Editorial
Bom dia
a todos vocês que nos honram com sua leitura e atenção,
Amigos,
aqui estamos com o número 41 da
nossa Eucalyptus
Newsletter.
Esperamos que essa edição esteja de seu agrado e interesse,
permitindo assim que nossos muitos leitores ganhem mais conhecimentos
e entendimentos sobre as florestas plantadas de eucaliptos e sobre
seus produtos e serviços, que são de enorme valor para
a nossa sociedade. Com mais essa edição, esperamos estar
colaborando para um maior entendimento das inúmeras vantagens
que essas magníficas árvores oferecem, porém alertamos
para que sejam plantadas em adequadas condições de sustentabilidade
e com muita responsabilidade por parte dos diferentes envolvidos nas
cadeias produtivas em que estiverem inseridas. Sempre estaremos atentos
a essas requeridas sustentabilidade, responsabilidade empresarial e
cidadania que venham sendo praticadas pelos atores do setor, além
de as promover e incentivar, até mesmo exercer uma interessada
e cuidadosa vigilância, pois o sucesso do plantio comercial de
florestas depende muitíssimo do preenchimento desses fatores
chaves.
Temos
a lhes oferecer nessa edição mais um capítulo
do Eucalyptus Online Book.
Nele discorremos sobre mais uma espécie florestal que está tendo
muito sucesso comercial em países asiáticos para a
fabricação de celulose e papel e para uso como madeira
sólida. Também em regiões tropicais do Brasil
essa espécie vem sendo plantada com sucesso para fins comerciais
e de proteção ambiental. Trata-se da leguminosa Acacia
mangium, que tem suas virtudes reveladas no capítulo 28, de
título: “Os Eucaliptos e as Leguminosas. Parte 03: Acacia
mangium”.
Nessa edição retornamos com nossos tradicionais “Relatos
de Vida”, onde compartilho com vocês algumas fases importantes
de minha vida profissional e das quais resultaram em interessantes
histórias sobre o setor florestal e o de celulose e papel no
Brasil. Dessa vez lhes conto uma experiência magnífica
de cooperação entre técnicos, entidades públicas
e empresas do setor de fabricação de celulose e papel
para dar uma importante contribuição para que as fibras
celulósicas brasileiras dos eucaliptos se convertessem no exemplo
de sucesso que são hoje, comercializadas globalmente como celuloses
de mercado obtidas com altíssimas tecnologias a partir das plantações
florestais especialmente desenvolvidas para essa finalidade. Discorro
com enorme satisfação, e até com emoção,
sobre o GT-EUCA – Grupo de Trabalho
sobre o Eucalipto, que teve
sua atuação entre 1977 e 1981.
Continuamos
nessa edição a compartilhar com a sociedade eucalíptica
os Artigos e Palestras apresentados nos Colóquios
Internacionais sobre Celulose de Eucalipto. Isso tem sido possível graças à colaboração
do professor Dr. Jorge Luiz Colodette, que de forma muito aberta
e cooperativa nos tem permitido inserir nos nossos websites esse
material técnico, para que se perenize o acesso público
a eles. Nessa edição lhes trazemos as Apresentações
Orais do Terceiro Colóquio – III ICEP - Belo Horizonte – Brasil.
Outro
tema abordado nessa edição é sobre o conceito “New
Generation Plantations” ou “Nova Geração
de Plantações Florestais”, um programa a nível
global que tem a missão de promover a sustentabilidade florestal
através da cooperação entre organizações,
governos e empresas para a difusão das melhores práticas
e de conhecimentos acerca das melhores tecnologias sobre plantações
florestais, entre as quais, as dos eucaliptos.
Na
seção "Referências
sobre Eventos e Cursos" e
na seção "Contribuições
dos Leitores" lhes
oferecemos algumas oportunidades de navegação em materiais
de muito valor técnico, e em outros casos, informações
interessantes e até inusitadas.
Nosso artigo técnico dessa edição
procura lhes oferecer algumas considerações acerca de
mais um tema sobre a concorrência que o papel vem sofrendo nos
mercados globais de outros tipos de bens. Chamei o artigo de “Reflexões
sobre Maneiras de Secar as Mãos: Papéis Toalha, Toalhas
Contínuas de Pano e Secadores Elétricos de Ar Quente”.
É muito
importante que vocês naveguem
logo e façam os devidos downloading’s dos materiais
de seu interesse nas nossas referências de euca-links. Muitas
vezes, as instituições
disponibilizam esses valiosos materiais por curto espaço de
tempo; outras vezes, alteram o endereço de referência
em seu website. De qualquer maneira, toda vez que ao tentarem acessar
um link referenciado por nossa newsletter e ele não funcionar,
sugiro que copiem o título do artigo ou evento e o coloquem
entre aspas, para procurar o mesmo em um buscador de qualidade como
Google, Bing, Yahoo, etc. Às vezes, a entidade que abriga a
referência remodela seu website e os endereços de URL
são modificados. Outras vezes, o material é retirado
do website referenciado, mas pode eventualmente ser localizado em algum
outro endereço, desde que buscado de forma correta.
Esperamos
que essa edição possa lhes ser muito útil,
já que a seleção de temas foi feita com o objetivo
de lhes trazer novidades sobre os eucaliptos e que acreditamos possam
ser valiosas a vocês que nos honram com sua leitura.
Caso
ainda não estejam cadastrados para receber a newsletter
e os capítulos do nosso livro online sobre os
eucaliptos, sugiro fazê-lo através do
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Argentina, Espanha, Austrália, Nova Zelândia, Uruguai,
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pela rede que é a internet, essa ajuda recebida de todos eles
coopera para a disseminação do Eucalyptus
Online Book & Newsletter para o mundo todo. Nosso muito obrigado
a todos nossos parceiros por acreditarem na gente e em nosso projeto.
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Obrigado
a todos vocês leitores pelo apoio e constante presença
em nossos websites. Nossos informativos digitais estão atualmente
sendo enviados para uma extensa "mailing list" através
da nossa parceira ABTCP - Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel, o que hoje está correspondendo a alguns
milhares de endereços cadastrados. Isso sem contar os acessos
feitos diretamente aos websites www.abtcp.org.br; www.eucalyptus.com.br e www.celso-foelkel.com.br,
ou ainda pelo fato dos mesmos serem facilmente encontrados pelas
ferramentas de busca na web.
Nossa
meta a partir de agora é muito clara:
estar com o Eucalyptus Online Book & Newsletter sempre
na primeira página, quando qualquer pessoa no mundo, usando
um mecanismo de busca tipo Google, Yahoo ou Bing, pesquisar algo usando
a palavra Eucalyptus. Com isso, poderemos informar mais às partes
interessadas sobre os eucaliptos, com informações relevantes
e de muita qualidade e credibilidade. Por isso, peço ainda a
gentileza de divulgarem nosso trabalho àqueles que acreditarem
que ele possa ser útil. Nós, a Grau Celsius e a ABTCP, juntamente
com os parceiros apoiadores, ficaremos todos muito agradecidos.
Um
abraço a todos e boa leitura. Esperamos que gostem do que
lhes preparamos dessa vez.
Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br
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http://www.abtcp.org.br
Nessa
Edição da Eucalyptus Newsletter
Editorial
Capítulo
28 do Eucalyptus Online Book
Relatos
de Vida: GT-EUCA: Grupo de Trabalho sobre
o Eucalipto
ICEP’s
- Colóquios Internacionais sobre Celulose de Eucalipto - Apresentações
Orais do Terceiro Colóquio – III ICEP - Belo
Horizonte - Brasil
Referências
sobre Eventos e Cursos
Contribuições
dos Leitores
Nova
Geração de Plantações Florestais – “New
Generation Plantations”
Artigo
Técnico por Celso Foelkel
Reflexões
sobre Maneiras de Secar as Mãos: Papéis
Toalha, Toalhas Contínuas de Pano e Secadores
Elétricos de Ar Quente

Capítulo
28 do Eucalyptus Online Book
Nessa
edição lhes oferecemos mais um recente capítulo
do Eucalyptus Online Book para seu conhecimento e eventual downloading. Para
baixar o arquivo (em Adobe PDF), clique no nome do capítulo,
logo abaixo, ou utilize o artifício Salvar Destino Como...
através do botão direito de seu mouse.
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Capítulo
28:
"Os
Eucaliptos e as Leguminosas. Parte 03: Acacia mangium"-
(4,5 MB em PDF)
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endereço de URL a seguir e coloquem para que seu navegador
(Internet Explorer, Google Chrome, Mozilla Firefox, etc.) possa encontrar
o capítulo 28 correspondente em:
http://www.eucalyptus.com.br/eucaliptos/PT28_Acacia_mangium.pdf (Capítulo
28)
Relatos
de Vida:
GT-EUCA: Grupo de Trabalho sobre o Eucalipto
Ao final dos anos 1960’s, o Governo Federal brasileiro já conhecia
e se entusiasmara com as florestas plantadas de eucalipto, que naquela época
já abasteciam com sucesso diversos processos industriais, como
as fábricas de chapas e aglomerados de fibras, de preservação
de peças de madeira para postes e moirões, e em especial,
empresas fabricantes de celulose e papel. Havia toda uma história
de determinação e de esforço de pesquisas e estudos
que culminaram para que, naquela época, a fabricação
de celulose sulfato ou kraft branqueada de eucalipto já fosse
uma realidade. Eram quatro grandes empresas brasileiras de papéis
brancos (Suzano, Champion, Papel Simão e Ripasa) que fabricavam
produtos de qualidade competitiva e que encantavam os clientes brasileiros,
mas existiam outras de menor porte que também se destacavam
(Cícero Prado, Matarazzo, Spina, etc.). Isso despertou a idéia
de promover o crescimento desse setor no Brasil, tanto para atendimento
da demanda interna, como para gerar excedentes para exportação.
De início, o Governo cuidou sabiamente de incentivar a formação
de uma base florestal de florestas plantadas de eucaliptos e de pinheiros.
Isso se conseguiu pelo conhecido e divulgado PIFR - Programa de Incentivos
Fiscais ao Reflorestamento (Lei nº 5.106, de 02 de setembro de
1966) que perdurou por mais de duas décadas.
A seguir, esse apoio e estímulo ao crescimento industrial foram
fortalecidos através do II PND – Segundo Plano Nacional
de Desenvolvimento, que entre outros programas englobava o I PNPC – Primeiro
Plano Nacional de Papel e Celulose, durante o governo Ernesto Geisel
(1974-1979). Surgiam então as grandes estrelas celulósicas
da época: Borregaard em 1972 (depois Riocell e hoje Celulose
Riograndense), Cenibra, Aracruz (atualmente Fibria), Jari, Celulose
da Bahia (atualmente Bahia Specialty Cellulose), CELPAG Guatapará (hoje
International Paper do Brasil), e mais tarde, em outros momentos, a
Bahia-Sul (hoje Suzano) e a VCP (atualmente Fibria). Elas se juntaram
naqueles tempos às igualmente competitivas Suzano, Ripasa (hoje
Suzano), Simão (hoje Fibria), Champion (atual International
Paper do Brasil), Klabin, etc. Mais tarde, ao longo dessa história
de sucessos, algumas empresas foram mescladas a outras, algumas desapareceram,
outras mudaram de localização, ou de controle acionário.
E a vida continua..., isso é parte da história de qualquer
setor empresarial.
O grande desafio do final dos anos 70’s era convencer Europa, Ásia
e USA que a fibra do eucalipto não era uma fibra qualquer, que
devesse ser barata para servir só para enchimento no papel -
ou apenas uma celulose filler, como era vista inicialmente pelos europeus.
Os descontos praticados pelas áreas comerciais no início
das operações para introdução dessa polpa
levaram aos muitos consumidores do mundo a se acostumarem com as fibras
curtas e ímpares dos eucaliptos. Hoje, quase todo papeleiro
precisa de fibra curta em suas receitas e o eucalipto tem sido a alternativa
mais procurada para isso.
