08: Como comparar povoamentos de densidades
populacionais muito diferentes ?
Quando variamos o espaçamento de forma muito significativa
e comparamos produtividades florestais a uma mesma idade estamos
cometendo um erro técnico absolutamente grosseiro. Por
exemplo, se formos comparar um plantio clonal adensado com
espaçamento 3m x 0,5m com um plantio desse mesmo clone
com espaçamento 3x3 metros, as conclusões sobre
as produtividades e produções de ambos variarão
muito se as comparações forem feitas aos 2 anos
ou aos 7 anos. Fácil de enxergar isso, não é mesmo,
meus caros amigos florestais?
Quando a comparação for feita aos dois anos,
a floresta adensada estará em pleno vigor e com ocupação
plena do sítio florestal a ela oferecido. Estará inclusive
próxima ao ponto de estagnação de crescimento
pela competição que se tornará cada vez
mais acirrada entre as árvores. Já o plantio
com espaçamento mais aberto ainda estará em processo
de ocupação da área e terá nesse
momento uma menor produção de biomassa. Já se
a comparação for feita aos 7 anos, a floresta
plantada em espaçamentos mais abertos terá tido
todo seu potencial de crescimento. Estará começando
a ter um aumento em sua competição e portanto
reduzindo só agora seu incremento corrente anual. Essa
floresta terá passado por um período de magníficos
incrementos anuais que acontecem entre o segundo e o quinto
ano, onde valores entre 50 a 80 m³/ha.ano ocorrem para
produção de fuste e não de biomassa total. É por
essa razão que um povoamento clonal de eucalipto consegue
produzir 350 m³ ou mais de fuste aos 7 anos de idade,
quando plantado em espaçamentos 3x3m, ou seja, apenas
1.111 árvores por hectare. Considerando uma densidade
básica média para seu fuste (madeira mais casca)
de 0,5 t/m³, teremos aos 7 anos uma produção
de biomassa de fuste de 175 toneladas secas. Ou seja, 25 toneladas
de fuste seco (madeira mais casca) por hectare e por ano. Absolutamente
similar à que seria obtida nos plantios adensados em
sua colheita aos 2 anos de idade. Lembrem-se que as expectativas
de colheita de madeira com casca variam entre 46 a 52 t/ha
nessa idade. Estamos falando em quantidades equivalentes de
biomassa de fuste, mas são fustes muito distintos,
quando colhidos aos 2 ou aos 7 anos.
Um plantio adensado fornece produção de muitas
arvores finas, com muita produção associada de
copa e de casca . Já um plantio aberto conduz à produção
de menores quantidades de árvores grossas, com menor
proporção de copa e casca. Especialmente a biomassa
de casca, que é absolutamente proporcional ao diâmetro
das árvores (árvores finas possuem mais casca
e menos madeira no fuste).
Vejam como é fácil entender isso a partir da
construção de uma tabela comparativa:
*Proporções base matéria
seca |
Plantio
clonal adensado aos 24 meses de idade (espaçamento
3mx0,5m) |
Plantio
clonal tradicional aos 7 anos de idade (espaçamento
3x3m) |
Produtividade
média anual em fuste
(madeira mais casca)
(t secas/ha.ano) |
23 a 26 |
25 |
Proporção de madeira na biomassa
aérea
total |
65 – 70% |
83 – 85% |
Proporção de casca na biomassa
aérea
total |
10 – 12% |
7 – 9% |
Proporção de fuste na biomassa
aérea
total |
78 - 82 |
90 – 93% |
Proporção de copa na biomassa
aérea
total |
18 – 22% |
08 – 10% |
Dos dados comparativos assim apresentados,
fica fácil
concluir que a melhor floresta plantada para energia, em
termos de sua produção e produtividade, seria
aquela plantada em espaçamentos mais abertos e colhida
aos 7 anos. Ela produz mais madeira e mais fuste, tem menores
impactos ambientais e muito menores impactos causados pelo
homem nos ecossistemas. Sua regeneração por
condução da brotação seria também
favorecida, pois a tecnologia é conhecida e dominada
para essas situações de densidade populacional.
Questionamento 09: As árvores de plantios adensados
são então muito diferentes das obtidas de plantações
mais abertas?
