Editorial
Meus
estimados amigos,
Bom
dia, meus caros amigos dos eucaliptos. Aqui estamos com vocês novamente, com o número 14 da nossa Eucalyptus
Newsletter. Nesse número, estaremos trazendo como sempre muitas
atualidades sobre os eucaliptos para que vocês possam conhecer
mais sobre essas árvores maravilhosas e suas utilizações.
Em
nossa seção sobre "Os
Amigos dos Eucalyptus" estamos
lhes contando um pouco da vida profissional e da produção
técnica e científica de um dos grandes nomes da moderna
silvicultura dos eucaliptos, nosso estimado amigo Dr.
José Luiz
Stape. Dr. Stape é um dedicado e competente pesquisador, educador,
extensionista e apaixonado pelas florestas plantadas dos eucaliptos.
Sua meta é conhecê-las mais, não apenas como fontes
geradoras de madeiras, mas em todo seu sentido a nível das riquezas
de seus ecossistemas e de suas eficiências ecofisiológicas.
Estou muito feliz e honrado com a oportunidade de apresentá-lo
a vocês.
Nessa
edição, estamos também lhes
apresentando o oitavo e o nono capítulos de nosso Eucalyptus
Online Book, dessa vez, ambos no idioma Português. As versões
para o inglês
já estão a caminho, logo anunciaremos os mesmos nesse
outro idioma também.
Na
seção da Ester Foelkel sobre "Curiosidades e Singularidades
acerca dos Eucaliptos" ela nos contará como, porque e quais
os eucaliptos que são utilizados para paisagismo e jardinagem.
Estamos
retornando com mais uma seção
com o diálogo
técnico com o nosso estimado Alberto Mori, em "Conversando
com Alberto Mori sobre os Papéis dos Eucaliptos". Dessa
vez o diálogo versará sobre os eucaliptos e sua utilidade
na fabricação de papéis decorativos ("decor
papers").
O
mini-artigo dessa edição será uma
breve explanação
sobre "Os Eucaliptos e a Conservação dos Solos". Esse é mais um dos temas que faz parte de uma série de
esclarecimentos que estamos buscando colocar em nossa newsletter sobre
os efeitos ambientais dos eucaliptos nos ecossistemas onde habitam
e se desenvolvem para gerar produtos para a nossa sociedade.
Caso
ainda não estejam cadastrados para receber a newsletter
e os capítulos do nosso livro online, sugiro fazê-lo através
do link a seguir: Clique
para cadastro.
Estamos
com diversos parceiros apoiadores não financeiros a esse
nosso projeto: TAPPI, IPEF, SIF, CeluloseOnline, CETCEP/SENAI,
RIADICYP, TECNICELPA, ATCP Chile, Appita, CENPAPEL, TAPPSA, SBS,
ANAVE, AGEFLOR,
EMBRAPA FLORESTAS e EUCALYPTOLOGICS - GIT Forestry. Eles estão
ajudando a disseminar nossos esforços
em favor dos eucaliptos no Brasil, USA, Chile, Portugal, Colômbia,
Argentina, Espanha, Austrália, Nova Zelândia e África
do Sul. Entretanto, pela rede que é a internet, essa ajuda
recebida deles coopera para a disseminação do Eucalyptus
Online Book & Newsletter para o mundo
todo.
Nosso muito obrigado a todos esses parceiros por acreditarem
na gente e em nosso projeto.
Conheçam nossos parceiros apoiadores em:
http://www.eucalyptus.com.br/parceiros.html
Obrigado a todos vocês
leitores pelo apoio. Já somos praticamente
6.000 pessoas que estão recebendo esses informativos da Grau Celsius.
Peço ainda a gentileza de divulgarem nosso trabalho a aqueles
que acreditarem que ele possa ser útil. Eu, a Grau Celsius, a
ABTCP, a Botnia, a Aracruz, a International
Paper do Brasil, a Conestoga-Rovers & Associates e a Suzano e os parceiros apoiadores, ficaremos todos muito agradecidos.
Um abraço a todos e boa leitura
Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br
http://www.eucalyptus.com.br
http://www.abtcp.org.br
Nessa
Edição
Capítulo
8 em Português do Eucalyptus Online Book
Capítulo
9 em Português do Eucalyptus Online Book
Referências Técnicas
da Literatura Virtual
Referências
sobre Eventos e Cursos
Euca-Links
Curiosidades
e Singularidades acerca dos Eucaliptos:
Os Eucaliptos Utilizados em Paisagismo e
Jardinagem (por Ester Foelkel)
Os
Amigos dos Eucalyptus - Dr. José Luiz Stape
Conversando
com Alberto Mori sobre os Papéis dos Eucaliptos: Papéis Decorativos
Mini-Artigo
Técnico por Celso Foelkel
Os
Eucaliptos e a Conservação do Solo

Capítulo
8 em Português do Eucalyptus Online Book
Para
baixar o arquivo (em Adobe pdf) de 10.7MB, clique no nome do capítulo.
Caso você não tiver o Adobe Reader em seu computador,
visite o site http://www.eucalyptus.com.br/disponiveis.html,
onde existem instruções de como instalá-lo.
"Os
Eucaliptos e as Leguminosas. Parte 01: Acacia mearnsii"


Capítulo
9 em Português do Eucalyptus Online Book
Para baixar o arquivo (em Adobe pdf) de 1.3MB,
clique no nome do capítulo. Caso você não tiver
o Adobe Reader em seu computador, visite o site http://www.eucalyptus.com.br/disponiveis.html,
onde existem instruções de como instalá-lo.
"Ecoeficiência
e Produção mais Limpa para a Indústria de
Celulose e Papel de Eucalipto"

Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Nessa seção,
estamos colocando, como sempre, euca-links com algumas publicações
relevantes da literatura virtual. Basta você clicar sobre os endereços
de URLs para abrir as mesmas ou salvá-las em seu computador. Como
são referências, não nos responsabilizamos pelas
opiniões dos autores, mas acreditem que são referências
valiosas e merecem ser olhadas pelo que podem agregar ao seu conhecimento.
Ou então, para serem guardadas em sua biblioteca virtual. Nessa
seção, temos procurado balancear publicações
recentes e outras antigas, que ajudaram a construir a história
dos eucaliptos. Elas versam sobre florestas, ecologia, ambiente, uso
industrial das madeiras, celulose e papel; enfim, todas as áreas
que se relacionam aos eucaliptos: seu desenvolvimento em plantações
florestais e utilizações de seus produtos.