Também frequentemente nos esquecemos que a história da
difusão comercial e do marketing técnico da celulose
brasileira de eucalipto se baseou em um dos melhores trabalhos cooperativos
de comunicação e pesquisa tecnológica que se conhece
no setor. É o que pretendo escrever em mais esse meu “Relato
de Vida”.
Nos anos 70’s, as fábricas de celulose branqueada de mercado
de eucalipto no Brasil surgiram antes de se ter um mercado desenvolvido
para essas fibras. A primeira delas foi a Indústria de Celulose
Borregaard (depois Riocell) no Rio Grande do Sul, que exportava uma
celulose não branqueada para a Noruega. Lá essa polpa
era branqueada e vendida na Europa com o nome de Unicel – a primeira
das polpas com fibras brasileiras orientada tipicamente para exportação.
Naquela época pioneira, tínhamos fibras relativamente
desconhecidas saindo na forma de fardos, mas não sabíamos
ainda a quem e onde poderíamos vender a um preço competitivo.
Tampouco tínhamos qualificação técnica
para orientar os papeleiros estrangeiros sobre a melhor maneira de
se produzirem papéis de qualidade com receitas adequadas às
condições que eles praticavam. Havia a necessidade urgente
de se unirem esforços para a conquista do mercado externo. Esse
era um objetivo das empresas que foram sendo criadas e orientadas para
a exportação, mas que contaram com o apoio das empresas
que abasteciam o mercado doméstico. Essas últimas viam
com preocupação o super-abastecimento do mercado interno
se as fábricas exportadoras não conseguissem cumprir
seu objetivo exportador. As fabricantes domésticas de papel
de impressão/escrita e de higiênicos já haviam
desenvolvido seus papéis com até 100% de fibras de eucalipto
e se orgulhavam disso em suas fábricas integradas. Por razões
diversas, comerciais ou técnicas, nacionalistas ou não,
mas com a meta de se escoar essa nova e super-produção
para o mercado externo, todos se juntaram em outro exemplo fundamental
para o sucesso da indústria vencedora que somos hoje. É absolutamente
incrível e notável que empresas como Suzano, Champion,
Ripasa, CELPAG, Cícero Prado e Papel Simão abriram as
portas de seus bancos de dados e de seus conhecimentos técnicos
para ajudar o sucesso das novas empresas entrantes. Essas empresas
mais antigas já haviam perdido inúmeros de seus profissionais
técnicos para essas novas fábricas, e ainda assim se
associaram ao propósito de “vender uma imagem e produtos
de qualidade para o mundo – a celulose e o papel fabricados com
fibras de eucalipto”. Algo que muito dificilmente teria acontecido
nos dias muito mais competitivos e aguerridos de hoje. Quando noto
que hoje as empresas e as pessoas ou não têm tempo, ou
não têm interesse em trabalhar em comissões setoriais,
lembro-me com saudades da época em que isso era um requisito
vital para o sucesso do setor.
Em 1977, aconteceu a primeira reunião do programa cooperativo
GT-EUCA, tendo sido ela abrigada pelo CTCP – Centro Técnico
em Celulose e Papel, que tinha o Dr. Leopold Rodés como seu
diretor executivo. O GT-EUCA resultou como decorrência de uma
necessidade da indústria de celulose e papel da época:
a grande carência de conhecimentos técnicos sobre o eucalipto,
sendo esse um dos pontos fracos para que esse setor se tornasse vencedor,
já que começava a surgir como uma fonte de riquezas e
de exportações do Brasil. Essa demanda foi detectada
em uma das reuniões do Planejamento Estratégico do Setor
de Celulose e Papel, no início de 1977, que tinha a coordenação
do CTCP – Centro Técnico em Celulose e Papel, um órgão
de pesquisas e estudos técnicos do IPT – Instituto de
Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo.
O
GT-EUCA foi então criado “com o objetivo de dar suporte
técnico à estratégia mercadológica de exportação
de pastas celulósicas brasileiras de eucalipto” (em ata
de reunião do GT). Ele tinha, entre suas inúmeras funções,
as seguintes:
• Colaborar para o maior conhecimento das polpas brasileiras de
eucalipto em comparação às celuloses que existiam
nos mercados internacionais;
•
Desenvolver a competitividade do eucalipto como fibra celulósico-papeleira;
•
Aperfeiçoar as tecnologias de produção kraft para
essa matéria-prima;
•
Equalizar a linguagem técnica entre os diferentes novos atores
do setor;
•
Suprir informações e criar argumentações
que valorizassem a fibra curta do eucalipto para os diversos de seus
potenciais usos pelos papeleiros internacionais. Na época, os
anúncios das polpas de eucalipto se abstinham de incluir a frase “fibra
curta de eucalipto”, pois isso era entendido (imaginem...) como
um demérito para essas polpas.
•
Harmonizar os ensaios analíticos das polpas celulósicas
para que elas estivessem em sintonia aos padrões internacionais
(dai o surgimento do Programa Interlaboratorial de Ensaios do CTCP).
Na época, havia uma enorme confusão entre metodologias
de ensaios, já que se estava em uma era anterior às normas
ISO para celulose e papel – International Organization for Standardization.
•
Valorizar o uso do eucalipto e a qualidade dos papéis com ele
fabricados (até mesmo com 100% de fibras de eucalipto na receita – algo
inusitado para muitos papeleiros europeus);
•
Colaborar para o crescimento da indústria nacional de celulose
e papel, inclusive dos fabricantes de equipamentos (máquinas de
papel, refinadores, etc.);
•
Transferir demandas para as entidades acadêmicas para que tivessem
suporte das organizações apoiadoras de P&D do governo.
Havia
uma integração bastante forte entre o GT-EUCA e
o Conselho Consultivo do CTCP, sendo que alguns dos membros (inclusive
eu) eram comuns aos dois grupos. Por outro lado, o Conselho Consultivo
colaborava com entidades governamentais e setoriais para a elaboração
de políticas públicas dentro dos planos de desenvolvimento
industrial do País. Algo absolutamente bem orquestrado na época,
sem computadores, sem internet e com sistemas de comunicação
precários em relação à hoje – eu diria
até, algo definitivamente notável, que só mesmo
da união de pessoas de boa vontade, mesmas intenções
e ideais poderia resultar no que resultou.
Na
segunda reunião do GT-EUCA, que aconteceu em 18.04.1978 (dessa
eu tenho a ata, mas não da primeira reunião, infelizmente),
já sabíamos o que se devia fazer e o que precisava ser
feito rapidamente. Dentro do objetivo “suporte às exportações” precisava-se
conhecer mais como as celuloses de eucalipto se comparavam e se complementavam às
outras fibras celulósicas. Também havia que se conhecer
mais sobre os produtos papeleiros que poderiam ser feitos com elas e
quais as receitas mais convenientes em termos de misturas, cargas minerais,
aditivos químicos, refino, etc. Já em relação
aos processos industriais de produção de celulose kraft
faziam-se necessários desenvolvimentos nos processos de polpação;
branqueamento com dióxido de cloro (algo novo na época);
otimizações, balanços e modelagens de processos;
conservação de energia, etc.
Para
mim foi um privilégio ter participado (inicialmente como
Cenibra e depois como Riocell) dessa maravilhosa e motivada equipe para
avaliações, estudos, trocas de conhecimentos e, principalmente,
para comunicação sobre os eucaliptos para as partes interessadas.
Dentre as partes interessadas estavam: os fabricantes de celulose e papel,
as agências de financiamento, as entidades públicas de apoio à pesquisa
e ao desenvolvimento industrial, os clientes nacionais e internacionais
de produtos celulósicos e papeleiros, as universidades e institutos
de pesquisa, as associações de classe, a indústria
gráfica, a indústria de produtos para fins sanitários,
etc., etc. O empenho era forte para se criar um fantástico banco
de dados para dar suporte a essa indústria que estava prestes
a florescer.
É muito importante mencionar que quando o GT-EUCA foi criado
e começou a trabalhar, a única das grandes empresas exportadoras
a base de eucalipto que já estava operando era a Riocell – Rio
Grande Companhia de Celulose do Sul, fabricando uma celulose não-branqueada
de eucalipto. As outras grandes da época, Cenibra, Aracruz, Jari,
Bahia Sul, estavam ainda ou em construção ou em fase de
projetos. Logo, o GT-EUCA surgiu para abrir caminhos para essa indústria
que ainda estava no berço. Para ajudar esse nascimento se agregaram
os principais fabricantes da época: Suzano, Ripasa, Papel Simão,
Cícero Prado, Klabin e Champion – um belo gesto de confiança
e de união setorial. Também, não faltaram os apoios
de grandes personalidades setoriais da época, como os amigos Max
Feffer, Hessel Horácio Cherkasski, Alfredo Leon, Aldo Sani, John
Warren e Benjamin Solitrenick.
Empresas
fabricantes de celulose e papel, de máquinas e equipamentos
para o setor, de engenharia, instituições de ensino e pesquisa
(IPT/SP, ESALQ/USP, UFV, etc.), órgãos do governo, entidades
de classe (ABTCP, ANFPC, ABECEL) sentavam regularmente à mesma
mesa para traçar estratégias, estudar a competição
e os competidores, detectar pontos para melhoria, encontrar demandas
tecnológicas comuns a serem apoiadas pelas fontes de financiamento
do governo, etc. Todos trabalhando juntos para resolverem os problemas
do setor - algo a se lembrar com saudades.
O
GT-EUCA, de forma integrada e participativa, eqüalizou conceitos,
ajudou a criar valor e amor às fibras do eucalipto, colaborou
para convencer mercados e clientes e deu credibilidade aos produtos do
setor. Tudo isso aconteceu em velocidade e timing muito rápido
e com altíssima eficácia. A parceria floresceu, todos criando
argumentações técnicas que ajudassem a compreender
melhor as fibras, as polpas e os papéis dos eucaliptos. Comparações
dos eucaliptos com as fibras da época eram comuns, como com a
bétula, a faia, as folhosas mistas do norte e do sul da América
do Norte, etc. Sabedores que a fibra curta do eucalipto estava destinada
a deslocar as fibras longas mais caras, trabalhou-se muito no tema misturas
de fibras e suas vantagens e otimizações na refinação,
formação da folha e propriedades conferidas aos papéis.
Tudo era muito cooperativo e aberto, sendo que muitos desses resultados
constam dos livros técnicos dos congressos da ABCP (atual ABTCP)
e nos artigos técnicos da revista O Papel. Também alguns
dos participantes do grupo publicavam trabalhos em revistas internacionais,
com a finalidade de esclarecimentos sobre o eucalipto e suas fibras.
Impulsionava-se ainda a apresentação de palestras em congressos
internacionais para divulgação dessa celulose e de suas
maravilhas.
O ápice desse trabalho cooperativo resultou na parceria do GT-EUCA,
da ANFPC e da ABECEL com a PPI (Pulp and Paper International - Miller
Freeman), para a realização, em Bruxelas, em maio de 1979,
do “Symposium on New Pulps for the Paper Industry”, que versava
quase que exclusivamente sobre as fibras do eucalipto, com participação
de outros interessados nos eucaliptos como os espanhóis, portugueses,
marroquinos e sul-africanos. Pelo sucesso do simpósio, esse evento
se converteu na PPI Market Pulp Conferences, que ainda persistem na forma
de congressos organizados e promovidos pela RISI – Resources Information
Systems Inc., que sucedeu a PPI.
Após o evento, a delegação brasileira elaborou um
mini-relato do evento, que foi difundido pelo GT-EUCA. Gostaria de compartilhar
algumas frases do mesmo com vocês:
“A pasta celulósica de eucalipto foi a ênfase do simpósio.
Aproximadamente 60% dos trabalhos apresentados versaram sobre o eucalipto.