Em função do que vimos no questionamento anterior,
essas diferenças variam em função da
idade de comparação. Se considerarmos comparações
feitas nas idades ótimas de colheita para cada caso,
teremos realmente situações bem distintas.
As florestas adensadas oferecem a produção
de muitas árvores de diâmetro reduzido (entre
9 a 12 cm de diâmetro na altura do peito), muito mais
ricas em casca. A densidade básica da madeira de árvores
nessa idade infantil também é bem menor do
que aquela de árvores de maior idade. Isso posto,
tanto os produtos como as exigências para colheita
de árvores tão distintas serão também
diferentes. As árvores finas são mais fáceis
de serem abatidas, mas a produtividade das colheitadeiras
serão impactadas pelo fato de serem muito mais árvores
a colher, nada mais natural. Por isso, a necessidade de equipamentos
de conceitos tecnológicos diferentes para ambos os
tipos de colheitas.
Questionamento 10: Qual o impacto no IAF - Índice
de Área Foliar e suas conseqüências?
O IAF pode ser definido como a relação entre
a área total de folhas por área de terra ocupada
pela floresta, seja plantada ou natural. No caso dos eucaliptos
plantados em espaçamentos entre 3x2m e 3x3m, os índices
de área foliar já foram bastante estudados
Sabe-se que eles atingem um valor de máximo entre
idades de 2 a 3 anos e que esse valor varia entre 3,5 a 4
m²/m². A seguir, em função da competição
entre as copas, muitas folhas de galhos mais baixos começam
a cair e o IAF se estabiliza entre valores de 2,5 a 3,2.
A produtividade florestal depende muito da área foliar,
pois são as folhas que produzem a fotossíntese.
Quanto mais cedo e mais rapidamente o IAF aumentar, maior
será potencialmente a produção de biomassa.
Todo o conceito de povoamentos adensados se baseia nesse
fato: ocupar melhor e mais rapidamente o espaço útil
oferecido à floresta plantada.
Entretanto, isso vai exigir um cuidadoso manejo, uma gestão
eficiente e um acompanhamento técnico ímpar.
Qualquer descuido técnico terá conseqüências
sérias, como a queda de preciosas folhas devido à competição
intensificada.
Acontece que as folhas não fazem apenas fotossíntese.
Pelos seus estômatos elas também transpiram água
que absorvem do solo. Com muito mais folhas nos plantios
clonais adensados, teremos dois fenômenos hidrológicos
importantes ocorrendo de forma mais intensa em relação
ao que ocorre nos plantios tradicionais:
•
aumento da evapotranspiração;
•
aumento da interceptação da chuva pelas copas
(água de chuva que fica retida pelas copas e nunca
atinge o solo florestal).
Em plantios convencionais de eucalipto isso já é bem
conhecido, bem como seus valores determinados. Sabe-se o
quanto os eucaliptos evapotranspiram, quanto eles oferecem
de recarga aos lençóis subterrâneos,
quanto eles interferem na chegada de água de chuva
ao solo, etc. Por exemplo, a interceptação
da água de chuva pelas copas está bastante
associada à quantidade de folhas. Para valores de
IAF entre 3,8 a 4, chegamos a ter valores entre 18 a 25%
de interceptação de toda a chuva que cai na
floresta no ano. Já para valores de IAF entre 2,5
a 3 a interceptação baixa para valores entre
12 a 15%. É claro que esses valores variam com a intensidade
das chuvas, a arquitetura foliar, a homogeneidade da floresta,
etc., etc.
As florestas adensadas mostram características muito
distintas de IAF ao longo de sua rotação. Logo
nos primeiros dias de plantio, o IAF é quase nulo
e depois de 20 meses estará em seu máximo.
Logo a seguir a floresta é colhida e IAF cai para
zero. Isso lembra muito um cultivo agrícola, com alternâncias
fortes em cobertura do solo por folhas e copas. Nas situações
de cobertura mínima, o solo é impactado pelas
gotas de chuva e pelas enxurradas. Com muita cobertura, é a
interceptação da água que chove que
passa a ser o efeito negativo. Coisas antagônicas ocorrendo
em pequeno espaço de tempo.