"Forest Products Annual Market Review" -
(Inglês)
Uma publicação de 2006 sobre madeiras e mercados mundiais,
com ênfase na Europa, China e América do Norte. Estudo
conjunto da UNECE (United Nations Economic Commission for Europe) e
pela FAO (Food and Agriculture Organization). 163 pp.
http://www.unece.org/trade/timber/docs/fpama/2006/fpamr2006.pdf
Informativo Técnico do IBAMA sobre "Reposição
Florestal" - (Português)
Instrutivo documento editado pela Coordenadoria de Silvicultura do
IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis). 39 páginas. 2002
http://www.ibama.gov.br/recursos-florestais/wp-content/files/078-reposicao_florestal.pdf
Livro "Genomics of Tropical Crop Plants" - (Inglês)
Livro muito atual (2008) da editora Springer sobre os avanços
da biotecnologia e da genômica em diversas culturas, entre as
quais os eucaliptos, com o capítulo do nosso competente amigo
Dr. Dario Grattapaglia.
http://www.springerlink.com/content/ku5r2k/?p=561f32e9da424cd89abecef361182d06&pi=0
http://www.springerlink.com/content/ku5r2k/cover-large.gif
http://www.springerlink.com/content/ku5r2k/front-matter.pdf
http://www.springerlink.com/content/x4558lr1651095q3 (Capítulo
Dr. Grattapaglia - só disponível por compra junto à Springer)
Anuário Estatístico 2007 da ABRAF - (Português
e Inglês)
A ABRAF (Associação Brasileira dos Produtores de Florestas
Plantadas) recém lançou seu tradicional relatório
estatístico anual mostrando as conquistas do setor florestal
brasileiro de florestas plantadas e de suas empresas associadas.
http://www.abraflor.org.br/estatisticas.asp
http://www.abraflor.org.br/estatisticas/ABRAF08-BR.pdf (Português)
http://www.abraflor.org.br/estatisticas/ABRAF08-EN.pdf (Inglês)
Artigo "Desafíos Tecnológicos y Ambientales para
la Gestión Sustentable del Sector Forestal en los Países
de America Latina y el Caribe" - (Espanhol)
Trabalho técnico de nosso caríssimo professor chileno
Dr. Cláudio Zaror junto com O.Parra e P.González. 47 pp.,
1998
http://www.redhucyt.oas.org/ocyt/ENVIRO/sector%20forestal.pdf
Artigo "Perspectiva Fisiológica en la Producción
y Mejora del Eucalipto (con énfasis en Eucalyptus globulus)
- (Espanhol)
Artigo do professor José A. Pardos, publicado no Boletin do
CIDEU em 2007. 49 pp. O CIDEU é o Centro de Información
y Documentación del Eucalipto (http://www.uhu.es/cideu)
http://www.uhu.es/cideu/Boletin/Boletin3/BolInf3CIDEU7-55.pdf
Dissertação sobre "Qualidade, Desempenho Operacional
e Custos com o Cultivo Mínimo em Eucalyptus grandis" -
(Português)
Dissertação de Mestrado do engenheiro Vitor A. G. Fesser,
orientado pelo Dr. Marcos Milan. Defendida na ESALQ/USP em 2003. 105
pp.
http://www.rsflorestal.com.br/arquivos/artigos/c/Custo%20Cultivo%20Minimo.pdf
"Eucalyptus nitens in Spain" - (Inglês)
Publicado no website especializado em eucaliptos PrimaBio, no Reino
Unido. (http://www.primabio.co.uk/index.htm).
http://www.primabio.co.uk/bm_enitensinSpain.htm
Publicação "Sustainable Procurement of Wood and
Paper-based Products: an introduction" - (Inglês)
Uma publicação conjunta do WBCSD (World Business Council
for Sustainable Development) e do WRI (World Resources Institute),
em 2007. 18 pp.
http://www.wbcsd.org/DocRoot/OcLec5FMAeZXdpajYk09/ForestProcurementIntro.pdf
Documento da FAO sobre "Management of Wood Quality in Planted
Forests: A paradigm for global forest production" - (Inglês)
Um documento de trabalho da FAO (Food and Agriculture Organization),
de número FP/36/E, escrito por Richard Jagels, publicado em
2006 no website da FAO.
http://www.fao.org/docrep/009/j8289e/J8289E00.HTM
Documento "Brazil: a Country Profile on Sustainable Energy Development" -
(Inglês)
Excelente livro publicado de um estudo conjunto entre diferentes organizações,
como IAEA/COPPE/CENBIO/UNDESA. 339 pp. (2006)
http://www.iaea.org/OurWork/ST/NE/Pess/assets/BRAZIL_FINAL_24April06.pdf
Tese "Efeito da Irrigação e Fertilização
nas Propriedades do Lenho de Árvores de Eucalyptus grandis
x urophylla" - (Português)
Excelente tese de livre docência apresentada em 2006 à ESALQ/USP
pelo nosso estimado Dr. Mário Tomazello Filho. 146 páginas.
Um tratado sobre qualidade e anatomia da madeira de eucalipto.
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/tomazello%20filho,m.pdf
Dissertação "Efeito da Aplicação do
Lodo de Esgoto e de Fertilização Mineral no Crescimento
e Propriedades da Madeira de Árvores de Eucalyptus grandis"
Dissertação de mestrado do engenheiro florestal Carlos
Roberto Sette Jr. apresentada em 2007 à ESALQ/USP. 153 páginas.
Confiram o trabalho orientado pelo Dr. Mário Tomazello Filho
e a riqueza de dados anatômicos e de qualidade da madeira.
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-03072007-105132

Referências
sobre Eventos e Cursos
Essa
seção tem como meta principal apresentar a vocês
todos a possibilidade de navegar em eventos que já aconteceram
em passado recente, e para os quais os organizadores disponibilizaram
o material do evento para abertura, leitura e downloading em seus
websites. Trata-se de uma maneira bastante amigável e com
alta responsabilidade social e científica dessas entidades,
para as quais direcionamos os nossos sinceros agradecimentos.
Workshops "Site Management and Productivity
in Tropical Plantation Forests" - (Inglês)
Conjunto de eventos coordenados pelo CIFOR (Center for International
Forest Research - da Indonésia) em parceria com instituições
dos países onde cada evento aconteceu, entre eles: África
do Sul, Índia, Congo, China, Brasil, etc. Valioso material contendo
informações sobre florestas plantadas de Eucalyptus,
Acacia, Tectona, Pinus, etc. Imperdíveis.
1998 (Workshop na África do Sul - 77 pp.)
http://www.cifor.cgiar.org/publications/pdf_files/Books/StMgnt.pdf
1999 (Workshop na Índia - 108 pp.)
http://www.cifor.cgiar.org/publications/pdf_files/MgSite-kerala.pdf
2001
e 2003 (Workshops no Congo e na China - 228 pp.)
http://www.cifor.cgiar.org/publications/pdf_files/Books/StMgnt-tropical/Site_Management1.pdf
http://www.cifor.cgiar.org/publications/zip-file/StMgnt-tropical.zip
2004 (Workshop no Brasil)
http://www.ipef.br/eventos/2004/productivity.asp
http://www.cifor.cgiar.org/publications/pdf_files/AReports/AR2004F.pdf
Anais da Reunião Técnica do IPEF sobre "Segunda
Rotação de Eucalipto" - (Português)
Evento já antigo, de 1987, mas cuja importância deve ser
reforçada, pois a condução de florestas de eucaliptos
para mais de uma rotação é algo que deverá voltar
a ser praticado com mais intensidade frente às vantagens potenciais
sobre a reforma pura e simples do povoamento.
