Editorial
Bom dia
a todos vocês que nos honram com sua leitura e atenção,
Amigos, aqui estamos novamente, agora com o
número 27 da nossa Eucalyptus
Newsletter. Estamos a partir dessa newsletter trazendo
uma inovação para vocês, na formatação
de algumas de nossas edições. Em casos onde o tema que
seria destinado a um mini-artigo seja de uma enorme importância
e dimensão, bem como merecedor de inúmeras páginas/laudas
para ser discutido e apresentado a vocês, comporemos não
mais um mini-artigo (nome pouco apropriado a isso) e sim um novo capítulo
de nosso Eucalyptus Online Book. Esse é definitivamente o caso
da presente newsletter. Escolhemos o assunto carvão vegetal
produzido a partir da madeira dos eucaliptos para ser o cerne dessa
nossa newsletter, em todas as suas seções. Esperamos
que seja de seu agrado e interesse, tanto as seções gerais
da Eucalyptus Newsletter, bem como o capítulo do nosso livro
virtual sobre os eucaliptos.
Portanto,
dedicaremos duplamente essa edição
especial ao "carvão vegetal
de eucalipto", um dos
maiores e mais importantes produtos obtidos no Brasil a partir da madeira
dos eucaliptos. Todas as diversas seções estarão
vinculadas a discutir e apresentar informações sobre
esse derivado importantíssimo dos nossos amigos eucaliptos.
No ano de 2008, em função das estatísticas disponíveis,
estima-se que um pouco menos de um milhão de hectares de florestas
plantadas de eucaliptos, em diferentes etapas e rotações,
estavam abastecendo fornos de diversos níveis tecnológicos
para gerar carvão vegetal para consumos industrial (principalmente
siderúrgico e energético) e doméstico no Brasil.
Isso corresponde a cerca de 22% de toda a área plantada com
esse gênero de árvores no País. Entretanto, essas
estatísticas são dificultadas até mesmo porque
há ainda muito carvão sendo ilegalmente produzido e também
há apreciável quantidade obtida a partir de resíduos
da colheita florestal, tanto de florestas plantadas como de florestas
nativas. Por outro lado, com as restrições legais para
redução do consumo de madeira nativa para carvão
vegetal, a área plantada com eucaliptos deverá crescer
para cerca de quase o dobro até o final da presente década,
em relação ao que hoje existe para essa finalidade. Ainda,
a tecnologia de fabricação do carvão vegetal,
que por anos vinha sendo obsoleta e rudimentar, também está-se
modernizando rapidamente. Portanto, a matéria-prima para fabricar
o carvão vegetal, que era predominantemente madeira de matas
nativas (90%) em meados dos anos 70's, está rapidamente migrando
para a utilização quase que integral de florestas plantadas
melhoradas para essa finalidade, sendo as de eucaliptos as mais importantes.
Então, nosso capítulo de número
18 do Eucalyptus Online Book, associado a essa newsletter, discorrerá sobre essa "fabricação,
utilização e qualidade requerida na madeira de eucalipto
para melhor ecoeficiência e melhores performances na produção
de carvão vegetal". As seções usuais da Eucalyptus
Newsletter, a saber, "Euca-Links", "Referências
de Eventos e Cursos", "Referências Técnicas
da Literatura Virtual" e "Vídeos Técnicos Online" (nova
seção), também estarão trazendo muitas
novidades sobre o uso do eucalipto para abastecer essa relevante atividade
de carvoejamento que torna o Brasil líder mundial na fabricação
de carvão vegetal a partir da madeira.
Não poderia ser diferente em relação à seção "Os
Amigos dos Eucalyptus". Ela terá a missão de compartilhar
com vocês pelo menos uma parte da dedicada e produtiva carreira
acadêmica de nosso grande e competente amigo Professor
Dr. José Otávio
Brito, um dos mais renomados pesquisadores brasileiros acerca de usos
energéticos das madeiras de florestas plantadas. Tenho uma grande
amizade e um respeito especial pela dedicação e qualidade
profissional do professor Brito; afinal conheço sua carreira
desde os tempos de sua juventude, em que foi estagiário nos
laboratórios de química da madeira e de celulose e papel
da ESALQ, no início dos anos 1970's, quando eu lá trabalhava.
Dr. Brito tem algumas centenas de publicações, sendo
muitas delas relacionadas à qualidade do carvão vegetal,
sua produção e sobre as inter-relações
entre qualidade da madeira e qualidade do carvão. Não
poderíamos falar sobre carvão vegetal no Brasil sem ter
o nome e a produção científica do Dr. José Otávio
Brito associados a ele.
Além
disso, essa industrialização também gera importantes
subprodutos tais como o alcatrão e o extrato pirolenhoso.
Na edição 25 da Eucalyptus Newsletter, nossa parceira
nessas edições, a engenheira agrônoma M.Sc. Ester
Foelkel lhes apresentou conhecimentos sobre a produção
de ácido pirolenhoso a partir dos eucaliptos (http://www.eucalyptus.com.br/newspt_mar10.html#sete).
Nessa, em sua seção "Curiosidades
e Singularidades acerca dos Eucaliptos" ela
lhes contará sobre a "Obtenção
de Alcatrão/Creosoto a partir da Madeira dos Eucaliptos".
Esperamos
que essa edição lhes possa ser muito útil,
afinal é muito importante se conhecer mais sobre como os eucaliptos
estão colaborando para que o carvão vegetal se constitua
em fonte relevante de energia para abastecer fornos siderúrgicos
e também nossas churrasqueiras nos finais de semana.
Caso
ainda não estejam cadastrados para receber a newsletter
e os capítulos do nosso livro online sobre os eucaliptos, sugiro
fazê-lo através do link a seguir: Clique
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Estamos com diversos parceiros apoiadores não financeiros a
esse nosso projeto: TAPPI, IPEF, SIF, CeluloseOnline, CETCEP/SENAI,
RIADICYP, TECNICELPA, ATCP Chile, Appita, CENPAPEL, TAPPSA, SBS, ANAVE,
AGEFLOR, EMBRAPA FLORESTAS, EUCALYPTOLOGICS - GIT Forestry, ForestalWeb,
Painel Florestal, INTA Concordia - Novedades Forestales e Papermakers'
Wiki. Eles estão ajudando a disseminar nossos esforços
em favor dos eucaliptos no Brasil, USA, Canadá, Chile, Portugal,
Colômbia, Argentina, Espanha, Austrália, Nova Zelândia,
Uruguai, Finlândia e África do Sul. Entretanto, pela rede
que é a internet, essa ajuda recebida deles coopera para a disseminação
do Eucalyptus
Online Book & Newsletter para o mundo todo. Nosso
muito obrigado a todos esses parceiros por acreditarem na gente e em
nosso projeto. Conheçam nossos parceiros apoiadores em:
http://www.eucalyptus.com.br/parceiros.html
Obrigado
a todos vocês leitores pelo apoio. Nossos informativos digitais
estão hoje sendo enviados para uma extensa "mailing list" através
da nossa parceira ABTCP - Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel, o que hoje está correspondendo a mais
de 30.000 endereços cadastrados. Isso sem contar os acessos
feitos diretamente aos websites www.abtcp.org.br; www.eucalyptus.com.br e www.celso-foelkel.com.br,
ou ainda pelo fato de terem sido encontrados pelas ferramentas de
busca na web. Nossa meta a partir de agora é muito clara:
estar com o Eucalyptus Online Book & Newsletter sempre na primeira
página quando qualquer pessoa no mundo, usando um mecanismo
de busca tipo Google ou Bing, pesquisar acerca das palavras Eucalyptus ou eucalipto. Com isso, poderemos informar mais às partes
interessadas sobre os eucaliptos, com informações relevantes
e de muita credibilidade. Por isso, peço ainda a gentileza
de divulgarem nosso trabalho àqueles que acreditarem que ele
possa ser útil. Eu, a Grau
Celsius,
a ABTCP, a Botnia,
a International
Paper do Brasil, a KSH
- CRA Engenharia,
a Suzano e a Fibria,
mais os parceiros apoiadores, ficaremos todos muito agradecidos.
Um abraço a todos e boa leitura. Esperamos que gostem do que
lhes preparamos dessa vez.
Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br
http://www.eucalyptus.com.br
http://www.abtcp.org.br
Nessa
Edição da Eucalyptus Newsletter
Os
Amigos dos Eucalyptus - Professor Dr. José Otávio
Brito
Referências
Técnicas da Literatura Virtual - Carvão Vegetal
de Eucalipto
Euca-Links
- Carvão Vegetal de Eucalipto
Referências
sobre Eventos e Cursos - Carvão Vegetal de Eucalipto
Nova
Seção: Vídeos Técnicos Online
- Carvão Vegetal de Eucalipto
Curiosidades
e Singularidades acerca dos Eucaliptos - Obtenção
de Alcatrão/Creosoto a partir da Madeira dos Eucaliptos
- por Ester Foelkel
Capítulo
Número 18 do Eucalyptus Online Book por Celso
Foelkel
Produção
de Carvão Vegetal Utilizando Madeira de Florestas
Plantadas de Eucalipto

Os
Amigos dos Eucalyptus
Professor
Dr. José Otávio Brito
Nessa edição da Eucalyptus Newsletter, tenho a enorme
satisfação em lhes apresentar mais um grande amigo meu
e dos eucaliptos, nosso estimado professor
Dr. José Otávio
Brito, um dos grandes nomes do setor acadêmico brasileiro relacionado
ao uso das madeiras de eucaliptos, especialmente para fins energéticos.
Conheço o Dr. José Otávio Brito há muitos
anos, desde o início de sua carreira em Piracicaba, na ESALQ
- Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da USP
- Universidade de São Paulo. Lá pelos idos tempos do
início dos anos 70's pudemos trabalhar juntos por alguns anos,
quando o Brito, como era por nós chamado, começava suas
primeiras caminhadas pela tecnologia da celulose e papel, química
da madeira e outros usos para as madeiras de florestas plantadas. Como
estagiário nosso e do Dr. Luiz Ernesto George Barrichelo, nosso
amigo Brito se destacou pela tenacidade, esforço e busca pelo
auto-desenvolvimento. Trabalhava muito e sempre demonstrava interesse
em conhecer mais e mais sobre o que eram nossas razões para
pesquisas e estudos. Seu grande talento permitiu a ele ser notado e
convidado para disputar a vaga e substituir-me na ESALQ por concurso
público, quando de lá me desliguei por motivos alheios à minha
vontade. Fiquei muito feliz com o fato do Brito continuar o que eu
havia tentado começar a fazer na ESALQ. Mais que isso, em inusitada
e pioneira iniciativa dele e do professor Barrichelo, criaram no início
dos anos 80's uma área de energia da madeira na antiga SQCP
(Seção de Química da Madeira, Celulose e Papel)
do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ. Com isso, ela
passou a se denominar SQCE (Seção de Química,
Celulose e Energia), sendo que a Energia da Madeira se incorporava
nas metas da seção, hoje Laboratórios LQCE (http://www.lqce.esalq.usp.br/).
Professor Brito ganhou a responsabilidade de estudar usos energéticos
da madeira e pela extensa literatura abaixo referenciada, pode-se muito
bem notar que ele cumpriu essa tarefa com enorme competência
e produtividade. Seus trabalhos e conceitos tecnológicos ultrapassaram
em muito as fronteiras brasileiras, sendo hoje considerado um dos pesquisadores
que mais contribuíram para o sucesso do uso energético
das madeiras dos eucaliptos, em especial para carvão vegetal
para fins siderúrgicos. São muitos os conhecimentos que
incorporou para a sociedade brasileira, tanto nos estudos relacionados à produção
de carvão de madeira, biomassa energética, óleos
essenciais, resinas e ainda celulose e papel. Além de estudar
muitíssimo as madeiras e produtos não-madeireiros de
Eucalyptus, também se destacou em estudos sobre os Pinus, com
algumas dezenas de trabalhos sobre esse gênero. Ainda incluiu
em suas pesquisas madeiras nativas, tanto da Mata Atlântica,
como da Amazônia, Cerrados, Caatinga, etc. Até mesmo diversos
estudos de carbonização do bambu fazem parte de sua extensa
produção técnica e científica. Os conhecimentos
que agregou ao setor de tecnologia de produtos florestais, tanto na
forma de pesquisas, apostilas, palestras e inúmeras publicações,
como também na educação de centenas de estudantes
de graduação e pós-graduação, colocam-no
como não apenas um grande "Amigo
dos Eucalyptus",
mas como uma pessoa chave para o crescimento desse importante setor
da economia brasileira. Em razão de sua também grande
produção acerca do Pinus, não cobriremos essa
parte de sua carreira nessa nossa newsletter dedicada aos eucaliptos.
Deixaremos isso para ser feito em nossa outra publicação
digital conhecida como PinusLetter (http://www.celso-foelkel.com.br/pinusletter.html),
onde o homenagearemos também como "Grande
Autor sobre o Pinus" em futuro próximo. Parabéns por sua vitoriosa
e produtiva carreira, professor José Otávio Brito. Nós,
que o conhecemos bem, somos gratos e eternos admiradores de sua enorme
contribuição ao nosso País e ao setor de base
florestal onde se inserem o eucalipto e o Pinus.
José Otávio
Brito nasceu na cidade de Araçatuba,
no estado de São Paulo, Brasil, em 1951. Ali viveu por pouco
tempo, mudando-se diversas vezes devido à profissão de
bancário de seu pai. Entretanto, fixou-se durante a adolescência
na cidade de Bernardino de Campos, onde estudou e fez seu curso secundário
completo, passando a mostrar inusitado interesse por biologia e química.
Também se destacou em uma carreira paralela, a musical, formando-se
muito jovem ainda como pianista. Segundo ele, "a música
ensinou valores muito importantes para a carreira profissional, como:
esforço, perseverança, dedicação, paciência
e busca pela perfeição". Nem bem concluíra
seus estudos secundários e quando buscava encontrar uma profissão
para tentar se candidatar para estudar em curso superior, uma nova
mudança da família revolucionou sua vida. Em 1971, a
família mudava-se em definitivo para Piracicaba, SP. Ali, exatamente
na época de prestar vestibular, descobriu a existência
de uma nova carreira recém criada na ESALQ/USP: a engenharia
florestal. Acreditando que seu interesse por biologia e química
se casariam bem nessa profissão, conseguiu ingressar na primeira
turma matriculada na ESALQ para esse tipo de graduação.
Formou-se engenheiro florestal em 1975, mas desde janeiro de 1973 estava
estagiando na SQCP - Seção de Química, Celulose
e Papel, tendo o professor Dr. Luiz Ernesto George Barrichelo como
orientador. Nessa época, eu estava estudando nos Estados Unidos
da América e só vim a conhecer o Brito em meu retorno,
em agosto de 1973. Tive o privilégio de ter sido também
seu professor. Definindo que seu interesse pelo setor de química
era o futuro para sua carreira, Brito optou por cursar o pós-graduação
na ESALQ em engenharia florestal, com ênfase em produtos florestais.
Terminou o mestrado em 1978, defendendo a dissertação
de título "Utilização da madeira com casca
na produção de celulose sulfato de Eucalyptus grandis e Pinus
caribaea var. bahamensis". Em abril de 1977, antes mesmo
da conclusão do mestrado, já havia sido contratado para
exercer funções docentes na ESALQ/USP. Foi então
o primeiro engenheiro florestal formado pela USP a ser por ela contratado
como professor e pesquisador. No início de sua carreira acadêmica
continuou estudos com temas ligados à celulose e papel e química
da madeira, como um extenso estudo sobre resinas de Pinus que desenvolveu
entre o final dos anos 70's e início dos 80's, como parte do
chamado PPT - Projeto sobre Pinus Tropicais, da ESALQ. Porém,
seus olhos e coração apontavam para a energia da madeira.
Após duas sucessivas e intensas crises do petróleo, uma
em 1973 e depois outra em 1979, nada melhor do que uma opção
energética mais forte para os recursos florestais. Para se especializar
no tema, foi bolsista do CTFT - Centre Technique Forestier Tropical,
na França, estudando energia e carbonização da
madeira com a renomada pesquisadora Jacqueline Doat entre fins de 1979
a início de 1980. Seus primeiros trabalhos publicados sobre
carvão vegetal e energia da madeira surgiram por volta de 1977.
Dai para frente, com a criação da SQCE, estava aberta
a rota para ser pavimentada. O apoio e estímulo recebido de
seu mestre e amigo professor Barrichelo foi fundamental nesses dias
iniciais de uma nova meta tecnológica, tanto que tem sido o
professor Barrichelo até hoje seu principal co-autor em seus
trabalhos publicados.
Entre 1980 a 1985 o professor José Otávio Brito realizou
estudos de doutoramento na ESALQ, defendendo ao final dos mesmos a
tese de título "Influência da adubação
mineral nas características dos anéis de crescimento
da madeira de Pinus caribaea var. bahamensis". Também teve
oportunidades para um pós-doutorado e de atuar como professor
visitante na Université Henri Poincaré, na França,
entre 1990 e 1992. Sua tese de livre-docência na USP foi defendida
em 1992 versando sobre o tema "Estudo das influências da
temperatura, taxa de aquecimento e densidade da madeira de Eucalyptus
maculata e Eucalyptus citriodora sobre os resíduos sólidos
da pirólise". Segundo nosso amigo Brito, foi essa pesquisa
de tese que deu a ele o impulso que necessitava para se integralizar
completamente aos estudos técnico-científicos com o carvão
vegetal.
A partir de 1993, o professor Brito passou a mostrar também
uma forte tendência administrativa, ocupando importantes cargos
de gestão acadêmica tais como: coordenador do curso de
pós-graduação, chefe do Departamento de Ciências
Florestais, membro efetivo da congregação da ESALQ, diretor
científico e diretor executivo do IPEF - Instituto de Pesquisas
e Estudos Florestais e prefeito do campus de Piracicaba da USP. Em
2001, foi aprovado como professor titular da ESALQ/USP, onde se mantém
trabalhando com muito entusiasmo e competência até a atualidade.
Conheçam
mais sobre onde o professor Brito desenvolve suas pesquisas na ESALQ
em: Laboratórios Integrados de Química, Celulose e Energia
- http://lcf.esalq.usp.br/lab/index.php?id_lab=10
Sua
aproximação aos eucaliptos foi uma conseqüência
de seus trabalhos na engenharia florestal na ESALQ, primeiro como aluno
e depois professor e pesquisador. Sua atuação profissional
e crescimento na carreira se deram exatamente dentro desse contexto
eucalíptico. Ainda mais que a madeira do eucalipto passou a
crescer de importância a partir dos anos 70's para uso na siderurgia
brasileira. Exatamente o que fez de Brito um grande e vibrante pesquisador
das virtudes dos eucaliptos para fins energéticos.
Ao lhe questionar sobre suas principais linhas de ensino e pesquisa
ele colocou bem claramente aquelas em que tem-se dedicado com mais
tempo em salas de aula e em pesquisas científicas:
•
química da madeira;
• qualidade da madeira para fins industriais;
• celulose e papel;
•
biomassa energética e carvão vegetal de madeira (recursos
florestais energéticos);
•
produtos florestais não-madeireiros: resinas, óleos essenciais,
taninos, alcatrão, ácido pirolenhoso, etc.
•
produtos de origem natural e com alto nível de sustentabilidade
("bioprodutos").
Sua atuação profissional lhe rendeu diversas honrarias
e honorificências como prêmios da ABTCP - Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel, sócio honorário
do IPEF e a Medalha "Marechal Rondon", oferecida pela Sociedade
Geográfica Brasileira. Isso sem considerar as inúmeras
recompensas da carreira de professor, como a admiração
e reconhecimento pelos alunos da ESALQ.
Quando lhe perguntei sobre o futuro me disse "Quero continuar
colocando minha experiência e competência, sobretudo a
serviço da formação de recursos humanos e da pesquisa
e do desenvolvimento tecnológico dos produtos de base florestal,
na vertente da bioenergia e dos bioprodutos. Julgo ainda ter fôlego
para contribuir no atendimento de outras demandas de ordem estratégicas
no âmbito acadêmico e do setor florestal".
Para a usual questão final, que sempre faço aos amigos
dos eucaliptos, sobre o que definem eles terem agregado de valor ao
longo da carreira no setor onde atuam, o Dr. José Otávio
Brito me respondeu o seguinte: "Destaco minha contribuição
para o aumento da importância e da valorização
do uso da madeira como fonte de energia e para com a produção
de carvão vegetal, no âmbito da sua qualificação
como insumo para a indústria siderúrgica. No campo da
formação profissional destaco dezenas de orientações
oferecidas a alunos de graduação e de pós-graduação".