Cerca de 50% das conferências foram proferidas por brasileiros
ou representantes de empresas brasileiras. A atuação da
equipe brasileira teve uma repercussão muito grande sobre uma
audiência global de mais de 450 pessoas ligadas ao setor de celulose
e papel.”
“A equipe brasileira apresentou-se de forma bastante coordenada, sendo
que os trabalhos foram complementares entre si, não se mostrando
repetitivos. Foi enorme o impacto causado pela experiência brasileira
na utilização de pasta celulósica de eucalipto,
comprovada pela distribuição de amostras de papéis
de excelente qualidade”.
Todo o planejamento do evento e das palestras foi coordenado pelo GT-EUCA,
sendo que as palestras brasileiras abordaram os seguintes temas:
•
Brazil – a new pulp supplier (Ernane Galveas – Aracruz e
ABECEL);
•
A historical overview of the Eucalyptus in papermaking (Max Feffer – Suzano
Feffer);
•
Eucalyptus pulps in printing paper grades (John Warren – Champion);
•
Eucalyptus pulps in packaging paper grades (Carlos Gallo Neto – Ripasa);
• Eucalyptus pulps for specialty papers (Ovídio Sallada – Simão);
•
Riocell mill report (João Carlos Jonker);
• Aracruz mill report (Svein Wenneras);
•
Cenibra mill report (José Luiz Paoliello);
• Jari mill report (Stuart Lang);
• Celulose da Bahia report (Francesco Corradini).
Ainda nesse evento foi distribuído a todos os participantes um
excelente relatório com a avaliação de quatro polpas
de eucalipto brasileiras. Esse relatório serviu para abertura
de portas em relação aos técnicos dos futuros clientes
das celuloses de mercado feitas no Brasil. Logo abaixo, estão
apresentadas algumas publicações daquela época e
os livretos resumo dos dois eventos de Bruxelas.
Lembro-me com satisfação do quanto os amigos da PPI – Pulp & Paper
International se encantaram com o Brasil e com os eucaliptos, a ponto
de Leonard Haas e John Kalish se motivarem a editar diversas reportagens
sobre o Brasil na revista PPI, que era uma referência para o setor,
naqueles tempos.
Também como recomendação do GT-EUCA foi sugerida
uma nova rodada em Bruxelas, conjuntamente com a PPI, tendo assim se
originado a série de eventos “Market Pulp Conferences”,
que chegou quase a atingir a vigésima edição, sob
a organização recente da RISI.
No evento de 1981, a participação brasileira não
foi tão marcante como no primeiro simpósio, mas algumas
palestras foram agregadas, complementando-se às palestras de 1979.
Entre elas, foram destaque as seguintes apresentações brasileiras:
•
Supply of market pulp from Brasil (Abílio dos Santos – Cenibra
e ABECEL);
•
Mixtures of Eucalyptus and pine pulps for papermaking (Sílvia
Bugajer – CTCP/IPT);
•
100% Eucalyptus papers – mill experiences (Ovídio Sallada – Papel
Simão)
•
100% Eucalyptus high speed paper machines (Roberto Leonardos – Suzano
Feffer)
Também aqui, a coordenação do GT-EUCA foi importante,
em especial pela grande geração de informações
que provinham do trabalho da Dra. Sílvia Bugajer e da equipe do
CTCP, comandada pelo estimado amigo Leopold Rodés.
A partir do final do ano de 1981, as reuniões do GT-EUCA foram-se
espaçando, as metas propostas ao grupo já haviam sido atingidas,
as novas fábricas estavam operando com suas equipes técnicas
já qualificadas, os mercados estavam sendo conquistados - enfim,
as coisas foram aos poucos se apagando e os panos se fechando para o
GT-EUCA.
Antes de concluir esse relato não posso de forma alguma deixar
de apresentar a vocês os nomes (os que me lembro) dos participantes
mais frequentes (e de outros que se colocaram a postos apenas para as
apresentações em Bruxelas). Foram pessoas que ajudaram
a construir o setor brasileiro de celulose e papel. Merecem nosso respeito,
nossa admiração pelo talento e nossa mais sincera apreciação
pelo esforço, competência e dedicação. Todos
compunham uma mescla de profissionais experientes e qualificados e outros
jovens, em início de carreira, mas repletos de energia, vontade
e determinação.
Segue então a grande lista de colaboradores usuais ou eventuais
dessa equipe: CTCP/IPT: Leopold Rodés, Sílvia Bugajer,
Genésio Kuan; ANFPC – Associação Nacional
dos Fabricantes de Papel e Celulose: Horácio Cherkasski; ABECEL – Associação
Brasileira dos Exportadores de Celulose: Leda Liebermeister; Papel
Simão:
Raul Calfat; Alfredo Leon, Ovídio Sallada; Ripasa: Abraão
Zarzur; Carlos Gallo Neto, Abel Ribeiro Filho, Ricardo Cintra; Riocell: Aldo Sani, João Carlos Jonker; W. Spencer; Antonio Waldomiro Petrik;
Celso Foelkel; Aracruz: Afonso Costa Marques; Svein Wenneras; Ettiene
Gonçalves; Cenibra: Tadeu Plazzi, Ceslavas Zvinakevicius, Jorge
Kato, José Luiz Paoliello, Celso Foelkel; CELPAG Guatapará: Alfredo Mokfienski, Luiz Quintana Lobato; Suzano Feffer: Max Feffer,
Roberto Leonardos, Reinor Lebrão, Benjamin Solitrenick, Gunnar
Krogh, Antanas Stonis; Champion: John Warren, Sarkis Aprahamian; Cícero
Prado: Laerte Assumpção Neto, José Marcos de Freitas,
Rafael Rios; Promon Engenharia: Cyro Oliveira Guimarães Filho,
Fernando Santos; UFV – Universidade Federal de Viçosa: José Lívio
Gomide; ESALQ/USP – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
da Universidade de São Paulo: Luiz Ernesto George Barrichelo;
Refinadores Pilão: José Roberto Carreta, José Eduardo
Gonçalves; Klabin: Fernando Souza Camargo; Refinadora
Paulista: José D’Artagnan Ramos; Braskraft: Marcello Pilar; FIBASE
- Financiamentos de Insumos Básicos: Paulo Domingues; Beloit
Rauma: Alberto Fernandes y Sagarra; Melhoramentos: Hasso Weiszflog; Spina: Alberto
Fabiano Pires.
Desculpem-me os amigos que eventualmente eu tenha esquecido de nominar – afinal
quase não existem mais atas de reuniões e muitos dos que
lá estavam já não mais estão conosco para
me ajudar.
Gostaria ainda de agradecer às amigas Sílvia Bugajer e
Maria Luiza Otero D’Almeida pela valiosa ajuda para que eu pudesse
elaborar esse resgate histórico. Um muito sincero obrigado a vocês
todos.
Referências de textos e sugestões
para leitura
A seguir lhes trazemos algumas das publicações que foram
geradas na época da atuação do GT-EUCA e outras
consequentes desse grupo, sendo que diversas delas foram produzidas pelo
CTCP/IPT para suporte às demandas do setor e determinadas como
prioritárias pelo próprio grupo de trabalho. Diversos estudos
foram especialmente elaborados para os eventos de Bruxelas, enquanto
outros foram publicações feitas com a finalidade de informar
acerca dos eucaliptos: suas madeiras, polpas celulósicas e papéis.
Uma valiosa publicação lançada pelo CTCP em 1979
foi uma coletânea bibliográfica (até a época)
de publicações brasileiras sobre madeira, celulose e papel
de eucalipto. Tanto os anais dos dois eventos da PPI, como a própria
bibliografia elaborada pelo CTCP não podemos lhes trazer na íntegra,
visto que possuem direitos proprietários. Porém, lhes trazemos
resumos e ilustrações. Aqueles que se interessarem pelas
edições completas, recomendamos contactar o IPT (http://www.ipt.br/)
ou a RISI, que sucedeu a PPI (http://www.risiinfo.com/) para obtenção
das publicações correspondentes.
Bibliografia
de eucalipto: autores e publicações
nacionais. M.L. Azevedo; P. Phillip. IPT/SP. (1979)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
02_Bibliografia%20sobre%20o%20eucalipto%20ate%201979_IPT0001.jpg
Sobre o IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado
de São Paulo. (1979)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/03_Sobre%20o%20IPT.jpg
International Symposium on New Pulps for the Paper Industry. Livreto
do evento. PPI – Pulp & Paper International. Bruxelas. 26 pp.
(1979)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/04_New%20Pulps
%20for%20the%20Paper%20Industry%20-%20Summary%20of%20the%20event.pdf (em Inglês)
Second International Pulp Symposium. Livreto do evento. PPI – Pulp & Paper
International. Bruxelas. 25 pp. (1981)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
05_Second%20International%20Pulp%20Symposium.pdf (em Inglês)
Pastas celulósicas sulfato branqueadas de folhosas – ênfase
especial ao eucalipto brasileiro. S. Bugajer. O Papel 40(8): 47 – 53.
(1979)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
06_Pastas%20celulosicas%20brasileiras.pdf
Evaluation of the characteristics of bleached kraft Eucalyptus
pulps. S. Bugajer; A.P. Castro. CTCP – Centro Técnico em Celulose
e Papel. 16 pp. (1979)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/06A_Evaluation%20of
%20bleachedf%20kraft%20eucalyptus%20pulps_Report%20distributed
%20at%20PPI%20Symposium%201979.pdf (em Inglês)
Eucalipto brasileiro comparado com outras pastas celulósicas comerciais
de folhosas. S. Bugajer. CTCP – Centro Técnico em Celulose
e Papel. 49 pp. (1977)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/07_EUCALIPTO%20
BRASILEIRO%20COMPARADO%20COM%20OUTRAS%20PASTAS%20CELULaSICAS.pdf
Comportamento de misturas de pastas celulósicas de eucalipto e
pinho na fabricação de papel. S. Bugajer; G.S.S. Kuan.
O Papel 41(Janeiro): 53 – 65. (1980)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Artigo%207
a_Refino%20polpas%20eucalipto%20e%20pinheiro.pdf
The mixture of Eucalyptus and pine pulps for paper. S. Bugajer. Second
International Pulp Symposium. PPI – Pulp & Paper International.
04 pp. (1981)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/08_Eucalyptus%20
and%20Pine%20Pulp%20Blends.pdf (em Inglês)
Controle de qualidade de pastas celulósicas sulfato de eucalipto
- Parte 01. S. Bugajer. CTCP – Centro Técnico em Celulose
e Papel. 10 pp. (1978)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/09_PASTAS%20CELULaSICAS
%20SULFATO%20DE%20EUCALIPTO%20-%20PARTE%201.pdf
Controle
de qualidade de pastas celulósicas sulfato de eucalipto
- Parte 02. S. Bugajer. CTCP – Centro Técnico em Celulose
e Papel. 39 pp. (1978)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/10_PASTAS%20CELULaSICAS
%20SULFATO%20DE%20EUCALIPTO%20-%20PARTE%202.pdf
A
refinação da fibra de eucalipto. M.H. Ito. 10º Congresso
Anual ABTCP – Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel. p. 79 – 93. (1977)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/11_Refino%20Ito.pdf
Considerações gerais sobre o uso de celulose de eucalipto
na fabricação de papel. A. Ribeiro Jr. 9º Congresso
Anual ABTCP – Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel. p. 47 – 49. (1976)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/11a_Eucalipto%20para%20papel.pdf
Hardwood pulping in Brazil. C. Foelkel. TAPPI Journal 63(3): 39 – 42.
(1980)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/
13_Hardwood%20pulping%20in%20Brazil.pdf (em Inglês)
Present status in the utilization of eucalypt wood for pulping
in Brazil. A. Sani; C.E.B. Foelkel. Cenibra – Celulose Nipo Brasileira S.A.
13 pp. (Sem referência de data)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/12_Present%20status%20in%20the%
20utilization%20of%20eucalypt%20wood%20for%20pulping%20in%20Brazil.pdf (em Inglês)
Eucalipto: força impulsora da indústria de celulose e papel
no Brasil. C.E.B. Foelkel. Riocell – Rio Grande Cia de Celulose
do Sul. 05 pp. (Sem referência de data)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/14_Eucalipto%20forca%20impulsora.pdf
Programas interlaboratoriais. M.L.O. D’Almeida; P.K. Iasumura;
M.E.T. Koga; R.C.T. Takahashi. Instituto de Pesquisas Tecnológicas
do Estado de São Paulo. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. 14 pp. (Sem referência
de data)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
11b_Programas%20Interlaboratoriais%20CTCP.pdf
Programas
interlaboratoriais. Parte I - Importância no setor de
celulose e papel. (Proficiency tests schemes. Part I - Importance
in the pulp and paper sector). M.L.O. D’Almeida; D.M. Zouain. O Papel
71(5): 39 – 52. (2010)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
11c_Programas%20Interlaboratoriais%20IPT.pdf (em
Português e Inglês)

ICEP’s
- Colóquios Internacionais sobre Celulose de Eucalipto
Apresentações Orais do Terceiro
Colóquio – III ICEP - Belo Horizonte - Brasil
O evento Colóquio Internacional sobre
Celulose de Eucalipto é um
dos melhores e mais renomados congressos a nível mundial sobre produção
e tecnologia de celulose. Foram cinco as edições que ocorreram
até o presente momento. Na edição de 2011 do ICEP tive
todo o apoio e a autorização do Dr. Jorge Luiz Colodette, que é considerado “o
pai dos colóquios”, para oferecer para a comunidade eucalíptica
através da nossa Eucalyptus Newsletter, as apresentações
e os artigos técnicos de todos os colóquios realizados.
Os colóquios do eucalipto, como se refere sobre eles no Brasil, passaram
desde 2003 a serem fóruns regulares de encontros e relacionamentos tecnológicos
sobre as madeiras, polpas e fibras papeleiras dos eucaliptos.
O Terceiro Colóquio aconteceu em 2007 na cidade de Belo Horizonte, Brasil,
tendo como principal anfitriã a UFV – Universidade Federal de
Viçosa. As demais instituições apoiadoras e que regularmente
colaboram na organização dos colóquios também estiveram
cooperando para o sucesso do evento: SIF – Sociedade de Investigações
Florestais; ABTCP – Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel, ATCP – Chile – Asociación Técnica
de la Celulosa y el Papel e portal CeluloseOnline.
Nossos especiais cumprimentos à UFV que colocou sua colaboração
para que o colóquio seguisse um processo de rotatividade entre países,
fortalecendo assim os laços de amizade entre os diversos países
detentores de tecnologias e fabricantes de celuloses de eucalipto.
Nessa terceira edição do colóquio participaram cerca de
320 técnicos e pesquisadores, entre participantes e palestrantes. A
temática básica do evento de 2007 discorreu sobre produtividade
e o foco era “Maximizing Throughput and Quality”. Cerca de 50 excelentes
palestras foram apresentadas sobre isso e algumas se converteram em referência
mundial sobre o assunto. Frente ao elevado número de trabalhos e de
artigos apresentados como “posters”, estamos lhes trazendo nessa
edição da Eucalyptus Newsletter apenas os artigos e palestras
que foram apresentados oralmente. Em outra edição lhes traremos
os artigos referidos como “posters” desse terceiro colóquio,
que são cerca de 30.
Aguardem em próximas edições da Eucalyptus Newsletter
a continuidade desse serviço de difusão dos conhecimentos transmitidos
nesses magníficos eventos.
Boa leitura a todos.
Artigos
e Palestras Orais do Terceiro Colóquio
Internacional sobre Celulose de Eucalipto
3rd ICEP opening remarks. Dr. Jorge Luiz Colodette
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/00Colodette.ppt.pdf (15 slides – em
Inglês)
Control
of cell wall component biosynthesis in wood formation. Vincent
L. Chiang
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/10Chiang.text.pdf (03 pp. - em Inglês)
Recent
advances in Eucalyptus wood chemistry: structural features through
the prism of technological response. Dmitry V. Evtuguin; Carlos
Pascoal Neto
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/20Evtuguin.text.pdf (12 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/21Evtuguin.ppt.pdf (39 slides – em
Inglês)
Advances
in Eucalyptus fiber properties & paper
products. Celso Foelkel
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/30Foelkel.text.pdf (06 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/31Foelkel.ppt.pdf (68 slides – em
Inglês)
The
chemistry of bleaching and post-color formation in kraft pulps. Göran Gellerstedt
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/40Gellerstedt.text.pdf (13 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/41Gellerstedt.ppt.pdf (50 slides – em
Inglês)
Biorefinery – an overview. Gopal
C. Goyal; Zheng Tan; Caifang Yin; Norman Marsolan; Tom Amidon
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/50Goyal.text.pdf (05 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/51Goyal.ppt.pdf (39 slides – em
Inglês)
Peroxide bleaching of Eucalyptus CTMP
using magnesium hydroxide as the alkali source. Z. He; Y. Ni
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/60He.text.pdf (07 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/61He.ppt.pdf (37 slides – em
Inglês)
Challenges
in kraft cooking of Eucalyptus. Mikael E. Lindström
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/70Lindstrom.text.pdf (04 pp. - em Inglês)
Advances
in Eucalyptus pulp bleaching technology. Olavi Pikka; Janne
Vehmaa
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/80Pikka.text.pdf (14 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/81Pikka.ppt.pdf (58 slides – em
Inglês)
Challenges
and opportunities in measuring and maintaining brightness of bleached
eucalypt kraft pulp. Martin Ragnar
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/90Ragnar.text.pdf (08 pp. - em Inglês)
Xylan’s impact on Eucalyptus pulp yield and strength – myth
or reality? Nam Hee Shin; Bertil Stromberg
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/100Shin.text.pdf (08 pp. - em Inglês)
Pulp
quality – not only chemistry.
Panu Tikka
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/111Tikka.ppt.pdf (30 slides. - em Inglês)
Membrane
separation: an essential component for a wood-based biorefinery. Thomas E. Amidon; Christopher David Wood; Shijie Liu
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/120Amidon.text.pdf (11 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/121Amidon.ppt.pdf (20 slides – em
Inglês)
New
insights into Eucalyptus lignin & pulping
chemistry. Anderson Guerra; Ilari Filpponen; Lucian A. Lucia; Dimitris
S. Argyropoulos
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/130Argyropoulos.text.pdf (12 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/131Argyropoulos.ppt.pdf (32 slides – em
Inglês)
Biomechanical
pulping of Eucalyptus wood chips. André Ferraz;
Anderson Guerra; Régis Mendonça; Paulo César Pavan
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/140Ferraz.text.pdf (06 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/141Ferraz.ppt.pdf (25 slides – em
Inglês)
Forward
genomics in Eucalyptus: from phenotypes to genes involved in wood
formation. Dario Grattapaglia
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/150Grattapaglia.text.pdf (08 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/151Grattapaglia.ppt.pdf (61 slides – em
Inglês)
Influence
of final bleaching stage on ECF brightness development, refinability
and pulp properties V.R. (Perry) Parthasarathy; Jorge
Colodette
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/160Perry.text.pdf (15 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/161Perry.ppt.pdf (29 slides – em
Inglês)
Comportamento
dos constituintes químicos da madeira de eucalipto
na polpação Lo-Solids. L.R. Pimenta; J.L. Gomide; J.L.
Colodette,; N.H. Shin,
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/170Pimenta.text.pdf (14 pp. – em
Português)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/171Pimenta.ppt.pdf (32 slides – em
Português)
The
effect of refining on transverse dimension distributions of eucalypt
pulp species. Iiro Pulkkinen; Juha Fiskari; Juhani Aittamaa
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/180Pulkkinen.text.pdf (08 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/181Pulkkinen.ppt.pdf (44 slides – em
Inglês)
Estudio
de refinación de mezclas de celulosa fibra corta-fibra
larga em refinador piloto Escher Wyss. J. Soza; R. González
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/190Soza.text.pdf (08 pp. - em Espanhol)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/191Soza.ppt.pdf (39 slides – em
Espanhol)
Advances
in the kraft chemical recovery process. Honghi Tran; Esa
K. Vakkilainnen
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/200Tran.text.pdf (07 pp. - em Inglês)
Reactivity
of hexenuronic acid in bleaching of Eucalyptus kraft pulps. Tapani Vuorinen; Immanuel Adorjan; Anna-Stiina
Jääskeläinen;
Tuula Lehtimaa; Katri Toikka; Zhen Zhou
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/210Vuorinen.text.pdf (05 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/211Vuorinen.ppt.pdf (25 slides – em
Inglês)
The
second generation TCF bleaching with HC ozone.
Maria Wennerström;
Mårten Dahl; Solveig Nordén; Ann-Sofi Näsholm
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/220Wennerstrom.text.pdf (05 pp. - em Inglês)
The
kraft pulp mill as a biorefinery. Peter Axegård
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/230Axegard.text.pdf (06 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/231Axegard.ppt.pdf (38 slides – em
Inglês)
NIR
on-line: an innovation in the VCP wood yard. Alessandra
Foresti Caldeira; Ana Paula da Rocha; Carlos Verciano Costa Santos;
Clayton
Almeida; José Eduardo Patelli; Paulo Sergio P. Calvosa; Vera
Sacon
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/240Caldeira.text.pdf (04 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/241Caldeira.ppt.pdf (22 slides – em
Inglês)
Utilization
of black liquor xylan to increase tensile properties of kraft pulp. Sverker Danielsson; Mikael E. Lindström
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/250Danielsson.text.pdf (04 pp. - em Inglês)
Improvement
of wood density, cellulose content and fiber length by expressing
candidate genes in a xylem-preferred manner. Isabel R. Gerhardt;
Fabio Papes; Paulo Arruda
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/260Gerhardt.text.pdf (02 pp. - em Inglês)
Evaluation
of vessel picking tendency in printing. Panula-Ontto Sari; Fuhrmann Agneta; Kariniemi Merja;
Särkilahti Airi
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/270Panulaontto.text.pdf (06 pp. - em Inglês)
ASA
pulping of South-American Eucalyptus species. Miguel Pereira;
Othar Kordsachia; Rudolf Patt
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/280Pereira.text.pdf (06 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/281Pereira.ppt.pdf (19 slides – em
Inglês)
About
glucuronoxylan effect on the hornification of E. globulus bleached
pulps. Felipe Rebuzzi; Dmitry V. Evtuguin
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/290Rebuzzi.text.pdf (06 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/291Rebuzzi.ppt.pdf (24 slides – em
Inglês)
Optimizing
the alkaline extraction for Eucalyptus kraft pulp bleaching. Lewis D. Shackford; Carlos A. Santos; Jorge L. Colodette; Ericka F.
Alves
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/300Shackford.text.pdf (10 pp. - em Inglês)
Influence
of the bleaching sequence on the brightness stability of Eucalyptus kraft pulp. O. Sevastyanova;
J. Li; M.E. Lindström;
G. Gellerstedt
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/310Sevastyanova.text.pdf (06 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/311Sevastyanova.ppt.pdf (20 slides – em
Inglês)
Modeling
of Eucalyptus globulus kraft pulping. H. Sixta; E.W. Rutkowska
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/320Sixta.text.pdf (07 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/321Sixta.ppt.pdf (28 slides – em
Inglês)
Potentialities
of genetically modified trees for the eucalypt kraft pulp industry. Fabio L. Brun; Maud Hinchee; Fernando S. Gomes; Nathan
Ramsey
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/330Brun.text.pdf (04 pp. - em Inglês)
Interação madeira x processo. Cláudio José G.