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr11.asp
Congresso
da IUFRO "Eucalypts and Diversity: balancing productivity
and sustainability" - (Inglês)
Excelente evento da IUFRO sobre os eucaliptos (International Union
of Forest Research Organizations) realizado em 2007 na África
do Sul, em Durban. Embora nem todas as apresentações
estejam disponibilizadas ainda, há algumas já colocadas
para se fazer o download. É bem possível que com o passar
do tempo, mais palestras sejam colocadas no website do evento, mas é bom
conferir e baixar já as que lhes interessar.
http://www.iufrodurban.org.za (Website do evento)
http://www.iufrodurban.org.za/presentations.htm (Apresentações
e palestras)
http://www.iufrodurban.org.za/poster_presentations.htm (Posters)
Simpósio
Internacional "Forest Soils under Global and Local
Changes" - (Inglês)
Evento realizado em 2004 na França. Esse livro apresenta os
resumos expandidos de algumas dezenas de trabalhos versando sobre:
manejo, microbiologia, hidrologia, produtividade, nutrição,
restauração da fertilidade, carbono, ciclagem de nutrientes,
resíduos florestais, etc. Naveguem em:
http://www.pierroton.inra.fr/IEFC/manifestations/soilsymposium2004/Abstracts.v4.pdf
Congresso
Eurosoil 2004 - (Inglês)
Website do congresso que ocorreu em Freiburg na Alemanha, com uma
grande quantidade de trabalhos técnicos sobre a ciência
dos solos.
http://www.bodenkunde2.uni-freiburg.de/eurosoil
http://www.bodenkunde2.uni-freiburg.de/eurosoil/Program_eng.htm
IUFRO "Forest
Plantations Meeting" - (Inglês)
Evento realizado em 2006 na Carolina do Sul/USA. As palestras podem
ser descarregadas tanto na forma das apresentações
em powerpoint ou como resumos em texto. Veja especialmente
as palestras
do professor Dr. Fred Cubbage (NCSU) sobre uma revisão
geral acerca das plantações florestais de rápido
crescimento e sua oferta de madeira e conservação
de recursos. Veja também a palestra de Thomas Fox sobre
sustentabilidade das plantações
florestais do sul dos Estados Unidos.
http://www.ces.ncsu.edu/nreos/forest/feop/Agenda2006/iufro_plantations/
proceedings/summary.html (Programa do evento)
http://www.ces.ncsu.edu/nreos/forest/feop/Agenda2006/iufro_plantations/
proceedings/K02s-Cubbage.pdf (Palestra Cubbage)
http://www.ces.ncsu.edu/nreos/forest/feop/Agenda2006/iufro_plantations/
proceedings/C01s-Siry.pdf (Palestra Cubbage e Siry)
http://www.ces.ncsu.edu/nreos/forest/feop/Agenda2006/iufro_plantations/
proceedings/S01s-Fox.pdf (Palestra Fox)
Evento Energia 2020 "Sustentabilidade na Geração
e Uso da Energia no Brasil: os próximos 20 anos" - (Português)
Evento realizado em 2002 na UNICAMP sobre os caminhos e as
oportunidades das diferentes fontes de energia no país,
entre as quais a biomassa.
http://www.cgu.unicamp.br/energia2020/apresentacao.html
http://www.cgu.unicamp.br/energia2020/programacao.html (Palestras
para download)

Euca-Links
A
seguir, estamos trazendo a vocês nossa indicação
para visitarem diversos websites que mostram direta relação
com os eucaliptos, quer seja nos aspectos econômicos, técnicos,
científicos, ambientais, sociais e educacionais.
Webpage do prof. Dr. Art Ragauskas - (USA)
Professor Dr. Art Ragauskas é um dos grandes pesquisadores
do IPST (Institute of Paper Science and Technology no Georgia Tech)
em Atlanta/GA. Seu currículo, suas atividades de pesquisa
em celulose, papel, nanotecnologias e em biorefinarias e muitos de
seus artigos, palestras e material didático podem ser acessados
em uma webpage muito rica em conhecimentos. Especial para alunos
de pós-graduação em celulose e papel. Visitem:
http://www.ipst.gatech.edu/faculty_new/faculty_bios/ragauskas/bio_ragauskas_art.html (Biografia do Dr. Ragauskas)
http://www.ipst.gatech.edu/faculty_new/faculty_bios/ragauskas/ragauskas_tech_reviews.html (Revisões técnicas e material de aulas em celulose
e papel, química da madeira, biorefinarias, etc)
http://www.ipst.gatech.edu/faculty_new/faculty_bios/ragauskas/ragauskas_posters.html (Palestras e posters)
http://www.ipst.gatech.edu/faculty_new/faculty_bios/ragauskas/ragauskas_presentations.html (Apresentações)
http://www.ipst.gatech.edu/faculty_new/faculty_bios/ragauskas/student_presentations/index.html
Módulo
de Cogumelos - (Brasil)
Interessantíssimo website sobre a produção de
cogumelos, entre os quais o shiitake, que tem nas toras de eucalipto
o seu substrato mais usual para crescimento. Trata-se de um rico
website, com muitos conhecimentos disponibilizados pela professores,
acadêmicos e técnicos da Faculdade de Ciências
Agronômicas da UNESP em Botucatu/SP.
http://www.fca.unesp.br/cogumelos/index.php
http://www.fca.unesp.br/cogumelos/cogumelos.php (Sobre cogumelos
comestíveis)
http://www.fca.unesp.br/cogumelos/publicacoes.php?id=16 (Sobre shiitake
em eucaliptos)
http://64.233.169.104/search?q=cache:c6j6ZQX0wBMJ:www.eduem.uem.br/acta/agro/2005_2/15_256_04.pdf
+%22Controle+de+fungos+contaminantes+no+cultivo+do+cogumelo+comest%C3%ADvel+shiitake+%22&hl
=pt-BR&ct=clnk&cd=3&gl=br (Sobre shiitake em eucaliptos)
Portal "Colheita
da Madeira" - (Brasil)
Website muito bom, com muitas teses, literaturas, fotos e recomendações
sobre a colheita mecanizada de madeira, tanto para eucaliptos
como Pinus. Visitem:
http://www.colheitademadeira.com.br (Website)
http://www.colheitademadeira.com.br/colheita/fotos (Fotos)
http://www.colheitademadeira.com.br/colheita/publicacoes (Publicações)
SBSAF
- Sociedade Brasileira de Sistemas Agroflorestais - (Brasil)
Associação de profissionais com o objetivo de difusão
de técnicas e de conhecimentos sobre as atividades de agrossilvicultura
no Brasil. Reconhecida pelos seus diversos congressos sobre esse
tema, com muitos trabalhos sobre sistemas agroflorestais com espécies
florestais nativas da Amazônia. Nesse website é possível
se ter acesso aos anais e palestras de alguns dos Congressos Brasileiros
de Sistemas Agroflorestais. Possui também uma revista eletrônica.
