Editorial
Amigos,
Bom dia, meus estimados amigos dos eucaliptos.
Aqui estamos com vocês novamente, com o número 12 da nossa Eucalyptus
Newsletter. Nesse número estaremos trazendo como sempre muitas
atualidades sobre os eucaliptos para que vocês possam conhecer
mais sobre essas árvores maravilhosas e suas utilizações.
Em nossa seção sobre "Os
Amigos dos Eucalyptus" estaremos
lhes contando um pouco da vida profissional e da produção
técnica e científica de uma das mais importantes pesquisadoras
e educadoras da América Latina, nossa querida amiga Dra.
Maria Cristina Area. A engenheira química Maria Cristina Area é uma
grande estudiosa da ciência e da tecnologia da celulose e papel,
com notável capacidade de geração de conhecimentos
nesses campos da ciência, envolvendo a utilização
prática da madeira dos eucaliptos. Sua ênfase tem sido a
busca de tecnologias de menor impacto ambiental para a produção
de celulose e papel, tendo destacada atuação nesse segmento
na Argentina, onde atua como professora e pesquisadora da Universidad
Nacional de Misiones. Estou muito feliz com a oportunidade de apresentá-la
a vocês.
Tenho ainda notado que existe muito interesse
de muitos leitores e usuários
de nossos websites por informações sobre o cultivo dos
eucaliptos, sobre as práticas de plantio e de manejo florestal.
São freqüentes as solicitações que tenho recebido
de meus amigos a esse respeito, através da seção
Pergunte ao EucaExpert. Por isso, estou colocando novamente para vocês
uma seleção de websites onde podem ser encontradas muitas
informações sobre a silvicultura dos eucaliptos. A essa
seção dessa edição da Eucalyptus Newsletter
chamei de "Cultivando e Plantando
Eucaliptos".
Nessa edição
estamos também lhes apresentando o
sétimo capítulo, ainda somente em português, do Eucalyptus
Online Book e de título: "GESTÃO ECOEFICIENTE DOS RESÍDUOS
FLORESTAIS LENHOSOS DA EUCALIPTOCULTURA"
Apresento-lhes também a versão em
inglês do quinto
capítulo, com o título:
"INDUSTRIAL
SOLID WASTES FROM EUCALYPTUS KRAFT PULP PRODUCTION. Part 1: Fibrous
organic residues"
O mini-artigo dessa edição
será uma breve explanação
sobre "As Florestas Plantadas de
Eucaliptos e a Biodiversidade".
Esse é um tema que precisa de esclarecimentos maiores para a nossa
Sociedade, que tem ouvido muita coisa sobre isso, mas com certeza por
parte de pessoas que não conhecem tão bem as modernas e
atuais práticas de planejamento eco-ambiental das plantações
florestais no Brasil.
Também estamos lhes trazendo uma nova seção
que prometemos ser de muito interesse para todos. Com redação
pela engenheira agrônoma Ester Foelkel, nosso propósito é o
de lhes trazer "Curiosidades e Singularidades
acerca dos Eucaliptos".
Nessa primeira edição, a Ester estará lhes contando
sobre o artesanato produzido a partir dos eucaliptos.
Caso ainda não
estejam cadastrados para receber a newsletter e os capítulos do
nosso livro online, sugiro fazê-lo através
do link a seguir: Clique
para cadastro.
Estamos com diversos parceiros
apoiadores não financeiros a esse
nosso projeto: TAPPI, IPEF, SIF, CeluloseOnline, CETCEP/SENAI, RIADICYP,
TECNICELPA, ATCP Chile, Appita, CENPAPEL, TAPPSA, SBS, ANAVE e AGEFLOR.
Eles estão ajudando a disseminar nossos esforços em favor
dos eucaliptos no Brasil, USA, Chile, Portugal, Colômbia, Argentina,
Austrália, Nova Zelândia e África do Sul. Entretanto,
pela rede que é a internet, essa ajuda recebida deles coopera
para a disseminação do Eucalyptus
Online Book & Newsletter para o mundo todo. Nosso muito obrigado a todos esses parceiros por acreditarem
na gente e em nosso projeto.
Conheçam nossos parceiros apoiadores
em:
http://www.eucalyptus.com.br/parceiros.html
Obrigado a todos vocês
leitores pelo apoio. Peço ainda a
gentileza de divulgarem nosso trabalho a aqueles que acreditarem que
ele possa ser útil. Eu, a Grau Celsius, a ABTCP, a Botnia, a
Aracruz, a International
Paper do Brasil e os parceiros apoiadores,
ficaremos
todos muito agradecidos.
Um abraço a todos e boa leitura
Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br
http://www.eucalyptus.com.br
http://www.abtcp.org.br
Nessa
Edição
Capítulo
7 em Português do Eucalyptus Online Book
Capítulo
5 em Inglês
do Eucalyptus Online Book
Referências Técnicas
da Literatura Virtual
Referências
sobre Eventos e Cursos
Euca-Links
Cultivando e Plantando Eucaliptos
Nova
seção (por Ester Foelkel): Curiosidades e
Singularidades acerca dos Eucaliptos
Os
Amigos dos Eucalyptus - Dra. Maria Cristina Area
Mini-Artigo
Técnico por Celso Foelkel
As
Florestas Plantadas de Eucaliptos e a Biodiversidade

Capítulo
7 em Português do Eucalyptus Online Book
Para
baixar o arquivo (em Adobe pdf) de 3.1 MB, clique no nome do capítulo.
Caso você não tiver o Adobe Reader em seu computador,
visite o site http://www.eucalyptus.com.br/disponiveis.html,
onde existem instruções de como instalá-lo.
"GESTÃO
ECOEFICIENTE DOS RESÍDUOS FLORESTAIS LENHOSOS DA EUCALIPTOCULTURA"

Capítulo
5 em Inglês do Eucalyptus Online Book
Para baixar o arquivo (em Adobe pdf) de 9.3 MB,
clique no nome do capítulo. Caso você não
tiver o Adobe Reader em seu computador, visite o site http://www.eucalyptus.com.br/disponiveis.html,
onde existem instruções de como instalá-lo.
"INDUSTRIAL
SOLID WASTES FROM EUCALYPTUS KRAFT PULP PRODUCTION. Part 1: Fibrous
organic residues"

Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Nessa seção,
estamos colocando, como sempre, euca-links com algumas publicações
relevantes da literatura virtual. Basta você clicar sobre os endereços
de URLs para abrir as mesmas ou salvá-las em seu computador. Como
são referências, não nos responsabilizamos pelas
opiniões dos autores, mas acreditem que são referências
valiosas e merecem ser olhadas pelo que podem agregar ao seu conhecimento.
Ou então, para serem guardadas em sua biblioteca virtual. Nessa
seção, temos procurado balancear publicações
recentes e outras antigas, que ajudaram a construir a história
dos eucaliptos. Elas versam sobre florestas, ecologia, ambiente, uso
industrial das madeiras, celulose e papel; enfim, todas as áreas
que se relacionam aos eucaliptos: seu desenvolvimento em plantações
florestais e utilizações de seus produtos.
RIMA
- Relatório de Impacto Ambiental sobre
Atividades de Silvicultura - (Português)
Recentemente, a empresa Stora Enso, através de sua empresa brasileira
Derflin Agropecuária, contratou um Estudo de Impacto Ambiental
(EIA) para suas atividades de reflorestamento na região do Bioma
Pampa, no Rio Grande do Sul. Esse estudo faz parte dos requisitos para
obtenção da licença de plantio junto ao órgão
licenciador no RS, a FEPAM (http://www.fepam.rs.gov.br ). O EIA foi
elaborado pela empresa de consultoria florestal Silviconsult, e o RIMA,
que é um relatório condensado do estudo, está disponibilizado
para consulta pública. Visite e conheça mais sobre os
potenciais impactos positivos, negativos e as medidas de mitigação,
de controle e os programas de inserção da atividade na
região.
http://www.silviconsult.com.br/relatorio_de_impacto_ambiental.pdf
Caracterização
da Madeira do Eucalyptus microcorys pela Embrapa - (Português)
Caracterização física, química e anatômica
de madeira de Eucalyptus microcorys. (Physical, chemical and anatomical
characterization of Eucalyptus microcorys wood). R.Marchesan, P.P.Mattos,
J.Y.Shimizu. 5 pp. (2005)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/comuntec/edicoes/com_tec133.pdf
Artigo
sobre o Museu do Eucalipto - Horto Florestal Navarro de Andrade em
Rio Claro / SP - (Português)
Conheçam mais sobre o berço da silvicultura no Brasil,
sobre o horto florestal onde o agrônomo Edmundo Navarro de
Andrade introduziu, há cerca de 100 anos, dezenas de espécies
do gênero Eucalyptus e onde constituiu importante banco genético
para o início da ciência das florestas plantadas no
país.
Museu
do eucalipto: as mil e uma utilidades do eucalipto mostradas em um
museu de São Paulo. (Eucalyptus museum: the
one thousand and one uses of the eucalyptus are proved in a museum
in Sao Paulo
state). João Teixeira. Artigo publicado na revista O Papel
(Agosto, 2002)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Museu%20do%20eucalipto.pdf
Anais do I Congresso Ibérico de Ciências do Solo (Proceedings
of the 1st Iberian Congress of Soil Sciences) - (Português)
Anais do Congresso sobre Ciências do Solo realizado em Bragança/Portugal
no ano de 2004.
http://www.cics2004.ipb.pt/imagens/CienciaSolo2004.pdf
Cadeia Produtiva da Madeira no Brasil (Wood productive chain
in Brazil) - (Português)
Excelente estudo realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento do Brasil, com a coordenação de A.M.Buainain
e M.O.Batalha. Publicado em 2007, conta com 84 páginas, onde
se apresentam fatores críticos de sucesso para a competitividade
da silvicultura e da indústria de base florestal no Brasil.
http://www.agricultura.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/MAPA/PRINCIPAL/DESTAQUES/
SERIE_AGRONEGOCIO/CADEIA%20PRODUTIVA%20MADEIRA_0.PDF
Cartilha
da Agro-Biodiversidade (Handbook of agro-biodiversity) - (Português)
Publicação muito interessante mostrando conceitos sobre
a preservação de germoplasmas de culturas agrícolas
crioulas, visando evitar o estreitamento genético causado pelo
melhoramento das culturas agrícolas. Obra da ONG Centro Ecológico,
com 83 páginas, editada em 2006, sob a coordenação
de L.R.Meirelles e L.C.D.Rupp.