Carneiro; João Flávio da Silva; Aguinaldo José de
Souza; Newton Guilherme d’Assumpção; Elias Salvador;
Lorena Fernandes da Silva
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/340Carneiro.text.pdf (09 pp. - em Português)
New
insights on brightness stability of Eucalyptus kraft pulp. K.M.M.
Eiras; J.L. Colodette; L.C.A. Barbosa
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/350Eiras.text.pdf (07 pp. - em Inglês)
Ageing
of Eucalyptus pulps: effects on brightness and viscosity. Annbritt Forsström; Pia Hellström;
Thomas Greschik
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/360Forsstrom.text.pdf (07 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/361Forsstrom.ppt.pdf (24 slides – em
Inglês)
Mild
acid and alkaline pretreatments before kraft and SAQ pulping.
R.C. Francis; T.E. Amidon; N.-H. Shin; T.S. Bolton; D. Kanungo
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/370Francis.text.pdf (08 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/371Francis.ppt.pdf (47 slides – em
Inglês)
Modelado
de la impregnación alcalina de chip de eucalipto.
Reacciones y transporte iónico. (Modeling of the
alkaline impregnation of Eucalyptus chips. Reactions and ion transport). Maria Cristina Inalbon;
Miguel Zanuttini; Miguel Mussati; Victorio Marzocchi
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/380Inalbon.text.pdf (09 pp. - em Espanhol)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/381Inalbon.ppt.pdf (66 slides – em
Inglês)
How
to evaluate the kraft pulp brightness stability? Tiina Liitiä;
Tarja Tamminen
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/390Liitia.text.pdf (07 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/391Liitia.ppt.pdf (24 slides – em
Inglês)
Incrustações de cálcio em digestor contínuo.
Tratamento com antiincrustantes. Augusto Milanez
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/400Milanez.text.pdf (12 pp. - em Português)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/401Milanez.ppt.pdf (18 slides – em
Português)
Hot
acid/chlorine dioxide bleaching of Eucalyptus pulps. V.R. (Perry)
Parthasarathy; J.L. Colodette
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/410Parthasarathy.text.pdf (01 pp. - em Inglês)
Efecto del espaciamiento en la densidad básica y
aptitud pulpable de la madera de Eucalyptus nitens. Miguel A. Peredo; Christian Mora;
Mauricio Ramírez
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/420Peredo.text.pdf (08 pp. - em
Espanhol)
From forest to product: new solutions for rapid, comprehensive
wood and fibre analyses. Gail E. Sherson; Kathy L. Woo; Ho Fan Jang; Shannon
Huntley; James Drummond; Val Lawrence; Francides Gomes
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/430Sherson.text.pdf (12 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/431Sherson.ppt.pdf (32 slides – em
Inglês)
On
the role of xylan in oxygen delignification. Helena Wedin; Martin Ragnar; Mikael E. Lindström
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/440Wedin.text.pdf (03 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/441Wedin.ppt.pdf (23 slides – em
Inglês)
Estudo
da lixiviação ácida de cavacos para remoção
de metais antes do cozimento kraft e seus efeitos no processo. Érica
Moreira; Jorge Luiz Colodette; José Lívio Gomide; Rubens
Chaves Oliveira; Adair José Regazzi; Vera Maria Sacon
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/451Moreira.ppt.pdf (34 slides – em
Português)
Avaliação da branqueabilidade de biopolpa kraft de eucalipto
pela sequência O/O-DHT-(EOP)-D. Javier Gonzalez Molina; Jorge
Luiz Colodette; Marco Antônio Azevedo; Oldair de Paula
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/461Gonzalez.ppt.pdf (11 slides – em
Português)
Sodium
hydroxide substitution at bleaching alkaline stage of Eucalyptus bleached kraft pulp. Luciana C. Souza; Yoni M. Robles; Wander P. Reggiane;
Eli C. do Bem
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/470Souza.text.pdf (06 pp. - em Inglês)
e
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/471Souza.ppt.pdf (24 slides – em
Inglês)
North
American uncoated freesheet: capacity and market trends. N.
Marsolan
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/481Marsolan.ppt.pdf (11 slides – em
Inglês)
Industria
de la Celulosa en Chile. ATCP Chile
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/491ATCPChile.ppt.pdf (10 slides – em
Espanhol)

Referências
sobre Eventos e Cursos
Essa seção tem como meta principal apresentar a vocês a
possibilidade de navegação em eventos que já aconteceram
em passado recente (ou não tão recente), e para os quais os organizadores
disponibilizaram o material do evento para abertura, leitura e downloading a partir de seus websites. Trata-se de uma maneira bastante amigável
e com alta responsabilidade social e científica dessas entidades, para
as quais direcionamos os nossos sinceros agradecimentos. Gostaria de enfatizar
a importância de se visitar o material desses eventos. A maioria deles
possui excepcionais palestras em PowerPoint, ricas em dados, fotos, imagens
e referências para que vocês possam aprender mais sobre os temas
abordados. Outras vezes, disponibilizam todo o livro de artigos técnicos,
verdadeiras fontes de conhecimento para nossos leitores. Estamos também
destacando nessa seção a crescente disponibilidade de materiais
acadêmicos colocados de forma pública por inúmeros professores
universitários, que oferecem as aulas e materiais didáticos de
seus cursos para uso pelas partes interessadas da sociedade através
da internet.
É
muito importante que vocês naveguem logo e façam os devidos downloading’s dos materiais de seu agrado. Muitas vezes as instituições disponibilizam
esses valiosos materiais por curto espaço de tempo ou então alteram
os endereços de URL devido a modernizações em seus websites.
Espero que apreciem essa nossa presente seleção: são diversos
eventos, cursos e disciplinas acadêmicas interessantíssimos e
que aconteceram no Brasil e fora dele.
Maestría en Ingeniería de Celulosa y Papel. Mestrado em Engenharia
de Celulose e Papel. UdelaR – Universidad de la Republical. Uruguai.
(em Espanhol e Inglês)
O curso de mestrado em celulose e papel iniciou-se no Uruguai em 2007 com a
parceria entre a Faculdade de Engenharia da UdelaR e a TKK - Helsinki University
of Technology. Seu objetivo é a formação de recursos humanos
e desenvolvimento de conhecimentos tecnológicos através das dissertações
de mestrado para uma indústria com amplo potencial de crescimento naquele
país. O curso tem a duração de dois anos e tem como docentes
professores da UdelaR, da TKK e de técnicos das empresas do setor. Os
materiais didáticos de algumas disciplinas estão abertos e podem
ser obtidos, apesar da maioria das palestras e aulas estar protegida e depender
de senha para acesso. A disciplina da professora Pamela de Cuadro sobre “Estructura
y Química de la Madera” de 2010 possui algumas de suas aulas tornadas
públicas. As aulas sobre Silvicultura e sobre Aspectos Ambientais, também,
bem como alguns textos de outros professores. De qualquer maneira, é bom
que vocês conheçam, naveguem com paciência e tentem obter
algumas dessas apresentações, muito interessantes e didáticas.
• http://www.universidad.edu.uy/ (Website
da UdelaR)
• http://www.fing.edu.uy/iq/maestrias/icp/ (Mestrado
em Celulose e Papel)
• http://www.fing.edu.uy/iq/maestrias/icp/cursos/cursos.html (Cursos
e disciplinas)
• http://www.fing.edu.uy/iq/maestrias/icp/tesis/tesis.html
(Dissertações
defendidas e em andamento)
• http://www.fing.edu.uy/iq/maestrias/icp/materiales/materiales.html (Materiais
didáticos)
• http://www.fing.edu.uy/iq/maestrias/icp/materiales/2010/06_Papermaking/
book8chapter4refining%20of%20chemical%20pulp.pdf (Refining of chemical pulps)
• http://www.fing.edu.uy/iq/maestrias/icp/materiales/2010/
06_Papermaking/book8chapter6Web%20forming.pdf (Papermaking web forming)
• http://www.fing.edu.uy/iq/maestrias/icp/materiales/2010/
10_Environmental/Chemical%20Pulping.pdf (Chemical pulping environmental issues)
• http://www.fing.edu.uy/iq/maestrias/icp/materiales/2010/
10_Environmental/Mechanical%20Pulping.pdf (Mechanical pulping environmental issues)
• http://www.fing.edu.uy/iq/maestrias/icp/materiales/2010/
10_Environmental/Paper%20Making.pdf (Environmental issues of papermaking)
• http://www.fing.edu.uy/iq/maestrias/icp/materiales/2010/
10_Environmental/Recycled%20Fibres%20Processing.pdf (Recycled fibers processing)
• http://www.fing.edu.uy/iq/maestrias/icp/materiales/2010/
10_Environmental/Lesson9to16.pdf (Environmental technologies in pulp and papermaking)
• http://www.fing.edu.uy/iq/maestrias/icp/materiales/2010/
10_Environmental/Lesson%2014%20-%20Air%20emissions%20control.pdf (Air emissions)
Madeira
2012. Sexto Congresso Congresso Internacional
de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Indústria de Base
Florestal e de Geração de Energia. (em Português)
Em junho de 2012, na cidade de Vitória/ES, o Instituto BESC
de Humanidades e Economia organizou e promoveu com muito sucesso o
seu Sexto Congresso Internacional de Desenvolvimento Econômico
Sustentável da Indústria de Base Florestal e de Geração
de Energia – Madeira 2012. Trata-se de mais uma edição
do congresso que se tornou referência de qualidade para o setor
de base florestal e de geração de energia a partir da
biomassa das plantações de eucaliptos. Tradicionalmente,
o evento é realizado em anos alternados e em período
integral, durante dois dias consecutivos de debates. Dessa vez, o Madeira
2012 reuniu mais de 300 participantes desses segmentos industriais
para a discussão de temas desafiadores e inovadores com palestrantes
brasileiros e estrangeiros da mais alta qualidade. O pano de fundo
básico dessa vez era sobre “Competitividade, Sustentabilidade
e Oportunidades”. O entusiasmo e a dedicação da
idealizadora do evento, nossa estimada amiga Jussara Ribeiro (...e
de sua equipe) mais uma vez foram recompensados pela excelência
do público e das apresentações.
http://congressomadeira.com.br/2012/ (Website do evento Madeira 2012)
http://congressomadeira.com.br/2012/?page_id=624 (Revista Madeira
2012)
http://congressomadeira.com.br/2012/?page_id=118 (Premiação
Troféu Madeira 2012)
http://congressomadeira.com.br/2012/?page_id=239
(Programação
das apresentações)
http://congressomadeira.com.br/2012/?page_id=637 (Apresentações
para serem descarregadas)
Florestal & Biomassa 2011. Fórum
Brasileiro de Biomassa Florestal. (em Português)
Tradicional evento realizado na região sul do Brasil, organizado
pelo Sindimadeira, Associação Rural de Lages e Deustche
Messe. O evento em 2011 aconteceu na cidade de Lages/SC em novembro,
englobando diversos eventos paralelos, entre os quais o Fórum
Brasileiro de Biomassa Florestal, o 3º Congresso Internacional
do Pinus e uma ampla exposição de máquinas, equipamentos
e tecnologias.
http://www.florestalbiomassa.com.br/palestras/palestras-forum.html (Palestras do Fórum Brasileiro de Biomassa Florestal)
Congresso Brasileiro de Reflorestamento Ambiental. CEDAGRO – Centro
de Desenvolvimento do Agronegócio. (em Português)
Evento organizado pelo CEDAGRO em 2011 na cidade de Guarapari/Espírito
Santo, com diversas apresentações e mini-cursos de muito
interesse ao setor de base florestal, em especial no que diz respeito à conservação
e recuperação de recursos florestais naturais.
http://wandersonandrade.com.br/officeboy/cedagro/20110928_cbra/ (Apresentações
convidadas)
http://wandersonandrade.com.br/officeboy/cedagro/20110930_minicursos/ (Mini-cursos diversos sobre matas nativas, produção de
mudas, sementes, etc.)
http://wandersonandrade.com.br/officeboy/cedagro/20111007_cbraanais/ (Anais com artigos apresentados no evento)
Symposium on the Assessment and Management of Environmental
Issues Related to Eucalyptus Culture in the Southern United States. NCASI – National
Council for Air and Stream Improvement - U.S.D.A. Forest Service Southern
Research Station. (em Inglês)
Evento sobre os eucaliptos e seus aspectos ambientais, tendo sido realizado
nos Estados Unidos da América em 2012 na cidade de Charleston – South
Carolina. Participaram como palestrantes eminentes estudiosos da eucaliptocultura
nos Estados Unidos, Austrália, Canadá, Chile, Brasil,
etc. Renomados pesquisadores brasileiros, como Dr. José Luiz
Stape, Dr. Walter de Paula Lima, Dr. José Leonardo de Moraes
Gonçalves, Dr. Paulo Henrique Silva, dentre outros mais, fizeram
algumas das palestras que estão todas disponibilizadas no link
abaixo.
http://eucalyptusenvironmental.com/ (Webpage do evento)
http://eucalyptusenvironmental.com/program-presentations/ (Apresentações)
IV
Semana de Atualização para Técnicos Agroflorestais.