http://www.sbsaf.org.br (Website geral)
http://www.sbsaf.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=16&Itemid=28 (Anais dos congressos agroflorestais)
http://www.sbsaf.org.br/index.php?option=com_content&task=category§ionid=
5&id=15&Itemid=26 (Revista eletrônica)
Portal "Nutrição
de Plantas" - (Brasil)
Excelente website com ênfase em nutrição vegetal
de inúmeras culturas agrícolas, incluindo-se ainda
as plantações florestais de Eucalyptus
e de Pinus. Existem diversos artigos técnicos elencados para leitura sobre
esses dois gêneros de árvores.
http://www.nutricaodeplantas.agr.br/site/index.php
http://www.nutricaodeplantas.agr.br/site/culturas/eucalipto_pinus
Website "Eucalyptus-Passion" -
(França)
Um recente website lançado em inglês por Howard Lloyd
para promover os eucaliptos, especialmente os recomendados para situações
climáticas muito frias. Vejam a galeria de fotos, onde há uma árvore
de Eucalyptus gunnii totalmente coberta pela neve e segundo as informações
do site, sobrevivendo aos 15ºC negativos. Muitíssimo
interessante.
http://eucalyptus-passion.com/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1
http://eucalyptus-passion.com/index.php?option=com_easygallery&act=categories&cid=39&Itemid=92 (Galeria de fotos)
Website "Prima
Bio" - (Reino Unido)
Website criado em 2000 por John Purse. A principal atividade
da PrimaBio é o
desenvolvimento via melhoramento de plantas de espécies e
de variedades de Eucalyptus ornamentais para as condições
climáticas do Reino Unido. Também há uma forte
preocupação em difundir o uso dos eucaliptos através
disseminação de conhecimentos.
http://www.primabio.co.uk/index.htm
Curiosidades
e Singularidades acerca dos Eucaliptos
por Ester Foelkel
(http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html)
Nessa
edição: Os Eucaliptos Utilizados em Paisagismo
e Jardinagem
O eucalipto, além de ser utilizado
para diversos fins na indústria, gerando inúmeros
produtos úteis para a sociedade a partir de sua madeira,
tais como móveis, pisos, forros, papel, celulose e tantos
outros na indústria de base florestal, também é bastante
requisitado como planta ornamental. É muito comum se
observar a beleza dessas árvores em praças e
jardins por quase todas as partes do mundo onde tenhamos um
clima ameno e quente. Mesmo em regiões mais frias na
Europa e nos Estados Unidos isso também tem sido conseguido.
O principal motivo é o mesmo das fábricas que
o utilizam como matéria-prima de produtos industriais.
O eucalipto é uma planta de rápido crescimento,
vegeta o ano todo sem perder as suas folhas e consegue se sobressair
em relação a muitas outras espécies de
plantas. No caso da jardinagem, isso é favorável
para a geração de sombras e flores em um curto
período de tempo.
As outras razões que tornam
esse gênero já bastante
comum no paisagismo é a beleza da árvore e a
diversidade de espécies que podem ser utilizadas para
esse fim. Há espécies de eucaliptos que possuem
flores e frutos grandes e coloridos. Outras em que suas folhas
são de texturas e colorações ornamentais.
Há ainda espécies em que as cascas é que
chamam a atenção na paisagem, também sendo
utilizadas como ornamento de jardins. Isto ainda sem falar
do cheiro agradável das folhas quando agitadas pelo
vento e também do magnífico odor floral característico
de algumas espécies. Este último atrai polinizadores
que podem ser observados na maioria das espécies de
eucaliptos, trazendo maior beleza e biodiversidade na área.
Mudas
de porte médio provenientes de sementes de espécies
de eucalipto podem ser plantadas diretamente no solo do jardim,
ou são acondicionadas em recipientes como vasos grandes
ou "containers", criando-se assim espécies
de macro-bonsais. Os eucaliptos em vasos, se devidamente cuidados,
podem inclusive florescer e frutificar, dando grande beleza
ao ambiente.
Lembrar porém que os eucaliptos são
pouco tolerantes a geadas não podendo ser plantados
em regiões
de invernos muito rigorosos. O limite térmico varia
de 8 a –7° C para espécies ornamentais de
flores vermelhas, mas isso depende também da freqüência
dos dias frios. Quanto mais dias frios seguidos, pior é para
a adaptação ou mesmo para a sobrevivência.
Se o clima for muito frio, espécies mais tolerantes
devem ser buscadas (Eucalyptus pulverulenta, E. pleurocarpa,
E.gunnii, E.caesia, etc.)
As principais práticas de manejo
para os eucaliptos na jardinagem são:
•
Adquirir mudas de boa qualidade genética e livres de
doenças. Comprar mudas em floriculturas confiáveis é o
primeiro cuidado que se deve ter na aquisição
de espécies ideais para a jardinagem.
•
Para plantio no solo, a escolha do local deve ser bastante
discutida, evitando proximidade com casas, muros e fiações
elétricas. Os eucaliptos, mesmo os de médio porte,
são considerados árvores de sistema radicular
profundo e vigoroso. Logo, elas podem danificar calçadas,
construções e encanamento se não houver
este planejamento anterior. Mesmo para as espécies arbustivas
devemos tomar as precauções válidas pois
são também plantas de rápido crescimento.
•
Os eucaliptos são plantas que necessitam de insolação
direta para o seu melhor desenvolvimento. Eles não toleram
ambientes sombreados, muito escuros ou mesmo alagados. Isto
deve ser considerado na escolha do local de plantio. Não
plante em sombra ou meia sombra, pois isso poderá inclusive
ocasionar a incidência de doenças na planta e
diminuir sua taxa de desenvolvimento. Tampouco plante em áreas
alagadas de brejo do seu jardim na esperança de que
as plantas irão secá-las. Você pode estar
condenando essas plantas à morte pela incapacidade do
sistema radicular viver em ambientes sem ar no solo.
•
A época recomendada para o transplante das mudas para
o local definitivo é da primavera ao verão, evitando
períodos frios principalmente no estabelecimento da
muda.
•
Adubação da cova de plantio deve ser feita com
adubo N-P-K e micro-nutrientes. O eucalipto é considerado
uma planta sensível à falta de fertilidade, necessitando
de nutrientes em quantidades adequadas.
•
O eucalipto, principalmente quando na forma de mudas, também
necessita de irrigação nas épocas mais
quentes do ano.
•
O combate às pragas como formigas cortadeiras deve ser
efetuado principalmente para as mudas que são mais sensíveis,
podendo essas inclusive morrer caso esse controle não
seja feito.
•
Conforme o eucalipto vai crescendo, a poda e o desbaste são
manejos recomendados também na jardinagem, tanto para
fins estéticos, como para o controle do crescimento.
Este último é considerado uma poda mais drástica.
Há espécies de eucaliptos que possuem bom rebrote,
podendo ser desbastadas até mesmo a uma certa altura
do tronco em relação ao solo.
•
Existem também espécies de Eucalyptus (ou de
Corymbia) que já podem ser compradas enxertadas ou até mesmo
clonadas. Suas mudas geralmente são mais caras, mas
possibilitam uma floração precoce e uma maior
resistência a doenças de raízes, que é dada
pelo porta-enxerto.
