Editorial
Bom dia
a todos vocês que nos honram com sua leitura e atenção,
Amigos, aqui estamos com o número
30 da nossa Eucalyptus Newsletter.
Esperamos que essa edição seja de seu agrado e interesse,
possibilitando que todos nossos leitores possam ganhar mais conhecimentos
e entendimentos sobre as florestas plantadas de eucaliptos e sobre
seus produtos e serviços, que são de enorme valor para
a nossa sociedade.
Nessa edição, a tradicional seção "Os
Amigos dos Eucalyptus" traz um renomado conhecedor do setor de
polpas de mercado de eucaliptos. Isso porque ela tem a missão
de compartilhar com vocês uma parte da dedicada e produtiva vida
profissional do nosso competente amigo Mr. Dave Hillman, um dos mais
profundos especialistas e conhecedores acerca das propriedades e utilizações
de celuloses para fabricação de papel em nosso setor
celulósico-papeleiro. Tenho há longo tempo uma grande
amizade e respeito profissional pelo Dave, por isso, fico muito feliz
com a oportunidade de lhes apresentar algumas de suas conquistas com
as polpas celulósicas de eucalipto. Em minhas conversas com
o Dave para conhecer mais sobre sua vida e atividades, recebi dele
o oferecimento para nos brindar com um artigo técnico, surgindo
daí a idéia de se criar uma nova
seção para nossa newsletter sobre os eucaliptos. Chamei-a de "Ensaios
Tecnológicos Eucalíptícos pelos Amigos dos Eucaliptos".
Nessa edição, o Dave nos escreverá e dará sua
opinião acerca da fantástica opção papeleira
que são as polpas kraft branqueadas de eucaliptos fabricadas
no Brasil.
Nessa edição, continuamos com a prestigiada seção "O
Mundo dos Eucaliptos" sendo que estamos com ela
trazendo algumas atualizações sobre o estado do Mato Grosso do
Sul. Apesar
de já termos escrito sobre essa região do Brasil há pouco
tempo, ela tem-se tornado rapidamente em um dos principais pólos
eucalípticos mundiais, frente ao seu enorme e rápido
crescimento. Por essa razão, estamos trazendo as mais recentes
novidades que estão convertendo a cidade de Três Lagoas
e outras localidades próximas a ela na região de maior
concentração de produção de polpa de mercado
de eucalipto no mundo. Como para isso se demandam florestas plantadas,
a atividade florestal é também intensa no estado, não
apenas para produção de celulose e papel, mas também
para carvão vegetal para uso siderúrgico.
Já a
seção "Curiosidades
e Singularidades acerca dos Eucaliptos" da engenheira
agrônoma M.Sc. Ester Foelkel lhes conta, com muita certeza, algo muito útil e curioso para
vocês: "Madeira de Demolição: Novos Usos
e Vantagens para a Madeira dos Eucaliptos".
Um
outro tema que procurei oferecer a vocês foi uma indicação
de diversas xilotecas ou coleções
de madeira virtuais,
que estejam disponíveis na web. Elas colocam aos internautas
a oportunidade de conhecerem mais sobre a morfologia, anatomia e
dados técnicos de muitas madeiras, entre as quais as de eucaliptos.
Espero que mantenham essas indicações como referência
para sua navegação toda vez que precisarem conhecer
algo mais sobre madeiras mundiais.
Nas
duas tradicionais seções Euca-Links e Referências
acerca de Cursos e Eventos, oferecemos tanto o acesso
aos materiais de eventos recentes e de muita relevância, como
também
sugerimos a navegação em websites acadêmicos
com muita literatura básica fundamental para estudantes e
técnicos do setor de celulose e papel.
Nosso
mini-artigo dá continuidade à série
de artigos sobre indicadores de performance para nossas fábricas
e florestas, uma iniciativa da ABTCP - Associação Brasileira
Técnica
de Celulose e Papel em seu esforço para fortalecer e aumentar
a competitividade das empresas brasileiras. Dessa vez estamos escrevendo
sobre o tema "Indicadores de Desempenho e de Produtividade para
Fábricas de Celulose e Papel de Eucalipto".
Esperamos que essa edição possa lhes ser muito útil,
já que a seleção de temas foi feita com o objetivo
de lhes trazer novidades sobre os eucaliptos que acredito possam ser
muito úteis a vocês que nos honram com sua leitura.
Caso ainda não estejam cadastrados para receber a newsletter
e os capítulos do nosso livro online sobre os eucaliptos, sugiro
fazê-lo através do link a seguir: Clique
para cadastro.
Estamos
com diversos parceiros apoiadores não financeiros a esse nosso
projeto: TAPPI, IPEF, SIF, CeluloseOnline, CETCEP/SENAI, RIADICYP,
TECNICELPA, ATCP Chile, Appita, CENPAPEL, TAPPSA, SBS, ANAVE, AGEFLOR,
EMBRAPA FLORESTAS, EUCALYPTOLOGICS - GIT Forestry, ForestalWeb, Painel
Florestal, INTA Concórdia - Novedades Forestales, Papermakers'
Wiki e Åbo Akademi - Laboratory of Fibre and Cellulose Technology.
Eles estão ajudando a disseminar nossos esforços em
favor dos eucaliptos no Brasil, USA, Canadá, Chile, Portugal,
Colômbia, Argentina, Espanha, Austrália, Nova Zelândia,
Uruguai, Finlândia e África do Sul. Entretanto, pela
rede que é a internet, essa ajuda recebida de todos eles coopera
para a disseminação do Eucalyptus Online Book & Newsletter para
o mundo todo. Nosso muito obrigado a todos esses parceiros por acreditarem
na gente e em nosso projeto. Conheçam nossos parceiros apoiadores
em:
http://www.eucalyptus.com.br/parceiros.html
Obrigado
a todos vocês leitores pelo apoio e constante presença
em nossos websites. Nossos informativos digitais estão atualmente
sendo enviados para uma extensa "mailing list" através
da nossa parceira ABTCP - Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel, o que hoje está correspondendo a alguns
milhares de endereços cadastrados. Isso sem contar os acessos
feitos diretamente aos websites www.abtcp.org.br; www.eucalyptus.com.br e www.celso-foelkel.com.br,
ou ainda pelo fato dos mesmos serem facilmente encontrados pelas ferramentas
de busca na web. Nossa meta a partir de agora é muito clara:
estar com o Eucalyptus
Online Book & Newsletter sempre na primeira página,
quando qualquer pessoa no mundo, usando um mecanismo de busca tipo
Google, Yahoo ou Bing, pesquisar algo usando a palavra Eucalyptus.
Com isso, poderemos informar mais às partes interessadas sobre
os eucaliptos, com informações relevantes e de muita
credibilidade. Por isso, peço ainda a gentileza de divulgarem
nosso trabalho àqueles que acreditarem que ele possa ser útil.
Eu, a Grau
Celsius, a ABTCP e
a International Paper do Brasil,
mais os parceiros apoiadores, ficaremos todos muito
agradecidos.
Um
abraço a todos e boa leitura. Esperamos que gostem do que
lhes preparamos dessa vez.
Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br
http://www.eucalyptus.com.br
http://www.abtcp.org.br
Nessa
Edição da Eucalyptus Newsletter
Os
Amigos dos Eucalyptus - Mr. Dave Hillman
Nova
Seção: Ensaios Tecnológicos Eucalípticos
pelos Amigos dos Eucaliptos - Nessa edição:
Polpas
Kraft Branqueadas de Fibras Curtas do Brasil - Os Eucaliptos
Superiores Conquistam os Mercados Mundiais -
por Dave Hillman
O
Mundo dos Eucaliptos: Updates acerca do Estado do Mato Grosso do Sul
- Brasil
Euca-Links
- Websites Acadêmicos com Ênfase em Tecnologia de Celulose
e Papel
Referências
sobre Eventos e Cursos
Xilotecas
ou Coleções
de Madeiras Virtuais
Curiosidades
e Singularidades acerca dos Eucaliptos - Madeira de Demolição:
Novos Usos e Vantagens para a Madeira dos Eucaliptos -
por Ester Foelkel
Mini-Artigo
Técnico por Celso Foelkel
Indicadores
de Desempenho e de Produtividade para Fábricas
de Celulose e Papel de Eucalipto

Os
Amigos dos Eucalyptus
Mr. Dave Hillman
Nessa presente edição da Eucalyptus
Newsletter, tenho a satisfação em lhes apresentar mais
um grande amigo dos eucaliptos e de suas polpas celulósicas
e também um caríssimo amigo meu, alguém dentre
os que mais admiro no setor de celulose e papel mundial. É uma
pessoa muito conhecida em todo o setor de celulose de mercado pelo
seu conhecimento, carisma e idéias criativas para usos e aplicações
das fibras celulósicas. Além disso, é um excelente
e entusiasmado palestrante, sendo admirado pela forma dinâmica
e convincente que tem para transferir seus conhecimentos. Conheço Dave
Hillman há cerca de 20 anos, quando pela primeira vez assisti
e me encantei com suas idéias sobre polpas e fibras, e em especial
pelo seu entusiasmo e paixão pelas fibras dos eucaliptos brasileiros.
Dave
Hillman tem sido um devotado estudioso das fibras
e polpas celulósicas por mais de 40 anos. Tem excelente
visão prática sobre
usos e aplicações de cada tipo de fibra graças
aos seus anos de trabalho em fábricas de papel, na comercialização
de polpas e papéis e aos seus criteriosos estudos técnicos,
que sempre caracterizaram sua vida profissional. Ao iniciar seus famosos "Market
Pulp Seminars" há quase 30 anos, Dave foi ganhando cada
vez mais expertise em polpas celulósicas e seus diferentes atributos
para recomendar o uso correto das mesmas na fabricação
de inúmeros tipos de papéis. Hoje, Dave Hillman é reconhecido
mundialmente como um dos especialistas com maior nível de entendimento
de praticamente todos os tipos de polpas de mercado, mas também
do próprio mercado desses produtos em si. Isso ele tem sobejamente
demonstrado através de seus estudos e análises de mercado,
além de palestras e publicações que também
estão disponibilizadas aos leitores mais adiante, nessa mesma
seção dessa newsletter. Sua obra-prima "The
World of Market Pulp" (http://www.worldofmarketpulp.com/)
com os amigos Hiroki Nanko e Alan Button demonstra claramente sua enorme
capacitação
técnica, bem como sua habilidade estratégica em propor
soluções técnicas aos papeleiros (nas suas máquinas)
e aos investidores (nas suas novas fábricas). Por isso mesmo,
a dificuldade que muitos têm em definir um perfil profissional
para Dave, pois ele transita muito bem tanto nas estratégias
mercadológicas como nos temas absolutamente técnicos
de se fabricar o papel nas suas máquinas e especificidades de
suas composições fibrosas.
Conheci Dave Hillman
em 1989, quando ele foi convidado pelo nosso amigo comum Sérgio Nicolau Kilpp a oferecer um de seus "Market
Pulp Seminars" na nossa antiga Riocell, em Guaíba/RS/Brasil.
A partir dai, e por diversas vezes, tenho encontrado o Dave em nossas
andanças celulósicas pelo mundo. Dave é muito
freqüente em congressos internacionais sobre polpas de mercado,
tais como os organizados pelo PPPC - Pulp and Paper Products Council,
ou pelo PPI/RISI. Quem participa nas "International Pulp Weeks" ou
nas "Market Pulp Conferences" sempre tem a chance de ouvir
acerca dele ou de encontrar o Dave pessoalmente. Também com
o Dave tive inclusive a oportunidade de trabalhar em um workshop sobre
polpa de mercado que ministramos juntos para um importante fabricante
desse produto no Brasil, cada qual apresentando seus pontos de vista
sobre esse tema: sempre um enorme aprendizado estar presente e ouvir
os ensinamentos do Dave.
Dave
Hillman foi também considerado importante instrumento para
comercialização da polpa kraft não-branqueada
de eucalipto da ex-Riocell, em particular para o mercado norte-americano.
Foi notável a sua dedicação em desenvolver novas
aplicações para uma polpa de muito difícil colocação
nos mercados. Sabe-se que polpas de fibras curtas branqueadas têm
excepcional mercado, mas as não-branqueadas preferidas eram
quase sempre as de fibras longas. Dave ofereceu a essa polpa de eucalipto
não-branqueada inúmeras novas oportunidades, em especial
para os produtos de papel para filtração. Isso ele
conseguiu graças aos seus conceitos de atributos diferenciais
e dos concretos benefícios que procurava encontrar aos papeleiros
pelo seu uso.
Há alguns anos (desde 1987) Dave Hillman atua como consultor
independente, oferecendo seus serviços em favor do mundo celulósico-papeleiro,
tendo atividades profissionais em inúmeros países além
dos USA, tais como Chile, Brasil, Canadá, México, China, África
do Sul, e em outros países da Ásia e Europa. Sua expertise é enorme
e o reconhecimento ao seu trabalho é inquestionável.
Dave Hillman (David C. Hillman) nasceu em junho de 1935 em um pequeno
sítio de cerca de 5 hectares na área agrícola
próxima à cidade de Erie, na Pennsylvania/USA. Sua família,
que era de origem alemã, era pobre e tinha dificuldades econômicas.
Entretanto, Dave afirma não ter reconhecido esse fato quando
criança, o que indica que teve uma boa e feliz infância,
pois não sentia a falta de bens materiais como televisão,
telefone, automóvel, etc. Por essa razão de recursos
escassos, logo após ter concluído os estudos secundários,
Dave passou a trabalhar na Hammermill Paper Co., em seus laboratórios
corporativos. Seu bom desempenho e motivação fez com
que o corpo técnico da empresa entusiasmasse Dave a reiniciar
seus estudos. Isso ele fez no Georgia Institute of Technology, tendo
graduado como B.S. (Bacharel em Ciências) em Engenharia Industrial
no ano de 1958. Infelizmente, segundo ele, a opção de
carreira não foi a mais aplicável, pois teria sido melhor
se tivesse estudado química ou engenharia química. O
muito que aprendeu na universidade sobre resistência de materiais,
hidráulica, projetos de máquinas, etc., teria sido melhor
utilizado se tivesse tido fundamentos adicionais sobre química
orgânica, polímeros, físico-química, etc.
Sua esposa Jean foi um dos seus "drivers" para voltar a estudar
e concluir os estudos acadêmicos. Dave conheceu Jean ainda na
escola secundária em 1953, noivaram em 1954 e se casaram em
1956. O casal desfruta de muita felicidade há quase 55 anos,
tendo 4 filhas e cinco netos. O que muito ajudou na educação
e solidez do lar e da família foram as atividades religiosas
cristãs de Dave, Jean e demais familiares.
A carreira profissional de Dave, como já vimos, começou
por 2 anos iniciais na Hammermill e depois continuou na Westvaco até 1981.
Trabalhou em desenvolvimento de produtos papeleiros, tanto em testes
operacionais de performance como nas especificações de
novos produtos. Em 1975, quando na Westvaco, foi promovido para atuar
na área comercial para desenvolver mercados para produtos celulósicos
da empresa. Seu sucesso foi rapidamente notado, inclusive fora da empresa.
Tanto, que em 1981 deixou a Westvaco para se tornar vice-presidente
de vendas técnicas de polpas especiais na empresa Woodpulp International
Limited (entre 1981-1982).
Sua primeira missão na Woodpulp Intl. foi a de introduzir polpa
branqueada de eucaliptos (no caso em questão, da empresa portuguesa
Portucel) no mercado norte-americano. Como as fibras de eucalipto eram
completamente desconhecidas naquela época nos USA - e em muitos
outros países - decidiu elaborar e conduzir mini-seminários
técnicos ("workshops") para ter a chance de apresentar
as mesmas aos seus potenciais novos clientes (especialmente das áreas
técnicas e de produção). Em seu primeiro ano nesse
tipo de atividades Dave conta com orgulho que conseguiu nada menos
que 36 pedidos de testes industriais para essa polpa de eucalipto.
De imediato, ele reconheceu que a mais fácil maneira de se vender
algo é educar e informar o pessoal que vai usar o produto. Isso
deve ser feito exatamente na fábrica do potencial usuário,
com "as mãos na massa", concluiu Dave. Os principais
pontos que destacava nas polpas de eucalipto eram: o fato de ser uma "single
species pulp" (polpa de um único tipo de árvore)
- e sua alta população fibrosa, que favorecia formação,
opacidade e lisura superficial nos papéis. Nos Estados Unidos
da América é comum a fabricação de celulose
com cavacos de madeira originados de muitas espécies de árvores
(como cavacos de serrarias). Dave menciona que apenas uma polpa de
fibra curta com a qual trabalhou continha pelo menos 12 espécies
florestais em sua composição. Já uma de fibras
longas possui 4 tipos de madeiras. Difícil se manter então
a uniformidade do produto. Os atributos únicos e as vantagens
que mais entusiasmavam os novos clientes das polpas dos eucaliptos
eram: uniformidade, performance em máquina, confiabilidade e
vantagens na porosidade, volume específico, lisura e opacidade.
Em fins de 1982 Dave retorna à sua empresa original Hammermill
para ser gerente de vendas de produtos até 1987. A partir de
1987 passa a atuar como consultor independente, ministrando os tradicionais "Market
Pulp Seminars", prestando consultoria em desenvolvimento de produtos
e atuando como agente de vendas de produtos de origem florestal.
Uma coisa que impressionou Dave no início de sua vida profissional
foi que praticamente todos os papeleiros acreditavam que os fabricantes
de celulose só se preocupavam com seu processo de produção
de polpa e nada entendiam de papel. Ou seja, era necessário
se criar uma "ponte" entre as fábricas de papel e
celulose e isso devia acontecer tanto na tecnologia como na área
comercial. Ele decidiu então moldar o seu perfil profissional
exatamente para criar essa requerida ponte entre essas importantes áreas.
Para isso, procurou entender quais os atributos únicos e singulares
de cada polpa, de forma a poder colaborar na preparação
das receitas fibrosas que pudessem melhor preencher os requisitos de
especificações técnicas e estéticas dos
papéis. Aparentemente não havia, como não há ainda
em muitas situações, um entendimento de que isso pode
ser exatamente a chave das vendas técnicas. Dave conclui hoje
que sua missão tem sido a de "abrir os olhos" de técnicos
e vendedores/compradores de polpas para que eles enxerguem as virtudes
das diferentes polpas de mercado.
A vida de Dave na área comercial (e também técnica)
tem sido intensa e longa, de 1975 até os dias presentes. Com
isso, tomou contato e aprendeu sobre praticamente todos os tipos de
polpas e celuloses, desde pastas mecânicas até polpas
químicas, secadas em folhas ou em fardos prensados "flash",
de fibras longas a curtas e passando também por outros tipos
de materiais fibrosos.
Com
toda essa bagagem acumulada, a partir de 2005, optou por transferir
mais intensamente esse tipo de informações e riqueza
de conhecimentos ao setor, dando assim origem ao magnífico
livro/CD "The World of Market
Pulp", que escreveu com seus
qualificados amigos Hiroki Nanko e Alan Button. Tive também
o privilégio de ser um dos autores de um capítulo desse
livro e de título "The magic of the Eucalyptus plantation
forests" (páginas 114 a 118).
De acordo com Dave, essa nova fase profissional está-se complementando
muito bem com seus propósitos de ensinar, educar e transferir
conhecimentos ao setor de forma a se sentir muito útil ao pessoal
que nele atua. Sua maior recompensa profissional tem sido os milhares
de "muito obrigado" recebidos dos papeleiros que se sentem
tecnicamente mais completos após receberem os ensinamentos de
Dave.
Dave Hillman é reconhecido mundialmente como um dos pouquíssimos
especialistas em polpas de mercado que é ao mesmo tempo um excelente
papeleiro, um bom conhecedor de especificações de produtos
do setor e uma pessoa com alta vocação comercial, sempre
associando a técnica às vendas. Após cerca de
30 anos atuando nessa "ponte", a conclusão de Dave é simples: é um
caminho que deseja ajudar a construir para as novas gerações
de papeleiros. "Quem vende e supre polpas de mercado deveria fazer
isso com base mais em vendas técnicas, convencendo e dialogando
com as áreas técnicas que consomem essas polpas. Deve-se
deixar um pouco de lado os tradicionais focos em preços e programação
de entregas que sempre têm sido o motivo de diálogo entre
os gerentes de vendas (das fábricas de celulose) e os gerentes
de suprimentos (das fábricas de papel)". Isso é algo
que Dave acredita intensamente e que procura colaborar em muito para
acontecer.
Dave porém acredita que há muito a ser feito nesse sentido,
especialmente agora com a entrada de novos e fortes países no
setor celulósico-papeleiro em locais de baixo custo de produção
na Ásia e América Latina. Também deve ser enfatizada
a atual importante presença de China e Índia como grandes
consumidores de polpa de mercado.
