Editorial
Amigos,
Bom dia, meus estimados amigos dos eucaliptos.
Aqui estamos com vocês novamente, com o número 13 da nossa Eucalyptus
Newsletter. Nesse número, estaremos trazendo como sempre muitas
atualidades sobre os eucaliptos para que vocês possam conhecer
mais sobre essas árvores maravilhosas e suas utilizações.
Em nossa seção sobre "Os
Amigos dos Eucalyptus" estaremos
lhes contando um pouco da vida profissional e da produção
técnica e científica de um dos maiores ícones da
silvicultura e da ciência da celulose e papel no Brasil, nosso
estimado amigo Dr. Luiz Ernesto George Barrichelo. Conheço o professor
Barrichelo desde minha época de estudante de engenharia agronômica
na ESALQ/USP, quando trabalhei com ele como seu estagiário e orientado.
Logo, falar da vida e das realizações do prof. Barrichelo é para
mim motivo de muita satisfação, por conhecê-lo muito
bem e por admirá-lo por seu talento, fé e dedicação.
Estou muito feliz e honrado com a oportunidade de apresentá-lo
a vocês.
Estamos nessa edição lhes trazendo uma novidade.
Graças
aos meus amigos da Appita, a associação técnica
da indústria de papel e celulose da Austrália e Nova Zelândia,
foi possível criar uma nova seção. Nela, receberemos
novidades sobre os eucaliptos diretamente de sua terra natal. Chamamos
essa seção de "Notícias
Diretas da Terra Natal dos Eucaliptos". Nosso mais sincero agradecimento à Appita
por essa ajuda na difusão dos conhecimentos sobre os eucaliptos.
Nessa
edição estamos também lhes apresentando o
sétimo capítulo, dessa vez no idioma inglês, do Eucalyptus
Online Book e de título: "ECO-EFFICIENT
MANAGEMENT OF WOODY FOREST RESIDUES FROM THE EUCALYPTUS PLANTATION
FORESTRY"
Na seção
da Ester Foelkel sobre "Curiosidades
e Singularidades acerca dos Eucaliptos" ela nos contará como os eucaliptos
estão influênciando a arte e lhes mostrará algumas
obras de arte tendo os eucaliptos como fonte de inspiração.
O mini-artigo dessa edição será uma breve explanação
sobre "Os Eucaliptos e os Selos
Verdes". Esse é um tema
que se apresenta como uma oportunidade enorme para os produtos florestais
obtidos a partir dos eucaliptos, quer sejam madeira, papel e celulose, óleos
essenciais, móveis, etc. O setor já se tem valido da certificação
florestal, via selos verdes FSC e CERFLOR que atestam o bom manejo florestal
das plantações florestais e a rastreabilidade e garantia
da cadeia de custódia. Entretanto, existem ainda outras possibilidades
para fortalecer ainda mais nosso setor com a imagem de um setor ambientalmente
correto.
Caso ainda não estejam cadastrados para receber a newsletter
e os capítulos do nosso livro online, sugiro fazê-lo através
do link a seguir: Clique
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Estamos com diversos parceiros
apoiadores não financeiros a esse
nosso projeto: TAPPI, IPEF, SIF, CeluloseOnline, CETCEP/SENAI, RIADICYP,
TECNICELPA, ATCP Chile, Appita, CENPAPEL, TAPPSA, SBS, ANAVE, AGEFLOR
e EMBRAPA FLORESTAS. Eles estão ajudando a disseminar nossos esforços
em favor dos eucaliptos no Brasil, USA, Chile, Portugal, Colômbia,
Argentina, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.
Entretanto, pela rede que é a internet, essa ajuda recebida deles
coopera para a disseminação do Eucalyptus
Online Book & Newsletter para o mundo todo.
Nosso muito obrigado a todos esses parceiros por acreditarem
na gente e em nosso projeto.
Conheçam nossos parceiros apoiadores em:
http://www.eucalyptus.com.br/parceiros.html
Obrigado a todos vocês
leitores pelo apoio. Já somos praticamente
5.000 pessoas que estão recebendo esses informativos da Grau Celsius.
Peço ainda a gentileza de divulgarem nosso trabalho a aqueles
que acreditarem que ele possa ser útil. Eu, a Grau Celsius, a
ABTCP, a Botnia, a Aracruz, a International
Paper do Brasil, a Conestoga-Rovers & Associates e a Suzano e os parceiros apoiadores, ficaremos todos muito agradecidos.
Um abraço a todos e boa leitura
Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br
http://www.eucalyptus.com.br
http://www.abtcp.org.br
Nessa
Edição
Capítulo
7 em Inglês do Eucalyptus Online Book
Referências Técnicas
da Literatura Virtual
Referências
sobre Eventos e Cursos
Euca-Links
Curiosidades
e Singularidades acerca dos Eucaliptos: Os
Eucaliptos Inspirando as Artes
Nova
seção: Notícias Diretas da Terra Natal
dos Eucaliptos (uma cooperação Appita / Austrália)
Os
Amigos dos Eucalyptus - Dr. Luiz Ernesto George Barrichelo
Mini-Artigo
Técnico por Celso Foelkel
Os
Eucaliptos e os Selos Verdes

Capítulo
7 em Inglês do Eucalyptus Online Book
Para
baixar o arquivo (em Adobe pdf) de 6.6MB, clique no nome do capítulo.
Caso você não tiver o Adobe Reader em seu computador,
visite o site http://www.eucalyptus.com.br/disponiveis.html,
onde existem instruções de como instalá-lo.
"ECO-EFFICIENT
MANAGEMENT OF WOODY FOREST RESIDUES FROM THE EUCALYPTUS PLANTATION
FORESTRY"

Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Nessa seção,
estamos colocando, como sempre, euca-links com algumas publicações
relevantes da literatura virtual. Basta você clicar sobre os endereços
de URLs para abrir as mesmas ou salvá-las em seu computador. Como
são referências, não nos responsabilizamos pelas
opiniões dos autores, mas acreditem que são referências
valiosas e merecem ser olhadas pelo que podem agregar ao seu conhecimento.
Ou então, para serem guardadas em sua biblioteca virtual. Nessa
seção, temos procurado balancear publicações
recentes e outras antigas, que ajudaram a construir a história
dos eucaliptos. Elas versam sobre florestas, ecologia, ambiente, uso
industrial das madeiras, celulose e papel; enfim, todas as áreas
que se relacionam aos eucaliptos: seu desenvolvimento em plantações
florestais e utilizações de seus produtos.
"Eucalyptus
globulus: Aplicaciones de la Madera" - (Espanhol e Inglês)
Uma publicação muito bem editada pelo Centro de Innovación
e Servizos Tecnoloxicos da Madeira de Galícia, Espanha. Os autores
são M.C.Touza Vazquez e O.Gonzáles Prieto. São
42 páginas de belas ilustrações e textos explicativos
do uso dessa fantástica madeira para pisos, móveis,habitações,
usos estruturais, etc.
http://www.cismadera.com/castelan/downloads/eucaliptoweb.pdf
"Eucalypt
Domestication and Breeding" - (Inglês)
Livro texto dos mais fundamentais sobre o melhoramento genético
dos eucaliptos. Escrito por Ken Eldridge, publicado em 1994 e agora
quase que integralmente disponibilizado para visualização
pelo Google Books. Aproveitem os notáveis conceitos do autor
sobre estratégias de melhoramento florestal, seleção
de espécies e de progênies, produção de
sementes, propagação vegetativa, oportunidades para novas
fronteiras no melhoramento florestal dos eucaliptos, etc.
http://books.google.com/books?id=XrKmcLpu1DsC&printsec=frontcover&hl=pt-BR
"Hardwoods
Wood Products Utilization" - (Inglês)
Uma publicação sobre as oportunidades para a utilização
crescente de madeiras de folhosas, editada em 1987, pela U.S. Pacific
SouthWest Forest and Range Experiment Station. Uma antevisão
das potencialidades para as madeiras de folhosas nos cenários
mundiais madeireiros.
http://www.fs.fed.us/psw/publications/documents/psw_gtr100/psw_gtr100_005.pdf
"Growing
Eucalyptus for Timber, Poles and Firewod" - (Inglês)
Um guia básico ou uma cartilha sobre as tecnologias e cuidados
para se produzir árvores de eucaliptos em plantações
de forma a terem condições de serem fontes de madeira
para a produção de tábuas, postes, móveis
e lenha combustível. Destinado a agricultores da Uganda. Editado
pela Sawlog Production Grant Scheme (http://www.sawlog.ug)
http://www.sawlog.ug/downloads/Guideline%20No.09&10%20-%20Growing%20Eucalypts.pdf
"Apostilas sobre Produção de Sementes e Mudas Florestais" -
(Português)
O professor Lauri Amândio Schorn e sua equipe na Fundação
Universidade Regional de Blumenau nos oferecem uma excelente coletânea
de apostilas sobre produção de sementes e mudas florestais.
Vejam e confiram os diversos links a seguir para baixar as diversas
apostilas:
http://home.furb.br/lschorn/silvi/1/FORMA%c7%c3O%20DA%20SEMENTE.doc (Formação da semente)
http://home.furb.br/lschorn/silvi/1/aspectos_ecologicos_da_producao_de_sementes.pdf (Aspectos ecológicos da produção de sementes)
http://home.furb.br/lschorn/silvi/1/aspectos_gerais_da_producao_de_sementes.pdf (Aspectos gerais da produção de sementes)
http://home.furb.br/lschorn/silvi/1/quebra%20de%20dormencia%20tabela%20final10.doc (Quebra de dormência)
http://home.furb.br/lschorn/silvi/2/Apostila%20Silvicultura.PDF (Silvicultura
II: produção de mudas florestais)
http://home.furb.br/lschorn/silvi/2/esp%e9cies%20florestais%20exoticas.doc (Silvicultura de espécies florestais exóticas)
"Propagação
e Plantio de Árvores" - (Português)
Publicação Agrodok 16 da Fundação Agromisa,
com 114 páginas, de autoria de Ed Verheij, em 2005. O documento
descreve as técnicas usadas para a propagação
e o plantio de árvores agroflorestais. Foi escrito em primeiro
lugar visando orientar agricultores e extensionistas, e a ênfase é dada
para métodos simples e de baixo custo.
http://www.anancy.org/uploads/file_pt/19-p-2005-screen.pdf
"Manual de Silvicultura Tropical" - (Português)
Uma interessante publicação com apoio da FAO - Food and
Agriculture Organization, apresentada pela Universidade Eduardo Mendlane,
Departamento de Engenharia Florestal. São 130 páginas
de conceitos sobre silvicultura nos trópicos, escrita pelos
autores N.Ribeiro, A.A.Sitoe, B.S.Guedes e C.Staiss, publicada em 2002.
http://ufra.edu.br/pet_florestal/downloads/manual%20de%20silvicultura.pdf
"El Papel del Sur: Plantaciones Forestales en la Estratégia
Papelera Internacional" - (Espanhol e Inglês)
Já apresentamos em uma edição anterior de nossa
Eucalyptus Newsletter a versão em inglês dessa controversa
e interessante obra de Ricardo Carrera e Larry Lohmann (http://www.wrm.org.uy/plantations/material/PulpingSouth.pdf).