Há um grande número espécies
que são
utilizadas para o paisagismo em todo o mundo; contudo, são
nos parques e jardins de seu país de origem (Austrália)
que se encontra a maior concentração. Naquele
país são usadas muitas espécies, como:
Eucalyptus leucoxylon, Eucalyptus erythrocorys, Eucalyptus
caesia, Eucalyptus youngiana, Eucalyptus multicaulis, Eucalyptus
macrandra e Corymbia ficifolia.
No
Brasil, existem três
espécies de "eucaliptos" mais
usadas para fins paisagísticos, estas são: Corymbia
ficifolia, Eucalyptus cinerea e Corymbia ptychocarpa. A espécie
Corymbia citriodora também costuma ser plantada devido
ao seu odor extremamente agradável. Percebe-se então
que a maioria de nossos eucaliptos ornamentais são na
verdade do gênero Corymbia, reclassificados que foram
há alguns poucos anos atrás pelos botânicos
taxonomistas.
Corymbia
(Eucalyptus) ficifolia – Conhecido
como eucalipto vermelho ou eucalipto de jardim é um
dos considerados mais ornamentais. Originário do oeste
australiano, possui porte pequeno a médio (até 10
metros), gera grande número de flores, contudo é susceptível
a geadas e não se desenvolve perante baixas temperaturas.
Suas flores são grandes e em abundância . Em
regiões
de clima temperado, pode ser substituído pelo Eucalyptus
leucoxylon que é tolerante ao frio.
Eucalyptus
cinerea – Nos Estados Unidos E. cinerea é também
chamado de "Silver Dollar". Isso devido ao aspecto
das suas folhas arredondadas que possuem uma coloração
azul prateada. Na Austrália, essa espécie é chamada
de "Blue Gum" e são as folhas a sua parte
de maior ornamento e beleza.
Corymbia
(Eucalyptus) ptychocarpa – Originária
do norte e oeste australiano, é uma árvore de
porte mediano e pouco resistente ao frio, tendo seu melhor
desenvolvimento geralmente entre as temperaturas de 10 a 40° C.
Possui floração abundante e de coloração
vermelha.
Corymbia
(Eucalyptus) citriodora - Espécie
muito comum entre nós com utilização industrial
para extração de seu óleo essencial que é usado
largamente na produção de detergentes, sabões,
aromatizantes, etc.
Conheça mais sobre as espécies
de eucaliptos ornamentais mencionadas no texto, características,
tratos culturais e fotos de sua beleza nos websites indicados
a seguir.
Um dos mais interessantes e ricos nesse tema é o website
de nosso amigo Gustavo Iglesias Trabado (GIT Forestry) e de
seu blog "Eucalyptologics" , com muitas referências
sobre eucaliptos para fins ornamentais.
http://git-forestry.com/ornamental/intrornamental.htm (Espanhol)
http://git-forestry.com/ornamental/EucaliptosParaJardineria01.htm (Espanhol)
http://git-forestry-blog.blogspot.com (Inglês)
http://git-forestry-blog.blogspot.com/2007/09/container-grown-ornamental-eucalyptus.html (Inglês)
http://git-forestry.com/OrnamentalEucalyptusWorldwideBUDS.htm (Inglês)
http://git-forestry-blog.blogspot.com/2008/02/cold-hardy-pink-flowering-eucalyptus.html (Inglês)
http://www.primabio.co.uk/ornamentals.htm (Inglês)
http://zipcodezoo.com/Plants/C/Corymbia_citriodora.asp (Inglês)
http://www.metrotrees.com.au/treehandbook/page-listings/corymbia-Eucalyptus-citriodora.html (Inglês)
http://zipcodezoo.com/Plants/C/Corymbia_ficifolia.asp (Inglês)
http://www.metrotrees.com.au/treehandbook/page-listings/corymbia-eucalyptus-ficifolia.html (Inglês)
http://www.dierbergertropicais.com.br/luisbacher/albuns/arvores/pages/Eucalyptus%20ficifolia_jpg.htm (Português)
http://dias-com-arvores.blogspot.com/2004/07/red-flowering-gum.html (Português)
http://www.gardening.eu/plants/Masts/Eucalyptus-ficifolia/3359 (Inglês)
http://zipcodezoo.com/Plants/C/Corymbia_ptychocarpa.asp (Inglês)
http://gvcocks.homeip.net/PlantFamilies/Myrtaceae/Eucalyptus/ptychocarpa/eucalyptus_ptychocarpa.htm (Inglês)
http://www.dierbergertropicais.com.br/luisbacher/albuns/arvores/pages/Eucalyptus%20Ptychocarpa_jpg.htm (Português)
http://www.arbolesornamentales.com/Eucalyptuscinerea.htm (Inglês)
http://www.ces.ncsu.edu/depts/hort/consumer/factsheets/trees-new/eucalyptus_cinerea.html (Inglês)
http://www.fotosearch.com.br/NGF006/73614637 (Português)
http://asgap.org.au/APOL31/sep03-2.html (Inglês)
http://www.mobot.org/gardeninghelp/plantfinder/Plant.asp?code=A509 (Inglês)
http://www.abc.net.au/gardening/stories/s914096.htm (Inglês)
http://www.actahort.org/members/showpdf?booknrarnr=630_9 (Inglês)
http://www.mobot.org/gardeninghelp/plantfinder/Plant.asp?code=A509 (Inglês)
http://www.backyardgardener.com/plantname/pda_85c0.html (Inglês)
http://www.edirectory.co.uk/pf/880/mia/d/standard+gum+tree+eucalyptus+gunnii+plant/pid/4262180 (Inglês)
http://www.english-country-garden.com/trees/eucalyptus.htm (Inglês)
http://www.abc.net.au/gardening/stories/s2169749.htm (Inglês)
http://www.gardenexpress.com.au/forum/viewtopic.php?f=23&t=5069 (Inglês)
http://plants.usda.gov/java/profile?symbol=EUCI80 (Inglês)
http://www.parkseed.com/webapp/wcs/stores/servlet/StoreCatalogDisplay?storeId=10101&catalogId=10101&langId
=-1&mainPage=prod2working&ItemId=3179&cid=pext00008 (Inglês)
http://www.australianwatergardener.com/print_page.asp?category=298&ID=620 (Inglês)
http://www.treeworld.info/attachments/f29/42d1170110769-tree-roots-pipes
-se-water-australia-treeroots.pdf (Inglês)
http://www.australianwineandbeer.com/natives/natives.htm (Inglês)
http://www.casaecia.arq.br/arvoresl.htm (Português)
http://www.fazendacitra.com.br/dierberger/content/view/40/34 (Português)
http://www.dwpicture.com.au/picture.asp?image_number=72660&picture=
72660&cat=Flowers,%20Shrubs,%20Trees%20-%20E&cat2=
Flowers,%20Shrubs,%20Trees%20-%20E&cat3 (Inglês)

Os
Amigos dos Eucalyptus
Dr. José Luiz Stape
Dr.
José Luiz Stape é um dos grandes nomes da moderna
silvicultura brasileira. Sua contribuição científica
acerca das plantações de eucaliptos em termos de
sua fisiologia, manejo, seqüestro de carbono e eficiência
de uso de luz, água e nutrientes tem sido notável.