Além dessa rica e maravilhosa carreira profissional, Dave encontra
tempo para muitas outras atividades paralelas. Isso ocorre tanto no
Cristianismo, do qual é praticante e voluntário em muitas
atividades, como na música. Surpreendeu-me conhecer que Dave
foi por 3 anos presidente da Orquestra Filarmônica de Erie/PA.
Para finalizar essa curta biografia desse grande amigo dos eucaliptos,
vou-lhes relatar um fato curioso que me contou Dave. Essa historieta
está relacionada em como as fibras do eucalipto foram desenvolvidas
para compor uma camada para conferir alta maciez ao tato na superfície
do papel tissue da Procter & Gamble. Por volta dos anos 90's, quando
Dave aplicava mais um de seus "Market Pulp Seminars" em East
Brunswick, NJ/USA, teve entre seus alunos uma pessoa que relatou o
fato. Disse esse aluno, que em meados dos anos 70's trabalhava no laboratório
da P&G em Hamilton/Ohio. Nas proximidades estava uma importante
fábrica da Champion International. Um de seus "vizinhos
da porta do lado de sua residência" trabalhava na Champion
e teve agendada uma ida à fábrica da Champion em Mogi-Guaçu/Brasil.
O vizinho se ofereceu para trazer algum café brasileiro, mas
o relatante disse preferir que lhe trouxesse 2 kg de polpa do eucalipto
brasileiro. Com essa amostra, a P&G iniciou os testes para fazer
um papel ultra facial com uma camada de fibras de eucalipto sobre uma
base fibrosa de spruce preto canadense. Imaginem se ao invés
da polpa de eucalipto o vizinho decidisse trazer 2 kg de café?
A história de sucesso poderia não ter acontecido e o
mundo papeleiro poderia ter perdido essa oportunidade. Dave relata
que em 2009 as empresas Procter & Gamble e Kimberly Clark juntas
importaram mais de um milhão de toneladas de celulose de mercado
do Brasil para dar a excepcional maciez/suavidade ao tato em seus papéis
higiênicos de alto valor agregado.
"Não há dúvidas que a nossa indústria deveria
gastar mais dinheiro e usar mais o talento das pessoas para desenvolver novas
aplicações e utilizações em produtos papeleiros,
entendendo e ajudando a preencher as necessidades dos usuários das celuloses
e dos papéis", conclui nosso amigo Dave.
Para
conhecerem mais sobre a vida profissional e a obra de Dave Hillman,
o "Amigo dos Eucalyptus" dessa edição
da Eucalyptus Newsletter, naveguem em seu currículo, suas palestras,
artigos, cursos, livros, etc., a seguir disponibilizados.
Curriculum vitae simplificado de Dave Hillman:
http://www.worldofmarketpulp.com/aboutus.html (Disponível
em WOMP website)
http://www.glgroup.com/Council-Member/Dave-Hillman-125114.html (Disponível
em Gerson Lehrman Group)
http://www.linkedin.com/pub/dave-hillman/15/371/494 (Disponível
em Linkedin)
Conheça Dave Hillman através
algumas de suas imagens:
http://www.glgroup.com/images/cm_photos/Dave-Hillman-125114.jpg
http://www.worldofmarketpulp.com/wompgrouppic.jpg
Livro, CD e obra-prima de Dave Hillman em parceria
com seus amigos Hiroki Nanko e Alan Button:
The
World of Market Pulp - WOMP. H. Nanko; A. Button; D. Hillman.
WOMP. 283 pp. (2005)
http://www.worldofmarketpulp.com/publications.html
http://www.worldofmarketpulp.com/womp_cd_xcerpts.pdf (Resumo
da versão em CD rom)
http://www.worldofmarketpulp.com/WOMP_Book_Excerpts.pdf (Resumo do
livro)
Disponíveis mais informações
sobre o livro em:
http://www.tappi.org/Bookstore/Books--CD-ROMs/Books/PulpWood-Products/The-World-of-Market-Pulp---Soft-Cover.aspx
http://www.worldofmarketpulp.com/WOMPAtlasSamplecopy.pdf (Amostra do
Atlas de Fibras)
http://ipst.gatech.edu/news/archive/2006/060110_market_pulp.html (Georgia
Tech Institute)
Seleção de quase 50 artigos, ensaios,
revisões e análises de mercado por Dave Hillman:
Fibria moves ahead to reduce future BEK shortage. D. Hillman. GLGroup
Market Analysis. (2010)
http://www.glgroup.com/News/Fibria-Moves-Ahead-To-Reduce-Future-BEK-Shortage-50152.html
Chilean pulp mill closures to be felt in many sectors. D. Hillman.
GLGroup Market Analysis. (2010)
http://www.glgroup.com/News/Chilean-Pulp-Mill-Closures-To-Be-Felt-In-Many-Sectors-47283.html
Falling euro may hinder further pulp price increases. D. Hillman. GLGroup
Market Analysis. (2010)
http://www.glgroup.com/News/Falling-Euro-May-Hinder-Further-Pulp-Price-Increases-48413.html
Will China's closure of pulp mills buoy pulp prices? D. Hillman. GLGroup
Market Analysis. (2010)
http://www.glgroup.com/News/Will-Chinas-Closure-of-Its-Pulp-Mills-Buoy-Pulp-Prices--48842.html
US$1,000 pulp stimulates new Brazilian pulp mill. D. Hillman. GLGroup
Market Analysis. (2010)
http://www.glgroup.com/News/$1000-Pulp-Stimulates-New-Brazilian-Pulp-Mill-47743.html
Gunns Tasmania's market pulp mill progresses toward becoming
a reality. D. Hillman. GLGroup Market Analysis. (2010)
http://www.glgroup.com/News/Gunns-Tasmanias-
market-pulpmill-progresses-toward-becoming-a-reality-48202.html
Acetate dissolving pulp is booming. D. Hillman. GLGroup Market Analysis.
(2010)
http://www.glgroup.com/News/Acetate-Dissolving-Market-Pulp-Is-Booming-51067.html
Fluff pulp: the US's jewel in the crown. D. Hillman. GLGroup Market
Analysis. (2010)
http://www.glgroup.com/News/Fluff-Pulp--the-USs-Jewel-In-The-Crown-50584.html
Fluff pulp producers have cause for rejoicing. D. Hillman. GLGroup
Market Analysis. (2010)
http://www.glgroup.com/News/Fluff-Pulp-Producers-Have-Cause-For-Rejoicing-49998.html
Hardwood pulp prices projected to drop in the 4th quarter. D.
Hillman. GLGroup Market Analysis. (2010)
http://www.glgroup.com/News/Hardwood-Pulp-Prices-Projected-To-Drop-In-4Q-50582.html
Major new market pulp mills announced in Brazil and Russia. D. Hillman.
GLGroup Market Analysis. (2010)
http://www.glgroup.com/News/Major-New-Market-Pulp-
Mills-Announced-In-Brazil-And-Russia-48278.html
A possible pulp price decrease. The pros and cons. D. Hillman. GLGroup
Market Analysis. (2010)
http://www.glgroup.com/News/A-possible-pulp-
price-decrease--The-pros-and-cons.-49221.html
China's demand may outstrip supply of OCC, ONC and SOP. D. Hillman.
GLGroup Market Analysis. (2010)
http://www.glgroup.com/News/Chinas-Demand-May-
Outstrip-Supply-Of-OCC-ONP--SOP-46612.html
China's pulp purchases reaches 13.68 million metric tons in
2009. D.
Hillman. GLGroup Market Analysis. (2010)
http://www.glgroup.com/News/CHINAS-PULP-PURCHASES-REACHE-
13.68-MILLION-MT-IN-2009.-46557.html
Newsprint capacity shrinks as demand declines. D. Hillman. GLGroup
Market Analysis. (2010)
http://www.glgroup.com/News/Newsprint-Capacity-Shrinks-As-Demand-Declines-46208.html
Is Indonesia pulp industry about to explode? D. Hillman. GLGroup Market
Analysis. (2010)
http://www.glgroup.com/News/Is-Indonesias-Pulp-
Industry-About-To-Explode--35352.html
Tax credits: a reward, subsidy or foolish give-away. D. Hillman. GLGroup
Market Analysis. (2009)
http://www.glgroup.com/News/TAX-CREDITS--A-REWARD-
SUBSIDY-OR-FOOLISH-GIVE-AWAY--36382.html
What is fueling the turnaround in pulp prices? D. Hillman. D. Hillman.
GLGroup Market Analysis. (2009)
http://www.glgroup.com/News/What-is-fueling-the-
turnaround-in-pulp-prices--40508.html
CMPC to increase Brazilian BEK capacity. D. Hillman. D. Hillman. GLGroup
Market Analysis. (2009)
http://www.glgroup.com/News/CMPC-To-Increase-Brazilian-BEK-Capacity-43859.html
http://www.iciforestal.com.uy/la-region/615--cmpc-to-increase-brazilian-bek-capacity
Containerboard - A comprehensive overview. D. Hillman. Paper Asia (Julho/Agosto):
24-27. (2009)
http://www.shpmedia.com/images/Special%20Report_Containerboard.pdf
After the global recovery: what will the market pulp business
look like? D. Hillman. Paper Asia (Março/Abril): 16 - 20. (2009)
http://www.shpmedia.com/images/SpecialFeature_After%20Global.pdf
A new pulp mill for Uruguay coming soon. D. Hillman. GLGroup Market
Analysis. (2009)
http://www.glgroup.com/News/A-new-market-pulp-mill-for-
Uruguay-coming-soon--39732.html
India's paper industry must expand to meet growing demand. D. Hillman.
GLGroup Market Analysis. (2009)
http://www.glgroup.com/News/Indias-Paper-Industry-
Must-Expand-To-Meet-Growing-Demand-31587.html
VCP+Aracruz = a Brazilian superpower. D. Hillman. GLGroup Market Analysis.
(2009)
http://www.glgroup.com/News/VCP-+-AraCruz-=
-A-Brazilian-Superpower-31900.html
Number 1 + number 2 Eucalyptus producers = World's biggest. D. Hillman.
GLGroup Market Analysis. (2009)
http://www.glgroup.com/News/1-+-2-Eucalyptus-
Producers-=-Worlds-Biggest-42912.html
China's enormous appetite for recovered paper. D. Hillman. GLGroup
Market Analysis. (2009)
http://www.glgroup.com/News/Chinas-Enormous-Appetite-For-Recovered-Paper-42650.html
With demand shrinking what will future newsprint mills look
like? D.
Hillman. GLGroup Market Analysis. (2009)
http://www.glgroup.com/News/With-demand-shrinking-what-will-future-newsprint-mills-look-like--36323.html
China's Shandong Chenming seeks to become number 1. D. Hillman. GLGroup
Market Analysis. (2009)
http://www.glgroup.com/News/Chinas-Shandong-Chenming-Seeks-To-Become-1-41132.html
Even commodity printing and writing grades are not recession
proof. D. Hillman. GLGroup Market Analysis. (2009)
http://www.glgroup.com/News/EVEN-COMMODITY-PRINTING--WRITING-GRADES-ARE-NOT-RECESSION-PROOF-34082.html
China's forests cannot support these planned pulp mills. D. Hillman.
GLGroup Market Analysis. (2008)
http://www.glgroup.com/News/Chinas-Forests-CANNOT-Support-These-Planned-Pulp-Mills-27824.html
Are super-corrugators the wave of the future? D. Hillman. GLGroup Market
Analysis. (2008)
http://www.glgroup.com/News/Are-Super-corrugators-The-Wave-Of-The-Future--28553.html
Recession is accelerating the closure of many pulp/paper mills. D.
Hillman. GLGroup Market Analysis. (2008)
http://www.glgroup.com/News/Recession-is-accelerating-the-closure-of-many-pulp-paper-mills-29165.html
The Chinese are buying North American pulp mills: is this good
or bad? D. Hillman. GLGroup Market Analysis. (2008)
http://www.glgroup.com/News/The-Chinese-are-buying-North-American-pulp-mills--is-this-good-or-bad--22518.html
Can China alone keep the market tight? What about India? D. Hillman.
GLGroup Market Analysis. (2008)
http://www.glgroup.com/News/Can-China-alone-keep-the-pulp-market-tight---What-about-India--21653.html
Will newsprints decline in demand ever end? D. Hillman. GLGroup Market
Analysis. (2008)
http://www.glgroup.com/News/Will-newsprints-decline-in-demand-ever-end--29791.html
Pulp mills formerly dependent on sawmills chips. What do they do now? D. Hillman. GLGroup Market Analysis. (2008)
http://www.glgroup.com/News/Pulp-mills-formerly-depended-on-sawmills-for-chips---what-do-they-do-now--25570.html
Why is softwood market pulp in such short supply? D. Hillman. GLGroup
Market Analysis. (2007)
http://www.glgroup.com/News/Why-Is-Softwood-Market-Pulp-In-Such-Short-Supply--11945.html
Uncoated free sheet: can Domtar and IP control the market? D. Hillman.
GLGroup Market Analysis. (2007)
http://www.glgroup.com/News/Uncoated-FreeSheet--Can-Domtar-and-IP-Control-The-Market--19321.html
In defense of Gunns proposed Eucalyptus pulp mill in Tasmania. D. Hillman.
GLGroup Market Analysis. (2007)
http://www.glgroup.com/News/In-defense-of--Gunns-proposed-Eucalyptus-pulp-mill-in-Tasmania-14939.html
IP, GP and Weyerhaeuser increase fluff pulp production. D. Hillman.
GLGroup Market Analysis. (2006)
http://www.glgroup.com/News/IP-GP-and-Weyerhaeuser-Increase-Fluff-Pulp-Production-7209.html
The cloning of Eucalyptus. A significant market benefit. D. Hillman.
GLGroup Market Analysis. (2006)
http://www.glgroup.com/News/The-Cloning-of-Eucalyptus---A-significant-market-benefit-1613.html
An industry in transition. CPBIS - The Center for
Paper Business and Industry Studies. V(11): 1-2. (2006)
http://www.cpbis.gatech.edu/files/file/2006-02-16.pdf
The myth of commodity pulps. A. Button; H. Nanko; D. C. Hillman. TAPPI
Engineering, Pulping and Environmental Conference. 11 pp. (2005)
http://www.worldofmarketpulp.com/Myth_of_Commodity_Pulps.pdf
Single
species pulping: the world's preferred market pulp. D. C. Hillman.
Solutions (Novembro): 27-30. (2002)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Single%20species%20pulps_Hillman.pdf
http://www.allbusiness.com/specialty-businesses/423341-1.html
Pittfalls of trading market pulp on the internet. D. Hillman. TAPPI
Journal 83(11): 43-45. (2000)
http://tappi.micronexx.com/JOURNALS/journal.html (Procurar
pelo título
do artigo)
Market pulp: a finished product. D. Hillman. TAPPI Pulping Conference.
14 pp. (1999)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Market%20Pulp_Dave_Hillman.pdf
Websites onde encontrar informações e análises
de mercado de polpas celulósicas e papel por Dave Hillman:
Gerson Lehrman Group:
http://www.glgroup.com
Asia Paper Markets:
http://119.73.162.9:8080/apm/index.html
Servicio de Prensa Forestal:
http://www.iciforestal.com.uy/
The Center for Paper Business and Industry Studies:
http://www.paperstudies.org/connect/conferences/marketpulpseminar/index.htm
Dave
Hillman não é apenas um excelente técnico
e grande expert em polpas celulósicas e papel. Seu carisma é muito
mais do tipo pessoal, pois ele tem o dom de deixar as pessoas entusiasmadas
pelo que defende e acredita. Suas lições celulósicas
já atingiram milhares de pessoas em diversas partes do mundo,
seja através de seus seminários/workshops ou pelos textos
que escreve na web e pelas suas palestras em eventos sobre polpas de
mercado. Tenho, por isso mesmo, uma enorme admiração
pela competência e pelas realizações desse grande
amigo dos eucaliptos e das polpas de mercado do Brasil. Some-se ao
reconhecido talento do Dave a amizade que temos por mais de 20 anos.
Por tudo o que conheço e admiro sobre meu amigo Dave
Hillman,
senti-me honrado em lhes contar um pouco sobre a vida profissional
desse grande "Amigo dos Eucalyptus" e em compartilhar
alguns de seus trabalhos publicados ao longo de sua produtiva carreira
profissional.
Meu estimado amigo Dave Hillman, muito obrigado por suas realizações
e jornadas celulósicas pelo mundo, privilegiando os eucaliptos
e também divulgando as vantagens de suas polpas celulósicas.
Obrigado também por tudo mais que você tem realizado e
continuará realizando pela arte de se fazer papel, sabendo tirar
o máximo proveito das vantagens intrínsecas de cada tipo
de fibra usada na receita do papel.
Nova
Seção: Ensaios Tecnológicos Eucalípticos
pelos Amigos dos Eucaliptos
Polpas
Kraft Branqueadas de Fibras Curtas do Brasil - Os Superiores Eucaliptos
Conquistam os Mercados Mundiais
por
Dave Hillman (dhillman87@juno.com)
Versão e adaptação ao idioma Português por
Celso Foelkel
Introdução
A capacidade nominal de produção total dos 26 países
produtores de polpas de mercado (somente 20 deles são realmente
grandes produtores) está estimada como sendo de 59 milhões
de toneladas métricas por ano. Quando se contrasta com a demanda
desse tipo de polpas nota-se que essa demanda é de praticamente
58 milhões de toneladas anuais. Essa diferença entre
capacidade nominal e demanda está muitíssimo estreita!
Por que essa diferença tão magra não seria muito
saudável? Exatamente porque os preços de mercado são
governados predominantemente pela relação oferta/demanda
(assumindo que as principais nações consumidoras estejam
tendo razoáveis níveis de crescimento em seus produtos
internos brutos). Um ditado muito comum no setor é o seguinte: "se
existirem 10 compradores e somente 9 vendedores, os preços subirão".
E por qual razão isso ocorre? Simplesmente porque os altos executivos
das principais fábricas mundiais de papel não permitirão
que suas máquinas parem por falta de polpa - especialmente se
eles tiverem investido mais de 100 milhões de dólares
para comprar e instalar uma nova e moderna máquina de papel
e por terem também uma enorme relação de contratos
de suprimento com seus grandes e exigentes clientes. Parar máquinas
por falta de polpa para fabricar papel não é uma opção
desses gestores. Essa é uma forte razão que tem acelerado
os planos de expansão de capacidade dos fabricantes brasileiros
de polpa de mercado a partir dos eucaliptos.
Por quais razões o Brasil se tornou o número 1 em produção
de polpa de eucalipto?
#1 - É um enorme país, com milhões de hectares
disponíveis para agricultura e plantações florestais,
dentre as quais as de eucaliptos. As terras necessárias para
plantios podem ser tanto adquiridas em seus direitos, como também
podem ser feitos contratos de parcerias e arrendamentos com produtores
e proprietários rurais. Em geral, as relações
entre terras próprias e em parceria estão entre as proporções
de 80/20 a 50/50, dependendo do local e do tipo de negócio a
que se destinam as plantações.
#2 - O país tem um excelente e favorável clima, variando
do tropical na região norte para o temperado no sul, em todas
com potencial de crescer rapidamente as florestas de eucaliptos, em
especial no caso de clones de híbridos especialmente desenvolvidos
em função das características de cada local.
#3 - Chuvas e condições hídricas favoráveis
ao longo da rotação da floresta.
#4 - Condições de terrenos e declividades que favorecem
fácil mecanização do plantio e da colheita.
#5 - Um bom número de portos para exportação dos
produtos celulósicos e papeleiros.
#6 - Uma boa infra-estrutura doméstica - estradas de ferro,
rodovias, aeroportos, etc.
#7 - Trabalhadores e gestores com bom nível técnico e
em quantidade e qualidade adequadas, também com boa ética
e motivação.
#8 - Cooperação e incentivo governamental em todos os
diversos níveis: federal, estadual e municipal.
#9 - Um bom e sólido sistema bancário com boas conexões
com as finanças globais.
#10 - Finalmente, mas muito importante, a tradição silvicultural
que passou a florescer com mais intensidade a partir dos anos 50's
e depois com forte apoio do governo federal nos anos dos incentivos
fiscais ao reflorestamento entre 1966 a 1986.
Agora que conhecemos as fundações do sucesso
brasileiro - o que podemos dizer das polpas de eucalipto?