http://www.centroecologico.org.br/cartilhas/cartilha_agrobiodiversidade.pdf
Cartilha "Planejando Propriedades e Paisagens " (Planning
rural farms and landscaping) - (Português)
Muito interessante esse trabalho orientado aos agricultores para
que os mesmos possam proteger seus ecossistemas, suas áreas de preservação
permanente e ao mesmo tempo produzirem seus produtos rurais em áreas
da propriedade mais indicadas para as atividades produtivas, inclusive
reflorestamentos. O objetivo é a busca de uma agricultura mais
sustentável. Trata-se de uma cartilha editada pela APREMAVI
- Associação de Preservação do Meio
Ambiente do Alto Vale do Itajaí
http://www.apremavi.org.br/programas/planejando-propriedades-e-paisagens (website do programa)
http://www.apremavi.org.br/download.php?codigoArquivo=76 (cartilha)
Publicação sobre "Manejo Integrado e Ecológico
do Solo" (Integrated and ecological soil management) - (Português)
Publicação disponibilizada no website da Fundação
Universidade do Tocantins. Foi publicada em 2000 pela EMATER/RS, com
95 páginas. Seus autores são T.N.Ferreira, R.A.Schwartz & E.V.Streck.
http://www.unitins.br/ates/arquivos/Agricultura/Solos%20&%20Conservação/
Solos%20-%20Manejo%20Integrado%20e%20Ecológico.pdf
Anais
de Workshop sobre Gestão de Zonas Áridas na Tunísia
(Proceedings of the 3rd Workshop on the Sustainable Management
of Marginal Drylands) - (Inglês)
Definitivamente, algo a ser lido com atenção, já que
há estudos mostrando o efeito benéfico de Eucalyptus
camaldulensis, tanto para a produção de madeira, como
por seu efeito na filtração de nitratos, purificando
dessa forma a escassa água subterrânea. Há estudos
realizados com precipitações anuais de chuvas abaixo
de 400 mm. Evento realizado em 2004 na Tunísia, patrocinado
pela UNESCO e MAB. São 184 páginas de muito conhecimento,
um tema bastante distinto do que estamos acostumados. Confiram.
http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001424/142426E.pdf
Tese de Doutorado sobre a Inoculação de Ectomicorrizas
em Mudas de Viveiros de Eucalyptus globulus para Aumentar a Produção
das Plantações (PhD thesis about the innoculation of
ectomycorrhizal fungi in Eucalyptus globulus nurseries to improve plantation
forest growth rates) - (Inglês)
Tese de autoria de Yinglong Chan para a Murdoch University,
na Austrália.
A tese está orientada para as plantações de eucaliptos
na China e há interessantes descrições sobre o
estado atual das plantações dessas árvores naquele
país.
http://wwwlib.murdoch.edu.au/adt/browse/view/adt-MU20060809.93928

Referências
sobre Eventos e Cursos
Essa seção tem como meta principal apresentar a vocês
todos a possibilidade de navegar em eventos que já aconteceram
em passado recente, e para os quais os organizadores disponibilizaram
o material do evento para abertura, leitura e downloading em seus websites.
Trata-se de uma maneira bastante amigável e com alta responsabilidade
social e científica dessas entidades, para as quais direcionamos
os nossos sinceros agradecimentos.
Fórum 2007 da ANAVE - (Português ou
Inglês)
Tradicional evento organizado anualmente pela ANAVE - Associação
Nacional dos Profissionais de Venda em Celulose, Papel e Derivados.
Debate temas sobre competitividade e comércio internacional
de produtos de celulose e papel. Nessa edição de 2007,
tivemos interessantes palestras sobre as tendências mercadológicas
da celulose de mercado e de diversos tipos de papéis.
http://www.anave.org.br/forum2007
Biowork IX - (Português ou Inglês)
Importante e tradicional evento sobre biotecnologia florestal realizado
em 2007 na Universidade Feredal de Viçosa, com o comando de
nosso estimado amigo Dr. Aluízio Borém. O evento contou
com o apoio de diversas entidades públicas, associações
e empresas privadas. A instituição The Institute of Forest
Biotechnology colocou algumas das palestras apresentadas no evento
em seu website. Dentre as palestras disponibilizadas, constam palestras
sobre florestas de eucaliptos no Brasil, mapeamento genético,
modificações genéticas e potencial da transgenia.
Visitem:
http://forestbiotech.org/ifb-publications.php
Silvotecna 2007 - Chile - (Espanhol)
A Silvotecna é o mais tradicional dos eventos realizados no
Chile sobre silvicultura e engenharia florestal Trata-se de um encontro
técnico que acontece simultaneamente à EXPOCORMA, um
importante conjunto de encontros, palestras, exposição
e eventos florestais organizados pela CORMA - Corporación Chilena
de la Madera, a cada dois anos. Em 2007, a Silvotecna ocorreu em Concepción
e a temática principal do evento foi sobre incêndios
florestais. Acessem as palestras em:
http://www.silvotecna.co.cl/presentaciones.html
Eventos Forestales CORMA 2007 - Chile (Espanhol)
Durante a EXPOCORMA, diversos outros eventos florestais são
realizados, e a CORMA disponibiliza para a sociedade as apresentações,
o que engrandece a relação do setor florestal chileno
com as comunidades. Em 2007, os seguintes eventos ocorreram e suas
palestras podem ser obtidas na nossa indicação de URL
abaixo: Encontro sobre Produção Florestal, Seminário
sobre Saúde e Segurança Ocupacional, Seminário
sobre Serrarias e Remanufatura. Visitem e aproveitem as excelentes
palestras:
http://www.cormabiobio.cl/expo2007/www/presentaciones.htm
Seminário Florestas Plantadas do Mato Grosso do Sul 2007 - (Português)
Organizado pela REFLORE - Associação Sul-Mato-Grossense
de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas. As palestras foram
do mais alto nível, versando sobre os mitos sobre o eucalipto,
a produção de carvão vegetal, o uso da madeira
do eucalipto para produtos sólidos, melhoramento genético,
etc.
http://www.reflore.com.br/downloads.php
Simpósio Brasileiro sobre Colheita e Transporte Florestal SIF
2007 - (Português)
Trata-se do VIII desses simpósios, organizados pelos estimados
amigos professores da UFV e da SIF - Sociedade de Investigações
Florestais, Dr. Carlos Cardoso Machado e Dr. Amaury Paulo de Souza
e a dinâmica equipe da universidade. Uma preciosidade esses trabalhos,
mostrando a experiência das empresas florestais e as mais recentes
tecnologias por parte dos fornecedores de máquinas de colheita
e transporte florestal.
http://www.sif.org.br/site/scripts/index.php?conteudo=17&tipo=5
Conferência sobre Melhoramento Florestal e Conservação
Genética da IUFRO em 2006 - (Inglês)
Evento realizado na Turquia, no ano 2006, organizado pela Divisão
2 da IUFRO - International Union of Forestry Research Organizations.
São 235 páginas de pura ciência e aplicações
práticas, com muitos especialistas escrevendo sobre diversas
espécies, entre as quais, muitas de Eucalyptus e de Pinus. Além
dos anais do evento, existiram outras atividades, como um worshop,
visitas, etc.
http://www.akdeniz.edu.tr/english/iufro/2007.pdf (anais completos)
http://www.akdeniz.edu.tr/english/iufro (website do evento onde se
pode encontrar pesadíssimo material do workshop para descarregar,
a palestra inaugural do evento, fotos, etc)
Conferência sobre Plantações de Eucaliptos
para Produção de Madeiras de Alto Valor Agregado - (Inglês)
Evento recentemente realizado na Austrália, em 2007, por iniciativa
do governo australiano ("Joint Venture Agroforestry Program").
O título do evento foi "Plantation Eucalypts for High-Value
Timber". Os anais mostram inúmeros trabalhos sobre manejo
e silvicultura, melhoramento genético, processamento industrial,
mercados, certificação florestal, etc. Uma preciosidade.
http://www.eucs4hvt.org/docs/Conference%20Proceedings.pdf

Euca-Links
A
seguir, estamos trazendo a vocês nossa indicação
para visitarem diversos websites que mostram direta relação
com os eucaliptos, quer seja nos aspectos econômicos, técnicos,
científicos, ambientais, sociais e educacionais.
Instituto Papeleiro Espanhol (Espanha)
O IPE - Instituto Papelero Español define-se como sendo um
centro de inovações tecnológicas, sem objetivo
de lucros, que tem por finalidade aumentar a qualificação
tecnológica do setor espanhol de celulose e papel e de seus
profissionais. É derivado da antiga Asociación de Investigación
de la Indústria Papelera Española, que havia sido fundada
em 1963. O IPE provê apoio técnico para a ASPAPEL -
Asociación Española de Fabricantes de Pasta, Papel
y Cartón. Visitem os dois websites para conhecer mais sobre
a indústria espanhola de fabricação de celulose
e de papel.
http://www.ipe.es (IPE)
http://www.aspapel.es (ASPAPEL)
ÁrvoresBrasil
(Brasil)
Trata-se de um website muito interessante sobre as árvores,
sua morfologia, as principais espécies de árvores existentes
no Brasil, matas ciliares, sequestro de carbono, florestas e hidrologia,
legislação florestal, espécies ameaçadas
e também fóruns para debates com os internautas.
http://www.arvoresbrasil.com.br
Engenharia Florestal no Brasil conforme a WikipediA (Brasil)
A engenharia florestal é uma carreira jóvem no Brasil,
tem cerca de 40 anos. As primeiras escolas de engenharia florestal
surgiram dentro de tradicionais faculdades de agronomia, na UFV,
UFPR, USP e depois muitas outras mais. Há estatísticas
recentes mostrando uma estimativa de cerca de 13.000 engenheiros
florestais no Brasil. Dessa geração de conhecimentos,
de talentos e de muita determinação e trabalho, conseguiu-se
a façanha de se ter no Brasil as florestas plantadas mais
produtivas do planeta, as do gênero Eucalyptus. Mas também
existem outros excelentes exemplos de outras espécies e tipos
de manejo, tanto para espécies exóticas como para o
manejo de bosques naturais e de matas tropicais.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_florestal#column-one (Enciclopédia
WikipediA)
Florestar
São Paulo (Brasil)
O Florestar São Paulo é uma entidade dedicada à promoção
da produção florestal e do consumo consciente da madeira.