Para os plantios adensados de eucalipto, os valores típicos
de IAF não são ainda muito conhecidos nessas
idades entre 12 a 36 meses. Acredito que devam ficar entre
3,5 a 5, mas isso precisa ser comprovado.
As conseqüências já comentadas de maior
transpiração e de maior interceptação
das chuvas pelos plantios adensados precisam ser pesquisadas
e os resultados oferecidos como subsídios para o estabelecimento
de medidas mitigadoras ou compensatórias. Esses estudos
devem levar em conta os diferentes tipos de solos, relevos
e climas.
É
portanto muito importante se conhecerem as condições
e as limitações ambientais das regiões
onde se deseja plantar eucaliptos adensados. Em 1980, em
um dos primeiros tratados sobre espaçamentos em eucaliptocultura
no Brasil, nossos amigos Edson Balloni e João Simões
recomendaram que não se plantassem florestas no bioma
Cerrado em espaçamentos que resultassem em valores
inferiores a 3 m²/planta, até que se desenvolvessem
pesquisas sobre esses impactos e espécies adaptadas
para crescimento em condições de intensa competição.
Sábias reflexões de cerca de três décadas
atrás. Será que alguns pesquisadores de nossos
dias poderiam nos oferecer uma atualização
disso para os tempos presentes?
Como devemos agir em casos de se querer introduzir plantios
adensados em regiões com precipitações
anuais inferiores a 1.200 mm de chuvas e com déficit
hídrico pronunciado de 4 ou mais meses no ano? Por
favor, se houver alguma pesquisa sobre isso, informem-me
para que eu possa divulgar as conclusões e recomendações
da mesma.
Questionamento 11: O que se pode esperar em relação à ciclagem
de nutrientes para os plantios adensados?
Temos aqui duas situações:
•
o impacto sobre a própria deposição
de serapilheira e sua decomposição;
•
a forma como serão gerenciados os resíduos
da colheita florestal.
Em princípio, conforme o que se explorar de biomassa
aérea, teremos impactos distintos: se só madeira
for colhida, teremos a melhor situação ambiental;
se toda a biomassa aérea, a pior.
Em relação ao folhedo e manta orgânica,
esses serão definitivamente afetados. Em condições
de plantios tradicionais de eucalipto no Brasil, temos deposições
anuais entre 3 a 6 toneladas de material seco por hectare,
na forma de folhas, cascas, galhos finos, etc. Isso tem tempo
de se degradar e oferecer nutrientes às raízes
da floresta em crescimento e carbono orgânico ao solo.
Nos plantios adensados, o período de deposição é curto
e logo a seguir a área é aberta pela colheita
das árvores. A matéria orgânica, ao invés
de se humificar, será oxidada pela incidência
forte do sol e pelo ressecamento da serapilheira.
Já em relação aos resíduos da
colheita, se toda a copa for deixada sobre o solo no caso
dos plantios adensados, teremos uma contribuição
entre 12 a 15 toneladas secas de material orgânico
a cobrir o solo florestal a cada dois anos. Esses valores
são interessantes para a ciclagem de nutrientes e
restauração da qualidade do solo. Essa situação é ainda
mais desejável para solos pobres, arenosos e de extrema
fragilidade.
Questionamento 12: E quanto à exportação
de nutrientes? O que se pode esperar dos plantios adensados?
Diversas pesquisas apontam a grande remoção
e exportação de nutrientes pelas florestas
adensadas. Entretanto, essa exportação pode
ser maior ou menor, como já vimos, função
do que se pretende colher da floresta. Na verdade, o maior
impacto no solo será causado pelo gestor e não
pelo plantio florestal em si.
Ao se colher toda a parte aérea de um plantio adensado,
são exportados por hectare cerca de:
70 a 200 kg de nitrogênio;
3 a 20 kg de fósforo;
50 a 70 kg de potássio;
90 a 120 kg de cálcio;
10 a 40 kg de magnésio
e muitos micronutrientes.
Já na remoção apenas da madeira, como
sugerido por diversos estudiosos dos plantios adensados,
a situação seria bastante amenizada. Isso porque
a maior parte dos nutrientes estão compartimentados
na copa e na casca da floresta:
Nitrogênio: entre 60 a 70% está na copa;
Fósforo: entre 60 a 80% está na casca;
Potássio: cerca de 35% está na casca e outros
35% na madeira;
Cálcio: entre 80 a 90% está na casca.