Se uma pesquisa mundial for realizada entre os fabricantes de papel
a partir de polpas de mercado vamos descobrir que as empresas que produzem
papéis de imprimir e escrever, papéis sanitários
de altíssima qualidade (papéis faciais e toalhas em especial)
e que exigem 100% de fibras virgens em seus produtos, a maioria delas,
sem sombra alguma de dúvidas, vai responder que suas polpas
preferidas são as polpas kraft branqueadas de eucaliptos fabricadas
no Brasil. Essa altíssima aceitação mercadológica
não surgiu acidentalmente, mas pelo contrário, é o
resultado de um bem orquestrado esforço desenvolvido por grupos
de pesquisadores e estudiosos, tanto a nível técnico,
acadêmico e corporativo empresarial, os quais desenvolveram e
pavimentaram essa rota de sucesso.
A polpa brasileira kraft branqueada de eucalipto é a
preferida de mercado - Porque isso acontece?
Hoje, a maioria das plantações florestais brasileiras
de eucaliptos são clonais, de híbridos de Eucalyptus
grandis e Eucalyptus urophylla. Isso oferece como resultado rápido
crescimento volumétrico na floresta, boa densidade da madeira
e fibras de dimensões e características muito uniformes.
As polpas resultantes são as clássicas "single-species
pulps", ou polpas de espécie única. Muitas medições
realizadas em laboratórios do mundo todo, usando sofisticados
equipamentos de medições, mostram fibras inteiras e na
sua maturidade com comprimentos típicos de aproximadamente 0.95
mm, diâmetros de cerca de 16 microns, com uma espessura da parede
celular de 3 microns. A população fibrosa típica
está acima de 16 milhões de fibras por grama de polpa
seca. Entretanto, esses números não podem ser considerados
como universais, pois existem diversas variáveis que os afetam:
clone, clima, solo, ponto de amostragem e idade da árvore. Há alguns
anos atrás, as pesquisas técnicas feitas na Espanha por
renomado instituto local mostraram que as fibras de eucaliptos adquirem
uma maturidade em termos de comprimentos mais longos, paredes mais
espessas e larguras maiores a partir dos 12 anos de idade. Por essa
razão, ao se colher as florestas com cerca de 7 anos no Brasil
está-se obtendo madeira ainda distante dessas condições
de maturidade, resultando em populações fibrosas maiores
nas polpas resultantes. Além disso, as madeiras mais velhas
tendem a mostrar maior variabilidade em dimensões das fibras,
já que as diferenças entre as madeiras mais próximas à medula
e mais próximas ao câmbio serão mais acentuadas.
As árvores de eucaliptos mais velhas que 12 anos tenderão
a mostrar portanto maiores variabilidades nas dimensões de suas
fibras que as árvores mais jovens, próximas aos 7 anos.
Existe alguma aplicação prioritária da polpa brasileira
de eucalipto cuja performance excede nos quesitos chaves de competitividade
mercadológica?
Na área de papéis sanitários, os melhores e mais
valiosos produtos disponíveis nos mercados de grande aceitação
e consumo popular são:
•
Papel Tissue Ultra Facial
•
Papel Tissue Premium Facial
•
Papel Tissue Facial Básico
Como os leitores poderão facilmente imaginar, o papel Ultra
Facial é o mais caro e mais apreciado por suas qualidades. No
mundo todo, esses três tipos de papéis superiores são
prioritariamente produzidos pelas empresas Procter & Gamble e Kimberly
Clark em suas fábricas espalhadas em diversos países.
Em cada fábrica, independentemente da localização,
a receita da massa fibrosa é muito parecida para cada um desses
produtos.
A seguir, um receituário aproximado para cada um desses papéis
sanitários:
•
Papel "Tissue" Ultra Facial: idealmente a base suporte do
papel (camada resistente) é produzida com polpa kraft de Spruce
Preto Canadense ("Canadian Black Spruce"), a qual tem fibras
relativamente longas (3.5 mm). Essas fibras delgadas de coníferas
exibem excelente suavidade/maciez ao tato (o que se atribui à falta
de rigidez). Sobre essa camada básica de fibras de spruce coloca-se
uma camada de fibras de eucaliptos brasileiros. Curiosamente, essa
combinação de fibras e camadas dá uma qualidade
inimaginável de maciez ao tato e é difícil de
dizer quem é que conduz a isso, a não ser a combinação
de ambas as fibras. Dá-se a essa propriedade a denominação
de flexibilidade das fibras individuais ("single fiber flex"),
o que significa que as fibras aparentam ter baixíssima rigidez,
cada uma delas. Elas acabam com isso "requebrando" ou "ajustando-se
entre si", quando o consumidor tenta sentir a superfície
do papel Ultra Facial ... a sensação que se tem é de
estar tocando algodão. Tecnicamente, essa percepção
sentida pelo usuário é denominada suavidade ou maciez
ao tato ("tactile softness"). Esse tipo de papel é formado
e secado em máquinas dispondo de "Thru-Air-Dryers" (TAD).
Nesses casos, a folha de papel tende a flutuar e não a ser prensada
como é o caso da secagem em secadores tipo Yankee com 5 a 6
metros em diâmetro. "Thru Air Drying" definitivamente
melhora o volume específico e a absorção do papel
sanitário.
• Papel Tissue Premium Facial: é um papel feito com uma mistura
fibrosa de 100% de fibras virgens, que pode ser tanto de eucaliptos
ou de acácia (fibras curtas) mescladas ou com polpa chilena
de Pinus radiata, ou com polpas de fibras longas do hemisfério
norte, seja do Canadá, Rússia, Suécia ou Finlândia.
As fibras virgens de eucaliptos ou acácia constituem entre 70-80%
da massa fibrosa. Se o papel for processado através da tecnologia
do TAD ele deverá possuir certa absorção e volume
específico, até mesmo próximos ao do Papel Ultra
Facial Tissue, mas sem aquela sensação notável
de maciez ao tato em sua superfície. Esse tipo de papel é a
principal fonte de suprimento de papel sanitário institucional
da melhor qualidade "away from home", muito usado em hotéis,
hospitais, aeroportos, navios de cruzeiros, enfermarias, escritórios
comerciais, etc.
•
Papel Facial Básico: trata-se muito mais de um papel tipo "commodity" ou
tipo genérico para venda em supermercados, lojas de departamento,
lojas de varejo, etc. Em geral são vendidos como marcas próprias
dessas redes de comércio. Esses papéis têm muito
sucesso em economias deprimidas em que os clientes buscam melhores
preços para economizar algum dinheiro. Como são marcas
que não gastam em propaganda e são isso sim vendidas
em redes padronizadas, elas sempre têm condições
de terem os preços barateados e assim competir com as marcas
mais famosas de melhor qualidade. Qual seria então a receita
fibrosa desses papéis? Temos praticamente de tudo: fibras virgens,
recicladas, polpas destintadas, polpas de alto rendimento (CTMP) e
também aparas e refugos impressos ou não impressos adquiridos
localmente das gráficas mais próximas. Embora não
tenham a mesma alta qualidade como os papéis Ultra ou Premium,
esses papéis tissue sempre encontram seu espaço entre
os consumidores atentos ao preço e também entre os clientes
classificados como "ambientalmente conscientes". Nessa última
categoria estão os consumidores que se preocupam muito com o
teor de fibras recicladas nos papéis que compram.
Seria a suavidade/maciez ao tato a única vantagem competitiva
das polpas brasileiras de eucalipto?
A resposta, como o leitor pode imaginar, é "Não" ...
caso contrário essa questão não teria sido formulada.
Na área de papéis de impressão com baixas gramaturas
(papel bíblia, papel de alta opacidade, papéis opacos
para a comunidade financeira, papéis para diretórios
e catálogos brancos e com requerida opacidade, etc.) existe
alta exigência para a chamada opacidade de impressão ("printing
or printed opacity" - ou incapacidade de se ver imagens impressas
do outro lado da folha). A opacidade de impressão é mais
do que a simples medição de opacidade como medida em
opacímetros do tipo Bausch & Lomb, que mede a passagem da
luz através da folha de papel. A opacidade de impressão
também está associada à penetração
da tinta e o grau com que a imagem impressa é mostrada quando
a folha de papel é virada do outro lado. O teste para a opacidade
de impressão é muito simples e prático. Basta
manchar com tinta K&N preta um pedaço de papel. Aproximadamente
15 x 20 cm de amostra já é suficiente. Esfregar com um
pano seco e macio por alguns segundos e virar o papel para o lado oposto.
Medir a refletância do papel (Alvura) exatamente debaixo da mancha
negra e depois medir de novo, do mesmo lado, mas em local distante
da mancha de tinta. Observar as diferenças de leitura. Quanto
menor a diferença, mais opaco o papel.
Cerca de 20 anos atrás, o autor desse ensaio realizou um teste
colocando lado-a-lado papéis tipo bíblia: um feito com
30% bétula e 70% NBSK (polpa kraft branqueada de conífera
do hemisfério norte); o outro em que a polpa de bétula
foi substituída por polpa de eucalipto. A surpresa para todos
na fábrica foi o excelente resultado encontrado com o papel
feito com as fibras de eucalipto na receita: a opacidade de impressão
era 2.5 pontos maior que no papel feito contendo bétula. As
razões para essa significativa diferença foram difíceis
de serem encontradas de imediato...seria a população
de fibras da polpa de eucalipto muito maior? Ou seria então
a maior dificuldade da tinta penetrar para dentro da folha de papel
contendo eucalipto? Ou seria uma combinação de diversos
fatores, entre os quais esses mencionados. Os gestores operacionais
e o pessoal técnico da fábrica de papel onde foi feito
o teste não pareceram se preocupar muito com as razões
técnicas para essa diferença ... eles decidiram de imediato
que passariam a usar polpa kraft branqueada de eucalipto em todos os
papéis de impressão de baixa gramatura e que seriam impressos
dos dois lados da folha. Antes mesmo de terminar o dia, o gerente da
máquina de papel instruiu o gerente de materiais para comprar
3 caminhões de polpa de eucalipto branqueada.
Em adição à muito melhor opacidade de impressão,
muitos gráficos na Ásia e Europa também notaram
que as polpas kraft branqueadas de eucalipto, especialmente as brasileiras,
possuem a excepcional capacidade de produzir papéis com melhor
formação de folha (falta de nuvens, machas e listas claras
ao se olhar contra a luz). Isso resulta em melhor distribuição
e pega da tinta, e ainda melhor brilho na impressão. Quando
se está imprimindo rótulos, por exemplo, o brilho é muito
importante, pois os consumidores associam o brilho da impressão
ao frescor do produto. Um rótulo impresso e sem vida pode significar
ao consumidor que o produto já está na prateleira por
muito tempo, não o atraindo para compra.
Muitos papeleiros aprenderam por experiência própria que
muitos problemas de qualidade do papel podem ser resolvidos pela substituição
de quaisquer que sejam as fibras curtas que estejam utilizando (bétula,
faia, boldo, álamo, etc.) por fibras brancas de eucaliptos brasileiros.
Com isso, ganham formação, opacidade e lisura do papel,
dentre outras propriedades. Isso é compreensível pela
melhor disposição das fibras na formação
do papel. Uma melhor lisura pode ser atingida com menos calandragem,
visto que as fibras flexíveis dos eucaliptos respondem muito
bem às pressões das prensas de calandragem. Isso é vital
nos casos onde se exige volume específico no tipo de papel sendo
fabricado. Muitas fibras curtas conduzem a boa lisura, mas demandam
excessiva pressão no nip da calandra ... como resultado perdem
a desejada espessura e ganham densidade na folha. As polpas brasileiras
de eucalipto são capazes de oferecer a desejada lisura e ainda
conseguem manter as especificações de volume específico
e opacidade nos papéis onde usadas.
Os papéis cópia tipo A4 são alguns dos tipos onde
esses atributos são realmente apreciados. Um papel de cópia
de gramatura 75 g/m² precisa ter suficiente rigidez de forma a
não falhar quando de sua alimentação na copiadora.
Ainda, esse papel necessita de suficiente lisura superficial para aceitar
o toner de uma maneira uniforme e sem falhas. As polpas kraft branqueadas
de eucalipto brasileiras permitem que o papeleiro atinja 120-140 em
lisura Sheffield (i.e. com um acabamento favorável à cópia)
sem uma perda significativa na espessura da folha. A manutenção
de uma boa rigidez no papel é algo proporcional à sua
espessura. Esse fenômeno é conhecido nos círculos
de engenharia como momento de inércia e é também
o motivo pelo qual as vigas tipo "I" em construções
de pontes são sempre longas e finas ao invés de curtas
e grossas. Quanto maior a espessura da folha, maior sua rigidez. Por
isso, para se atingir a desejada e necessária lisura para máxima
cobertura do toner, é fundamental não se perder espessura
(em resumo, volume específico aparente). As fibras de eucalipto
permitem que isso aconteça sem dificuldades.
Resumo e conclusões
É
uma feliz coincidência quando um país grande produtor
de celulose de mercado está se movendo para aumentar significativamente
a sua tonelagem de produção e concomitantemente os seus
produtos (que estarão sendo produzidos nessa nova situação)
possuam benefícios comerciais incomuns. Normalmente, o que costuma
acontecer com os produtos do país produtor é ter a sorte
de possuir um ou outro desses atributos, mas raramente ambos ao mesmo
tempo. Entretanto, no caso brasileiro, o mundo das artes gráficas
e os fabricantes de papel sanitário podem saudar então
a boa notícia de que não só vão estar recebendo
mais polpas brasileiras de eucaliptos (pelo aumento de produção
que está ocorrendo), mas que estas polpas manterão sua
excepcional qualidade para fabricação de produtos que
possuam benefícios considerados altamente comerciais. Estes
benefícios quase sempre se traduzem em maiores resultados aos
papeleiros que terão os seus livros de pedidos sempre cheios.


O
Mundo dos Eucaliptos
Updates acerca do Estado do Mato Grosso do Sul - Brasil
O estado brasileiro do Mato Grosso do
Sul vem ganhando reconhecimento e admiração no mundo florestal por sua competência
e capacidade em desenvolver uma silvicultura moderna e eficiente com
excelentes resultados na conversão à base industrial e
com adequados níveis de sustentabilidade. Isso tem acontecido
de forma meteórica e com enorme efetividade.
Em abril de 2009, há exatos 18 meses atrás, eu escrevi
uma resenha técnica nessa mesma seção "O
Mundo dos Eucaliptos" sobre os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do
Sul (http://www.eucalyptus.com.br/newspt_abril09.html#quatro).
Naquela época,
o estado do MS estava se rejubilando por ter atingido cerca de 250.000
hectares de florestas plantadas e pela inauguração de dois
mega-empreendimentos no setor de celulose e papel: as unidades industriais
da Fibria (celulose de mercado) e da International Paper do Brasil (papel
de impressão gráfica e para cópias) no município
de Três Lagoas. Havia muito entusiasmo, mas difícil mesmo
era se prever que em poucos meses mais a situação mudaria
tão fortemente, chegando a alavancar enormes áreas plantadas
e novas perspectivas de expansão industrial. Hoje, estima-se que
a área de florestas plantadas no estado já atinja 370.000
hectares e que em alguns anos mais possa atingir um milhão de
hectares, desde que se confirmem as expansões das fábricas
da Fibria e a entrada da empresa portuguesa Portucel no estado (comenta-se
que nos municípios de Bataguassu e Santa Rita), com adicionais
unidades produtivas de celulose, cada uma na faixa de 1,2 - 1,5 milhões
de toneladas por ano e demandando cada unidade cerca de 150.000 hectares
de efetivo plantio em florestas de eucalipto.
Entretanto, a grande
surpresa ficou com o anúncio da Eldorado
Brasil, uma entrante no setor celulósico-papeleiro que "emergiu
do nada no setor" e partiu para a construção de uma
nova fábrica de celulose, também na faixa dos 1,5 milhões
de toneladas/ano para entrar em operações em 2012. Claro
que uma unidade como essa também exigirá grandes áreas
plantadas. Por isso, a expectativa de que em poucos anos mais o MS estará disputando
com o estado de São Paulo a vice-liderança brasileira em área
de florestas plantadas. Acredito que a surpresa ocorre principalmente
no município de Três Lagoas, às margens do Rio Paraná e
com excelentes acessos logísticos, principalmente por estar praticamente
ao lado da fantástica rede viária do estado de São
Paulo. O crescimento de Três Lagoas foi tão intenso que
a cidade já se proclama a capital mundial da celulose de mercado,
pois a atual fábrica da Fibria, a sua anunciada expansão
para uma nova unidade em 2014 e a nova fábrica da Eldorado Brasil
em 2012, todas juntas estarão fabricando cerca de 4,3 milhões
de toneladas desse produto por ano. Isso sem contar a fábrica
de papel da International Paper do Brasil, que usa parte dessa celulose,
agregando valor na fabricação de papel de impressão
e escrita. Também há estudos para expansão dessa
unidade de fabricação de papel, embora ainda não
se comenta muito sobre para quando e em quanto.
Tudo isso me faz voltar um pouco ao passado de umas 4 décadas
atrás, quando - através do PIFR - Programa dos Incentivos
Fiscais ao Reflorestamento - foram plantadas áreas de eucaliptos
no antigo estado do Mato Grosso, e que em 1977 foi desmembrado em dois
estados pela Lei Complementar 31 assinada pelo presidente da época
General Ernesto Geisel. A imagem que se tinha das florestas de eucalipto
dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul eram de florestas pouco
produtivas, abandonadas e atacadas por formigas. As coisas começaram
a mudar quando a antiga Champion Papel e Celulose decidiu criar uma subsidiária
florestal no município de Três Lagoas. Isso ocorreu em 1988
com a fundação da Chamflora Três Lagoas Agroflorestal,
servindo essa de plataforma para serem plantados cerca de 90.000 hectares
de valiosas e produtivas florestas de eucalipto, com toda a tecnologia
que meu querido amigo engenheiro florestal Manoel de Freitas muito bem
conhece. Recordo-me que, quando ele era presidente do IPEF - Instituto
de Pesquisas e Estudos Florestais (eu era seu vice) e diretor florestal
da Champion, ele me falava com orgulho das operações no
Mato Grosso do Sul e eu imaginava algo distante e longínquo. Isso
só foi mudado em minha imaginação quando fui pela
primeira vez para Três Lagoas para auxiliar na preparação
do Estudo de Impacto Ambiental da atual fábrica da Fibria, que
na época era um projeto da empresa International Paper do Brasil.
Isso aconteceu em inícios de 2006 e já me permitiu ver
que ali estavam todos os ingredientes para as coisas darem certo (e rapidamente).
Havia talento, vontade de criar e entusiasmo. Também havia apoio
político e da comunidade. A rede logística englobando estradas
de rodagem asfaltadas, hidrovia Paraná-Tietê e ferrovia
nas vizinhanças encurtariam as distâncias para os portos
marítimos para exportação dos produtos. Com isso,
a celulose de mercado já é hoje um dos principais produtos
geradores de receitas e de exportações no estado do MS.
Por isso tudo, a fábrica que daria o arranque ao desenvolvimento
da região saiu melhor do que a proposta inicial, pois a VCP -
Votorantim Celulose e Papel e a International Paper do Brasil trocaram
ativos e estrategiaram as unidades industriais que hoje operam com sucesso
na cidade. Tudo isso aconteceu muito rapidamente, uma verdadeira revolução
industrial em um município historicamente baseado na pecuária
e no funcionalismo público da extinta Rede Ferroviária
Federal.
O
estado do Mato Grosso do Sul tem riquezas ambientais e econômicas
singulares. O clima é propício aos Pinus e Eucalyptus,
a topografia favorece a mecanização florestal, o preço
das terras é atrativo e as parcerias com os agricultores locais
está sendo um sucesso. Todos esperam crescer juntos e a madeira
passou a ser, em menos de uma década, um importante fator de
sucesso para o estado.
Nem só para celulose e papel estão focados os empreendedores:
há muitas oportunidades na área de siderurgia com base
no carvão vegetal de eucalipto, pois a indústria siderúrgica
local se recuperou bem da crise causada pelo furacão econômico
dos anos 2008/2009. Há ainda expectativas para a madeira energética
e também para os biocombustíveis em base de etanol de cana-de-açúcar.
Associado ao potencial local, as pessoas do estado não atrapalharam,
como aconteceu em outros estados brasileiros que tiveram igual oportunidade,
como foi o caso do estado onde resido, o Rio Grande do Sul. Pelo contrário,
em MS o estado se orquestrou com boas consultorias, elaborou um plano
de desenvolvimento florestal viável, lubrificou a legislação
e as fontes de financiamento para que as coisas pudessem acontecer sem
atrasos e houve muita disposição política para que
tudo corresse dentro do que se espera para um desenvolvimento com base
em adequados níveis de sustentabilidade. A começar por
empresas de ponta e estado-da-arte tecnológico, condição
básica para competitividade e sustentabilidade. Por tudo isso,
nosso retorno a lhes trazer mais dados sobre o que se considera o novo
eldorado do setor de celulose e papel no Brasil. Nada mais justo do que
mais uma vez homenagear o estado do Mato Grosso do Sul no "Mundo
dos Eucaliptos", afinal os eucaliptos estão sendo muito privilegiados
nesse estado em função de sua superior performance florestal.