Com essas metas, pode trabalhar estratégias para o desenvovimento
florestal para o estado de São Paulo. Essa entidade tem sido
de extema utilidade nas parcerias que vem realizando para alcançar
seus objetivos. Entre suas atividades estão estatísticas,
informativos, estudos e artigos, entrevistas, atividades cooperativas,
etc.
http://www.florestar.org.br (website geral)
http://www.florestar.org.br/index.php?interna=estatisticas/florestarestatistico&grupo=3 (Revista Florestar Estatístico)
http://www.florestar.org.br/index.php?interna=textos/textoseestudos&grupo=4 (textos e estudos)
http://www.sisflor.org.br/sisflor.asp (sistema de informações
florestais)
SAPPI Limited (África do Sul)
A SAPPI é uma das grandes empresas mundiais que se baseia
na utilização do eucalipto para produção
de celulose, papel e produtos de madeira. Seu website é bastante
rico em informações, tanto para os técnicos
em papel, como para os florestais. Existe definitivamente uma riqueza
em artigos para descarregar sobre tecnologias e usos do papel,
bem como existe um roteiro muito bom para orientar aqueles que
queiram
plantar florestas de eucaliptos. Confiram e divirtam-se baixando
esses manuais.
http://www.sappi.com/sappiweb (website geral)
http://www.sappi.com/SappiWeb/Knowledge+bank/Technical+brochures (publicações gratuitas sobre papel, celulose, processos,
impressão, etc)
http://www.sappi.com/SappiWeb/Knowledge%20bank/How%20paper%20is%20made (como o papel é fabricado)
http://www.sappi.com/SappiWeb/Knowledge%20bank/Glossary (glossário
de termos)
http://www.sappi.com/SappiWeb/About+Sappi/Sappi+Forests/Tree+farming+guidelines.htm (guias sobre silvicultura para o plantador de florestas)
TEMAP - Canfor Pulp Limited (Canadá)
A empresa canadense Canfor é uma das maiores produtoras mundiais
de celulose. Ela dispõe de um serviço técnico
de suporte aos clientes conhecido como TEMAP ("Technical Marketing
Program"). Através de material simples e bem elaborado,
diversos questionamentos comuns dos usuários da celulose são
respondidos. A empresa define o TEMAP como uma forma de resolver
o quebra cabeças das fibras, muito válido. Vejam alguns
desses questionamentos e as indicações da equipe técnica
da Canfor:
http://www.temap.com/temap/assets_temap/CPLP_FactSheet.pdf (sobre
a empresa Canfor)
http://www.temap.com/temap/about.html (acerca do TEMAP)
http://www.temap.com/howto/refine.html (como refinar polpas)
http://www.temap.com/assets_main/documents/HWVessels.pdf (o problema
de arrepelamento de vasos)
http://www.temap.com/assets_main/documents/Dimensional_stability_shrinkage.pdf (estabilidade dimensional)
http://www.temap.com/assets_main/documents/Morph_mini.pdf (morfologia
da fibra de celulose)
Cultivando
e Plantando Eucaliptos
Existe muito interesse hoje
no Brasil e no mundo acerca dos eucaliptos. A agricultura
está sempre
em busca de novas alternativas e o reflorestamento tem-se mostrado
uma alternativa de renda adicional para os proprietários
rurais. Por essa razão, e também pelo preço
maior que está sendo pago às madeiras dos eucaliptos
pela ampliação de seus usos, o interesse para
novas plantações é crescente. Recebo muitas
solicitações de agricultores, muitas vezes sem
nenhuma tradição florestal, que querem começar
a plantar florestas de eucaliptos, não apenas no Brasil,
mas por toda a América Latina. A eles, sempre recomendo:
antes de se iniciar em uma aventura que não conhecem
muito bem, leiam muito, estudem a cultura, visitem outras propriedades
com florestas de eucaliptos, busquem suporte técnico
e bom material genético para iniciar os plantios. Não
adianta nada plantar por plantar, e depois amargar. Avaliem
também o mercado de madeira regional, os preços
que estão sendo pagos, as distâncias dos mercados
compradores, etc, etc. É muito importante um bom embasamento
de literatura inicial, antes mesmo da decisão de passar
a ser um investidor em florestas de eucaliptos.
Por
essa razão,
estou trazendo nessa seção,
uma coletânea de bons websites onde se podem obter valiosas
informações sobre o cultivo do eucalipto. Usem
o seu tempo para ler o que estamos recomendando. Algumas publicações
são mais antigas, mas ainda assim, são boas fontes
referenciais para os que desejam se agregar a quem já está plantando
florestas. Essas literaturas são tão interessantes,
que mesmo aqueles que já estão no negócio,
podem ainda melhorar suas técnicas e aprender mais sobre
nossa eucaliptocultura. Portanto amigos, aqueçam-se
para boas leituras e estudos. Não se esqueçam
que a responsabilidade dos textos são dos autores. Caso
queiram mais detalhes sobre elas, façam suas consultas
através dos websites referenciados.
Cultivo
do Eucalipto - Sistemas de Produção -
Embrapa Florestas 2003 - (Português)
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Eucalipto/CultivodoEucalipto
Os
Eucaliptos na Enciclopédia Virtual Wikipédia -
(Português,
Espanhol e Inglês)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eucalyptus (Português)
http://es.wikipedia.org/wiki/Eucalyptus (Espanhol)
http://en.wikipedia.org/wiki/Eucalyptus (Inglês)
Publicações
da Associação Mineira
de Silvicultura - Silviminas - (Português)
http://www.showsite.com.br/silviminas/html/AnexoCampo/cartilha.pdf (Sobre o eucalipto)
http://www.showsite.com.br/silviminas/html/index.asp?Metodo=ExibirDet&Grupo=2%20&SubGrupo=12 (Eucalipto)
Publicações
da ABRAF - Associação
Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas - (Português)
http://www.abraflor.org.br/duvidas/cartilha.asp (Por dentro do Eucalipto: aspectos ambientais, sociais
e econômicos
de seu cultivo)
Manual
do Produtor Florestal da CAF Santa Bárbara -
Grupo Acelor - (Português)
http://www.imgdesigner.com/clientes/caf/arquivos/38_manual.pdf
Cartilha
sobre o Eucalipto - Assembléia Legislativa
do Estado de Minas Gerais - (Português)
http://www.almg.gov.br/index.asp?grupo=servicos&diretorio=Publicacoes&arquivo=cartilha_eucalipto
Cartilha
Eucaliptocultura e Preservação Ambiental
publicada pela Companhia Suzano S/A - (Português)
http://www.suzano.com.br/suzano/Eucalipto.pdf
Silvicultura
do Eucalipto - Portal AmbienteBrasil - (Português)
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./florestal/index.html&conteudo=./florestal/eucalipto.html
Publicações
do IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais - (Português)
http://www.ipef.br/silvicultura/plantio.asp (Técnicas
de plantio de florestas)
http://www.ipef.br/publicacoes/docflorestais/cap4.pdf (Reflorestamento
e manejo de florestas implantadas)
http://www.ipef.br/publicacoes/docflorestais/cap7.pdf (Escolha de espécies arbóreas para formação
de maciços florestais)
http://www.ipef.br/identificacao/eucalyptus/indicacoes.asp (Indicações de espécies
de Eucalyptus)
http://www.ipef.br/identificacao/eucalyptus (Informações
sobre espécies de Eucalyptus)
http://www.ipef.br/silvicultura/importancia_adubacao.asp (A importância da adubação
nos plantios florestais)
http://www.ipef.br/publicacoes/seminario_cultivo_minimo/cap09.pdf (Seminário sobre Cultivo Mínimo)
Manual
Agrobyte sobre Silvicultura do Eucalipto - (Espanhol)
http://agrobyte.lugo.usc.es/agrobyte/publicaciones/eucalipto/indice.html
Artigo
de Edward Fagundes Branco sobre Técnicas de Plantio
de Eucalyptus - (Português)
http://www.ufgd.edu.br/~omard/docs/a_matdid/silvicultura/TecPlantEuca.htm
Manual
do SEBRAE sobre o Negócio do Cultivo do Eucalipto
- (Português)
http://www.sebraemg.com.br/Geral/arquivo_get.aspx?cod_documento=110
Artigo "El
Potencial del Cultivo de los Eucaliptos y Pinos" de
João Walter Simões -
(Espanhol)
http://www.sagpya.mecon.gov.ar/new/0-0/forestacion/biblos/pdf/1998/77%20simoesIIfinal.pdf
Planilhas
de Custos Florestais do CEDAGRO - Centro de Desenvolvimento
do Agronegócio no Espírito
Santo - (Português)
http://www.cedagro.org.br/?page=pg_coeficientes
http://www.cedagro.org.br/coeficientes/eucaliptomotomecaltatec.html
http://www.cedagro.org.br/coeficientes/eucaliptomotomecbaixaamediatec.html
http://www.cedagro.org.br/coeficientes/eucaliptonaomotomecbaixaamediatec.html
http://www.cedagro.org.br/coeficientes/eucaliptonaomotomecealtatec.html
Edições
Especiais da Revista da Madeira sobre os Eucaliptos - (Português)
http://www.remade.com.br/pt/revista_capa.php?edicao=59 (Revista da Madeira nº 59
- Setembro 2001)
http://www.remade.com.br/pt/revista_capa.php?edicao=75 (Revista da Madeira nº 75
- Agosto 2003)
http://www.remade.com.br/pt/revista_materia.php?edicao=92&id=804 (Revista
da Madeira nº 92 - Outubro
2005)
http://www.remade.com.br/pt/revista_capa.php?edicao=107 (Revista da Madeira nº 107
- Setembro 2007)

Nova
seção:
Curiosidades e Singularidades acerca dos Eucaliptos
por Ester Foelkel
(http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html)
Nessa
edição: Os Eucaliptos e o Artesanato
Já era de se esperar que esta tão versátil
e charmosa árvore, que é o eucalipto, virasse arte. É natural
que sendo tão comum em tantos locais do mundo, que as pessoas
que com ele convivem, passassem a se interessar em criar objetos
de decoração e de arte a partir de suas folhas, frutos,
casca, madeira, etc. Isso é algo absolutamente normal na interação
do homem com a natureza. O artesanato é definido como a arte
manual criada por um artesão (artesão + ato). O artesanato
espelha, por isso e em geral, o cotidiano e a cultura de um povo.
O artesão é responsável por todas as etapas
dos processos produtivos de sua arte, indo desde a concepção
do objeto de arte, a busca da matéria prima até a confecção
final. Logo, é de se esperar que a arte realizada a partir
do eucalipto seja feita em locais onde ele ocorra mais intensa e
naturalmente, onde seja parte da vida das pessoas. Isso realmente
acontece. Na Austrália, especialmente na ilha da Tasmânia,
está a grande maioria dos artesãos que criam obras
através da matéria prima do eucalipto, ou realizam
tipos de arte com as suas formas e cores. Contudo, devido à globalização
e à disseminação dessa árvore pelo mundo,
o seu artesanato vem-se expandindo em muitas regiões.
Encontramos
artesanatos de eucalipto nos Estados Unidos, países da Europa,
Chile, Peru, México e também no Brasil. O artesanato
do eucalipto vem ganhando força e cada vez mais criatividade,
sendo hoje utilizadas praticamente todas as partes da árvore
para este objetivo. Suas folhas são as partes mais utilizadas
no artesanato. Estas, após técnicas especiais de secagem,
são pintadas e/ou tingidas, dando cores a arranjos florais,
buquês e guirlandas de natal para decoração de
ambientes, etc. Nesta finalidade, também se enquadram ramos,
flores e frutos do eucalipto. Encontram-se arranjos de cores e de
texturas para todos os gostos. Óleos essenciais, extraídos
de folhas de algumas espécies de eucalipto, viram principais
ingredientes de sabonetes, velas, almofadas aromáticas, sachês,
produtos de higiene, limpeza, cosméticos e até mesmo
produtos medicinais caseiros, como os da aromaterapia. Dos fortes
troncos e galhos criam-se pequenas caixas artesanais e móveis
feitos manualmente, agregando valor artístico aos produtos.
A madeira do eucalipto, especialmente aquela de árvores mais
velhas e com alta impregnação de extrativos, permite
que seja finamente esculpida e lixada, sendo escolhida como matéria
prima por diversos escultores, dentre tantas madeiras existentes.
As cascas, transformadas em folhas aplanadas, também são
utilizadas no artesanato aborígene australiano, onde são
feitas pinturas. Outro subproduto da casca é uma tintura natural,
também muito usada no artesanato. As cinzas do eucalipto podem
ser utilizadas na arte final, como corante na preparação
de tintas de artesanato. Das fibras e da polpa do eucalipto fabrica-se
o papel, e da sobras deste, são confeccionados os papéis
artesanais, ótima opção de reciclagem. As raízes,
por fim, além de eventualmente possuirem poderes medicinais,
também são utilizadas nas esculturas, pois são
constituídas de madeiras densas e muito coloridas. Já as
sementes, servem principalmente como ornamento de bijuterias, podendo
ser comparadas com as sementes de papoula ou de gergelim, entretanto
mais abundantes e baratas.
O artesanato com eucalipto no Brasil também
vem crescendo e ganhando cada vez mais incentivos. É conhecido
o caso do município de Biritiba-Mirim, SP, onde sementes de
eucaliptos são usadas por artesãos para confecção
de Seis Marias (pequenas almofadinhas, utilizadas para jogos com
as mãos). A Susano S/A, empresa de celulose e papel, através
de seu programa social, incentiva um núcleo de artesanato
em São José, distrito de Alcobaça (BA), e dois
novos núcleos em formação, um em Helvécia,
distrito de Nova Viçosa (BA), e outro em Biritiba-Mirim (SP).
Estes núcleos, próximos à área de abrangência
da empresa, utilizam os resíduos de eucalipto da fábrica
para a produção de artesanato (eco-produtos). No Sul
da Bahia, a comunidade de São José do Alcobaça
depende muito do artesanato de eucalipto. Muitos artesãos
fazem uma diversidade de produtos a partir de resíduos, sementes,
madeira e cavacos de eucalipto, mesclado com outras plantas. Tem
sido muito destacado o “crochê de eucalipto e sementes”,
que usa lascas de madeira de eucalipto e sementes de palmeiras, costuradas
com arame para a produção de vasos, cachepôs
e arranjos de plantas. Esse trabalho inclusive já tem merecido
reconhecimento internacional.
É
por toda a versatilidade do eucalipto, o qual, além de utilizado
por indústrias, também vira arte e produtos singulares
nas mãos dos artesãos, que resolvemos criar essa nova
sessão na Eucalyptus Newsletter, atendendo a inúmeros
pedidos de leitores sobre as muitas curiosidades e singularidades
acerca dos eucaliptos. Estaremos dedicando espaço nas próximas
edições desse informativo eletrônico a explicar
as principais técnicas e detalhes da produção
e confecção de produtos originais a partir dos eucaliptos.
Falaremos sobre pinturas e fotos artísticas tendo os eucaliptos
como o foco dessas expressões de arte. Destacaremos a produção
de bonsais, de óleos essenciais, de produtos aromáticos
e medicinais, de papel artesanal, de mel; enfim, de muitas coisas
da nossa vida diária na sociedade e que às vezes sequer
notamos nelas a presença dos eucaliptos. Afinal, os eucaliptos
estão tão presentes em nossa vida, que esquecemos de
lhes atribuir o valor que a eles seria devido.
Aproveitem para conhecer
alguns produtos do artesanato de eucalipto em:
Artesanato do eucalipto
no Brasil:
http://www.suzano.com.br/suzano/Eucalipto.pdf (Português)
http://www.netcafe.com.br/netcafe2.asp?cod=1094 (Português)
http://www.descubrame.com.br/artesanato/geraisartesanatos (Português)
http://www.sbs.org.br/detalhes_dia.php?ok=3&id=1674 (Português)
http://www.artesanatocasadopepeu.blogspot.com (Português)
Produtos
artesanais de eucaliptos a venda pelo mundo:
http://crafts.search.ebay.com/Eucalyptus_Floral-Crafts_W0QQ_trksidZm37QQsacatZ16491 (Inglês)
http://www.absolutearts.com/cgi-bin/portfolio/art/your-art.cgi?login=reedy&title=eucalyptus_flower-1016663787t.jpg (Inglês)
http://www.oldmillsoap.com/detail.aspx?ID=195 (Inglês)
http://www.everythingfurniture.com/ih-laundry-box-1.html (Inglês)
http://www.guild.com/gs/eucalyptus-vessel-steven-c-carlson.shtml (Inglês)
http://www.nextag.com/eucalyptus-soap/search-html (Inglês)
http://www.upfromaustralia.com/eusoandrubp.html (Inglês)
http://www.lightsoutcandles.com/sc_euc.html (Inglês)
http://home-and-garden.webshots.com/photo/2576544560010587375aJwsrQ (Inglês)
http://www.ecologicalcandle.com/inc/sdetail/329 (Inglês)
http://www.mrpillow.co.uk/tempurmemoryfoammattress/244/mia/d/eucalyptus+pillow+
anti+flu+pillows+soft+medium+pillow+from+mr+pillow/pid/1744249 (Inglês)
http://www.planeandsimplewoodcrafts.com/index_files/Page505.htm (Inglês)
http://www.xmission.com/~burlturn/skipgallery/upcomingprojects.htm (Inglês)
http://www.pbase.com/image/78608986 (Inglês)
http://www.nextag.com/eucalyptus-shampoo/search-html (Inglês)
http://www.potentherbs.com/shop/Austrailian.Eucalyptus.Oil.html (Inglês)
http://www.evolutionofform.com/wood_smooth/index.html (Inglês)
http://www.codigobarras.com.ec/share-ht/product.php?idd=810&idp=3113346&prc=2.720&r=845&ic=11343&nc=Elportaldebelen.ec&u
=&ts=119633498837583595931&fr=5&kw=OTROS+ELEMENTOS+DECORATIVOS&referer=&pa (Espanhol)
Arte
aborígene na Austrália:
http://www.dcita.gov.au/__data/assets/pdf_file/41559/05030045_DIRECTORY.pdf (Inglês)
http://www.artareas.com/ArtAreas/home.nsf/Item/NT00003392 (Inglês)
http://www.asiasociety.org/arts/nativeborn/forests.html (Inglês)
http://www.oneworldmagazine.org/gallery/abo/intro.html (Inglês)
http://www.mossgreen.com.au/gallery/past.asp?idExhibition=188 (Inglês)
http://www.australienbilder.de/e-aborig.htm (Inglês)
Foto apresentada
na abertura dessa seção: artigo de
artesanato de autoria da artista Fay Owen, Austrália

Os
Amigos dos Eucalyptus
Dra.
Maria Cristina Area
Dra. Maria Cristina Area é um dos grandes
nomes da ciência e da tecnologia em celulose e papel na América
Latina. Maria Cristina é natural da Argentina, nascida em
La Plata, em 1958. Sua carreira profissional consiste em uma coleção
de desafios, de sucessos e de muito trabalho. O mais recente desses
desafios, pelo que admiramos muito sua coragem e competência,
tem sido seu posicionamento em relação à crise
entre Argentina e Uruguai em razão da instalação
de duas fábricas de celulose kraft branqueada no Uruguai.
Maria Cristina tem procurado esclarecer a coletividade argentina
em relação aos eucaliptos, ao processo kraft, aos
branqueamentos ECF e TCF, às tecnologias de tratamento de
efluentes e de resíduos sólidos, bem como em relação
ao potencial de odor dessas fábricas modernas. Sua determinação
em mostrar claramente a realidade das tecnologias e dos benefícios
do setor tem-se dado através de entrevistas, artigos em
revistas e jornais, relatos para entidades governamentais, etc.
Ela tem sido um ponto de equilíbrio nessa disputa, muito
mais política e emocional do que técnica e ambiental.
Com certeza, o setor florestal e os eucaliptos devem ser muito
gratos a Maria Cristina Area pelos seus oportunos e eficientes
esclarecimentos.
Maria Cristina Area é engenheira química
formada em 1979 pela Universidade Nacional de La Plata. Possui
Master em Ciências Aplicadas em Celulose e
Papel pela Université du Quebec em Trois Rivières (1992) e Doutorado
em Engenharia Papeleira pela mesma universidade canadense (2000). Atualmente,
desempenha-se como professora da FCEQYN - Facultad de Ciencias Exactas, Quimicas
y Naturales (http://www.fceqyn.unam.edu.ar) da UNaM - Universidad Nacional de
Misiones. É docente
pesquisadora categoria I segundo o conselho universitário nacional argentino
(1998) e pesquisadora independente (2005) do CONICET - Consejo Nacional de Investigaciones
Científicas y Técnicas. Suas linhas de pesquisa se relacionam hoje à adoção
de tecnologias limpas e processos amigáveis ao meio ambiente pela indústria
de celulose e papel nas áreas de cozimento, branqueamento (ECF/TCF), aptidão
papeleira de espécies fibrosas, pastas e processos de alto rendimento
e produtos de papel. Praticamente, desde que se iniciou como pesquisadora da
UNaM, tem-se dedicado à área de celulose e papel. Publicou mais
de 50 artigos em revistas especializadas e apresentou mais de 70 palestras em
conferências e congressos a nível mundial.
Por ser muito conhecida
na América Latina, Ibéria e Canadá,
tem sido constantemente convidada por entidades desses países e regiões
para apresentações, cursos, palestras, seminários e publicações
de artigos em revistas e jornais. Tem sido uma colunista regular das revistas
Mari Papel (Colômbia) e Celulosa y Papel (Argentina). Como é também
coordenadora e mentora da RIADICYP - Red Ibero Americana de Docencia e Investigación
en Celulosa y Papel, além de ser a editora do boletim informativo dessa
rede, consegue alcançar digitalmente centenas de pessoas todo mês.
Por isso, ela é muito conhecida, admirada e reconhecida, tanto técnica
como pessoalmente. Maria Cristina é, sem dúvidas, uma pessoa
carismática,
competente e apaixonada pelo seu trabalho e por sua missão.
Sua carreira
profissional é enorme e diversificada, atuando em diversas
frentes e instituições. É incrível como consegue
multiplicar o tempo para atender tanta diversidade de forma eficiente e simultânea.
Apenas
para citar algumas de suas atividades principais recentes e outras atuais,
colocamos a seguir um breve relato da sua atuação profissional:
• professora
e pesquisadora da FCEQYN - UNaM - Argentina;
•
coordenação da RIADICYP;
•
consultora do PROCYP - Programa de Investigación en Celulosa y Papel
da UNaM;
• ex-diretora do DIMA - Departamiento de Industria y Meio Ambiente / Argentina
(2002-2005);
• ex-diretora do ICADES - Instituto de Ciencia Ambiental y Desarrollo Sostenible
(http://www.fceqyn.unam.edu.ar/icades/index.php) / Argentina (2003-2006);
• membro do conselho diretivo do DIMA e do ICADES;
•
consultora da Secretaria de Ambiente y Desarrolo Sustentable de la Nación
Argentina com a finalidade de apoiar o desenvolvimento do ensino técnico
superior e da pós-graduação em celulose e papel e de participar
de um plano de reconversão da indústria de celulose e papel
argentina (PRI-CePa);
•
revisora técnica e científica de inúmeras revistas internacionais
na área de química, celulose e papel;
•
sócia de diversas associações técnicas internacionais,
entre as quais da TAPPI, PAPTAC, etc;
•
professora orientadora de inúmeros trabalhos acadêmicos de
doutorado e de mestrado em diversas universidades argentinas;
•
professora orientadora de mais de 25 estagiários bolsistas;
•
diretora dos cursos acadêmicos de Ciência e Tecnologia da Madeira,
Celulose e Papel da FCEQYN da UNaM, com forte ênfase em celulose
e papel;
•
professora de diversas disciplinas na área de madeira, matérias
primas fibrosas, polpação, branqueamento, cujas aulas virtuais
são disponibilizadas online para todos os interessados, bastando
um simples registro para acessar as mesmas no website da universidade
(http://www.aulavirtual-exactas.dyndns.org/index.php?category=INMAN);
•
professora de inúmeros cursos de especialização tanto na
Argentina como em países latino-americanos e ibéricos;
•
avaliadora regular de projetos científicos para diversos institutos
argentinos e americanos que se dedicam a apoiar o desenvolvimento científico
e a inovação tecnológica.
Uma
atividade tão
intensa só pode ser resultado de muita competência,
dedicação e excelente equipe de trabalho. Seu desempenho
profissional acadêmico está muito bem balanceado por suas
características
pessoais de motivação, liderança e entusiasmo. O
resultado não poderia ser mais frutificante para a Argentina e
para o setor latino-americano de papel e celulose. Sua atuação
tem resultado em geração
e difusão de conhecimentos, formação de novos talentos
para o setor e em uma fonte de credibilidade para esclarecer a sociedade
argentina
sobre o setor de celulose e papel.
Essas
características de inovação
e liderança levaram
que Maria Cristina, juntamente com os doutores Song Won Park e José Mangolini
Neves, criassem um evento internacional bastante bem sucedido que é o
CIADICYP - (Congreso Ibero Americano de Investigación en Celulosa
y Papel). O primeiro desses eventos ocorreu na Argentina, em Iguazu-Misiones,
no ano 2000.
A partir daí, esse importante evento, que conta com dezenas
de excelentes trabalhos científicos, tem ocorrido em outros
países:
Brasil (2002), Espanha (2004), Chile (2006). Visitem também
o website do CIADICYP para conhecerem mais sobre os eventos e para
baixar
os trabalhos técnicos das
diversas edições desse importante congresso iberoamericano
(http://procyp.unam.edu.ar/index.php?option=com_content&task=view&id=20&Itemid=32).
Maria Cristina Area começou sua carreira como pesquisadora
em 1982, quando recebeu uma bolsa de iniciação científica
do CONICET. Começou
estudando pastas de alto rendimento, microscopia dessas fibras, passando
a seguir a estudos de polpação semi-química
e kraft. Em 1983, foi admitida como professora em tempo parcial
pela UNaM, para pouco tempo depois
(1986), alcançar a posição de professora em dedicação
exclusiva naquela universidade. Seu entusiasmo pela polpação
química
e pelas pastas de alto rendimento estavam consoantes com as necessidades
de seu país. Introduziu em suas pesquisas as ferramentas estatísticas
necessárias para melhorar a confiabilidade nas conclusões
e hoje, inclusive, ministra uma disciplina sobre isso. À medida
que aprofundava seus conhecimentos, sua paixão pela indústria
de celulose e papel aumentava. Transferir os conhecimentos desenvolvidos
e aprendidos logo se converteu
em sua missão e vocação. Rapidamente, com sua
equipe na UNaM, criaram cursos de graduação e de especialização
em celulose e papel. Buscaram integração mais forte com
a ATIPCA (Associación Técnica de la Industria de Papel
y Celulosa Argentina) para que seus estudos e seus alunos tivessem
melhor fluxo para a indústria
argentina. Em 1988, criou-se na UNaM a carreira a nível de especialização
(pós-graduação) em celulose e papel (ECyP), a
primeira carreira da UNaM declarada como de interesse nacional pela
câmara dos deputados
da nação argentina.
Em 1989, consciente da necessidade
de aumentar seus conhecimentos de forma mais ampla e global, decidiu
voltar às salas de aula como estudante. Escolheu
o curso de mestrado em celulose e papel em Trois Rivières,
no Canadá,
pela qualidade daquela universidade e pela fluência que tinha
no idioma francês. Trabalhou entre 1991 a 1992 para a obtenção
de seu mestrado, escolhendo pesquisas sobre pastas de alto rendimento.
Recebeu bastante
apoio e orientação do professor Jacques Valade, com
quem tem diversos trabalhos publicados daquela frutífera época
acadêmica. Ao
retornar à Argentina, com seu título de mestre, foi
nomeada diretora do PROCYP - Programa de Investigación en
Celulosa y Papel (http://procyp.unam.edu.ar). Com a especialização
que tivera em pastas de alto rendimento, decidiu dar ênfase
a esses estudos com a espécie Eucalyptus grandis, bastante
plantada na Argentina. Para isso, recebeu apoio governamental, desenvolvendo
então seu primeiro grande projeto com os eucaliptos, que foi
o trabalho "Pastas
quimimecánicas de Eucalyptus grandis". A seguir, como
parte desse projeto, outros estudos surgiram, como as pesquisas de
branqueabilidade
dessas
pastas quimimecânicas com peróxido de hidrogênio,
para obtenção
de pastas de mais alta alvura, o que permitiria sua produção
e uso na Argentina. Suas pesquisas atraíram a atenção
do setor industrial argentino, começando uma extensa pesquisa
para o branqueamento de pastas semi-químicas soda a frio para
a fábrica de Zárate
da empresa Celulosa Argentina. A matéria prima utilizada pela
fábrica
de Zárate era uma mistura de madeiras de salicáceas
e de eucaliptos. Sua parceria e amizade com outro grande pesquisador
argentino, meu estimado amigo
Dr. Alberto Venica, foi consolidada na forma de inúmeros trabalhos
publicados sobre esse tema. Frente ao sucesso do programa de ensino
e pesquisa na UNaM,
as autoridades da FCEQYN solicitaram de Maria Cristina a organização
de um curso de mestrado "stricto sensus" em tecnologia
da madeira, celulose e papel.
Em
1995, iniciou-se a primeira turma, tendo
o curso, a partir
daí, conseguido um laboratório referência para
as pesquisas acadêmicas. Esse laboratório foi obtido
com recursos do FOMEC - Fundo para el Mejoramiento de la Calidad
Universitaria.
A partir de 1996, começou
ainda a ser ministrada uma diversificação/orientação
em celulose e papel na carreira de engenharia química da FCEQYN.
Com isso, estavam cobertas a graduação e a pós-graduação
em celulose e papel na UNaM. A República Argentina passava
a contar com excelentes cursos voltados para a formação
de engenheiros e pesquisadores para o setor de celulose e papel.
Um grupo de notáveis professores e pesquisadores
passaram a se dedicar à concretização de um
sonho de décadas.
Entre eles, podemos citar: Fernando Felissia, Olga Barboza, Graciela
Gavazzo, Laura Villalba, Carlos Nuñez, dentre outros. Visitem:
http://mamcyp.unam.edu.ar. Para acessar as teses completas defendidas
pelos alunos do programa, visitem:
http://mamcyp.unam.edu.ar/index.php?option=com_content&task=view&id=22&Itemid=46
Desde
que retornara do Canadá, Maria Cristina
sempre manteve trabalhos e contato com Dr. Jacques Valade de Trois
Rivières. Em 1996, surgiu uma
oportunidade de um estágio naquela universidade e Maria
Cristina lá esteve
por 4 meses. Durante esse curto período, Maria Cristina
e Jacques Valade passaram a delinear o que seria o curso de doutorado
da nossa amiga dos eucaliptos.
Decidiram que o tema da pesquisa de tese deveria ser aplicável à problemática
das fábricas argentinas de celulose e papel. Com isso, foi
mais fácil
a obtenção de uma bolsa de doutorado do FOMEC/UNaM.
Com isso, Maria Cristina retornou para Trois Rivières para
seus estudos de doutorado, lá ficando de 1997 a 1999. De
sua tese de doutorado sobre processo NSSC e lignosulfonatos surgiram
diversos trabalhos nessa assunto, já que esse
era um tema fundamental para algumas fábricas argentinas.
A
partir desse período, aumentou muito
a participação
de Maria Cristina Area a nível global, com inúmeros
trabalhos e cursos nos USA, Canadá, Espanha e Brasil. Sua
participação em congressos
da ABTCP - Associação Brasileira Técnica de
Celulose e Papel passaram a ser freqüentes. Já em 1999,
ao apresentar um trabalho sobre branqueamento com peróxido
de hidrogênio no Congresso Anual
da ABTCP, surgiu uma parceria com a empresa Solutia (ex-Monsanto,
para produtos químicos industriais). A partir desse momento,
surgiu uma valiosa parceria universidade/empresa, que resultou
em inúmeros trabalhos publicados sobre
branqueamento de pastas químicas, quimimecânicas e
mecânicas.
O objetivo dessa parceria com a Solutia era o de investigar o efeito
de quelantes em branqueamentos ECF e TCF e também para pastas
de alto rendimento. A maioria dos trabalhos foi realizada em pastas
de eucaliptos, especialmente de E.grandis. Essa espécie é muito utilizada na Argentina
para a fabricação
de papéis brancos de imprimir e de escrever, além
de papéis "tissue".
Como marcos dessa parceria, surgiram excelentes teses de mestrado
e de doutorado, entre as quais as do Dr. Fernado Felissia. Começaram
então a surgir
estudos sobre o processo APMP ("Alkaline Peroxide Mechanical
Pulping"),
dos quais Maria Cristina Area, Fernando Felissia e Carlos Krusolek
foram grandes entusiastas e desenvolveram muitos novos conhecimentos
para a espécie
E.grandis. Esses trabalhos foram a base para diversas mudanças
de processo e para a engenharia de novos empreendimentos na Argentina
e Paraguai. Também
resultaram inúmeras publicações científicas
sobre branqueamento e polpação no Brasil, Chile,
Austrália, Portugal
e USA. Os trabalhos sobre pastas de alto rendimento e branqueamentos
ECF/TCF levaram Maria Cristina a se interessar mais e mais por
tecnologias ambientalmente
mais limpas para o setor. Por essa razão, sua mais íntima
associação
com as tecnologias do setor e com o meio ambiente. Os trabalhos
de sua equipe passaram a se concentrar em tecnologias de processo
de mínimo
impacto ambiental.
Entretanto,
haviam também outras demandas
na Argentina para que a indústria
de celulose e papel se tornasse mais competitiva. Surgiram oportunidades
para estudos em bagaço de cana, processo NSSC, otimizações
do processo kraft, etc. Um convênio com a empresa argentina
Massuh em 2001 oportunizou diversos estudos sobre o processo NSSC
e para a produção
de lignosulfonatos a partir de madeira de eucaliptos.
Uma
das coisas que mais causa brilho nos olhos de Maria Cristina é quando
ela fala sobre a RIADICYP. Tudo começou em 1999, quando
surgiu uma oportunidade para se colocar juntos os maiores especialistas
em docência e pesquisa
na América Latina e nos países ibéricos. Surgiram
recursos públicos para isso na Argentina e no Brasil e daí surgiu
a idéia
dos CIADICYPs. O primeiro deles se realizou em Iguazu, como já vimos,
em 2000. Nesse congresso, foi realizada uma reunião envolvendo
representantes de diversas instituições de ensino
e pesquisa do Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Venezuela, Cuba,
dentre outros. Dessa reunião em Iguazu,
nasceu a RIADICYP (http://www.riadicyp.org.ar/index.php
e em http://www.inti.gov.ar/celulosaypapel/pdf/red_celulosa.pdf).
Desde
sua criação até o presente momento,
Maria Cristina é a
coordenadora geral da rede. Como resultado dessa rede, floresceram
os CIADICYPs e a integração almejada entre pesquisadores
e docentes latino-americanos e ibéricos tem sido alcançada.
A
partir de 2004, com a comoção surgida na Argentina
pela instalação
de dois grandes empreendimentos para fabricação de
celulose de mercado de eucalipto no lado uruguaio da bacia do rio
Uruguai, Maria Cristina
tem sido regularmente convidada a se manifestar sobre esse assunto.
Ela com isso, tem escrito muito sobre as tecnologias mais limpas
e sobre o conceito de sustentabilidade
aplicado pelos setores florestal e de celulose e papel. Por se
tratarem de novas fábricas baseadas no uso de madeira de
eucaliptos, Maria Cristina tem regularmente falado sobre eles.
Isso tem acontecido em entrevistas em rádios,
emissoras de televisão, jornais, artigos em revistas, etc.
Sua posição em relação ao conflito
tem sido clara e baseada nas seguintes considerações:
•
há hoje tecnologias ambientalmente limpas e de mínimo
impacto ambiental para o setor de celulose e papel;
•
as plantações florestais de eucaliptos podem ser feitas de forma
sustentável e inclusive certificadas em relação
a isso;
•
as duas fábricas projetadas no Uruguai revelam-se como baseadas na mais
avançada tecnologia disponível para produção
de celulose branqueada;
•
desde que mantidas adequadas gestões, controles e implementação
de tecnologias limpas, os processos de produção de
celulose podem ser limpos e causar mínimos impactos ambientais,
que devem ainda ser mitigados e controlados.
Maria Cristina, sua
dedicação à ciência, à tecnologia, à geração,
difusão e aplicação do conhecimento e à defesa
dos eucaliptos para a produção de celulose e papel
com base em sólidos
argumentos técnicos são mais do que suficientes motivos
para todo o reconhecimento do setor e dos amigos dos eucaliptos.
Obrigado
minha estimada
amiga, por tudo que você fez, tem feito e continuará fazendo
pelos eucaliptos, pelo seu país e por nosso setor.
Para
conhecer mais do currículo da Dra. Maria Cristina Area,
visitem:
Plataforma
de currículos SICyTAR da Argentina
http://www.sicytar.secyt.gov.ar/busqueda/prc_imp_cv_int?f_cod=0000726109#Datos%20personales
Currículos
em websites diversos
http://procyp.unam.edu.ar/index.php?option=com_content&task=view&id=8&Itemid=9
http://www.fceqyn.unam.edu.ar/icades/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=46
http://www.cyted.org/CVCyted/463.pdf
A seguir,
para sua navegação, uma série
de artigos e palestras da Dra. Maria Cristina Area e equipe, especialmente
elaborada pela nossa Eucalyptus Newsletter, que contou com o apoio
de entidades como ABTCP, TAPPI, Appita, ATCP Chile, FCEQYN, etc.,
as quais liberaram a colocação de alguns desses trabalhos
em nosso website
http://www.celso-foelkel.com.br .
Para fins de facilitar a sua leitura, dividimos os arquivos em
dois grandes grupos: tecnologia de celulose e papel; indústria
e meio ambiente.
Publicações
sobre Tecnologia de Celulose e Papel
Bleaching of Eucalyptus
grandis chemimechanical pulps. M.C.Area; O.M.Barboza;
J.L.Valade. Tappi Journal 80(3): 141- 145. (1997)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/MariaCristinaArea01.pdf
La
enseñanza científica y técnica
en celulosa y papel en Argentina. M.C.Area. PowerPoint Presentation:
27 slides.
33rd ABTCP Annual
Congress. (2000)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/MariaCristinaArea02.pdf
Optimisation
du procédé au sulfite neutre (NSSC): pâtes
et liqueurs résiduelles. M.C.Area. PowerPoint Presentation: 60 slides.
Doctorat Ingénierie Papetier. Université du Quebec au Trois-Rivières.
(2000)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/MariaCristinaArea03.pdf
Estudio
de la efectividad de diferentes pretratamientos en el blanqueo
al
peróxido
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Mini-Artigo
Técnico por Celso Foelkel
As Florestas Plantadas
de Eucaliptos e a Biodiversidade
Tenho
observado que alguns ambientalistas e algumas ONGs têm
procurado atribuir às plantações
florestais de eucaliptos (e também para as de Pinus)
a denominação de "desertos verdes".
Quando fazem isso, estão procurando criar uma imagem
para a Sociedade de que essas plantações seriam
absolutamente homogêneas, como um monocultivo de uma única
espécie plantada e nada mais. Atribuem a essas plantações
florestais pouquíssima biodiversidade, tanto em fauna
como para a flora. Tenho visto poucas argumentações
explicativas sobre o que faz nosso setor de base florestal,
apesar da forma séria como vem tratando esse tema
da biodiversidade. Por essa razão, decidi escrever
esse mini-artigo para mostrar meus pontos de vista sobre
a biodiversidade dos sistemas eco-florestais das florestas
plantadas de eucaliptos. Muitas dessas argumentações
colocadas são válidas também para as
florestas plantadas de Pinus. Entretanto, sabemos que nosso
universo de empresas florestais é variado. O que comentarei
com vocês nesse mini-artigo é com base nas práticas
de empresas sérias, que estejam certificadas pelos
sistemas de garantia de qualidade ambiental como os sistemas
IS0 14001 e pelas certificações florestais
FSC e CERFLOR. Essa é a situação da
maioria das empresas que se dedicam ao plantio de florestas
para fins industriais no Brasil.
Começo por dizer
a vocês que discordo completamente
da alcunha "deserto verde" que se tem procurado
dar a essas plantações. O termo é inadequado
e inapropriado. Mostrarei a vocês porque assim considero.
Quando alguns procuram criticar nossas plantações
florestais, ou o fazem ideologicamente, ou porque conhecem
pouco delas e se impressionam com sua pujança fotossintetizadora.
Esse verde que se pode ver em uma área de floresta
plantada é devido às células vivas das árvores,
que realizam uma das mais milagrosas façanhas que
a Natureza criou: a fotossíntese. Se o homem conseguisse
dominar a fotossíntese, fazendo essa reação
simples em escala industrial, teríamos resolvido
os problemas de alimentos e de combustíveis no planeta.
Com uma reação muito simples, as plantas,
entre as quais os eucaliptos, conseguem transformar o gás
carbônico pela reação com a água,
em carboidratos e oxigênio, e depois podem alterar
os carboidratos para proteínas, lipídeos,
etc. Portanto, àqueles que foi oferecido o dom de
fazer a fotossíntese, não podemos negar que
tenha sido uma dádiva divina fantástica.
Os eucaliptos são uma das plantas que possuem capacidade
recorde de transformar o gás carbônico em
células vivas, e muito vivas por sinal. Essas células
se multiplicam, crescem e se oferecem para o uso pelo ser
humano na forma de óleos essenciais, fibras para
papel, madeira para móveis, habitações,
lenha, etc. Portanto, o verde das árvores dos eucaliptos
nada mais é do que o verde da vida, em todo seu
esplendor, vicejando para nos oferecer conforto como sociedade
a depender da madeira e de outros produtos de origem florestal
para nossas realizações.
A
outra parte da expressão "deserto verde",
a palavra deserto também necessita de algumas considerações
por minha parte. Desertos são, em sua maioria, ecossistemas
naturais muito interessantes, ricos em biodiversidade, só que
de um outro tipo de biodiversidade. Desertos podem ser resultado
ou da falta de chuvas ou da pobreza de seu solo. Mas nem
por isso significa que não tenham biodiversidade. É muito
conhecido o fenômeno do "deserto florido" na
região do Atacama, no Chile. Quando chove mais forte
sobre a região árida do deserto, tudo se cobre
rapidamente de milhares de plantas que florescem e fornecem
uma beleza fantástica da Natureza, algo muito apreciado
por todos que já conheceram esse fenômeno de
rica biodiversidade botânica. Também a fauna
de um deserto é diversificada. Existem insetos, aracnídeos,
serpentes, ratos, pássaros, répteis diversos,
raposas, cachorros do mato, etc., etc. Uma biodiversidade
incrível a encantar qualquer ecólogo. Tenho
visitado inúmeras regiões desérticas
ao longo de minha vida e sempre me surpreendo com suas belezas
e biodiversidade. A Natureza sempre é muito sábia
e sempre nos encanta com soluções em biodiversidade,
adequadas a cada tipo de ecossistema.
Os
ecossistemas das áreas
de florestas plantadas também
são muito singulares e bastante ricos em biodiversidade.
Até mesmo porque a plantação de florestas é feita
de forma a compor um rico mosaico eco-florestal, englobando
nesse complexo muitos ecossistemas naturais como matas
nativas, campos naturais, sistemas lacustres, áreas
pantanosas, afloramentos rochosos, etc. Entremeando de
forma dispersa
nesse mosaico de Natureza, o plantador de florestas localiza
as áreas de plantações ou de cultivo
do eucalipto. Essas áreas plantadas e cultivadas
com os eucaliptos, por felicidade técnica e econômica,
são em sua maioria áreas de pastagens degradadas
ou locais anteriormente utilizados pela agricultura de
forma intensiva. A vegetação rala, o mais
baixo preço
dessas terras, a topografia e a facilidade de preparação
do terreno favorecem a escolha dessas áreas para
os plantios. As pastagens são as áreas preferidas
para o cultivo, pois a vegetação é rala,
resultantes do uso pelo gado de áreas plantadas
por anos com capins como o pangola, pensacola, capim sudão,
braquiária, anoni, etc. O setor florestal brasileiro
de florestas plantadas não derruba de forma alguma
matas naturais ou ecossistemas frágeis para plantar
florestas. Tampouco usa madeira de matas nativas em seus
processos industriais. Pode ter feito isso em passado mais
longínquo, quando as realidades ambientais, sociais,
legais e agrárias eram distintas do momento atual,
onde prevalece a busca da sustentabilidade e uma rígida
legislação florestal.
Mesmo
em áreas
de campo ralo existe uma biodiversidade característica,
que precisa ser entendida, monitorada e conservada. O
importante é se
conhecer então
muito bem quais as espécies de fauna e de flora
que existem na área a ser plantada com florestas
de eucalipto para se planejar melhor o mosaico eco-florestal.
Com isso,
os impactos podem ser minorados e a fauna e a flora protegidas,
ou mesmo, enriquecidas.
O
planejamento racional desse mosaico eco-florestal antes do
plantio das áreas
de reflorestamento permite:
-
Respeitar
as áreas de proteção aos recursos
hídricos, de forma a minimizar os efeitos negativos
sobre a hidrologia da área da micro-bacia onde se
dará o plantio florestal;
-
Manter
e proteger os recursos naturais e ambientais, protegendo
e promovendo a conservação
da fauna e da flora. Isso é conseguido através
da manutenção,
regeneração, preservação e
enriquecimento das áreas de preservação
permanente (APPs) e áreas de reserva legal (ARLs).
-
Estabelecer
corredores ecológicos pela interligação
das áreas de preservação permanente
através da localização das áreas
de reserva legal;
-
Buscar
o equilíbrio do complexo
eco-florestal de maneira a se ter um mínimo
impacto das áreas de
florestas plantadas e de inclusive se garantir um ganho
ambiental nas
micro-bacias onde estarão as áreas de
plantações;
-
Monitorar
os efeitos ambientais decorrentes da atividade florestal
para que os efeitos
negativos sobre a qualidade
ambiental sejam minimizados;
-
Promover
o uso sustentado dos recursos naturais;
-
Projetar
e implementar medidas mitigadoras tais como prevenção
da erosão, fertilização florestal,
localização
de estradas, localização das áreas
para abrigo da fauna, etc., etc.
O
planejamento do complexo eco-florestal visa garantir a
capacidade de produção sustentada
do sítio
florestal, de forma que a atividade possa ser sustentada
na região, sem necessidade de migrar de área
ao longo do tempo. Ou seja, muito antes de se plantar a floresta,
o produtor florestal projeta o seu futuro e busca a sua sustentabilidade
no local. Isso envolve o maior equilíbrio do ecossistema,
monitoramento de pragas e moléstias, proteção
das micro-bacias, garantia da qualidade do solo, prevenção
da erosão, manutenção da biodiversidade,
melhoramento genético das espécies de reflorestamento
para torná-las mais adaptadas às condições
da região, etc.
A
ciência florestal evoluiu muito
no Brasil nos últimos
20 a 30 anos. De uma atividade tipicamente agrícola
(plantar a floresta para se colher a madeira), a ciência
florestal evoluiu para a implantação de sistemas
bem equilibrados e integrados para produção
de madeira, outros bens da floresta (mel, óleos essenciais,
seqüestro de carbono, etc.), proteção
e conservação ambiental, produção
de alimentos (sistemas agro-silvo-pastoris) e preservação
e enriquecimento da biodiversidade. As florestas plantadas
são feitas de forma a se integrar e não para
substituir a paisagem, a agricultura, a pecuária e
a própria Natureza local. Essa tem sido a lógica
das empresas líderes florestais no Brasil nos anos
recentes.
Se
me perguntarem se isso está em estágio
de perfeição, com certeza posso dizer que ainda
há muitas oportunidades para melhorias. Nosso processo
deve ser de busca contínua de melhoramento, não
só da produtividade da área plantada com eucaliptos,
mas de todo esse complexo eco-agro-florestal. Observe-se
que há uns 25 a 30 anos atrás, ao se plantar
uma floresta de eucalipto, o produtor florestal ocupava cerca
de 75 a 85% da área com seu reflorestamento, ficando
o restante para estradas, benfeitorias e proteção
da Natureza. Hoje, essa relação é de
50 a 65% de ocupação com as florestas plantadas.
Ou seja, para cada hectare de efetivo plantio, o setor florestal
conserva entre 0,6 a 1 hectare de ambientes naturais. Por
essa razão, o setor de base florestal pode ser considerado
um dos setores que mais conserva e preserva a Natureza no
Brasil. Além da conservação, o setor
evita a caça e a pesca, previne e combate incêndios,
monitora o ambiente e estabelece planos de melhoria contínua.
Isso precisa ser melhor visto e entendido por aqueles que
criticam o setor sem o requerido conhecimento do mesmo.
É
preciso também entender que sempre que temos uma atividade
antropocêntrica de grande magnitude, como as plantações
de cana-de-açúcar, arroz, milho e florestas
de eucaliptos, por exemplo, teremos impactos sobre a fauna
e sobre a flora. Sabemos também que o Brasil vem
sendo antropizado de forma intensa e que há sérias
ameaças à biodiversidade nacional. Todos
temos consciência disso e nos preocupamos em "salvar
o que for possível salvar". Mas isso precisa
ser feito de forma a continuar gerando as condições
para o desenvolvimento humano, coisas que devem acontecer
simultaneamente de acordo com os conceitos de sustentabilidade.
Por essa razão, a necessidade de se planejar muito
bem a paisagem, a dispersão dos talhões florestais,
as localizações das áreas de proteção
ambiental e as plantações em mosaicos eco-florestais.
Com o adequado planejamento ambiental das atividades da
silvicultura, as chances são de melhorias ambientais
e não
de "piorias" ambientais, como estarei mostrando
a vocês. A introdução de reflorestamentos
não vai acabar de forma alguma com a fauna ou com
a flora, como se têm colocado por pessoas que conhecem
muito pouco do que estou a escrever. Teremos alterações
e mudanças, que precisam ser monitoradas, entendidas
e estudadas. Os impactos negativos devem ser mitigados
ou compensados. Se tivermos mudanças na biodiversidade, é importante
saber quais, de que magnitude e como minorá-las.
Algumas
recomendações eu gostaria de colocar
ao setor florestal, apesar de reconhecer os avanços
até hoje já conseguidos na preservação
da biodiversidade. Elas são feitas no sentido de
maior performance ambiental no que concerne à biodiversidade
da fauna e da flora:
•
Procurar aumentar ao máximo a área de preservação
ambiental, buscando atingir uma relação média
de 50%/50%, ou seja, para cada unidade de área efetivamente
plantada com eucaliptos, uma mesma área equivalente
de preservação ambiental. Essa proporção
não tem embasamento científico, é apenas
uma forma de se preservar o meio ambiente na mesma proporção
em que o utilizamos. Como algumas espécies da fauna
podem mudar ou mesmo não desejar viver sob as áreas
plantadas com os eucaliptos, temos que oferecer opções
a elas para essa migração. Na migração,
devemos oferecer espaços adequados para abrigo e alimentação
dessa fauna migratória. Há necessidade de um
monitoramento para acompanhar essas mudanças. Por
outro lado, as plantações atraem outras espécies
da fauna, como aquelas que dependem da sombra e de insetos
para sua alimentação. Os pássaros são
os animais mais atraídos pelas árvores dos
eucaliptos. Tanto é importante a presença de
aves, desde as de pequeno porte (sabiás, pintassilgos,
bem-te-vis, Joões-de-barro, pomba-rola, colibris,
corruíras, etc.) às de grande porte (emas,
gaviões, corujas, águias, etc.) que algumas
empresas já usam avaliações da avi-fauna
como medição da saúde biológica,
da biodiversidade e da qualidade ambiental de suas florestas
(http://www.aracruz.com.br/minisites/aves/home.htm).
Como resultado disso tudo, abrem-se as portas para inúmeras
pesquisas e estudos em biologia, zoologia, ecologia e geografia
nas áreas florestais.
•
Antes de se plantar e mesmo antes de se realizar o planejamento
ambiental do complexo eco-florestal, realizar campanhas para
identificar os exemplares de fauna e de flora da fazenda,
as espécies ameaçadas, as áreas ocupadas
por elas, a capacidade de mobilidade dessas espécies,
o mapeamento da biodiversidade, a relação solo/clima
com fauna/flora, etc. Isso vai permitir um melhor planejamento
do complexo, colocando áreas de abrigo para a fauna
de baixa mobilidade, áreas de proteção
para a fauna dos afloramentos rochosos, das áreas
mais áridas, dos areais, etc. Ou seja, cada ecossistema
tem sua fauna e flora característica. Melhor se conhecê-la
antes, de maneira a lhe causar mínimo impacto e de
se protegê-la dos impactos das nossas atividades.
•
Localizar as áreas das plantações de
forma mais segregada e fragmentada, evitando plantios de áreas
muito extensas e contínuas. Incluir a segregação
e a fragmentação por espécies, clones,
idades, etc. Em resumo, muita diversidade deve ser buscada
no planejamento do mosaico.
•
Toda vez que o plantio florestal causar interrupções
importantes em extensas áreas de campos (nativos,
cerrados ou mesmo pastagens artificiais), procurar dispor
as áreas de plantações de forma que
as espécies da fauna encontrem capacidade de migração
para novas zonas, sem serem afetadas em sua qualidade de
vida.
•
Planejar as interligações das áreas
de mata nativa e de ecossistemas a serem protegidos, envolvendo
para isso as áreas próprias e as áreas
dos terceiros vizinhos às fazendas florestais. Com
isso, será possível a disseminação
da cultura dos corredores ecológicos e a consolidação
de fragmentos naturais de maiores dimensões.
• Planejar
melhor a paisagem, mantendo as características
regionais, os aspectos paisagísticos relevantes da região,
os monumentos históricos e sítios antropológicos.
•
Planejar a colheita florestal de maneira a não se
desnudar extensas áreas por corte raso. Há que
se garantir que a fauna que depende das áreas de eucalipto
tenham também a oportunidade de encontrar áreas
plantadas com o mesmo para migrarem conforme avança
a colheita.
•
Incluir o monitoramento das aves migratórias que eventualmente
passem pela região das plantações. Os
mosaicos eco-florestais e a fragmentação da
paisagem não devem causar alterações
significativas que possam atrapalhar esses fluxos migratórios.
Caso haja migração de aves pela região, é importante
se deixar áreas de amortecimento para que essas aves
tenham espaço para abrigo, alimentação
e repouso em seu trajeto migratório.