Além de sua considerável vocação para
a ciência, Dr. Stape é também um grande educador,
não apenas de seus alunos na ESALQ/USP, mas de agrônomos,
técnicos agricultores e sociedade em geral. Tem sempre colocado
forte ênfase em temas de extensão e educação,
dando assim importante contribuição para que a sociedade
possa entender cada vez mais sobre os eucaliptos, suas florestas,
suas utilizações e as sobre as formas de minimizar
impactos e otimizar performances.
José Luiz
Stape nasceu em Tatuí - SP, no ano de 1962.
Hoje, aos 46 anos, é um dos grandes cidadãos da ciência
da eucaliptocultura mundial. Stape vem de uma família que possuía
terras e tinha atividades agrícolas, dai seu gosto pelas
coisas da agricultura. Entretanto, não foi a agronomia,
nem a engenharia florestal, a sua primeira tentativa universitária
na busca de uma profissão. Estudou logo no início,
e durante dois anos, medicina na USP - Universidade de São
Paulo, até descobrir
que tinha outra vocação, a da utilização
produtiva da terra. Por
isso, mudou-se para a ESALQ - Escola Superior de Agricultura "Luiz
de Queiroz" para estudar engenharia
agronômica, onde se formou em 1985. Como havia se identificado
muito com as atividades de silvicultura e já tinha inclusive
um emprego na área florestal na empresa Eucatex, decidiu
agregar isso em seu currículo. Em apenas um ano, fez na
ESALQ as disciplinas que lhe permitiriam ser também engenheiro
florestal, tendo-se formado em engenharia florestal em 1986.
Antes
de iniciar sua carreira como professor universitário
na mesma ESALQ onde se formou, trabalhou como engenheiro de pesquisa
florestal nas empresas Eucatex e Ripasa. Nessa última,
fez parte de uma das mais renomadas equipes da silvicultura brasileira,
onde compôs-se com Nelson Barbosa Leite, Edson Balloni,
Edson Martini, Arnaldo Salmeron, Ademir Cunha Bueno, Lineu Wadouski
, José Zani
Filho, Carlos Alberto Guerreiro e Pablo Vietz Garcia. Realmente,
uma equipe de peso e cujos profissionais muito contribuíram
e têm contribuído para o sucesso da silvicultura
brasileira. Durante seu tempo na Ripasa, teve a autorização
para fazer seu curso de mestrado em agronomia na ESALQ, elegendo
a área
de Estatística e Experimentação Agrícola,
sob a orientação do grande professor Humberto de
Campos. Sua dissertação de mestrado teve o título "Uso
do delineamento sistemático tipo leque no estudo de espaçamentos
florestais".
Em 1992
montou com seus colegas José Zani Filho e Carlos Alberto
Guerreiro uma empresa de consultoria florestal, a GSZ, onde pode
atuar como técnico e empresário. Entretanto, sua
vocação era a academia e a pesquisa. Em 1995, participou
do concurso público para a posição de professor
de silvicultura da ESALQ, ocupando a vaga do nosso estimado amigo
Dr. João Walter Simões, que se aposentara. Na ESALQ,
a partir de 1995, tem construído sua carreira acadêmica,
com muito brilho e enorme produção acadêmica
e científica.
Entre
1998 até 2002, quando obteve seu
Ph.D., realizou seus estudos de doutorado na Colorado State University,
nos Estados Unidos
da América, sob a orientação do Dr. Dan Binkley.
Sua opção por essa universidade deveu-se à reconhecida
competência do Dr. Binkley em estudos de produtividade e
ecofisiologia florestal, inclusive com eucaliptos, já que
tinha experimentos com o gênero no Hawaii. Seu co-orientador
foi Dr. Mark Ryan, outra personalidade nessa área de estudos.
Sua tese de doutorado teve o título "Production ecology
of clonal Eucalyptus plantations in Northeastern Brazil".
Esse trabalho constitui-se em marco científico nos estudos
de plantações
de Eucalyptus e tem sido referência mundial sobre esse tema,
com milhares de citações e de referências.
A partir de 2002, com essa agregação de "know-how" que
conseguiu somar à eucaliptocultura, sua carreira adquiriu
um nível de maturidade tal que tem sido regularmente convidado
para palestras, cursos, eventos e artigos nas mais diversas regiões
do mundo.
Suas
principais linhas de investigação
têm sido
desde então:
•
Silvicultura de florestas plantadas;
•
Modelagem ecofisiológica de sistemas florestais com ênfase
na aplicação prática dos modelos;
•
Fixação e alocação de carbono em florestas
(biomassa e solo);
•
Espaçamentos de plantio e desbastes;
•
Seqüestro de carbono e dinâmica do carbono no solo;
•
Nutrição e fertilização de florestas;
•
Processos de transferência e balanço de água
e de nutrientes;
•
Modelos de regeneração florestal visando seqüestro
de carbono;
•
Uso de lodo de esgoto em plantações florestais;
•
Restauração florestal com espécies nativas (Mata
Atlântica, Cerrado e Pantanal) usando os conceitos desenvolvidos
para as florestas plantadas de exóticas.
Seus
projetos para o futuro incluem estudos mais avançados
sobre as plantações de eucaliptos em termos da
modelagem de seu crescimento e uso de água, luz e nutrientes.
Tem ainda o propósito de desenvolver zoneamentos edafoclimáticos
para as plantações de eucaliptos, a exemplo do
que foi feito no passado pelo nosso grande mestre Dr. Lamberto
Golfari
na década dos 70's. Somente que agora com os conhecimentos
construídos nesses 30 anos de silvicultura a mais do que
dispunha o Dr. Golfari naquela época.
Academicamente, professor Stape é um professor de muito sucesso,
tendo sido regularmente homenageado pelas recentes turmas de formandos
da ESALQ. Além disso, orienta não apenas estudantes
de pós-graduação em seus trabalhos de pesquisa
para dissertações e teses, mas também trabalhos
de conclusão, trabalhos de iniciação científica
de jovens pesquisadores, etc. São dezenas de trabalhos nessas
circunstâncias. Em termos de produção científica,
também são centenas suas contribuições
em artigos técnicos e científicos, palestras em eventos,
entrevistas, colunas, etc., etc. Enfim, uma carreira rica na criação
de conhecimentos acompanhada da divulgação dos mesmos
para a sociedade que necessita deles. O setor florestal brasileiro
tem exatamente por isso, um enorme reconhecimento pelo que tem feito
o professor Stape pelo setor. Exatamente por isso mesmo, perguntei
ao Dr. Stape o que ele acredita que realmente agregou de valor para
esse setor de florestas plantadas do Brasil. Sua resposta foi: "contribuir
para a mudança de raciocínio do setor florestal para
não pensar apenas na produtividade em madeira nas florestas
plantadas, mas para algo muito mais amplo, cujos detalhes ainda necessitam
ser melhores descobertos em termos de uso eficiente de água,
luz e nutrientes. Acredita que muito breve será possível
fazer predições sobre todo o ecossistema florestal
com base nesses indicadores, desenvolvendo-se modelos florestais
que permitam produzir madeira de forma muito mais eficiente e com
menores impactos sobre os ecossistemas."