Conheçam mais sobre a carreira profissional do professor
Dr. José Otávio Brito navegando em seu currículo e
lendo algumas de suas teses que lhes oferecemos a seguir:
Currículo na Plataforma CNPq Lattes:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4783354H0
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=P0907
http://sistemas3.usp.br/tycho/curriculoLattesMostrar?codpes=2087043
Teses disponíveis para downloading:
Utilização da madeira com casca na produção
de celulose sulfato de Eucalyptus grandis e Pinus caribaea var. bahamensis. J.O. Brito. Dissertação de Mestrado. USP. 127 pp. (1979)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2004_Utiliza%
E7%E3o%20da%20madeira%20com%20casca.%20Disserta%E7%E3o%20prof.pdf
Influência da adubação mineral nas características
dos anéis de crescimento da madeira de Pinus caribaea var. bahamensis. J.O. Brito. Tese de Doutorado. USP. 131 pp. (1985)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2005_Pinus%20caribaea.pdf
Estudo
das influências da temperatura, taxa de aquecimento e densidade
da madeira de Eucalyptus maculata e Eucalyptus citriodora sobre
os resíduos sólidos da pirólise. J.O.
Brito. Tese de Livre Docência. USP. 88 pp. (1992)
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/brito,jo-l.pdf
Aproveitem a seguir uma seleção de literaturas técnicas,
especialmente preparada para vocês que admiram e conhecem a dimensão
do trabalho do professor Brito para a tecnologia de produtos florestais
em diversas áreas desse importante segmento. Essa seleção é apenas
uma parcela do muito que já foi publicado pelo Dr. Brito. Através
desses artigos pode-se facilmente comprovar o quanto o professor Brito
têm colaborado para o desenvolvimento de recursos humanos e para
o avanço das tecnologias de base florestal em nosso País.
Seleção de alguns artigos sobre carvão vegetal
de autoria ou co-autoria pelo Dr. José Otávio Brito
A madeira
como lenha e carvão vegetal no Brasil. J.O. Brito.
Vídeos YouTube. Observatório do Clima FGV/SP. Acesso
em 13.04.2010:
http://www.youtube.com/watch?v=i1ioDzVPlPo
Desafios e perspectivas da produção e comercialização
de carvão vegetal. J.O. Brito. Fórum Nacional sobre Carvão
Vegetal. SIF/UFV. Apresentação em PowerPoint: 57 slides.
(2008)
http://painelflorestal.com.br/upload/otaviobrito.pdf
Os principais desafios da prática de produção
de carvão vegetal no Brasil. J.O. Brito. Revista Opiniões.
Jun-Ago. (2008)
http://www.revistaopinioes.com.br/cp/materia.php?id=237
Avaliação do efeito do ácido pirolenhoso de três
espécies arbóreas sobre Tuta absoluta (Lepidoptera:
Geleichiidae). P.C. Bogorni; V.C. Pansiera; J.D. Vendramim; L.P. Ribeiro; R.C.R. Gonçalves-Gervásio;
J.O. Brito. Bioikos 22(2): 109 - 115. (2008)
http://www.puc-campinas.edu.br/centros/ccv/Bioikos/artigos/v22n2a5.pdf
Le charbon de bois au Brésil. J.O. Brito; J.P. Laclau; M. Riom;
W. Quirino. Bois et Forêts des Tropiques 289: 59 - 68. (2006)
http://bft.cirad.fr/pdf/res289.pdf (Resumo)
http://bft.cirad.fr/cd/BFT_289_59-68.pdf (Completo)
A escolha certa do carvão. J.O. Brito; A.P. Melo. Revista Churrasco
e Churrascarias 5(24): 16. (2002). Acesso em 12.04.2010:
http://www.ipef.br/tecprodutos/escolhacarvao.asp
Reflexões sobre a qualidade do carvão para uso siderúrgico. J.O. Brito. Circular Técnica IPEF nº 181. 06 pp. (1993)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr181.pdf
Características e índice de combustão de briquetes
de carvão vegetal. W.F. Quirino; J.O. Brito. IBAMA. Série
Técnica LPF nº 13. 19 pp. (1991)
http://www.mundoflorestal.com.br/arquivos/indice.pdf
Princípios de produção e utilização
de carvão vegetal de madeira. J.O. Brito. Documentos Florestais
IPEF nº 09. 14 pp. (1990)
http://www.ipef.br/publicacoes/docflorestais/cap9.pdf
Projeto Floram: Carvão vegetal no Brasil: gestões
econômicas
e ambientais. J.O. Brito. Estudos Avançados 4(9): 221
- 227. (1990)
http://www.scielo.br/pdf/ea/v4n9/v4n9a11.pdf
Floram project: Charcoal in Brazil: economic and environmental
management.
J.O. Brito. Estudos Avançados 9. 07 pp. (1990)
http://www.iea.usp.br/iea/english/journal/9/britocharcoal.pdf
Estudo comparativo da carbonização de três origens
de turfas em relação à madeira de Eucalyptus
grandis. D.A. Silva; J.O. Brito. IPEF 36: 21 - 26. (1987)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr36/cap03.pdf
Análise da produção energética e de carvão
vegetal de espécies de eucalipto. J.O. Brito; L.E.G. Barrichelo;
F. Seixas; A.J. Migliorini; M.C. Muramoto. IPEF 23: 53 - 56. (1983)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr23/cap08.pdf
Estimativa da densidade a granel do carvão vegetal a partir
de sua densidade aparente. J.O. Brito; L.E.G. Barrichelo; M.C. Muramoto;
H.T.Z. Couto. Circular Técnica IPEF nº 150. 06 pp. (1982)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr150.pdf
Considerações sobre a fabricação de carvão
vegetal de madeiras da Amazônia. J.O. Brito; L.E.G. Barrichelo.
Série Técnica IPEF 2(5): 01 - 25. (1981)
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr05/cap01.pdf
Carvão vegetal pulverizado como opção energética. L.M. Faria; J.O. Brito. Circular Técnica IPEF nº 138. 06
pp. (1981)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr138.pdf
Influência das práticas silviculturais na produção
de carvão vegetal. A.J. Migliorini; J.O. Brito; L.E.G. Barrichelo.
Circular Técnica IPEF nº 104. 05 pp. (1980)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr104.pdf
Correlações entre características físicas
e químicas da madeira e a produção de carvão.
2 - Densidade da madeira x densidade do carvão. J.O. Brito;
L.E.G. Barrichelo. IPEF 20: 101 - 113. (1980)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr20/cap08.pdf
Aspectos florestais e tecnológicos da matéria-prima para
carvão vegetal. J.O. Brito; L.E.G. Barrichelo. Circular Técnica
IPEF nº 67. 04 pp. (1979)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr067.pdf
Estudos de produção de carvão vegetal em escala
de laboratório com espécies de eucaliptos aptas para
o estado de Minas Gerais. J.O. Brito; L.E.G. Barrichelo; A.A.S. Pontinha.
Boletim Informativo IPEF 6(16): 87 - 95. (1978)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_informativo/bolinf16.pdf
Correlações entre características físicas
e químicas da madeira e a produção de carvão.
2 - Densidade da madeira x densidade do carvão. Perpectivas
de melhoramento. J.O. Brito; M. Ferreira; L.E.G. Barrichelo. Boletim
Informativo IPEF 6(16): 80 - 86. (1978)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_informativo/bolinf16.pdf
Correlações entre características físicas
e químicas da madeira e a produção de carvão
vegetal. 1 - Densidade e teor de lignina da madeira de eucalipto. J.O.
Brito; L.E.G. Barrichelo. IPEF 14: 09 - 20. (1977)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr14/cap01.pdf
Comportamento isolados da lignina e da celulose de madeira
frente à carbonização. J.O. Brito; L.E.G. Barrichelo. Circular Técnica IPEF nº 28.
04 pp. (1977)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr028.pdf
Seleção de alguns artigos sobre biomassa energética
de autoria ou co-autoria pelo Dr. José Otávio Brito
RESUMO:
Changes in wood-water relationship due to heat treatment assessed on
micro-samples of three Eucalyptus species. J.O. Brito;
P. Perré.
Holzforschung 63(1): 80 – 88. (2009)
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Avaliação de um clone de eucalipto estabelecido
em diferentes densidades de plantio para produção de
biomassa e energia.
(Biomass and energy yield evaluation for an eucalypt clone, established
at different planting densities). M.D. Müller; L. Couto; H.G.
Leite; J.O. Brito. Biomassa & Energia 2(3): 177 - 186. (2005)
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_sort=d&_docanchor=&view=c&_acct=C000050221&_version=1&
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Quantificação de resíduos florestais para produção
de energia em povoamento de Eucalyptus saligna. H.T.Z. Couto; J.O.
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Estimativa de preço máximo da madeira para substituição
de óleo combustível. J.O. Brito; J.M. Ferreira; L.E.G.
Barrichelo; L.E.A. Camargo. IPEF 25: 41 - 44. (1983)
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Inventário de resíduos florestais. H.T.Z. Couto; J.O.
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Avalição do potencial energético de algumas espécies
de Eucalyptus. A.J. Migliorini; L.E.G. Barrichelo; J.O. Brito; M.G.
Silva. Circular Técnica IPEF nº 107. 05 pp. (1980)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr107.pdf
Produção de energia através de florestas de rápido
crescimento. E.A. Balloni; A.J. Migliorini; J.O. Brito. Circular Técnica
IPEF nº 103. 13 pp. (1980)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr103.pdf
Avaliação das características dos resíduos
da exploração florestal do eucalipto para fins energéticos.
J.O. Brito et al. Circular Técnica IPEF nº 62. 07 pp. (1979)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr062.pdf
Estimativas energéticas para povoamentos florestais. J.O. Brito;
A.J. Migliorini; L.E.G. Barrichelo. Circular Técnica IPEF nº 79.
10 pp. (1979)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr079.pdf
Usos diretos e propriedades da madeira para geração de
energia. J.O. Brito; L.E.G. Barrichelo. Circular Técnica IPEF
nº 52. 07 pp. (1979)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr052.pdf
Características do eucalipto como combustível: análise
química imediata da madeira e da casca. J.O. Brito; L.E.G. Barrichelo.
IPEF 16: 63 - 70. (1978)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr16/cap05.pdf
Seleção de alguns artigos sobre produção
de celulose e papel de eucaliptos de autoria ou co-autoria pelo Dr.
José Otávio Brito
Wood quality for kraft pulping of Eucalyptus globulus origins planted
in Uruguay. (Qualidade da madeira para polpa celulósica kraft
de Eucalyptus globulus plantado no Uruguai). F. Resquin; L.E.G. Barrichelo;
F.G. Silva Jr.; J.O. Brito; C.A. Sansigolo. Scientia Forestalis 72:
57 - 66. (2006)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr72/cap07.pdf
A utilização da madeira na produção de
celulose. L.E.G. Barrichelo; J.O. Brito. Circular Técnica IPEF
nº 68. 12 pp. (1979)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr068.pdf
Uso integral da árvore - A casca. J.O. Brito; L.E.G. Barrichelo.
Circular Técnica IPEF nº 50. 04 pp. (1979)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr050.pdf
Estudo de algumas seqüências de branqueamento para
celulose kraft de Eucalyptus saligna. L.E.G. Barrichelo; C.E.B. Foelkel; J.O.
Brito. Trabalhos Técnicos X Congresso ABTCP. 05 pp. (1979)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/1977.
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A madeira das espécies de eucalipto como matéria-prima
para a indústria de celulose e papel. L.E.G.Barrichelo; J.O.Brito.
Prodepef/BRA 45 Série Divulgação nº 13. 149
pp. (1976)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/A%20madeira%
20das%20especies%20de%20eucalipto%20mp1.pdf
Potencialidade de espécies tropicais de eucaliptos para a produção
de celulose sulfato branqueada. L.E.G. Barrichelo; J.O. Brito. IPEF
13: 09 - 38. (1976)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr13/cap01.pdf
O melhoramento dos caracteres da madeira frente à produção
de celulose e papel. J.O. Brito; L.E.G. Barrichelo; M. Ferreira. Boletim
Informativo IPEF 6(19): 64 - 79. (1975)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_informativo/bolinf19.pdf
Seleção de alguns artigos sobre química e física
da madeira de eucalipto de autoria ou co-autoria pelo Dr. José Otávio
Brito
RESUMO: Chemical composition changes in Eucalyptus and Pinus submitted
to heat treatment. J.O. Brito; F.G. Silva Jr.; M.M. Leão; G.
Almeida. Bioresource Technology (18):8545 - 8548. (2008)
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18586488
https://www.researchgate.net/publication/5268462_Chemical_composition
_changes_in_eucalyptus_and_pinus_woods_submitted_to_heat_treatment
Effects of thermal treatment on machining properties of Eucalyptus
grandis and Pinus caribaea var. hondurensis woods. L.F. Moura; J.O.
Brito. 51st International Convention of the Society of Wood Science
and Technology. 09 pp. (2008)
http://www.swst.org/meetings/AM08/proceedings/WS-18.pdf
Densidade básica e retratibilidade da madeira de Eucalyptus
grandis submetida a diferentes temperaturas de termorretificação.
J.O. Brito; J.N. Garcia; G. Bortoletto Jr.; A.M.C. Pessoa; P.H.M. Silva.
Cerne 12(2): 182-188. (2006)
http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCve=74412209
http://www.dcf.ufla.br/CERNE/artigos/10-02-20094432v12_n2_artigo%2009.pdf
Fichas de caracterização silvicultural e da madeira de
espécies de eucalipto plantadas experimentalmente em Guaíba,
RS. J.C.D. Pereira; A.R. Higa; J.O. Brito; R.C.V. Higa. Documentos
72. EMBRAPA Florestas. 44 pp. (2002)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/seriedoc/edicoes/doc72.pdf
Variabilidade longitudinal e radial da madeira de Eucalyptus
grandis. L.E.G. Barrichelo; J.O. Brito. Trabalhos Técnicos do XVII Congresso
Anual da ABTCP. 08 pp. (1984)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2001
_Variabilidade%20madeira%20e.grandis.pdf
Densidade básica e características das fibras
da madeira de Eucalyptus grandis. L.E.G. Barrichelo; J.O. Brito; A.V. Bazanelli.
Trabalhos Técnicos do XVI Congresso Anual da ABTCP 1: 113-125.
(1983)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%
2002_Madeira%20e%20fibras%20de%20e.grandis.pdf
Seleção de alguns artigos sobre óleos essenciais
de eucalipto de autoria ou co-autoria pelo Dr. José Otávio
Brito
Produção de óleo essencial e balanço
nutricional em Corymbia citriodora adubado com lodo de esgoto
em diferentes espaçamentos. P.H.M. Silveira; F. Poggiani; J.L. Stape; J.O. Brito; R.M. Moreira.
Cerne 15(3): 346 - 354. (2009)
http://www.dcf.ufla.br/CERNE/artigos/
08-01-20107539012%20artigo%20637.pdf
Potential of eleven Eucalyptus species for the production of
essential oils. P.H.M. Silveira; J.O. Brito; F.G. Silva Jr. Scientia Agricola
63(1). 05 pp. (2006)
http://www.scielo.br/pdf/sa/v63n1/27908.pdf
Drying studies of Eucalyptus staigeriana leaves by monitoring the humidity
of the drier discharge. N.P. Braga; A. Storquit; M.A. Cremasco; J.O.
Brito. Thermal Engineering 4(1): 13 - 17. (2005)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/reterm/article/viewFile/3542/2800
Estudo de caracteres silviculturais e de produção de óleo
essencial de progênies de Corymbia citriodora procedente
de Anhembi SP - Brasil. (Evaluation of silvicultural variables and essential oil
production on Corymbia citriodora progenies from Anhembi,SP, Brazil
origin). I.G. Oliveira. Orientação: J.O. Brito. Dissertação
de Mestrado. ESALQ/USP. 100 pp. (2004)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-06122004-112600/
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/
tde-06122004-112600/publico/israel.pdf
Óleo essencial de eucalipto. A.M.S. Vitti; J.O. Brito. Documentos
Florestais IPEF nº 17. 30 pp. (2003)
http://www.ipef.br/publicacoes/docflorestais/df17.pdf
http://www.rsflorestal.com.br/arquivos/artigos/b/Oleo%20Essencial2.pdf
Goma-resina de Pinus e óleos essenciais de eucalipto: destaques
na área de produtos florestais não-madeireiros. J.O.
Brito. IPEF Website. (2002)
http://www.ipef.br/tecprodutos/gomaeoleos.asp
Influência da secagem no rendimento e na composição
do óleo essencial das folhas de Eucalyptus citriodora. N.P.
Braga. Coorientação: J.O. Brito. Dissertação
de Mestrado. UNICAMP. 181 pp. (2002)
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000271552
Reflexos das deficiências de macronutrientes e boro no crescimento
de plantas, produção e qualidade de óleo essencial
em Eucalyptus citriodora. A.R. Maffeis; R.L.V.A. Silveira; J.O. Brito.
Scientia Forestalis 57: 87 - 98. (2000)
http://www.nutricaodeplantas.agr.br/site/downloads/unesp_jaboticabal/omissao_eucalipto2.pdf
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr57/cap06.pdf
Avaliação do rendimento e do teor de citronelal do óleo
essencial de procedências e raças locais de Eucalyptus
citriodora. (Evaluation of the yield and citronelal content of the
essential oil of Eucalyptus citriodora provenances and local races).
A.M.S. Vitti; J.O. Brito. Scientia Forestalis 56: 145 - 154. (1999)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr56/cap11.pdf
Tenho a maior admiração pela competência desse
grande amigo dos eucaliptos. Se vocês observarem a forma como
o professor Brito procura escrever seus artigos vão notar que
ele não se preocupa com palavras rebuscadas ou em mostrar seu
grande conhecimento científico. Eu sempre entendi que o propósito
desse nosso amigo dos eucaliptos é o de oferecer literatura
técnica facilmente entendível pelas pessoas, em linguagem
acessível a quem não é cientista e busca na ciência
conhecimentos para resolver seus problemas. Isso ele tem feito desde
o início de sua carreira de pesquisador e educador. Parabéns
meu caro José Otávio, por pensar em colocar seu conhecimento
disponível para todos de nossa sociedade. Talvez até mesmo
porque tenhamos trabalhado juntos no início de nossas carreiras
pensamos exatamente da mesma maneira nesse particular. É bem
possível que tenhamos aprendido ou desenvolvido isso com nosso
grande mestre e amigo, que orientou tanto a mim, como ao professor
Brito no início de nossas carreiras, nosso grande amigo e também
amigo dos eucaliptos, professor Dr. Luiz Ernesto George Barrichelo.
Entre outros tantos atributos, professor Brito é um líder
institucional e educacional, vibrante e entusiasmado palestrante, além
de ser um administrador muito eficiente. Por todas essas razões
e pelo carinho fraternal que tenho por ele, senti-me honrado e privilegiado
em lhes contar um pouco sobre a vida profissional desse meu amigo e
também grande "Amigo dos Eucalyptus" e em compartilhar
alguns de seus trabalhos técnicos publicados ao longo de sua
extensa carreira profissional.
Meu estimado professor
Dr. José Otávio Brito, muito
obrigado por sua amizade por todos nós e pelos eucaliptos e
pelo muito que tem realizado e continuará realizando pelo setor
de base florestal brasileiro.
Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Carvão
Vegetal de Eucalipto
Nessa seção, estamos colocando, como sempre, euca-links
com algumas publicações relevantes da literatura virtual.
Basta você clicar sobre os endereços de URLs para abrir
as mesmas e/ou salvá-las em seu computador. Como são
referências, não nos responsabilizamos pelas opiniões
dos autores, mas acreditem que são referências valiosas
e merecem ser olhadas pelo que podem agregar ao seu conhecimento. Ou
então, para serem guardadas em sua biblioteca virtual. Nessa
seção, temos procurado balancear publicações
recentes e outras antigas, que ajudaram a construir a história
de sucesso dos eucaliptos. Elas versam sobre florestas, ecologia, ambiente,
uso industrial das madeiras, celulose e papel; enfim, todas as áreas
que se relacionam aos eucaliptos: seu desenvolvimento em plantações
florestais e utilizações de seus produtos.
As Referências Técnicas
da Literatura Virtual a vocês apresentadas
nessa edição visam oferecer maiores conhecimentos
sobre o carvão vegetal produzido
a partir da madeira dos eucaliptos. Existe uma grande quantidade de trabalhos técnicos
publicados; praticamente desde a época de Edmundo Navarro
de Andrade, que já mencionava esse uso para os eucaliptos.
Como teremos muitas referências sobre carvão vegetal
de eucalipto, tanto na extensa lista de publicações
do amigo dos eucaliptos dessa edição, Dr. José Otávio
Brito, e também nas sugestões de leitura de nosso
mini-artigo técnico, fizemos uma opção para
essa presente seção. Decidimos por fazer uma criteriosa
busca nas teses e dissertações virtuais de algumas
universidades muito prestigiadas nas áreas de engenharia
química e de base florestal e que possuem esse tipo de publicações
sobre o carvão vegetal de eucalipto. São elas: UFLA
- Universidade Federal de Lavras; UFV - Universidade Federal de
Viçosa; UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais; USP
- Universidade de São Paulo; UFOP - Universidade Federal
de Ouro Preto; UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro;
UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná;
UFPA - Universidade Federal do Pará; UFAM - Universidade
Federal do Amazonas; UNAMA - Universidade da Amazônia. Procuramos
concentrar nossa seleção em temas ecológicos,
tecnológicos, de qualidade da madeira e sobre a competitividade
setorial do carvão vegetal de eucalipto. Como também
existem alguns livros importantes sobre o carvão vegetal,
incluimos alguns poucos desses títulos mesclados a essas
teses e dissertações. Esperamos que entendam nossos
critérios de seleção desses excelentes trabalhos
a seguir referenciados e que vocês os apreciem.