A madeira, além de ser o componente mais valioso da
floresta para biomassa, também é o que menos
exporta nutrientes. As remoções adicionais
de casca e de copa (decisão totalmente eco-ineficiente
para a copa) afetarão significativamente os balanços
nutricionais da floresta, o que exigirá reposição
por fertilização mineral cara e complexa.
Além do problema de exportação de nutrientes,
temos a somar a perda de material orgânico destinado
a humificar o solo. Além de ser menos material orgânico
deixado, teremos os fortes efeitos de oxidação
do húmus já formado pela exposição
freqüente do solo aos raios solares. O húmus
tem a missão de adsorver nutrientes, reter umidade,
estruturar o solo e favorecer a micro-vida e sua biologia.
Sua redução vai afetar sem dúvidas o
solo, e de forma significativa. A maior exposição
do solo às enxurradas pós-colheitas vai também
exportar nutrientes e partículas via erosão,
criando problemas de turbidez e assoreamento de cursos d'água.
Questionamento 13: Como fica a situação dos
sub-bosques nos plantios clonais adensados?
O sub-bosque, que já é reduzido em plantios
clonais convencionais, praticamente desaparece nos plantios
adensados. Não há como se vegetar com tantas árvores
competindo com essa vegetação de baixo crescimento.
Isso significa ainda que praticamente todos os nutrientes
imobilizados pela matéria orgânica vegetal estarão
contidos ou nas árvores de eucalipto, ou na serapilheira
formada.
Do ponto de vista operacional, o combate à mato-competição é favorecido:
em pouco tempo a floresta fecha o terreno e abafa o mato.
Questionamento 14: Quanto custa plantar uma floresta adensada
de eucalipto?
Atualmente no Brasil, um plantio clonal convencional e de
excelente qualidade tecnológica demanda um investimento
entre 3,5 a 4,5 mil reais por hectare para ser formado. O
plantio adensado custa bem mais que isso, pois necessita
de muito mais mudas, fertilizantes e operações
silviculturais.
Vejam a seguir uma comparação simples, somente
para esses fatores:
Operações
silviculturais e custos
unitários por hectare |
Plantio
clonal adensado (espaçamento 3mx0,5m) |
Plantio
clonal tradicional (espaçamento 3x3m) |
Número
de mudas por hectare |
6.500 |
1.100 |
Custo de mudas clonais por hectare
(250 reais por milheiro)
|
1.650 |
275 |
Custo operacional de plantio por
hectare (R$) |
350 |
250 |
Custo da fosfatagem natural por
hectare (R$) |
400 |
200 |
Custo
da fertilização
mineral
(do plantio até 12 meses) |
600 |
300 |
Somatório
dos fatores diferenciais |
3.000 |
1.025 |
=
1.975 R$/ha |
Questionamento
15: Afinal, é um bom
negócio plantar eucaliptos adensados?
O primeiro de todos os considerandos desse negócio é que
os plantios adensados irão oferecer um único
tipo de produto - a biomassa energética. As árvores
finas e com alta proporção de casca não
servirão para finalidades mais nobres. Também,
se o mercado de biomassa estiver ocioso e sem demanda, não
há como manter o povoamento esperando no campo, as árvores
ficariam desesperadas e a competição entre
elas seria mortífera.
Por outro lado, nossos financistas estão sempre preocupados
em avaliar o retorno sobre seus investimentos. A forma mais
simples é se criar um fluxo de caixa apropriado e
calcular a Taxa Interna de Retorno (TIR). Fica difícil
comparar plantios adensados de eucaliptos com outros plantios
convencionais, mas tentaremos uma aproximação
para isso.
A título de exemplo, vamos considerar duas situações
que aconteceriam em um prazo igual de seis anos:
Situação 01:
Plantio clonal adensado colhido a cada dois anos, oferecendo
50 toneladas de fuste com casca em cada colheita. O custo
de implantação foi considerado ser R$ 6.000/hectare
e a biomassa foi valorizada em 120 reais por tonelada seca.
O aluguel da terra foi estipulado como 300 reais por hectare
e por ano e os custos de manutenção anuais
(combate a formigas, manutenção de estradas
e aceiros, etc.) em 100.
No fluxo de caixa dessa primeira alternativa teremos 3 colheitas
e duas conduções da brotação
após a primeira e segunda colheita. Essa condução
implicou em novas fertilizações, etc. e seu
custo unitário foi de R$ 1.500/hectare.
Situação 02:
Plantio convencional a um custo de R$ 4.000/hectare e produção
de 150 toneladas secas de biomassa (fuste com casca) ao sexto
ano, por corte raso. Os valores dos custos de manutenção
e aluguel da terra e o preço da biomassa foram considerados
os mesmos da situação 01.
A situação 02 fica prejudicada em relação à 01
pois uma única colheita teve que pagar todos os custos
da rotação. Caso tivéssemos uma nova
rotação por manejo da brotação,
os resultados do negócio seriam melhorados, sem dúvidas.
Com a nossa tradicional e veterana calculadora financeira
HP 12C avaliamos os fluxos de caixa e os resultados de TIR
foram s seguintes:
TIR situação 01: 19,87%
TIR situação 02: 22,83%
Ou seja, similares - então, quais as vantagens da
antecipação da colheita e redução
do comprimento da rotação?
Questionamento 16: Quais as vantagens sociais dos plantios
adensados?
Os plantios adensados são definitivamente mais demandantes
em trabalho humano, mais operações e mais maquinários
envolvidos. Com isso, deverão requerer mais empregos
para plantio, manejo, colheita e transporte de produtos do
que os plantios convencionais, onde a atividade humana é mais
reduzida.
Questionamento 17: Onde as novas pesquisas deveriam colocar
foco em relação aos plantios adensados de eucaliptos?
O sucesso desse tipo de manejo vai depender de muitos estudos
relacionados aos 16 questionamentos anteriores e muito foco
em sustentabilidade, quer ambiental, como da capacidade produtiva
dos sítios destinados às florestas.
Alguns tópicos a merecer avaliações
criteriosas são a seguir sugeridos aos nossos pesquisadores:
•
balanços nutricionais planta/solo/serapilheira e ciclagem
de nutrientes;
•
balanços hídricos, uso e desperdícios
da água, etc., etc.;
•
exportação total de nutrientes e forma adequada
de reposição;
•
qualidade física, química, biológica
e estrutural dos solos; colocando ênfase ainda no carbono
orgânico, húmus, erosão, micro-vida,
etc.;
•
compensação da biodiversidade que fica reduzida
em função de abafamento do sub-bosque e conseqüente
diminuição do banco de sementes e alimentos
para a fauna;
•
estabelecimento de zoneamentos edafo-climáticos para
esse tipo de silvicultura, permitindo assim o plantio de
florestas adensadas em regiões adequadas em relação
ao balanço hídrico, conflitos pelo uso da água,
qualidade do solo no longo prazo, etc., etc.
•
gestão dos ecossistemas e da paisagem, evitando a
concentração exagerada dessas florestas de
baixa biodiversidade;
•
desenvolvimento de critérios e índices de sustentabilidade
específicos para a certificação desse
tipo de plantações, que são mais assemelhadas
aos cultivos agrícolas;
•
avaliações técnicas sobre as interações
espaçamento / densidade populacional / idade / produtividade
/ colheita;
•
tipos de manejo para garantir a capacidade produtiva do sítio
florestal, bem como sua performance ambiental, econômica
e social;
•
diversificação para utilizações
mais amplas da biomassa gerada, tais como matérias-primas
para biorefinarias, etc.;
•
desenvolvimento de tecnologias florestais para minimização
de riscos em regiões mais frágeis e também
em função da época do ano. Sabe-se muito
bem que plantios adensados feitos no inverno úmido
são bem diferentes de plantios feitos no verão
seco, ou mesmo úmido, etc., etc.
Considerações finais:
Como conclusão dessas nossas reflexões, lembrarei
a todos que esse novo tipo de manejo florestal, que vem encantando
alguns técnicos, acadêmicos e investidores do
setor, merece toda atenção e avaliações
de seus riscos, não apenas de suas vantagens ou oportunidades.
Os plantios adensados mostram evidentes riscos que precisam
ser conhecidos, avaliados, mitigados, compensados e evitados.
Com ciência, dedicação, muito trabalho
e muita imparcialidade e respeito ao ambiente poderemos encontrar
caminhos e soluções para se produzir biomassa
florestal da forma a mais eco-eficiente possível.
Não podemos querer apenas trilhar pelo caminho mais
fácil, que seria usar solos mais férteis e
regiões com bons níveis de precipitação,
como tem feito a cultura da cana-de-açúcar,
que se vale dos melhores solos agrícolas do Brasil.
Se essa for a opção, cada vez mais a bioenergia
estará deslocando as áreas de produção
de alimentos e reduzindo as disponibilidades aos cultivos
agrícolas igualmente essenciais à sociedade.
O setor de base florestal que planta árvores sempre
tem-se orgulhado de ser responsável e usar terras
marginais e esgotadas pela agricultura e pecuária.
Corremos sério risco de que os investidores nesse
setor passem a acreditar que os plantios adensados não
são florestas, mas sim cultivos energéticos
e agrícolas. Se isso vier a acontecer, se os plantadores
de florestas adensadas passarem a plantar "roças
de árvores", estaremos negando tudo o que desenvolvemos
até agora para a sustentabilidade de nossas florestas
plantadas. Teremos que reaprender a silvicultura para de
novo buscar caminhos sustentáveis. Novas rotas tecnológicas
sobre a gestão do solo, da biodiversidade, dos ciclos
hidrológicos, etc. deverão ser estudadas e
apresentadas para as partes interessadas da sociedade. Amplos
diálogos serão necessários para adequado
convencimento das mesmas.
Se a opção da sociedade humana for trocar o
combustível fóssil pela biomassa, com certeza
as florestas plantadas, adensadas ou não, terão
papel relevante nesse processo. Só que precisam ter
sua sustentabilidade garantida e comprovada. Senão
estaremos trocando carbono fóssil por usos inadequados
de solo, biodiversidade e água. O lado ecológico
da conta da biomassa energética não pode ser
paga pelos nossos solos, nem pela água de nossos recursos
hídricos.
Conto com a mobilização da academia, para mais
uma vez responder com ciência e pesquisas a essas ansiedades,
que não são apenas minhas, mas de uma grande
parte dos engenheiros florestais do Brasil.
O Brasil merece ser um país verde, um verde inclusive
das florestas plantadas e sustentáveis dos eucaliptos.
-------
* Agradeço meus estimados amigos florestais Jorge
Euclides Mayer Klein e José Baptista, ambos da empresa
Celulose Riograndense, por terem colaborado na atualização
de alguns dados praticados no setor florestal brasileiro.
......
Referências da literatura e sugestões
para leitura:
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a partir de plantações adensadas de eucaliptos
em curta rotação. L. Couto. I Encontro
de Energias Inteligentes. Apresentação em PowerPoint:
45 slides. (2010)
http://www.adetec.org.br/Administracao/Eventos/renabio.pdf
A silvicultura e a água: ciência, dogmas,
desafios. W.P. Lima. Diálogo Florestal. Cadernos de Diálogo
nº 1. 68 pp. (2010)
http://www.ipef.br/hidrologia/cadernos-do-dialogo-volume-1-agua-e-silvicultura.pdf
Caracterização física e química
do solo e avaliação do desenvolvimento de plantas
de eucalipto em função do espaçamento
e da adubação visando a colheita precoce para
utilização em bioenergia. E.A. Garcia.
Dissertação
de Mestrado. Orientação: Dr. K.P. Lanças.
UNESP - Universidade Estadual Paulista. Campus de Botucatu.
114 pp. (2010)
http://www.fca.unesp.br/pos_graduacao/Teses/PDFs/Arq0527.pdf
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http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr03/cap01.pdf
Plantios adensados são causadores de danos
ambientais graves. C. Foelkel. Pergunte ao Euca
Expert. Pergunta nº 646.
(s/d = Sem referência de data)
http://www.eucalyptus.com.br/eucaexpert/Pergunta%20646.doc
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