NA ESALQ e também via IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos
Florestais), tem tido muito empenho em alguns projetos de ensino,
pesquisa e extensão que coordena ou que participa como colaborador
entusiasmado.
Dentre esses projetos destacam-se:
Brasil Eucalyptus Produtividade Potencial - Brazil Eucalyptus Potential Productivity (BEPP)
Este é um projeto de pesquisa cooperativa de 2 universidades
(Universidade de São Paulo-ESALQ e Colorado
State University), 8 empresas florestais (Aracruz Celulose,
Cenibra, Copener Florestal, Internacional Paper, Suzano Bahia
Sul Celulose,
Votorantim Celulose e Papel, Veracel Celulose, V & M Florestal),
o IPEF, a Rocky Mountain Research Station do USDA Forest Service,
o CNPq e o CIRAD/França. As empresas implantaram as áreas
experimentais entre os anos de 2000 e 2004. As áreas têm,
em média, cinco hectares com seis tratamentos e utilizam o
material genético (clone) específico de cada empresa.
Conheçam mais sobre o BEPP em:
http://lamar.colostate.edu/~binkley/Brazileucalyptus.htm
http://www.ipef.br/bepp
http://www.ipef.br/bepp/bepp.asp
O BEPP possui quatro linhas
de pesquisa, as quais norteiam os grupos de trabalho, compostos pelos
pesquisadores e engenheiros
das empresas:
•
Balanço de carbono em Eucalyptus;
•
Uso e eficiência do uso de recursos naturais pelo Eucalyptus;
•
Estratificação florestal e produtividade em Eucalyptus;
•
Modelagem ecofisiológica.
PTSM - Programa Temático de Manejo e Silvicultura
do IPEF
http://www.ipef.br/ptsm
O PTSM iniciou-se em 1995 com o objetivo de estudar os efeitos
do cultivo mínimo do solo na produtividade florestal e na sustentabilidade
da produção. Iniciado em 1995 era composto por 3 empresas
florestais. Evoluiu e incorporou as áreas de silvicultura,
mecanização florestal e modelagem. É composto
hoje por 14 empresas florestais, via Instituto de Pesquisas e Estudos
Florestais, e realiza cerca de 3 reuniões anuais. A coordenação
científica do PTSM está a cargo dos professores da
ESALQ: Prof. José Leonardo de Moraes Gonçalves; Prof.
José Luiz Stape e Prof. Fernando Seixas.
TUME - Teste de Uso Múltiplo de Eucalyptus
http://www.tume.esalq.usp.br
http://www.esalq.usp.br/destaques.php?id=116
TUME significa "Teste de Uso Múltiplo de Eucalyptus" e
visa gerar conhecimentos e difundir a eucaliptocultura para pequenos
e médios produtores rurais. Efetivamente implantado em 2002,
o projeto está presente em quase 100 propriedades rurais.
Devido à diversidade de climas e solos em nosso país, é fundamental
o amplo teste das espécies de Eucalyptus para avaliar sua
adaptabilidade, crescimento e potencial de uso pelos produtores rurais.
O TUME é uma criação e um sonho do professor
Stape, que se encanta com as atividades de extensão a agricultores.
O projeto iniciou-se em 1995 para que os agricultores pudessem conhecer
mais sobre os diferentes "eucaliptos", e escolher assim
o mais adequado às suas demandas, plantando-os de acordo com
o zoneamento ambiental das propriedades. Assim, o TUME utiliza mais
de 20 espécies com potenciais madeireiros para: lenha, carvão,
celulose, moirões, postes, tábuas, vigas e móveis;
e não-madeireiros para: óleo essencial, mel, shiitake,
ornamentação e quebra-vento. As espécies estudadas
pelo TUME são: E.benthamii, E.botryoides, E.camaldulensis,C.citriodora,
E.cloeziana, E.deanei, E.deglupta, E.dunnii, E.grandis, C.maculata,
E.microcorys, E.paniculata, E.pellita, E.phaeotricha, E.pilularis,
E.propinqua, E.ptychocarpa, E.pyrocarpa, E.resinifera, E.robusta,
E.saligna, E.tereticornis, C.torelliana, E.urophylla, E.viminalis e vários híbridos.
Disciplina LCF - 1581: Recursos Florestais em Propriedades
Agrícolas
- oferecida para o curso de agronomia da ESALQ/USP
http://naeg.prg.usp.br/relatorio/disciplina.phtml?id_disciplina=LCF1581
Essa disciplina tem um programa bastante eclético e muito útil
para a sociedade, e consegui a promessa do professor Stape de colocar
todo o conteúdo das aulas constantemente à disposição
dos interessados no website pessoal que está em construção
por ele: http://www.esalq.usp.br/lcf/~stape.
Nesse mesmo website deverão ser postadas suas teses,
muitos artigos e palestras, etc.
Curso ou Reunião de Atualização em Eucaliptocultura
Evento regular que o professor Stape coordena e que é oferecido
a engenheiros, técnicos e produtores rurais, com a
finalidade de dar-lhes conhecimentos sobre o cultivo dos
eucaliptos. Conheçam
o programa em:
http://www.ipef.br/eventos/2007/eucaliptocultura7.asp
Para conhecer mais sobre a carreira do professor Dr. José Luiz
Stape, sugerimos que naveguem em alguns currículos
que sintetizam sua vida acadêmica e profissional:
Plataforma
de currículos CNPq Lattes Brasil
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4769549D3&tipo=completo
Sistema
Atena da USP
http://sistemas.usp.br:/atena/atnCurriculoLattesMostrar?codpes=915164
Website
do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ/USP
http://lcf.esalq.usp.br/docentes.asp
http://especialistas.usp.br/especialistas/especialistaObter?codpes=915164
Professor Stape possui uma enorme produção acadêmica,
dezenas de trabalhos publicados, 8 capítulos de livros e um
livro do qual foi editor junto com seu grande parceiro no Departamento
de Ciências Florestais da ESALQ/USP, o professor José Leonardo
de Moraes Gonçalves. O titulo desse livro, essencial para
quem está no setor, é "Conservação
e cultivo de solos para plantações florestais".
Conheça-o em:
http://www.ipef.br/publicacoes/livroconservacao
http://www.ipef.br/publicacoes/livroconservacao/capitulos.asp
Desenvolveu ainda um software em parceria com Moisés Rabelo
de Azevedo para utilização em silvicultura
de eucalipto, o SoftBEPP, que consiste em armazenar,
processar e exportar dados
climáticos, edáficos, biológicos
e fisiológicos
de todos os ensaios do BEPP: http://www.ipef.br/publicacoes/ipefnoticias/ipefnoticias175.pdf
Na
sua carreira, Dr. Stape tem trabalhado com alguns
pesquisadores que se constituem em freqüentes
co-autores em suas publicações.
Destacam-se como mais usuais colaboradores em suas
pesquisas:
Dan
Binkley:
http://lamar.colostate.edu/~binkley/research.htm
http://lamar.colostate.edu/~binkley/publications
http://www.colostate.edu
http://welcome.warnercnr.colostate.edu/frws-home/index.php
Mark
G. Ryan:
http://lamar.colostate.edu/~mryan/
http://lamar.colostate.edu/~mryan/publications.htm
http://academic.evergreen.edu/projects/ican/research/researchers/CV_Ryan.pdf
José Leonardo de Moraes Gonçalves:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4786386H3&tipo=completo
Fábio Poggiani:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4783527Y1
Jean Paul Laclau:
http://publications.cirad.fr/auteur.php?mat=1297
http://www.cirad.org.br/bresil_fr/recherche_et_developpement/
systemes_de_cultures_durables/eucalyptus_et_environnement
http://www.cirad.fr/ur/index.php/ecosystemes_plantations/
th_mes_de_recherche/focus_sur_les_projets/eucalyptus_au_bresil
http://www.cirad.org.br
http://www.cirad.org.br/content/download/696/4461/version/6/file/303br.pdf
Meu estimado amigo Dr. José Luiz Stape, pelo pesquisador e
educador determinado e competente que você é,
pelo que você tem feito e continuará fazendo
pelos Eucalyptus,
pela silvicultura e pelo setor de base florestal
no Brasil, agradecemos muito em nome da coletividade
do nosso setor e de seus inúmeros
amigos e admiradores.
Conheçam mais do
talento do professor Stape lendo suas obras,
entre as quais teses, artigos e palestras.
• Tese de Doutorado:
Production ecology of clonal Eucalyptus plantations
in Northeastern Brazil. J.L.Stape. Tese de Doutorado. Colorado
State University. 237 pp. (2002)
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/stape,jl.pdf
•
Artigos técnicos e científicos (entre os quais teses
e dissertações de seus orientados
na USP):
Production and carbon allocation
in a clonal Eucalyptus plantation with water
and nutrient
manipulations. J.L.Stape; D.Binkley;
M.G.Ryan. Forest Ecology and Management 255:
920 – 930.
(2008)
http://www.fs.fed.us/rm/pubs_other/rmrs_2008_stape_j001.pdf
Influência do desbaste e da fertilização no deslocamento
da medula e rachadura de tora de Eucalyptus grandis. I.L. Lima; J.N.Garcia;
J.L.Stape. Cerne 13(2): 170 – 177. (2007)
http://www.dcf.ufla.br/cerne/Revistav13n2-2007/06%20artigo%20397.pdf
Caracterização ecofisiológica de espécies
nativas da Mata Atlântica sob dois níveis de estresse
induzidos pelo manejo florestal em área de restauração
florestal no estado de São Paulo. C.M.I.Servin.
Tese de Doutorado. ESALQ/USP. 95 pp. (2007)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-05092007-140157
Ganhos de produtividade de plantações clonais de Eucalyptus
urophylla e suas correlações com variáveis edafoclimáticas
e silviculturais. J.M.A.Ferreira. Dissertação
de Mestrado. ESALQ-USP. 85 pp. (2007)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-09052007-165212
Control of production and carbon allocation
in Eucalyptus. M.Ryan; D.Binkley; J.L.Stape.
Symposium
IUFRO "Eucalypts and diversity:
balancing productivity and sustainability". Apresentação
em PowerPoint: 24 slides. (2007)
http://www.iufrodurban.org.za/Presentations/Monday/MichaelRyanIUFRO2007Durban.pdf
Diferença na alocação de uma reserva legal de
critérios ambientais versus uma de critérios técnico-econômicos
com o uso de ferramentas de SIG. P.G.Molin; J.L.Stape. Anais XIII
Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. p.: 1749 – 1756.
(2007)
http://209.85.165.104/search?q=cache:gXmyKy5CFL4J:marte.dpi.inpe.br/col/
dpi.inpe.br/sbsr%4080/2006/11.14.20.03/doc/1749-1756.pdf+stape+pdf
+eucalyptus&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=83&gl=br
Efeito do desbaste e da fertilização nas tensões
de crescimento em Eucalyptus grandis. I.L.Lima; J.N.Garcia; J.L.Stape;
S.M.S.Piedade. Scientia Forestalis 70: 171 – 183.
(2006)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr70/cap17.pdf
Avaliação da sustentabilidade nutricional de plantio
de Pinus taeda usando um balanço de entrada-saída de
nutrientes. J.C.M.Bizon. Dissertação
de Mestrado. ESALQ/USP. 96 pp. (2006)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-22102007-092659
Fisiologia e crescimento florestal. J.L.Stape.
Seminário IPEF "Integração
e Atualização Técnica em Floresta Plantada".
Apresentação em PowerPoint: 71 slides.
(2006)
http://www.ipef.br/eventos/2006/integracao/Palestra02.pdf
Tree-girdling to separate root and heterotrophic
respiration in two Eucalyptus stands in Brazil. D. Binkley; J.L.Stape;
E.N. Takahashi;
M.G. Ryan. Oecologia 148: 447 – 454. (2006)
http://welcome.warnercnr.colostate.edu/~dan/papers/Oecologia_2006_Girdle.pdf
A twin-plot approach to determine nutrient
limitation and potential productivity in
Eucalyptus plantations
at landscape
scales
in Brazil. J.L.Stape; D.Binkley; W.S.Jacob;
E.N. Takahashi. Forest
Ecology
and Management 223: 358 – 362. (2006)
http://welcome.warnercnr.colostate.edu/~dan/papers/FEM_2006_TwinPlot.pdf
Zonas edafoclimáticas aptas para especies forestales bajo
escenarios de cambio climático: um estudio de caso en Costa
Rica. A.P.C.Ferez; J.L.Stape; M.R.Vallejos; P.Imbach. Relatório
ESALQ/CATIE. 32 pp. (2006)
http://www.catie.ac.cr/BancoMedios/Documentos%20PDF/Cervi,%20A.P.
%202006.%20Zonas%20edafoclim%C3%A1ticas%20aptas%20para
%20especies%20forestales.pdf
Aplicação de métodos geoestatísticos
para identificação de dependência espacial na
análise de dados de um experimento em delineamento sistemático
tipo "leque". M.L.Oda. Dissertação
de Mestrado. ESALQ/USP. 88 pp. (2005)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11134/tde-22082005-135811/publico/MelissaOda.pdf
Erosão hídrica e desenvolvimento inicial do Eucalyptus
grandis em um argissolo vermelho amarelo submetido a diferentes métodos
de preparo do solo no Vale do Paraíba – SP. M.C.P.Wichert.
Dissertação de Mestrado. ESALQ/USP. 84
pp. (2005)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-06012006-170804
Growth, yield and system performance simulation
of a sugarcane-eucalyptus interface in a
sub-tropical region
of Brazil. L.F.G.Pinto;
M.S.Bernardes; J.L.Stape; A.R.Pereira. Agriculture,
Ecosystems & Environment
105(1/2): 77 – 86. (2005)
http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6T3Y-4D3WHCW-
3&_user=10&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&view=c&_acct=C000050221 & _version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=25af9763a3f4fd45ad71859edcddfc09
Sustainable management of Eucalyptus plantations
in a changing world. D.Binkley; J.L.Stape.
IUFRO Congress "Eucalyptus in a Changing
World". