Editorial
Amigos,
Estamos aqui com vocês novamente, com mais um
número de nossa Eucalyptus Newsletter. Nesse número estaremos
lançando algumas novidades. Serão duas novas seções,
destinadas a aumentar o conhecimento e o "networking" sobre
os eucaliptos. Em uma delas, procuraremos cobrir de forma ampla e com
muitas informações, os principais países que possuem
nos eucaliptos uma importante fonte de matéria-prima para os mais
diferentes fins, entre os quais celulose e papel. Chamamos essa seção
de "O mundo dos Eucalyptus". Começaremos a descrevê-lo
por Portugal, nosso país irmão e amigo, com importante
produção de papel e de celulose de E.globulus. A outra
seção será para apresentar pessoas que estão
diretamente envolvidas em fazer melhor o mundo dos eucaliptos. Serão
pesquisadores, autores de livros e artigos técnicos, professores
e investigadores, que têm publicado muito sobre os eucaliptos e
sobre as ciências a eles relacionadas. Chamamos essa seção
de "Os amigos dos Eucalyptus". O primeiro desses amigos que
lhes apresentaremos será meu particular amigo Dr. Herbert
Sixta.
Leiam com atenção as duas seções. Elas serão
parte de nossas futuras Eucalyptus Newsletters. Com elas queremos ampliar
nosso network e estreitar as laços e as amizades entre os que
acreditam nos eucaliptos.
Nessa edição estamos também
lhes reapresentando o terceiro capítulo do Eucalyptus
Online Book e de título:
"As fibras dos eucaliptos e as qualidades requeridas na celulose
kraft para a fabricação de papel"
Espero
que apreciem essa extensa revisão que fiz sobre as fibras
e polpas dos eucaliptos e suas principais propriedades papeleiras.
Ela está disponível para seu downloading e leitura. Se
gostarem, espero que a recomendem e a remetam para seus amigos.
Nessa edição
da newsletter, como sempre temos procurado fazer, estamos mostrando muita
coisa interessante a mais sobre os eucaliptos.
Tudo para você se divertir, navegando e aprendendo. Temos citações
muito interessantes da literatura virtual, recomendações
de material disponível de cursos e eventos, recomendações
de livros da literatura em papel para serem adquiridos, os tradicionais
euca-links e muito mais.
Nosso
mini-artigo dessa edição
será sobre a minha
visão do que pode ser considerado de "melhores tecnologias
disponíveis" para a fabricação de celulose
kraft branqueada de eucalipto de forma ambientalmente a mais correta
para os dias de hoje. Sabemos que em alguns anos mais, com o avanço
da ciência e da tecnologia, novas e mais eco-eficientes tecnologias
estarão sendo disponibilizadas. Bom para todos, para a sociedade,
para o meio ambiente e para os eucaliptos.
Caso
ainda não estejam
cadastrados para receber a newsletter e os capítulos do nosso
livro online, sugiro fazê-lo através
do link a seguir: Clique
para cadastro.
Obrigado a todos vocês pelo
apoio ao nosso trabalho. Peço
ainda a gentileza de divulgarem nossos serviços a aqueles que
acreditarem que eles possam ser úteis. Eu, a ABTCP, os patrocinadores
desse projeto e aqueles que o apoiam como parceiros, ficaremos todos
muito agradecidos.
Um abraço a todos e boa leitura
Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br
http://www.eucalyptus.com.br
http://www.abtcp.org.br
Nessa
Edição
Capítulo do Eucalyptus Online Book
Referências Técnicas da
Literatura Virtual
Referências
sobre Eventos e Cursos
Referências sobre Livros da Literatura não Virtual
Nova Seção:
O Mundo dos Eucalyptus - Os Eucalyptus em Portugal
Nova
Seção: Os Amigos dos Eucalyptus - Dr. Herbert Sixta
Euca-links
(Websites Referenciados para sua Visitação)
Mini-Artigo
Técnico por Celso Foelkel
As
Melhores Tecnologias e Práticas Ambientalmente
Disponíveis para Produção de Polpa
Kraft Branqueada de Eucalipto

Capítulo do Eucalyptus Online Book
"AS FIBRAS DOS EUCALIPTOS E AS QUALIDADES REQUERIDAS
NA CELULOSE KRAFT PARA A FABRICAÇÃO DE PAPEL"

Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Nessa seção, estamos colocando euca-links
com algumas publicações relevantes da literatura virtual.
Basta você clicar sobre os endereços de URLs para abrir
os mesmos ou salvá-los em seu computador. Como são referências,
não nos responsabilizamos pelas opiniões dos autores,
mas acreditem que são referências valiosas e merecem ser
olhadas pelo que podem agregar a seus conhecimentos. Ou então,
para serem guardadas em sua biblioteca virtual.
Livro virtual da FAO - Food and Agriculture Organization (Espanhol)
El eucalipto en la repoblación
forestal
http://www.fao.org/docrep/004/AC459S/AC459S00.HTM
Consiste em um valiosíssimo tratado sobre os eucaliptos, publicado
originalmente em 1955 e escrito em espanhol por André Métro.
Essa segunda edição da FAO, e que vocês poderão
ler, é de 1981. Lembrem-se então que é um livro
de 25 anos e a tecnologia silvicultural evoluiu bastante nesse período,
mas ainda assim vale muita a pena tê-lo em sua biblioteca virtual.
Livro
virtual disponibilizado pela Universidade de Aberdeen (Inglês)
How to Grow Short Rotation Forests- A Handbook
http://www.abdn.ac.uk/wsrg/srfhbook/download/srfhb.hlp
A Chapter about Brazil
http://www.abdn.ac.uk/wsrg/srfhbook/download/brazil.hlp
Trata-se de uma obra originalmente de 1992 e depois revisada em
1995, interessante pela forma como redigida e com muitos dados
operacionais.
Contem um capítulo especial para o caso do Brasil, um paradigma
já nos anos 90's.
Mechanization in Short Rotation, Intensive Culture Forestry
(editado por Bryce Stokes e Timothy McDonald, em 1994) no weksite da
Woody
Crops (Inglês)
Website do Short Rotation Woody Crops Operators Working Group
http://www.woodycrops.org/index.html
Todos os artigos publicados sobre o tema
estão no link
abaixo:
http://www.woodycrops.org/mechconf/conftoc.html
Artigo sobre plantações de eucaliptos no Brasil
: Silvicultural Techniques for Short Rotation Eucalyptus Plantations
in Brazil, pelo
Dr. Ken McNabb
http://www.woodycrops.org/mechconf/mcnabb.html
Publicação da FAO - Working Paper FP/36E (Inglês)
Management of Wood Properties in Planted Forests- A paradigm for
global forest production
http://www.fao.org/docrep/009/j8289e/J8289E09.htm#P818_102982 (em html )
ftp://ftp.fao.org:21/docrep/fao/009/j8289e/j8289e.pdf (em
pdf)
Trata-se de um livro técnico virtual escrito por Richard Jagels
em 2006 e editado pela FAO. O autor busca estabelecer as relações
entre a gestão do manejo florestal e seus impactos na qualidade
e no processamento da madeira de plantações florestais.
Guias
de tecnologias e critérios referenciados pelo Banco
Mundial e pelo IFC - International Finance Corporation (Inglês)
Ambiente, Saúde e Segurança
para o Manejo Florestal (IFC
- draft de 2007)
http://www.ifc.org/ifcext/policyreview.nsf/AttachmentsByTitle/EHS_Draft_ForestMgmt/$FILE/
IFC+Draft+-+Forest+Management+Feb+5+2007.pdf
Ambiente, Saúde e Segurança para as Serrarias e Processamento
Mecânico da Madeira (IFC - 2006)
http://www.ifc.org/ifcext/policyreview.nsf/AttachmentsByTitle/EHS_Draft_Sawmilling/$FILE/IFC+DRAFT+-+Sawmilling+and+Manufactured+Wood+Products+-+17Nov2006.pdf
Ambiente, Saúde e Segurança para Painéis e Produtos
a Base de Partículas (IFC - 2006)
http://www.ifc.org/ifcext/policyreview.nsf/AttachmentsByTitle/EHS_Draft_BoardandParticle/
$FILE/IFC+DRAFT+-+Board+and+Particle-based+Products+-+17Nov2006.pdf
Prevenção e Abatimento da Poluição em Fábricas
de Papel e de Celulose (Banco Mundial 1998)
http://www.ifc.org/ifcext/enviro.nsf/AttachmentsByTitle/gui_pulp_WB/$FILE/pulp_PPAH.pdf
Os guias e os manuais do IFC e do Banco Mundial servem de referência
para os projetos que buscam financiamentos nesses organismos de
apoio ao desenvolvimento, mas de desenvolvimento sustentável
e com base em adequados critérios ambientais. O documento do
Banco Mundial de 1998 para fábricas de celulose e de papel está em
revisão, já que possui quase 10 anos de sua versão
original. Logo esse documento estará disponibilizado para
comentários
pelas partes interessadas nos websites do Banco Mundial e do IFC.
Publicação
do CENARGEN - EMBRAPA Recursos Genéticos
e Biotecnologia (Português)
O Eucalyptus urophylla no Brasil
http://www.cenargen.embrapa.br/publica/trabalhos/cot111.pdf
Jornal
da SIF - Sociedade de Investigações Florestais
(Português)
Felizmente, o eucalipto existe
http://www.sif.org.br/jespecial/especial.zip
Um excelente trabalho sobre as verdades e sobre alguns mitos
acerca das plantações e das árvores dos eucaliptos, escrito
pelo nosso estimado professor Roberto Novaes, da Universidade Federal
de Viçosa.
Tese da USP sobre a Competitidade do Setor Brasileiro
de Celulose e Papel (Português)
Análise da evolução
da indústria brasileira
de celulose no período de 1980 a 2005
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-07032007-164206/
Dissertação
de mestrado da bacharel em Ciências
Econômicas Adriana Estela Sanjuan Montebello junto à USP
- Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, na área
de Economia Aplicada.

Referências
sobre Eventos e Cursos
Proceedings
of the International Conference on Timber Plantation Development
- FAO 2002
http://www.fao.org/DOCREP/005/AC781E/AC781E00.htm#P-1_0
Trata-se de uma interessante publicação da FAO sobre
plantações florestais na região da Ásia
e do Pacífico, em inglês.
Anais Virtuais do VII Simpósio Brasileiro sobre Colheita e Transporte
Florestal, promovido pela SIF - Sociedade de Investigações
Florestais, em 2005 (Português)
http://www.sif.org.br/eventos/palestras/2005%2009%20%20VII%20Simposio
%20Brasileiro%20sobre%20Colheita%20e%
20Transporte%20Florestal/Para%20pesquisar%20por%20autores.htm
Trata-se de um tradicional evento realizado no Brasil sobre Colheita
e Transporte Florestal, com muitos trabalhos técnicos e dados
de performance na colheita de florestas.
Colóquios
Internacionais sobre Celulose Kraft de Eucalipto - ICEP
Esses colóquios surgiram da idealização e realização
dos professores Jorge Colodette e José Lívio Gomide da
Universidade Federal de Viçosa. Até o momento foram realizados
três colóquios, um em Viçosa no ano de 2003, outro
em Concepción/Chile em 2005 e o último em Belo Horizonte/Brasil
em 2007. Para sua organização, a entidade que está a
cargo da sua realização conta com inúmeros colaboradores
de universidades, entidades parceiras (CeluloseOnline), associações
técnicas e institutos setoriais (SIF, ABTCP e ATCP Chile), além
de patrocinadores. Os idiomas oficiais dos colóquios são
o português, o espanhol e o inglês. Dessa forma, há trabalhos
apresentados em cada um desses idiomas, mas sempre com um sumário
em inglês.
O primeiro colóquio, infelizmente não teve seus trabalhos
apresentados na forma virtual, existe apenas a cobertura jornalística
e fotos feitas pelo parceiro CeluloseOnline. Já para os colóquios
de 2005 e de 2007, todos os trabalhos técnicos estão
disponibilizados no website da CeluloseOnline. Seguem as referências
para vocês se divertirem mesmo.
1st ICEP - International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Cobertura jornalística:
http://www.celuloseonline.com.br/Evento/Evento.asp?IDEvento=1
2nd ICEP - International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Trabalhos técnicos:
http://www.celuloseonline.com.br/noticia/noticia.asp?pagina=2&idnoticia=4546
Cobertura jornalística:
http://www.celuloseonline.com.br/Evento/Evento.asp?IDEvento=233
3rd ICEP - International Colloquium on Eucalyptus Pulp
Trabalhos técnicos:
http://www.celuloseonline.com.br:80/pagina/pagina.asp?IDItem=14201&IDNoticia=11701
Cobertura jornalística:
http://www.celuloseonline.com.br/Evento/Evento.asp?IDEvento=430&Pagina=1
Apresentação pela SIF:
http://www.sif.org.br/eventos/3icep/indexp_.php
Curso da ESALQ/USP sobre Manejo de Bacias Hidrográficas (Português)
É
reconhecida por todos do setor florestal a competência da ESALQ/USP
na área de Hidrologia Florestal. Para nossa sorte, o professor
Walter de Paula Lima e a engenheira Cláudia Moster publicaram
e disponibilizaram as apostilas do respectivo curso oferecido para
os alunos da graduação daquela universidade. A publicação
original era de 1996, mas sofreu uma atualização em 2006.
Todos os arquivos estão em português. Visitem também
o website do Laboratório de Hidrologia Florestal do Departamento
de Ciências Florestais da ESALQ/USP em http://www.esalq.usp.br/departamentos/lcf/lab/lhf/
Vejam a seguir:
Capa - Introdução ao Manejo de Bacias Hidrográficas:
http://www.esalq.usp.br/departamentos/lcf/lab/lhf/arquivos/capa.pdf
Capítulo 1 - O que é o manejo de bacias hidrográficas: http://www.esalq.usp.br/departamentos/lcf/lab/lhf/arquivos/CAPITULO%201.pdf
Capítulo 2 - Introdução à hidrologia
florestal:
http://www.esalq.usp.br/departamentos/lcf/lab/lhf/arquivos/CAPITULO%202.pdf
Capítulo 3 - Ciclo hidrológico e balanço hídrico:
http://www.esalq.usp.br/departamentos/lcf/lab/lhf/arquivos/CAPITULO%203.pdf
Capítulo 4 - Análise física da bacia hidrográfica:
http://www.esalq.usp.br/departamentos/lcf/lab/lhf/arquivos/CAPITULO%204.pdf
Capítulo 5 - Produção de água e geração
de deflúvio em microbacias florestais:
http://www.esalq.usp.br/departamentos/lcf/lab/lhf/arquivos/CAPITULO%205.pdf
Capítulo 6 - Regime da água do
solo em microbacias florestais:
http://www.esalq.usp.br/departamentos/lcf/lab/lhf/arquivos/CAPITULO%206.pdf

Referências
sobre Livros da Literatura não Virtual
Cartilha
do Eucalipto e CD Manual Prático
do Fazendeiro Florestal (Português)
Publicados em 2006 e escritos pelo professor José de Castro
Silva e pelos engº. Bruno Almeida Xavier e Vinícius Resende
de Castro, esse material pode ser adquirido por compras online em:
http://store-universoagricola.locasite.com.br/loja/produtos_info.php/products_id/1282?
PHPSESSID=4dd888c73d6a5e8286ceb7d52acad832
Livro Conservação de Nascentes e Hidrologia e Manejo
de Bacias Hidrográficas - (Português)
Livro editado pela Aprenda Fácil em 2005 e de autoria de Osvaldo
Ferreira Valente e Marco Antonio Gomes.
http://store-universoagricola.locasite.com.br/loja/produtos_info.php/products_id/734?
PHPSESSID=4dd888c73d6a5e8286ceb7d52acad832
Biotecnologia Florestal - (Português, mas brevemente terá versão
em inglês)
Excelente livro editado pelo professor Aluízio Borém
da Universidade Federal de Viçosa, com inúmeros capítulos
escritos por autores selecionados pelo professor Borém. Tive
a felicidade de escrever o primeiro capítulo do livro, um breve
relato sobre as florestas plantadas no Brasil.
Saiba mais em:
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Livro%20Biotecnologia%20Florestal%20-%20Editora%20UFV.doc
Adquira em:
https://ssl503.websiteseguro.com/livraria2/produtos.asp?produto=917
Livro Eucalipto - Histórias de um Imigrante Vegetal - (Português)
Livro-reportagem muitíssimo interessante, sobre a história
dos eucaliptos no Brasil e escrito pelo jornalista Geraldo Hasse. Publicação
da Editora e Jornal Já, em 2006.
Conheça mais e adquira em:
http://www.jaeditores.com.br/livros.php
http://www.jornalja.com.br/especial_detalhe.php?id=355&cat=29

Nova Seção:
O Mundo dos Eucalyptus - Os Eucalyptus em Portugal
Portugal é considerado
o portão de entrada da Europa pela sua posição
estratégica, no extremo oeste da península ibérica.
Graças a isso, os portugueses se aventuram pelos mares
nos anos 1500s e chegaram até o Brasil também.
Para conhecer mais sobre esse fantástico país,
visitem o website "Atlas de Portugal", elaborado
pelo Instituto Geográfico Português
(http://62.48.187.117/atlas/index1.asp).
Com uma posição geográfica tão favorável
como essa, nada mais natural que os eucaliptos ali chegassem e que
fossem abrigados no país, transformando-se em importante gerador
de recursos para Portugal. A espécie mais plantada de eucaliptos
em Portugal é o Eucalyptus globulus. Os portugueses se orgulham
muito dela, pois ela tem vantagens qualitativas muito importantes
em relação a outras espécies (madeira, celulose,
papel e óleos essenciais). O E.globulus é originário
da Tasmânia, onde é conhecido por "blue gum".
A entrada dos eucaliptos na Europa começou com expedições
científicas européias à Austrália, Tasmânia
e Nova Zelândia. Os pesquisadores da época se encantaram
com as folhas, as cascas e o odor dos eucaliptos e trouxeram sementes
para plantios desse tipo de árvores em jardins botânicos
na Europa. O E.globulus sempre foi muito atrativo por essas razões.
Sua casca possui coloração e desenhos atrativos, suas
folhas jovens são prateadas e o odor de seus óleos
essenciais é inclusive medicinal. O eucalipto difundiu-se
pela zona litoral mediterrânea para diversos países
europeus, entre os quais Portugal. Embora faltem registros históricos,
acredita-se que a entrada dos eucaliptos em Portugal foi por volta
de 1850 a 1870. Além do E.globulus, outra espécie que
tem sido plantada em Portugal é o E.camaldulensis, mais resistente
a climas secos e solos mais pobres. Existem hoje cerca de 670.000
hectares de florestas plantadas de eucaliptos em Portugal. Entretanto,
a diversidade em qualidade e em produtividade é muito grande,
apesar dos esforços colocados para sua melhoria genética.
A produtividade florestal do E.globulus em Portugal varia de 15 a
25 m³/ha.ano, embora existam talhões florestais comerciais
com valores até mesmo superiores, mas essa não é a
regra. Apesar dessa produtividade não tão alta, o E.globulus possui uma densidade básica mais alta e um menor teor de lignina
em sua madeira. Além disso, a qualidade dessa lignina é de
mais fácil dissolução pelos processos de cozimento
e de branqueamento para fabricação de celulose. O resultado
disso é que sua madeira seja talvez a mais admirada para a
conversão a celulose, pela facilidade de processamento e pelos
rendimentos alcançados. Há estudos hoje em Portugal
para hibridação e clonagem de material híbrido
mais produtivo e com qualidade de madeira similar. Há muita
atividade para tal e uma das entidades portuguesas que mais tem realizado
estudos nesse sentido é a RAIZ - Instituto de Investigação
da Floresta e Papel, uma organização de pesquisas apoiada
pela indústria (http://www.raiz-iifp.pt).
Portugal
sempre tem chamado para si o fato de ter sido o primeiro país
fora da Austrália a ter produzido celulose kraft
branqueada para fabricação de papel. Há estudos
laboratoriais portugueses desde 1906 com madeira de eucalipto para
processamento via processos bissulfito, sulfito, soda a frio, kraft
ou sulfato, etc. Entretanto, a produção em escala
industrial com o processo kraft ocorreu em abril de 1957, quando
a Companhia Portuguesa de
Celulose (Portucel - Cacia, município de Aveiro) conseguiu
fabricar fardos de celulose branqueada com alvura 85ºGE e destinou
essa produção a clientes em Portugal e na Inglaterra.
Foram cerca de 60 toneladas de produto enfardado. Já em 1958,
a fábrica de Cacia produziu cerca de 9600 toneladas do produto
e a partir dai a produção cresceu de forma constante.
A floresta portuguesa
Portugal possui cerca de 3.2 milhões de hectares de florestas,
sendo as principais espécies: pinheiro bravo (Pinus pinaster),
sobreiro ou corticeira (Quercus suber), azinheira (Quercus
ilex),
pinheiro manso (Pinus pinea ) e os eucaliptos (E.globulus). Um dos
grandes problemas das florestas portuguesas têm sido os incêndios
florestais, em função de seu clima seco em alguns períodos
do ano em algumas de suas regiões.
Conheça
mais sobre as florestas portuguesas nos links abaixo:
A floresta em Portugal:
http://62.48.187.117:80/atlas/Cap3/Cap3b_6.html
http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iArtigo=2116&iLingua=1
http://www.celpa.pt/index.php?id=3&article=206&visual=1
http://ine-lnx01.ine.pt/ngt_server/attachfileu.jsp?look_parentBoui=102867&att_display=n&att_download=y
Estatísticas florestais
portuguesas:
http://floresta.isa.utl.pt/gegref/estatisticas.htm
Áreas florestais em Portugal:
http://www.abolsamia.pt/newsletters/40/media/076.pdf
O ciclo da floresta:
http://www.celpa.pt/images/articles/199/ciclo_floresta.pdf
Portugal pela relatório
florestal da FAO:
http://www.fao.org/forestry/site/18308/en/prt
Por que investir em florestas em Portugal:
http://www.investinportugal.pt:80/NR/rdonlyres/A72A871E-9E8F-49F9-B7CF-2D7072F167B0/
0/FernandodaCostaLima.pdf
O eucalipto em Portugal:
http://www.celpa.pt/images/articles/213/art213_eucalipto.pdf
O pinheiro bravo:
http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?pid=S0870-63522004000200002&script=sci_arttext
O pinheiro manso:
http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iArtigo=206&iCanal=1&iSubCanal=3196&iLingua=1
O sobreiro ou corticeira:
http://www.naturlink.pt/canais/artigo.asp?iCanal=1&iSubCanal=11&iArtigo=1988&iLingua=1
A azinheira:
http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iArtigo=167&iLingua=1
Relatório para
certificação florestal FSC da empresa Caima:
http://www.soilassociation.org/web/sa/saweb.nsf/librarytitles/2097E.HTMl/$file/RT-FM-001
03%20Silvicaima%20MA%20Report%20FINAL.xls
Plano de manejo florestal de Celbi:
http://rainforestalliance.org/programs/forestry/smartwood/documents/celulose_beira.pdf
O Eucalyptus
globulus em Portugal:
Conhecemos o carinho e a admiração que o setor florestal
português nutre pelo E.globulus. Nada mais natural que queiram
fazê-lo ainda melhor através programas de melhoramento
genético. Selecionamos algumas referências sobre essa
espécie e sobre alguns programas genéticos que se está aplicando
a ela:
Vídeo sobre o E.globulus (Palestra
em espanhol do Dr. Nuno Borralho - necessário se ter um software tipo Media Player para ser
possível assistir)
http://tv.uvigo.es/VODpublic/ASX/forestales/Simposio_eucalyptus-06.asx
Acerca do E.globulus em Portugal
http://www.investinportugal.pt/NR/rdonlyres/CBE1F4A3-84DE-4E92-9BDC-C70BF1BF4913/0/SerafimTavares.pdf
http://www.eurosilvasur.net/pdf/globulus.pdf
Melhoramento do E.globulus em Portugal
http://www.portalflorestal.com/Uploads/%7B7241A1B3-384F-42C7-9586-7BBAE9AEC96E%7D.doc
http://bosques.cnpf.embrapa.br/node_embrapa/uploads/cgpmxutopo.pdf
http://bosques.cnpf.embrapa.br/node_embrapa/uploads/zqrfdfmduu.pdf
http://www.stba.com.au/documents/greavesetal-breedingobjectivesinEglob.pdf
A
indústria portuguesa de celulose e papel:
Portugal é importante produtor de celulose de mercado e de
papel de impressão do tipo offset. Sua posição é definitivamente
destacada e competitiva nesse cenário. Hoje, os principais
fabricantes portugueses de celulose e de papel de eucalipto são:
Saibam
mais sobre esse setor, inclusive seus dados estatísticos
e de produção, nos links abaixo:
http://www.celpa.pt/images/pdf/art209_en_be_2005.pdf
http://www.celpa.pt/?article=209&visual=1
http://www.celpa.pt/images/pdf/importancia_economia.pdf
http://www.celpa.pt/index.php?id=3&article=203&visual=1
http://www.celpa.pt:80/index.php?id=3&article=207&visual=1
http://www.celpa.pt/index.php?id=9
Os institutos de pesquisa e universidades portuguesas que ajudam
o setor a crescer tecnologicamente
Portugal tem sido muito produtivo em pesquisas acerca
dos eucaliptos, desde a floresta até a produção de celulose
e papel. Muitas teses e trabalhos técnicos têm aparecido,
apesar do país ter poucas revistas técnicas para publicação
setorial. É então comum a presença de artigos
técnicos portugueses mais em revistas internacionais do
que publicadas no país. TECNICELPA, a Associação
Portuguesa Técnica de Celulose e Papel organiza e promove
anualmente um congresso anual onde são apresentados artigos,
palestras e cursos de muito boa qualidade técnica acerca
das tecnologias de celulose e papel.
As
principais universidades e organizações dedicadas
a pesquisas com os eucaliptos são:
Universidade
de Coimbra, através da Faculdade de Ciências
e Tecnologia, Departamento de Engenharia Química (professores
Paulo Ferreira, Maria Graça Carvalho, Maria Margarida
Figueiredo)
http://www.uc.pt
http://www.fct.uc.pt
http://www.ectep.com/teses/teses/ficha.asp?PnIDFac=4&PnIDEspec=139&PID=85
http://www.ectep.com/teses/teses/ficha.asp?PnIDFac=4&PnIDEspec=139&PID=503
http://www.ectep.com/teses/teses/ficha.asp?PnIDFac=4&PnIDEspec=139&PID=697
http://www.ectep.com/teses/teses/default2.asp?PnIDFac=4
http://www.ectep.com/teses/teses/ficha.asp?PnIDFac=4&PnIDEspec=1013&PID=712
Universidade de Aveiro, através do Departamento
de Química (professores
Carlos Pascoal Neto e Dmitry Victorovitch Evtyugin)
http://www.ua.pt
http://www.ua.pt/dq/PageProf.aspx
Em 2004, Aveiro abrigou o importante evento da IUFRO
(International Union of Forest Research Organizations) - Eucalyptus
in a Changing
World, um dos mais importantes eventos acerca dos eucaliptos a nível
internacional:
http://www.dgrf.min-agricultura.pt/v4/dgf/pub.php?ndx=822
http://www.iufro.org
Universidade Trás os Montes e Alto Douro (com sua reconhecida
escola de florestas e tecnologia da madeira)
http://www.utad.pt/pt/departamentos/aca/florestal/index.html
http://home.utad.pt/~floresta/
http://home.utad.pt/~jlousada/
Universidade
da Beira Interior, através de seu Departamento
de Ciência e Tecnologia do Papel
http://ubista.ubi.pt/~www-pap
Raiz - Instituto de Investigação da Floresta e Papel
http://www.raiz-iifp.pt
As
associações de classe portuguesas para o setor
de celulose e papel
Basicamente, para o setor de celulose e papel, são duas as
associações em Portugal, uma técnica (TECNICELPA)
e outra setorial (CELPA). Sou sócio da Tecnicelpa há cerca
de 10 anos. Tenho acompanhado o esforço de meus amigos da
associação para transformá-la e modernizá-la.
Meus amigos Cesaltina Baptista e Augusto Góis, funcionários
dedicados da casa, sempre somaram forças durante esse período
que sou sócio da Tecnicelpa. Primeiro com o amigo Carlos Brás,
ex-presidente da associação, e agora com a atual presidente
Paulo Barata. A associação tem-se modernizado, com
um website interessante e informativo e muitas atrações
para download. Recentemente foi lançada uma publicação
informativa e um sumário de artigos técnicos de muito
valor técnico.
Vejam a Tecnicelpa em:
www.tecnicelpa.com
A
associação patronal é a CELPA
- Associação
da Indústria Papeleira, em cujo website poderemos
encontrar informações importantes sobre Portugal
e seus produtos papeleiros. Visitem e naveguem atentamente
em:http://www.celpa.pt/index.php
Revistas
técnicas
Silva
Lusitanica
http://www.scielo.oces.mctes.pt/cgibin/wxis.exe/iah/?IsisScript=iah/iah.xis&base=
article^dslu&format=iso.pft&lang=p&limit=0870-6352
Pasta e Papel
n.pelletier@wanadoo.fr
nicolas.pelletier@groupenp.com
Nova
Seção: Os Amigos dos Eucalyptus - Dr. Herbert Sixta
Tenho o privilégio de lhes apresentar um estimado amigo
e um dos mais conceituados técnicos e cientistas do
setor de celulose e papel a nível mundial. Dr. Herbert
Sixta é austríaco, mas tem uma enorme ligação
com o Brasil e com os eucaliptos. Ele inicialmente estudou
química na Universidade de Innsbruck e obteve seu PhD
em 1982. A seguir, passou a trabalhar com a empresa austríaca
Lenzing AG, uma das líderes mundiais na produção
de celulose solúvel e de fibras regeneradas de celulose.
Nessa empresa pode se dedicar aos fundamentos da ciência
dos constituintes da madeira. Conhece como poucos a química
da celulose, das hemiceluloses, da lignina e dos extrativos
das madeiras e das polpas. Sua dedicação à ciência
e à tecnologia é enorme. Ele sabe, como poucos,
associar a ciência em seu mais avançado nível,
com as utilizações dessa mesma ciência
para desenvolvimento de tecnologias práticas e aplicáveis à sociedade.
Tem sido um participante ativo em pesquisas sobre polímeros
naturais, macromoléculas, ultra-estrutura da parede
celular, materiais ligno-celulósicos e regeneração
da celulose para fabricação de fios. Quando a
Lenzing decidiu-se por se apresentar como uma empresa líder
em aspectos ambientais na Europa, as pesquisas passaram a se
direcionar para branqueamentos TCF e para polpações
do tipo organosolv. Sixta passou a estudar com carinho os branqueamentos
ECF e TCF, novos processos de cozimento e novas formas de se
produzir e de otimizar a produção de filamentos
de celulose regenerada. Em função disso, publicou
muito e obteve patentes, junto com seus colegas, sobre branqueamento
com ozônio, branqueamentos TCF e novas fibras de celulose
regenerada (Lyocell, nome comercial de um filamento regenerado
desenvolvido pela Lenzing). Paralelamente a suas atividades
na Lenzing, Dr. Sixta é professor universitário,
dando aulas nas Universidades de Graz, Linz e Viena.
O
primeiro contato de Sixta com os eucaliptos remonta ao final
dos anos 80's, quando ele me contatou na
Riocell. A Riocell
era naquela época importante fabricante de celulose
solúvel no mercado mundial, a partir de madeiras de
eucaliptos e de acácia negra. Como a Lenzing se interessou
por essa tecnologia de produção de celulose pré-hidrólise
kraft e pela matéria-prima eucalipto, Dr. Sixta e equipe
passaram a se dedicar mais a esse processo e aos eucaliptos.
O primeiro trabalho científico sobre os eucaliptos foi
com a co-orientação da tese da Sra. Gabriele
Schild,
em estudos comparativos de diversos processos de polpação
para as madeiras de eucaliptos (pré-hidrólise
kraft, pré-hidrólise ASAM, pré-hidrólise
soda AQ e sulfito ácido). A partir dos anos 90's, a
austríaca Lenzing e a brasileira Klabin se associaram
na forma de uma "joint venture" para a revitalização
da antiga fábrica da Celulose da Bahia, em Camaçari/Bahia/Brasil.
Surgia a Bacell e a vontade de se produzir celulose pré-hidrólise
kraft branqueada por processo TCF naquele empreendimento. E
ainda mais, usando madeira de eucalipto. De 1992 até o "start-up" da
fábrica em 1996, funcionou um grupo multi-disciplinar
de pesquisa e de desenvolvimento formado por técnicos
da Lenzing, Klabin e Riocell. Participavam do grupo: Taavi
Siuko, Alberto Lima, Walter Peter, Vera Maria Sacon, Herbert
Sixta
e Celso Foelkel, dentre outros. Foi uma verdadeira "tsunami" de
produção tecnológica em polpa solúvel
de eucaliptos, envolvendo nós e outras instituições
como fornecedores, clientes, universidades, institutos, etc.
Depois do início de operações da Bacell,
o amigo Sixta continuou responsável pelas pesquisas
com celulose solúvel de eucaliptos, para orientá-la
para produtos de maior valor agregado, como para acetato de
celulose e Lyocell. Só que nesse momento, eu já estava
um pouco mais distante desse processo, infelizmente. Pouco
tempo depois sai da empresa Riocell e nossos caminhos só se
cruzaram em congressos, como ainda hoje acontece.
Entre 1998 e 2000, Dr. Sixta
esteve envolvido diretamente com um projeto europeu de pesquisa,
liderado pela
Universidade de Hamburgo, para estudar diferentes processos
do tipo organosolv para produção de polpa para
dissolução. Foram avaliadas diferentes madeiras
européias de folhosas, entre as quais a do Eucalyptus
globulus da empresa espanhola ENCE. Foram estudados os
processos de polpação Acetosolv, Formacell, Milox e algumas
variações do processo sulfito. Dentre todas as
madeiras de fibras curtas, o E.globulus mostrou-se
superior em qualidade de polpa e em rendimentos de conversão.
Um sucesso tanto para polpas solúveis como polpas para
papel.
Entre os anos 2000 a 2004, Dr. Sixta liderou
diversos projetos onde diferentes madeiras de eucaliptos,
originadas da Ásia
e da América do Sul, foram estudadas intensivamente
para a produção de polpas tipo papel e solúvel.
Da mesma forma que nos estudos prévios, as madeiras
de eucaliptos foram mostradas como sendo as madeiras de fibras
curtas mais favoráveis e preferidas para a fabricação
desses dois tipos de celuloses.
A
partir de 2004, em suas atividades acadêmicas, Dr. Sixta passou a orientar duas teses sobre
a cinética das reações de polpação
do E.globulus, tanto para processo kraft como para
produção
de celulose solúvel. A ênfase desses estudos esteve
concentrada na estrutura da lignina residual, na distribuição
e nas alterações supramoleculares da celulose
e na interação celulose/água.
Toda essa experiência com os eucaliptos
acumulou-se em mais de 17 anos com estudos, pesquisas e muitas
palestras
e artigos publicados.
Ainda na Lenzing, Dr. Sixta é o chefe do centro de
pesquisas da empresa, que inclusive oferece serviços
a terceiros. Vejam a qualidade de seus laboratórios
no folheto disponibilizado no link a seguir:
http://www.lenzing.com/zellstoff/media/BroschuereZF2005(1).pdf
Talvez você possa encontrar algo interessante para si nessa
navegada por um laboratório tão especializado em estudos
de arquiteturas moleculares da madeira e da celulose.
Um dos trabalhos mais marcantes da carreira
do Herbert Sixta foi a sua recente publicação de um magnífico
livro sobre a produção de celulose. O livro,
na verdade são dois volumes, chama-se "Handbook
of Pulp" . São mais de 1350 páginas da mais
alta qualidade científica e tecnológica. Apesar
de editor dos livros, Dr. Sixta redigiu pessoalmente a maioria
dos capítulos. Esses dois volumes, lançados oficialmente
em 2006 para o mercado através da Wiley-VCH, consiste
hoje na mais recente e atualizada versão da descrição
da tecnologia de polpação da madeira. De acordo
com o próprio Sixta, quando conversávamos sobre
o livro, ele me confidenciou que os capítulos de polpação
e branqueamento de celulose solúvel foram escritos com
a mente voltada para o Brasil, lembrando-se muito da época
em que trabalhamos juntos para o projeto da Bacell. Bom saber
que o livro recompensa essas descobertas que realizamos anos
atrás, através do nosso grupo multi-disciplinar
de pesquisas.
Obrigado Herbert, por tudo que você fez e continua fazendo
pela ciência e pela tecnologia de produção
de celulose, em especial pela ciência da polpação
e dos processos de deslignificação e branqueamento.
Obrigado também haver eleito os eucaliptos como a
madeira preferencial para suas pesquisas.
Alguns dos muitos trabalhos publicados pelo
Dr. Sixta estão
mostrados em euca-links a seguir:
A
novel method for the determination of carbonyl groups in
cellulosics by fluorescence labeling. (Inglês)
Parte 01: http://eurocarb12.cermav.cnrs.fr/workshop_PotthastA.pdf
Parte 02: http://pubs.acs.org:80/cgi-bin/abstract.cgi/bomaf6/2002/3/i05/abs/bm020030p.html
Preparation and alkaline degradation of model compounds
related to branched xylan. (Inglês)
http://eurocarb12.cermav.cnrs.fr/workshop_SartoriJ.pdf
Analysis of extractives from Eucalyptus urophylla by
gas chromatography. (Inglês)
http://abra.fkkt.uni-lj.si/fkktstrlic/chrom02/pdf/P/hube_P.pdf
Patente: Process for the chlorine free bleaching of cellulosic
materials with ozone. (Inglês)
http://www.patentstorm.us/patents/5346588.html
http://www.freepatentsonline.com/5346588.html
Determination of extractives in dissolving pulps (Interlaboratory
comparison). (Inglês)
http://www.ipwonline.de/download/zellchem/2002/dp050201.pdf
Estudo cinético abrangente da polpação
kraft de Eucalyptus globulus. Parte 1: Deslignificação
e degradação de carboidratos (Revista O Papel,
2007) (Inglês e Português)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Sixta%20%20kinetics%20kraft%20pulping%
20globulus%20-%20Part%201.pdf
Estudo cinético abrangente da polpação
kraft de Eucalyptus globulus. Parte 2: Formação
e degradação de ácido hexenurônico (Revista
O Papel, 2007) (Inglês e Português)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Sixta%20%20kinetics%20kraft%20pulping%
20globulus-%20Part%202.pdf
Livro: Handbook of Pulp (2 volumes) (Inglês)
http://www.wiley.com/WileyCDA/WileyTitle/productCd-3527309993,subjectCd-CH95,descCd-tableOfContents.html
Conteúdo
dos livros:
http://media.wiley.com/product_data/excerpt/93/35273099/3527309993-1.pdf
Capítulo de Polpação Química -
Introdução (fornecido virtualmente como demonstração):
http://www.wiley-vch.de/templates/pdf/3527309993_c01.pdf

Euca-links
(Websites Referenciados para sua Visitação)
CIDEU
- Centro de Investigación y Documentación
del Eucalipto
http://www.uhu.es/cideu
O CIDEU é um centro de pesquisa e de documentação
sobre o eucalipto e localizado na Espanha. Consiste em uma parceria
entre a empresa espanhola ENCE e a Universidade de Huelva. Sua missão é buscar
informar de uma forma adequada a sociedade sobre as vantagens, os
usos, e sobre os avanços científicos e tecnológicos
acerca dos eucaliptos. Definitivamente, algo necessário e
de muitíssima valia para nós que somos amigos dos eucaliptos.
O CIDEU apoia trabalhos técnicos, organiza eventos, promove
atividades junto à sociedade e publica uma revista online
(Alerta Informativa) e boletins técnico-científicos.
Tudo isso pode ser acessado nesse website, que é apresentado
nas versões em inglês e em espanhol.
Algumas interessantes matérias disponíveis no site
do CIDEU estão a seguir.
Textos
e informações sobre "El eucalipto":
http://www.uhu.es/cideu/texto256.htm (Espanhol)
Boletim "Producción y uso de la madera de especies de
rapido crecimiento":
http://www.uhu.es/cideu/Boletin/Boletin2/SumBoletin2.htm (Espanhol)
Texto
técnico "El eucalipto en la sociedad y el medio
forestal", por Jorge Serradilla Santiago:
http://www.uhu.es/cideu/docpdf/RevMontesdelTexto8.pdf (Espanhol)
CEPEA - Centro de Economia Aplicada da ESA Luiz de Queiroz - USP
O CEPEA é o Centro de Estudos Avançados em Economia
Aplicada da ESALQ/USP. Visa atender demandas do agro-negócio
brasileiro com informações e estudos em economia e
sociologia. Dentre os diversos segmentos do agro-negócio,
temos uma excelente seção florestal no CEPEA. A coordenção
dessa seção é de nosso amigo, professor Carlos
José Caetano Bacha. O website disponibiliza estudos e um utilíssimo
informativo sobre preços praticados nos mercados de produtos
florestais (madeira em tora, madeira serrada, celulose, papel, etc.).
O website tem versões resumidas em inglês, francês,
espanhol e alemão.
Vejam:
A seção florestal do website:
http://www.cepea.esalq.usp.br/florestal/?id_page=19
Os estudos disponibilizados sobre madeira serrada:
http://www.cepea.esalq.usp.br/florestal/?id_page=485
Os informativos mensais sobre preços de produtos florestais:
http://www.cepea.esalq.usp.br/florestal/?id_page=481
Embrapa Florestas - Centro Nacional de Pesquisa Florestal
A Embrapa Florestas é uma unidade da EMBRAPA- Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária. Está localizada em Colombo,
Paraná, desde 1984, quando foi criada como Centro Nacional
de Pesquisa de Florestas. Essa unidade realiza pesquisas e presta
informações e gera e disponibiliza documentações
sobre florestas e recursos genéticos florestais brasileiros,
bem como sobre suas utilizações.
O
website é rico
em publicações quer seja para
compra, como para download grátis. Entretanto, as publicações
só são mostradas quando você usa o mecanismo
de busca do site, colocando a palavra chave de seu interesse.
Teste com a palavra chave Eucalyptus e depois navegue no muito
que encontrar.
Website da Embrapa Florestas:
http://www.cnpf.embrapa.br
Seção de Publicações:
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/publica.htm
Website do Professor Dr. Christian Luiz da Silva
Nosso amigo professor Christian Luiz da Silva é um dos grandes
nomes da economia aplicada no Brasil. Sua especialização
em cadeias de valor e competitividade lhe permitiram escrever diversos
livros sobre o tema e diversos trabalhos publicados sobre a rede
de valor do setor de papel de imprimir e escrever no Brasil. Sua
expertise é muito mais ampla, para conhecer mais navegue
em seu website: http://www.christian-silva.ecn.br
Seus artigos sobre a cadeia de valor papeleira também podem
ser descarregados em:
http://www.christian-silva.ecn.br/papel.htm
Website do Professor Dr. Pedro Fardim
Nosso estimado professor Pedro Fardim é uma das competências
brasileiras que foi exportada, mas continua muito brasileiro, colaborando
e muito com nosso setor. Atualmente o Dr. Fardim trabalha na Universidade
de Abo em Turku / Finlândia e sua especialidade são
estudos de superfícies, entre as quais as das fibras e do
papel.
Seu "blog" possui muita informação técnica
sobre superfícies e cargas de fibras de celulose, e suas interações
com cargas minerais e pigmentos dos papéis.
Vale a pena uma navegada nele:
http://www.superficies.blogspot.com
Conheça também o laboratório de fibras e de
tecnologia de celulose da Abo Akademi University: http://www.abo.fi/fak/tkf/tra/index_eng.html
Mini-Artigo
Técnico por Celso Foelkel
As
Melhores Tecnologias e Práticas Ambientalmente Disponíveis
para Produção de Polpa Kraft Branqueada de
Eucalipto
Uma
Visão de Celso Foelkel
Recentes
e modernas linhas de fibra têm sido instaladas no
hemisfério sul, utilizando-se de madeiras de Eucalyptus e/ou
de Pinus como matérias primas. Outras mais estão ainda
em processo de construção ou de projeto. Todas são
muito modernas, estado-da-arte tecnológico. Certamente existem
diferenças entre elas, mas o conceito básico tecnológico é parecido.
Como todos que trabalham nessas fábricas modernas estão
orgulhosos de suas instalações e performances, tenho
ouvido com freqüência a frase "esta é a melhor
e mais ambientalmente correta fábrica de celulose do mundo".
Entendo as razões para essas expressões de júbilo.
As fábricas atuais são muito melhores do que as fábricas
das décadas de 80 e 90: são mais eficientes, performantes
e com elevadíssima eficiência operacional. Entretanto,
esse júbilo exagerado não é bom, pois ele acaba
cegando os gestores e técnicos dessas empresas para novos
ganhos e novas oportunidades para se tornarem ainda mais amigos do
meio ambiente. Por outro lado, não há uma melhor fábrica
de celulose kraft branqueada no mundo, uma pode ser melhor em um
particular, outras em outros. Tenho inclusive ouvido inexperientes
executivos de grandes empresas se referirem a suas fábricas
como não tendo impacto ambiental algum, uma ingenuidade perigosa.
Hoje,
o grande problema para avaliar se temos ou não as BATs
("Best Available Technologies") ou as melhores práticas
ambientais ("best practices") são as referências
bibliográficas disponíveis. Os documentos referência
para isso já estão antigos, nessa era digital e de
grandes avanços tecnológicos.
O
documento do EC - IPPC (European Commission - Integrated Pollution
Prevention and Control
- Bref 2001 - ftp://ftp.jrc.es/pub/eippcb/doc/ppm_bref_1201.pdf
ou
http://ec.europa.eu/comm/environment/ippc/brefs/ppm_bref_1201.pdf)
já tem mais de 5 anos. Foi publicado em dezembro de 2001,
mas a versão colocada como "draft" era de fevereiro
de 2000. Outro documento referência que sempre se menciona
também é o documento do Banco Mundial, que serve de
balizamento para seus financiamentos. É um documento de 1998,
ultrapassado e em processo de revisão pelo IFC / Banco Mundial
(http://www.ifc.org/ifcext/enviro.nsf/AttachmentsByTitle/gui_pulp_WB/$FILE/pulp_PPAH.pdf).
Finalmente, existe ainda um documento referência, que é a
sugestão do Greenpeace, para tecnologias mais saudáveis
e produção limpa pelo setor de celulose, que apesar
de recente e controverso, merece ainda um maior grau de análise
pelo setor
(http://www.greenpeace.org/raw/content/argentina/contaminaci-n/el-futuro-de-la-producci-n-de.pdf).
Há hoje o consenso de que certas tecnologias são indispensáveis
para qualquer nova fábrica, são obrigações
tecnológicas. Entre essas obrigações citamos:
cozimento kraft modificado com pré-impregnação
dos cavacos, deslignificação com oxigênio, branqueamento
ECF, lavagem eficiente da polpa, caldeira de recuperação
do tipo "low odor", evaporação com multi-estágios
para cerca de 80% de sólidos no licor preto concentrado, tratamento
secundário ou terciário no efluente, uso de biomassa
como combustível em substituição a combustíveis
fósseis, secagem "flash" da lama de cal ao forno,
caldeira de força de leito fluidizado, sistema de destilação
de condensados e queima dos gases voláteis, etc. Tudo obrigação,
nada mais que obrigação e dever de casa de quem quer
construir uma nova fábrica kraft de celulose branca.
O que
vem acontecendo é que estão surgindo mais alternativas
tecnológicas limpas e eficazes, e mais que isso, efetivas
em custos, ou seja, viáveis do ponto de vista ambiental e
econômico. Tem-se descoberto muitas opções e
espaços para se melhorar ainda mais o processo de fabricação,
sem extremismos, dentro de processo de melhoria contínua.
Precisamos ainda melhorar muito nossas práticas e nossas técnicas
em termos do que define o conceito de eco-eficiência e produção
limpa: prevenir, reusar, segregar, fechar circuitos e atacar o problema
na origem e não no fim de tubo. Continuamos a misturar efluentes
sujos com águas boas e limpas, com isso sendo necessárias
enormes estações de tratamento de efluentes. Continuamos
a gerar uma enormidade de resíduos sólidos que acabam
em aterros e serão passivo ambiental para sempre. Mesmo que
tenhamos compostagem e uso desses resíduos como sub-produtos,
muitos deles não existiriam se o problema fosse atacado na
origem de sua geração.
Entendo
que existem hoje suficientes novas tecnologias e procedimentos
de "best practices" que podem ser introduzidas tanto em
fábricas novas como no aprimoramento de fábricas em
operação. De forma simplificada colocarei algumas sugestões
adicionais para reflexão dos que hoje estão atuando
nessa área. Caso implementadas em sua maioria, estarão
aí sim caminhando para se situarem "entre as melhores
fábricas do mundo em termos de performance operacional e ambiental".
Farei isso por área da linha produtiva e depois colocarei
alguns conceitos mais genéricos.
Área
preparo da madeira
-
ter
pátio de madeira pavimentado para não comprometer
a qualidade da madeira, reduzir geração de resíduos
sólidos e melhorar a qualidade das águas que saem dessa área,
inclusive a água de chuva.
-
separar
restos de casca, galhos e folhas e usar como biomassa
combustível
ou enviar para compostagem e nunca ao lixão da fábrica.
-
usar
só água recuperada em todas as operações
do pátio de madeira.
-
lavar
muito bem a polpa, de forma a se ter mínimo "carry-over" de
matéria orgânica e de soda para o branqueamento. Projetar
a fábrica para uma lavagem sempre com cerca
de 10 a 15% de reserva de capacidade.
-
reciclar
nós e palitos da depuração de massa
marrom, podendo para isso usar um pequeno digestor "batch" cativo
para essa operação. Com isso, fica mais fácil
o gerenciamento da qualidade do material produzido e sua destinação
ao processo.
-
reusar
a maioria dos condensados limpos da EVA para
lavar a polpa, quer na linha marrom, como na parte inicial
do branqueamento.
Isso significa preservação de água
e de calor no processo.
-
utilizar
seqüências ECF-ligth, pois favorecem o reuso
de águas.
-
fechar
o circuito de forma a se gerar no máximo 10m³/adt
de efluente no setor de branqueamento.
-
colocar
filtros de fibras para os efluentes do branqueamento,
recuperando fibras valiosas e gerando um
fluxo grande de efluente de baixos
sólidos, sem necessidade de passar por um clarificador
primário.
-
reciclar
o filtrado da etapa Eo ou Eop para lavagem
da celulose não
branqueada ou deslignificada com oxigênio.
-
recuperar
o calor dos efluentes do branqueamento, usando trocadores
de calor. Com isso se
reduz substancialmente a temperatura do efluente geral
antes de seu tratamento biológico, sem necessidade
de equipamentos para essa redução na estação
de tratamento de efluentes.
Área recuperação
de licor
-
não
purgar cinzas da caldeira de recuperação
para os efluentes. Valer-se do sistema de solubilização
e cristalização diferenciada para a remoção
do cloreto prejudicial ao processo.
-
ter
capacidade reserva de no mínimo 10% em termos
de sólidos
secos na evaporação e na caldeira de
recuperação,
para com isso poder absorver derrames e perdas de licor
de processo e retidos pelo sistema de recuperação
de perdas.
-
ter
sistema de recuperação de metanol e
usar o metanol como bio-combustível.
-
ter
eficiente sistema de "stripping" de
condensados.
-
queimar
gases não condensáveis na caldeira
de recuperação,
mantendo um incinerador cativo para se
fazer isso quando for o caso de paradas
da caldeira.
-
ter
um eficiente sistema de coleta de emissões
fugitivas de baixa concentração de
todas as áreas da fábrica.
Incinerar esses gases odorosos.
-
incinerar
na caldeira de recuperação as emissões
do tanque de dissolução do "smelt".
-
ter
capacidade suficiente e câmara reserva para
cada sistema de precipitador eletrostático,
de forma a não se notar
pluma de gases nas chaminés das caldeiras
e forno de cal.
-
exigir
o reuso dos condensados da EVA pela caustificação
e lavagem da polpa.
-
ter
trocadores de calor para aproveitar o calor dos condensados
quentes.
-
queimar
lodos da Estação de
Tratamento de Efluentes na caldeira
de biomassa.
-
ter
biomassa a mais seca possível, obtendo-se
isso pela gestão
e proteção da mesma quanto ao umedecimento.
Pode-se usar também prensa de casca para
remover água
da casca biomassa.
-
ter
um sistema para recuperação
do ácido sulfúrico
presente na solução de sulfato
de sódio gerado
como residual, quando for o caso. Dessa forma
se evita o consumo de soda cáustica
para neutralização ou de álcali
ativo do licor preto, se nele misturado no sistema
de recuperação.
-
ter
um sistema eficiente para resfriamento
na geração
da solução de dióxido
de cloro.
-
não
possuir um sistema de geração
de dióxido
de cloro que permita a presença de cloro
elementar na solução.
-
desenvolver
venda de hipoclorito de sódio,
quando esse for gerado na planta.
-
segregar
efluentes, não misturar o efluente
da depuração
hidrociclônica com águas limpas
da máquina formadora.
-
recircular
ao máximo a enorme quantidade
de água que
se gera nessa área pelo desaguamento
e secagem da polpa.
-
recuperar
as fibras boas que estão sendo
perdidas e devolvê-las
ao processo.
-
evitar
drenagens e ter um tanque de refugos
de tamanho adequado.
Área
tratamento de efluentes
-
segregar
os efluentes na origem. Não misturar
efluentes sujos com águas limpas,
como águas de selagem, águas
de unidades hidráulicas, água
de refrigeração
de turbina, água de purga de caldeiras,
etc. Essas águas
devem ser recicladas e não jogadas
fora como efluentes.
-
desenvolver
tratamentos diferenciados para efluentes
contaminados e efluentes mais limpos.
Averiguar o potencial para sua fábrica
de "wetlands" construídos
para tratar naturalmente os efluentes
de menor carga.
-
desenvolver
uso para os lodos (compostagem ou queima).
-
ter
estação de tratamento de
efluentes no mínimo
em estágio secundário. Se
for o caso de se colocar um tratamento
terciário com floculação
seguido de decantação/flotação,
instalar a seguir um sistema de filtração
para os micro-flocos que seguem com o efluente.
-
ter
fase anóxica no tratamento secundário
biológico
para favorecer a decomposição
do clorato residual do efluente do branqueamento.
-
ter
lagoa de segurança revestida com
membrana e com capacidade para no mínimo
24 horas de operação. Essa
lagoa deve ser utilizada somente para
emergências de paradas da estação
ou para derrames não retidos pelo
sistema de recuperação
de perdas (só em última instância).
-
não
instalar de forma alguma torres de resfriamento
que lancem neblina de efluente para a
atmosfera. Isso tem sido uma prática
absolutamente incompreensível por
parte das equipes de engenharia de fábricas
de celulose. Se tivermos que baixar a temperatura
do efluente bruto para ser enviado ao tratamento
biológico,
vamos fazer isso baixando as temperaturas
nas áreas de geração
dos efluentes mais quentes, com trocadores
de calor de placas.
-
desenvolver
especificações (para umidade principalmente)
para cada resíduo sólido gerado pela fábrica.
-
otimizar
prensagem dos lodos de forma a se
ter os mesmos o mais seco possível.
Valer-se do uso de serragem de madeira em mistura,
se for o caso.
-
reduzir
a geração de resíduos sólidos
na sua origem.
-
segregar
os resíduos sólidos. Tratá-los separadamente
e encontrar utilizações internas ou externas à fábrica.
-
ter
um aterro sanitário com tamanho pequeno para forçar
a gestão do resíduo para a não geração
ou para a reciclagem.
-
segregar,
segregar, segregar.
-
prevenir,
prevenir, prevenir.
-
recuperar,
recuperar, recuperar.
-
filtrar
e recuperar águas sujas da estação de
tratamento de água. Encontrar uso para o lodo dessa estação.
-
ter
uma lagoa de água para receber e armazenar as águas
limpas da fábrica (selagem, turbina, purga caldeira) e águas
de chuva e esgoto pluvial. Essa água poderia ser enviada para
a estação de tratamento de água e com isso se
reduziria a captação no rio.
-
ter
um super-eficiente sistema de coleta
de derrames ("spills").
Colocar grandes tanques para estocagem de derrames nas áreas
como: caldeira de recuperação (água de lavagem
da caldeira), caustificação, evaporação,
digestão e lavagem.
-
não
dar opção (não construir dutos) para geração
de efluentes industriais nas seguintes áreas: digestor,
lavagem, caustificação, planta química,
caldeira de recuperação, caldeira de força.
Forçar para que todos os derrames e até mesmo
as águas de chuva nessas áreas sejam retidos
pelo sistema de recuperação de perdas. O envio
dos derrames para a estação de tratamento de
efluentes deve ser a última das opções.
Derrames devem ser sempre responsabilidade da área geradora
em recuperar.
-
gerar
no máximo 20 m³/adt de efluente final.
-
ter
eficiente automação para controle ambiental
online.
-
usar
combustíveis de baixo teor de enxofre.
-
reduzir
ao máximo a geração de vapores nas chaminés
da fábrica (máquina de secagem, torres de resfriamento
de água quente de processo, etc.). Usar "demisters" onde
for o caso, ou equipamentos que não gerem neblina de vapor.
Esse vapor dá uma péssima impressão aos que
olham uma fábrica de celulose e não
sabem que a maioria dessas fumaças são apenas vapor de água.
Amigos,
com isso tudo implementado, poderemos nos aproximar mais de uma
fábrica de mínimo impacto ambiental: sem cheiro,
sem barulho, com mínima geração de resíduos
e de efluentes, com ótima eficiência operacional e com
pessoas felizes e orgulhosas trabalhando nela. Isso tudo é muito
viável hoje, ano 2007. Em 5 a 10 anos mais, prometo-lhes que
trarei uma nova listagem adequada em função das novas
realidades tecnológicas. Isso tem sido a grande força
motriz da humanidade: as mudanças.
Eucalyptus
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artigos e informações acerca de tecnologias
florestais e industriais sobre os eucaliptos
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Técnico - Celso Foelkel
Editoração - Alessandra
Foelkel
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por Celso Foelkel e o conteúdo dos websites recomendados
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