•
Só permitir a caça de espécies da
fauna que sejam problemáticas e invasivas e cuja população
esteja crescendo de forma explosiva. É o caso por exemplo
de caturritas, javalis, abelhas africanas, piranhas. Sempre que
ocorrer a liberação de caça e pesca dessas
espécies de alta densidade populacional, isso deve ser feito
com o acompanhamento dos órgãos competentes.
•
Avaliar criteriosamente as potenciais formas de manejo sustentado
para as áreas de reserva legal (produção
de sementes de espécies nativas, produção
de mel, pólen, germoplasmas, predadores de pragas
- parasitóides, etc.). A apicultura é uma atividade
interessante tanto para as áreas de florestas plantadas
como para as de matas nativas. As abelhas são importantes
polinizadoras para a flora. Esse manejo sustentado das áreas
naturais deve ser feito com base em ciência e muito
monitoramento. O uso dessas áreas para atividades
silvo-pastoris pode ser útil para a sociedade, mas
pode ter conseqüências sérias para a biodiversidade.
Portanto, se no futuro o setor ou mesmo o governo se interessarem
no uso racional dessas áreas de reserva legal, novas
avaliações, estudos e monitoramento deverão
ser realizados em comum acordo com os órgãos
de controle ambiental.
•
Buscar a integração de áreas de produção
de alimentos no complexo eco-florestal, transformando-o em
eco-agro-florestal, através de espaços destinados à agrossilvicultura.
Tenho absoluta convicção que o setor florestal
tem respeitado a legislação florestal brasileira.
Isso pode ser comprovado pelas empresas com certificações
IS0 14001, FSC e CERFLOR. Para obter essas certificações, é condição
mínima que as empresas estejam cumprindo a legislação
pertinente a elas. Entretanto, nossas empresas podem ir além
da chamada conformidade legal ("beyond compliance").
Existem ainda maravilhosas oportunidades para novos ganhos
e para um contínuo aperfeiçoamento dos modelos
vigentes para as plantações florestais. Isso
pode ser conseguido através do conhecimento científico,
do bom senso, do envolvimento das partes interessadas e do
comprometimento dos setores empresarial e público.
Aqueles que tentam impedir as plantações florestais
estão na verdade causando um desserviço para
o País, para a sociedade e para o próprio meio
ambiente. Seria muito melhor que se integrassem ao processo
através de um diálogo construtivo, conhecendo
as práticas e propondo alternativas, como eu estou
a fazer através desse mini-artigo.
Gostaria
de comentar um pouco mais a seguir sobre a biodiversidade,
já que é o
tema central desse mini-artigo. Certamente, sabemos que nas áreas
efetivamente plantadas, onde temos o monocultivo do eucalipto,
a biodiversidade em
fauna e flora deverá ser menor do que nas áreas
de pungente mata nativa. Essas áreas de mata nativa
também estão presentes no complexo eco-florestal,
distribuídas de forma planejada nesse mosaico, como
já vimos. Essas áreas servem para abrigar,
proteger, fornecer alimentos e conservar a fauna e a flora.
Entretanto, a área de floresta plantada também
tem sua biodiversidade. Primeiro, porque as áreas
do mosaico não são separadas por cercas, não
são estanques.
Elas
se comunicam, se distinguem apenas na sua composição. A fauna pode transitar de
uma área para a outra, da área de mata nativa
para a de plantação de eucalipto e vice-versa.
Pássaros, répteis, anfíbios, mamíferos
migram de uma área para a outra conforme a sua conveniência.
Pode ser para buscar sombra, para se alimentar no sub-bosque
do eucalipto, para construir ninhos e abrigos, para descanso,
etc. Ao veicularem de um lado para o outro, esses animais
levam pólen, sementes em suas fezes, e colaboram para
um enorme aumento no banco de sementes da área da
plantação florestal. O que na maioria das vezes
era um pasto pobre em sementes, passa a receber sementes
que podem vir a germinar em momento oportuno, dando origem
a ricos sub-bosques. O sub-bosque costuma se desenvolver
após o segundo ano nas plantações de
eucalipto, após a fase de combate à mato-competição
que prejudica o crescimento inicial da floresta plantada.
A riqueza do sub-bosque é função da
espécie florestal sendo plantada, do espaçamento,
da riqueza de sementes na área, da adaptação
das espécies a viverem na sombra das plantações,
da riqueza do solo, etc. Como a intervenção
humana é mínima entre o terceiro ano e a época
da colheita, o sub-bosque cresce e se desenvolve bem durante
um período relativamente longo. Espécies como
araçás, pitangueiras, goiabeiras, butiás,
amoreiras, aroeiras, etc. são muito comuns nos sub-bosques
dos eucaliptais. São espécies frutíferas
que atraem animais, e também nossas conhecidas polinizadoras,
as abelhas e vespas. Quando a floresta plantada é manejada
para a produção de madeira para serraria, as
rotações são mais longas e a prática
do desbaste aumenta a distância entre as árvores.
Com isso, o sub-bosque ganha mais espaço para vicejar
e se enriquecer. São em geral ciclos mais longos,
entre 14 a 20 anos, portanto amigos, imaginem a riqueza dessa
vegetação que se forma à sombra dos
eucaliptos. Só quem conhece pode admirar, portanto,
recomendo uma olhada nisso, quando tiverem oportunidade.
As espécies de eucaliptos convivem muito bem com as
espécies nativas nos seus sub-bosques. Não
há restrição ao desenvolvimento do sub-bosque. É claro
que algumas sementes têm sua germinação
afetada pela deposição de folhas, cascas e
galhos da floresta plantada. Entretanto, outras conseguem
superar isso e o sub-bosque logo se forma. A tolerância à sombra é também
muito importante. Algumas espécies da flora precisam
de sol intenso, logo elas deverão ocorrer mais nas áreas
de reserva legal ou de preservação permanente.
Mais uma vez podemos dizer que a biodiversidade existe, pode
ser algo diferente, mas ela é muito presente e abundante
nos eucaliptais. Há ainda uma biodiversidade raramente
notada pelos que não estão acostumados com
as florestas plantadas. Trata-se da biologia e microbiologia
que dependem dessa rica camada de matéria orgânica
que se deposita sobre o solo, a chamada serapilheira ou manta
orgânica. Se olharmos sob essa manta, vamos encontrar
uma enorme riqueza de insetos, minhocas, aracnídeos,
líquenes, fungos micorrízicos e saprofíticos,
etc. Uma biologia invejável para um solo que antes
era pobre em carbono orgânico e em micro-biota.
Aquilo
que se encontra nas fazendas onde se plantam as florestas
de eucaliptos é na verdade um somatório de
biodiversidades. Temos a característica biodiversidade
das áreas de efetivo plantio, a rica biodiversidade
das áreas de preservação (APPs e ARLs)
e a biodiversidade que transita e migra pelos corredores
ecológicos planejados para isso. Ou seja, essa soma
de biodiversidades faz com que a biodiversidade do complexo
mosaico eco-florestal seja absolutamente maior do que as
antigas áreas de pastagens adquiridas para as plantações.
Isso qualquer engenheiro florestal assina em baixo sem pestanejar.
E não precisa ser engenheiro florestal para isso,
qualquer cidadão pode comprovar visitando essas áreas
assim planejadas e manejadas.
Outra
preocupação
da comunidade científica é em
relação à capacidade invasiva das espécies
exóticas, como é o caso dos eucaliptos. As
espécies de eucaliptos plantadas no Brasil têm
baixa capacidade invasiva, ou de suas sementes originarem
plantas adultas por si próprias. Em geral, quando
existe uma árvore de eucalipto adulta, essa árvore
foi plantada por alguém. Isso porque o eucalipto precisa
tratos especiais para se desenvolver, especialmente o controle
das formigas cortadeiras. Além disso, é obrigação
legal das empresas florestais a erradicação
de plantas de eucalipto que porventura venham a nascer naturalmente
nas áreas de preservação permanente
ou de reserva legal. Isso é para manter a integridade
das matas nativas a proteger. Na verdade, o que mais ocorre é um
enriquecimento da mata nativa das APPs e ARLs com mudas de
espécies nativas da região, plantadas pela
mesma empresa que está reflorestando com eucaliptos
as áreas a eles destinadas. As empresas privadas líderes
em reflorestamento no Brasil têm feito muito bem a
preservação das áreas nativas de suas
propriedades e também colaborado nas áreas
de terceiros com os quais mantêm parceria. Por essa
razão, um dos impactos positivos mais significativos
das plantações florestais tem sido a conservação
das áreas de preservação permanente
e de reserva legal, como uma forma de demonstração
positiva dessa prática para as outras atividades da
agricultura que ainda não a executam como rotina.
Outra
reclamação constante de
grupos contrários aos eucaliptos é pelo fato dele
não ser um gênero brasileiro, e por isso, chamado
de uma planta exótica. A opção por plantas
exóticas oriundas de outros países tem sido função
da alta rusticidade dessas plantas, sua resistência a pragas
e doenças, sua flexibilidade e altas produtividades. A
maioria das plantas da agricultura e dos animais da zootecnia
no Brasil são também originados de outros países,
trazidos que foram pelos colonizadores. A própria sociedade
brasileira é um misto de muitas origens exóticas,
mesclando-se e convivendo muito bem aqui pessoas descendentes
de europeus, latino americanos, asiáticos, indígenas
e africanos. Uma das características muito positivas do
Brasil tem sido sua capacidade de adaptar e de melhorar produtos
agrícolas originários de outras regiões.
Para isso, a tecnologia agrícola e nossa diversidade em
climas e solos tem ajudado que consigamos resultados excepcionais
com as culturas ou criações de cana-de-açúcar,
soja, milho, batata, café, arroz, laranja, maçã,
frango, peru, carneiro, gado bovino, cavalo, etc. Espécies
florestais exóticas, se bem manejadas, podem perfeitamente
conviver com espécies locais sem causar o deslocamento
ou a eliminação dessas últimas. Além
disso, a maioria das empresas florestais que plantam florestas
de eucalipto também plantam muitas mudas de plantas nativas
anualmente, para enriquecer as APPs e ARLs.
Por
todas essas razões
expostas, tenho a mais completa certeza de que o setor de
florestas plantadas caminha no
sentido da conservação da biodiversidade, dando
sua contribuição não para a formação
de "desertos verdes", mas sim de complexos e biodiversificados
mosaicos de produção sustentada de produtos
da floresta. Ao se falar em biodiversidade das florestas
plantadas devemos olhar não apenas a área plantada
com os eucaliptos, mas toda essa fantástica unidade
de manejo que se caracteriza como nosso mosaico eco-florestal.
As práticas adotadas para o manejo florestal devem
fornecer a requerida harmonia ecológica entre as áreas
produtivas e as áreas de preservação.
Com essas práticas e com o compromisso assumido por
suas lideranças, o setor se coloca como uma das atividades
que mais preserva a Natureza e a biodiversidade no Brasil.
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