Uma seleção de teses, dissertações,
livros e monografias digitais com destaque ao carvão vegetal dos
eucaliptos:
Uma nova metodologia de avaliação do crescimento e da produção
de Eucalyptus sp. clonal para fins energéticos. (Growth and yield
of clonal Eucalyptus sp. for energy applications: a proposed new methodological
approach). S.P.C. Carvalho. Dissertação de Mestrado. UFLA.
113 pp. (2010)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2815
Efeito da região e da madeira de eucalipto nas propriedades do
carvão vegetal. (Effect of the region and the Eucalyptus wood
on charcoal properties). P.G.U. Frederico. Dissertação
de Mestrado. UFV. 85 pp. (2009)
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/
DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=162025
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp112563.pdf
Propriedades mecânicas da madeira de clones de Eucalyptus e
do carvão produzido entre 350ºC e 900ºC. (Mechanical properties
of the wood of Eucalyptus clones and charcoal produced from 350°C
to 900°C). R.S. Vieira. Tese de Doutorado. UFLA. 97 pp. (2009)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2736
Utilização da serragem de Eucalyptus sp.
na preparação
de carvões ativados. (Utilization of sawdust of Eucalyptus
sp.
for activated carbon preparation). G.M. Couto. Dissertação
de Mestrado. UFLA. 106 pp. (2009)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2733
Estratégia de melhoramento de Eucalyptus spp. visando à produção
de carvão. (Breeding strategies in Eucalyptus spp. program aiming
at charcoal production). J.L. Lima. Tese de Doutorado. UFLA. 160 pp.
(2009)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2792
Variação nas características da madeira e do carvão
de um clone de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla. (Variation
in the characteristics of the wood and charcoal of a clone of Eucalyptus
grandis x Eucalyptus urophylla). M.D.C. Arantes. Tese de Doutorado. UFLA.
149 pp. (2009)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2829
Secagem de toras de clones de Eucalyptus empregados na produção
de carvão. (Drying of Eucalyptus clones logs used in charcoal
production). R.N. Rezende. Dissertação de Mestrado. UFLA.
186 pp. (2009)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2786
Carvão vegetal e siderurgia: de elo perdido a solução
para um mundo pós-Kyoto. (Charcoal based iron & steel-making:
from primitive technological model to solution for a post-Kyoto world).
T.F.M.R. Silva. Dissertação de Mestrado. USP. 171 pp. (2009)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/
tde-07122009-093830/publico/Thiago_Fonseca_Morello.pdf
Carvão vegetal: uma alternativa para os produtos florestais do
sudoeste goiano. (Charcoal: an alternative for products in the Southwest
of the Goias state). M.S. Joaquim. Dissertação de Mestrado.
UNB. 97 pp. (2009)
http://efl.unb.br/arq_pdf/dissertacao/2009/Maisa_Santos_Joaquim.pdf
Espectroscopia no infravermelho próximo para predizer propriedades
da madeira e do carvão de plantio clonal de Eucalyptus sp. (Near
infrared spectroscopy to predict properties of wood and charcoal for
planted clonal Eucalyptus sp.). C.R. Andrade. Dissertação
de Mestrado. UFLA. 121 pp. (2009)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2706
Efeito da granulometria e de aglutinantes nas propriedades de
briquetes de finos de carvão vegetal. (Effect of size and binders in briquettes
properties of charcoal fines). F.A. Pereira. Dissertação
de Mestrado. UFV. 66 pp. (2009)
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/
DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=167693
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp118816.pdf
Caracterização de carvão vegetal para injeção
em altos-fornos a carvão vegetal de pequeno porte. C.F.C. Assis.
Dissertação de Mestrado. UFOP. 132 pp. (2008)
http://www.redemat.ufop.br/arquivos/dissertacoes/2008/
caracterizacao%20de%20carvao.pdf
Balanço de materiais na gestão ambiental da cadeia produtiva
do carvão vegetal para produção de ferro-gusa em
Minas Gerais. (Material balance on the environmental management of charcoal
used in the pig-iron production in Minas Gerais). A. R. M. Sabloswski.
Tese de Doutorado. UNB. 202 pp. (2008)
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/
DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=135318
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp086170.pdf
Lenha e carvão vegetal no Brasil: balanço oferta-demanda
e métodos para a estimação do consumo. (Fuelwood
and charcoal in Brazil: supply-demand balance and methods for consumption
estimation). A.Uhlig. Tese de Doutorado. USP. 156 pp. (2008)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/86/86131/tde-14052008-113901/publico/UHLIG_Tese1.pdf
http://www.iee.usp.br/biblioteca/producao/2008/Teses/UHLIG_Tese1.pdf
Balanço da emissão de carbono em uma unidade de carvoejamento
no município de Seropédica, RJ. (Carbon emission balance
in a charcoal manufacturing unit at the municipality of Seropedica, RJ).
J.T. Souza. Monografia de Conclusão de Curso. UFRRJ. 31 pp. (2008)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2007II/Juliana%20
Torres%20de%20Sousa.pdf
Avaliação do processo de carbonização da
empresa Saint Gobain Ltda. (An evaluation of the carbonization process
of Saint Gobain Company). J.B. Amodei. Monografia de Conclusão
de Curso. UFRRJ. 28 pp. (2008)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/Juliana_Amodei.pdf
Avaliação sócio-ambiental da produção
de carvão vegetal nos municípios de Goianésia do
Pará, Don Eliseu, Ulianópolis, Rondon do Pará e
Paragominas. (Socio-economic evaluation of charcoal production in the
municipalities of Goianesia do Para, Don Eliseu, Ulianopolis, Rondon
do Para and Paragominas). J.M.F. Picanço. Monografia de Titulação.
UFPA. 53 pp. (2008)
http://www.aedi.ufpa.br/v4/arquivos/20090217132917.DOC
Controle e avaliação de um conjunto gaseificador-combustor
de fluxo concorrente, utilizando como combustível a biomassa de
lenha de eucalipto. (Control and evaluation of a set gasifier-combustor
with co-current flow using Eucalyptus wood as a fuel). W.R. Santos. Dissertação
de Mestrado. UFV. 85 pp. (2008)
http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2115
Produção de briquetes dos carvões de casca, maravalha
e serragem de eucalipto (Eucalyptus pellita), pirolisados às temperaturas
máximas de 400ºC e 600ºC. [Production of briquettes
from the bark, wood shavings and eucalypt sawdust coals (Eucalyptus
pellita),
pirolysed at the maximum temperatures of 400ºC and 600ºC].
A.P. Silva. Monografia de Conclusão de Curso. UFRRJ. 24 pp. (2008)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2007I/Monografia_Alessandro_de_Paula_Silva.pdf
Carvão de Eucalyptus: efeito dos parâmetros da pirólise
sobre a madeira e seus componentes químicos e predição
da qualidade pela espectroscopia NIR. (Eucalyptus charcoal: pyrolysis
parameters effects upon wood and woody chemical compounds and quality
prediction with NIR spectroscopy). A.C.M. Campos. Dissertação
de Mestrado. UFLA. 128 pp. (2008)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1555
Caracterização do carvão vegetal através
do uso de espectroscopia no infravermelho próximo. (Charcoal characterization
using the near infrared spectroscopy). D.C. Barcellos. Tese de Doutorado.
UFV. 162 pp. (2007)
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/barcellos,dc-d.pdf
Sistema alternativo para carbonização de madeira. (Alternative
system for wood carbonization). C.O. Assis. Dissertação
de Mestrado. UFLA. 57 pp. (2007)
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp061235.pdf
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=659
Redução do teor de cinzas dos finos de carvão vegetal
por concentração gravítica a seco. (Reduction of
the charcoal ash content by concentration based on gravity methods).
R.C. Barroso. Dissertação de Mestrado. UFMG. 111 pp. (2007)
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/
1843/MAPO-7RCNKC/1/rodrigo_camargos.pdf
Produção de carvão vegetal em cilindros metálicos
verticais: alguns aspectos referentes à sustentabilidade. (Production
of charcoal by vertical cylindrical kilns: some issues related to sustainability).
S.F.O.M. Santos. Dissertação de Mestrado. UTFPR. 95 pp.
(2007)
http://www.pg.cefetpr.br/ppgep/dissertacoes/diss_2007/sueli_ppgep.pdf
Sistema de produção do carvão vegetal em duas áreas
da estrada AM-010, Amazonas. A.R. Silva. Monografia de Conclusão
de Curso. UFAM. 29 pp. (2006)
http://www.arvorelab.ufam.edu.br/usc/library/monografiaanabel.pdf
Avaliação técnica e econômica de um forno
container em escala industrial. (Technical and economic evaluation of
a container kiln for industrial production). R.M. Guimarães Neto.
Dissertação de Mestrado. UFV. 64 pp. (2006)
http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/4/TDE-2006-
05-24T055949Z-16/Publico/texto%20completo.pdf
Melhoramento genético do Eucalyptus para a biomassa
florestal e carvão vegetal. (Genetic improvement of Eucalyptus for the forest
biomass and quality of the charcoal). M.C.G. Botrel. Dissertação
de Mestrado. UFLA. 79 pp. (2006)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=37
Potencialidades de inserção do carvão vegetal em
bolsa de mercadorias. (Potential inserption of charcoal in the commodities
stock markets). M.T.M. Gomes. Dissertação de Mestrado.
UFV. 88 pp. (2006)
http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/4/
TDE-2007-02-02T121647Z-303/Publico/texto%20completo.pdf
O papel do carvão vegetal na cadeia produtiva do ferro. (The role
of charcoal in the iron productive chain). V.C.P. Santos. Dissertação
de Mestrado. UNAMA. 151 pp. (2006)
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=113913
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp064438.pdf
A cadeia produtiva da madeira para energia. (The wood productive chain
for energy). A.A. Fontes. Tese de Doutorado. UFV. 148 pp. (2005)
http://www.ciflorestas.com.br/arquivos/doc_a_energia_32729.pdf
Forno container para produção de carvão vegetal:
desempenho, perfil térmico e controle da poluição (Carbonization container kiln for charcoal production: performance, thermal
profile and pollution control). D.C. Barcellos. Dissertação
de Mestrado. UFV. 85 pp. (2002)
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/barcellos,dc-m.pdf
Diagnóstico sócio-ambiental e tecnológico da produção
de carvão vegetal no município de Pedra Bela, estado de
São Paulo. (Socio-environmental and technological diagnostics
of charcoal production at the municipality of Pedra Bela, state of Sao
Paulo). A.M. Meira. Dissertação de Mestrado. ESALQ/USP.
105 pp. (2002)
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/meira,am.pdf
Relatório final da CPI das carvoarias. ALMG - Assembléia
Legislativa de Minas Gerais. 224 pp. (2002)
http://www.almg.gov.br/legislaturas/leg14/com/download/comissao431-download.pdf
Charcoal and charcoal burning. D.W. Kelley. Shire Publications. 32 pp.
(2002)
http://books.google.com.br/books?id=mrK1b8Qft1cC&
printsec=frontcover&source=gbs_v2_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false
Produção de briquetes de carvão vegetal com alcatrão
de madeira. (Production of charcoal briquettes with wood tar). V.P.S.
Melo. Dissertação de Mestrado. UFV. 64 pp. (2000)
http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_arquivos/4/
TDE-2008-07-21T135507Z-1258/Publico/texto%20completo.pdf
RESUMO: Aplicação de algumas técnicas multivariadas
na avaliação da qualidade da madeira e do carvão
vegetal de Eucalyptus. P.F. Trugilho. Tese de Doutorado. UFV. 160 pp.
(1995)
http://servicos.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=19951232002017012P5
http://en.scientificcommons.org/6498532
Aspectos técnicos da briquetagem do carvão vegetal no Brasil.
P.J.P. Fontes; W.F. Quirino; E.Y.A. Okino. IBAMA - Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. (1989)
http://www.mundoflorestal.com.br/arquivos/aspectos.pdf
Simple
technologies for charcoal making. FAO - Food and Agriculture
Organization. Forestry. Paper 41. (1987)
http://www.fao.org/docrep/X5328e/x5328e00.HTM (em Inglês)
Industrial charcoal making. FAO - Food and Agriculture Organization.
Forestry Paper 63. (1985)
http://www.fao.org/docrep/X5555E/x5555e00.htm#Contents
Métodos simples para fabricar carbón vegetal. FAO - Food
and Agriculture Organization. Estudio Forestal nº 41. (1983)
http://www.fao.org/docrep/X5328S/X5328S00.htm (em Espanhol)
Techniques simples de carbonisation. FAO - Food and Agriculture Organization. Étude
Forêts 41. (1983)
http://www.fao.org/docrep/X5328F/X5328F00.htm (em Francês)
Determinação da idade ótima de corte de eucalipto
para carvão vegetal nas condições da região
de Santa Barbara, Minas Gerais. A.R. Pacheco. Dissertação
de Mestrado. UFV. 62 pp. (1981)
http://www.bdpa.cnptia.embrapa.br/busca.jsp?baseDados=ACERVO & unidade=TODAS&fraseBusca=Determinação
da idade ótima de corte
de eucalipto para carvão vegetal&posicaoRegistro=1&formFiltroAction=N&view=151245
Carvão vegetal. In: O Eucalipto. E.N. Andrade. 2ª Edição.
17 pp. (1961)
http://www.celso-foelkel.com.br/arquivos_Navarro/
eucalipto/parte2/37%20-%20Carv%E3o%20Vegetal.pdf
Charcoal production. E. Beglinger. Oregon State University. Report 1661-11.
06 pp. (1956)
http://ir.library.oregonstate.edu/dspace/bitstream
/1957/1999/1/FPL_1666-11ocr.pdf


Euca-Links
Carvão Vegetal de Eucalipto
Nessa seção, estamos colocando, como sempre,
Euca-Links com algumas organizações, entidades e seus websites
relevantes e que estão disponíveis na "world wide
web". Basta vocês clicarem sobre os endereços de URLs
referenciados para abrirem os links e conhecerem o que selecionamos especialmente
para vocês. Nessa nossa edição inédita acerca
do carvão vegetal de eucalipto, todos os Euca-Links estarão
relacionados a organizações, entidades de pesquisa e empresas
detentoras de tecnologias especificamente desenvolvidas para o carvão
vegetal de eucaliptos. Como em edições passadas da Eucalyptus
Newsletter demos grande destaque aos estados de Mato Grosso, Mato Grosso
do Sul e Minas Gerais, que são grandes produtores de carvão
vegetal no Brasil, naquelas edições destacamos muitas empresas
que produzem carvão vegetal. Por essa razão, não
repetiremos esse tipo de citação. Caso tenham interesse
em localizá-las e visitá-las, por favor acessem os seguintes
endereços de URL onde elas podem ser encontradas: http://www.eucalyptus.com.br/newspt_mar10.html#cinco (sobre produtores de Minas Gerais) e também http://www.eucalyptus.com.br/newspt_abril09.html#quatro (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). Outros estados grandes produtores
de carvão vegetal no Brasil são: Maranhão, Bahia
e Pará. Neles, uma percentagem significativa do carvão
vegetal ainda é de origem de madeiras nativas de florestas naturais.
Em momento oportuno, quando nos dedicarmos a escrever sobre esses estados
na seção "O Mundo dos Eucaliptos", discutiremos
mais sobre essa temática.
Segue a nossa seleção de Euca-Links dessa presente edição:
AMS - Associação Mineira de Silvicultura. Ricas e variadas
estatísticas sobre o carvão vegetal em Minas Gerais e no
Brasil, inclusive sobre seu preço. (em Português)
http://www.silviminas.com.br (Home page)
http://www.silviminas.com.br/arquivo/numerossetor.aspx?ano=15 (Estatísticas
e preços)
ArcelorMittal Bioenergia. Florestas plantadas e certificadas (FSC) de
eucaliptos, carvão vegetal, mudas e madeiras certificadas. (em
Português e Inglês)
http://www.arcelormittalbioenergia.com.br/ (Website)
http://www.sindicarv.com.br/arquivos/anexos/18.pdf (Tecnologia ArcelorMittal
para produção de carvão vegetal através fornos
retangulares de alvenaria e metal)
Bricarbrás - Briquetagem e Carbonização do Brasil
Ltda. Empresa do grupo Hübner que se dedica à briquetagem
de resíduos de biomassa e à produção de sistemas
de carbonização da madeira, valendo-se de tecnologia própria
referida como menos poluente. (em Português)
http://www.bricarbras.com.br/ (Home page)
http://www.bricarbras.com.br/carvaovegetal.php (Sistema de produção
de "carvão vegetal ecológico")
http://www.bricarbras.com/videobricarbras.php (Vídeo sobre o sistema
de carbonização da Bricarbrás)
Carbojota. Produtora dos fornos conhecidos como JG desenvolvidos pelo
Sr. José Gonçalves na empresa. (em Português)
http://www.sindicarv.com.br/arquivos/anexos/15.pdf (Fornos JG)
CarvonBrás. Tecnologia de secagem da madeira e produção
de carvão vegetal de forma contínua. (em Português)
http://www.sindicarv.com.br/arquivos/anexos/19.pps (Palestra
sobre a tecnologia de produção em forma contínua de carvão
pelo sistema CarvonBrás)
http://painelflorestal.com.br/upload/forum.pps (Palestra sobre a tecnologia
de produção em forma contínua de carvão pelo
sistema CarvonBrás)
CENBIO - Centro Nacional de Referência em Biomassa. Criado em 1996,
o CENBIO é um grupo de pesquisa em bioenergia localizado na Universidade
de São Paulo, no Instituto de Eletrotécnica e Energia.
(em Português)
http://cenbio.iee.usp.br/ (Home page)
http://cenbio.iee.usp.br/documentos/seminarios.htm (Seminários
e palestras disponibilizadas)
http://cenbio.iee.usp.br/documentos/apresentacoes.htm (Apresentações)
http://cenbio.iee.usp.br/publicacoes.htm (Publicações)
http://cenbio.iee.usp.br/atlasbiomassa.htm (Atlas da Biomassa - Fontes
potenciais para o Brasil)
CIFlorestas - Centro de Inteligência em Florestas. Tem como meta
polarizar e divulgar conhecimentos e informações mercadológicas
sobre o setor de base florestal brasileiro, para gerar riqueza de forma
sustentável e renovável para as gerações
atuais e futuras, tornando-se um centro de referência nacional
em conhecimentos, tecnologias, inovação e negócios
florestais. (em Português)
http://www.ciflorestas.com.br/ (Home page)
http://www.ciflorestas.com.br/cotacoes.php (Cotações de
produtos florestais entre os quais o carvão vegetal em diversos
estados brasileiros)
http://www.google.com.br/#num=100&hl=pt-BR&q=+carv%C3%A3o+site%3A
http%3A%2F%2Fwww.ciflorestas.com.br%2F+filetype%3Apdf&meta=&aq=
f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=&fp=6cedc01d4ed7e1aa (Pesquisa feita com o Google sobre publicações em pdf acerca
de carvão vegetal no website do CIFlorestas)
DPC Biomassa. Empresa de base tecnológica energética e
térmica que desenvolveu a tecnologia DPC para produção
de carvão vegetal através da separação em
fases e utilização dos gases gerados como fontes de energia
ao próprio processo. (em Português)
http://www.dpcbiomassa.com.br/ (Home page)
http://www.dpcbiomassa.com.br/40_mais.htm (Tecnologia DPC para produção
de carvão vegetal)
http://www.dpcbiomassa.com.br/carvao_energetico.htm (Tecnologia DPC para
produção de carvão vegetal energético moído
para utilização em caldeiras de força)
http://www.sindicarv.com.br/arquivos/anexos/13.pdf (Tecnologia DPC -
Nem todas as versões do Adobe Reader abrem esse arquivo)
http://painelflorestal.com.br/upload/dpc.pdf (Tecnologia
DPC - Nem todas as versões do Adobe Reader abrem esse arquivo)
http://www.painelflorestal.com.br/exibeVideo.php?id=203 (Tecnologia DPC)
Florestas Energéticas. Blog do nosso estimado amigo Dr. Moacir
José Sales Medrado, onde ele nos brinda com muitos conhecimentos
sobre o uso energético da madeira e também acerca do carvão
vegetal. (em Português)
http://florestasenergeticas.blogspot.com/ (Blog)
INEE - Instituto Nacional de Eficiência Energética. Entidade
com o objetivo de promover o aumento da eficiência na transformação
e na utilização de todas as modalidades de energia em benefício
da economia, do meio ambiente e da maior segurança quanto ao acesso à energia
para o bem-estar da sociedade. (em Português)
http://www.inee.org.br (Home page)
http://www.inee.org.br/eventos_agenda.asp?Cat=eventos (Eventos do INEE)
Painel Florestal. Portal de base florestal localizado no estado do Mato
Grosso do Sul com muitas notícias, artigos, vídeos, atualidades
e oportunidades de negócios. (em Português)
http://www.painelflorestal.com.br/ (Home page)
http://www.google.com.br/#num=100&hl=pt-BR&q=carv%C3%A3o+site
%3Awww.painelflorestal.com.br%2F&meta=&aq=&aqi=&aql=&oq=carv%
C3%A3o+site%3Awww.painelflorestal.com.br%2F&gs_rfai=&fp=6cedc01d4ed7e1aa (Pesquisa feita com o Google sobre carvão vegetal no website do
Painel Florestal)
RENABIO - Rede Nacional de Biomassa para Energia. Organização
civil sem fins lucrativos que consiste de uma rede de entidades (órgãos
governamentais, universidades, instituições de pesquisas
e desenvolvimento tecnológico, empresas privadas e organizações
não-governamentais) interessadas em pesquisa e desenvolvimento
de programas na área de energia a partir de biomassa. (em Português)
http://www.renabio.org.br/ (Home page)
http://www.renabio.org.br/publicacoes.php?l=revista (Revista
Biomassa & Energia)
http://www.google.com.br/#hl=pt-BR&source=hp&q=carv%C3%A3o+site%3
Ahttp%3A%2F%2Fwww.renabio.org.br&btnG=Pesquisa+Google&meta=&aq=
f&aqi=&aql=&oq=carv%C3%A3o+site%3A&gs_rfai=&fp=6cedc01d4ed7e1aa (Pesquisa feita com o Google sobre carvão vegetal no website da
RENABIO)
RIMA Industrial. Empresa industrial para diversos produtos derivados
da mineração do magnésio, silício e ferro.
A empresa é usuária de carvão vegetal e desenvolveu
uma tecnologia de produção de carvão vegetal denominada "container" de
carbonização. (em Português, Espanhol e Inglês)
http://www.rima.com.br/ (Home page)
http://www.rima.com.br/htmls/div_florestal.html (RIMA Divisão
Florestal)
http://www.sindicarv.com.br/arquivos/anexos/17.pdf (Forno "container")
SINDIFER
- Sindicato da Indústria do Ferro no Estado de Minas Gerais. (em Português)
Excelente website do SINDIFER - MG mostrando as vantagens do uso do carvão
vegetal oriundo da silvicultura, com inúmeros vídeos, publicações,
ilustrações, dados estatísticos, etc.
http://www.sindifer.com.br/inst.html (Home page institucional)
http://www.sindifer.com.br/amb.html (Aspectos da utilização
do carvão vegetal)
SindiCARV - Sindicato das Indústrias e dos Produtores de Carvão
Vegetal de Mato Grosso do Sul. (em Português)
O SindiCARV representa o interesses dos produtores de carvão vegetal
no estado de Mato Grosso do Sul, um dos maiores produtores desse item
valiosíssimo dos eucaliptos no Brasil.
http://www.sindicarv.com.br/ (Home page)
http://www.sindicarv.com.br/tecnologias.php (Tecnologias)
http://www.sindicarv.com.br/precos.php (Preços do carvão
vegetal)
http://www.sindicarv.com.br/numeros.php (Números do setor de carvão
vegetal em MS)
http://www.sindicarv.com.br/videos.php (Vídeos com entrevistas,
palestras e reportagens)
V&M Florestal - Vallourec & Mannesmann. Plantações
de florestas certificadas de eucaliptos e produção de carvão
vegetal, alcatrão e solução pirolenhosa. (em Português
e Inglês)
http://www.vmtubes.com.br/vmbInternet/calandra.nsf/
0/9DE14784473A1858032572FA007FB181?
OpenDocument&pub=T&proj=Internet (V&M Florestal)
http://www.sindicarv.com.br/arquivos/anexos/16.pdf (Tecnologia V&M
para produção de carvão vegetal através fornos
retangulares de alvenaria e metal)
http://painelflorestal.com.br/upload/tulio.pdf (P&D sobre carvão
vegetal na V&M Florestal - Palestra Fórum Nacional sobre
Carvão Vegetal em 2008)

Referências
sobre Eventos e Cursos
Carvão
Vegetal de Eucalipto
Essa seção tem como meta principal
apresentar a vocês todos a possibilidade de se navegar em eventos
que já aconteceram em passado recente (ou não tão
recente), e para os quais os organizadores disponibilizaram o material
do evento para abertura, leitura e downloading em seus websites.
Trata-se de uma maneira bastante amigável e com alta responsabilidade
social e científica dessas entidades, para as quais direcionamos
os nossos sinceros agradecimentos. Gostaria de enfatizar a importância
de se visitar o material desses eventos. A maioria deles possui excepcionais
palestras em PowerPoint, ricas em dados, fotos, imagens e referências
para que você possa aprender mais sobre os temas abordados.
Outras, disponibilizam todo o livro de artigos técnicos, verdadeiras
fontes de conhecimento para nossos leitores. Estamos também
destacando nessa seção a crescente disponibilidade
de materiais acadêmicos colocados de forma pública por
inúmeros professores universitários, que oferecem suas
aulas e materiais didáticos para uso pelas partes interessadas
da Sociedade através da internet.
Os eventos e cursos a vocês apresentados nessa edição
são todos relacionados de forma direta ao carvão vegetal
dos eucaliptos. Não são muitos, o tema é por
demais específico, mas apresentam valiosas contribuições
para aqueles que queiram conhecer mais sobre o carvão vegetal.
Seminário Franco-Brasileiro sobre Tratamento Térmico
de Biomassa. (em Francês e Português)
Evento organizado pela ESALQ/USP, IPEF - Instituto de Pesquisas e
Estudos Florestais e AgroParisTech – França, em outubro
de 2009, na cidade de Piracicaba, SP. Esse acontecimento técnico-científico
fez parte do Ano da França no Brasil de 2009, acontecendo
paralelamente ao Workshop "Brasil-França 2009: Cooperação
em Ciências Agrárias e Florestais - O caso da ESALQ/USP
e seus parceiros franceses”.
http://www.ipef.br/eventos/2009/biomassa.asp (Webpage do evento)
http://www.ipef.br/eventos/2009/biomassa/9-Alfredo%20Napoli.pdf (Palestra
de A. Napoli sobre "Melhorias no processo de pirólise
de biomassa para produção de carvão vegetal")
http://www.ipef.br/eventos/2009/biomassa/10-Wanderley_Paranaiba_Cunha.pdf (Palestra de W.L.P. Cunha sobre "Secagem da madeira e produção
do bioredutor de carvão vegetal")
IV
Congresso Internacional de Bioenergia. (em Português
e Inglês)
Excelente evento sobre bioenergia organizado pela Porthus Eventos
com diversos parceiros, e que aconteceu em agosto de 2009 na cidade
de Curitiba, PR.
http://www.porthuseventos.com.br/site/eventos/2009/
eventobioenergia.com.br/congresso/br/palestras.php (Programação das palestras, sessão técnica
e workshop)
http://www.porthuseventos.com.br/site/eventos/2009/
eventobioenergia.com.br/congresso/br/tecnica/PauloTrugilho.ppt (Palestra de P.F. Trugilho sobre "Efeito da idade e espécie
na densidade da madeira, na produção e qualidade do
carvão vegetal de eucalipto)
Fórum Nacional sobre Carvão Vegetal. (em Português)
Um evento excepcional sobre carvão vegetal de eucalipto organizado
pela SIF - Sociedade de Investigações Florestais em
outubro de 2008, na cidade de Belo Horizonte, MG e com a parceria
do portal Painel Florestal. Aborda praticamente todas as fases da
produção, comercialização e novas tecnologias
para fabricação de carvão vegetal a partir das
madeiras de plantações de eucaliptos. As palestras
e diversos vídeos podem ser encontrados no website do portal
Painel Florestal. Visitem e aproveitem, pois trata-se de algo que
agrega enormes conhecimentos e uma possibilidade notável para
se atualizar sobre a produção de carvão vegetal
no Brasil.
http://www.sif.org.br/eventos/evento_carvao/programacao.html (Programação
do evento)
http://painelflorestal.com.br/exibeNews.php?id=1442&cod_editorial=&url=news.php&pag=0&busca= (Saiba mais detalhes sobre o fórum)
http://painelflorestal.com.br/exibeNews.php?id=1784 (Programa e palestras
no website Painel Florestal)
http://www.painelflorestal.com.br/exibeVideo.php?id=203 (Vídeo
Painel Florestal sobre o Fórum Nacional sobre
Carvão Vegetal)
MADEN
2008. Seminário
Madeira Energética. (em Português)
Evento realizado no Rio de Janeiro sob a coordenação
da ABC - Associação Brasileira de Ciências e
do INEE - Instituto Nacional de Eficiência Energética,
englobando inúmeros aspectos da utilização da
madeira e das florestas plantadas de eucalipto como fonte de energia
renovável. As muitas palestras dos mais renomados especialistas
sobre o tema no Brasil estão disponibilizadas para seu conhecimento.
Uma oportunidade imperdível.
http://maden2008.inee.org.br/programa.html (Programação
e palestras para downloading)
http://www.inee.org.br/MADEN2008/programa.html (Programação
e palestras para downloading)
http://www.inee.org.br/eventos_maden08.asp?Cat=eventos (Sobre o evento)
http://www.inee.org.br/down_loads/biomassa/Carvoejamento%2
0e%20Pirólise-JDRocha.pdf (Palestra de J.D. Rocha sobre "Carvoejamento, carbonização
e pirólise)
http://www.inee.org.br/down_loads/biomassa/apresenta%20semin%
20energia%20RJ%2003_09_2008.pdf (Palestra de C.F.R. Cardoso sobre "Panorama do setor florestal
energético no Brasil")
http://www.inee.org.br/down_loads/biomassa/Apresent_Seminario
%20Madeira%20Energetica_INEE-RJ.pdf (Palestra de M.A. Monteiro sobre "Limitações para
o uso de florestas energéticas para abastecer o setor de ferro
gusa")

Nova
Seção: Vídeos Técnicos Online
Carvão
Vegetal de Eucalipto
Com a modernização das formas de se disseminar
conhecimentos e informações na web, passou a existir um enorme
espaço para se aprender através de vídeos disponibilizados
através da Internet. Nada mais natural então termos uma seção
na Eucalyptus Newsletter que possa lhes indicar euca-links onde vocês
poderão conhecer mais sobre um determinado assunto através de
vídeos e filmes. Começaremos nessa edição lhes
referenciando diversos vídeos interessantes sobre a produção
de carvão vegetal, suas tecnologias e qualidades. Esperamos que desfrutem
dessa seleção.
Novas técnicas para produção de carvão siderúrgico.
Vídeos Painel Florestal TV. Acesso em 08.04.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/exibeVideo.php?id=384
DPC Tecnologia em Carvão Vegetal. Novo Sistema de Carbonização. YouTube Vídeos. Acesso em 08.04.2010:
http://www.youtube.com/watch?v=2tCeW2cWhc8&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=xrHUWOifTjw (Projeto Ibéria)
A importância do carvão vegetal. YouTube Vídeos. Acesso
em 08.04.2010:
http://www.youtube.com/watch?v=5Mejqv2pKv0&feature=related
DVD carvão vegetal. Vídeos Painel Florestal TV. Acesso em 08.04.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/exibeVideo.php?id=382
Saiba mais sobre o carvão vegetal. Vídeos Painel Florestal TV.
Acesso em 08.04.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/exibeVideo.php?id=375
O carvão vegetal no Mato Grosso do Sul. Vídeos Painel Florestal
TV. Acesso em 08.04.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/exibeVideo.php?id=234
Novas tecnologias de carbonização. Vídeos Painel Florestal
TV. Acesso em 08.04.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/exibeVideo.php?id=220
Especial sobre o carvão vegetal. Parte 01. Vídeos Painel Florestal
TV. Acesso em 08.04.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/exibeVideo.php?id=189
Especial sobre o carvão vegetal. Parte 02. Vídeos Painel Florestal
TV. Acesso em 08.04.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/exibeVideo.php?id=188
Making charcoal at home. YouTube Vídeos. Acesso em 08.04.2010:
http://www.youtube.com/watch?v=YsphDAFz1DA&feature=related
Carvoeiros (The charcoal people). YouTube Vídeos. Acesso em 08.04.2010:
Série de sete filmes realizados pelo canal de produções
de filmes TheCognoscere Channel (http://www.youtube.com/user/TheCognoscere)
mostrando a vida difícil e de baixa sustentabilidade de pessoas que
produzem carvão vegetal a partir de matas nativas, em um sistema que
está sendo rapidamente substituído pelo carvão de florestas
plantadas de eucalipto em fornos com alta tecnologia.
http://www.youtube.com/results?search_query=the+charcoal+people&aq=f
Carvão mineral e carvão vegetal. Trabalhos de Química.
YouTube Vídeos. Acesso em 08.04.2010:
http://www.youtube.com/watch?v=mtCvEdNdEZg (IxIAFTERLIFEIxI )
http://www.youtube.com/watch?v=306uBM7WDtQ&feature=related (marquinhosfjb
)
http://www.youtube.com/watch?v=WdYsWJC6BpI&feature=related (savioleonardo)
Carvão vegetal: benefícios. YouTube Vídeos. Acesso em
08.04.2010:
http://www.youtube.com/watch?v=syNwIoCBjWE (www.portalnatural.com.br)

Introdução:
Da mesma forma que o ácido pirolenhoso, o alcatrão
vegetal também é um subproduto recuperado da fumaça
da pirólise realizada em fornos para a produção
de carvão vegetal (Wikipédia, 2010). O alcatrão é obtido
através de diversos processos de separação
dos produtos constituintes dessa fumaça. É um composto
de coloração escura, variando do castanho ao negro,
espesso e viscoso como um xarope e possuindo um odor forte bastante
característico de fumaça. Além disso, é formado
por inúmeras substâncias químicas, sendo que
algumas delas podem ser tóxicas e perigosas à saúde
humana (Campestre, 2010). Segundo UFMG (2001), o alcatrão
vegetal é um resíduo da fabricação
do carvão vegetal que possui grande fama de poluidor do
ar. Isso porque, durante o processo de carbonização
da madeira, apenas cerca de 30 a 35% do peso seco dessa matéria-prima
tem aproveitamento direto, ou seja, se transforma em carvão
vegetal como uma fase sólida final desse processamento.
O restante se transforma em compostos voláteis, os quais
podem ser perdidos para a atmosfera na forma da fumaças,
poluindo o ar, caso a descontaminação e aproveitamento
dessas fumaças não sejam realizados de maneira correta.
Assim, a crescente preocupação com o meio ambiente
tem feito com que novas pesquisas visando a tecnologias de recuperação
da fumaça do carvão, bem como novas formas de aproveitamento
do alcatrão, gerando renda extra, estejam sendo cada vez
mais estimuladas (Campestre, 2010; Rezende & Carazza, 2008;
Carazza, 2008; Machado et al., 2001).
Diferentemente do que ocorre em outras partes do mundo, o Brasil
utiliza o carvão vegetal como fonte de energia e como redutor
na indústria siderúrgica. Na siderurgia norte-americana
e de outros países europeus ocorre um maior uso do carvão
mineral ou coque, pela maior disponibilidade do mesmo na qualidade
e no preço requeridos para essa atividade industrial. Nesses
países faltam espaço, mão-de-obra e condições
ambientais adequadas para o cultivo de árvores de rápido
crescimento para a produção de carvão vegetal
para fins siderúrgicos. Isso não acontece no Brasil,
que apresenta as condições edafo-climáticas
e tecnologias ideais para o desenvolvimento das florestas de eucalipto.
Dessa forma, uma crescente percentagem da madeira usada para a
fabricação do carvão vegetal no Brasil já provém
de florestas plantadas de eucaliptos, ajudando na preservação
das matas nativas remanescentes (Rezende & Carazza, 2008; Carazza,
2008; Alcatrão, 2004). Além disso, o carvão
vegetal é considerado um produto oriundo de fontes naturais
renováveis (a madeira), ao contrário do carvão
mineral que é fóssil e provém da extração
do subsolo. Com isso, o carvão vegetal de florestas plantadas
causa menores danos ao meio ambiente, principalmente se suas fumaças
forem utilizadas de maneira correta para aproveitamento de subprodutos
(Campestre, 2010; UFMG, 2001). Dessa maneira, a madeira do eucalipto é uma
das principais matérias-primas para o alcatrão no
Brasil, sendo o objetivo principal desse texto técnico o
de abordar formas de sua obtenção, utilização
e pesquisas realizadas sobre o assunto. Importante ressaltar que
ainda existem enormes potencialidades para crescimento dessa produção,
pois apenas algumas empresas estão realmente fazendo uso
dessas fumaças para maior ecoeficiência e performances
de suas unidades de produção de carvão vegetal
denominado por isso mesmo por algumas empresas de carvão
ecológico.
Obtenção do alcatrão:
O alcatrão é obtido através da liquefação
via condensação dos gases expelidos pelos fornos
modernos de carvoejamento. Isso acontece depois que a fumaça
passa por condensadores ou recuperadores, formando assim o líquido
ou extrato pirolenhoso. Esse líquido é decantado,
extraindo-se além do ácido pirolenhoso, também
o alcatrão solúvel que se concentra na parte final
dos tonéis de decantação por apresentar maiores
densidades. A obtenção do alcatrão solúvel
e do insolúvel ocorre pelo monitoramento das temperaturas
dos fornos (Jankowsky, 1986).
Segundo State of the art...citado por Travelho (2008), a espécie
Eucalyptus grandis em carbonização em laboratório
produziu em percentagem de massa (base seca): 33 % de carvão;
35,5 % de ácido pirolenhoso; 6,4 % de alcatrão
insolúvel e 25 % de gases não condensáveis.
De acordo com Instituto Endeavor (2004) para a obtenção
do alcatrão, a empresa BioCarbo, situada em Minas Gerais,
possui um equipamento chamado de recuperador de alcatrão
vegetal, onde a fumaça expelida é controlada a
temperaturas que variam de 105 a até mais de 240°C.
O calor em que a fumaça é submetida pode converter
o alcatrão em três frações distintas:
estado líquido (fração aquosa), fase oleosa
(dividida em três subfases) e fase de piche residual.
A decomposição térmica da madeira através
da pirólise tem início já aos 100°C,
eliminando-se primeiro a sua umidade até cerca de 170°C.
As liberações de gás carbônico e monóxido
de carbono, bem com o início da destilação
do ácido acético, metanol e alcatrão pela
fumaça passam a ocorrer quando as temperaturas estão
entre 170°C e 270°C, ocasionando a decomposição
(hidrólise seca) dos polissacarídeos da madeira.
Quando a temperatura atinge 280°C há a liberação
dos gases de combustão condensáveis da madeira,
incluindo-se o alcatrão insolúvel (Jankowsky, 1986).
Os gases da fumaça que foram condensados são comumente
chamados de licor pirolenhoso bruto. O alcatrão insolúvel
também pode ser extraído desse líquido pelo
processo de decantação.
Pimenta et al. (1992) realizaram em laboratório a carbonização
da madeira de E. grandis de povoamentos de seis anos. Os toretes
de madeira foram submetidos a taxas de aquecimento que variavam
de 150° a 450°C por um período total de oito horas.
Os gases foram extraídos e levados a um condensador metálico
de 1 m de comprimento, possuindo em seu interior 12 tubos para
efetuar a coleta do líquido pirolenhoso. Esse foi decantado
por 24 horas, extraindo-se o alcatrão bruto por sucção.
No mesmo experimento relatou-se a forma de obtenção
de alcatrão em processos industriais: os fornos de carvoejamento
possuem sistemas de tripla ciclonagem, recuperando-se assim os
gases da fumaça da carbonização da madeira
através da decantação. Os separadores do
tipo ciclone utilizam-se da força centrípeta para
separar a fase sólida (matéria particulada) dos
gases da fumaça (Travelho, 2008).
Pimenta et al. (1992) ressaltaram que durante o ciclo de carbonização
de 10 dias (cinco queimando e cinco resfriando) os recuperadores
de fumaça trabalham de 30 a 40 horas em temperaturas da
chaminé que variam de 80 a 150 °C, conseguindo recuperar
até 1500 kg de alcatrão insolúvel de cada
fornada (Jankowsky, 1986). No mesmo trabalho, o rendimento para
o alcatrão insolúvel obtido por decantação
pode variar de quatro a até 20% do peso inicial da matéria
seca utilizada. Isso vai variar com a tecnologia empregada, espécie
da madeira, idade, entre outros fatores. Após, ele pode
ser submetido à etapa de fracionamento pela destilação
de acordo com a finalidade pretendida.