Como ela existe também em espanhol, vale a pena também
se conhecer a versão nesse idioma.
http://www.cdca.it/IMG/pdf/PapelSur.pdf (Espanhol)
"Inovação
na Produção de Polpa a Partir de Fibras Curtas de
Eucalipto" - (Português)
Artigo acadêmico descrevendo as razões do sucesso da competitividade
da indústria brasileira de celulose com base na agregação
de inovação tecnológica. Os autores foram: M.R.Brochado,
L.M.Mofati, C.A.Choeypant, M.C.Pereira e C.Nolte. Artigo de 8 páginas
apresentado no XXIV Encontro Nacional de Engenharia de Produção,
em 2004, na cidade de Florianópolis.
http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001424/142426E.pdf
"Aço
Verde: the Brazilian Steel Industry and Environmental Performance" -
(Inglês)
Artigo acadêmico mostrando os avanços ambientais da produção
de aço no Brasil, onde o carvão obtido dos eucaliptos
tem papel vital. Escrito por J.R.Barton para a School of Development
Studies, University of East Anglia, Reino Unido, 27 páginas,
1998.
http://168.96.200.17/ar/libros/lasa98/Barton.pdf

Referências
sobre Eventos e Cursos
Essa
seção tem como meta principal apresentar a vocês
todos a possibilidade de navegar em eventos que já aconteceram
em passado recente, e para os quais os organizadores disponibilizaram
o material do evento para abertura, leitura e downloading em seus
websites. Trata-se de uma maneira bastante amigável e com
alta responsabilidade social e científica dessas entidades,
para as quais direcionamos os nossos sinceros agradecimentos.
Simpósio
Nacional sobre Reflorestamento Ambiental - (Português)
Evento organizado pelo CEDAGRO - Centro do Desenvolvimento do Agronegócio
do Estado do Espírito Santo. Nessa edição de 2007,
o tema central do evento foi "O papel das florestas na prevenção
do aquecimento global", com excelentes palestras sobre florestas
plantadas e florestas naturais, desenvolvimento sustentável,
programa de desenvolvimento limpo, sequestro de carbono, etc., etc..
http://www.cedagro.org.br/reflorestamento/?page=pg_02 (Sobre o evento)
http://www.cedagro.org.br/reflorestamento/?page=pg_05 (Programação)
http://www.cedagro.org.br/?page=pg_eventodetalhes_reflorestamento (Palestras
para downloading)
I Seminário de Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica
do Paraíba do Sul - SERHIDRO 2007 - "O Eucalipto e o Ciclo
Hidrológico" - (Português)
Importante e excelente evento sobre florestas e sua influência
sobre os aspectos hidrológicos de bacias hidrográficas,
com destaque especial sobre as florestas plantadas de eucaliptos. O
evento foi organizado pela UNITAU - Universidade de Taubaté no
estado de São Paulo. Contou com renomados palestrantes sobre
o tema que sempre tem causado debates e questionamentos, mas que os
autores das palestras souberam muito bem esclarecer através
de suas contribuições técnicas e científicas.
Visitem e descarreguem esse material, vale a pena conferir:
http://www.agro.unitau.br/serhidro/doc/Programa.htm (Programação)
http://www.agro.unitau.br/serhidro/doc/@sumario.htm# (Anais com artigos
técnicos)
http://www.agro.unitau.br/serhidro/palestras.php (Palestras convidadas)
http://www.agro.unitau.br/serhidro/palestraspre.php (Palestras pré-congresso)
UNFF
Planted Forests Expert Meeting "Maximizing the Role of Planted
Forests in Sustainable Forest Management" - New Zealand -
(Inglês)
Trata-se de importante evento que ocorreu na Nova Zelândia em
2003. Organizado pelo Ministério da Agricultura e Florestas
daquele país em cooperação com a IUFRO (International
Union of Forest Research Organizations) e o UNFF (United Nations Forum
on Forests). O evento discutiu modelos e estratégias para a
promoção da sustentabilidade florestal em plantações
florestais, debateu diversos estudos de caso em "SFM" (Manejo
Florestal Sustentável), além de apresentar exemplos de
certificação florestal, agrossilvicultura e recomendações
para a prática desses modelos de sustentabilidade.
http://www.maf.govt.nz/mafnet/unff-planted-forestry-meeting
Workshop "Eucalyptus in California" - USDA - PSWFRES - (Inglês)
Organizado pela USDA Pacific SouthWest Forest and Range Experiment
Association, o evento, realizado em 1983, apresentou interessantes
trabalhos sobre as oportunidades e as tecnologias para a introdução
bem sucedida de Eucalyptus em plantações florestais
nos estados norte-americanos da Califórnia, Flórida,
Oregon, e Haway. Foram debatidos temas vitais como introdução
de espécies, melhoramento florestal, clonagem, usos industriais,
silvicultura, etc. Os anais estão disponibilizados para
downloading aos interessados.
http://www.fs.fed.us/psw/publications/documents/psw_gtr069
http://www.fs.fed.us/psw/publications/documents/psw_gtr069/psw_gtr069.pdf
Seminário
sobre Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas em Florestas
Plantadas - SIF 2007 - (Português)
Evento sobre hidrologia florestal organizado pela SIF - Sociedade de
Investigações Florestais, em 2007. Discute temas sobre
hidrologia florestal, produtividade e consumo de água, mapeamento
de microbacias, etc.
http://www.sif.org.br/site/scripts/index.php?conteudo=17&tipo=5
EPOBIO Workshops on Biorefineries - (Inglês)
EPOBIO é um projeto internacional europeu para estudar o potencial
energético de matérias-primas vegetais como fontes de
energia renovável.O objetivo básico é permitir
soluções tecnológicas comerciais para esses tipos
de fontes de energia em um prazo de não mais que 15 anos a partir
de 2005. Até o momento foram realizados dois workshops sobre
biorefinarias, cujas palestras podem ser obtidas pelos interessados.
Materiais técnicos de muito interesse. Visitem:
1st EPOBIO Workshop:
Products from Plants - the Biorefinery Future
http://www.epobio.net/workshop0605.htm (Inglês)
2nd EPOBIO Workshop:
Products from Plants – from Crops and Forests to Zero-Waste
Biorefineries
http://www.epobio.net/workshop0705.htm (Inglês)
I
Jornada sobre Potencialidad Foresto Industrial del Eucalipto en Santiago
del Estero - Argentina - (Espanhol)
Evento realizado em 2005 na província de Santiago del Estero,
na Argentina, debatendo o potencial e as estratégias para o
aumento de plantações de eucalipto na região.
A organização foi da Universidad Nacional de Santiago
del Estero, por sua Faculdad de Ciencias Forestales (http://fcf.unse.edu.ar).
http://www.eucs4hvt.org/docs/Conference%20Proceedings.pdf

Euca-Links
A
seguir, estamos trazendo a vocês nossa indicação
para visitarem diversos websites que mostram direta relação
com os eucaliptos, quer seja nos aspectos econômicos, técnicos,
científicos, ambientais, sociais e educacionais.
Projeto
Floram. (Brasil)
No final dos anos 1980's, foi formado um grupo de grandes pensadores e renomados
cientistas brasileiros com a finalidade de propor alternativas para o seqüestro
de carbono da atmosfera e a mitigação do efeito estufa. O resultado
dessa reflexão foi a proposta de um mega-projeto de reflorestamento
para o Brasil, compreendendo o plantio de cerca de 20 milhões de hectares
de florestas plantadas. O projeto Floram, como foi chamado, mostrava e demostrava
vantagens ambientais, sociais e econômicas para essa forte atividade
de plantios de florestas na país. Os arquivos das reflexões publicadas
naquela época pelo Instituto de Estudos Avançados da Universidade
de São Paulo podem ser acessados tanto nos idiomas inglês e português.
Sem dúvidas, o tema mantem a sua atualidade e esses artigos merecem
uma visita pelos nossos leitores. Recomendamos.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0103-401419900002&lng=pt&nrm=iso (Português)
http://www.iea.usp.br/iea/english/journal/9/index.html (Inglês)
Inventário
Florestal Contínuo do Estado do Rio Grande do Sul. (Brasil)
Trata-se de um website muito interessante sobre os resultados de um amplo inventário
florestal realizado para o estado do Rio Grande do Sul, no final dos anos 1990's.
A coordenação desse estudo foi da Universidade Federal de Santa
Maria, sob a liderança do professor Doádi Antonio Brena. O apoio
logístico e financeiro foi provido pela Secretaria do Meio Ambiente
do Estado do RS. Nessa webpage são disponibilizadas estatísticas,
mapas, metodologias e conclusões sobre as áreas florestais, tanto
de plantações como de ambientes e ecossistemas naturais. Uma
preciosidade e um exemplo a ser seguido por outros estados e países.
http://coralx.ufsm.br/ifcrs/frame.htm
Rob's Jackson Laboratory - Duke University. (Estados Unidos
da América)
O Jackson Laboratory é renomado por seus estudos sobre hidrologia,
seqüestro de carbono, mudanças globais e impactos ambientais,
inclusive das plantações florestais. Diversos de seus
trabalhos publicados tem-se mostrado como verdadeiros guias para
minimização dos efeitos ambientais de plantações
florestais. Estamos a seguir colocando links tanto com a seção
de publicações do laboratório (corpo docente,
pesquisadores e alunos de pós-graduação), como
das descrições das atividades do mesmo e das principais
disciplinas lecionadas pelos docentes
http://www.biology.duke.edu/jackson/pubs.htm (Publicações)
http://www.biology.duke.edu/jackson/currproj.html (Projetos atuais)
http://www.biology.duke.edu/bio265 (Disciplina de Ecofisiologia Vegetal)
http://www.duke.edu/web/nicholas/bio217 (Disciplina Ecologia e Mudanças
Globais)
Cenbio
- Centro Nacional de Referência em Biomassa. (Brasil)
O Cenbio é uma entidade que promove as fontes renováveis
de energia, incluindo as biomassas e outras bioenergias. É bastante
rico o website, com muitíssimo material para descarregar,
incluindo documentos, artigos, palestras de eventos, material de
cursos, normas, relatórios, etc. O Cenbio tem o apoio de entidades
como Universidade de São Paulo, FINEP, Ministério de
Ciência e Tecnologia, Secretaria de Estado de Energia de São
Paulo, International Energy Initiative e Biomass Users Network. Conheçam
mais nos endereços abaixo:
http://www.cenbio.org.br/pt/index.html (Website geral)
http://www.cenbio.org.br/pt/projetos.html (Projetos em desenvolvimento)
http://www.cenbio.org.br/pt/documentos.html (Documentos para descarregar)
http://www.cenbio.org.br/pt/downloads/jornal/RBB1.pdf (Revista Brasileira
de Bionergia)
CAF
- Companhia Agro Florestal Santa Bárbara. (Brasil)
A CAF é uma empresa do grupo Arcelor que cuida da plantação
de florestas de eucalipto no Brasil para uso da madeira para produção
de carvão vegetal para siderurgia pela empresa Belgo Mineira.
A empresa possui certificações florestais FSC e ISO
14001, tratando o tema de sustentabilidade florestal com muita atenção.
Conheçam mais sobre ela e sobre suas atividades, visitando
ainda a sua galeria de fotos sobre silvicultura do eucalipto.
http://www.caf.ind.br (Website geral)
http://www.imgdesigner.com/clientes/caf/index.asp?Grupo=2&SubGrupo=8 (
O eucalipto e o aço)
http://www.imgdesigner.com/clientes/caf/index.asp?Grupo=2&SubGrupo=9 (Programa
Produtor Florestal - Fomento florestal)
http://www.imgdesigner.com/clientes/caf/index.asp?Grupo=6 (Galeria
de fotos)
Acesita
Energética. (Brasil)
A empresa Acesita Energética é uma subsidiária
da empresa siderúrgica Acesita S/A do grupo Arcelor. Ela produz
florestas plantadas de eucaliptos tanto para suprir matéria
prima para fabricação de carvão para siderurgia,
como para produção de bens madeireiros de uso múltiplo
(dormentes, postes, madeira serrada, embalagens de madeira, etc).
Sua responsabilidade ambiental e social pode ser confirmada pela
leitura do seu original e muito bem elaborado Plano de Manejo Florestal.
http://www.acesitaenergetica.com.br (Website geral)
http://www.acesitaenergetica.com.br/revista.htm (Folheie o plano
de manejo florestal e leia-o como se estivesse lendo um livro digital)
Curiosidades
e Singularidades acerca dos Eucaliptos
por Ester Foelkel
(http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html)
Nessa
edição: Os Eucaliptos Inspirando
as Artes
Na
edição anterior da Eucalyptus Newsletter, o
assunto abordado nessa nossa seção foi o de
como as partes das árvores dos eucaliptos poderiam
virar matéria-prima no artesanato em muitas regiões
do mundo. Já nesta edição, falaremos
da beleza do eucalipto, suas formas e suas partes morfológicas
como folhas, flores, frutos, troncos; ou até mesmo
o seu todo ou seus agrupamentos em florestas e em bosques
e que servem como fonte de inspiração para
inúmeros trabalhos artísticos. Assim, pinturas,
ilustrações, fotos artísticas, tapetes,
jóias e inclusive fontes de água levam a imagem
dos eucaliptos.
De
forma distinta ao artesanato, que usa as partes do eucalipto
para gerar outros produtos, muitos
artistas representam esta
formosa árvore, interagindo com o meio ambiente, em
suas obras. Frente à grande variedade de espécies
de eucaliptos, suas árvores possuem cores, texturas
das cascas e formatos arquitetônicos distintos e contribuem
para esta inspiração. Além disso, o eucalipto
na natureza apresenta diferentes jogos de cores, texturas e
luminosidades. Por isso, o vento que balança suas folhas,
ou o sol que ilumina suas cascas, acabam por gerar interessantes
imagens e paisagens, muitas retratadas em pinturas ou eternizadas
em ilustrações e em fotografias.
Uma
das formas mais comuns de pinturas e desenhos de espécies
de eucalipto e sua morfologia é através da ilustração
botânica. Utilizando técnicas principalmente de
aquarela, e pastel, muitos artistas pintam de forma detalhada
as principais características botânicas das folhas,
flores e frutos de espécies dessa árvore. Outros
pintores de paisagens buscam captar a emoção
e o sentimento do momento em suas obras, ganhando inspirações
em locais onde está presente o eucalipto.
Da
mesma maneira que o artesanato, a maioria das obras inspiradas
no eucalipto
também se encontram em seu país
de origem, a Austrália; contudo, também já se
disseminaram como ocorreu também com a árvore,
inspirando arte em várias partes do planeta. Alguns
dos principais artistas australianos que criam ilustrações
morfológicas das árvores e partes das plantas
de muitas espécies de eucaliptos estão relatados
a seguir:
Beverley
Graham: ela expressa
em suas obras de arte gráfica, "design" e pinturas em aquarela
da flora australiana, incluindo o eucalipto. Membro do "Botanical
Illustrators Group of the Friends of the Royal Botanic Gardens",
possui parte de sua obra exposta na Galeria Nacional Australiana
e na Universidade RMIT de Melbourne, Austrália. Cópias
de suas ilustrações também foram incluídas
em séries de cartões postais e selos da Austrália.
Beverley Graham é apaixonada pela flora de seu país
e busca, através da arte, a consciência das pessoas
para a preservação da natureza única da
região. Talvez seja por esta razão que inúmeras
obras de sua autoria estejam disponibilizadas em diversas páginas
na web.
http://www.botany.unimelb.edu.au/botany/gumleafauction/graham.html (Inglês)
http://www.rbg.vic.gov.au/static/botart2002/bgraham.htm (Inglês)
http://www.makingtracks.com.au/pages/default.cfm?page_id=19176 (Inglês)
Marta
Salamon: pintora e desenhista
da arte botânica,
retrata plantas nativas e exóticas e é reconhecida
pela riqueza de detalhes em suas obras devido ao seu conhecimento
em botânica. Possui algumas de suas ilustrações
com Eucalyptus disponíveis na internet.
http://www.rbg.vic.gov.au/static/botart2002/msalamon.htm (Inglês)
Helen
Fitzgerald: profissional e professora considerada veterana
na prática da ilustração botânica,
já estudando arte em Viena e na Itália. Pertencente
a uma família de artistas, Helen iniciou cedo sua carreira,
com uma de suas obras aceitas no "Wynne Art Exhibition" em
Sydney. Já ilustrou 5 livros sobre a flora e fauna australiana
e leciona educação da arte.
http://www.rbg.vic.gov.au/static/botart2002/hfitzgerald.htm (Inglês)
Fiona
McKinnon: artista e também professora
de arte desde 1998, Fiona já ganhou inúmeros
prêmios
da arte botânica na Austrália e no mundo. Confira
sua pintura de eucalipto em aquarela.
http://www.rbg.vic.gov.au/static/botart2002/fmckinnon.htm (Inglês)
Alwynne
Fairweather: graduada em botânica e em geologia,
sempre demonstrou grande interesse na arte e teve na flora
australiana grande fonte de inspiração para suas
obras.
http://www.rbg.vic.gov.au/static/botart2002/afairweather.htm (Inglês)
John
Armstrong: o artista pinta
e desenha a flora australiana detalhadamente seguindo suas
observações.
Possui uma obra de eucalipto na webpage.
http://www.passionateobservers.org/john_armstrong/slides/Eucalyptus%20piperita%20ssp%20urceolata.php (Inglês)
Outros pintores no mundo igualmente inspirados
pelos eucaliptos:
Laura
Wynne: americana nascida
no estado da Califórnia.
Laura iniciou-se no mundo da pintura incentivada pelo pai e
desde então se inspira nas formas e luzes em que a natureza
expõe, tentando sempre capturar a emoção
do momento em suas telas. Possui duas pinturas de Eucalyptus a venda na web.
http://fineartamerica.com/profiles/laura-wynne.html?tab=artwork (Inglês)
Paul
Kratter: nascido e crescido
na região
litorânea
da Califórnia, USA, o artista, através de pinturas
a óleo, retrata paisagens de sua região natal
e também a vida selvagem animal. Possui duas obras com
eucaliptos.
http://www.holtonframes.com/gallery/kratter/index.html (Inglês)
Maria
Kubicek: argentina nascida na região do Chaco
e formada em agronomia em Córdoba, iniciou-se nas artes
plásticas em 1990, onde tornou-se especialista em pinturas
sobre cerâmica. Também pinta a óleo paisagens
de sua região, destacando-se "O Eucalypto".
Maria Kubicek já expôs seu trabalho nas principais
cidades argentinas e no exterior, como México e Brasil.
http://www.artelista.com/autor/2083078581714370-kubicek.html (Inglês)
Luis
Mendes: brasileiro, natural
de São
Paulo, utiliza como inspiração a cultura e paisagens
do Brasil em suas obras. Confira sua pintura do Eucalyptus.
http://www.overstock.com/Worldstock/Brazilian-Harvests-Eucalyptus-Original-Batik-Painting-
Brazil/2646354/product.html#moreinfo (Inglês)
http://www.clintonbrothers.com/Worldstock-Handcrafted-Home-Decor-Wall-Decor-Original-Art-1.html (Inglês)
Web sites com obras inspiradas pelo eucalipto:
•
Cartões de Natal e cartões de presentes australianos:
http://www.makingtracks.com.au/pages/default.cfm?page_id=34092 (Inglês)
http://www.australianaonline.com.au/category26_1.htm (Inglês)
•
A arte da ilustração botânica (diversos
gêneros de árvores dentre os quais o gênero
Eucalyptus):
http://www.rbg.vic.gov.au/static/botart/genuslist.html (Inglês)
• Pinturas:
http://home.vicnet.net.au/~wildlife/winners%202001/Ednie.jpg (Inglês)
http://fineartamerica.com/paintings/tag/eucalyptus (Inglês)
http://en.easyart.com/art-print-search/Eucalyptus.html (Inglês)
http://www.dailypainters.com/paintings/keyword/eucalyptus (Inglês)
http://www.holtonframes.com/gallery/kratter/PhonePolesEucs.html (Inglês)
http://www.yessy.com/art/paintings/flowers_plants_trees/trees_shrubs/eucalyptus.htl (Inglês)
http://www.eric-gould.com/art-gallery/painting-013.htm (Inglês)
http://www.zaplinlampert.com/component/option,com_gallery2/Itemid,42/?g2_itemId=10843 (Inglês)
http://views-from-venice.blogspot.com/2006/11/eucalyptus-chimney.html (Inglês)
http://belindadelpesco.blogspot.com/2006/11/eucalyptus-study-watercolor-on-gesso.html (Inglês)
http://www.anticofineart.com/pages/galleries/flora_fauna/eucalyptus-sentry.html (Inglês)
http://www.anticofineart.com/pages/galleries/flora_fauna/sun-bathing-eucalyptus.html (Inglês)
http://www.angel-art-house.com/oil_paintings_artists/w/Wachtel_Marion_Kavanaugh/Eucalyptus_Trees.htm (Inglês)
http://item.express.ebay.com/15x30-LYNNE-FRENCH-Original-Painting-EUCALYPTUS-
MEADOW_W0QQitemZ280184674510QQihZ018QQcmdZExpressItem (Inglês)
http://www.larymckee.com/product.asp?pID=21&cID=86&e=1 (Inglês)
http://realcolorwheel.com/150.htm (Inglês)
http://www.artgator.com/all_options.php?imageid=25&pid=12&PHPSESSID=92b (Inglês)
http://www.botany.unimelb.edu.au/botany/gumleafauction/index.html (Inglês)
http://www.canvaz.com/gallery/1571.htm (Inglês)
http://www.arteenventa.com/Europa/Espa%F1a/Andaluc%EDa_Sevilla/Alcala_de_guadaira/foto_1640.htm (Espanhol)
http://www.art-vector.com/es/eucaliptos-rayos-ardiente-australia-p-562_c1_121.html (Espanhol)
http://www.artelista.com/obra/7993974141926702-eucaliptosobrelaavenidadonatoalvarez.html (Espanhol)
•
Fotografias artísticas:
http://www.acclaimimages.com/search_terms/eucalypt.html (Inglês)
http://www.trekearth.com/gallery/South_America/Brazil/photo659542.htm (Inglês)
http://www.123rf.com/stock-photo/eucalypt.html (Inglês)
http://www.flickr.com/photos/tags/eucalypt/clusters (Inglês)
http://www.superstock.com/search/eucalyptus (Inglês)
http://www.fotosearch.fr/photos-images/eucalyptus.html (Francês)
http://photographersdirect.com/stockimages/e/eucalyptus.asp (Inglês)
http://us.snaparazzi.eu/eucalyptus (Inglês)
http://www.cfgphoto.com/photos-eucalypts-eucalyptus.html (Inglês)
http://www.faculty.ucr.edu/~legneref/botany/forrepi3.htm#eucalyptus (Inglês)
http://search.pbase.com/search?q=eucalypt&c=sp (Inglês)
•
Jóias inspiradas nos eucaliptos:
http://www.zeldawong.co.uk/product.asp?cid=652&pid=2219 (Inglês)
http://www.wildlifewonders.com/eucalyptus.html (Inglês)
http://www.chintz.com/jewelry.php?pid=382&cid=64&page=1 (Inglês)
http://www.anaverdun.com/collections/botanica/b.php (Inglês)
http://www.rusticspirit.com/aspenleaf (Inglês)
http://sattvagallery.com/jewelry.html (Inglês)
http://www.seminarystreet.com/shopping/calicocat_silverseasons.htm (Inglês)
• Tapetes inspirados nos eucaliptos:
http://www.pr.mq.edu.au/macnews/showitem.asp?ItemID=406 (Inglês)
http://www.everyslipcover.com/Carpet-Art-Deco-IBR-CQ1026.html (Inglês)
•
Fonte artística de água inspirada no eucalipto:
http://leeblackwellstudio.com/eucalyptus.htm (Inglês)

Nova
seção:
Notícias Diretas da Terra Natal dos Eucaliptos
(uma cooperação Appita / Austrália
- http://www.appita.com.au)
Estaremos
a partir desse número iniciando uma nova seção,
com a colaboração direta de nossos amigos da Appita
- The Technical Association of the Australian and New Zealand Pulp
and Paper Industry (http://www.appita.com.au). Receberemos o sempre
usual apoio de nossos amigos Ralph Coghill, Roberto Miotti, e outros
associados
da nossa Appita, da qual também tenho o privilégio
de ser associado. Um obrigado nosso a esses nossos amigos que nos
mostrarão curiosidades acerca dos eucaliptos na sua terra
de origem.
Nessa
edição: As riquezas de Albany (oeste da Austrália)
são garantidas pelo pensamento estratégico florestal
Por David Wettenhall (Sócio da Appita, davidw@plantall.com.au)
Considerando
as circuntâncias atuais de forte demanda por
fibras de alta qualidade de Eucalyptus, os recursos florestais de
plantações de Eucalyptus globulus na região
de Albany/Austrália, estão chegando à maturidade
em um tempo muito apropriado.
As plantações florestais
ao redor de Albany, no oeste da Austrália, foram iniciadas
no final dos anos 1980's. Elas foram estabelecidas com a finalidade
de se introduzir mais árvores
na paisagem da região e para a obtenção de vantagens
ambientais, tais como combater a elevação do nível
do lençol freático e a salinização crescente
das águas e dos solos. Apesar do reconhecimento de que as árvores
de florestas de eucaliptos eram tão necessárias, essa
necessidade era para tantas árvores que os governos não
se sentiram aptos para cobrirem sózinhos todos os custos.
Foi aí que se decidiu por plantar florestas capazes de renderem
resultados econômicos, motivando investidores privados para
estabelecerem plantações comerciais e ao mesmo tempo,
se alcançarem as metas ambientais. As primeiras plantações
foram de Pinus radiata. Entretanto, pelos bons resultados florestais
com Eucalyptus globulus, esses povoamentos logo se mostraram mais
atrativos aos investidores, pelo ciclo mais curto das plantações
até o momento da colheita para a indústria de celulose.
A agência governamental CALM (Conservation and Land Management)
desenvolveu as tecnologias apropriadas para a região e estabeleceu
as primeiras plantações em parceria com empresas japonesas
e com empresas de comercialização de madeira ("trading
houses"). Diversos sistemas de investimentos foram desenvolvidos
e como o potencial foi logo reconhecido pelos investidores, já por
volta de meados de 1990's, eram grandes as atividades de investimentos
na área de plantações florestais na região.
Os esquemas
de gestão desenvolvidos para os investimentos
florestais canalizaram recursos de investimentos da população
civil e das empresas de mineração. Recursos dessas
fontes passaram a ser direcionados para projetos de base florestal,
em conformidade com as políticas governamentais. Com isso,
as entidades públicas ficaram aliviadas e menos exigidas em
termos de se colocar recursos financeiros públicos para a
plantação das necessárias bases florestais.
Os modelos financeiros desenvolvidos eram porém sensíveis às
alterações de políticas públicas e também
recebiam a competição de outros veículos de
investimentos privados, como dos fundos de pensão. Essa foi
a razão para que as áreas de florestas plantadas variassem
ano a ano em sua extensão de plantios. De qualquer maneira,
a área total de florestas plantadas na região de Albany
alcançou cerca de 150.000 hectares.
O pimeiro
embarque comercial de cavacos de madeira de eucaliptos partiu do
porto de Albany em
março de 2002 no cargueiro ‘MS
Oji Universe’ com o destino a Abaratsu, Japão. Existem
hoje quatro grandes empresas vendedoras de cavacos operando em Albany,
representando os principais plantadores da região. As exportações
de cavacos em 2007 totalizaram 1.4 milhões de toneladas verdes
(tal qual na umidade em que está a madeira). As expectativas
são de que atinjam 2 to 3 milhões de toneladas verdes
nos próximos anos.
Todos
os vendedores atestam forte demanda do mercado comprador. Tem ocorrido
procura por parte de outros compradores
potenciais. Entretanto,
os vendedores têm mantido a política de manter boas
relações objetivando o longo prazo com os mercados
atuais. Afinal, esses mercados já estão levando toda
a madeira disponibilizada. O preço de exportação
tem-se movido para cima de forma desafiadora, desde o ano de 2002,
quando as operações começaram. Isso se deve
ao aumento dos custos de logística e às alterações
da taxa de câmbio, com o fortalecimento do dólar australiano.
Os gestores
florestais se valem de uma série de sistemas de
colheita, incluindo a colheita com "harvesters" e o transporte
rodoviário das toras para uma estação de produção
de cavacos. Dai, os cavacos seguem de trem para o porto, localizado
cerca de 25 km de distância dos picadores. Outros produtores
preferem produzir cavacos diretamente em suas propriedades, entregando
cavacos brutos no porto, onde eles são classificados antes
do embarque. Em relação à regeneração
de uma nova floresta, alguns produtores estão conduzindo a
brotação, enquanto outros estão substituindo
a floresta colhida por outras através de plantios de mudas
geneticamente superiores.
Existem
alguns poucos temas a preocupar a população
local em relação às plantações
de eucaliptos. A
aplicação
de pesticidas agrícolas
causa preocupação nas comunidades, o aumento dos preços
de terras idem, além das necessidades de melhoria na infraestrutura
logística local. A rede viária está sobrecarregada
devido à expansão das atividades do negócio.
Há ainda a preocupação da migração
da população de pequenas vilas, que estão a
preferir mudar para centros regionais mais desenvolvidos. Entretanto,
apesar dessas preocupações, é reconhecido que
a silvicultura de plantações de eucaliptos é bem
gerenciada e legislada.
Ela
tem sido referenciada apenas como causa parcial de alguns efeitos
sociais adversos que ocorrem em algumas
situações. A atividade econômica gerada pela
gestão das plantações, colheita, transporte
e exportações de cavacos está ocorrendo paralelamente
a um aumento sem precedentes da atividade de mineração
na região do oeste australiano. Com isso, há redução
nas disponibilidades de trabalhadores e de moradias para atender
os fluxos de pessoas que buscam oportunidades nessas duas atividades.
Para
completar as conclusões sobre o processo como um todo,
os estudos do governo mostraram que as plantações florestais
estão conseguindo prevenir o processo de salinização
dos cursos de água, sendo que se espera que logo elas atinjam
o padrão de águas potáveis novamente. Os florestais
visionários, que ousaram pensar que as plantações
de florestas poderiam permitir todos esses ganhos, criando benefícios
sociais, ambientais e econômicos, merecem nossos agradecimentos,
aplausos e respeito.

Os
Amigos dos Eucalyptus
Dr.
Luiz Ernesto George Barrichelo
Dr.
Luiz Ernesto George Barrichelo é um
dos grandes ícones da silvicultura e da ciência e
tecnologia da produção de celulose e papel no Brasil.
Tenho o privilégio de tê-lo tido como professor, orientador,
colega de trabalho na ESALQ e hoje um amigo dedicado e fraterno.
Barrichelo sempre foi um entusiasmado químico, algo que
muito bem se complementou em sua carreira de engenheiro agrônomo
silvicultor. Tamanha tem sido sua paixão pela química
ao logo de sua vida, que seu apelido durante seu período
de estudante na ESALQ foi Berzelius, um dos pais da química.
Com Barrichelo pude entender mais sobre essa ciência que
se baseia fundamentalmente na qualidade e na precisão. Quando
cometemos erros na química, eles facilmente aparecem e são
ainda perigosos. Por isso, a necessidade de sermos cuidadosos,
pacientes e criativos. Isso tudo Barrichelo tem de sobras e conseguiu
me ensinar muito bem. Somam-se a isso sua dedicação,
entusiasmo, crença na profissão e no ser humano.
Por sua orientação passaram dezenas de estudantes
de agronomia e de engenharias florestal e química. Com ele,
muitos aprenderam os fundamentos da tecnologia de celulose e papel
e da química e qualidade da madeira. Teve por isso, fundamental
papel para ajudar que os engenheiros florestais ocupassem espaço
dentro da tecnologia de celulose e papel e na área de química
de produtos florestais (óleos essenciais, resinas, produção
de carvão vegetal, suprimentos de químicos, etc).
Seu sucesso profissional se fez através de centenas de trabalhos
publicados, artigos científicos, relatórios, capítulos
de livros, palestras, apostilas, normas de ensaio, etc., etc. Sem
falar de sua habilidade e competência como professor e suas
habilidades relacionais e administrativas. Com elas pode alcançar
postos importantes na E.S.A."Luiz de Queiroz"/USP tais
como prefeito do campus da ESALQ, chefe do departamento de Ciências
Florestais, diretor executivo, científico e administrativo
do IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, responsável
pela Estação Experimental de Itatinga da ESALQ; além
de cargos em associações técnicas como ABTCP
- Associação Brasileira Técnica de Celulose
e Papel, da qual é sócio fundador.
Professor
Barrichelo nasceu em 1941, natural de Rio das Pedras - SP, de
uma família
muito conhecida na região e
também no Brasil. Sua devoção pela família,
pela sua esposa Sônia Maria, suas três filhas (Renata,
Viviane e Márcia) e um filho (Luiz Fernando), foram fatores
chaves para que criasse um website sobre a família Barrichello.
Além disso, sua capacidade de relacionamento e compromissos
com a sociedade foram suficientes motivos para buscar onde exercitar
isso fora de seu trabalho. Com isso, tornou-se fervoroso membro
do Rotary Clube, desde 1968, onde alcançou posições
hierárquicas importantes e pode conseguir concretizar inúmeras
realizações de cunho social. Outro de seus passatempos é a
internet, desde que ela chegou nas universidades, por volta dos
anos 1980's. Sua paixão pela família, amigos e pela
web se somaram e como atividades extra-profissionais, professor
Barrichelo criou e mantem diversos websites, nenhum deles técnicos.
Todos expressam seu respeito e carinho por pessoas da família,
do Rotary Clube, seus colegas formandos da turma de 1966 da ESALQ,
e por seu pai Luiz Augusto Barrichello.
Conheçam
então e naveguem esses websites a seguir
relacionados:
•
da Família Barrichello (http://www.familia.barrichello.nom.br),
• de seu pai Luiz Augusto Barrichello (http://www.luiz.barrichelo.nom.br/Papai/index.htm),
•
de seu próprio website (http://www.luiz.barrichelo.nom.br )
,
• da sua turma de formandos na ESALQ em 1966 ( http://f66.esalq.nom.br),
•
do seu clube rotário ( http://www.rotarycidadealta.org.br),
•
de seu distrito rotário (http://www.rotary4310.org.br)
Dr.
Barrichelo ingressou na ESALQ em 1962, buscando sua graduação
como engenheiro agrônomo. Nesse mesmo ano, foi criada na
ESALQ a Cadeira de Silvicultura, sob o comando do professor Helládio
do Amaral Mello. Em 1966, formou-se pela Escola Superior de Agricultura "Luiz
de Queiroz" da Universidade de São Paulo, em Piracicaba/SP.
Em 1967, foi contratado como professor assistente da ESALQ, para
a cadeira de silvicultura, sendo responsável pelas disciplinas
de química da madeira e tecnologia de celulose e papel.
Ali, teve a oportunidade de trabalhar com o Dr. Ronaldo Algodoal
Guedes Pereira, outro dos ícones do setor e talvez um dos
maiores responsáveis por introduzir a tecnologia de celulose
e papel para a graduação em engenharia agronômica
e depois florestal. Iniciou-se como estagiário do professor
Ronaldo em 1964, com a meta de juntar sua paixão pela química
com a utilização prática e industrial da madeira.
O sonho começava a se realizar. Química e Silvicultura
se complementavam e se completavam. A partir daí, sua carreira
foi um desenrolar de muita inovação, criatividade,
trabalho e produção científica.
Tudo
estava a contecendo naquelas anos dourados do Brasil nas décadas
de 60's e 70's: havia sido criado um programa de incentivos ao
reflorestamento pelo Governo Federal; logo depois, um plano para
o setor de celulose e papel. Nada mais natural que o setor crescesse
e a carreira florestal também. Em 1967, surgiu a ABTCP e
em 1968 o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais. Em ambos,
Barrichelo teve papel importante na suas fundações
e nas suas trajetórias. Como o setor colocou fortes metas
na produção de florestas plantadas e na fabricação
de celulose de mercado de eucalipto, suas pesquisas se concentraram
na época em desvendar melhor o potencial dessas madeiras
e de suas fibras curtas. Teve papel decisivo na seleção
de espécies e procedências de Eucalyptus para fins
industriais, na definição de qualidades de madeiras,
na avaliação das potencialidades das fibras do eucalipto,
na integração da área florestal e industrial
das empresas de base florestal, no estabelecimento de normas técnicas
para o setor, etc., etc.
Ao
longo de sua carreira como professor da ESALQ, orientou cerca
de 50 bolsitas, mestres e doutores, possui
mais de duas centenas
de trabalhos científicos, técnicos e de divulgação
publicados em revistas e apresentados em encontros científicos,
além de participação em livros. Possui inúmeros
prêmios e homenagens recebidos pelas atividades docentes
e de pesquisa. Como professor durante cerca de 30 anos (aposentou-se
em 1995), fez carreira rápida, chegando ao posto máximo
de professor titular da USP em 1987.
Após sua aposentadoria
como professor na ESALQ, continuou até a presente data como
professor convidado junto ao Departamento de Ciências Florestais
da ESALQ/USP e como diretor executivo do Instituto de Pesquisas
e Estudos Florestais. Ou seja, trabalho,
família, relacionamento interpessoal, ciência florestal
e educação de pessoas fazem parte da vida do professor
Barrichelo, são coisas vitais para ele, que o acompanharão
sempre.
Teve
diversas condecorações importantes em
sua carreira, algumas únicas e muito cobiçadas no
setor acadêmico,
agronômico e florestal, tais como:
•
Prêmio "Moinho Santista", ano de 1994, pelos trabalhos
de pesquisa desenvolvidos com o eucalipto como matéria-prima
para a indústria de celulose e papel do Brasil
http://www.fundacaobunge.org.br/port/premio_moinho/premiado.asp?id=107;
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40141994000300096&script=sci_arttext&tlng=en
•
Prêmio "Hopes for the Future for Sustainable World" concedido
em 1996 pela Academia Internacional de Ciências e International
Union of Air Pollution Prevention and Environmental Protection
Association, pela participação no Projeto Floram
Sobre
o Projeto Floram (inglês e português):
http://www.iea.usp.br/iea/english/journal/9/index.html
http://www.scielo.br/pdf/ea/v4n9/v4n9a02.pdf
http://www.iea.usp.br/iea/english/journal/9/coelhoetalstrategies.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ea/v4n9/v4n9a06.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ea/v4n9/v4n9a05.pdf
http://www.iea.usp.br/iea/english/journal/9/absaberetalafforestation.pdf
http://www.scielo.br/pdf/ea/v4n9/v4n9a08.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40141990000200003&script=sci_arttext&tlng=en
http://www.iea.usp.br/iea/english/journal/9/rodesetalbioderversity.pdf
http://www.iea.usp.br/iea/english/journal/9/barrichelodiscussion.pdf
http://www.iea.usp.br/iea/english/journal/9/marcovitchbackground.pdf
Grupo de notáveis envolvidos na criação
do Projeto Floram: Antonio S. Rensi Coelho; Azis Ab 'Sáber;
Geraldo Forbes; Jacques Marcovitch; James Wright; José Goldemberg;
Leopold Rodés; Luiz E. G. Barrichelo; Mauro Antonio de Morais
Victor; Nelson Barbosa Leite; Werner Zulauf.
•
Título de Sócio Honorário concedido pela ABTCP
- Associação Brasileira Técnica de Celulose
e Papel, São Paulo
•
Medalha Paulista do Mérito Científico e Tecnológico,
concedida pelo Governo do Estado de São Paulo, em junho
de 2001
http://www.pclq.usp.br/jornal/medalha.htm
•
Título de Sócio Honorário concedido pelo IPEF
- Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais
Para conhecer mais sobre a carreira do professor L.E.G.Barrichelo,
sugerimos que naveguem em alguns currículos que sintetizam
sua vida acadêmica e profissional:
Plataforma
de currículos CNPq Lattes Brasil
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4727884T3
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=E807516
http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhepesq.jsp?pesq=8371448119935973
Sistema Atena da USP
http://sistemas.usp.br/atena/atnCurriculoLattesMostrar?codpes=34471
A
seguir, para sua navegação, colocaremos links para
uma série de artigos escritos pelo Dr. Barrichelo ao longo
de sua carreira. Infelizmente, não conseguimos resgatar
todos, seria até mesmo uma audácia muito grande de
nossa parte querer colocar nessa nossa Eucalyptus Newsletter toda
a produção científica e acadêmica
do nosso amigo dos Eucalyptus. Conseguimos recuperar
na web cerca de uns 50 artigos para essa edição, uma fração
pequena da produção científica do prof. Barrichelo.
Os demais são de época onde as publicações
virtuais não eram ainda comuns ou eram inexistentes. Fortunadamente,
o IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais conseguiu
recuperar para a forma digital a maioria de suas publicações
feitas através do IPEF. Com isso, as publicações
do Dr. Barrichelo realizadas através das edições
de revistas e circulares daquele instituto estão todas listadas
e disponibilizadas para vocês. Dr. Barrichelo teve ainda
uma grande quantidade de suas publicações nas revistas
Silvicultura (SBS - Sociedade Brasileira de Silvicultura - http://www.sbs.org.br ),
O Papel (revista da ABTCP - Associação Brasileira
Técnica de Celulose e Papel - http://www.abtcp.org.br),
Silvicultura em São Paulo, Boletim de Pesquisa Florestal
da Embrapa Florestas (http://www.cnpf.embrapa.br),
revista Brasil Florestal e nos Congressos
Florestais Brasileiros e Congressos Anuais da ABTCP. Caso você leitor
se interessar por algum dos artigos publicados pelo Dr. Barrichelo
e equipe em algumas dessas revistas e anais de congresso (pela
leitura do currículo do professor Barrichelo), sugiro que
entre em contacto ou com o próprio Dr. Barrichelo ou com
a associação em questão para obter uma cópia
do artigo, o que com certeza lhe será disponibilizado.
Na
sua carreira, Dr. Barrichelo compôs-se com um grande número
de pesquisadores que o acompanharam como co-autores de suas publicações.
Muitos foram seus ex-orientados na USP, outros são colegas
da ESALQ, profissionais do IPEF, pesquisadores das empresas do
setor, etc. Tive a honra de ser um de seus frequentes co-autores.
Destacam-se
como seus mais usuais colaboradores em suas pesquisas:
José Otávio Brito (http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4783354H0),
Celso Foelkel (http://www.celso-foelkel.com.br),
Francides Gomes da Silva Jr. (http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4785392A1),
Maria Aparecida Mourão Brasil (http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4783507A6),
Hilton Tadeu Zarate do Couto (http://sistemas.usp.br/atena/atnCurriculoLattesMostrar?codpes=39751),
Antonio Rioyei Higa (http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4786893T8),
Celso Garcia Auer (http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4782793A6),
Tasso Leo Krügner (http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4783774E0)
,
Mário Tomazello Filho (http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4788942E5),
e ainda Antonio José Migliorini, Luiz Eduardo Gutierrez,
Vail Manfredi, Jorge Vieira Gonzaga, Maria Aparecida Carpim, Mário
Ferreira, Paulo Kageyama, etc., etc.
Conforme
fomos trabalhando na busca de suas publicações
para compor essa newsletter, descobrimos que o Dr. Barrichelo não é apenas
amigo dos Eucalyptus, mas dos Pinus também. É enorme
sua lista de publicações com as espécies de Pinus,
até mesmo sua tese de livre docência versa
sobre a produção de celulose kraft com madeira de Pinus caribaea.
Isso porque entre meados de 1970's e meados de 1980's, Dr. Barrichelo
liderou na ESALQ um importante projeto alcunhado
de PPT, que queria se referir a Projeto Pinheiros Tropicais, visando
a ampliação das plantações de Pinus no
Brasil, que na época estavam mais orientadas para os
estados do sul do país. O estudo também visava encontrar
substitutos a altura para a madeira de Araucaria angustifolia,
que começava a escassear e logo passaria para a condição
de espécie protegida. Por essa razão, separamos todos
os artigos relacionados aos Pinus e criamos uma seção
especial para eles na edição de número 03
de nossa PinusLetter (http://www.celso-foelkel.com.br/pinusletter.html).
Visitem-na para conhecê-los. São igualmente preciosos.
Para
fins de facilitar a sua leitura e navegação,
dividimos os arquivos para essa Eucalyptus Newsletter em sete grandes
grupos: teses de doutorado e de livre docência; livros; entrevistas;
anatomia, química e qualidade da madeira; tecnologia de
celulose e papel; biomassa e energia; gestão de P&D.
Lembrem-se que cerca de 20 artigos sobre Pinus, suas madeiras e
celuloses, estão disponibilizados na PinusLetter número
03.
Meu
estimado amigo Dr. Luiz Ernesto George Barrichelo, por toda sua
carreira, pela pessoa carismática e autêntica
que você é, pelo que você tem feito e continuará fazendo
pelos Eucalyptus, pelos Pinus e pelo setor
florestal e pela indústria
de base florestal no Brasil, agradecemos muito em nome da coletividade
do nosso setor e de seus inúmeros amigos, ex-alunos e
sempre admiradores.
Conheçam
mais do talento do professor Barrichelo lendo suas obras, entre
as quais suas teses, artigos e ainda um
maravilhoso
livro recentemente editado pela Duratex sobre os eucaliptos, do
qual é co-autor. Preciosidades, confiram.
Teses de
Doutorado e de Livre Docência
O uso da madeira
de Eucalyptus saligna na obtenção
de celulose pelo processo bissulfito base magnésio. L.E.G.Barrichelo.
Tese de Doutorado USP. 89 pp. (1971)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
O%20uso%20da%20madeira%20de%20Eucalyptus%20saligna%20Smith.pdf
Estudo
das características físicas, anatômicas
e químicas da madeira de Pinus caribaea var. hondurensis para
a produção de celulose kraft. L.E.G.Barrichelo.
Tese Livre Docência USP. 173 pp. (1979)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Estudo%20das%20caracteristicas.pdf
Livros
A madeira das espécies de eucalipto como matéria-prima
para a indústria de celulose e papel. L.E.G.Barrichelo;
J.O.Brito. Prodepef/BRA 45 Série Divulgação
nº 13. 149 pp. (1976)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/A%20madeira%20das%20especies%20de%20eucalipto%20mp1.pdf
O
Eucalipto: um século no Brasil (The Eucalypt:
a century in Brazil). L.R.S.Queiroz; L.E.G.Barrichelo. Edição
Duratex S/A. 131 pp. (2007)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/O%20Eucalipto_Duratex.pdf
Entrevistas e chat no Portal CeluloseOnline
http://www.celuloseonline.com.br/Entrevista/Entrevista.asp?IDEntrevista=6&iditem=
http://www.celuloseonline.com.br/Entrevista/Entrevista.asp?IDEntrevista=6
Publicações sobre Anatomia, Química
e Qualidade da Madeira
Instruções para coleta de amostras de madeira destinadas
a processos de análises químicas laboratoriais. L.E.G.Barrichelo;
J.O.Brito; F.G.Silva Jr. Website IPEF. (s/d)
http://www.ipef.br/tecprodutos/coleta.asp
Estudos
dos compostos fenólicos como traçadores taxonômicos
das sementes do gênero Eucalyptus. R.F.Faria; A.C.Facco;
H.V.Amorim; L.E.G.Barrichelo; J.O.Brito. IPEF Circular Técnica
29. 8 pp. (s/d)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr029.pdf
Métodos
para determinação da densidade básica
de cavacos para coníferas e folhosas. C.E.B.Foelkel;
M.A.M.Brasil; L.E.G.Barrichelo. IPEF 2/3: 45 – 74. (1971)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr02-03/cap04.pdf
Utilização
integral da árvore – A casca. J.O.Brito;
L.E.G.Barrichelo. IPEF Circular Técnica nº 50.
4 pp. (1979)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr050.pdf
A
utilização
da madeira na produção
de celulose. L.E.G.Barrichelo; J.O.Brito. IPEF Circular Técnica
nº 68. 12 pp. (1979)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr068.pdf
Densidade
básica
entre procedências, classes de diâmetro
e posições em árvores de Eucalyptus grandis e E.saligna. V.R.Souza; M.A.Carpim;
L.E.G.Barrichelo. IPEF 33: 65 – 72. (1986)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr33/cap08.pdf
Densidade
básica da madeira, melhoramento e manejo florestal.
V.R.S.Shimoyama; L.E.G.Barrichelo. Série Técnica
IPEF 6(20): 1 – 22. (1989)
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr20/cap01.pdf
Qualidade
da madeira de híbrido Eucalyptus grandis x Eucalyptus
urophylla e seleção precoce. G.S.B.Alencar; L.E.G.Barrichelo;
F.G.Silva Jr. 35º Congresso Anual ABTCP. 7 pp. (2002)
http://www.celuloseonline.com.br/imagembank/Docs/DocBank/dc/dc054.pdf
Publicações
sobre Tecnologia de Celulose e Papel
Influência
da gramatura sobre as propriedades físico-mecânicas
da celulose. L.E.G.Barrichelo; C.E.B.Foelkel. 2ª Convenção
Anual ABCP. 18 pp. (1969)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/Influ%EAncia%20da%20gramatura.pdf
Variação
das características e das propriedades
físico-mecânicas com refinação da celulose
sulfato de madeira de Eucalyptus saligna. M.A.M.Brasil; C.E.B.Foelkel;
L.E.G.Barrichelo; A.R.Higa. IPEF 5: 33 – 45. (1972)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr05/cap03.pdf
Variações
nas propriedades físico-mecânicas
da celulose kraft de Araucaria angustifolia quando substituída
parcialmente por celulose sulfato de Eucalyptus saligna. C.E.B.Foelkel;
L.E.G.Barrichelo. 7ª Convenção Anual ABCP. p.
131 – 135. (1974)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/1974.%20araucaria%20e%20eucalyptus.pdf
Estudo
comparativo das madeiras de Eucalyptus saligna, E.paniculata,
E.citriodora, E.maculata e E.tereticornis para
a produção
de celulose sulfato. C.E.B.Foelkel; L.E.G.Barrichelo; A.F.Milanez.
IPEF 10: 17 – 37. (1975)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr10/cap02.pdf
Deslignificação
alcalina rápida para produção
de celulose química de Bambusa vulgaris var. vitatta. L.E.G.Barrichelo;
C.E.B.Foelkel. IPEF 11: 83 – 90. (1975)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr11/cap06.pdf
Produção
de celulose sulfato a partir de misturas de madeira de Eucalyptus
saligna com pequenas proporções
de cavacos de Bambusa vulgaris var. vitatta. L.E.G.Barrichelo;
C.E.B.Foelkel. IPEF 10: 93 – 99. (1975)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr10/cap06.pdf
Utilização
de madeiras de essências florestais
nativas na obtenção de celulose: Bracatinga (Mimosa
bracatinga), Embaúba (Cecropia sp), Caixeta (Tabebuia
cassinoides)
e Boleira (Joannesia princeps). L.E.G.Barrichelo; C.E.B.Foelkel.
IPEF 10: 43 – 56. (1975)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr10/cap03.pdf
Mistura
de celuloses de Eucalyptus saligna e Pinus caribaea var. caribaea. C.E.B.Foelkel; L.E.G.Barrichelo. IPEF 10: 63 – 76.
(1975)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr10/cap04.pdf
Características
anatômicas, químicas e celulósicas
do bagaço de quatro variedades de cana-de-açúcar. L.E.G.Barrichelo; C.E.B.Foelkel; J.O.Brito. 9ª Convenção
Anual ABCP. p. 97 – 106. (1976)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/1976.%20
Baga%E7o%20de%20quatro%20variedades%20de%20cana.pdf
Estudos
para produção de celulose sulfato de seis
espécies de eucalipto. L.E.G.Barrichelo; C.E.B.Foelkel.
IPEF 12: 77 – 95. (1976)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr12/cap03.pdf
Potencialidade
de espécies tropicais de eucalipto para a
produção de celulose sulfato branqueada. L.E.G.Barrichelo;
J.O.Brito. IPEF 13: 9 – 38. (1976)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr13/cap01.pdf
Estudo
de algumas seqüências de branqueamento para celulose
kraft de Eucalyptus saligna. L.E.G.Barrichelo; C.E.B.Foelkel; J.O.Brito.
10ª Convenção Anual ABCP. 5 pp. (1977)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/1977.%20diversas%20sequencias%20branqueamento.pdf
Estrutura
anatômica e composição química
de cavacos de madeira de eucalipto inoculados com fungo Thermoascus
aurantiacus. C.G.Auer; M.P.Ferrari; M.Tomazello Filho; L.E.G.Barrichelo.
IPEF 37: 45 – 50. (1987)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr37/cap05.pdf
Fungos
termófilos
em pilhas de cavacos de Eucalyptus spp com auto-aquecimento. C.G.Auer;
T.L.Krügner; L.E.G.Barrichelo.
IPEF 38: 28 – 32. (1988)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr38/cap04.pdf
Polpação
kraft convencional e modificada para madeiras de Eucalyptus
grandis e híbrido E.grandis x E.urophylla. A.Bassa; V.M.Sacon; F.G.Silva Jr.; L.E.G.Barrichelo. 35º Congresso
Anual ABTCP. 24 pp. (2002)
http://www.celuloseonline.com.br/imagembank/Docs/DocBank/dc/dc085.pdf
http://www.celuloseonline.com.br/imagembank/Docs/DocBank/dc/dc416.pdf (em ppt)
Papel
de eucalipto rumo à qualidade. L.E.G.Barrichelo. CeluloseOnline. 2005
http://www.celuloseonline.com.br/colunista/colunista.asp?IDAssuntoMateria=163&iditem
Wood
quality for kraft pulping of Eucalyptus globulus origins planted
in Uruguay. F.Resquim; L.E.G.Barrichelo; J.O.Brito; C.A.Sansígolo.
Scientia Forestalis 72: 57 – 66. (2006)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr72/cap07.pdf
Publicações
sobre Biomassa e Energia
Comportamento
isolados da lignina e da celulose da madeira frente à carbonização.
J.O.Brito; L.E.G.Barrichelo. IPEF Circular Técnica nº 28.
4 pp. (s/d)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr028.pdf
Correlações
entre características físicas
e químicas da madeira e a produção de carvão
vegetal. 1: Densidade e teor de lignina da madeira de eucalipto. J.O.Brito; L.E.G.Barrichelo. IPEF 14: 9 – 20. (1977)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr14/cap01.pdf
Características
do eucalipto como combustível: análise
química imediata da madeira e da casca. J.O.Brito; L.E.G.Barrichelo.
IPEF 16: 63 – 70. (1978)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr16/cap05.pdf
Usos
diretos e propriedades da madeira para geração
de energia. J.O.Brito; L.E.G.Barrichelo. IPEF Circular Técnica
nº 52. 7 pp. (1979)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr052.pdf
Gasogênio
no transporte florestal: análise exploratória. A.J.Migliorini; J.O.Brito; L.E.G.Barrichelo. IPEF Circular Técnica
nº 57. 9 pp. (1979)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr057.pdf
Avaliação
das características dos resíduos
da exploração florestal do eucalipto para fins energéticos. J.O.Brito; L.E.G.Barrichelo; H.T.Z.Couto; E.C.M.Fazzio; L.Corradini;
M.A.Carrera; A.J.Migliorini. IPEF Circular Técnica nº 62.
7 pp. (1979)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr062.pdf
Aspectos
florestais e tecnológicos da matéria-prima
para carvão vegetal. J.O.Brito; L.E.G.Barrichelo. IPEF Circular
Técnica nº 67. 4 pp. (1979)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr067.pdf
Estimativas
energéticas
para povoamentos florestais. J.O.Brito; A.J.Migliorini; L.E.G.Barrichelo.
IPEF Circular Técnica
79. 10 pp. (1979)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr079.pdf
Correlações
entre características físicas
e químicas da madeira e a produção de carvão.
2: Densidade da madeira x densidade do carvão. J.O.Brito;
L.E.G.Barrichelo. IPEF 20: 101 – 113. (1980)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr20/cap08.pdf
Influência
das práticas silviculturais na produção
de carvão vegetal. IPEF Circular Técnica nº 104.
A.J.Migliorini; J.O.Brito; L.E.G.Barrichelo. 5 pp. (1980)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr104.pdf
Avaliação
do potencial energético de algumas
espécies de Eucalyptus. A.J.Migliorini; L.E.G.Barrichelo;
J.O.Brito; M.G.Silva. IPEF Circular Técnica nº 107.
5 pp. (1980)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr107.pdf
Estimativa
da densidade a granel do carvão vegetal a partir
de sua densidade aparente. J.O.Brito; L.E.G.Barrichelo; M.C.Muramoto;
H.T.Z.Couto. IPEF Circular Técnica nº 150. 6 pp. (1982)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr150.pdf
Análise
da produção energética e de
carvão vegetal de espécies de eucalipto. J.O.Brito;
L.E.G.Barrichelo; F.Seixas; A.J.Migliorini; M.C.Muramoto. IPEF
23: 53 – 56. (1983)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr23/cap08.pdf
Estimativa
de preço máximo de madeira para substituição
de óleo combustível. J.O.Brito; J.M.Ferreira; L.E.G.Barrichelo;
L.A.Camargo. IPEF 25: 41 – 44. (1983)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr25/cap07.pdf
Endocarpos
de babaçu e de macaúba comparados à madeira
de Eucalyptus grandis para a produção de carvão
vegetal. J.C.Silva; L.E.G.Barrichelo; J.O.Brito. IPEF 34: 31 – 34.