Peço que naveguem então nas nossas indicações
de leitura dessa seção para conhecimento adicional sobre
as fantásticas oportunidades eucalípticas do estado do
Mato Grosso do Sul, com ênfase nessa edição à indústria
de celulose e papel:
Alguns websites recomendados:
Eldorado
Brasil. Empresa de base florestal para futura
produção
de celulose de mercado. Acesso em 29.10.2010:
http://www.eldoradobrasil.com.br/ (Webpage geral)
http://www.eldoradobrasil.com.br/src/fabrica_projeto.html (Projeto
da fábrica de celulose)
http://www.eldoradobrasil.com.br/src/ambiente.html (Aspectos ambientais
do projeto Eldorado Brasil)
International
Paper do Brasil. Empresa fabricante de
papel gráfico
em Três Lagoas. Acesso em 29.10.2010:
http://www.internationalpaper.com/BRAZIL/PT/Company/Facilities/Tr%C3%AAsLagoas.html (Sobre a fábrica de Três Lagoas)
https://www.internationalpaper.com/documents/PT/1_ano_de_TL.pdf (Um
ano de operações da fábrica da IP em Três
Lagoas)
http://www.internationalpaper.com.br/cavacos/cavacos.asp?revista=420&pagina=21 (Sobre a Chamflora)
http://www.finnvera.fi/fin/content/download/1162/21968/file/RIMA%2520completo%
2520sem%2520figuras.pdf+%22international+paper%22+%22tr%C3%AAs+lagoas%22+pdf&hl=pt-
BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESiNVc6cqCvZRAqX4CKijJSAkLbLSAT6TQEmj6sQ5nx3npV2yEVH9Csz
_MxkOgBavUk1UMRSVJZgPDqoFmMliktQzfNCInjXPVqS_WBssVypAKW7
AgSJAr11vgnYnAhbPdVv4Er&sig=AHIEtbSutglZBlvJeVa5s0nssthvEYVZ2A (RIMA da fábrica originalmente prevista para Três Lagoas
- 126 pp.)
Fibria. Fabricação de celulose de mercado
para exportação.
Acesso em 29.10.2010:
http://www.fibria.com.br/web/pt/negocios/celulose/tres.htm (Produção
de celulose no MS)
http://www.fibria.com.br/web/pt/negocios/floresta/matogrosso.htm (Florestas
no MS)
http://www.fibria.com.br/shared/midia/publicacoes/plano_de_manejo_fibria_ms_2010_07_30.pdf (Plano de manejo florestal para as plantações do MS)
http://www.fibria.com.br/shared/midia/publicacoes/manual_fibria_floresta_segura_31maio2010.pdf (Manual floresta segura)
http://www.fibria.com.br/web/pt/midia/videos.htm (Vídeos institucionais)
Florestal
Brasil. Empresa de reflorestamento com eucaliptos. Acesso em 29.10.2010:
http://www.florestalbrasil.com.br/Home/Home.aspx (Webpage)
http://www.florestalbrasil.com.br/Setor/Eucalipto.aspx (Sobre o eucalipto)
http://www.florestalbrasil.com.br/Setor/ProducaoMudas.aspx (Sobre a
produção
de mudas com muitas fotos do viveiro florestal)
http://www.florestalbrasil.com.br/Setor/Silvicultura.aspx (Sobre a
silvicultura do eucalipto com fotos das operações)
http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=32492 (Acerca
da Florestal Brasil no Portal do Agronegócio)
http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?id=37655 (Mais notícias
da Florestal Brasil no Portal do Agronegócio)
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/videos-institucionais/55/video-institucional-da-florestal-brasil (Vídeo institucional no Painel Florestal TV)
IMASUL
- Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul. Entidade de fiscalização
e licenciamento ambiental. Acesso em 29.10.2010:
http://www.imasul.ms.gov.br/ (Webpage geral)
EIA/RIMA do empreendimento da Eldorado Florestal divulgado pelo IMASUL
em 2009:
Capítulo 01-Introdução: http://www.imasul.ms.gov.br/Audiencias/Florestal1/Capítulo%201%20-%20Introdução.pdf
Capítulo 02 - Informações gerais: http://www.imasul.ms.gov.br/Audiencias/Florestal1/Capítulo%202%20-%20Informações%20Gerais.pdf
Capítulo 03 - Caracterização do empreendimento: http://www.imasul.ms.gov.br/Audiencias/Florestal1/Capítulo%203%20-%20Caracterização%20do%20Empreendimento.pdf
Capítulo 04 - Áreas de influência: http://www.imasul.ms.gov.br/Audiencias/Florestal1/Capítulo%204%20-%20Áreas%20de%20Influência.pdf
Capítulo 05.1- Meio físico: http://www.imasul.ms.gov.br/Audiencias/Florestal1/Capítulo%205.1%20-%20Meio%20Físico.pdf
Capítulo 05.2 - Meio biótico: http://www.imasul.ms.gov.br/Audiencias/Florestal1/Capítulo%205.2%20-%20Meio%20Biótico.pdf
Capítulo 05.3 - Meio antrópico: http://www.imasul.ms.gov.br/Audiencias/Florestal1/Capítulo%205.3%20-%20Meio%20Antrópico.pdf
Capítulo 06 - Análise dos impactos ambientais e medidas
mitigadoras: http://www.imasul.ms.gov.br/Audiencias/Florestal1/Capítulo%206%20-%20Análise%20dos%20Impactos%20Ambientais%20e%20Medidas%20Mitigadoras.pdf
Capítulo 07 - Programas ambientais: http://www.imasul.ms.gov.br/Audiencias/Florestal1/Capítulo%207%20-%20Programas%20Ambientais.pdf
Capítulo 08 - Dispersão atmosférica: http://www.imasul.ms.gov.br/Audiencias/Florestal1/Capítulo%208%20-%20Dispersão%20Atmosférica.pdf
Capítulo 09 - Análise de risco: http://www.imasul.ms.gov.br/Audiencias/Florestal1/Capítulo%209%20-%20Análise%20de%20Risco.pdf
Capítulo 10 - Considerações finais: http://www.imasul.ms.gov.br/Audiencias/Florestal1/Capítulo%2010%20-%20Considerações%20Finais.pdf
Painel
Florestal. Portal de notícias florestais na web. Acesso
em 29.10.2010:
Excelente veículo de informações sobre as atividades
florestais e da indústria de base florestal no estado do Mato
Grosso do Sul, mas também com muita informação sobre
Mato Grosso, Tocantins, Minas Gerais, Piauí, Goiás, Maranhão,
etc. Nossos cumprimentos aos amigos Robson Trevisan e Paulo Cardoso pelo
excelente trabalho técnico-jornalístico que prestam ao
setor de florestas plantadas no Brasil.
Segue uma seleção de algumas notícias e de vídeos
informativos sobre o estado do Mato Grosso do Sul nesse portal:
http://www.painelflorestal.com.br/noticias/florestas-plantadas/9907/com-a-portucel-ms-tera-quase-1-milhao-de-hectares-de-florestas-plantadas (Sobre
a possibilidade de crescimento da área plantada no estado
do MS para cerca de 1 milhão de hectares de florestas)
http://www.painelflorestal.com.br/noticias/empresas/9866/fibria-e-a-empresa-que-mais-exporta-em-ms (Sobre as exportações recentes da fábrica da Fibria
em Três Lagoas)
http://www.painelflorestal.com.br/noticias/celulose/9769/tres-lagoas-capital-mundial-da-celulose (Sobre o sucesso de Três Lagoas na fabricação de
celulose de eucalipto)
http://www.painelflorestal.com.br/noticias/painel-de-negocios/9950/eldorado-celulose-e-florestal-brasil-avaliam-possivel-fusao (Sobre
a possível fusão da Eldorado Brasil e Florestal
Brasil)
Artigos
e vídeos sobre a silvicultura e
industrialização
da madeira a celulose/papel no Mato Grosso do Sul:
Mato Grosso do Sul. Enciclopédia digital Wikipedia. Acesso em
29.10.2010:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mato_Grosso_do_Sul (em
Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Mato_Grosso_do_Sul (em Inglês)
História do Mato Grosso do Sul. Enciclopédia digital
Wikipedia. Acesso em 29.10.2010:
http://pt.wikipedia.org/wiki/História_de_Mato_Grosso_do_Sul (em
Português)
Três Lagoas. Enciclopédia digital Wikipedia. Acesso em
29.10.2010:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%AAs_Lagoas (em Português)
Ribas do Rio Pardo. Enciclopédia digital Wikipedia. Acesso em
29.10.2010:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ribas_do_Rio_Pardo (em
Português)
Eucalipto em Mato Grosso do Sul. A. Salmeron. Vídeo Agrosoft.
Acesso em 29.10.2010:
http://www.agrosoft.org.br/agropag/213866.htm
Mato Grosso do Sul: a bola da vez na silvicultura. A.Silva Jr.; P.
Cardoso. Vídeo do Painel Florestal TV. Acesso em 29.10.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/geral/102/mato-grosso-do-sul-a-bola-da-vez-da-silvicultura
Como anda a silvicultura no Mato Grosso do Sul. L.C. Ramires Jr. Vídeo
do Painel Florestal TV. Acesso em 29.10.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/geral/97/como-anda-a-silvicultura-em-mato-grosso-do-sul
As perspectivas do setor florestal em Mato Grosso do Sul. M. Freitas;
P. Cardoso. Vídeo do Painel Florestal TV. Acesso em 29.10.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/entrevista-especial/39/as-perspectivas-do-setor-florestal-em-ms
A silvicultura em Mato Grosso do Sul. T. Cristina; P. Cardoso. Vídeo
do Painel Florestal TV. Acesso em 29.10.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/entrevista-especial/139/a-silvicultura-em-mato-grosso-do-sul
A importância do carvão vegetal no Mato Grosso do Sul -
Carvão vegetal é essencial. M. Brito; P. Cardoso. Vídeo
do Painel Florestal TV. Acesso em 29.10.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/programa-de-tv/128/a-importancia-do-carvao-vegetal-em-ms (Parte 01)
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/geral/172/carvao-vegetal-e-essencial (Parte 2)
Plano estadual de florestas de Mato Grosso do Sul. Vídeo do
Painel Florestal TV. Acesso em 29.10.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/programa-de-tv/122/plano-estadual-de-florestas-de-mato-grosso-do-sul
Eldorado Brasil a caminho. C. Martin. O Papel 71(8): 41 - 45. (2010)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Eldorado%20Brasil.pdf
Plano estadual de desenvolvimento florestal do Mato Grosso
do Sul. L.C.
Ramires Jr. Sistemas Agroflorestais EMBRAPA. 08 pp. (2009)
http://saf.cnpgc.embrapa.br/publicacoes/09.pdf
Mato Grosso do Sul. Plano estadual para o desenvolvimento sustentável
de florestas plantadas. STCP Engenharia de Projetos. (2009)
http://intranet.ms.sebrae.com.br/stored/1136248552.pdf (Relatório
final - 50 pp.)
http://www.pantanalecoturismo.tur.br/fotos/arquivos/916.pdf (Resumo executivo
- 48 pp.)
Fibria. Horizon(te) pulp mill. Andritz. (2009)
http://reports.andritz.com/2009/customer-procjects-horizonte
Zoneamento ecológico econômico do Mato Grosso do Sul. Governo do Estado do MS. (2008)
http://www.semac.ms.gov.br/controle/ShowFile.php?id=31288 (Volume 1 -
206 pp.)
http://www.semac.ms.gov.br/controle/ShowFile.php?id=31289 (Volume 2 -
311 pp.)
Imagens do Mato Grosso do Sul - Florestas de Eucaliptos - Celulose -
Papel:
http://www.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&tbs=isch%3A1&sa=1&q=
%22mato+grosso+do+sul%22+florestas+eucalipto&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai= (Mato Grosso do Sul e suas Florestas de Eucalipto)
http://www.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&tbs=isch%3A1&sa=
1&q=%22mato+grosso+do+sul%22+celulose&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai (Mato
Grosso do Sul e Fabricação de Celulose)
http://www.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&tbs=isch%3A1&sa=1&q=
%22mato+grosso+do+sul%22+fabrica%C3%A7%C3%A3o+papel&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai (Mato
Grosso do Sul e Fabricação de Papel)

Euca-Links
Websites
Acadêmicos com Ênfase em Tecnologia de Celulose e Papel
Nessa seção especialmente preparada para técnicos
e estudantes do setor de celulose e papel, estamos colocando Euca-Links com
algumas entidades acadêmicas cujas páginas pessoais de alguns
de seus professores disponibilizam material relevante para fins educacionais
para esse setor que também se baseia no uso dos eucaliptos. Basta vocês
clicarem sobre os endereços de URLs referenciados para abrirem os links
e conhecerem o que selecionamos especialmente para vocês. Nosso mais
sincero agradecimento a esses docentes que de uma forma de muita cooperação
com a sociedade, oferecem e compartilham voluntariamente seus conhecimentos
com todos os interessados.
UNaM
- Universidad Nacional de Misiones - FCEQyN - Facultad de Ciencias Exactas,
Químicas y Naturales - Argentina. Acesso em 27.10.2010.
(em Espanhol)
A FCEQyN da UNaM, através de seu Departamento de Industria y Medio Ambiente,
disponibiliza extenso e interessante material didático acerca dos processos
de produção de celulose e papel e também sobre temas ambientais
associados ao setor. As aulas virtuais são de autoria de professores
da entidade e nossos conhecidos amigos: Maria Cristina Area, Carlos Eduardo
Nuñez; Laura Lidia Villalba, Cláudio Ariel Pavlik, Fernando E.
Felissia, Graciela B. Gavazzo, Eduardo Queirolo e Hector Russo. Para ter acesso às
aulas há necessidade de se inscrever no website, e depois com uma senha
registrada, pode-se descarregar as aulas para estudar. Observem ainda que há necessidade
de se inscrever para cada um dos cursos disponibilizados. Façam seus
registros e cadastrem suas senhas em: http://www.aulavirtual-exactas.dyndns.org/claroline/auth/inscription.php (Para inscrição como usuário das aulas virtuais - não
se acanhem, é muito simples)
Aulas virtuais em: http://www.aulavirtual-exactas.dyndns.org/index.php?category=INMAN (Não deixem de visitar, imperdível)
UFPR - Universidade Federal do Paraná - Curso de Engenharia Industrial
Madeireira. Acesso em 27.10.2010. (em Português)
O Curso de Engenharia Industrial Madeireira da Universidade Federal do Paraná foi
criado em 1998, por iniciativa dos professores do Departamento de Engenharia
e Tecnologia Florestal do Setor de Ciências Agrárias, sendo o
primeiro curso de formação de Recursos Humanos de nível
superior (bacharelado) para a Indústria Madeireira do Brasil. A webpage
do curso é bastante rica em informações sobre essa carreira
e diversas das aulas de seus docentes estão disponibilizadas para acesso
público, também imperdíveis para quem quiser ler e aprender
sobre o setor de celulose e papel. Há outros setores industriais contemplados,
mas daremos nessa edição destaque apenas às disciplinas
relacionadas ao setor celulósico-papeleiro.
http://www.madeira.ufpr.br (Website do CEIM - Curso de Engenharia Industrial
Madeireira)
http://www.madeira.ufpr.br/ceim/index.php?option=com_
content&view=section&id=4&Itemid=81 (Disciplinas disponibilizadas)
A
seguir, as disciplinas selecionadas e seus respectivos professores cada qual
com valioso material didático para descarregamento e leitura. Nossos
cumprimentos aos amigos e professores Dr. Umberto Klock, Dra. Ghislaine Bonduelle,
Dr. João Carlos Moreschi e Dr. Alan Sulato de Andrade, pelos magníficos
trabalhos em favor do ensino no setor.
•
Disciplina: Introdução à Engenharia Industrial Madeireira
- pelo professor Umberto Klock.
A disciplina contempla temas básicos sobre qualidade, química
e propriedades das madeiras, bem como algo sobre as florestas como fonte
de madeiras.
http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasklock/introduengmad/at062.htm
• Disciplina: Polpa e Papel - pelo professor Umberto
Klock
A disciplina versa sobre temas fundamentais sobre a produção
e processos de fabricação da celulose e do papel, bem como as
operações industriais envolvidas.
http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasklock/polpaepapel/polpapapel.htm
•
Disciplina: Propriedades Físicas da Madeira - pela professora Ghislaine
Bonduelle
A disciplina versa sobre as propriedades físicas, térmicas e
elétricas das madeiras.
http://www.madeira.ufpr.br/ceim/index.php?option=com_content&view=category&id=50&Itemid=81&layout=default
•
Disciplina: Propriedades Tecnológicas da Madeira - pelo professor João
Carlos Moreschi
A disciplina oferece conceitos fundamentais sobre a madeira para seu uso
industrial e tecnológico.
http://www.madeira.ufpr.br/publicacoes/sumariopropriedadesdamadeira2010.pdf (Sumário)
http://www.madeira.ufpr.br/publicacoes/propriedadesdamadeira2010.pdf (Apostila
completa)
•
Disciplina: Química da Madeira - pelo professor Umberto Klock
A disciplina discute a formação, anatomia, estrutura e componentes
químicos das madeiras.
http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasklock/quimicadamadeira/notasdeaula1.htm
•
Disciplinas: Termodinâmica, Transferência de Calor e Massa, Elementos
de Máquinas, Máquinas Hidráulicas e Máquinas Térmicas
- pelo professor Alan Sulato de Andrade
A disciplina traz os requeridos fundamentos de termodinâmica e operações
unitárias aos acadêmicos.
http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasalan/index.htm
Webpage
da Professora Edna Scremin Dias. Universidade Federal de Mato Grosso do
Sul. Acesso em 27.10.2010. (em Português)
Dra. Edna Scremin Dias é professora da graduação e
pós-graduação
no Departamento de Biologia do Centro de Ciências Biológicas
e da Saúde da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Tem sob sua responsabilidade as disciplinas que versam sobre anatomia,
morfologia,
fisiologia e ecologia de plantas. Suas aulas são disponibilizadas
no website da instituição e merecem ser conhecidas por nossos
leitores. Além das aulas acadêmicas a professora Edna Dias
possui alguns manuais florestais de muito interesse que também relacionamos
a vocês:
Visitem em:
http://www.dbi.ufms.br/edna.php (Aulas sobre biologia e
botânica
de plantas)
http://sementesdopantanal.dbi.ufms.br/menuhorizontal/pdf/manual1.pdf (Manual
de produção de sementes de espécies florestais nativas
- em parceria com outros autores)
http://sementesdopantanal.dbi.ufms.br/menuhorizontal/pdf/manual2.pdf (Manual
de produção de mudas de espécies florestais nativas
- em parceria com outros autores)
Webpage
do Professor Carlos Eduardo Núñez. UNaM/FCEQyN -
Argentina. Acesso em 27.10.2010. (em Espanhol)
Nosso amigo Carlos Eduardo Núñez (http://www.cenunez.com.ar/Index_archivos/Identidad.htm)
da UNaM/Argentina tem uma muito interessante página pessoal e
acadêmica
para divulgar conhecimentos sobre madeiras e polpas, tendo destaque os
temas: laboratórios de análise; anatomia, estruturação
e composição da madeira; dados sobre propriedades das madeiras,
polpas e papéis. Vale a pena a visita e navegação
- não
deixem de acessar.
http://www.cenunez.com.ar/ (Página do professor Dr. Carlos Eduardo
Núñez)
http://www.cenunez.com.ar/Index_archivos/Trabajos%20de%20Investigación.htm (Trabalhos de pesquisa publicados pelo autor com links em diversos deles
para downloading)
http://www.cenunez.com.ar/Index_archivos/Textos%20laboratorio.htm (Práticas
de laboratório)
http://www.aulavirtual-exactas.dyndns.org/claroline/document/document.php (Inúmeros
textos para acesso)
http://www.aulavirtual-exactas.dyndns.org/claroline/document/document.php (Textos
independentes sobre madeira, polpa e papel)
http://www.aulavirtual-exactas.dyndns.org/claroline/document/
document.php?cmd=exChDir&file=%2FLaboratorio_Qu%EDmico (Textos independentes sobre laboratórios químicos para
o setor)
http://www.aulavirtual-exactas.dyndns.org/claroline/document/
document.php?cmd=exChDir&file=%2FPco._Refino_abril_2009 (Fotos de fibras refinadas)
http://www.aulavirtual-exactas.dyndns.org/claroline/document/document.php?
cmd=exChDir&file=%2FPr%E1ctico_Rec._Fibrosos_MAMCYP_2009 (Fotos de anatomia de diversas madeiras entre as quais algumas de Pinus e Eucalyptus)
http://www.aulavirtual-exactas.dyndns.org/claroline/document/goto/?url=
%2FPco._An%E1l_Microsc._de_Papeles_08.doc (Análise microscópica de papéis)
Webpage
do Professor Dr. Martin A. Hubbe - NCSU - North Carolina State University. Acesso em 27.10.2010. (em Inglês)
Dr. Martin A. Hubbe é professor associado do Department of Wood
and Paper Science da NCSU, onde trabalha com "Química da
Parte Úmida
do Papel", desde 1998. Tem sob sua responsabilidade a gestão
de um grande e conhecido programa sobre essa importante área do
setor papeleiro, em parceria com a empresa Buckman Laboratories. É também
o coordenador do curso da TAPPI - Technical Association of the Pulp and
Paper Industry sobre "Introduction
on wet-end chemistry". Dr. Hubbe tem renome internacional nesse
campo de pesquisas e suas aulas, tanto na graduação como
na pós-graduação,
são consideradas como algumas das mais avançadas que se
pode objetivar nesse campo de conhecimentos.
http://www4.ncsu.edu/~hubbe/index.htm (Martin Hubbe's home page)
http://www4.ncsu.edu/~hubbe/edu.htm (Educação em química
da parte úmida do papel)
http://www4.ncsu.edu/~hubbe/edu.htm#TAPPIcourse (Oportunidades em química
da parte úmida do papel)
http://legacy.ncsu.edu/classes/wps595b002/ (Disciplina "Wet-End and Colloidal
Chemistry")
http://legacy.ncsu.edu/classes/wps595b002/W595B_LR.htm (Literaturas para leitura)
http://www4.ncsu.edu/~hubbe/MiniEncy.htm (Mini-enciclopédia em química
da parte úmida)
http://www4.ncsu.edu/~hubbe/Glossary.htm (Mini-glossário papeleiro)
http://www4.ncsu.edu/~hubbe/abstracts.htm (Abstracts de publicações)
http://www.lib.ncsu.edu/repository/scholpubs/search.php
?page=author&pos=1&aid=2959 (Trabalhos digitais via NCSU Publications Repository)
http://www4.ncsu.edu/~hubbe/lnk.htm (Links sugeridos)
Webpage
do Professor Dr. Orlando Rojas - NCSU - North Carolina State University. Acesso em 27.10.2010. (em Inglês)
Nosso estimado amigo Dr. Orlando Rojas é um competente e reconhecido
pesquisador venezuelano que está desde 2003 na NCSU trabalhando
no Department of Forest Biomaterials, onde ocupa diversas posições
de destaque acadêmico. Também tem atuação
como professor visitante em outras instituições de ensino,
como na Universidade Federal do Amazonas (Brasil) e Aalto University
(Finlândia). Suas áreas
de P&D envolvem química de materiais lignocelulósicos
e de agentes/polímeros utilizados em processos de fabricação
da celulose e do papel, inclusive na sua reciclagem. Também
ministra cursos sobre propriedades do papel. Visitem as suas diversas
publicações,
pois são de muita valia no campo da química do papel,
complementando-se muito bem com a página do Dr. Martin Hubbe,
com o qual também
possui trabalhos em parceria.
http://www4.ncsu.edu/~ojrojas/ (Home page de Orlando Rojas)
http://www4.ncsu.edu/~ojrojas/Bio_OJR.htm (CV Dr. Orlando Rojas)
http://www4.ncsu.edu/~ojrojas/Projects.htm (Principais projetos envolvidos)
http://www4.ncsu.edu/~ojrojas/publications.htm (Publicações
para downloading)
http://www4.ncsu.edu/~ojrojas/current.htm (Cursos acadêmicos
do professor Rojas)
Webpage do Professor Dr. Dimitris S. Argyropoulus - NCSU -
North Carolina State University. Acesso em 27.10.2010. (em Inglês)
Dr. Dimitris S. Argyropoulus é um dos mais renomados pesquisadores
na área de química da madeira e da celulose e papel.
Desde 2002 é professor
no Department of Forest Biomaterials (http://cnr.ncsu.edu/fb/)
da NCSU, onde possui uma excelente página pessoal, na qual disponibiliza
inúmeras
das pesquisas realizadas pela equipe de pesquisadores que integra.
http://www4.ncsu.edu/~dsargyro/ (Home page de Dimitris Argyropoulus)
http://www4.ncsu.edu/~dsargyro/documents/ArgyropoulosCVfortheWeb.pdf (CV Dr.
Argyropoulus)
http://www4.ncsu.edu/~dsargyro/Publications/pdf_files.htm (Publicações
para downloading)
Grau
Celsius - Webpage do Dr. Celso Foelkel . Acesso em 27.10.2010. (em Português)
Celso Foelkel, autor dessa Eucalyptus Newsletter, tem uma longa carreira como
professor de cursos de celulose e papel em diversas universidades brasileiras.
Algumas de suas apostilas oferecidas a seus alunos estão disponibilizadas
para downloading em www.celso-foelkel.com.br. Embora elas sejam relativamente
antigas, algumas são ainda muito válidas e bastante acessadas
por alunos desse setor da América Latina.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos_ufv.html (Apostilas
e dissertações
de mestrado do período em que Dr. Foelkel foi professor da UFV - Universidade
Federal de Viçosa, Brasil)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos_ufsm2.html (Apostilas
e dissertações
de mestrado do período em que Dr. Foelkel foi professor da UFSM - Universidade
Federal de Santa Maria, Brasil)

Referências
sobre Eventos e Cursos
Essa seção tem como meta principal
apresentar a vocês todos a possibilidade de se navegar em eventos
que já aconteceram em passado recente (ou não tão
recente), e para os quais os organizadores disponibilizaram o material
do evento para abertura, leitura e downloading em seus websites.
Trata-se de uma maneira bastante amigável e com alta responsabilidade
social e científica dessas entidades, para as quais direcionamos
os nossos sinceros agradecimentos. Gostaria de enfatizar a importância
de se visitar o material desses eventos. A maioria deles possui excepcionais
palestras em PowerPoint, ricas em dados, fotos, imagens e referências
para que você possa aprender mais sobre os temas abordados.
Outras, disponibilizam todo o livro de artigos técnicos, verdadeiras
fontes de conhecimento para nossos leitores.
Espero que apreciem nossa seleção:
43º Congresso e Exposição Internacional ABTCP/TAPPI
e 1º Simpósio
Latino-Americano de "Tissue". ABTCP - Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. (em Português
e Inglês)
A ABTCP, nesse ano de 2010 e em parceria com a TAPPI - Technical
Association of the Pulp and Paper Industry / USA, realizou em outubro
passado a 43ª edição de seu tradicional Congresso
Técnico, que ocorre anualmente desde 1968. Paralelamente a
esse evento, a ABTCP também organizou o Simpósio e
Exposição Latino Americano sobre Papel "Tissue", que
teve também inúmeros
destaques. Em ambos os casos, os eventos foram complementados por
uma grande exposição tecnológica em São
Paulo. As sessões e palestras técnicas do evento tissue
atingiram 1.046 inscritos e a exposição teve 8.087
visitantes únicos,
ambos os casos foram sucessos de público e de difusão
de conhecimentos tecnológicos. Pela primeira vez na sua história,
a ABTCP disponibiliza as apresentações de seu evento
magno anual de forma pública e aberta para os interessados
que queiram baixar suas preferências através do website
http://www.abtcp.org.br.
São dezenas de excelentes palestras
em ppt/pdf que poderão ser acessadas até 31.12.2010,
que é a
data limite em que elas estarão no ar de forma gratuita. A
seguir, deverão ser acessadas apenas pelos sócios da
entidade (ou por solicitação à ABTCP). Veja
que material rico e de valiosa utilidade que vocês
leitores poderão acessar. Basta ter paciência para os
downloads, são muitos e alguns mais demorados pelas dimensões
das palestras.
http://www.abtcp.org.br/Pagina.aspx?IdSecao=8806 (Palestras)
International
Workshop on Wood Biorefinery and Tree Biotechnology. FUNCFIBER/Biorefinery of the Future. (em Inglês)
Biorefinery 2010 foi um evento organizado e promovido pelo Centro
Sueco de Excelência em Madeira - FUNCFIBER (http://www.funcfiber.se/)
que reune grupos de distintas organizações de pesquisa
(acadêmicas e privadas) sobre o tema biorefinarias na indústria
de base florestal. Como parceira na organização do
evento esteve o centro cooperativado de pesquisas Biorefinery of
the Future (http://www.bioraffinaderi.se/projectweb/portalproject/Home_en.html).
O evento ocorreu de 21 a 23 de junho de 2010 e contou com dezenas
de renomados palestrantes e uma audiência de notáveis
pesquisadores a nível mundial. As palestras e resumos dos
artigos estão disponibilizados para downloading. No evento
tivemos uma interessante palestra apresentada pelo amigo dos eucaliptos
Dr. Dario Grattapaglia de título: "More and better wood
faster: genomic selection in tropical Eucalyptus".
http://biorefinery2010.funcfiber.se/program-and-confirmed-speakers.html (Programa técnico e palestras)
http://biorefinery2010.funcfiber.se/images/stories/biorefinery/bookofabstracts_final.pdf (Livro de resumos - 107 pp)
http://biorefinery2010.funcfiber.se/images/stories/biorefinery/grattapaglia.pdf (Palestra do Dr. Dario Grattapaglia)
IV
Annual Trade and Commodity Finance in Brazil Conference.
EuroMoney Seminars. (em Inglês)
Evento organizado pela entidade Euromoney Seminars e que foi realizado
na cidade de São Paulo em setembro de 2010. O seminário
teve destaque para apresentações do Brasil como oportunidades
de investimentos e em sua capacidade exportadora e de geração
de divisas. Foram destaque as apresentações sobre os
setores produtivos etanol, soja e papel e celulose (palestra da presidente
da BRACELPA - Dra. Elizabeth de Carvalhaes).
http://www.euromoneyseminars.com/EventElement/0/3206/8/0/
4th-Annual-Trade-and-Commodity-Finance-in-Brazil-Conference.html (Página do evento)
BRACELPA - Palestras em Eventos. Associação Brasileira
de Celulose e Papel. (em Português e Inglês)
No recentemente renovado website da BRACELPA, é possível
se encontrar algumas ótimas palestras apresentadas pela entidade
em diversos fóruns nacionais e internacionais. Sugerimos que
conheçam essas apresentações, ricas em imagens
sobre sustentabilidade setorial e estatísticas.
http://www.bracelpa.org.br/bra2/?q=node/33 (Diversas palestras de
eventos)
http://www.bracelpa.org.br/bra2/sites/default/files/apresenta/ABTCP-TAPPI-2010.pdf (Apresentação da Sra. Simone Nagai no evento ABTCP/TAPPI
2010 - Painel Setorial)
III
Seminário Técnico-Científico de Viveiros
Florestais. IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais. (em
Português)
O programa cooperativo de pesquisa PTSM - Programa Técnico
de Silvicultura e Manejo (http://www.ipef.br/ptsm/) do IPEF organizou
e realizou recentemente o seu terceiro seminário técnico-científico
sobre viveiros florestais. O evento ocorreu na cidade de Campo Grande/MS
entre 28 a 30 de setembro de 2010. A seleção do local
esteve associada ao grande movimento por produção de
mudas florestais para novas expansões das áreas a plantar
e que está ocorrendo naquela região. O excelente evento
teve como meta difundir novas tecnologias, informações
sobre legislação e conhecimentos científicos
sobre a produção de mudas florestais, seja de espécies
exóticas como de nativas. Verifiquem e selecionem os materiais
de seu interesse - são palestras de excepcional atualidade
e valor técnico.
http://www.ipef.br/eventos/2010/viveiros/programacao.asp (Programação
e palestras)
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/
geral/105/iii-seminario-tecnico-cientifico-de-viveiros-florestais (Vídeo do portal Painel Florestal sobre o evento)

Xilotecas
ou Coleções de Madeiras Virtuais
Até recentemente, as xilotecas eram locais especialmente
desenhados e capazes de abrigar coleções de
amostras de madeiras de quaisquer dimensões, formatos
ou partes da espécie lenhosa. Para facilitar as coisas,
as xilotecas físicas costumam armazenar essas amostras
em peças de dimensões pré-estabelecidas,
sendo elas tomadas como cortes longitudinais, transversais
e radiais das madeiras. Já no caso das xilotecas virtuais,
que surgiram com o advento da internet, procuram-se mostrar
fotos de cortes e de peças de madeiras, bem como de
seus aspectos morfológicos, anatômicos, físicos,
mecânicos e até mesmo com imagens das árvores
que representam esse tipo de madeira. Em geral, as madeiras
(ou xilemas) são colecionadas seguindo uma classificação
sistemática, a mesma que se usa para classificar taxonomicamente
as plantas ou vegetais (http://www.cb.ufrn.br/atlasvirtual/sistematica.htm).
Uma das mais usadas é a classificação
sistemática de Engler ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Engler).
Da mesma maneira que qualquer coleção, as xilotecas
existem para atender alguns fins, entre os quais ressaltam-se
os científicos e os de aplicação prática.
Com as amostras conhecidas e disponibilizadas, podem ser
feitos trabalhos de pesquisa sobre anatomia, qualidade e
identificação das madeiras e espécies
vegetais. Também são oferecidas oportunidades
de serem visitadas as fichas técnicas de cada madeira
que existe na xiloteca. Um usuário de uma xiloteca
pode com alguma facilidade identificar e conhecer uma madeira,
descobrindo suas propriedades relevantes, utilizações
mais adequadas e características de aspecto e performance
da mesma. Também é possível pelo conhecimento
das características de uma madeira se inferir sobre
qual a espécie vegetal que a produziu, servindo assim
a madeira para o reconhecimento inclusive de uma espécie
de planta. No caso dos eucaliptos e dos Pinus, a separação
por espécie a partir da madeira é muito dificultada,
pois as madeiras são muito semelhantes entre as diversas
espécies dentro de cada gênero. Entretanto,
a nível de gênero é perfeitamente possível
essa separação com muita segurança.
Outra finalidade que as xilotecas permitem é sua utilização
em estudos de arqueologia e de história das civilizações.
Objetos históricos de madeira podem ser melhor conhecidos
pelas características de sua constituição
lenhosa. Em geral, a dendrocronologia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Dendrocronologia) é outra
ciência que está muito associada às xilotecas.
Com a utilização de aparelhos simples como
lupas de 10 aumentos, binoculares e microscópios óticos
qualquer tipo de madeira pode ser hoje identificado pelos
especialistas que trabalham nas xilotecas.
Xilotecas são também associadas a outras coleções
botânicas de elementos vegetais como herbários,
laminários (lâminas de anatomia vegetal) e carpotecas
(coleções de frutos e sementes). Dessa forma,
têm papel relevante nos estudos de taxonomia e identificação
de plantas. Através dessas coleções,
as instituições de ensino e pesquisa oferecem
importantes serviços, tanto na educação
de seus alunos, como no esclarecimento e solução
de problemas comuns na sociedade.
Existem centenas de xilotecas no mundo. No Brasil temos coleções
maravilhosas de madeiras em função da rica
biodiversidade de espécies lenhosas que possuímos.
As coleções mais conhecidas são: xiloteca "Calvino
Mainieri" do IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas
do Estado de São Paulo; xiloteca "Octávio
Vecchi" do Instituto Florestal do Estado de São
Paulo; xiloteca do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia; xiloteca da Universidade Federal da Amazônia;
xiloteca "Walter Egler" do Museu Paraense "Emílio
Goeldi"; xiloteca do Laboratório de Produtos
Florestais do IBAMA/DF; assim como as xilotecas de departamentos
e institutos de Botânica de praticamente todas as principais
universidades brasileiras que tenham a pesquisa em suas atribuições.
As xilotecas costumam compor redes de cooperação
mútua, trocando amostras, informações,
treinamento e serviços. Existe um muito conhecido
texto escrito em 4 edições por William Louis
Stern, que procura relacionar e descrever as principais e
renomadas xilotecas do mundo, designando cada uma com uma
sigla alfabética. O livreto "Index Xylariorum
- Institutional wood collections of the world" foi publicado
pela primeira vez em 1957 e depois teve edições
em 1967, 1978 e 1988. Mais recentemente, foi atualizado por
Lynch & Glasson e está abaixo disponibilizado.
Os termos xylariorum, xylarium, xylaria ou xylotheque são
reconhecidos para expressar em inglês as coleções
de madeiras. A nível mundial algumas das mais famosas
xilotecas estão localizadas na Yale University (USA),
Forest Products Technology Research and Development Center
(Indonésia), CSIRO - Forestry and Forest Products
(Austrália), Forest Products Laboratory (USA), etc.
Existe inclusive uma associação mundial de
colecionadores de madeiras, a International Wood Collectors
Society (http://www.woodcollectors.org/).
Colecionar
madeiras é algo que estimula mesmo os colecionadores
amadores, como o meu caso. Iniciei minha pequena coleção
particular de peças de madeira ainda quando estudante
e a continuei ao longo de minha carreira. Acredito que tenho
hoje algumas centenas de peças, que me permitiu inclusive
criar uma seção sobre madeiras em meu website
http://wwww.celso-foelkel.com.br. Não é uma
coleção
grande, mas sinto muito orgulho dela, pois me permite interagir
e ter empatia pelas madeiras que ela abriga. A Física
Quântica costuma explicar essa empatia entre objetos
e pessoas, pela interação de ondas físicas
emitidas e trocadas entre ambos. Eu, que sou dos ramos de
colecionadores de coisas e da tecnologia da madeira, não
poderia ter deixado de ter uma coleção de madeiras.
Tenho também uma celuloseteca de polpas de celulose,
bem maior, talvez com mais de mil amostras e respectivas
fichas técnicas, mas esse é um outro tema para
mais tarde.
Só a xiloteca "Calvino Mainieri" do IPT/SP
reporta ter quase 20.000 peças diferentes catalogadas.
Com a vantagem de que suas fichas técnicas estão
disponibilizadas online para navegação pelas
partes interessadas. Praticamente todas as xilotecas possuem
fichas técnicas das peças de suas coleções.
Essas fichas acabam sendo transferidas ao domínio
público e diversos websites e blogs madeireiros as
divulgam, Tentaremos lhes dar algumas indicações
de onde as encontrar mais adiante nessa seção.
Conheçam então algumas referências de
xilotecas brasileiras e mundiais para que possam se maravilhar
com a beleza de suas coleções de madeiras,
ou então para se buscar o conhecimento que estejam
demandando para o trabalho ou utilização das
madeiras.
Xiloteca/Xylotheque. Enciclopédia Virtual Wikipédia.
Acesso em 28.10.2010:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Xiloteca (em
Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Xylotheque (em Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Xiloteca (em
Espanhol)
Xiloteca "Madeiras Brasileiras" do
Laboratório
de Produtos Florestais do IBAMA. (Brasil). Acesso em 28.10.2010:
http://www.ibama.gov.br/lpf/madeira/introducao.htm (Página
de abertura)
http://www.ibama.gov.br/lpf/madeira/pesquisa.php?idioma=portugues (Pesquisa online sobre madeiras brasileiras)
Xiloteca "Calvino Mainieri" - IPT/SP. (Brasil).
Acesso em 28.10.2010:
http://www.ipt.br/institucional/campanhas/4voce_sabia_que_o_ipt
_foi_pioneiro_na_identificacao_e_aplicacao_das_madeiras_brasileiras.htm
http://www.ipt.br/consultas_online/informacoes_sobre_madeira/busca (Pesquisa online sobre madeiras e suas fichas técnicas)
Xiloteca REMADE - Revista da Madeira. (Brasil). Acesso em
28.10.2010:
http://www.remade.com.br/br/madeira_especies.php (Pesquisa online sobre muitas espécies lenhosas)
The Inside Wood Database. (USA). Acesso em 28.10.2010:
http://insidewood.lib.ncsu.edu/ (Webpage)
http://insidewood.lib.ncsu.edu/search.0;jsessionid=e558fed3918ba0be28246d159c77 (Pesquisa na base de dados)
http://insidewood.lib.ncsu.edu/results.12 (Pesquisando Eucalyptus na
base de dados)
MADw
- Madison Wood Collection - USDA/FS - Forest Products Laboratory. (USA). Acesso em 28.10.2010:
http://www.fpl.fs.fed.us/research/centers/woodanatomy/madw_collection.php
http://www.fpl.fs.fed.us/documnts/pdf1999/mille99a.pdf (Xylaria
at Forest Products Laboratory. R.B. Miller. 13 pp. 1999)
http://www.fpl.fs.fed.us/search/madw_request.php (Pesquisa
em MADw)
http://www.fpl.fs.fed.us/search/madwsearch_action.php?sorting_rule=
1u&phrasesAndKeywords01=&phrasesAndKeywords02=eucalyptus&
phrasesAndKeywords03=&phrasesAndKeywords04=&phrases
AndKeywords05=&phrasesAndKeywords06= (Pesquisa sobre Eucalyptus)
Timber.
Species information. Timber Building in Australia. (Austrália).
Acesso em 28.10.2010:
http://oak.arch.utas.edu.au/tbia/techinfo_search.asp?area=species (Para pesquisar espécies de árvores)
IAWA - International Association of Wood Anatomists. (Bélgica).
Acesso em 28.10.2010:
http://bio.kuleuven.be/sys/iawa/LINKS.HTM (Links com catálogos
de madeiras e cursos básicos de estrutura e anatomia)
http://www.kew.org/collections/wood-index/Index_Xylariorum4.htm (Index Xylariorum 4 - Atualização por A.H.
Lynch; P.E. Glasson)
http://www.kew.org/collections/wood-index/Index_Xylariorum4.htm#Brazil (Conheçam as 18 xilotecas referenciadas existentes
no Brasil)
Xiloteca "Walter A. Egler" do Museu Paraense "Emílio
Goeldi". (Brasil). Acesso em 28.10.2010:
http://www.museu-goeldi.br/ (Website museu)
http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/bmpegscn/v1n1/v1n1a07.pdf (Sobre a xiloteca do museu por C.N. Fonseca e colaboradores.
76 pp. 2005)
http://scielo.iec.pa.gov.br/img/revistas/bmpegscn/v1n1/pdf/1a07a1.pdf (Anexo com espécies e dados gerais)
http://www.unama.br/Colunas/ServletVerArquivo?idColuna=336 (XiloMAM - Xiloteca virtual das madeiras amazônicas)
Xiloteca do Universidade Federal do Amazonas. (Brasil). Acesso
em 28.10.2010:
http://www.conhecendoamadeira.com/xiloteca/xilo.php
http://www.conhecendoamadeira.com/xiloteca/ (Para pesquisar
madeiras pelo nome)
Xiloteca do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia. (Brasil). Acesso em 28.10.2010:
http://www.inpa.gov.br/colecoes/colecoes2.php
http://www.inpa.gov.br/downloads/madeiras.php (Espécies
estudadas)
Xiloteca do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (Brasil).
Acesso em 28.10.2010:
http://www.jbrj.gov.br/colecoes/xiloteca/index.htm#xiloteca
Xiloteca "Octávio Vecchi" do Instituto Florestal
do Estado de São Paulo. (Brasil). Acesso em 28.10.2010:
http://www.iflorestal.sp.gov.br/institucional/dasonomia/colecoes.asp
Xiloteca "Manuel Soler". (Espanha). Acesso em 28.10.2010:
http://www.xiloteca.com/default.asp (Home page)
http://www.xiloteca.com/publicaciones.asp (Publicações)
http://www.xiloteca.com/enlaces.asp (Links com outras xilotecas)
Sobre a madeira: algumas espécies de árvores
brasileiras. SINDIMASP - Sindicato do Comércio Atacadista
de Madeiras do Estado de São Paulo. (Brasil). Acesso
em 28.10.2010:
http://www.sindimasp.org.br/conteudo/madeira/madeira.asp (Com fichas técnicas de cada espécie de madeira
relacionada)
Conhecendo a Madeira. Blog de Álefe Viana. (Brasil).
Acesso em 28.10.2010:
http://www.conhecendoamadeira.com/blogs
http://www.conhecendoamadeira.com/categories/Esp%C3%A9cies-florestais/ (Espécies de madeiras originadas de espécies
florestais)
Conhecendo as madeiras de eucalipto. Portal da Madeira. (Portugal).
Acesso em 28.10.2010:
http://portaldamadeira.blogspot.com/2010/03/especies-de-madeira-eucalipto.html
Amostras de madeiras. Laboratório de Pesquisas Florestais.
UTAD - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. (Portugal). Acesso em 28.10.2010:
http://www.cifap.utad.pt/LPF_amostras_mad.htm (Excelentes lâminas de madeiras de diversas espécies
florestais, inclusive de Eucalyptus e Pinus)
Espécies de madeiras de folhosas. AHEC - American
Hardwood Export Council. (USA). Acesso em 28.10.2010:
http://www.porthuseventos.com.br/ahec/especies.php
Projeto Xyloteca EcoData. (Itália). Acesso em 28.10.2010:
http://www.netsilva.org/silvasito/Arsia/Xyloteca.htm
http://www.netsilva.org/silvasito/File/xyloteca.zip (Apresentação
em arquivo compactado)
Paisagens em anatomia de madeiras. Website de Celso
Foelkel.
(Brasil). Acesso em 28.10.2010:
http://www.celso-foelkel.com.br/fotos_madeira.html
IWCS - International Wood Collectors Society. (USA). Acesso
em 28.10.2010:
http://www.woodcollectors.org/ (Website)
http://www.woodcollectors.org/collect.htm (Colecionando madeiras)
http://www.woodcollectors.org/publications.htm (Publicações)
Criação de uma xiloteca electrônica (e-xiloteca)
tropical e sua utilização para identificação
e caracterização de madeiras com fins científicos
e econômicos. F.M.S. Bessa. Tese de Doutorado. Universidade
Técnica de Lisboa. Instituto Superior de Agronomia.
368 pp. (2009)
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/bessa,fms-d.pdf
Diretrizes e estratégias para a modernização
de coleções botânicas brasileiras: infra-estrutura,
capacitação e gestão da informação.
L.C. Maia; M. Menezes; A.L. Porto; M.R. Barbosa. Apresentação
em PowerPoint:29 slides. (s/d)
http://www.cria.org.br/cgee/col/apresentacoes/ColecoesBotanicas.ppt
Xilotecas brasileiras: panorama atual e contextualização.
(Sem referência de fonte, data e autor)
http://www.cria.org.br/cgee/documentos/xilotecas.doc
A preocupação com a conservação do
meio ambiente cresce a cada dia, em proporção similar
ao aumento do número de consumidores conscientes. Dessa
forma, a busca por produtos e serviços mais sustentáveis,
que tenham sido produzidos de forma racional, ecologicamente correta
e com menores impactos no ecossistema, estão em ascensão
nos mercados (Spezia, 2008). A produção de itens
denominados “amigos da natureza” pode ser encontrada
já em escala cada vez mais significativa no setor de base
florestal. A própria madeira que é um recurso natural
renovável, deve ser utilizada da forma mais racional e correta
possível, evitando assim o seu desperdício. Dessa
forma, o uso de seus resíduos para a produção
de novos produtos no mercado e agregação adicional
de valor na economia das indústrias madeireiras é uma
forte opção (ecologicamente correta); conduzindo-se
a um descarte adequado das sobras madeireiras. A madeira reciclada é um
exemplo de uso correto desse bem, pois, além de ter um mercado
bastante amplo, sendo utilizada basicamente para os mesmos fins
da madeira comum, também apresenta outros benefícios
econômicos, sociais e principalmente ambientais (Wiltsee,
1996).
A madeira de demolição é um dos principais
resíduos gerados em desmonte ou remodelação
de prédios, casas, instalações e indústrias
antigas que necessitam ser demolidos ou renovados para que a área
urbana atenda outras finalidades. Ao contrário dos resíduos
gerados nas serrarias; os de demolição, em especial
a madeira, são considerados resíduos sujos, sendo
comum haver partes apodrecidas, danificadas, pintadas com tintas
variadas, atacadas por térmites e havendo quantidades indeterminadas
de pregos e outros objetos perfurantes nelas inseridos (Falk e
McKeever, 2004). Isso faz com que a separação da
madeira no meio dos entulhos de concreto e outros materiais demolidos
seja uma atividade cansativa e que muitos empreiteiros, infelizmente,
ainda não realizam com freqüência. Porém,
essa realidade está se modificando, principalmente pelas
vantagens sócio-ambientais que a madeira de demolição
pode trazer.
A reutilização da madeira de demolição
diminui a necessidade de cortes de novas árvores, além
de atenuar o volume de lixo nos aterros sanitários e industriais.
Muitas vezes, a madeira pode ser descartada de forma imprópria,
gerando poluição do solo, do lençol freático
e da atmosfera, caso seja queimada inadequadamente. Assim, o reaproveitamento
desse resíduo pode ajudar na fixação de carbono,
gerando novos produtos que são cada vez mais procurados
e apreciados no mercado por serem ambientalmente corretos e por
terem apelo ecológico. A busca por madeiras de demolição
também cria novos postos de trabalho, gerando novas indústrias,
beneficiando comunidades, já havendo grande versatilidade
para as aplicações desse tipo de resíduo na
indústria (USDA, 2002).
Os principais
resíduos da madeira encontrados em edificações
antigas em demolição são: portas, vigas, peças
estruturais de paredes e telhados, corrimãos, janelas, pisos,
assoalhos, escadas, cercas, postes, moirões, estacas, dormentes,
entre outros (Falk e McKeever, 2004). De acordo com Taylor e Warnken
(2008), muitos dos resíduos de demolições
estão estilhaçados, em pedaços e misturados
com pedaços de concreto, plásticos, papel e até mesmo
alguns resíduos tóxicos. Nesse último caso,
a madeira se torna imprópria para ser reaproveitada. Páletes,
dormentes de estradas de ferro, cruzetas de madeira retiradas de
postes elétricos e restos de embalagens de madeira também
são importantes resíduos gerados pelo ser humano
e que também são considerados madeiras de demolição
(USDA, 2002). A construção civil utiliza cada vez
mais a madeira do eucalipto em substituição às
madeiras de consistência dura das árvores nativas.
Logo, os eucaliptos já estão sendo encontrados em
muitos elementos conhecidos como madeiras de demolição,
tais como páletes, dormentes, móveis, postes, moirões
de cerca, etc. Dessa maneira, esse texto técnico objetiva
agregar maiores informações sobre esse resíduo
madeireiro que para muitos é uma importante matéria-prima
e fonte de renda adicional em produtos mercadológicos, muitas
vezes completamente novos e inusitados.
Segundo USDA
(2002) as principais utilizações da
madeira de demolição são:
- Para uso como madeira
A reutilização da madeira de demolição
como elemento estrutural de novas construções,
ou como peça de projetos arquitetônicos é o
primeiro dos objetivos, tentando resgatar sua utilização
original. Essa finalidade, inclusive é a que agrega maior
valor ao resíduo. Se a destinação da madeira
de demolição for relacionada com a estrutura de
uma construção civil, recomenda-se inspeção
e certificação, feita por um especialista em madeiras
serradas para a garantia da sua qualidade mecânica e física
(USDA, 2002).
Em grande parte do mundo, inclusive no Brasil, a madeira de demolição
já é bastante empregada para a elaboração
de móveis, especialmente os de padrão de maior
rusticidade. Esses são cada vez mais procurados e apreciados,
não apenas pelo apelo ambiental que possuem, mas também
pela qualidade, rusticidade, beleza e conforto. Muitos arquitetos
utilizam a madeira de demolição em suas criações
e designs, acreditando que o aspecto envelhecido da madeira gera
um ambiente mais aconchegante, principalmente para residências
(Martins, 2009).
No Brasil, a madeira de demolição proveniente de
casarões antigos é separada por empreiteiros que
em alguns casos, conseguem bom valor pelas peças, pois
muitas das espécies nativas comumente utilizadas no passado
são raríssimas de serem encontradas na atualidade.
Suas árvores remanescentes nas matas e florestas brasileiras
são hoje protegidas por lei. Dessa forma, podem ser ainda
encontradas madeiras de demolição de cedro, ipê,
jacarandá, peroba do campo, peroba rosa, canela preta,
pinho de riga, dentre outras. Logo, o que seria descartado junto
aos entulhos nos aterros de lixo passa a ser reciclado, conseguindo
valores bastante interessantes no mercado. Muitas das madeiras
retiradas de demolições estão em bom estado,
mesmo tendo mais de cem anos de idade (Martins, 2009). Da madeira
de demolição podem ser fabricados móveis
como: cadeiras, mesas, molduras de espelhos, armários,
biombos, camas, sofás, bancadas, deques de piscinas e
passarelas de jardins (Cruzetas..., 2010). Muitos artistas plásticos
também têm a madeira de demolição
como matéria-prima para quadros e esculturas. Arquitetos
que trabalham com madeira de demolição acham que,
desde que o ambiente esteja harmônico, os móveis
desse tipo de matéria-prima podem ser complementados com
outros elementos modernos contendo madeiras novas ou reconstituídas
(Martins, 2009). Segundo um arquiteto entrevistado por esse autor,
as pessoas estão buscando móveis diferenciados,
duradouros e com aspecto de envelhecido; contudo, com qualidade.
Essas características podem ser encontradas nos móveis
de madeira de demolição.
O aumento da demanda, a raridade de algumas madeiras encontradas,
assim como a dificuldade da separação dos entulhos,
fazem com que os preços desses produtos sejam freqüentemente
elevados no mercado (Santana, 2010; Baraúna, 2009). Porém,
existem móveis de demolição feitos com madeiras
menos raras, como é o caso do eucalipto, gerando produtos
com valores mais acessíveis e possuindo todas as vantagens
ambientais, sociais e econômicas encontradas na madeira
de demolição. Muitos dormentes, postes e cruzetas
feitas de eucalipto são utilizados na construção
de móveis e em acessórios para piscinas, como pisos,
bancadas e deques (Cruzetas..., 2010).
Taylor e Warnken (2008) relataram que na Austrália, já existem
empreendedoras especializadas na separação de madeira
e outros materiais de demolição, havendo também
websites na internet que orientam sobre a aquisição
e certificação de madeiras de demolição.
A agregação de valor na madeira de demolição
(que muitas vezes é desprezada) é significativa,
principalmente quando essa madeira serve novamente como matéria-prima
para os fins nobres da movelaria. Inclusive, há casos
que a madeira de demolição vale mais do que a madeira
nova (Turek, 2009).
Segundo Baraúna (2009), além dos móveis,
pisos, esquadrias, forros e outros objetos de decoração
que podem ser confeccionados com madeira de demolição,
essa é também bastante versátil para a arquitetura,
recebendo tratamentos diferenciados e possibilitando mudar o
aspecto de ambientes com o passar dos anos.
- Para uso como matéria-prima de madeira engenheirada
ou reconstituída
Pedaços pequenos de madeira provenientes das obras de
demolição podem ser separados e reaproveitados
para a fabricação de chapas e painéis de
madeira reconstituída. Nesse processo, pedaços
pequenos de madeira (serragem ou lascas) recebem tratamento térmico
junto com a adição de colas, resinas e de outros
produtos químicos formando um painel à base de
madeira (USDA, 2002). Um dos principais painéis que podem
ser formados a partir da madeira de demolição é o
OSB ("Oriented Strand Board"), um dos menos exigentes
em termos de sua matéria-prima.
De acordo com Taylor e Warnken (2008), as chapas MDF ("Medium
Density Fiberboard") também podem ser fabricadas
com madeira de demolição. Seus cavacos recebem
tratamento que combina desagregação mecânica,
calor e umidade, estando posteriormente prontos para serem agregados
em um novo painel. Muitos páletes velhos e embalagens
danificadas de madeira que não podem mais ser reaproveitados
para a função, são considerados importantes
resíduos madeireiros. Eles também podem ser reaproveitados
para a fabricação de chapas e painéis. Já existem
empresas que picam a madeira dos páletes em máquinas
especializadas, retirando posteriormente os metais como pregos
com ímãs. Depois, os cavacos e pedaços maiores
de madeira já partem para o processo de formação
dos painéis, indo para novos trituradores e peneiras separadoras
de partículas (Biblioteca..., 2010).
Fábricas no Reino Unido já são capazes de
processar 80% do resíduo de madeira recolhido no pós-consumo.
O pó da madeira de demolição gerado na picagem
também não é desperdiçado, sendo
compostado para a geração de adubos na agricultura
ou queimado como combustível (Biblioteca..., 2010).
- Como material básico para compostagem e adubação
orgânica
Serragem e pó de madeira gerados de resíduos de
demolição são excelentes fibras para a compostagem,
sendo necessária a adição de nitrogênio
(encontrado no esterco animal) para sua estabilização
e decomposição mais eficiente e rápida.
Após, o composto orgânico gerado pode ser empregado
na adubação de plantas (USDA, 2002).
- Como biomassa combustível
De acordo com Biblioteca... (2010), muitas partes da madeira
de demolição não podem ser reaproveitadas
para uso nobre. Portas podres, laminados e revestimentos para
pavimentos e sobras do processamento dessas madeiras não
apresentam mais condições físicas e mecânicas
para terem novamente a função de madeira. Assim,
a melhor destinação para tais resíduos,
em alguns casos, ainda é a queima para a geração
de energia em caldeiras de fábricas (USDA, 2002).
Em todos os casos de reuso das madeiras de demolição, é importante
ter atenção para o fato dessa madeira ter sido
tratada com algum produto preservativo químico que possua
níveis residuais (por exemplo: creosoto, pentaclorofenol,
cromo, cobre, boro ou arsênio e que possam apresentar toxidez).
Nesses casos, a destinação do resíduo precisa
ser reavaliada, sendo que para algumas finalidades esse tipo
de madeira pode não ser recomendada.
A madeira ecologicamente correta é cada vez mais procurada
por consumidores conscientes, os quais exigem que os produtos que
consomem sejam os mais sustentáveis e naturais possíveis.
Dessa forma, a madeira de demolição está ”na
moda”, principalmente pelo reaproveitamento de resíduos
agregando valor a uma sobra que poderia ser descartada de forma
inadequada. O uso da madeira de demolição para fins
arquitetônicos é um dos mais nobres e valiosos, podendo
atingir valores econômicos muito atrativos. Muitos móveis
de madeira de demolição têm sua matéria-prima
retirada de casarões antigos, possuindo toda uma história
por trás de cada peça, as quais muitas vezes apresentam
até mais de 200 anos de idade. Isso, também é muito
apreciado pelos compradores, que querem conhecer detalhes da espécie,
idade e qualidades intrínsecas das madeiras. De acordo com
USDA (2002), a venda de madeira de demolição para
a construção civil, fins artísticos, estruturais
ou arquitetônicos, pode gerar receita 20 a 30 vezes superior
do que a mesma quantidade vendida para combustão ou para
compostagem. O mesmo autor comentou que a madeira de demolição
utilizada para a produção de painéis possui
resultados até quatro vezes maiores com relação à sua
venda para a geração de energia e adubação.
Apesar das grandes vantagens que a madeira de demolição
apresenta e do seu crescente uso em todo o mundo, inclusive no
Brasil, ainda existem pessoas que desconhecem esse produto. Assim,
a reutilização da madeira deveria ser incentivada
por órgãos públicos e privados, através
de propagandas e pesquisas. Tais medidas ajudariam a incentivar
a separação correta dos restos de madeira de construções
civis em processo de demolição. Esses resíduos
teriam os melhores destinos ambientais possíveis, principalmente
pelas novas oportunidades que seriam oferecidas às madeiras
separadas. O que seria entulho passa a ser matéria-prima
nobre e valiosa. Exatamente como prega a ecoeficiência.
Aos interessados no tema, segue abaixo uma série de artigos
técnicos, científicos, notícias, vídeos
e websites de empresas especializados em madeiras de demolição.
Conheçam o incrível trabalho que é feito
na transformação desses resíduos madeireiros
em produtos de maior valor agregado.
IDHEA
- Instituto para o Desenvolvimento da Habitação
Ecológica. Acesso em 25.10.2010:
http://www.idhea.com.br/
http://www.idhea.com.br/ecoprodutos.asp (Ecoprodutos)
Contruir
com resíduos. M.A. Urueña. IDHEA. 01 pp.
Acesso em 25.10.2010:
http://www.idhea.com.br/pdf/marioh.pdf
Materiais ecológicos e tecnologias sustentáveis.
Práticas e aplicações. IDHEA. Disponível
em Scribd. Acesso em 27.09.2010:
http://www.scribd.com/doc/15920165/Materiais-Ecologicos-e-
Tecnologias-Sustentaveis-Praticas-e-Aplicacoes
Cruzetas
de madeira reciclada. Website Cruzetasdemadeira.com.
Acesso em 27.09.2010:
http://www.cruzetasdemadeira.com/
Arte
em madeira de demolição. Canal de Inariwei.
Youtube. Acesso em 27.09.2010:
http://www.youtube.com/watch?v=m4Bw1zBARS4
Torneando
coluna. Parte 3. Canal de JorgeIzidoro. Youtube. Acesso
em 27.09.2010:
http://www.youtube.com/watch?v=5z92dY9qge0
Madeira
de demolição. Canal de Hades2206. Youtube.
Acesso em 22.09.2010:
http://www.youtube.com/watch?v=7onA7T5hXzU&feature=related
Madeira
de demolição. Pesquisa em Youtube. Acesso
em 22.09.2010:
http://www.youtube.com/results?search_query=%22
madeira+de+demoli%C3%A7%C3%A3o%22&aq=f
Madeira
de demolição. Blog. Acesso em 22.09.2010:
http://madeiradedemolicao.wordpress.com/
http://madeiradedemolicao.wordpress.com/2009/11/12/
video-cruzetas-de-madeira-deck-de-cruzetas/ (Vídeo: Cruzetas de madeira)
Madeira
de demolição. Website especializado. Acesso
em 22.09.2010:
http://www.madeiradedemolicao.com/
Como transformar casa antiga em arte. Madeiradedemolicao.com. Acesso
em 22.09.2010:
http://www.youtube.com/watch?v=ALgZqDu8Tjo
Processo para reciclagem e reutilização. Biblioteca
FHM Zero-C. (2010)
http://www.zero-c.com.br/index.php/index.php?option=
com_content&view=article&id=16:processo-para-reciclagem-
e-reutilizacao-da-madeira-no-reino-unido&catid=34:eco-construcao
Madeira
de demolição. R. Santana. Sustentáculos.
(2010)
http://sustentaculos.com.br/2010/06/madeira-de-demolicao/
Madeira
de demolição é tendência em
Itaipava. M. Martins. Comunicação e Informação.
(2009)
http://mrcomuninfo.blogspot.com/2009/02/
madeira-de-demolicao-e-tendencia-em.html
Sustentabilidade:
madeira de demolição na sua casa. V. K. T. Baraúna. EcoReleases. Portal do Meio Ambiente.
(2009)
http://www.portaldomeioambiente.org.br/index.php?option=
com_content&view=article&id=1282:sustentabilidade-madeira-
de-demolicao-na-sua-casa&catid=3:ecoreleases&Itemid=692
Madeira
para revestir paredes. C. Turek. Reciclagem. Vila do Artesão.
(2009)
http://viladoartesao.com.br/blog/2009/02/madeira-para-revestir-paredes-reciclagem/
Wood
recovery and recycling: a source book for Australia. J. Taylor;
M. Warnken. Forest and Wood Products. Australia Limited. 48 pp.
(2008)
http://www.fwpa.com.au/Resources/RD/Reports/
PNA017-0708_Wood_Recycling.pdf?pn=PNA017-0708
Madeiras
ecológicas.
M. Spezia. Jornal da Comunidade. Decor. 01 pp. (2008)
http://www.vilagranato.com.br/files/Arquivos/VIP+1001+9.pdf
Estudio
de gestión de residuos de demolición (EGRCD).
EGR Demolición. Ministerio de la Presidencia. Espanha. 08
pp. (2008)
http://www.aytorota.es/doc/calidad/Gestion_residuos/plantilla_residuos_demolicion.pdf
Monografia
sobre resíduos de contrucción y demolición.
IHOBE. 48 pp. (2004)
http://www.ingurumena.ejgv.euskadi.net/r49-4892/es/contenidos/
plan_programa_proyecto/plan_residuos_peligrosos/es_10758/adjuntos/construccion.pdf
Environmental
impacts of preservative-treated wood. Florida Center of Environmental
Solutions. Post-Conference Proceedings. 435 pp.
(2004)
http://www.ccaresearch.org/ccaconference/post/pdf/
Post%20Conference%20Proceedings_Treated%20Wood.pdf
Evaluation of the market development potential of the waste
wood and wood products reclamation and reuse sector. BFM Ltd; BRE Ltd.
The Waste and Resources Action Programme. 125 pp. (2004)
http://www.bfmenvironment.co.uk/images/Wood%20market%20development.pdf
Recovering
wood for reuse and recycling - a United States perspective. R. H. Falk; D. B. McKeever. 13 pp. FPL/USDA (2004)
http://www.fpl.fs.fed.us/documnts/pdf2004/fpl_2004_falk001.pdf
Successful
approaches to recycling urban wood waste. USDA - United States
Department of Agriculture. Solid Waste Association of North
America. General Technical Report 133. 22 pp. (2002)
http://www.fpl.fs.fed.us/documnts/fplgtr/fplgtr133.pdf
Urban
wood waste resource assessment. G. Wiltsee. 227 pp. (1998)
http://www.p2pays.org/ref/19/18947.pdf
Certificación LEED de edifícios sustentables. Materiales
y recursos. Miranda y Nasi Consultores Ltda. Apresentação
em PowerPoint: 113 slides. (s/d = Sem referência de data)
http://www.cchc.cl/DATA/Fotos_Link/3%20Charla%20LEED.pdf
Sustainable
design and wood. A wood frame building performance fact sheet. Forest Products Association of Canada. 08 pp. (s/d)
http://www.cwc.ca/NR/rdonlyres/D00B2700-00D0-4559-8658-858F35610C76/0/SustainableDesign.pdf
Imagens
sobre madeiras de demolição inclusive de
eucalipto:
http://www.bichodamadeira.com.br/
(Móveis de madeira de
demolição)
http://www.velhobrasil.com/?gclid=CI21tt_Fm6QCFcde7AodLUGxFg (Móveis
de madeira de demolição)
http://viladoartesao.com.br/blog/2010/08/madeira-de-demolicao
-em-bancadas-e-banheiros/ (Madeira de demolição em banheiros)
http://www.assoalhodemadeira.com.br/index.php?
page=shop.product_details&category_id=33&flypage=shop.flypage&product_id=
151&option=com_virtuemart&Itemid=33 (Dormente de eucalipto)
http://www.google.com.br/images?q=%22madeira+de+demoli%C3%A7%C3%A3o%22&um=
1&hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-BR&tbs=isch:1&ei=-dugTPr4OsH38AaqhdybDQ&sa=
N&start=0&ndsp=20 (Madeira de demolição - Imagens Google)
http://www.assoalhodemadeira.com.br/index.php?page=
shop.product_details&category_id=2&flypage=shop.flypage&product_id=61&option=
com_virtuemart&Itemid=33 (Deques de madeira de demolição)
http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=demolition+wood&rlz=1I7RNTN_pt-
BR&um=1&ie=UTF-8&source=univ&ei=vISgTLimDsL78AaM3JSMDg&sa=X&oi=
image_result_group&ct=title&resnum=1&ved=0CCUQsAQwAA ("Demolition wood" - Imagens Google)
http://www.google.com.br/images?num=100&hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-BR&q=
%22madera%20de%20demolici%C3%B3n%22&um=1&ie=
UTF-8&source=og&sa=N&tab=wi ("Madera de demolición" - Imagens Google)
*Agradecemos aos amigos das madeiras
de demolição,
senhores Anderson e Júnior, da empresa Bicho da Madeira,
pela oportunidade que me deram para conhecer seu processo de manufatura
de móveis a partir de madeira de demolição
e pelas fotos de seus produtos, uma das quais de um móvel
de eucalipto servindo para abertura dessa seção.
Mini-Artigo
Técnico por Celso Foelkel
Indicadores de Desempenho
e de Produtividade para Fábricas de Celulose e Papel
de Eucalipto
O setor de celulose e papel vem
gradualmente modificando sua distribuição geográfica
frente às vantagens comparativas e competitivas que algumas
regiões e empresas desfrutam. Uma indústria, que
durante dezenas de anos esteve fortemente concentrada no Hemisfério
Norte (Europa, América do Norte e Japão), tem aos
poucos perdido importância para regiões em forte
crescimento no Hemisfério Sul e para os países
denominados pela sigla BRIC (Brasil, Rússia, Índia
e China). Essa mudança tem suas razões associadas às
performances das empresas de celulose de mercado e de fabricação
de papel nessas regiões de recente emergência papeleira,
além de outras vantagens sistêmicas que essas regiões
conseguiram resolver, tais como legislação, licenciamentos,
imagem, política monetária, financiamentos, infra-estrutura
e logística, burocracia, solidez política e financeira,
etc.
Entretanto, a grande força motriz de crescimento desse
setor e de suas empresas nessas países emergentes tem
sido a competência em desempenhar bem no que são
os fatores-chaves de competitividade setorial. Qualquer empresa
do setor de papel e celulose para ser competitiva precisa estar
performando pelo menos acima da média global de produção
para o produto que fabrica. Em nosso caso, os fatores-chaves
de competitividade são claramente conhecidos e disputados.
Dentre eles, destacam-se: custos unitários de fabricação
(fixos e variáveis), qualidade e performance do produto,
produtividade e desempenho operacional, logística de distribuição,
imagem empresarial, saúde ambiental e saúde financeira.
Quando uma empresa vai bem nesses quesitos, ela rapidamente tende
a crescer e aumentar capacidade, ganhando com isso maior participação
nos mercados ("market share"). As instituições
financeiras e os investidores acompanham atentamente essas performances,
inclusive a operacional, pois isso tem reflexo imediato no valor
de suas ações nos mercados de capitais e bolsas
de valores.
Empresas vencedoras são aquelas que conseguem associar
boas e adequadas estratégias (eficácia) com gestão
de suas operações (eficiência). Elas conseguem
com sucesso selecionar as estratégias (escolha das coisas
a fazer), assim como ter eficiência nas operações
(fazer muito bem as coisas eleitas). Alcançada essa integração
estratégia/gestão, conseguem agregar mais valor
que os competidores e passam a atuar no mundo do mais (crescimento,
desenvolvimento, sucessos) e não no mundo do menos (batalha
diária pela sobrevivência e sobressaltos constantes).
Entretanto, a verdadeira competitividade empresarial não
depende somente da empresa, mas também do país
e da região onde está localizado o negócio.
Já se foi o tempo em que uma empresa conseguia ser vencedora
explorando os recursos naturais locais e situada em região
miserável, pobre e sem infra-estrutura para atender a
felicidade de seus trabalhadores.
A globalização da economia
tem forçado as
empresas a serem cada vez mais competitivas. Isso porque elas
precisam hoje competir não apenas no exterior, pela exportação
de seus produtos, como também em seus próprios
mercados regionais (que podem livremente importar produtos de
fora se forem melhores e/ou de menores preços).
Os grandes gurus da administração afirmam que uma
empresa para ser competitiva precisa atuar nas seguintes áreas
estratégicas:
•
gestão e estratégia;
•
integração e otimização dos processos
produtivos;
• fortalecimento e desenvolvimento de agregados industriais dentro
de sua rede de valor;
•
monitoramento do seu desempenho em relação aos
concorrentes diretos ("benchmarking") e mesmo em relação
aos produtos alternativos disponíveis no mercado;
•
estímulo à capacidade de inovação e
criatividade, especialmente nos aspectos tecnológicos e
mercadológicos.
Empresas
pouco competitivas são facilmente reconhecidas
porque:
•
não possuem estratégias e planejamentos consistentes;
•
atuam de forma atabalhoada em diversos ramos e mercados, "atirando
a esmo para ver se atingem algo, mesmo sem saber o que";
•
têm cultura empresarial mista e variada entre seus gestores;
•
não conseguem o envolvimento e a integração
de sua equipe na busca das metas e desafios estratégicos,
nem tampouco para atingimento das mínimas melhorias contínuas
requeridas;
•
não mostram crescimento (empresas com problemas não
mostram sinais de obras e construções - ficam estáticas
no tempo);
•
possuem índices de produtividade inadequados;
•
possuem desempenho tecnológico, empresarial e mercadológico
inadequados;
•
não têm credibilidade nos fóruns onde atuam.
Dessa forma, tanto a seleção de suas opções
estratégicas bem como a competência em operar e
gerenciar corretamente os seus processos são coisas vitais
para o sucesso competitivo das empresas do setor de celulose
e papel. Para que possam identificar seu nível de competitividade,
elas precisam ter adequados e continuados mecanismos de monitoramento
de seus indicadores chaves de performance ou desempenho. Esse
desempenho acima da média, ou mesmo excepcional, deve
ser buscado em todas as áreas da empresa: produção,
materiais, comercialização, tecnologia, financeira,
ambiental, florestal, etc. Evidentemente, sem uma eficiente
integração das mesmas e sem um rumo em relação
aos indicadores de desempenho, fica muito difícil nos
dias de hoje para se fazer uma gestão vencedora.
Existem definitivamente muitas palavras importantes associadas
a bons resultados empresariais. Para cada uma delas a empresa
deve ter indicadores que permitam monitorar e avaliar em que
situação ela performa. Vejam de uma forma simples
onde isso deve estar focado pela simples menção
de palavras e frases: produção, preço, custos,
margens de contribuição por produto, estoques,
mercados, capital de giro, lucro, resultados, clientes, qualidade,
produtividade, melhorias contínuas, boas práticas,
tecnologia, informação, conhecimento, experiência,
capacitação, recursos e matérias-primas,
processos vitais, logística, estratégias, visão,
foco, planejamento, organização, agregação
de valor, eficiência operacional, flexibilidade, "timing" (tempo
de resposta), processo decisório, escala de produção,
riscos, desperdícios, ameaças, oportunidades, marca,
imagem, gente/pessoas, ecoeficiência, etc.
Como praticamente todas as empresas brasileiras desse setor estão
certificadas pelas normas das séries ISO para sistemas
de gestão da qualidade e do meio ambiente, todas desenvolveram
seus indicadores vitais (ou não tão vitais) para
monitoramento de seus sistemas produtivos. Com isso podem não
apenas checar suas performances, mas também estabelecer
comparações com seus pares e eventualmente, com
seus competidores.
A competitividade do setor de papel e celulose de eucalipto do
Brasil depende fundamentalmente dos seguintes itens:
• produtividade florestal;
•
custo da madeira e das fibras celulósicas;
•
custo unitário de produção;
•
custo caixa do produto;
•
custo e disponibilidade de capital;
•
efetividade no uso do capital;
•
necessidades de capital de giro;
•
modernização das fábricas;
•
expansão de capacidade e aumento de escala produtiva;
•
tecnologia estado-da-arte;
• "market share" ou domínio de fatia do mercado;
•
saúde e conformidade legal;
•
saúde financeira (gestão do caixa e do capital
a ser despendido);
•
EBTIDA;
•
saúde e conformidade ambiental;
•
eficácia nas estratégias;
•
eficiência nas operações;
•
produtividade na linha de produção;
•
qualidade dos produtos;
•
competências vitais na empresa;
•
logística de distribuição;
•
relacionamento e cooperação com clientes;
•
inovação e pesquisa e desenvolvimento;
•
criação de valor para a empresa e para o consumidor;
•
portfólio de produtos, etc.
Para todos esses fatores, as empresas necessitam
ter desempenhos exemplares. Isso demanda a construção de indicadores
para cada fator, não muitos em cada caso, apenas os mais
importantes. Todas as empresas buscam fazer isso, algumas com
maior ou menor grau de sofisticação. Algumas se
apóiam fortemente nas tecnologias de informação,
mas isso apenas não basta. Há que se dialogar com
os dados e processos e saber interpretá-los, senão
só teremos lindos e vistosos gráficos que a TI
nos oportuniza construir. E nada mais.
Dentre os fatores de sucesso não se pode de maneira alguma
deixar em segundo plano a qualidade tecnológica disponível
e a competência que se tenha para operar e cuidar da boa
manutenção dessas tecnologias.
Nesse nosso tipo de indústria existem algumas regras básicas
que são muito conhecidas (e que às vezes são
maldosas para a gestão executiva):
•
as fábricas não podem parar pois o custo da hora
parada é extremamente perverso;
•
todo centavo economizado por tonelada de produto fabricado se
converterá em um número expressivo no final do
ano devido ao fator da escala de produção;
•
o dinheiro não é um presente fornecido para se
brincar com ele, mas ele exige um resultado e um retorno;
•
o preço dos produtos é determinado pelas forças
do mercado e pela relação de oferta/procura como
para todas as demais "commodities";
•
preços altos em um período não significam
que não possam despencar em pouco tempo e vice-versa (ciclicidade
em preços);
•
os custos de fabricação dependem de nossas eficácias
e eficiências;
•
custos fixos unitários elevados indicam escala de produção
inadequada ou ineficiências crônicas na gestão;
•
custos variáveis unitários elevados indicam insumos
caros ou ineficiência operacional;
•
a performance operacional na manufatura dos produtos constitui-se
no alicerce de todo o negócio celulósico-papeleiro.
Empresas sem qualificação produtiva têm muitas
dificuldades para operar nesse negócio, a não ser
que privilegiadas por alguma mágica ou força oculta
(se é que isso ainda possa existir em países democráticos).
Levando em
conta que uma avaliação completa de
todos esses fatores demandaria muito mais que um mini-artigo
em nossa Eucalyptus Newsletter, vamos focar um pouco mais o desempenho
operacional e a produtividade das nossas fábricas. Afinal,
nossas empresas são tipicamente empresas de processo em
linhas de produção simples e de poucos produtos,
bem fáceis portanto de serem rastreadas e monitoradas.
Além disso, nossa meta é resultar a partir
de nossos produtos e não de aplicações
financeiras ou de outros artifícios ou jogos financeiros.
Produtividade ou desempenho operacional estão associados
a eficiências técnicas na produção
e no uso de recursos escassos (insumos, energia, trabalho, etc.)
na fabricação. Em geral, são relações
numéricas que indicam a eficiência no uso de uma
máquina, de um insumo, de uma matéria-prima, do
trabalho de pessoas, etc. Indicadores de produtividade podem
ser criados aos milhares, mas não se deve exagerar. Caso
contrário, fica difícil a gestão e se acabam
criando centrais de justificativas e explicações
de números através do uso das ferramentas de informação.
A produtividade e o desempenho operacional das empresas estão
por sua vez associados a alguns itens muito importantes, tais
como:
•
idade e nível tecnológico das máquinas;
•
eficiência no uso das máquinas (conhecida como continuidade
operacional);
•
eficiência no uso dos insumos e da energia;
•
capacitação técnica dos operadores;
•
nível de automação e controles instrumentais
em linha;
•
práticas organizacionais (melhores práticas);
•
adoção de programas de qualidade e produtividade
com estímulo às melhorias contínuas;
•
eficiência no processo de tomada de decisões;
• rastreabilidade dos processos; etc.
Em geral, os gestores sabem muito bem onde focar,
mas sempre há algo escondido debaixo do tapete a ser descoberto.
Por isso, um dos principais pontos que sempre se pode melhorar
nas empresas é o fortalecimento da interpretação
dos indicadores para alavancar melhorias e não para gerar
justificativas. Outro ponto crucial é a necessidade de
ser rápido nas decisões e ações,
pois sabemos muito bem que as fábricas não podem
parar e que todo centavo economizado por tonelada de produto
tem enormes reflexos ao longo do tempo.
Apenas para dar um exemplo simples sobre isso, vamos entender
o que significa uma hora parada em perda de receitas para uma
fábrica de celulose de mercado que produza 2.400 toneladas
por dia de celulose vendável. Isso significa 100 toneladas
por hora. Se a fábrica ficar uma hora parada deixará no
mínimo de produzir 100 toneladas, mas há outras
perdas também que sequer vamos calcular aqui. Se o preço
líquido de venda desse produto for de 700 US$/tonelada
e o custo variável de produção for 250 US$/tonelada,
teremos uma margem de contribuição unitária
de 450 US$. Logo, a receita perdida por uma hora parada seria
exatamente o que se deixou de receber como margem bruta horária,
já que não gastamos os 250 dólares de custo
variável unitário, mas também deixamos de
resultar 450. Para 100 toneladas na hora o valor perdido na receita
atingiria 100 x 450 = 45.000 dólares. Fácil entender
então porque as fábricas não podem parar,
não é mesmo?
Por essas razões enunciadas, muitas fábricas se
estruturam para detalhadas avaliações da continuidade
operacional, procurando entender as causas das perdas de produção
e das paradas operacionais. Muitas vezes essas causas estão
relacionadas às máquinas e suas manutenções,
mas essas não são as únicas razões.
Talvez seja mais fácil se reclamar das máquinas,
materiais, matérias-primas e manutenção,
mas não se enganem, há muitas outras razões.
Perdas de produção e descontinuidade operacional
ocorrem em todas as áreas fabris. Como nossas fábricas
são na verdade redes de operações, uma área
parada pode afetar outras ou até mesmo a fábrica
toda. A correta identificação dos problemas operacionais,
mecânicos, elétricos, instrumentais, etc. pode ajudar
a melhorar a eficiência operacional e dessa forma os indicadores
de produtividade.
Os programas de qualidade e produtividade possuem ferramentas
simples e muito apropriadas para identificação
de causas e efeitos das paradas e perdas de produção
e de qualidade: gráficos de Pareto, espinhas de peixe,
controles estatísticos, etc. Também os sistemas
de avaliação e premiação da qualidade
e produtividade, tipo critérios de excelência do
PNQ - Prêmio Nacional da Qualidade (Brasil) e do Baldrige
National Quality Program (USA) induzem, instruem e sugerem que
se desenvolvam indicadores chaves e vitais para as operações
da empresa em diversas de suas vertentes. Já o pessoal
da área de controle da qualidade das fábricas são
muito criativos em estabelecer indicadores de conformidade de
processo e de produtos, procurando mostrar o desempenho de cada
um deles em relação às especificações
técnicas, refugos, perdas, desperdícios, rendimentos,
etc.
Qualquer leigo em processos industriais pode facilmente enumerar
algumas razões para perda de produtividade nas nossas
fábricas, tais como:
•
tempo excessivo de paradas das máquinas;
•
diminuição das velocidades das máquinas;
• pouca confiabilidade dos equipamentos;
•
excesso de manutenções;
•
excessiva geração de refugos, retrabalhos, desperdícios,
etc.
Também não há necessidade de ser um engenheiro
de otimizações de produção para entender
que a menor produtividade impactará fortemente os custos
unitários de fabricação. Menor produtividade
elevará tanto os custos fixos unitários (por redução
da produção em mesmo espaço de tempo) como
os custos variáveis (pelo aumento dos desperdícios
de insumos, energia, reprocessamentos, etc.).
Hoje, existem muitas empresas de consultoria para otimizações
de performance de fábricas. É um prato cheio para
qualquer empresa com boa metodologia, bons profissionais e bons
sistemas de avaliação e capacitação.
Isso ocorre porque não há fábrica no mundo
que não tenha suas ineficiências e oportunidades
para melhoria. Muitas vezes, os trabalhadores e gestores estão
tão acostumados com seus problemas de performance sofrível
que sequer notam mais os problemas. Como nunca tiveram o cuidado
de quantificar e avaliar econômica, social e ambientalmente
essas ineficiências, acabam deixando isso tudo esquecido,
achando que se as coisas se ajeitarão por si.
A grande e
inquestionável verdade é que toda fábrica
pode operar com muito menor uso de recursos/insumos, pois sempre
ocorrem desperdícios que se traduzem em perdas de dinheiro
e em poluição. Em qualquer local que se produza
qualquer coisa sempre estaremos tendo desperdícios e rendimentos
abaixo do estequiométrico. Isso é próprio
do ser humano, espécie que teve seu desenvolvimento em
um planeta rico de recursos que pareciam inesgotáveis.
Só que agora as coisas estão mudando. A ecoeficiência é a
ciência que busca encontrar e valorar essas ineficiências
e propor soluções de ajustes e melhorias no uso
desses recursos (que são todos recursos naturais).
Os gestores de nossas fábricas tendem muito sabiamente
a associar eficiência operacional a seus custos de produção.
Estabelecem então grandes e dramáticos esforços
para minimização de custos, quando na verdade deveriam
atuar sobre as ineficiências. Com a otimização
das operações e eficiências, os custos naturalmente
baixariam. Ao se trabalhar sobre os custos apenas, não
estaremos atuando sobre as causas, mas sobre as conseqüências.
Fácil de entender isso. O difícil é explicar
por quais razões os focos gerenciais estão quase
sempre sobre os custos e menos sobre as ineficiências.
Seria mais charmoso? Ou de maior apelo para os altos executivos
que gostam de falar a linguagem do dinheiro?
Qualquer tipo de otimização fabril vai exigir adequados
sistemas de obtenção de dados e informações
confiáveis, bem como lubrificados processos de tomada
de decisão. O foco deve ser na produtividade, eficiência,
redução de perdas, desperdícios, refugos,
rendimentos, retrabalhos e também custos. Mas não
apenas custos, custos e despesas, para variar um pouco as
palavras. Sempre afirmei com convicção
que ao se fazer uma gestão só de custos estamos
na verdade fazendo uma gestão da miserabilidade e não
do processo industrial em todos seus aspectos vitais.
Um bom sistema de avaliação do desempenho operacional
precisa ainda buscar "separar o joio do trigo". Isso
significa:
•
entender e dialogar com as máquinas e operadores para
conhecer as peculiaridades e gargalos/limitações
do processo fabril;
•
entender quais seriam as operações críticas
e vitais;
•
estabelecer indicadores de performance para essas operações
vitais;
•
entender as causas para as não-conformidades e níveis
inadequados de performance;
• encontrar oportunidades de melhoria;
•
valorar as mesmas em suas vantagens econômicas, ambientais
e sociais;
•
calcular o "pay-back" de cada oportunidade;
• decidir o que fazer;
• implementar e depois monitorar os ganhos para garantir a perpetuidade
dos mesmos.
Os supervisores e os operadores de processo são pessoas
chaves para ajudar a se conseguir: menores custos, altas produções,
altas produtividades, qualidade compatível, meio ambiente
limpo e sucesso nos negócios. Por essa razão, são
as primeiras pessoas que devem ser envolvidas nos processos de
indicadores de performance e otimização operacional.
Os programas de capacitação, educação,
treinamento e transferência de conhecimentos são
peças chaves, bem como os programas motivacionais e comportamentais.
Eles devem também ser os principais proponentes de novas
práticas operacionais e de sugestões de melhorias.
Ainda dentro das propostas de melhores performances, o processo
de benchmarking é muito valioso. Benchmarking é uma
ferramenta de medição de performance que tem como
meta buscar a equiparação da operação às
melhores práticas e melhores performances setoriais. Entretanto,
as comparações precisam ser feitas com base em
uma mesma e adequada base metodológica de medições.
Senão as comparações serão incorretas
e levarão a conclusões falsas. Por exemplo, são
comuns as medições inadequadas de produção
das máquinas de papel, o que leva a erros na comparação
das performances entre elas. Por essa razão, muita atenção
ao se querer comparar performances entre fábricas.
Cada indicador
de performance é criado com a finalidade
de otimizar um processo, não é para gerar dados
históricos, justificativas e nada mais. Esses indicadores
precisam ser muito bem entendidos pelos que operam essas máquinas
e processos. Isso só se consegue com educação,
treinamento e conscientização. Também se
faz necessário se dar mais tempo ao pessoal das fábricas
para que possam pensar, refletir, dialogar e se integrar. A gestão
sob pressão e "bafo na nuca" pode definitivamente
cabrestar a mente e a inovatividade das pessoas.
Não há operador ou supervisor de fábrica
que não conheça onde estão as ineficiências
do processo, ou "onde se perdem recursos e insumos pelo
ralo". Eles sabem muito bem sobre: insumos desperdiçados,
energia jogada fora, estoques fora do normal, máquinas
que param, máquinas sub ou super-dimensionadas, máquinas
rodando abaixo da capacidade, refugos e desclassificações,
rendimentos inadequados, medições erradas, manutenções
imperfeitas, materiais inapropriados, tempos ociosos, serviços
desnecessários, etc., etc. Há muita perversidade
nisso tudo para o sucesso de nosso negócio. Muitas vezes
as soluções são tão simples que temos
até vergonha de as enunciar e dizer por que razão
ainda não foram implementadas.
Antigamente, quando os mercados eram protegidos e oligopólicos,
quem pagava pelas nossas ineficiências eram os clientes,
a quem se destinavam preços maiores. Hoje, com a competição
e globalização da economia, não temos controle
algum sobre os preços. Logo, quem pagará pelas
nossas ineficiências será nossa empresa, que terá maiores
custos e menores lucros. Para piorar ainda mais as coisas, tudo
que se desperdiça vira poluição e os custos
serão ainda maiores pela necessidade de se tratar os resíduos
da água, solo e emissões aéreas.
Os indicadores de performance operacional servem para abrir nossos
olhos e devemos exigir isso deles. Eles são criados para
dar suporte aos nossos processos de melhoria operacional. Em
geral, estão ligados a consumos específicos de
insumos, a eficiência de operações de máquinas
e trabalhadores, a rendimentos em conversão de um material
a um produto, em refugos por qualidade inadequada, etc.
No caso das máquinas de papel eles são em geral
divididos em sub-índices que procuram medir:
•
disponibilidade em tempo de máquina pronta para operar;
•
eficiência no uso do tempo disponível;
•
desempenho em relação à capacidade sustentável
de fabricação para cada produto;
• rendimento em qualidade;
•
perda devido ao refugo que retorna à máquina e
vai ocupar espaço na capacidade dessa mesma máquina.
De uma maneira geral, os indicadores de desempenho têm
a missão de escancarar oportunidades e nos permitir valorá-las
para facilitar as decisões de implementação.
Com base nisso, poderemos estabelecer os planos de melhorias
de processo. Será a partir dai uma questão de cunho
tipicamente gerencial. As decisões poderão ser
a favor de se fazer algo. Mas é preciso saber o que se
fazer, querer fazer e fazer bem. Mais uma vez estamos falando
de eficácia e eficiência. Com isso praticado, nossas
fábricas poderão ficar melhores, mais eficientes
e produtivas. Resultado: nossa competitividade será ainda
maior e o sucesso de nossa indústria mais duradouro.
Referências da literatura e sugestões
para leitura:
Ao longo dessa longa lista de valiosas referências, vocês
irão encontrar diversas publicações relacionadas
ao projeto "Indicadores de Desempenho e Benchmarking" da
ABTCP - Associação Brasileira Técnica de
Celulose e Papel, muito bem estabelecido e gerenciado pelo nosso
estimado amigo Dórian Bachmann. Não deixem de ler.
Benchmarking.
ABTCP - Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel. Acesso em 01.11.2010:
http://www.abtcp.org.br/Pagina.aspx?IdSecao=100,101
Indicadores de desempenho. Referências ABTCP para celulose
e papel. Bachmann & Associados. Acesso em 01.11.2010:
http://www.bachmann.com.br/website/ref.htm
Competitividade/gestão/estratégias/cadeias produtivas. C. Foelkel. Grau Celsius. Apresentação em PowerPoint:
51 slides. Acesso em 01.11.2010:
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/Palestras/01.%
20ABTCP.%20Resultados%20para%20operadores.%20REV02.pdf
Encontrando oportunidades de renovação nas nossas
empresas de celulose e papel. C. Foelkel. Grau Celsius. Apresentação
em PowerPoint: 46 slides. Acesso em 01.11.2010:
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/Palestras/02.%20ABTCP
.%20Resultados%20para%20operadores.%20REV02.pdf
Desempenho operacional. C. Foelkel. Grau Celsius. Apresentação
em PowerPoint: 34 slides. Acesso em 01.11.2010:
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/Palestras/14.%20ABTCP.%20
Resultados%20para%20operadores.Desempenho%20operacional.pdf
Gestão de custos não deve ser entendida como gestão
da miserabilidade. C. Foelkel. Grau Celsius. 04 pp. Acesso em
01.11.2010:
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/39%20final.doc
Resultados: muito além de remendos e justificativas. C.
Foelkel. Grau Celsius. 06 pp. Acesso em 01.11.2010:
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/45%20final.doc
Indicadores de desempenho. Papel e celulose. Política
de Desenvolvimento Produtivo. MDIC - Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior. Acesso em 01.11.2010:
http://www.pdp.gov.br/Paginas/filtro_realatorios.aspx?palavrachave=
Celulose
e Papel&path=Relat%C3%B3rios-Celulose%20e%20Papel (Página
do programa relativa ao setor de papel e celulose)
http://www.pdp.gov.br/Relatorios%20de%20Programas/Papel%20e%20Celulose.pdf (Relatório de acompanhamento - Setembro 2010)
http://www.pdp.gov.br/Relatorios%20de%20Programas/
Papel%20e%20Celulose_Desempenho.pdf (Indicadores de desempenho setoriais)
Por qué se deteriora la productivad de una planta papelera?
Jorge E. Torres C. ACOTEPAC Colômbia. Acesso em 01.11.2010:
http://www.acotepacolombia.com/wpages.php?cid=61
Sistema de gestão da produção. ABTCP - Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. Apresentação
em PowerPoint: 25 slides. Acesso em 01.11.2010:
http://www.abtcp.org.br/arquivos/File/Sistema%20de%20Gestão%20da%20Produção.pdf
Critérios de excelência 2010. Fundação
Prêmio Nacional da Qualidade. 112 pp. (2010)
http://www.fnq.org.br/Portals/_FNQ/Documents/Criterios_Excelencia2010rev1.pdf
Indicadores de desempenho com o conceito do triple bottom line
e a metodologia do balanced scorecard. R.T.S. Lages; R.T.S. Lages;
S.L.B. Franccedilha. VI Congresso Nacional de Excelência
em Gestão. 19 pp. (2010)
http://www.excelenciaemgestao.org/Portals/2/documents/cneg6/anais/T10_0258_1342.pdf
Criteria for performance excellence - 2009/2010. Baldrige National
Quality Program. 88 pp. (2009)
http://www.baldrige.nist.gov/PDF_files/2009_2010_Business_Nonprofit_Criteria.pdf
Benchmarking de custos de manutenção na indústria
de celulose. D.L. Bachmann. O Papel (Abril): 76-80. (2009)
http://www.revistaopapel.org.br/noticia-anexos/1249907169_
71266c4aec98bc39cfd6b03a3a3c397e_285782250.pdf
Benchmarking de máquinas de papel para embalagem. D.L.
Bachmann; C. Machado. O Papel (Outubro): 81-88. (2009)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
1_benchmarking%20maquinas%20embalagem.pdf
Benchmarking ABTCP - Conhecendo o desempenho das fábricas
de celulose e papel. (ABTCP benchmarking - Getting acquainted
with the pulp and paper mill performance). D. Bachmann; J.H.
Destefani. O Papel (Fevereiro): 62-72. (2009)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/4_Benchmarking%20ABTCP.pdf
Benchmarking ABTCP - Um projeto de sucesso. (ABTCP benchmarking
- A project of success. D.L. Bachmann; C. Machado; A.M. Moura.
O Papel (Dezembro): 70 - 76. (2009)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
5_Um%20%20projeto%20de%20sucesso.pdf
Indicadores de automação na indústria de
celulose e papel. Levantamento preliminar. Bachmann & Associados.
32 pp. (2008)
http://www.abtcp.com.br/arquivos/File/Indicadores%
20de%20Automacao%20ABTCP%202007.pdf
A influência da análise de desempenho operacional
e de gestores no resultado das empresas. A.M. Nascimento; L.
Reginato; D.F. Lerner. 5º Congresso USP de Iniciação
Científica e Contabilidade. 16 pp. (2008)
http://www.congressousp.fipecafi.org/artigos82008/14.pdf
Um indicador de desempenho para seleção de ativos
das empresas de celulose e papel no mercado financeiro. B.M.
Moura. Dissertação de Mestrado. Universidade de
Brasília. 116 pp. (2008)
http://www.ciflorestas.com.br/arquivos/doc_um_financeiro_31287.pdf
Principais fatores que influenciam no preço das ações
das empresas de papel e celulose no BM&FBovespa - Mercado
de capitais. A.M. Sant'Anna. UNIVALI - Universidade do Vale do
Itajaí. Trabalho de Conclusão de Estágio.
65 pp. (2008)
http://siaibib01.univali.br/pdf/Andre%20Machado%20Santanna.pdf
Improving paper machine efficiency. Part 01. M. Lyles. TAPPI
Frontline Focus 4(11): 1-2. (2008)
http://www.tappi.org/Publications/Frontline-Focus/2008/Frontline-Focus-November-2008.aspx
Improving paper machine efficiency. Part 02. M. Lyles. TAPPI
Frontline Focus 4(12): 1-2. (2008)
http://www.tappi.org/Publications/Frontline-Focus/2008/Frontline-Focus-December-2008.aspx
Análise comparativa do custo de manutenção
de fábricas de celulose. Bachmann & Associados. 48
pp. (2007)
http://www.abtcp.org.br/arquivos/File/Relat%C3%B3rio%20ABTC
P%20Custo%20de%20Manuten%C3%A7%C3%A3o%202007.pdf
Quality, sustainability and indicators of energy systems. N.H.
Afgan; M.G. Carvalho. Begell House. 251 pp. (2007)
http://www.begellhouse.com/books/5150340367efb7de
http://thermalscience.vinca.rs/pdfs/2009-4/book-review.pdf (Revisão
do livro)
Medidas de performance como determinantes de remuneração
dos gestores: mérito do gestor ou características
do setor? F.Z. Dalmácio; A.J. Rezende; V. Slomski. 10º Congreso
de Costos. Madrid. 17 pp. (2007)
http://www.fucape.br/_admin/upload/prod_cientifica/artigo_1411.pdf
Gestão da competitividade: o processo sob medida. P. Capo.
O Papel (Outubro): 54-57. (2006)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/3_o%20processo%20sob%20medida.pdf
Avaliação de desempenho na gestão de cadeias
de suprimentos: um caso no setor de papel e celulose. P.R. Avancini.
Dissertação de Mestrado. UNIMEP - Universidade
Metodista de Piracicaba. 140 pp. (2006)
http://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/2006/YLMYJXNWEMXO.pdf
Indicadores de máquinas de papel. Uma referência
de desempenho. E.C. Ebeling; D.L. Bachmann. 37º Congresso
Anual ABTCP - Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel. Apresentação em PowerPoint:
26 slides. (2004)
http://www.bachmann.com.br/website/documents/Ap_ABTCP_37C_000.pdf
Indicadores de máquinas de papel. Uma referência
de desempenho. E.C. Ebeling; D.L. Bachmann. 37º Congresso
Anual ABTCP - Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel. 09 pp. (2004)
http://www.abtcp.com.br/arquivos/File/indicadores_maquinas_papel.pdf
http://www.bachmann.com.br/website/documents/Artigo_37_ABTCP_Final03a_000.pdf
Análise comparativa de desempenho. Uma nova ferramenta
de gestão operacional para a indústria de celulose
e papel. D.L. Bachmann. 36º Congresso Anual ABTCP - Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. Apresentação
em PowerPoint: 40 slides. (2003)
http://www.bachmann.com.br/website/download/ap_abtcp_36c.pdf
Análise comparativa de desempenho. Uma nova ferramenta
de gestão operacional para a indústria de celulose
e papel. D.L. Bachmann. 36º Congresso Anual ABTCP - Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. 11 pp. (2003)
http://www.bachmann.com.br/website/download/artigo_abtcp_36.pdf
Avaliação de desempenho em cadeia de suprimentos.
G.R. Durski. Revista da FAE 6(1): 27 - 38. (2003)
http://www.fae.edu/intelligentia/publicador/conteudo/foto/243200403_gislene.pdf
Indicadores de competitividade para o BNDES. S.L. Café;
R. Silva; D.J. Allen. Revista BNDES 2(3): 69 - 88. (1995)
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/
bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/revista/rev303.pdf
Prevenção de ocorrência de desvios eventuais
nos processos de produção de papel e celulose -
um enfoque operacional. E.S. Campos. 26º Congresso Anual
de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira
Técnica de Celulose e Papel. 18 pp. (1993)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/2_prevencao%20desvios%20operacionais.pdf
Produzir
sem perdas: o caminho é planejar bem. (Producing
without wastes: the way is well-planning). R.M. Savastano. O
Papel. 02 pp.(s/d)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/6_Producao%20sem%20perdas.pdf
Eucalyptus
Newsletter é um informativo técnico, com
artigos e informações acerca de tecnologias
florestais e industriais sobre os eucaliptos
Coordenador Técnico - Celso Foelkel
Editoração - Alessandra Foelkel
GRAU CELSIUS: Tel.(51) 3338-4809
Copyrights © 2007-2010 - celso@celso-foelkel.com.br

Essa Eucalyptus
Newsletter é uma realização
da Grau Celsius com
apoio financeiro da ABTCP
- Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel e
da empresa International
Paper do Brasil. As opiniões expressas
nos artigos redigidos por Celso Foelkel, Ester Foelkel
e autores convidados bem como os conteúdos dos
websites recomendados para leitura não expressam
necessariamente as opiniões dos patrocinadores.

Caso
você tenha interesse em conhecer mais sobre
a Eucalyptus Newsletter e suas edições, por favor visite:
http://www.eucalyptus.com.br/newsletter.html

Descadastramento: Caso você não
queira continuar recebendo a Eucalyptus Newsletter e o Eucalyptus
Online Book, envie
um e-mail para: webmanager@celso-foelkel.com.br

Caso
esteja interessado em apoiar
ou patrocinar a
edição
da Eucalyptus Newsletter, bem como capítulos
do Eucalyptus Online Book - click
aqui -
para saber maiores informações

Caso
queira se cadastrar para passar a receber as próximas
edições dirija-se a:
http://www.eucalyptus.com.br/cadastro.html
|