Fracionamento
do alcatrão por destilação:
O alcatrão insolúvel possui sua composição
bastante variável, geralmente contendo 50% de derivados
fenólicos como fenóis, creosóis, guaiacóis,
entre outros. Em madeiras de espécies de eucalipto, há a
predominância do composto fenólico siringol e seus
derivados (Machado et al., 2001)
O processo de fracionamento do alcatrão ocorre geralmente
por processos de destilação. A aplicação
de solventes para a separação de alguns dos compostos
do alcatrão também pode ser utilizada (Carazza,
2008).
Segundo Jankowsky (1986), o alcatrão de origem vegetal
pode ser dividido em três diferentes frações: óleos
leves, óleos pesados e piche. Os compostos obtidos a partir
da fração de óleos pesados são os
derivados do creosoto, substância utilizada para a conservação
de madeiras devido à sua elevada toxicidade. A destilação
dos óleos pesados ocorre a partir de 120°C. O mesmo
autor relatou que o comportamento de destilação
do creosoto não parece ser influenciado pela espécie
de madeira, conseguindo um produto de boa qualidade e homogêneo
com relativa facilidade.
Segundo Machado et al. (2001), o alcatrão bruto pode ser
dividido por meio de destilação fracionada em óleos
leves, óleos pesados, óleos de alto ponto de ebulição
e o piche residual. Durante a destilação, os compostos
tóxicos e cancerígenos, assim como as substâncias
químicas de interesse, podem ser extraídas do restante
através do seu diferenciado ponto de ebulição.
Logo, os óleos leves destilam-se entre 50° e 160 °,
os médios entre 160° e 250 °C e os pesados de
250° a 350 °C.
Objetivando a extração do creosoto vegetal, o alcatrão
proveniente de Eucalyptus sp. foi destilado a temperaturas entre
180º a 300º C, utilizando-se para tanto um balão
bitubulado de fundo chato. As águas ácidas (ácido
pirolenhoso) foram obtidas a 180°C e o piche residual nas
temperaturas mais elevadas (Santos et al., 2003).
Em estudos desenvolvidos por Pasa e Carazza em 1997, o processo
de destilação do alcatrão bruto proveniente
da carbonização da madeira de eucalipto foi avaliado.
A percentagem da fase aquosa extraída foi de 20%, seguida
pela de óleo bruto (30%) e 50% de piche.
Utilizações do Alcatrão:
Logo após a sua obtenção, o alcatrão
bruto não possui muitas utilizações, podendo
apenas ser empregado para geração de energia através
de sua queima (Rezende & Carazza, 2008). Muitas siderúrgicas
extraem o alcatrão para essa finalidade, obtendo economia
de gastos energéticos. Porém, o alcatrão pode
ter finalidades muito mais nobres, quando tem seus compostos fracionados
para a utilização na indústria química,
farmacêutica, alimentícia, madeireira, entre outras
(SEBRAE, 2004).
Segundo Rezende & Carazza (2008), dos fracionamentos do alcatrão
bruto ou extrato pirolenhoso obtêm-se até cinco
fases: uma aquosa, três oleosas e o piche residual. Todas
possuem utilidades econômicas. A fase aquosa, também
chamada de águas ácidas, possui como componente
principal o ácido pirolenhoso, o qual é purificado
e decantado, podendo ser utilizado no combate de pragas agrícolas
ou como biofertilizante (Glass, 2004). Já as frações
oleosas têm capacidade para serem utilizadas como aromatizantes
de alimentos, podendo também serem flavorizantes ao conferir
sabores como de “bacon” e de defumados a carnes,
embutidos e outros segmentos do “fast food” como
sanduíches, chips e salgadinhos. De acordo com Minas Faz
Ciência (2004) a técnica de purificação
elimina alguns compostos cancerígenos presentes na defumação
natural, além de ser mais compatível à dinâmica
da indústria de alimentos moderna.
Das frações oleosas são extraídos
compostos utilizados como fragrâncias de sabonetes e perfumes.
Alguns compostos também já são usados no
segmento de saúde animal, sendo matéria-prima na
composição do mata-bixeira (SEBRAE, 2004). O alcatrão
e alguns de seus compostos possuem propriedades anti-sépticas,
antiparasitárias, antiseborréicas, germicidas e
de repelência a insetos (Campestre, 2010). É por
isso que um de seus compostos (trimetropima – antibiótico
do popular Bactrim) já é utilizado na indústria
farmacêutica brasileira (SEBRAE, 2004).
De uma das frações oleosas do alcatrão também
se extrai o conhecido creosoto vegetal. Apesar de muito utilizado
para a preservação da madeira contra o ataque de
microorganismos e de outros agentes depreciadores, esse composto
também é utilizado no Japão no tratamento
de distúrbios intestinais (Rezende & Carazza, 2008).
O creosoto vegetal já foi muito empregado no passado para
a conservação de madeiras; porém, perdeu
espaço para o creosoto mineral (um derivado do petróleo,
da hulha ou do carvão mineral) principalmente pela maior
estabilidade no mercado e também pela sua maior eficácia.
Vários testes já foram realizados buscando o desempenho
de madeiras tratadas com creosoto vegetal comparado ao creosoto
mineral. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA),
realizou pesquisas comprovando que a vida útil de postes
tratados com creosoto vegetal de folhosas correspondia a 60%
dos tratados com creosoto mineral. Com relação
a testes realizados com estacas de madeira com retenções
de 112 kg/m³ e 220 kg/m³, a durabilidade média
foram de 31% e 43% respectivamente, comparadas às de estacas
contendo creosoto mineral (Jankowsky, 1986). O mesmo autor, comparou
a preservação de madeiras tratadas com creosoto
de eucalipto e com o creosoto mineral. Foram realizados testes
de apodrecimento de madeiras e ao ataque de cupins e fungos causadores
de podridões. Os resultados evidenciaram que o creosoto
vegetal não foi eficaz no combate ao fungo causador da
podridão mole; porém, apresentou resistência
ao ataque de cupins e de fungos causadores da podridão
branca e parda. Apesar disso, o creosoto mineral apresentou melhores
resultados em todos os requisitos avaliados. O autor ressaltou
que com o crescimento da utilização do carvão
vegetal no Brasil, levando a recuperação crescente
do alcatrão, pode contribuir para a retomada dos estudos
e, quem sabe, dos usos futuros do creosoto vegetal na conservação
de madeiras.
O creosoto do eucalipto é rico em compostos fenólicos.
Logo, passou a ser fonte de pesquisas para a elaboração
de adesivos para a colagem de produtos de madeiras como painéis,
chapas e compensados substituindo os adesivos fenólicos
derivados de recursos não renováveis (Pimenta et
al., 2003). Muitos estudos já apontam resultados promissores;
todavia, inferiores quando comparados com o adesivo sintético.
Entretanto, o creosoto vegetal poderia substituir parcialmente
(até 30%) o composto derivado do petróleo (Pimenta
et al., 1997).
O piche vegetal é considerado resíduo tóxico
sendo uma fração fenol-polimérica rica em
oxigênio (17%) formada por oligômeros (Pimenta et
al., 1997). Logo, está sendo muito estudado pela indústria
química para substituir compostos não renováveis
na produção de espumas flexíveis, de refratários
e de revestimentos de fibra de carbono (Carazza, 2008).
UFMG (2001) notificou estudos conduzidos naquela universidade
investigando formas de utilizar o piche vegetal como matéria-prima
da indústria de polímeros para a fabricação
de materiais plásticos para automóveis, artefatos
de cozinha, tintas e resinas.
Capobianco (2006) estudou as fibras de carbono ativadas obtidas
do piche vegetal, assim como os custos de implantação
de uma unidade para produção comercial do produto.
Para a fabricação, o piche foi primeiramente tratado
com solventes para a posterior etapa da fiação.
Depois de fiado, o material seguiu para a estabilização
e para a carbonização, tendo então suas
propriedades analisadas. Os resultados indicaram alta capacidade
de adsorção das fibras, podendo substituir outros
materiais já utilizados no comércio.
Machado e colaboradores avaliaram a resistência mecânica
de misturas de solo e alcatrão de madeira em estradas
florestais no ano de 2001. Apesar dos resultados de resistência
terem sido inferiores aos exigidos pelo Departamento Nacional
de Estradas de Rodagem (DNER), a resistência mecânica
solo-alcatrão fracionado apresentou resultados promissores,
mostrando potencialidades como material para melhoria na qualidade
de estradas secundárias em muitos municípios.
Considerações finais:
O carvão vegetal proveniente de florestas plantadas de
eucalipto alimenta a maioria dos fornos de ferro-gusa e de ligas
metálicas no estado de Minas Gerais, por exemplo, gerando
ainda energia em outros processos industriais (Instituto Endeavor,
2004). Dessa forma, há um enorme potencial para aproveitamento
das fumaças geradas durante a produção do
carvão vegetal. Entretanto, apesar do avanço de tecnologias
e pesquisas para tornar os produtos do alcatrão mais atraentes
economicamente às empresas, ainda são poucas as que
o utilizam, mesmo com toda a problemática ambiental envolvida
(Carazza, 2008). Logo, o alcatrão ainda é muito desperdiçado
no Brasil (Campestre, 2010).
Já existem diversos empregos do alcatrão na indústria
alimentícia, na farmacêutica, na veterinária,
na fabricação de polímeros e adesivos, dentre
outras, que enfatizam a grande potencialidade do fracionamento
do alcatrão para o uso de seus derivados em diversos ramos
da indústria química. Exemplos disso são
já realidades na empresa BioCarbo (Alcatrão, 2004)
e na empresa Nipon Steel, sendo que a última, há mais
de 10 anos agrega valor à sua produção,
beneficiando o alcatrão. Isso já corresponde a
16% do faturamento total da empresa (SEBRAE, 2004).
Assim, os apoios aos órgãos de pesquisa para otimização
e aperfeiçoamento das tecnologias para extração
e utilização do alcatrão deveriam continuar
sendo incentivados. As parcerias entre essas instituições
de P&D e empresas públicas e privadas financiadoras
também poderiam ser realizadas, buscando a difusão
dos resultados dos estudos e a troca de conhecimentos em busca
da fabricação de produtos cada vez ambientalmente
mais corretos e sustentáveis. Segundo Carazza (2008) mais
de 100 novos compostos já foram separados e desenvolvidos
em laboratório através das diversas fases da purificação
do alcatrão, havendo ainda muito a ser pesquisado sobre
o assunto.
A seguir, disponibilizamos uma série de artigos técnicos,
notícias e resultados de pesquisas envolvendo tecnologias
de uso do alcatrão, formas de destilação,
de obtenção, definições, entre outros
temas que se relacionam a esse importante subproduto da pirólise
e carbonização da madeira dos eucaliptos. Confiram
ainda as apresentações em PowerPoint que possuem
inúmeras figuras e fotos de fornos de carvoejamento, recuperadores
de fumaça, assim como exemplos de produtos derivados do
alcatrão.
Referências da literatura e sugestões
para leitura:
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http://www.campestre.com.br/alcatrao-vegetal.shtml
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(s/d)
http://www.eucalyptus.com.br/eucaexpert/Pergunta%20600.doc
Capítulo
Número 18 do Eucalyptus Online Book por Celso Foelkel
Produção
de Carvão Vegetal Utilizando Madeira de Florestas
Plantadas de Eucalipto
O
Brasil é o maior produtor mundial de carvão vegetal,
tendo a madeira dos eucaliptos como sua principal matéria-prima.
No Balanço Energético Nacional publicado em 2009
pelo Ministério de Minas e Energia do Brasil, no ano
base de 2008, o carvão vegetal correspondeu a 2,75%
do consumo de todos os energéticos no País, quando
expressos em toneladas equivalentes de petróleo. A produção anual
brasileira desse importante bioenergético está entre
8 a 11 milhões de toneladas, o que corresponde a volumes
de 32 a 43 milhões de metros cúbicos. Essa variabilidade é muito
função das instabilidades da economia, que afetam
diretamente o consumo do aço e do ferro fundido, principais
clientes do carvão vegetal brasileiro. A densidade a granel
do carvão varia entre 0,22 a 0,30 t/m³, dependendo
principalmente da densidade da madeira utilizada em sua produção,
da presença ou não de casca nas toras e do estado
tecnológico do processo de geração do carvão.
A produção mundial desse importante derivado florestal
está na ordem de 40 a 45 milhões de toneladas ao
ano. Isso significa que o Brasil detém cerca de 20 a 25%
dessa produção mundial. Essa liderança incontestável
do Brasil se deve ao fato do carvão vegetal ser aqui utilizado
principalmente para fins siderúrgicos e metalúrgicos
(produções de ferro gusa, aço, ligas metálicas
de FeSi, FeCr; FeMo, FeMn, etc.). Há muita riqueza no
subsolo brasileiro para minerais valiosos como os de ferro, magnésio,
zinco, calcário, silício, etc. Entretanto, o Brasil
carece de produção própria de coque siderúrgico
(carvão mineral) de boa qualidade (baixos teores de cinzas
e altos teores de carbono fixo). Isso obrigou que a crescente
e vitoriosa indústria siderúrgica/metalúrgica
brasileira buscasse outras alternativas para substituição
do coque mineral. A opção pelo carvão vegetal
foi absolutamente um sucesso frente às vantagens que ele
apresenta em termos qualitativos e econômicos.
No ano de 2008, em função das estatísticas
disponíveis, estima-se que aproximadamente um milhão
de hectares de florestas plantadas de eucaliptos, em diferentes
etapas e rotações, estavam abastecendo fornos de
diversos níveis tecnológicos para gerar carvão
vegetal para consumos industrial (principalmente siderúrgico
e energético) e doméstico no Brasil. Isso correspondia
naquele ano a cerca de 22% de toda a área plantada com esse
gênero de árvores no País. Entretanto, essas
estatísticas são dificultadas até mesmo porque
há ainda muito carvão sendo ilegalmente produzido
e também há apreciável quantidade obtida a
partir de resíduos da colheita florestal, tanto de florestas
plantadas como de florestas nativas. Por outro lado, com as restrições
legais para redução do consumo de madeira nativa
para carvão vegetal, a área plantada com eucaliptos
deveria crescer no mínimo para o dobro em relação
ao que hoje existe para essa finalidade. Também existe o
crescimento esperado para a produção de ferro-gusa
e de aço do País, o que demandará aproximadamente
mais um milhão de hectares em uma década. Resultado,
em uns 10 anos mais a partir de agora, há expectativas de
que a área de florestas de eucalipto para produção
de carvão vegetal atinja 3 milhões de hectares no
Brasil.
Ainda
dentro de mudanças esperadas, a
tecnologia de fabricação do carvão vegetal,
que por anos vinha sendo obsoleta e rudimentar, também
está-se modernizando rapidamente. São tempos de
fortes mudanças e de otimizações, como veremos
ao longo desse nosso capítulo.
Há algumas décadas, a produção brasileira
de carvão vegetal vem utilizando com muita rapinagem e
de forma extrativista muitos dos próprios recursos naturais
florestais disponíveis no País. Em 1976, quando
as estatísticas passaram a ocorrer com maior grau de fidelidade,
cerca de 90% do carvão vegetal produzido no Brasil na época
(15,5 milhões de metros cúbicos) era obtido da
madeira de matas nativas de importantes biomas brasileiros. Os
mais afetados nesse particular foram e têm ainda sido:
Cerrado (estados de Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Goiás
e Mato Grosso do Sul); Caatinga (Bahia, Pernambuco); Mata Atlântica
(Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do
Sul e Espírito Santo); Floresta Amazônica (Pará e
Maranhão). Com o crescimento da oferta de madeira de reflorestamento
para atender a siderurgia e com os incentivos colocados ao longo
dos anos para o plantio de florestas, essa situação
já está-se invertendo. Nos anos mais recentes,
passou a haver uma predominância de origem de madeira de
florestas plantadas (53%) sobre a madeira de matas naturais (47%).
Entretanto, não restam dúvidas que a agressão
aos biomas brasileiros ainda é algo a preocupar e a merecer
ações fortes. As novas exigências legais,
a mais rigorosa fiscalização pelo IBAMA, a obrigatoriedade
de documentos ou certificados de origem das madeiras e a ameaça
para a proibição quase que total para uso de madeiras
nativas para produção de carvão vegetal
a partir de 2018 em Minas Gerais, têm empurrado os usuários
de carvão vegetal para utilizar as madeiras de plantações
florestais, sendo as de eucalipto as mais indicadas para essa
finalidade. No estado do Rio Grande do Sul, que produz 1,2% do
carvão vegetal brasileiro, mas para outras finalidades
(cocção, churrascos, aquecimento, biocombustível
para cimento e secagem de grãos), a madeira de plantações
florestais de acácia negra (Acacia mearnsii) tem sido
também exemplo de muito sucesso.
Apesar da produção de carvão vegetal ser
bastante fragmentada pelo mundo, no Brasil ela se concentra nos
estados grandes abastecedores da siderurgia, a saber Minas Gerais,
Pará, Maranhão, Bahia e Mato Grosso do Sul. Minas
Gerais é o estado líder brasileiro na produção
(60 a 65% do total do País), como no consumo (65 a 70%
do total). Isso em função de sua vibrante produção
de ferro gusa e aço. Em anos mais recentes, com o crescimento
do complexo Carajás no norte do Brasil, os estados de
Pará e Maranhão também passaram a ter destaque
na produção e consumo desse biocombustível.
Frente à quase penúria em disponibilidades de madeiras
energéticas em muitos estados brasileiros (quer seja de
florestas naturais ou plantadas), a solução brasileira
para atender sua siderurgia e seu potencial crescimento, bem
como às exigências da legislação ambiental,
será plantar novas florestas de eucaliptos, com adequados
níveis de sustentabilidade. Estima-se que hoje exista
pouco menos de um milhão de hectares de florestas plantadas
de eucalipto oferecendo madeira para produção de
carvão vegetal no Brasil, como já dissemos anteriormente.
São florestas em diversos estágios de crescimento
e rotações, com taxas de produtividade variando
entre 25 a 45 metros cúbicos por hectare.ano. Os plantios
melhorados das empresas florestais líderes em produção
de carvão vegetal possuem as melhores produtividades,
variando entre 35 a 50 m³/ha.ano. Importante aqui se ressaltar
que as florestas de eucalipto para carvão vegetal são
bastante distintas em termos de exigências na qualidade
da madeira, comparativamente às florestas destinadas à produção
de celulose e papel, painéis de madeira e produtos sólidos
(madeira serrada, etc.). No caso do carvão vegetal interessa
principalmente elevados teores de lignina e altas densidades
básicas na madeira. Portanto, o objetivo é produção
de massa por hectare, ou em uma extensão última,
de carbono fixo ou de energia por hectare.
Com a obrigatoriedade imediata de implantação de
novos povoamentos florestais para atender a essas novas demandas
e para substituir o carvão originado de madeiras nativas,
estima-se que deverão ser necessários pelo menos
cerca de 600 a 800 mil hectares adicionais de novos plantios
de eucaliptos, com florestas melhoradas mais produtivas e gerando
por fotossíntese madeiras mais indicadas à carbonização.
Admitindo que também cresça a produção
brasileira de ferro gusa, aço e ligas metálicas, é bem
provável que as novas demandas em termos de áreas
plantadas venham a duplicar em relação ao que se
possui hoje. Somente o estado de Minas Gerais tem estimativas
de planos de plantios anuais de 120 mil hectares ou mais de florestas
energéticas de eucalipto até o final da segunda
década dos anos 2000's para suprir seus déficites
em madeira energética.
Estima-se também que nas condições atuais
de consumo são necessários cerca de 60 a 65 milhões
de metros cúbicos de madeira por ano para atender a produção
de carvão vegetal no País. Desse total, cerca de
25 a 30 milhões de m³ são de madeira de reflorestamentos
e 35 de madeira de florestas nativas. Também é bastante
elevada a participação de resíduos de madeira
da colheita florestal, quer sejam de matas nativas ou de florestas
plantadas. Há ainda casos de uso de resíduos madeireiros
de outras cadeias produtivas da madeira, como serrarias, resinagem
de árvores, etc.
De uma maneira geral, admite-se que se consomem entre 2.500 a
4.000 kg de madeira seca por tonelada de carvão vegetal.
Essas diferenças são função do tipo
de madeira (espécie, idade, densidade, presença
de casca) e da tecnologia utilizada na conversão (rendimentos
da carbonização variam entre 25 a 40%). Sendo a
madeira do eucalipto mais uniforme e melhorada geneticamente
para essa finalidade, com ela se conseguem consumos específicos
bem melhores do que com as madeiras variáveis e desuniformes
das matas nativas. Para o eucalipto se consomem cerca de 5 metros
cúbicos sólidos de toras (com ou sem casca) e para
madeiras nativas aproximadamente 7.
Como já vimos, o grande usuário para o carvão
vegetal no Brasil é o setor industrial (cerca de 85% da
produção). Só o setor siderúrgico/metalúrgico
utiliza 75 a 80%, sendo que o setor de ferro gusa consome 8 a
9 vezes mais do que o setor de aço e ligas metálicas,
incluindo-se nesses dados as produções integradas
de gusa e aço). Também se utiliza carvão
vegetal em outros tipos de fornos (produção de
cimento, cal, gesso, refratários, carbeto de silício,
etc.) e em caldeiras de força para geração
de energia (briquetes de carvão ou carvão pulverizado).
Interessante tem sido a crescente utilização de
carvão briquetado ou pelotizado, usando como matéria
prima o pó de carvão (moinha), até há pouco
tempo considerado um resíduo problemático da produção
de carvão vegetal. Outros usuários menores para
o carvão vegetal são os próprios cidadãos
(uso doméstico em cocção e aquecimento)
e a agricultura (secagem de grãos e folhas, substrato
para produção de mudas, etc.)
O sucesso
para o uso energético da lenha e do carvão
vegetal no Brasil está no preço desse biocombustível.
Não há fonte de energia tão barata quanto
a biomassa energética no País. Independentemente
de seu preço, o carvão vegetal pode e deve ser
considerado um biocombustível renovável, sustentável
e limpo. Isso caso se resolvam dois de seus graves problemas:
o uso de madeira de origem nativa ilegalmente colhida e a utilização
do trabalho de muitos brasileiros de forma socialmente injusta
e ilegal. Devido a essas duas gravíssimas mazelas, o carvão
vegetal no Brasil teve por anos uma imagem muito ruim junto à sociedade
mais esclarecida do País. Muitas ONGs sociais e ambientais
se mobilizaram contra o carvão vegetal. Entretanto, não é o
carvão vegetal o problema e sim a forma como ele está sendo
ainda produzido em muitos locais no País, com ausência
quase completa de sustentabilidade.
Atualmente, há disponível no Brasil muita tecnologia
para produção de carvão com excelentes rendimentos
e qualidade industrial, bem como através de processos
que oferecem segurança e qualidade de vida aos trabalhadores.
Falta entretanto área plantada de florestas energéticas
para atender a essa demanda toda. Isso incentiva a produção
ilegal de carvão, porque existe mercado consumidor ávido
para comprar. É um problema a ser resolvido não
apenas pela indústria, mas também pelos produtores
rurais que gostariam de oferecer madeira produzida em suas propriedades
através programas de fomento ou parcerias. Com isso, alarga-se
a oferta de madeira e reduzem-se as pressões sobre os
biomas brasileiros ameaçados.
O desmatamento de florestas nativas naturais que deveriam estar
sendo conservadas e protegidas pode ser considerado um problema
tão ou mais grave do que a geração de gases
de efeito estufa pelo uso de combustíveis fósseis.
Até certo ponto, o problema é similar: a madeira
de florestas naturais conservadas está seqüestrando
e imobilizando carbono. Se as matas naturais forem usadas para
carvão vegetal, que depois é queimado, corresponderá também
a algo similar ao uso de um energético fóssil.
Além de gerarem gás carbônico, esse uso reduz
a biodiversidade e impacta a hidrologia e o solo também.
Por outro lado, quando florestas plantadas de eucaliptos, que
tenham sido melhoradas para produção de carvão
vegetal, são utilizadas, substituindo o uso inapropriado
de madeiras de matas naturais, temos inúmeras vantagens,
a saber:
•
são recursos naturais renováveis;
•
evitam o uso de recursos naturais e reduzem as pressões
sobre os biomas ameaçados;
•
aumentam a conservação ambiental, já que
para se plantá-las também se conservam muitas áreas
de preservação permanente e de reserva legal. Para
cada hectare de floresta plantada preserva-se ou reabilita-se
cerca de 0,6 a 1 hectare de mata nativa.
•
oferecem qualidades mais estáveis e com especificações
mais atendidas para o processo de carbonização.
Imaginem que as madeiras colhidas de matas naturais têm
densidade básica média variando entre 0,2 a 0,8
t/m³, o que confere grande variabilidade na qualidade do
carvão vegetal resultante (densidade a granel, teor de
carbono fixo, teor de cinzas, etc.).
•
permitem maior controle sobre toda a cadeia produtiva, otimizando-a
e tornando-a mais sustentável;
•
oferecem melhores qualidades ao trabalhador florestal e ao carvoejador,
com condições laborais similares às oferecidas
em outros tipos de indústria de conversão.
Sabemos então que os grandes problemas do carvão
vegetal brasileiro têm sido a oferta de madeira como matéria-prima
e o subemprego nas produções artesanais e semi-industrializadas
de carvão. Esses problemas podem e devem ser resolvidos
para se dar ao carvão vegetal a dignidade que ele merece
como biocombustível renovável e de adequado nível
de sustentabilidade. Tão logo disponhamos de mais florestas
energéticas plantadas, poderemos passar a ter uma nova
fase nessa história, entretanto há muito a se fazer
ainda. Esses dois temas não se resolverão de um
dia para o outro, há muito trabalho pela frente ainda.
Muitos ambientalistas, talvez por desconhecimento técnico-científico,
continuam a bradar contra o carvão vegetal siderúrgico,
tentando impedir tanto o avanço das florestas plantadas
como do próprio uso do carvão vegetal. Entretanto,
o carvão vegetal é definitivamente uma excelente
opção que o Brasil possui para ter à sua
disposição um bioenergético limpo e natural.
Alguns desses ambientalistas questionam que o carvão vegetal
não imobiliza o carbono, pois ele é imediatamente
queimado, liberando então em curto espaço de tempo
aquilo que a floresta plantada havia seqüestrado. Temos
então um ciclo que corresponde ao seqüestro pela
floresta plantada; uma liberação na carbonização,
outra liberação na queima do carvão e nas
caldeiras; uma nova absorção pela floresta plantada;
sendo que o ciclo seqüestra/liberta continua indefinidamente.
As outras alternativas para a siderurgia são a hulha e
o coque mineral, que são combustíveis fósseis
e só agravariam a geração de gases de efeito
estufa (GEE). Portanto, o balanço em termos de GEE é definitivamente
favorável ao uso do carvão vegetal.
Um agravante
no caso de emissões de GEE pelo carvão
vegetal é a formação de metano durante o
processo de carbonização. O metano tem um poder
equivalente que é de 21 vezes maior do que o gás
carbônico nos seus danos no aquecimento global. Estima-se
que são liberados entre 10 a 50 kg de metano por tonelada
de carvão vegetal produzido. Entretanto, as tecnologias
mais modernas de carbonização utilizam esse metano
e outros gases presentes nas fumaças da carbonização
(metanol, hidrocarbonetos, etc.) em combustão para geração
de energia a ser usada na secagem da madeira previamente à carbonização.
Com isso, minimiza-se esse efeito negativo do metano e otimiza-se
energeticamente o processo de carbonização. Na
verdade dos fatos, essa possibilidade de recuperação
de gases não condensáveis e com cerca de 1.500
a 2.500 kcal/kg, oferece não apenas uma economia energética
no processo de carbonização, como também
permite a obtenção de créditos de carbono
para comercialização em mercados desse tipo de
commodity ambiental.
A vantagem ambiental do carvão vegetal da floresta plantada
de eucalipto estende-se também à floresta, nas áreas
de preservação permanente e reserva legal. Também
oferece a oportunidade de recuperação de importantes
subprodutos da carbonização, que poderiam estar-se
perdendo com as fumaças da carbonização. É o
caso do alcatrão de madeira e do extrato pirolenhoso muito
valiosos à nossa sociedade.
Enfim amigos, o carvão vegetal é um produto que
merece mais consideração e atenção,
inclusive pelos programas de políticas governamentais
que se encantam com o etanol e praticamente se esquecem do carvão
vegetal. O carvão vegetal é um dos produtos da
natureza mais antigos em termos de seu conhecimento pelo homem.
Com certeza, muito antes de dominar o fogo, nossos primitivos
antepassados devem ter-se deparado e visto a vantagem do carvão
vegetal originado de incêndios florestais naturais. Hoje,
com os avanços das tecnologias de produção
de carvão vegetal e das florestas plantadas de eucaliptos,
com muita certeza vamos colocar esse produto de base florestal
na posição que ele merece como biocombustível
sustentável. Entretanto, para se produzir um carvão
vegetal no tom de verde que se faz necessário há que:
• usar madeiras em forma de toras apenas de florestas plantadas
e certificadas;
•
usar cada vez mais resíduos lenhosos de outras cadeias
produtivas que se valem da madeira;
•
estudar e usar outras fontes alternativas de biomassa (capim
elefante, capim cameroon, bambu, etc. - todas plantadas de forma
sustentável e com certificação ambiental);
•
trabalhar dentro da legalidade ambiental, trabalhista, tributária
e social;
•
ter responsabilidade ambiental e social para minimização
dos impactos negativos e maximização dos benefícios
que o carvão vegetal oportuniza.
Quando a madeira para produção de carvão
vegetal provém de florestas plantadas e quando o carvão
for todo produzido em condições de justiça
social e com tecnologias estado-da-arte, estaremos favorecendo
o meio ambiente e nossa sociedade, com geração
de empregos e proteção de nossos biomas. A rede
produtiva do carvão vegetal é grande geradora de
empregos, frente à sua dimensão e fragmentação.
São empregos oferecidos na floresta plantada, na carbonização,
na distribuição e na venda desse biocombustível.
Veja-se que o estado do Rio Grande do Sul, onde resido, produz
apenas 1,2% do total de carvão vegetal do Brasil, sendo
que as estatísticas do estado relatam que existem cerca
de 30.000 pequenos e médios produtores cadastrados para
produção desse tipo de carvão no estado.
Imaginem o quanto temos de oportunidades sociais para o Brasil
como um todo.
Carvão vegetal: usos e subprodutos de valor econômico
São inúmeros os usos para o carvão vegetal
e seus derivados. Dentre os subprodutos destacam-se o alcatrão
de madeira e o extrato pirolenhoso. Esses dois subprodutos já foram
intensamente apresentados para vocês pela nossa colega
de redação Ester Foelkel. Na Eucalyptus Newsletter
número 26 (http://www.eucalyptus.com.br/newspt_mar10.html#sete)
ela nos contou sobre o ácido pirolenhoso e agora nessa
número 27, ela nos conta sobre o alcatrão de madeira.
Ambos produtos são cada vez mais utilizados pela agricultura,
pela indústria alimentícia, indústria da
madeira, na pavimentação de estradas rurais, etc.,
etc. Sugiro a atenção dos leitores para esses dois
artigos da Ester, com muita riqueza de dados e informações
para todos os interessados. Dentre os inúmeros subprodutos
que se podem obter do processo de carbonização,
existem outros a destacar, obtidos pela destilação
dos extratos recolhidos das suas fumaças: ácido
acético, metanol, ácido fórmico, ácido
propiônico, guaiacóis, siringóis, etc. Todos
eles estão permitindo o crescimento de uma nova ciência
no Brasil: a biocarboquímica.
Por outro lado, o próprio carvão vegetal possibilita
inúmeros usos, além da reconhecida importância
para a siderurgia/metalurgia. Destacamos então as seguintes
utilizações:
•
biocombustível e redutor de óxidos minerais na
metalurgia/siderurgia;
•
gaseificação para produção de gás
combustível renovável;
•
combustão em fornos e caldeiras para gerar energia ou
participar em outros processos industriais (cimento, cal, gesso,
etc.);
•
como carvão ativo com alta porosidade e superfície
específica para despoluição de gases tóxicos
e purificação da água por adsorção
de toxinas;
•
fins medicinais na fitoterapia, pois adsorve gases causadores
de flatulência intestinal;
•
para secagem de grãos e de folhas (erva-mate e fumo) na
agricultura;
•
uso como auxiliar de compostagem para enriquecer o composto em
teor de ácidos húmicos;
•
como substrato agrícola para fixação de
umidade e nutrientes;
• etc., etc.
Os finos do carvão constituem um pó ou moinha rica
em teor de cinzas. Esse pó é gerado tanto no manuseio
do carvão, como no próprio processo de carbonização.
As cinzas se devem tanto às contaminações
com terra das toras e do carvão depositado em pátios
sem pavimentação, como dos constituntes minerais
das cascas e madeiras usadas na carbonização. Um
carvão siderúrgico produzido com boas tecnologias
e manejado com mínimas contaminações possui
cerca de 0,8 a 1,5% de cinzas. Já os carvões de
baixo nível tecnológico perdem entre 10 a 15% de
seu peso, que se converte em moinha, em geral muito rica em cinzas.
Com as contaminações com terra, areia, etc., essa
moinha possui baixo poder calorífico e baixo teor de carbono
fixo (cerca de 60 - 65%). Através de processos de purificação
gravítica desse pó, pode-se reduzir o conteúdo
em cinzas e obter-se um produto mais rico em carbono fixo (cerca
de 70%) e poder calorífico próximo a 7.000 kcal/kg.
Por técnicas de pelotização e briquetagem
esse pó pode ser convertido em pelotes biocombustíveis,
ideais para uso em fornos de combustão e caldeiras de
força. Até mesmo pequenos usuários, como
olarias, padarias, pizzarias, etc. podem-se valer desses briquetes
bioenergéticos. A moinha de carvão também
tem sido muito utilizada como auxiliar de compostagem para aumentar
o teor de ácidos húmicos no composto ou para compor-se
em substratos de produção de mudas agrícolas
e florestais. Ela é rica em nutrientes como cálcio,
magnésio, potássio, bem como tem a capacidade de
fixar e liberar nutrientes fertilizantes para as plantas. Por
isso, seu uso também em técnicas de jardinagem
e na horticultura.
O maior e mais importante uso que se dá ao carvão
vegetal no Brasil é o de reduzir os óxidos de minérios,
especialmente no caso do minério de ferro. O ferro apresenta-se
nos minérios como Fe2O3 (óxido de ferro). Para
se converter o minério de ferro em ferro metálico
(ferro gusa) ou em aço, há que se extrair esses átomos
de oxigênio, reduzindo-se o ferro de Fe(+3) para ferro
metálico (Fe zero). Isso é conseguido em altas
temperaturas (cerca de 1.200ºC), com o uso de um combustível
rico em carbono fixo. O carvão vegetal, além de
fornecer energia para fundir o minério de ferro, reage
com o oxigênio formando gás carbônico, liberando
assim o ferro metálico na forma de uma lava fundente.
Esse material é purificado ("coado") e pode
virar tanto ferro gusa / ferro fundido (com teor residual de
carbono de cerca de 4%) ou aço (com teor de carbono de
até 2%). O ferro gusa é a principal matéria-prima
para a fabricação do aço.
Carbonização
da madeira de eucalipto
O carvão vegetal é produzido por um processo conhecido
como pirólise lenta da madeira, ou também denominado
de carbonização ou destilação seca
da madeira. Entretanto, o carvão pode ser fabricado também
de outros tipos de biomassas, destacando-se algumas gramíneas
(capins de crescimento vigoroso e bambus) e palmáceas
(babaçu). Desde que o processo seja adequadamente conduzido,
transforma-se a biomassa em carvão vegetal, evitando a
combustão completa da biomassa. Trata-se de uma forma
de concentrar o carbono na biomassa residual, em última
instância. A madeira do eucalipto possui em geral 48% de
carbono; 45% de oxigênio; 6% de hidrogênio e 0,5%
de cinzas, com base em seu peso seco.
Na carbonização, procura-se extrair o oxigênio
e o hidrogênio, com a mínima perda de carbono. Ao
termino do processo, tem-se um resíduo sólido que é o
carvão vegetal que possui entre 70 a 85% de carbono fixo.
Esse combustível sólido assim produzido possui
poder calorífico superior que varia entre 7.200 a 8.100
kcal/kg base seca, quando o poder calorífico da madeira
varia entre 4.200 a 4.400 kcal/kg. Entretanto, essa concentração
de carbono fixo se faz às custas de enormes sacrifícios
de madeira. Nas produções artesanais de carvão,
com fornos primitivos de alvenaria e barro, o processo mostra
rendimentos tão baixos como 20 a 25%. Já nos fornos
de alvenaria artesanais ainda, mas melhorados tecnicamente, conseguem-se
até mesmo 30 a 33%. Para os fornos de maior grau tecnológico,
os rendimentos estão entre 35 a 40%. De maneira geral,
podem ser encontrados rendimentos que variam entre 33 a 38%,
com teores de carbono fixo finais entre 75 a 80%. No caso de
uma madeira de eucalipto com 48% de carbono que tenha sido carbonizada
com 35% de rendimento e resultando em um carvão com 75%
de carbono fixo, significa que o processo "desperdiçou" para
as fumaças cerca de 217,5 kg de carbono elementar por
tonelada de madeira. Ou seja, o rendimento em carbono fixo foi
de apenas 54,7%. Por essa razão, a importância vital
de se aproveitar os produtos da fumaça, para aumentar
a ecoeficiência da operação de carbonização.
Em geral, para se produzir uma tonelada de carvão vegetal,
consomem-se cerca de 2.500 (melhores situações)
a 4.000 (piores) quilogramas de madeira seca. A diferença
de peso seco entre o adicionado ao forno e o carvão vegetal
que sai consiste em gases e produtos condensáveis com
variados níveis de oxidação presentes nas
fumaças. Os fornos mais modernos têm buscado não
apenas recuperar os valiosos subprodutos já mencionados,
como também os gases energéticos não condensáveis
capazes de serem queimados para gerar energia. Mesmo que o carvoeiro
não recupere o alcatrão e extrato pirolenhoso como
produtos químicos para venda, mas sim os queimem para
gerar energia para secar a madeira, ele estará praticando
uma operação mais ecoeficiente do que apenas liberar
tudo para a atmosfera.
A
pirólise ou carbonização da madeira consiste
em uma decomposição térmica da madeira sob
uma atmosfera controlada com baixíssimo teor de oxigênio.
Caso o forno de carbonização esteja com problemas
e deixe entrar mais oxigênio do que deveria, perde-se mais
madeira, que acaba sendo consumida por processo de combustão.
Na verdade, o que se quer é desconstruir a madeira, permitindo
que o oxigênio e o hidrogênio de sua constituição
sejam extraídos, permanecendo ao final um resíduo
sólido mais rico em carbono. Quanto mais alta for a temperatura
de carbonização, mais acelerado é o processo,
mas as perdas em carbono aumentam muito. Por isso, chama-se o
processo de carbonização de pirólise lenta,
para se evitar auto-degradação da madeira por excesso
de temperatura. O carvão vegetal final produzido deve
ser denso, pouco friável, resistente ao manuseio, com
teor de carbono fixo acima de 75% e teor de cinzas menor que
2%.
Conforme ocorre a carbonização, a madeira perde
tanto umidade livre e adsorvida aos constituintes da madeira,
como perde moléculas de água formadas pela "extração
a quente" do hidrogênio e oxigênio. Na fase
endotérmica inicial da carbonização deseja-se
secar a madeira o máximo possível, removendo por
aquecimento a sua umidade. Deve-se fornecer então energia
para essa secagem. Em fornos de menor agregação
tecnológica, essa fase de secagem endotérmica se
faz com a queima/sacrifício de alguma (ou de muita) madeira
alimentada ao forno. Isso corresponde a cerca de 10 a 20% da
madeira, que vai-se traduzir em grandes perdas de rendimento
ao final. Um grande desperdício. Afinal, os fornos de
carbonização estão longe de serem considerados
tão eficientes como estufas de secagem de madeira. Caso
a madeira seja previamente secada com os gases quentes oriundos
do próprio processo (ou incinerados para fornecer calor),
o rendimento final da carbonização é melhorado.
Pode-se assim produzir mais carvão por cada fornada. Fácil
de se entender, mas foram necessários anos para que essa
coisa tão simples passasse a ser adotada pelos carvoeiros.
Enquanto a madeira era barata, de livre acesso e colheita nas
matas nativas, não houve maiores preocupações
para se melhorar tecnologias e rendimentos. Agora que a situação
de oferta de madeira é cada vez mais escassa e o preço
subiu, passaram a ser notadas fortes mudanças tecnológicas
na carbonização da madeira no Brasil. Isso tudo
passou a ocorrer mais intensamente no início desse atual
século. Ou seja, a mudança de milênio está ajudando
na modernização da produção de carvão
vegetal no País. Existem fornos muito bem desenhados,
capazes de oferecer 40% ou mais de rendimento e carvões
com 80% ou mais de carbono fixo. Nesses casos, o consumo de madeira
por tonelada de carvão pode ser tão baixo como
2500 kg madeira base seca/tonelada seca de carvão.
O processo de carbonização pode
ser dividido em fases bem distintas:
•
Fase 01: até 200ºC (endotérmica), sem perda
de peso seco de madeira, apenas secagem e desidratação.
•
Fase 02: entre 200 a 250ºC (endotérmica), mas com
início de liberação de extrativos voláteis,
e alguma decomposição de carboidratos, gerando-se
algum extrato pirolenhoso e alcatrão.
•
Fase 03: entre 250 a 370ºC (exotérmica), com mais
intensa decomposição dos constituintes da madeira,
iniciando-se a carbonização propriamente dita,
com perda de massa seca da madeira, decomposição
das hemiceluloses. celulose e lignina.
•
Fase 04: entre 350 a 500ºC (exotérmica), com a complementação
da carbonização, em uma fase completamente auto-sustentada,
já que as reações de decomposição
liberam também muito calor. Há que se monitorar
muito bem os fluxos de gases, o tempo e a temperatura, para evitar
perda excessiva de rendimento. Nessa fase liberam-se grandes
quantidades de CO2, CO, CH4 e hidrocarbonetos pela degradação
da madeira. Deve-se evitar que a temperatura ultrapasse 500ºC,
pois a perda de rendimento é significativa, embora o teor
de carbono fixo aumente no carvão resultante. A carbonização
ideal procura não apenas aumentar o teor de carbono fixo
do carvão, mas em otimizar o rendimento em carbono fixo,
compondo uma equação de ótimo entre teor
de carbono fixo no carvão e rendimento da carbonização.
•
Fase 05: Resfriamento do forno, abertura e retirada do carvão.
O ciclo total da carbonização pode variar de alguns
dias (5 a 10) a horas (12 a 20), dependendo das tecnologias empregadas.
Caso uma fonte externa de calor seja utilizada para pré-secagem
da madeira para umidades entre 4 a 8%, pode-se abreviar o processo
e aumentar rendimentos. Um grande problema da operação
de carbonização são as perdas térmicas
que podem acontecer pelas paredes do forno e pelos gases de exaustão.
Uma forma muito fácil de se ganhar tempo nesse processo
todo é se valer de maneiras mecânicas para alimentar
e retirar o carvão: o sistema de vagonetas sob trilhos
está sendo uma boa alternativa. Tudo isso amigos são
oportunidades notáveis e simples para melhorias adicionais
em termos de inovações tecnológicas.
Quanto mais
seca estiver a madeira que entra no forno de carbonização,
melhor se dará o processo. Por essa razão, as toras
e resíduos de madeira que vão ao forno ficam no
campo por volta de 90 a 120 dias para secagem natural. Nesse
momento, estarão com umidade entre 20 a 30%. Como a maioria
das empresas que carvoejam eucaliptos usam madeiras com casca,
essa casca restringe bastante a perda de umidade pelas toras,
dificultando a secagem natural. Toras de grande diâmetro
também secam mais dificilmente. Por essas e outras razões,
a secagem dentro do forno de carbonização por sacrifício
de madeira é bastante ineficiente. Uma tonelada de madeira
absolutamente seca com umidade entre 20 a 30% possui entre 250
a 430 kg de água para ser evaporada por secagem. O consumo
teórico de calor para evaporar essa água corresponderia
a cerca de 200 a 380 kcal/tonelada absolutamente seca de madeira,
respectivamente a cada caso. Entretanto, pelas perdas e ineficiência
térmica desse forno para atuar como estufa secadora, o
consumo de calor chega a ser entre 3 a 4 vezes maior. Logo, a
pré-secagem e aquecimento indireto da madeira pode ser
uma alternativa bem vantajosa sob a ótica da eficiência
energética.
Os picos de decomposição da celulose e hemiceluloses
ocorrem entre 310 e 350ºC. Nessa fase e nessas temperaturas,
praticamente 50% do peso seco da madeira já se perdeu.
Entre 350 e 450ºC ocorre a finalização da
carbonização, quando se consegue atingir 70% ou
mais de carbono fixo no carvão. O pico de decomposição
da lignina ocorre por volta de 450ºC. A lignina é muito
mais rica em carbono do que os carboidratos da madeira. Enquanto
a lignina possui 65% de carbono em sua molécula, a celulose
e as hemiceluloses possuem 45%. Por essa razão, ao término
da carbonização, as hemiceluloses e a celulose
perdem entre 70 a 80% do seu peso inicial, enquanto a lignina
apenas 30 a 40%. Portanto, quanto maior for o teor de lignina
na madeira, maior será o potencial de se alcançarem
altos teores de carbono fixo e mais altos rendimentos na carbonização.
Uma tonelada de madeira seca contendo 48% de celulose, 25% de
hemiceluloses, 25% de lignina e 0,5% de cinzas dará ao
final do processo de carbonização um provável
rendimento de cerca de 350 kg de carvão vegetal seco,
sendo que nesse carvão 125 gramas serão originados
da celulose; 62,5 gramas devido às hemiceluloses e 162,5
gramas de origem da lignina. Estão abstraídos aqui
desses cálculos simples os efeitos das cinzas da madeira
e dos seus extrativos, que também agregarão peso
no carvão após a carbonização. As
cinzas da madeira têm o potencial de se concentrarem de
cerca de 0,5% na madeira para até 1,5 - 2% no carvão
vegetal seco e pronto. Entretanto, como durante a carbonização
uma parte dos óxidos das cinzas também de perdem,
esse teor pode ser ligeiramente menor.
Já vimos que o rendimento total da carbonização
pode variar entre 25 a 40%, influenciando nesses valores tanto
os fatores da madeira como da carbonização em si.
O estágio tecnológico do forno, o teor de lignina
e a densidade básica da madeira, as perdas térmicas
do forno, os controles de temperatura e taxa de aquecimento,
bem como o tempo de carbonização são fatores
determinantes para os resultados em rendimentos. O controle e
domínio desses fatores é portanto vital. Por isso,
fica fácil se explicar o porque de rendimentos de menos
de 25% em fornos rudimentares, sem controle algum, ou apenas
se monitorando com as mãos a temperatura externa do forno.
Uma grande eco-ineficiência para esses fornos conhecidos
como "rabo quente".
A pirólise lenta também provoca uma contração
da madeira em sua rota a carvão vegetal. Tem-se como regra
geral que são precisos entre 1,8 a 2,5 metros cúbicos
de madeira empilhada (estéreos) para se gerar um metro
cúbico de carvão. Ou ainda, que a cada 4,5 a 5
m³ sólidos de madeira de eucalipto (com ou sem casca)
são produzidos 1.000 kg de carvão vegetal 100%
seco.
No Brasil, a unidade mais usual para comercialização
do carvão não é seu peso, mas seu volume.
Essa unidade de volume de carvão é referida como
mdc (fala-se metro de carvão, mas significando metro cúbico
de carvão a granel). Isso acabou sendo uma necessidade
resultante do fato de que os produtores artesanais de carvão
tinham o hábito de molhar o mesmo para aumentar seu peso,
quando a comercialização se dava pelo peso. Infelizmente,
essa forma de se medir carvão transformou-se em um retrocesso
tecnológico, pois não permite se quantificar e
otimizar a qualidade do carvão. Interessa a quem vende
o carvão vegetal por volume, ter o máximo de volume,
o que significa menores densidades a granel. Por outro lado,
a densidade a granel do carvão oferece a vantagem de se
otimizar a quantidade de carbono fixo que se tem por volume de
alto-forno na siderurgia. Um grande prejuízo se estabelece
no processo de melhoria tecnológica do carvão,
quando os produtores buscam carvões volumosos, quando
deveriam buscar carvões densos e compactos.
Os valores de densidade a granel do carvão variam entre
0,22 a 0,30 t/m³. Quanto maior for essa densidade, melhor
será a operação e a produtividade dos alto-fornos
da siderurgia. Para carvões densos, menores volumes dos
alto-fornos serão ocupados por carvão vegetal,
sobrando então mais espaço para se adicionar mais
minério de ferro - muito simples e muito lógico.
Os objetivos fundamentais para um bom processo de carbonização
são os seguintes:
•
trabalhar com madeira a mais seca possível;
•
aumentar ao máximo o rendimento da carbonização
por unidade de peso ou de volume de madeira carregada;
•
aumentar o teor de carbono fixo no carvão sem perder rendimentos
de carbonização;
•
aumentar a densidade a granel do carvão produzido;
•
ter flexibilidade e versatilidade para uso do forno de carbonização
em condições de diferentes qualidades de matérias-primas
lenhosas;
•
permitir adequada recuperação de subprodutos que
podem ser extraídos das fumaças da carbonização;
•
reduzir as emissões dos gases de efeito estufa;
• etc., etc.
Em condições de adequados níveis tecnológicos
para a carbonização, consegue-se ao final do processo,
por cada tonelada de madeira seca alimentada ao forno, as seguintes
potenciais produções:
•
350 a 380 kg de carvão vegetal seco;
•
80 a 120 kg de alcatrão (solúvel e insolúvel);
•
30 a 50 kg de ácido acético;
• 10 a 25 kg de metanol;
•
100 a 180 kg de gases não-condensáveis energéticos,
com poder calorífico variando entre 1.500 a 2.000 kcal/kg.
Durante a carbonização, além da água
liberada devido à própria umidade da madeira (250
a 400 kg de água por tonelada de madeira seca), tem-se
também a água formada pela decomposição
térmica e pela combustão parcial da madeira. Essa água é formada
durante a extração do hidrogênio e do oxigênio
da constituição química da madeira e também
da queima parcial de matéria orgânica. Seus valores
correspondem a cerca de 250 kg de água por tonelada de
madeira seca. Essa água se soma à água da
umidade da madeira e será condensada, saindo junto ao
extrato pirolenhoso e alcatrão solúvel.
O objetivo último da carbonização é concentrar
o teor de carbono no carvão, aumentando com isso seu poder
calorífico e sua performance como redutor do minério
de ferro (ou de outros minérios). Para se conseguir isso,
temos perdas que podem ser maiores ou menores. Caso se dispusessem
de mais estudos sobre a cinética das reações
químicas dos diversos constituintes da madeira do eucalipto
ao longo do processo de pirólise, poder-se-iam otimizar
ainda mais os rendimentos, a qualidade do carvão e a recuperação
dos valiosos subprodutos da carbonização.
Qualidade
do carvão vegetal para fins siderúrgicos
Um carvão vegetal para ser considerado de adequada qualidade
siderúrgica deve possuir no mínimo as seguintes
características: teor de carbono fixo superior a 75%;
teor de umidade inferior a 5%; poder calorífico superior
acima de 7.400 kcal/kg; densidade a granel superior a 0,25 t/m³;
dimensões médias de partículas acima de
40 mm; teor de cinzas inferior a 2%. Além disso, deve
ter boas resistências mecânicas, baixa nível
de friabilidade e baixo teor de finos (moinha). As impurezas
(cinzas, areias, pedras) são definitivamente indesejadas
na produção do aço e do ferro gusa. Elas
estão em geral na parte fina do carvão, devendo
por essa razão serem separadas e removidas. Utilizam-se
para isso técnicas baseadas na classificação
granulométrica ou gravimétrica (por sopragem).
Em situações de baixo nível tecnológico,
tem-se uma geração de pó na ordem de 5 a
15% base peso de carvão. Essa quantidade é maior
quando o carvão é produzido com madeiras de baixa
densidade básica, que originam carvões mais fracos
e mais friáveis. Também o diâmetro das toras
afeta a geração de finos. Toras de árvores
velhas, apesar de mais densas, possuem grande diâmetro
e muito cerne. Para que essas toras percam a água interna
durante a carbonização elas acabam "explodindo" e
fendilhando o carvão, aumentando a quantidade de pó formado.
Por inúmeras razões que veremos adiante, há uma
altíssima dependência da qualidade do carvão
vegetal em relação à qualidade da madeira.
Essa interdependência se associa também à própria
operação de carbonização. Imaginem
então amigos, como deve ser variável e inapropriada
a qualidade do carvão produzido em fornos do tipo "rabo
quente", com madeiras das mais variadas procedências,
espécies, idades e com controles processuais inexistentes
ou precários.
Dentre as inúmeras propriedades do carvão vegetal
siderúrgico, as mais importantes são: teor de carbono
fixo e densidade a granel do carvão. Uma propriedade pouco
medida, mas que coloca essas duas em uma só, seria a densidade
energética do carvão, que pode ser expressa em
toneladas de carbono fixo por metro cúbico de carvão.
Outra alternativa interessante para densidade energética
seria se medir Mcal/m³ de carvão.
Os carvões de melhor qualidade são obtidos com
densidades a granel entre 0,27 a 0,32 t/m³ e teores de carbono
fixo entre 75 a 83%. Isso corresponde a poderes caloríficos
entre 7.500 a 8.000 kcal/kg seco de carvão. Em termos
de densidade energética poder-se-iam calcular valores
entre 0,21 a 0,26 toneladas de carbono fixo por m³ de carvão,
ou então de 2.000 a 2.500 Mcal/m³ de carvão.
Tecnologias
de produção de carvão vegetal
siderúrgico
As tecnologias que passaram a ser desenvolvidas e introduzidas
no Brasil para carbonização a partir do início
do século XXI têm como principais objetivos:
•
aumento do rendimento da carbonização;
•
aumento da eficiência térmica do processo, valendo-se
de recursos energéticos gerados pelo próprio processo
de carbonização;
•
redução das perdas térmicas em todo o processo;
•
favorecimento das reações exotérmicas e
redução de desperdícios com reações
endotérmicas;
•
aumento da oferta de subprodutos valiosos que podem ser recuperados
ao longo do processo; desenvolvendo-se uma nova atividade no
País denominada biocarboquímica;
•
controle melhor de todas as fases relevantes da operação
de carbonização;
•
melhor controle e qualidade da madeira utilizada (constituição
química, teor de lignina, densidade básica e teor
de umidade);
•
melhor qualidade do carvão final resultante;
•
desenvolvimento de medições rápidas e efetivas
para controle de processo e de qualidade do processo, produto
e matérias-primas;
•
otimização de variáveis importantes da carbonização
como: temperaturas e fluxos dos gases de exaustão; temperatura
de carbonização; taxa de aquecimento; temperaturas
e pressões internas no forno; extração de
gases; etc.;
•
mecanização das operações de carga
e descarga do forno;
•
redução de emissões de GEE;
• etc.
Além dos aspectos meramente técnicos, a otimização
das tecnologias se envolveu também com os aspectos sociais,
procurando garantir qualidades ergonométricas e laborais
mais decentes e dignas, igualando em qualidade de vida o carvoeiro
a outras profissões de maior reconhecimento pela sociedade.
Além dos tradicionais fornos retangulares de alvenaria,
temos fornos construídos em aço (tipos cilíndricos
e "containers"), bem como mais amplos processos de
fechamento de circuitos de gases. Mesmo os rudimentares fornos
tipo "rabo quente" foram otimizados para que o produtor
artesanal de carvão vegetal pudesse trabalhar com melhores
técnicas, qualidade e segurança. Dessa forma, o
produtor artesanal já pode trabalhar com rendimentos em
carvão de 30 a 33%, enquanto os grandes produtores industriais
chegam facilmente a 36 a 40% (ou mesmo maiores, como apregoam
os desenvolvedores dessas novas recnologias).
Em dois estudos de caso muito simples logo a seguir
apresentados, pode-se facilmente descobrir as vantagens de se
mudar de patamares
tecnológicos. Em ambas as situações estaremos
falando de carvões com 74% de carbono fixo e poder calorífico
de 7.400 kcal/kg. Entretanto, eles foram obtidos de madeiras
de densidades básicas muito distintas e tinham por isso
mesmo, densidades a granel diferentes.
•
Estudo de caso 01: densidade básica média da madeira
= 0,45 t/m³; densidade a granel do carvão = 0,22
t/m³; rendimento da carbonização = 28%. Essas
condições resultam em um consumo de madeira de
7,94 m³ madeira por tonelada de carvão ou de 1,75
m³ madeira/m³ de carvão.
•
Estudo de caso 02: densidade básica média da madeira
= 0,55 t/m³; densidade a granel do carvão = 0,28
t/m³; rendimento da carbonização = 36%. Essas
condições resultam em um consumo de madeira de
5 m³ madeira por tonelada de carvão ou de 1,4 m³ madeira/m³ de
carvão.
Esses dois tipos de carvão também irão apresentar
comportamentos bem distintos na produção de ferro
gusa, mesmo apresentando teores de carbono fixo e poderes caloríficos
exatamente iguais. Isso porque apresentam diferentes densidades
energéticas. Para se produzir 1.000 toneladas de ferro
gusa demandam-se em média 440 toneladas de carbono fixo.
Para o estudo de caso 01, o carvão vegetal apresenta uma
densidade energética de 0,163 toneladas de carbono fixo
por metro cúbico de carvão. Já o carvão
vegetal do estudo de caso 02 possuía uma densidade energética
de 0,207 toneladas de carbono fixo por m³ de carvão.
Dessa forma, para a produção de 1.000 toneladas
de ferro gusa, serão necessários 2.700 m³ do
carvão do estudo de caso 01 ou de 2.125 m³ do carvão
do estudo de caso 02. Uma diferença de 575 m³, que
se refletirá tanto em maiores custos em carvão
(que é comprado base volume), como em uma redução
de produtividade do alto-forno que estará consumindo o
carvão tipo 01. O uso de carvões com maior densidade
energética (ou em carbono fixo) reflete-se em menores
consumos volumétricos de carvão, o que abre espaço
para maiores quantidades de minério de ferro por carga
do alto-forno. Muito simples de se calcular, não é mesmo?
Imaginem então amigos as centenas de combinações
que se podem otimizar em termos de poder calorífico, carbono
fixo e densidade a granel do carvão, densidade básica
da madeira, rendimentos de carbonização, etc.,
etc.
Outro grande avanço que as tecnologias mais modernas estão
oferecendo é a possibilidade de redução
do ciclo de carbonização. Os fornos tipo "rabo
quente" possuem ciclos totais muito longos desde a carga
até a descarga completa. Chega a durar entre 5 a 10 dias.
Já os fornos mais modernos apresentam ciclo total de horas,
menos de um dia entre início de uma carbonização
e o início da próxima. Isso significa mais cargas
por forno, maiores produções e produtividades,
menores custos e menores investimentos.
Outro ganho muito importante foi conseguido na redução
do teor de finos no carvão. Temos tecnologias em operação
gerando menos de 1,5%, até mesmo próximos a 1%.
Isso porque se minimizaram os danos mecânicos no carvão
pronto, através mecanização de seu manuseio,
com o uso de vagonetas movidas sobre trilhos para alimentar a
madeira e retirar o carvão pronto de dentro dos fornos
de carbonização.
Tudo o que relatamos nessa seção estamos encarando
como avanços notáveis, sendo aplicados em diferentes
intensidades ainda pelo setor de produção de carvão
vegetal no Brasil. Por outro lado, são realidades incontestáveis,
que vão alavancar o setor e reduzir inclusive as demandas
futuras por madeiras e por áreas plantadas para atender
o setor siderúrgico (por unidade de aço ou de ferro
gusa produzido). Enfim, as tecnologias evoluíram rápida
e eficientemente, fazendo com que o setor de carvão vegetal
para fins siderúrgicos esteja entrando em uma nova era
tecnológica de produção no Brasil.
Qualidade da madeira de eucalipto
para carvão
vegetal
As grandes vantagens que as florestas plantadas de eucalipto
oferecem para a produção de carvão vegetal
são as seguintes:
•
produtividades florestais excepcionais, tanto em m³/ha.ano,
como em toneladas de madeira seca/ha.ano, ou ainda em toneladas
de carbono fixo/ha.ano;
• maior homogeneidade na qualidade da madeira (especialmente as
madeiras de clones de eucaliptos);
•
maior homogeneidade na forma dos troncos das árvores,
que permitem melhor manuseio, carga e descarga das toras aos
fornos;
•
possibilidades de rápido e eficiente melhoramento genético
para as principais qualidades demandadas nas árvores e
madeiras para carbonização (teor de casca, teor
de umidade na árvore em pé, teor de lignina e densidade
básica da madeira, etc.);
•
possibilidades de melhorias notáveis na performance, operação
e produtividade da carbonização e na qualidade
do carvão vegetal final;
•
redução de custos de produção do
carvão vegetal;
•
redução de consumo de carvão vegetal por
unidade de peso de ferro gusa e aço produzidos pela melhor
qualidade do carvão;
• etc.
A qualidade da madeira interfere diretamente na produtividade
da carbonização, na qualidade do carvão
e no processo de redução do minério de ferro
para ferro gusa ou aço. Em resumo, melhorar as florestas
de eucalipto para se aumentar ainda mais as performances nas
empresas siderúrgicas é uma obrigatoriedade para
qualquer bom entendedor de carvão vegetal e de florestas
plantadas. Os objetivos gerais desse melhoramento envolvem parâmetros
tanto florestais como de qualidade da madeira do eucalipto, sendo
que os principais deles são os seguintes:
•
produtividade florestal em toneladas de madeira por hectare e
por ano (quanto maior for a produção de massa seca,
maior terá sido a quantidade de energia estocada pela
fotossíntese na madeiras);
•
produtividade florestal em toneladas de carbono fixo equivalente
por hectare.ano, e por extensão, em poder calorífico
por hectare.ano;
•
consumo específico de madeira por m³ ou por tonelada
de carvão vegetal;
•
densidade aparente do carvão vegetal;
•
consumo específico de carvão vegetal por tonelada
de ferro gusa ou de aço produzidas;
•
resistência, teor de finos, teor de impurezas do carvão
vegetal;
• etc.
Dentre os principais fatores qualitativos da madeira que estão
relacionados a esses objetivos podemos citar: densidade básica
da madeira, espessura da parede celular, teor de extrativos,
teor de lignina, teor de carbono da própria madeira, teor
de cinzas, teor de umidade, facilidade de secagem natural, porosidade
para facilitar fluxos de gases dentro da madeira em secagem ou
carbonização, resistência ao fendilhamento
e a rachaduras, etc. Por todas essas exigências qualitativas,
não apenas a química da madeira interfere na qualidade
do carvão vegetal produzido, mas também os aspectos
físicos e anatômicos da madeira. Todas as práticas
silviculturais e de melhoramento genético que afetarem
essas propriedades da madeira, estarão interferindo também
na operação de carbonização e na
qualidade do carvão. Por exemplo, temos influências
significativas de fertilização, irrigação,
ataques de pragas e doenças, espaçamentos de plantio,
material genético, desbastes, etc., etc.
Outro fator
que está sendo motivo de muitas avaliações
tem sido a presença ou remoção da casca
da madeira para se fazer carbonização. Até o
presente momento, a maioria das operações de carbonização
no Brasil utilizam madeira com casca. Entretanto, a casca deixada
no campo após a colheita oferece grandes ganhos ambientais
para o solo e para o ecossistema florestal. Sua retirada na colheita
também ajuda a melhorar a secagem da madeira e a qualidade
e performance da carbonização. Os longos períodos
de secagem no campo podem ser abreviados com a retirada da casca.
Também o manuseio das toras depois de secas no campo é muito
facilitada. As cascas secas tendem a se soltar na forma de fitas
que atrapalham todas as operações subseqüentes.
A casca das árvores também é muito mais
rica em cinzas minerais (cerca de 10 vezes mais) do que a madeira.
O alto teor de alguns elementos da casca, como o caso do fósforo,
costuma também influenciar negativamente o desempenho
do carvão vegetal com casca carbonizada em alguns tipos
de produção de aços especiais, sendo por
isso indesejável essa presença. Evidentemente,
até hoje a casca tem sido considerada como uma matéria-prima
obtida como um presente gratuito das árvores, por isso
seu uso. Entretanto, para operações florestais
mais sustentáveis e de melhor qualidade tecnológica, é bem
possível que em poucos anos mais as carbonizações
de madeiras de eucalipto não mais incluam as cascas das árvores
em pirólise conjunta. Às cascas serão destinadas
funções mais nobres de proteção do
solo, da microvida do mesmo e de resgate de nutrientes para as
novas gerações de árvores que utilizarão
esses solos florestais.
Os minerais da madeira não geram calor na queima do carvão,
pelo contrário, eles consomem energia na carbonização
e nos altos-fornos para seu próprio aquecimento. Eles
também reduzem o teor de carbono fixo e o poder calorífico
do carvão, apesar de ilusoriamente aumentarem o rendimento
da carbonização base madeira seca. Por essas razões,
o teor de cinzas na madeira (e casca) para produção
de carvão vegetal deve ser o menor possível.
As empresas líderes que plantam eucaliptos para produção
de carvão vegetal estão interessadas em florestas
que produzam mais de 45 metros cúbicos sólidos
de madeira com casca por hectare por ano. Para as densidades
básicas das madeiras, exigem um mínimo de 0,55
t/m³, preferencialmente próxima a 0,6 t/m³,
ou mesmo maiores. Os mais recentes indicadores da pesquisa florestal
têm mostrado que não apenas a média de densidade
básica é importante, mas também sua variabilidade
nos sentidos longitudinal e radial. Quanto mais alta for a densidade
da madeira e mais uniforme a sua distribuição,
melhor é a qualidade da madeira para produção
de carvão vegetal. Isso favorece rendimentos e os fluxos
de gases no interior da madeira, tanto na secagem da madeira
como na pirólise. A própria resistência do
carvão ao fendilhamento e friabilidade será melhorada.
Outra exigência para a qualidade da madeira tem sido a
menor cernificação na madeira, nas idades próximas à colheita.
Isso porque o cerne, com seus extrativos e tiloses, dificulta
a secagem da madeira e também a expulsão dos gases
formados durante a carbonização. Apesar dos extrativos
da madeira serem bons energéticos na lenha, no caso do
carvão eles podem em parte se volatilizar durante a carbonização,
saindo uma parte como compostos presentes nas fumaças.
Por essa razão, as pressões para madeiras com cernes
ainda pouco desenvolvidos.
O teor de lignina é bastante influenciado pela espécie
de eucalipto sendo plantada. Há indicações
de que seja possível se conjugar boas produtividades florestais
com teores totais de lignina na madeira acima de 28% ou mesmo
de 30%. Há estudos mostrando que para cada 2% de ganho
no teor de lignina na madeira, corresponderá um maior
rendimento na carbonização de 0,8% (ou mais) base
madeira seca inicial. Para mesmo ganho em lignina, o teor de
carbono fixo aumenta em média 0,65% (ou mais). A relação
siringila/guaiacila na molécula de lignina também é muito
importante ser melhorada. A guaiacila possui maior teor de carbono
que a siringila; portanto, para carbonização interessa
madeiras com baixas relações siringila/guaiacila.
Existe comprovadamente uma grande correlação entre
a densidade básica da madeira e a densidade a granel do
carvão correspondente. Por exemplo, madeiras com densidade
básica próximas a 0,5 t/m³ conferem ao carvão
uma densidade a granel próxima a 0,25 t/m³. Já as
madeiras com densidades acima de 0,6 t/m³ chegam a produzir
carvões com densidades maiores que 0,3 t/m³.
A densidade básica das madeiras também mostra relação
com o teor de células de parênquima na anatomia
da mesma. Menor densidade pode significar aumento da presença
de células de parênquimas radial e/ou longitudinal.
Esse tipo de células de paredes finas e frágeis é pouco
recomendável para o carvão vegetal, pois são
friáveis após carbonização e aumentam
o teor de finos do carvão.
As madeiras de maior densidade básica também possuem
menores umidades no abate das árvores. Nada mais natural,
pois com mais paredes celulares em sua estrutura, sobram menos
espaços vazios na madeira para serem ocupados por água.
É
ainda muito importante que todas essas metas para qualidade da
madeira para carvão siderúrgico sejam buscadas
concomitantemente nos programas de melhoramento florestal. Não
basta apenas se ter uma madeira com densidade básica de
0,65 t/m³, mas com teor de lignina de 20% e teor de extrativos
de 5%. Portanto, cabe ao melhorista florestal do eucalipto buscar
a melhor combinação de espécies, clones,
híbridos inter e intra-específicos para o atendimento
da qualidade ideal da madeira para carbonização.
Os
eucaliptos para produção de carvão
vegetal
Uma coisa é absolutamente certa quando se fala em produção
de carvão vegetal a partir de madeira de eucalipto: a
madeira a ser engenheirada é única em sua qualidade
e essa deve ser especificamente construída para a finalidade
energética. Há definitivamente efeitos comprovados
de espécie, de idade, de híbridos e clones e de
posição na árvore. Uma madeira com excelente
qualidade para produção de móveis ou para
celulose e papel, necessariamente não deve ser ideal para
carbonização ou para fins energéticos. Tampouco
o que se deseja para lenha ou biomassa energética é o
que se valoriza para qualidade de madeira para finalidades de
produção de carvão vegetal. Já comentamos
sobre isso antes, mas é sempre bom se reforçar
esse conceito.
No início das plantações de eucaliptos para
produção de carvão vegetal, lá pelos
anos 70's, objetivavam-se plantios de espécies com madeiras
de altas densidades básicas: E.paniculata, E.camaldulensis,
E.microcorys, E.tereticornis, Corymbia citriodora e C.maculata. Algumas
espécies completamente inadequadas para produção
de carvão, como E.grandis e E.saligna, foram
também
intensamente e erroneamente plantadas em Minas Gerais, Bahia,
Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, etc. Além de
pouco adaptadas às condições dos estados
brasileiros de clima mais tropical, essas espécies inadequadas
conduzem a baixa densidade básica da madeira e a carvões
com baixas qualidades também, principalmente na densidade
a granel. Carvões com baixas densidades a granel são
volumosos, ocupam muito espaço nos alto-fornos siderúrgicos
e se consomem em pouco tempo. Como se diz em linguagem de usuário
de carvão vegetal: carvões de baixa densidade possuem
baixa capacidade de sustentar a chama, são consumidos
em pouco tempo, virando cinzas com facilidade.
A partir dos anos 80's passaram-se a buscar outras espécies
de Eucalyptus e Corymbia, que aliassem alguns
quesitos importantes: adaptação aos climas locais, boa produtividade
mássica e alta densidade básica da madeira. Foram
testados: E. urophylla, E.cloeziana, E.pellita, E.pyrocarpa,
E.camaldulensis, E.tereticornis, bem como algumas espécies
de Corymbia, como C.maculata e C.torelliana. Algumas
espécies
se mostraram muito potenciais, especialmente para programas de
hibridação e clonagem. Foi o caso de E.urophylla, espécie muito adaptada a climas quentes e úmidos,
com razoável densidade básica e alto teor de lignina.
As primeiras tentativas de hibridação vitoriosas
envolveram a produção do híbrido E.grandis
x E.urophylla ("E.urograndis"), frente à sua
excelente produtividade florestal, resistência a pragas
e doenças e qualidade da madeira. Devemos muito no caso
desse melhoramento genético ao grande amigo dos eucaliptos,
o engenheiro florestal Teotônio Francisco de Assis, que
até hoje trabalha nesse tipo de aperfeiçoamento
contínuo dos eucaliptos pela genética e silvicultura.
Com ele, estamos sempre aprendendo muito, como o que aconteceu
comigo na troca de mensagens que tive com o Téo para escrever
um pouco sobre essa parte de nosso capítulo do livro virtual
sobre os eucaliptos.
Além do melhoramento florestal associado aos híbridos
de E.urograndis, está-se também retornando com
intensidade ao programa de busca de híbridos com espécies
de alta densidade básica de madeira: Eucalyptus paniculata,
E.camaldulensis, E.brassiana, E.tereticornis, Corymbia citriodora,
C.torelliana, C. maculata, C.variegata e C.henryi. A
hibridação
dentro de cada um desses gêneros tem sido a tecnologia
mais utilizada. Certamente, os pesquisadores conhecem o enorme
potencial do E.urograndis para esse tipo de programa.
Por isso, a busca por introdução de material de outras espécies
em materiais básicos já melhorados e mais conhecidos
de E.urograndis. Já para o gênero Corymbia,
que infelizmente não hibrida com Eucalyptus, a
busca está concentrada
em híbridos de C.torelliana, um eucalipto tropical
de muito sucesso em muitas regiões brasileiras.
No caso de outras regiões mais temperadas no Brasil e
que também possuem produção de carvão
vegetal para fins não apenas siderúrgicos, existem
também espécies e híbridos sendo avaliados,
além do híbrido E.urograndis, tais como envolvendo E.dunnii,
E.viminalis, E.benthamii, C. citriodora, C.maculata, etc.
Dessa forma, com determinação, criatividade e cautela,
os pesquisadores buscam novos degraus tecnológicos que
possam representar segurança fitossanitária, qualidade
de florestas e de madeira e capacidade de boa carbonização,
bem como produção de carvão com qualidade
cada vez mais indicada para carbonização.
Considerações
finais
O carvão vegetal brasileiro produzido a partir da madeira
de eucalipto é definitivamente um biocombustível
sólido de enorme sucesso e com grande potencial de crescimento.
Sua tecnologia de produção se fortaleceu vigorosa
e sustentavelmente em anos recentes, frente às inovações
no processo de carbonização e na área florestal
em relação à qualidade e produtividade em
termos das madeiras dos eucaliptos. A qualidade da madeira é ainda
passível de melhorias significativas, bem como está sendo
possível se produzir florestas plantadas de eucaliptos
com cada vez melhores níveis de sustentabilidade. Em um
mundo com recursos energéticos mais e mais escassos, dispor-se
de um biocombustível renovável como é o
carvão vegetal de florestas plantadas de eucaliptos pode
representar um relevante papel para nossa sociedade.
Entretanto, há desafios a serem vencidos pelo Brasil,
tais como:
•
equacionar o problema de falta de madeira reflorestada nas quantidades
demandadas e com a maior proporção possível
com certificação florestal FSC ou CERFLOR;
•
equacionar a troca de modelo tecnológico no processo de
carbonização, pois já se dispõem
de tecnologias mais ecoeficientes e performantes;
•
equacionar o problema social de muitos brasileiros trabalhadores
na produção de carvão vegetal, os conhecidos "carvoeiros",
oferecendo a eles todos melhores qualidades no trabalho, empregos
justos e legais e felicidade e qualidade de vida às suas
famílias;
•
criar e revisar normas técnicas para o carvão vegetal
ao longo de toda a cadeia produtiva;
•
desenvolver e difundir sistemas para gerenciamento da atividade
de carvoejamento, privilegiando a profissionalização
dos pequenos e médios produtores;
•
desenvolver com mais intensidade a biocarboquímica, seus
produtos, tecnologias e mercados;
•
desenvolver e criar um modelo de gestão ecoeficiente para
as empresas que produzem carvão vegetal, reduzindo desperdícios
em matérias-primas, perdas térmicas, fluxos mássicos
de gases e de águas, poluição aérea
com gases de efeito estufa, etc., etc.;
•
integrar mais efetivamente a cadeia produtiva envolvendo floresta
plantada/carbonização/ consumidores de carvão
vegetal;
•
intensificar pesquisa e desenvolvimento em áreas prioritárias
tais como tecnologias de carbonização, biocarboquímica
e qualidade ideal da madeira para carbonização;
•
integrar a cadeia produtiva do carvão vegetal com cadeias
produtivas de outros produtos da madeira e de outras biomassas
(bagaço de cana-de-açúcar, capins e palhas,
bambu, palmáceas, etc.);
•
desenvolver arranjos produtivos mais eficientes e ecoeficientes
em todos seus aspectos e interações;
•
inserir definitivamente o carvão vegetal, suas florestas
plantadas e maneiras de produção nos mercados de
créditos de carbono criados pelo Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo;
• etc., etc.
A realidade do carvão vegetal é bem conhecida no
Brasil: suas vantagens, suas mazelas, seus pontos fracos e suas
fortalezas. O trabalho que ainda temos pela frente é enorme.
Entretanto, nada melhor do que se ter um fator tão alavancador
e motivador como a possibilidade de se produzir um biocombustível
limpo e natural, renovável e ecoeficiente. Certamente,
temos um longo caminho em direção ao futuro e à sustentabilidade.
Trabalho e desafios não faltarão ao setor. Vamos
então mergulhar com determinação nesse trabalho.
Não faltarão críticas, sugestões,
opiniões favoráveis e outras contrárias.
Todas são parte do processo de melhoria contínua
e do próprio crescimento da sociedade. Com determinação,
estudos e muitos conhecimentos científicos e tecnológicos
será possível se consolidar definitivamente o carvão
vegetal do eucalipto como um dos mais bem sucedidos biocombustíveis
gerados e consumidos pela sociedade humana. Isso tanto no Brasil,
como a nível mundial. Acreditamos muito nisso, vocês
devem ter percebido meu entusiasmo com as sugestões e
reflexões para se ter um mundo melhor em termos de bioenergias
cada vez mais limpas. Esperamos ter ajudado a que vocês
também tenham-se motivado e aprendido um pouco mais sobre
essa riqueza ímpar do Brasil que é a sua enorme
capacidade de produzir carvão vegetal com os eucaliptos.
Referências da literatura
O Brasil é o maior produtor mundial de carvão vegetal,
sendo também o que mais usa a madeira dos eucaliptos para
essa finalidade. Também o Brasil é quem mais utiliza
esse carvão para fins industriais, sendo sua siderurgia
e metalurgia altamente dependentes dessa fonte de energia renovável
e limpa (quando executada em condições de adequada
sustentabilidade). Como era de se esperar, essa atividade cresceu
e se desenvolveu no País, primeiro de forma empírica
e primitiva, mas hoje temos adequados níveis de tecnologia
em contínua evolução, graças a muita
pesquisa científica e tecnológica. Portanto, se
existe atualmente no mundo um local a se buscar conhecimentos
e tecnologias para se produzir carvão vegetal a partir
de madeira, esse País é o Brasil.
Já lhes apresentamos nessa edição uma notável
seleção de teses, dissertações e
monografias recentes sobre carvão vegetal, quase todas
publicadas em universidades brasileiras. Também lhes trouxemos
a extensa produção bibliográfica do Dr.
José Otávio Brito, um dos maiores nomes da pesquisa
brasileira e mundial acerca de carvão vegetal de eucalipto.
Também temos nessa edição o mini-artigo
da Ester Foelkel sobre a produção de alcatrão
de madeira, com muitas referências mais sobre os usos industriais
para as fumaças liberadas na produção do
carvão. Apesar disso, toda essa extensa lista de literaturas
necessita de mais algumas complementações, para
que vocês possam conhecer muito mais sobre as tecnologias
e usos da madeira de eucaliptos para produzir carvão vegetal.
Existem outros grandes nomes de pesquisadores no Brasil estudando
e dando sua contribuição para o desenvolvimento
dessa atividade de enorme importância e potencial de crescimento.
Alguns estão em universidades, em institutos de pesquisa
e mesmo em laboratórios de P&D de empresas produtoras
de carvão ou de desenvolvimento de tecnologias para esse
fim. Portanto, para completarmos essa edição especial
sobre o carvão vegetal, decidimos por lhes oferecer mais
algumas dezenas de excelentes referências da literatura
e que não foram mencionadas anteriormente nas demais seções
dessa Eucalyptus Newsletter. Com elas todas, estamos compondo
um notável banco de conhecimentos acerca do carvão
vegetal de eucalipto para suprir conhecimentos à nossa
sociedade. Também gostaríamos de homenagear alguns
outros grandes nomes da pesquisa de carvão vegetal no
Brasil, dando alguns links para algumas de suas publicações
ou currículos. Sei que é difícil se nominar
pesquisadores, com o risco de acabar se esquecendo de alguns.
Entretanto, essa é uma publicação digital,
fácil de ser corrigida. Se notarem algum nome em falta,
por favor, entrem em contacto comigo que corrigiremos a falha.
Para que conheçam um pouco mais sobre os grandes nomes
da carbonização da madeira no Brasil e alguns de
seus artigos, visitem alguns dos euca-links abaixo, tendo sido
os pesquisadores colocados por ordem alfabética de primeiro
nome:
Alexandre
Santos Pimenta - UFRN - Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, ex-professor da UFV - Universidade
Federal de
Viçosa
http://en.scientificcommons.org/#search_string=alexandre%20santos%20pimenta
http://www.renabio.org.br/arquivos/p_contribuicoes_brasil1_14389.pdf (Energia da biomassa florestal na UFV)
Angélica de Cássia Oliveira Carneiro - UFV - Universidade
Federal de Viçosa
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4760291Y7
Benedito Rocha Vital - UFV - Universidade Federal de Viçosa
http://en.scientificcommons.org/#search_string=benedito%20rocha%20vital
Dimas Agostinho da Silva - UFPR - Universidade Federal do Paraná
http://en.scientificcommons.org/#search_string=Dimas%20agostinho%20da%20silva
Fernando Carazza - UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=E6573
José Dílcio Rocha - EMBRAPA Agroenergia
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=B186107
Maria Emília Antunes Rezende - BioCarbo
http://mulheresflorestais.blogspot.com/2009/03/maria-emilia-antunes-rezende-carvao.html
Paulo César da Costa Pinheiro - UFMG - Universidade Federal
de Minas Gerais
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=E41033
Paulo Fernando Trugilho - UFLA - Universidade Federal de Lavras
http://en.scientificcommons.org/#search_string=paulo%20fernando%20trugilho
http://painelflorestal.com.br/upload/trugilho.pdf (C&T sobre
carvão vegetal na UFLA)
http://www.renabio.org.br/arquivos/p_energia_ufla_31173.pdf (Energia
da biomassa florestal na UFLA)
Waldir Ferreira Quirino - Laboratório de Produtos Florestais
- IBAMA / Universidade de Brasília
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=W73404
Sugestões para leitura
Charcoal. Wikipédia. Acesso em 19.04.2010:
http://en.wikipedia.org/wiki/Charcoal
Tecnologia mecânica. Produção
do gusa. M.
Gomes. CEFET-BA. Apresentação em PowerPoint: 21
slides. Acesso em 19.04.2010:
http://professormarciogomes.files.wordpress.com/
2008/09/aula-4-producao-do-ferro-gusa.pdf
Carvão vegetal. Atlas Sócio-Econômico do
Rio Grande do Sul. Acesso em 16.04.2010:
http://www.scp.rs.gov.br/atlas/atlas.asp?menu=608 (Sobre o carvão
vegetal)
http://www.scp.rs.gov.br/uploads/CarvaoVegetal1.pdf (IBGE/SEPLAG/DEPLAN
- Mapa do carvão vegetal no Rio Grande do Sul)
http://www.scp.rs.gov.br/uploads/CarvaoVegetal_BR.pdf (IBGE/SEPLAG/DEPLAN
- Mapa do carvão vegetal no Brasil)
Pesquisa de melhoramento florestal para carvão vegetal
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