SIF – Sociedade de Investigações Florestais. (em
Português)
Evento organizado pela nossa parceira SIF - Sociedade de Investigações
Florestais - na cidade de Viçosa/MG, em agosto de 2010. Contém
diversas apresentações sobre os mais variados tópicos
da eucaliptocultura para aqueles que têm interesse em se inteirar
mais sobre esse tipo de reflorestamento.
http://ciflorestas.com.br/conteudo.php?id=3181 (Sobre o evento)
http://www.sif.org.br/interna.php?area=palestrasArquivos&palestra=12 (Palestras do evento)

Contribuições
dos Leitores
Em função do nível de penetração que têm
a Eucalyptus Newsletter e a sua irmã PinusLetter, temos recebido com frequência
mensagens de leitores que gostariam de compartilhar seus conhecimentos e desenvolvimentos
tecnológicos com os demais leitores. Eles nos enviam teses, palestras,
artigos, livros, revistas, eventos, reflexões, bem como nos colocam sugestões
valiosas. Muitas dessas ofertas e contribuições podem muito bem
enriquecer o acervo das nossas publicações como também merecem
ser compartilhadas com todos os demais leitores. Essa nossa seção
procura então fazer links com materiais valiosos enviados pelos amigos
leitores, ou mesmo incluir esses materiais em nossos websites para favorecer
o descarregamento dos mesmos. Entretanto, faremos uma seleção,
frente às muitas solicitações que recebemos. Outras vezes,
ao nos deparar com alguma excelente literatura que não esteja ainda na
web, vamos solicitar nós mesmos a possibilidade de incluir esse material
em nossos websites para dividi-lo com vocês. Toda literatura a ser divulgada
deverá assim estar em conformidade com nossa linha editorial e de acordo
com nossos padrões de qualidade técnica e científica.
Sintam-se livres para nos enviar contribuições, mas
sejam pacientes,
pois nem sempre serão disponibilizadas de imediato.
Nessa edição vamos lhes apresentar alguns interessantes materiais,
fotos, vídeos, referências e literaturas que nos informaram, disponibilizaram
ou presentearam os amigos Bruno Hein Schaarschmidt, Thais Santi, Francides Gomes
da Silva Júnior, Darci Alberto Gatto, Vera Maria Sacon, e Alessandra Foelkel.
Agradeço a esses estudiosos e motivadores do setor florestal e celulósico-papeleiro
por contribuições e trabalhos tão significativos em favor
dos mesmos.
Conheçam o que nossos amigos e leitores escrevem, informam e procuram
compartilhar com vocês todos:
Filmes e relatos sobre a CFPP - Companhia Fábrica de Papel e Papelão
em Bom Retiro de Guaíba, RS. Bruno Hein Schaarschmidt. (em Português)
Conheçam esse magnífico relato histórico de uma das mais
antigas fábricas brasileiras de papel (talvez a primeira fundada no Brasil),
que deve ter iniciado operações em 1889, localizada em Bom Retiro
de Guaíba no Rio Grande do Sul. Vejam as preciosidades que o nosso amigo
virtual Bruno Hein Schaarschmidt nos permite conhecer sobre como o papel era
fabricado ainda na época de molaças, carroças, digestores
tipo bola e muito esforço manual de pessoas que ajudaram a construir esse
setor papeleiro em nosso país. Bruno é de família de papeleiros
e também trabalha no setor, na Celulose Riograndense (ex-Borregaard e
ex-Riocell). É neto de Fritz Herbert Schaarschmidt, ex-diretor da CFPP
e filho de Bruno Mário, que também trabalhou na CFPP, no grupo
Klabin e na Riocell.
Conforme relata Bruno em seus comentários sobre a “fábrica
pioneira no RS e no Brasil”: “Trata-se da extinta fábrica
de papel e papelão CFPP, em Bom Retiro de Guaíba. A fábrica
foi fundada em 1889 por Henrique Brockmann com a razão social de Brockmann & Cia
até 1910, quando criou a empresa CFPP para capitalizar recursos por meio
de ações, ficando Sebastião Brito como diretor presidente
e Henrique Brockmann com diretor técnico. Fritz Herbert Schaarschmidt,
engenheiro mecânico alemão, (Berlin 1903) ingressou na empresa em
1930 como diretor industrial, ficando até 1964, chegando a fazer a implantação
da nova fabrica na vila Passo Fundo, ao lado do lago Guaíba, depois da
venda da empresa para o grupo Votorantim em 1957. Os filmes mostram inclusive
imagens da fábrica em plena produção em Bom Retiro nas decadas
de 30 a 50 do século XX, bem como imagens da construção
da nova fábrica e sua mudança. Por final, as suas ruínas
como se encontram na atualidade. A fábrica foi transferida do local onde
estava instalada porque não havia água suficiente para aumento
da produção. A sua produção na época era de
3 t/dia de papel pardo de embrulho, papelão e manilhinha”. Hoje
a “fábrica nova”, conhecida como “Pedras Brancas”,
está localizada na Vila Passo Fundo, em Guaíba, e pertence ao grupo
Santher, enquanto as ruínas da primeira e histórica fábrica
estão no município de Eldorado do Sul, ambos no estado do Rio Grande
do Sul.
Para poder oferecer ainda mais detalhes desse histórico e também
para conseguir difundir esse legado através de diversos veículos
da mídia televisiva e na web, Bruno fez uma parceria com o Dr. Ronaldo
Marcos Bastos, que é um experiente e renomado pesquisador fotográfico,
colunista e apreciador da história de Porto Alegre e do Rio Grande do
Sul. Isso possibilitou que essa história fosse apresentada no programa
Câmera 2 do jornalista Clóvis Duarte e também incluída
no blog do Dr. Ronaldo Bastos. Os endereços para vocês conhecerem
isso tudo estão logo a seguir. Vejam e se emocionem com os filmes, arquivos
e relatos. Obrigado caros Bruno, Clóvis e Ronaldo por esse seu fabuloso
e educativo relato.
http://www.youtube.com/watch?v=yOV5BdsFVGo&feature=relmfu (Cia. Fábrica
de Papel e Papelão Pedras Brancas - CFPP)
http://www.youtube.com/watch?v=gw9LPTdqLW8&feature=context-cha (Filme sobre
a História da Cia. Fábrica de Papel e Papelão - CFPP)
http://www.youtube.com/watch?v=PJudti_pbKE&feature=plcp (Filme sobre a Cia.
Fábrica de Papel e Papelão - CFPP)
http://www.youtube.com/watch?v=U4YorGK3XaI&feature=context-cha (Ruínas
da Cia. Fábrica de Papel e Papelão - CFPP)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/12_Relatos%
20historicos%20da%20Companhia%20Fabrica%20de%20Papel%20e%20
Papelao%20de%20Bom%20Retiro%20de%20Guaiba.pdf (Relatos escritos por Ronaldo
Marcos Bastos em parceria com Bruno Hein Schaarschmidt
da história da CFPP - Companhia Fábrica de Papel e Papelão
de Bom Retiro de Guaíba/RS)
http://www.camera2.com.br/colunista_ler.php?id=266&colunista_id=19 (Blog
do programa televisivo Câmera 2 do Sr. Clóvis Duarte, com detalhes
dos relatos escritos pelo Dr. Ronaldo Marcos Bastos e suas incríveis fotos
da CFPP)
http://www.ronaldofotografia.blogspot.com.br/search?updated-max=
2010-12-15T12:27:00-02:00&max-results=20&start=395&by-date=false (Blog
do Dr. Ronaldo Marcos Bastos mostrando com detalhes inúmeras fotos
da fábrica na época de suas operações e outras das
ruínas atuais)
O google do eucalipto e do pínus. Thais Santi. O Papel (Maio): 44 – 47.
(2012)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/
google%20do%20eucalipto%20e%20do%20pinus.pdf
e
http://www.revistaopapel.org.br/noticia-anexos/
1337707650_81687be827f3402494168622ff638e97_967247948.pdf
Efeito
do ritmo de produção sobre a eficiência
de processos modificados de polpação para Eucalyptus
grandis e Populus tremuloides. Francides Gomes da Silva Jr. Tese de
Livre-Docência. ESALQ/USP – Universidade de São
Paulo. 157 pp. (2005)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/01_Francides%20Gomes_Livre%20Docencia.pdf
Revista
Ciência da Madeira. (Brazilian Journal of Wood
Science).
Darci Alberto Gatto (Editor-Chefe). UFPEL – Universidade Federal
de Pelotas. Acesso em 03.07.2012:
http://www.ufpel.tche.br/revistas/index.php/cienciadamadeira
Energy
visions 2050. L. Similä.
VTT - Technical Research Centre of Finland. (2009)
http://www.vtt.fi/inf/julkaisut/muut/2009/visions2050_summary.pdf (Sumário executivo)
e
http://www.vtt.fi/vtt_search.jsp?target=julk&adv=true&fuzz=true&search=
energy+visions+2050&searchWriter=&searchYear=&searchLang
=&searchType=&searchIndustry= (Seis capítulos para downloading)
Oldest
tree species on Earth. Wired
Science. Website com fotos maravilhosas de árvores antigas - recomendado para visitação
por Alessandra Foelkel. Acesso em 03.07.2012:
http://www.wired.com/wiredscience/2012/06/st_datatrees/
?pid=3870&viewall=tru (Lords of the rings: oldest tree species on Earth - pelo corpo técnico
do website Wired Science)
e
http://www.wired.com/wiredscience/2010/03/old-tree-gallery/
all/1?utm_source=Contextly&utm_medium= (The oldest trees on the planet – por Tia Ghose)

Nova
Geração de Plantações Florestais
"New Generation Plantations"
O setor florestal brasileiro obtém grande parte
de sua matéria-prima de florestas plantadas. Existem hoje no
Brasil cerca de 6,5 milhões de hectares de plantações
florestais no País, sendo que 4,87 milhões de espécies
do gênero Eucalyptus e 1,64 de Pinus. Uma significativa percentagem
dessas florestas está sendo manejada de acordo com princípios
e critérios de sustentabilidade e estão certificadas
conforme sistemas de ampla credibilidade e confiabilidade.
Ao longo das duas últimas décadas ocorreu, muito em função
das próprias exigências dos critérios das certificações
(e também da conscientização por sustentabilidade
dos empresários), uma grande evolução no manejo
florestal dessas plantações. O objetivo de obter matéria-prima
florestal para impulsionar a indústria passou a ser buscado
com a mesma intensidade com que se procura preservar e reabilitar a
qualidade dos ecossistemas aonde essas florestas vêm sendo plantadas.