(1986)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr34/cap04.pdf
Publicações sobre Gestão
de Pesquisa e Desenvolvimento
25
anos de pesquisas para o progresso do setor florestal brasileiro. L.E.G.Barrichelo. IPEF 46: 1 – 7. (1993)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr46/aniversario.pdf
P&D
para o sucesso florestal brasileiro. L.E.G.Barrichelo. Revista
Opiniões Ago/Out 2005
http://www.revistaopinioes.com.br/Conteudo/CelulosePapel/Edicao001/Artigos/Artigo001-18-G.htm
A
tecnologia aplicada na silvicultura. Resgatar a liderança. L.E.G.Barrichelo. Revista Opiniões Mar/Mai 2006
http://www.revistaopinioes.com.br/Conteudo/CelulosePapel/Edicao003/Artigos/Artigo003-00-G.htm
Mini-Artigo
Técnico por Celso Foelkel
Os Eucaliptos e os Selos
Verdes
Existem
claras evidências de que a preocupação
ambiental tem crescido dentro de nossa Sociedade. São
constantes as notícias sobre os impactos do efeito estufa
e do aquecimento global, sobre o buraco da camada de ozônio,
sobre as espécies ameaçadas de extinção
e a perda da biodiversidade, além das notícias
ocasionais sobre os grandes desastres e crimes ambientais, e
muito mais. Tudo isso tem motivado uma crescente atenção
da população mundial. Aquilo que era uma tênue
preocupação no passado, hoje foi acelerado de forma
exponencial pela velocidade de propagação das informações.
Os cidadãos, em sua maioria, estão mostrando interesse
e tomando ações de forma a minimizar os problemas
ambientais. Há muito a se fazer ainda, não restam
dúvidas, mas os primeiros passos estão sendo dados
de forma mais efetiva. As novas gerações certamente
serão muito mais esclarecidas e demandantes na temática
ambiental.
Sabemos
que o grande provocador dos problemas ambientais no planeta
Terra tem sido o próprio ser humano,
que cresce assombrosamente em população e necessita
de bens e de serviços
para sua existência e felicidade. Independentemente dos
cuidados que possamos vir a ter, as exigências por alimentos,
vestuário, habitações, bens de consumo,
combustíveis, etc., levarão a novas ameaças
para um ambiente já fragilizado. Cabe então a essa
mesma Sociedade humana, buscar mecanismos mais eficazes e eficientes
que possibilitem a prevenção de danos e a conservação
dos recursos naturais de forma melhor do que é conseguido
nos dias de hoje. Dentre esses mecanismos estão aqueles
orientados para uma produção industrial mais limpa
e mais ecoeficiente e para um consumo mais sustentável
por parte da população. Indústria, empresas
públicas e empresas de serviços têm-se empenhado
a buscar mecanismos que ofereçam menos desperdícios,
menos retrabalhos, menos poluição e maior eficiência
nas operações. Existem inúmeras ferramentas
de gestão que permitem isso, como os programas de qualidade
e de produtividade, organização e limpeza, saúde
ocupacional, manutenção preventiva e preditiva,
planejamento organizacional, etc., etc. As certificações
ISO, das séries 9000 e 14000, a OHSA 18000, e outras certificações,
têm colaborado decisivamente para a melhoria da performance
operacional e ambiental das empresas que produzem os bens para
a Sociedade consumir e os serviços por ela demandados.
A ISO 14000 que surgiu em meados dos anos 90's, difundiu-se de
forma absolutamente notável pelo mundo, colaborando para
agregar qualidade, responsabilidade, compromisso e pró-atividade
nas empresas que estão gerenciadas de acordo com seus
requisitos. Já as empresas certificadas notaram os benefícios
que puderam alcançar, com a maior responsabilidade dos
operadores, a garantia de melhores e mais limpas operações,
a menor geração de poluentes, e até mesmo,
menores custos de produção garantidos pelas maiores
eficiências operacionais.
Uma
empresa que tem seu sistema de gestão certificado
pela norma ISO 14001 está comprometida a ter:
•
conformidade legal em relação às leis ambientais
pertinentes;
•
programa de treinamento para desenvolver educação
e responsabilidade ambiental em seus funcionários e em
seus parceiros;
•
política ambiental claramente difundida a todos na empresa
e para seus parceiros;
•
metas de melhoria ambiental contínua;
•
avaliação dos impactos ambientais e minimização
dos efeitos negativos através medidas mitigadoras e de
controle;
• processo de auditorias ambientais internas e ainda as feitas
por terceira parte;
•
transparência em relação aos temas ambientais
e boa comunicação com as partes interessadas.
A
norma ambiental ISO 14001 oferece vantagem inquestionável
a essas empresas que se comprometem a ter um sistema de gestão
ambiental efetivo, implantado e auditado. Entretanto, essa norma
não permite que se visualize com clareza a performance
ambiental da empresa em relação às suas
concorrentes. Se tivermos em um dado mercado todas as empresas
que nele participam certificadas pela norma ISO 14001, poderíamos
afirmar que todas seriam iguais em termos de suas performances
ambientais? Certamente que não. Todas estarão cumprindo
a lei, todas terão políticas ambientais, terão
programas de melhoria contínua, terão auditorias,
farão avaliação de seus impactos ambientais
e tentarão controlá-los, etc. Entretanto, os indicadores
de qualidade ambiental não são comparados a indicadores
de performances pré-definidos. Com isso, haverá empresas
melhores e outras piores em suas performances ambientais, para
um mesmo nicho de mercado. Como disponibilizar aos consumidores
uma informação com credibilidade para mostrar quais
são as que melhor desempenham em seus indicadores ambientais?
Quais seriam esses indicadores? Como mostrar isso de uma forma
simples e que não confunda ainda mais o consumidor?
Por
outro lado, temos ainda uma outra ansiedade. Estariam os consumidores
interessados nisso? Caso houvesse esse interesse
de consumidores mais esclarecidos, como isso poderia ser disponibilizado
a eles? Como poderíamos difundir esse interesse aos consumidores,
usando uma ferramenta simples e de fácil entendimento?
Vamos
partir do princípio de que a busca
das certificações
de sistemas de gestão de qualidade, de meio ambiente,
de saúde e segurança ocupacional são irreversíveis
nas atividades empresariais. Em médio prazo, a maioria
das empresas as terão conseguido. Muito bom isso acontecer,
mas necessitamos ainda mais. Precisamos formas de distinguir
os melhores, os que mais se esforçam, os que possuem maior
ecoeficiência, os mais comprometidos. Precisamos mecanismos
que insiram uma saudável competição para
se conseguir mostrar isso, como uma forma de se melhorar a imagem
e o próprio marketing do produto. A competição,
a busca da melhoria contínua e das melhores tecnologias
e das melhores práticas serão propulsoras de saltos
de performances ambientais nas empresas, quaisquer que sejam
seus tamanhos ou localizações.
Os
selos verdes ou rótulos ecológicos (do tipo
I, como veremos mais adiante) foram criados exatamente para preencher
essas finalidades. Eles são por isso mesmo orientados
para:
-
Mostrar
através de um selo simples de
se visualizar, e que pode ser afixado no produto, que esse produto
se distingue
como um dos melhores fabricados em termos de respeito a indicadores
de performance ambiental dentro do segmento. Essa premiação é para
apenas parte dos participantes naquele mercado, não é para
todos, apenas para os melhores. Se os critérios e os limites
passarem a permitir que muitos consigam o selo verde, esses limites
serão reavaliados e novos e mais severos índices
serão aplicados.
-
Permitir
que o consumidor possa eleger sua compra baseado também
na performance ambiental dos fabricantes. Ao escolher os produtos
de consumo nas prateleiras de seu mercado favorito, o consumidor
terá formas de selecionar os produtos mais amigos do meio
ambiente. Com isso, ponderará preços, qualidade,
imagem e proteção ambiental do fabricante e tomará sua
decisão de compra.
-
Ser
um selo para um produto e não
para a empresa. Se a empresa tiver diferentes linhas de produtos,
ela deve se habilitar
para os selos de cada um desses produtos, caso hajam mecanismos
para concessão de selos para todos.
-
Permitir
que as partes interessadas passem a opinar na seleção
dos critérios e dos limites que serão impostos
para a obtenção do selo pelos interessados.
-
Ser
um processo voluntário, não obrigatório.
As empresas são livres para se decidir por tentar ou não
obter o selo.
-
Ser
um processo que permita agregar valor à imagem
do produto com o rótulo.
-
Não ser discriminatório,
subjetivo, parcial ou manipulado.
Considerando
que são
sistemas independentes, uma empresa pode não ser certificada
pela norma ISO 14001 e ter um selo verde em seu produto,
e vice-versa. As melhores empresas,
aquelas que atuam fortemente nos aspectos de responsabilidade
ambiental, em geral podem obter as duas recompensas: um sistema
de gestão ambiental certificado e um selo verde por
atingimento de critérios ambientais restritivos.
Os
critérios para a avaliação de performance
são selecionados com base na análise do ciclo
de vida do produto, para se descobrir quais são as
fases do processo onde se localizam os maiores impactos para
o solo,
para o ar, para as águas, para a biodiversidade, para
a saúde humana, o consumo de energia, a geração
de poluentes perigosos, etc. Definidos os parâmetros,
a fase seguinte é a definição dos limites
para cada um. Esses limites são desenvolvidos com
base nas melhores práticas, melhores tecnologias e
melhores performances vigentes para esse produto. Ou seja,
todo critério
e todo limite é factível de ser alcançado,
pois já há alguma empresa conseguindo alcançar
os mesmos. A grande dificuldade é se alcançar
a todos esses limites dos diferentes critérios ao
mesmo tempo. Por essa razão o desafio que as empresas
enfrentam. Não é fácil, mas é desafiador,
motivador e recompensador ao se alcançar o selo verde.
Agora
que conhecemos esses pré-requisitos
básicos
sobre como distinguir as certificações ambientais
dos selos verdes, como poderemos inserir nossos eucaliptos
dentro desse processo, de forma a melhorar ainda mais a nossa
indústria,
as nossas florestas, a nossa imagem e as nossas relações
com as partes interessadas?
Em
primeiro lugar, deve ficar claro que a atividade de base florestal
intensiva e sua indústria
correspondente possuem impactos ambientais, alguns positivos
a maximizar e outros negativos,
que devem ser minimizados e controlados. Eles ocorrem em
função
da grande magnitude dessa atividade, que requer grandes quantidades
de Natureza (madeira, terra, água, ar, solo, energia,
produtos químicos, etc.). Por essa razão, são
exigidos e praticados: estudos de impacto ambiental, licenciamentos
ambientais, conformidades legais, certificações
do sistema de gestão ambiental (ISO 14001), certificação
do manejo florestal e certificação da cadeia
de custódia (FSC e/ou CERFLOR).
Em
segundo lugar, também deve ficar claro que a maioria
das empresas brasileiras que atuam no setor de florestas
plantadas de eucaliptos no País estão conscientes
e comprometidas com o cumprimento das especificações
ambientais, como as acima descritas. Praticamente todas as
empresas líderes
na produção de produtos originados dos eucaliptos
(papel, celulose, carvão vegetal, madeira serrada,
painéis,
chapas, etc.) estão certificadas conforme as certificações
ISO 9001, ISO 14001, OHSA 18000, FSC e/ou CERFLOR. As certificações
de manejo florestal e da cadeia de custódia (rastreabilidade
da madeira certificada presente em um determinado produto)
são
dominantes hoje no Brasil. Elas agregam qualidade ambiental,
justiça social, educação e comprometimento
ambiental nas empresas. Muito bom isso, excelente para o
meio ambiente. Entretanto, o mercado e as partes interessadas
estão
passando a enxergar como se todas fossem iguais. Todas com
as mesmas certificações, isso significaria
que atingimos o patamar de máximo? Haveria novas chances
de ganhos adicionais para as empresas e para a manufatura
de seus produtos? É absolutamente
normal que se queira mais, até mesmo as empresas voluntariamente
buscam mecanismos que as distingüam como melhores e
mais responsáveis nesse tema de responsabilidade ambiental
e social. São os ventos dos novos tempos.
Aos
ambientalistas, aos esclarecidos consumidores, interessa a eles
privilegiar
os bons fabricantes e forçar os menos
bons a que melhorem mais. Isso significa também usar
o poder de compra para promover melhorias ambientais. Como
se pode
conseguir isso? Diferenciando-se e agregando valores intangíveis
aos produtos. Como? Obtendo um selo verde tipo I ao produto.
Entramos agora em um novo conceito, o que seria um selo verde
do tipo I? E um selo verde do tipo II? São esses os
dois tipos de selos mais usuais hoje no mercado.
Os
selos verdes do tipo II são auto-declarações
dos fabricantes baseadas em alguns conceitos de produto pré-definidos
pelas entidades normalizadoras: reciclável, reciclado,
não contém CFCs, etc. O fabricante pode usar
essas declarações e respectivos logos sem ter
que passar por um processo de concessão do selo tipo
II, mas ele pode ser auditado ou confrontado quanto a essas
declarações.
Os selos do tipo I são aqueles onde existem critérios
bem definidos, com limites para cada um, com amplo envolvimento
das partes interessadas na sua elaboração.
Por partes interessadas entendem-se: fabricantes, fornecedores,
clientes,
trabalhadores, consumidores finais, bancos de financiamento,
entidades ambientalistas, universidades, associações
de classe, etc. Esses selos do tipo I são os que temos
nos referido nesse artigo até o momento. Eles agregam
credibilidade e imagem fortalecida ao produto, pois implicam
em disputar a sua concessão, em ser o melhor frente
aos critérios selecionados, diferentemente das auto-declarações.
Uma
grande preocupação que sempre
existiu no comércio é que
os selos verdes possam abrir mercados para alguns produtos
e a seus fabricantes, mas fechar para outros. Por essa razão,
muitos opositores aos selos verdes os denominam de "barreiras
não alfandegárias", já que podem
de alguma forma estabelecer uma seleção do
mercado comprador. Por exemplo, as principais gráficas
de um determinado país podem decidir só comprar
papel que tenha um selo verde acreditado pelo sistema de
reconhecimento mútuo.
Em parte, os opositores atribuem seus reclamos ao fato de
que os critérios e os limites são definidos
dentro de cada país que concede o selo, ou da região.
Por exemplo, na Escandinávia, não existe um
problema de disponibilidade de água tão grave
quanto na Espanha, na região mediterrânea. Por
isso, os selos verdes da entidade espanhola que os concede
são mais exigentes
no critério consumo de água em relação
aos selos para os mesmos produtos concedidos na Escandinávia.
Outro exemplo: na Escandinávia, a indústria
papeleira se apoia na utilização de fibras
oriundas de florestas, ou seja, de fibras virgens. Por essa
razão, um critério
para concessão do selo verde é a exigência
de uma certa percentagem de fibras provenientes de florestas
certificadas. Já na Alemanha, o objetivo é a
reciclagem do papel, para reduzir a carga de lixo no país
e pela indisponibilidade de florestas para a fabricação
de celulose na demanda necessária. Portanto, o selo
verde alemão (Anjo Azul) favorece o uso de fibras
recicladas e o selo verde escandinavo (Cisne Nórdico)
privilegia o uso de fibras virgens de florestas certificadas.
Para equilibrar
as coisas e evitar que as diferenças locais possam
interferir no comércio e passem a se constituir em
barreiras comerciais, existe um processo de reconhecimento
mútuo dos selos.
Um selo verde alemão Anjo Azul tem igual validade
que um selo verde escandinavo Cisne Nórdico, ainda
que os critérios utilizados na concessão de
cada um sejam diferentes. Caberá ao consumidor final,
aquele que compra o produto para seu uso, decidir qual o
produto com qual selo
que irá preferir de acordo com suas convicções.
Os
selos verdes são uma fantástica
ferramenta de melhoria de performance e eles serão ainda mais
fortalecidos nas próximas décadas. Por essa
razão, toda
pró-atividade poderia ser colocada agora para a obtenção
de selos verdes para os produtos de base florestal obtidos
a partir das florestas plantadas dos eucaliptos. Os produtos
de
base florestal podem ter selos verdes que serão afixados
nas embalagens dos mesmos. Hoje, muitos produtos já levam
o selo FSC ou CERFLOR. Ambos são na verdade certificações,
mas oferecem a possibilidade de se usar o logo da instituição
como rótulo de produto. A ISO 14001 não oportuniza
isso, não é um certificado de produto, mas
de sistema de gestão.
As
principais vantagens que o produto rotulado com um selo ecológico
pode ter são as seguintes:
•
Ganho de mercados mais sofisticados e exigentes, mas também
de melhores preços;
•
Melhoria da imagem da empresa junto ao público geral e
nas bolsas de valores;
•
Crescimento do "market share";
• Melhoria da performance ambiental da empresa, com maiores facilidades
de conformidade legal;
•
Diminuição de riscos de passivos ambientais;
• Maior visibilidade da empresa nos mercados internacionais;
•
Maior aceitação pelas partes interessadas;
• Crescimento no processo tecnológico, na inovação
e na responsabilidade dos trabalhadores e executivos.
Como
o selo verde não é concedido para sempre,
mas por um período e que depende de renovações,
a empresa fica comprometida a manter o selo, tarefa tão
difícil como a de conquistá-lo. A qualidade
ambiental continua garantida.
Já para o país,
a concessão de selos verdes
oferece ganhos ambientais, mercadológicos e de imagem
internacional. Quando uma empresa de um determinado setor
consegue um selo ecológico, mesmo que seja o selo
concedido em um outro país, acelera-se um processo
de competição
para que outras empresas também busquem a rotulagem.
Essa competição é muito salutar para
o meio ambiente. Ganham as empresas, ganha o país
e ganha o meio ambiente. Por essa razão, é interessante
que os governos incentivem a busca de selos verdes pelos
exportadores e que influenciem
no processo de rotulagem ambiental internamente, colaborando
e fortalecendo as instituições certificadoras
e normalizadoras locais.
Já existem alguns produtos
obtidos de madeiras de eucaliptos para os quais se pode postular
a concessão de selos verdes
em países europeus ou ainda o selo da União
Européia
(Flor). Dentre eles, destacam-se os papéis de impressão
de cópias e papéis gráficos e os papéis
para fins sanitários. Os papéis impressos também
estão prestes a terem a aprovação dos
critérios
pela União Européia. Quem busca esse último
tipo de selo são os gráficos, os que imprimem
livros, revistas, etc. As exigências desse selo, pelo
fato de se basearem na análise do ciclo de vida, envolverão
desde as plantações florestais até a
reciclagem desse papel (conceito "do berço ao
túmulo").
Isso porque o papel é o mais importante insumo do
processo gráfico.
Em
relação aos nossos
eucaliptos, a obtenção
de selos verdes a seus produtos, complementares às
atuais certificações ISO 9001 e 14001; OHSA
18000, FSC e/ou CERFLOR, são bastante viáveis
e desejáveis.
Com eles, conseguiríamos melhorar ainda mais a imagem
dos processos florestal e industrial. Também, com
a rotulagem ambiental estaremos oferecendo aos fabricantes
a oportunidade
de crescimento em produção e atendimento a
mercados melhores e mais sofisticados, sem ter que se direcionar
a mercados
marginais que pagam menos, ou às vezes sequer pagam
pelos produtos comprados. Como isso interessa ao País,
o envolvimento do Governo é muito importante. Entidades
governamentais tais como as ligadas ao comércio exterior,
indústria,
meio ambiente, ciência e tecnologia, normalização
e padronização, mais as academias, dentre outras,
podem todas colaborar para que os selos verdes sejam conquistados
pelos produtos brasileiros. Isso pode ser tanto fora como
dentro do País. Como ainda é muito tímido
nosso sistema de rotulagem ambiental, ainda embrionário,
esse pode ser o momento para se dinamizá-lo. A oportunidade
existe e o momento é o adequado. Entretanto, devemos
lembrar que uma das características fundamentais de
qualquer selo verde é que ele deve ser de caráter
voluntário.
Isso significa que se as empresas produtoras não se
interessarem por ele, só mesmo com pressões
de governo, dos consumidores, ou de outras partes interessadas.
Caso as empresas
produtoras não se interessarem, ou interpretarem como
mais custos, mais burocracias ou como barreiras, perderemos
uma belíssima oportunidade de sairmos na frente mais
uma vez, em algo tão vital para nosso setor: a sustentabilidade
também do negócio de base florestal.
Nossas
florestas de eucaliptos têm recebido muitas críticas,
das mais diferentes fontes. São constantes ataques
em relação a impactos na biodiversidade, na
hidrologia regional, na qualidade do solo, sobre as populações
rurais, etc. Apesar de questionarmos as mesmas como já fizemos
em outros mini-artigos nessa nossa Eucalyptus Newsletter,
não
podemos nos omitir a tomar ações pró-ativas
e de argumentação. Essas críticas têm
ocorrido tanto no Brasil, como nos países que compram
nossos produtos de origem das florestas plantadas, como celulose,
papel, painéis de madeira, móveis, etc. Os
clientes dos produtos brasileiros que contenham madeiras
ou fibras de
eucaliptos, quer seja os clientes de nossos papéis
de imprimir e de escrever na Europa, ou de móveis
no Brasil, por exemplo, gostariam que nossos produtos pudessem
também
ter uma garantia de qualidade ambiental. A certificação
florestal FSC /CERFLOR e o selo verde de produto darão
a eles essa garantia. Isso tenderá a ser cada mais
mais demandado nos próximos anos. Por essa razão,
a importância de trabalharmos também no desenvolvimento
de nosso simpático "Colibri", o selo verde
brasileiro da ABNT - Associação Brasileira
de Normas Técnicas.
Considero
que o papel é um
bem cultural da humanidade, que as pessoas sabiamente identificam
com a Natureza, com as
florestas. É preciso que elas se sintam confortáveis
e seguras de que o papel fabricado no Brasil é produzido
com segurança e qualidade ambiental e com justiça
social. No Brasil a maioria dos papéis brancos são
feitos tendo as fibras de eucalipto como matéria prima
principal. Isso tanto os papéis produzidos com fibras
virgens, como os reciclados. O País já exporta
cerca de 2 milhões de toneladas de papel por ano.
Além
disso, o mercado doméstico continua expandido. Tanto
os consumidores domésticos como os internacionais
precisam estar melhor informados sobre a performance ambiental
do setor,
quer sejam nas operações florestais, como industriais.
Frente às enormes dificuldades de um processo de informação
massiva, o selo verde oferece-se como uma oportunidade simples,
confiável, com credibilidade e com reconhecimento
pelo mercado. Temos que ter uma alternativa melhor às
auto-declarações, às
vezes completamente descabidas e sem sentido, já que
passaram a ser criadas pelas próprias empresas produtoras
sem o suporte das entidades normalizadoras. Deveríamos
estar trabalhando mais seriamente no desenvolvimento de selos
verdes
baseados em critérios de performance em parâmetros
definidos com base na análise do ciclo de vida e no
maior envolvimento das partes interessadas para a definição
desses critérios e limites. A partir daí, com
o apoio do Governo e das entidades empresariais, um processo
de
esclarecimento da população permitiria a ela
melhor entender o processo de rotulagem ambiental e as vantagens
que
isso agrega à Natureza e ao consumo mais consciente
pelos cidadãos.
Estaremos
com isso plantando as sementes de uma nova era nas relações da indústria
com sua principal parte interessada, seus clientes. A indústria
baseada na madeira do eucalipto evoluirá em performance
e em tecnologias. Os produtos poderão ser melhores
e mais limpos. Os consumidores mais conscientes e mais seletivos.
Os eucaliptos ganharão
em imagem e em prestígio. A Natureza poderá se
sentir menos pressionada. E nós poderemos testemunhar
mais um passo decisivo de nosso setor de florestas plantadas
de eucaliptos em direção à sonhada sustentabilidade.
Eucalyptus
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florestais e industriais sobre os eucaliptos
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