O manejo de plantações com características predatórias
foi abolido pelo setor florestal brasileiro, bem como o uso de práticas
inadequadas (como uso do fogo, desmatamento de áreas de matas
nativas para ocupar com plantações, etc.). As florestas
plantadas são motivo de orgulho e júbilo, além
de dar um sentimento de dever de responsabilidade socioambiental cumprido.
Entretanto, sempre há oportunidades de melhorias e necessidade
de constantes estudos científicos e de busca de melhores práticas
para que o manejo seja aperfeiçoado e se adeque às diferentes
situações regionais, ao desenvolvimento de novas tecnologias,
etc. Também, há interesse constante dos plantadores em
aumentar a produtividade das plantações para que menos área
seja demandada para suprimento de madeira e outros bens florestais.
Some-se a isso a necessidade de respeitar os direitos das comunidades
locais na zona de influência dos plantios, bem como de preservar
e restaurar a qualidade dos ecossistemas e dos recursos naturais.
Quando adequadamente manejadas, as plantações florestais
se colocam como ferramentas valiosas de caráter econômico
para investimentos a serem aplicados na restauração de
ambientes degradados e para a conservação da Natureza.
Esse tem sido o conceito que a organização não-governamental
WWF International (envolvendo WWF Brasil e outros ramos locais do WWF)
procurou desenvolver em parceria com a efetiva participação
das partes interessadas do setor, de onde se definiram que as novas
gerações de florestas plantadas devem suprir matéria-prima
industrial com a mesma qualidade com que se mantenha a integridade
dos ecossistemas, se protejam os indicadores de alto valor de conservação,
se efetive a participação das partes interessadas e se
contribua para a geração de empregos e desenvolvimento
socioeconômico.
O projeto NGP - Nova Geração de Plantações
Florestais - objetiva localizar e aperfeiçoar as práticas
de manejo florestal sustentável e as difundir entre outros atores
do setor, transmitindo e multiplicando essas informações,
conhecimentos e tecnologias. Dessa forma, o conceito Nova Geração
de Plantios ou Plantações visa a desenvolver e aplicar
modelos ideais de manejo onde as plantações florestais
mantêm a integridade dos ecossistemas e da biodiversidade, ao
mesmo tempo em que promovem inclusão social da população
do entorno e o crescimento econômico. O projeto NGP é uma
plataforma de parceiros, incluindo o WWF, empresas e governos em todo
o mundo, que trabalham em conjunto para analisar o papel social, ambiental,
econômico e cultural das plantações, além
de desenvolver e divulgar melhores práticas para as plantações.
O objetivo é melhorar as plantações para serem
compatíveis com a conservação da biodiversidade
e ecossistemas e com as necessidades humanas a partir de exemplos já existentes
e compartilhar esta informação. Plantações
bem concebidas e gerenciadas podem ser muito benéficas ao meio
ambiente, em especial em áreas degradadas, como as de pastagens
exauridas. Por outro lado, quando mal gerenciadas ou mal localizadas,
elas podem causar danos significativos aos habitats naturais e serviços
dos ecossistemas, tais como água e nutrientes, ciclos, estoque
de carbono e valores da biodiversidade. No caso de se atuar sobre os
impactos negativos com adoção das boas práticas,
esses impactos podem ser mitigados.
O projeto é coordenado pelo WWF e suas filiais em inúmeros
países. Por isso, existem estudos de caso no Brasil, Argentina,
Chile, Portugal, Inglaterra, África do Sul e Uruguai; e conta
com a participação de empresas privadas como: CMPC, Fibria,
Masisa, Mondi, Portucel, Suzano, Stora Enso, UPM-Kymmene e outras públicas,
como Governo do Estado de Acre, Administração Florestal
Estatal da China, etc.
Conheçam mais sobre esse projeto nos websites a seguir:
http://www.newgenerationplantations.com/index.php (Website
geral do projeto em Inglês)
http://newgenerationplantations.com/pt/index.php (Website geral do
projeto em Português)
http://www.newgenerationplantations.com/downloads.html (Documentos
para downloading)
http://www.newgenerationplantations.com/pdf/NGPP_Synthesis_Report09.pdf (Relatório síntese do projeto NGP)
http://awsassets.panda.org/downloads/ngp_bioenergy__carbon_report.pdf (Relatório síntese sobre carbono e bioenergia)
http://www.newgenerationplantations.com/climate.html (Estudos de caso
globais)
http://www.newgenerationplantations.com/biodiversity_case_list.html (Estudos de caso sobre biodiversidade)
http://www.newgenerationplantations.com/climate_case_list.html (Estudos
de caso sobre mudanças climáticas)
http://www.newgenerationplantations.com/pdf/climate_brazil_carbon.pdf (Estudo de caso da Fibria)
http://www.newgenerationplantations.com/pdf/climate_south_brazil_carbon.pdf (Estudo de caso da Veracel)
http://www.newgenerationplantations.com/pdf/climate_brazil_bio.pdf (Estudo de caso de bioenergia – Veracel)
Leiam ainda:
New generation plantations project. WWF International. (2012)
http://wwf.panda.org/what_we_do/footprint/forestry/sustainablepulppaper/plantations/ (em Inglês)
Plantações responsáveis. Isso é possível?
WWF Brasil. (2012)
http://www.wwf.org.br/informacoes/noticias_meio_ambiente_e_natureza/?30782/Plantacoes-responsaveis-Isso-e-possivel
Anuário estatístico da ABRAF – 2012 – Ano
base 2011. Associação Brasileira de Produtores de Florestas
Plantadas. (2012)
http://www.abraflor.org.br/estatisticas/ABRAF12/ABRAF12-BR.pdf (versão
em Português - 145 pp.)
http://www.abraflor.org.br/estatisticas/ABRAF12/ABRAF12-EN.pdf (versão
em Inglês - 147 pp.)
New
generation plantations. What are they? WWF International. Apresentação
em PowerPoint: 20 slides. (2011)
http://www.skogsinitiativet.se/upload/doc/doc222.pdf (em Inglês)
New
generation plantations. O que são? L.N. Silva. WWF International.
Apresentação em PowerPoint: 22 slides. (2011)
https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:xHA_o3Qn5ngJ:
www.twosides.info/content/portugal%2520seminar%2520presentation/
luis%2520silva.pdf+%22new+generation+plantations%22+luis+silva+
ppt&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESi4IGaVzUu1YZ5fqkbW7z_
IGdRI_4tvGtLdvflthDHdir0_zsvkvV3wOlfc5405mmo7Ntd4-
KWJWorvPqEvEGNLrwHSyneZ9PboFBgT1pSjlQr10Sobl8ztAGyNoH4MMrVkrpUq&sig=
AHIEtbS3QIyF7IsnuyYFOT6WpJuiJWf8hg (em Português)
New
generation plantations. L.N. Silva.
XIII World Forest Congress. Apresentação em PowerPoint:
16 slides. (2009)
http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=new%20generation%
20plantations%20project&source=web&cd=7&sqi=2&ved=0CGYQFjAG&
url=http%3A%2F%2Fawsassets.panda.org%2Fdownloads%2Fngpp_wfc
_0ct9.ppt&ei=FC_0T5ikOIO36wG__ZXnBg&usg=
AFQjCNGBUxbEJzsSvy5_Frpg76Zg8MAjvQ (em
Inglês)

Artigo
Técnico por Celso Foelkel
Reflexões sobre Maneiras
de Secar as Mãos: Papéis Toalha, Toalhas Contínuas
de Pano e Secadores Elétricos de Ar Quente
O papel tem enfrentado diversas concorrências
bastante acirradas na preferência dos consumidores em relação
ao surgimento de produtos alternativos. Uma das disputas que mais
tem chamado a atenção, exatamente por ser facilmente
notada em banheiros públicos de aeroportos, estações
rodoviárias, estádios esportivos, lojas, hospitais, “shopping
centers”, hotéis e restaurantes é a forma disponibilizada
para se secar as mãos após a lavagem das mesmas. As
opções para se fazer essa operação são
as seguintes: toalhas de papel, toalhas contínuas de tecido
de algodão, secadores elétricos a ar quente. Entretanto,
raramente a opção é dada ao cliente ou usuário
do banheiro público. Quem oferece o sistema é exatamente
quem coloca o banheiro para uso da sociedade, ou seja, o dono ou
gestor do estabelecimento comercial.
Qualquer usuário de um banheiro público valoriza a
higiene, a organização, a iluminação,
a odorização do recinto e a disponibilização
dos insumos que ele vai precisar (sabonete, papel higiênico,
meio para secar as mãos). Ele também não gosta
de ter que entrar em filas, seja para usar o sanitário, ou
para lavar e secar as mãos. Afinal, o ambiente não é recomendado
para se ficar lá por mais tempo do que o estritamente necessário.
As condições inadequadas nos banheiros causam desconforto
e insatisfação aos usuários. Se eles forem clientes
do estabelecimento comercial transferem essa insatisfação
no ato de compra. Por essa e outras razões de cunho higiênico,
os banheiros públicos precisam estar sempre limpos e conservados.
Nenhum usuário gosta de ver os pisos molhados e sujos, tampouco
de encontrar restos de papéis (toalha e higiênico) esparramados
no chão. Como a higiene pessoal recomenda que as mãos
sejam lavadas diversas vezes ao dia, se o cliente levar uma má impressão
do banheiro, ele tenderá a rejeitar ter que voltar a ele.
Poderá até mudar suas preferências de compras
ou de estabelecimentos.
Por outro lado, o usuário gosta de ter conforto e artigos
que lhe deem conveniência, ainda que essas conveniências
sejam oferecidas de graça. Ele sempre tem o seu lar como comparação.
Lá, raramente ele tem instalado um sistema de ar quente ou
um toalheiro de toalha contínua para secar as mãos.
Por outro lado, em quase todas as cozinhas dos lares brasileiros
se encontram para uso eventual as toalhas de papel. Portanto, o usuário
do banheiro público já tem certa empatia e aceitação
pela toalha na forma de papel. Em seu banheiro caseiro, ele está acostumado
com toalhas de pano felpudas e cheirosas, muito diferentes do que
ele encontra nos banheiros públicos. Porém, ele tende
a aceitar o que lhe é oferecido, pois é algo eventual
e não rotineiro. Por isso mesmo, ele raramente tem sua opinião
ouvida pelos que instalam banheiros públicos.
Quando se questiona um usuário de banheiro público
sobre qual sua forma preferida para secar as mãos, ele responde
vagamente e com diferentes pontos de vista. Tudo depende de sua formação
e valores, de sua conveniência e do seu conhecimento acerca
dos diferentes sistemas. Um ambientalista, que não deseja
gastar recursos naturais escassos com um ato tão simples,
diria que a melhor forma de secar as mãos seria passar as
mesmas sobre a cabeleira, ou na parte traseira de suas calças:
afinal a mão já está limpa, e nada irá trazer
de inconveniente aos cabelos e às roupas. A grande maioria
prefere as toalhas de papel, pois elas são versáteis
e absorventes. Elas permitem enxugar o rosto e a boca, quando se
lava a face ou se escovam os dentes. Servem ainda para limpar os
sapatos ou para remover alguma sujeira grosseira que se instalou
nas roupas, utensílios de uso pessoal, etc. É por essa
razão que quando um usuário de banheiro público
não encontra as desejadas toalhas de papel, ele busca compensar
essa falta utilizando o papel higiênico colocado ao lado dos
vasos sanitários.
Raramente um usuário de banheiro público aprecia o
secador de ar quente. Apesar de reconhecerem valor ambiental e econômico
do mesmo, sua performance não é vista como eficiente,
rápida ou prazerosa. Entretanto, é o que mais se encontra
em banheiros de alta frequência de usuários, como em
aeroportos, cinemas e “shopping centers”. Isso pelas
vantagens que esses secadores oferecem em termos de redução
de custos, de estoques, de reposições e de trabalho
de pessoas. Já em ambientes mais sofisticados, como restaurantes
e hospitais, as opções são toalhas contínuas
de pano ou toalhas de papel de maior qualidade.
Secadores elétricos de ar quente demandam muito pouco trabalho
de quem faz a manutenção das condições
de higiene dos banheiros. Não requerem reposições
de papel ou pano, não necessitam de estoques desses insumos
- só precisam de uma tomada e de eletricidade disponível.
Entretanto, sua manutenção deve ser constante e deve-se
dispor de peças de reserva em estoque. Seu preço é elevado,
mas por demandar baixo custo operacional tem “pay back” bastante
rápido. Por isso, a preferência dos donos de estabelecimentos
comerciais onde existem muitos usuários para os banheiros.
Sua maior poluição é o ar quente viciado dos
banheiros, que pode transferir germes para as mãos dos usuários.
Entretanto, a maioria das pessoas não se atenta para isso,
até mesmo porque já considera que ao entrar no banheiro
já está em um “ambiente viciado e perigoso”.
Por isso, se o banheiro oferecer a opção de álcool
gel faça uso imediato, após secar as mãos.
As toalhas contínuas de pano são vistas como pouco
práticas pelos usuários - são difíceis
de serem manuseadas e não oferecem muito comprimento de pano
para os atos de higiene. Como elas são guardadas úmidas
dentro dos dispensadores, esses logo tendem a enferrujar e colaboram
para uma má impressão do sistema. Entretanto, já existem
dispensadores mais eficazes quanto a isso. Elas são também
mais difíceis de serem estocadas e trocadas após completar
o uso. Já as tolhas de papel possuem reposição
bem mais fácil. Por outro lado, as toalhas de pano são
reutilizáveis após lavagem/secagem, enquanto o destino único
das toalhas de papel usadas é o lixo. O papel de uso sanitário
não desfruta da oportunidade de ser reciclado por estar contaminado
com germes e resíduos orgânicos dos usuários.
De qualquer maneira, independentemente de qual seja o tipo de secagem
de mãos que se tem disponível, todos possuem vantagens
e desvantagens. Eles também têm seu impacto ambiental,
não há dúvidas. Por essa razão, vale
a pena conhecer esses fatos com maior profundidade. É o que
faremos a seguir:
Vantagens e desvantagens de cada tipo de secadores de mãos
Vamos tentar fazer isso de forma individual e não
comparativa, colocando cada sistema com seus aspectos relevantes.
•
Vantagens das toalhas de tecido de algodão
- são funcionais, higiênicas, práticas;
- são reutilizáveis após lavagem/secagem;
- são duráveis;
- são efetivas em custo, pois não se convertem em resíduos.
•
Desvantagens das toalhas de tecido de algodão
- necessitam de lavagem intensa e secagem esterilizante;
- necessitam de embalagem, estocagem, transporte, manuseios intensos.
•
Vantagens das toalhas de papel
- são funcionais, higiênicas, práticas, flexíveis,
convenientes;
- são amigas do usuário;
- possuem alta capacidade de absorção e rapidez para
uso;
- são efetivas na limpeza e na secagem, removendo tanto a água
como resíduos de partículas presentes nas mãos.
•
Desvantagens das toalhas de papel
- não são recicláveis, gerando resíduos
sólidos a serem gerenciados;
- necessitam consumos importantes de água, terra, madeira,
insumos químicos e energia na fabricação do
papel;
- custo total elevado, até mesmo porque os usuários
tendem a usar muito mais folhas do que seria necessário (usam
3 a 4 quando poderiam usar 1 ou 2);
- favorecem o vandalismo nos banheiros, pois são inflamáveis
e quando úmidas se convertem em pelotas de massa que são
arremessadas para grudar no teto, paredes, etc.;
- necessitam de embalagem, estocagem, transporte, manuseios intensos.
•
Vantagens dos secadores elétricos a ar quente
- econômicos, práticos, de rápido “pay
back”;
- facilidades na instalação e utilização;
- ausência de poluentes que possam ser notados pelos usuários;
- baixo impacto ambiental, conforme apontado por diversos estudos
de avaliação do ciclo de vida.
•
Desvantagens dos secadores elétricos a ar quente
- não atendem inteiramente às exigências de conforto
e conveniência dos usuários;
- alta potência requerida (1.700 a 2.200 Watts em operação
e 2 Watts em estado de espera);
- alta demanda de energia elétrica para cada operação
de secagem (entre 0,020 a 0,040 kWh/operação);
- a emissão de ar quente aumenta a temperatura dos sanitários
nos verões quentes, aumentando o desconforto nos banheiros;
- aspiram um ar viciado e transferem esse ar às mãos
do usuário, mesmo quando possuem filtração antibactericida;
- exigem estoques de peças de reposição e manutenção;
- não funcionam quando falta energia elétrica;
- possuem tempo lento de secagem (em geral toma 30 a 45 segundos)
o que acaba por criar filas em banheiros com alta frequência
de uso.
Aspectos ambientais e ACV – Avaliação
do Ciclo de Vida
Existem inúmeros estudos ambientais comparativos entre os
diferentes tipos de secadores de mãos. Em geral, esses estudos
são feitos com base em ACV’s, que avaliam todos os efeitos
ambientais desde a concepção de cada produto até seu
destino final, como se diz na prática, “do berço
ao túmulo”.
Infelizmente, as ACV’s são muito sensíveis às
condições locais onde são feitos os estudos,
bem como quanto às hipóteses consideradas. Elas podem
variar em suas conclusões de acordo com o tipo de energia
(fonte renovável ou fóssil) utilizada na manufatura
ou no funcionamento do produto, ou na quantidade de folhas de papel
toalha que o usuário consumir, ou na forma de se lavar as
toalhas de pano, ou também se o papel é feito com fibras
virgens certificadas ou fibras secundárias recicladas. Enfim,
cada caso é um caso, mas existem considerações
mais globais e gerais, não tão específicas,
que procuraremos lhes relatar a título de contribuição
para aumento do estoque de conhecimentos. Os interessados em conhecer
mais podem procurar alguns desses estudos na literatura, ou mesmo
tentar construir uma ACV específica para a sua situação.
Todos os três tipos de maneiras de secar as mãos têm
efeitos e afetam o ambiente e os ecossistemas. Tudo que é antrópico
e frequente acaba tendo seu impacto ambiental - já se conhece
bem acerca dos impactos da humanidade sobre os recursos naturais.
Nas ACV’s são avaliados:
•
Quantidade de gases de efeito estufa gerados na fabricação
e operação;
•
Contribuição para a acidificação e para
o enriquecimento em nutrientes de solos e águas;
•
Quantidades liberadas de poluentes aéreos, hídricos
e de resíduos sólidos;
•
Consumo de energia, água e outros insumos - cumulativos ao
longo do ciclo de vida;
•
Potencial de geração de ozônio fotoquímico;
• Potencial de reciclagem e reuso;
•
Necessidade de embalagem, manuseio, transporte e reposições;
• Necessidade de trabalho manual;
•
Efeitos socioambientais ao longo do ciclo e após o final de
uso (“morte do produto”);
•
Impactos econômicos como parte dos estudos de sustentabilidade;
• Impactos na qualidade dos ecossistemas.
Em quase todos os estudos disponibilizados, as vantagens ambientais
e econômicas dos secadores elétricos a ar quente são
destacadas em relação aos outros dois modelos de secagem.
Suas vantagens são principalmente devidas à não
geração de resíduos, à simplicidade nas
operações e ao custo operacional, requerendo mínimos
insumos para sua operação. Os fabricantes e vendedores
desse tipo de secadores valorizam muito esse fato e atuam de forma
agressiva nos mercados, tentando aumentar seu “market share”.
As toalhas de pano, por serem reusadas e duráveis, também
acabam tendo vantagens sobre as toalhas de papel.
Por seu lado, as toalhas de papel, quer sejam as produzidas a partir
de fibras virgens certificadas, ou de fibras recicladas, acabam ficando
mais prejudicadas nessa avaliação por serem descartadas
após uso e por terem um processo de fabricação
que demanda quantidades importantes de energia (vapor e eletricidade), água
e insumos químicos.
Considerações finais
Dificilmente os fabricantes de papel toalha terão condições
de reverter as conclusões das avaliações do
ciclo de vida comparativas entre esses sistemas, ainda mais para
um país como o Brasil, onde a matriz energética se
apoia em hidroeletricidade, termoeletricidade de biomassa renovável
e mais recentemente em energia eólica.
Entretanto, o papel toalha conta com a simpatia e a preferência
da maioria dos usuários, o que poderia levar o setor de fabricação
de papel a promover a utilização de sistemas alternativos
e integrados. Significaria se disponibilizar em um mesmo banheiro
público duas opções: um de toalhas e outro de
secagem ao ar quente. Isso colocaria ao usuário a condição
de poder escolher, de fugir de filas e de ter alternativas para secar
as mãos quando da falta de energia elétrica.
Outras linhas de trabalho que poderiam ser promovidas pelo setor
papeleiro seriam:
•
A conscientização dos cidadãos para usar menos
toalhas em cada ato de secagem;
•
A utilização de alguma percentagem de fibras recicladas
na receita do papel toalha e valorizar esse fato de ser uma indústria
que pratica a reciclagem;
•
A melhoria da qualidade das toalhas, dando-lhes maior resistência
quando se tornam umedecidas no ato de se apanhar a folha no dispensador
para se retirar a mesma (muitas se desfazem nas mãos pela
pouquíssima resistência que possuem);
• Melhorar a qualidade do picote separador de folhas e adequar os dispensadores
de folhas para que elas sejam mais facilmente liberadas individualmente;
•
Promover as virtudes e a imagem do papel, que é um produto
renovável e fabricado por uma indústria que está comprometida
com a prática da sustentabilidade.
Enfim, alternativas existem, a pior delas seria o enfrentamento e
as críticas sem fundamentações aos outros sistemas
alternativos de secagem de mãos. Até mesmo os mais
fervorosos papeleiros também lavam e secam as mãos
e conhecem as virtudes e as desvantagens de seus produtos. Valorizemos,
portanto, nossas vantagens e trabalhemos duro para minimização
das desvantagens. Ao mesmo tempo, devemos mostrar nossa gratidão
aos milhões de usuários que apreciam e amam o papel
como meio de secar as mãos, oferecendo-lhes vantagens na qualidade
dos produtos papeleiros, em seus preços e na conscientização
de como melhor usar o papel, esse bem ímpar que o homem soube
criar.
Referências da literatura e sugestões
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img.12...2733.2733.0.4599.1.1.0.0.0.0.241.241.2-1.1.0...0.0.fWkSXQV0RYE&biw=1280&bih=
521&sei=1Xz9T8z_AcjJ6gHf74XUAQ (Imagens
Google: Secadores de mãos + Toalhas de papel)
http://www.google.com.br/search?num=10&hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=
hp&q=%22secadores+de+m%C3%A3os%22+%22toalhas+cont%C3%ADnuas%22&oq=
%22secadores+de+m%C3%A3os%22+%22toalhas+cont%C3%ADnuas%22&gs_l=
img.12...5253.5253.0.6428.1.1.0.0.0.0.243.243.2-1.1.0...0.0.UGpx_4bCHKk&biw=
1280&bih=521&sei=dH79T86RE6aP6wHiptTlBg (Imagens Google:
Secadores
de mãos + Toalhas contínuas de pano)
http://www.google.com.br/search?num=10&hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=
hp&q=%22secadores+de+m%C3%A3os%22+%22ar+quente%22&oq=%22secadores+de+
m%C3%A3os%22+%22ar+quente%22&gs_l=img.12...2334.2334.0.3774.1.1.0.0.0.0.564.
564.5-1.1.0...0.0.OB2b2pReM5Q&biw=1280&bih=521&sei=9H79T5DTK-Of6QHm0MXjBg (Imagens
Google: Secadores de mãos + Ar quente)

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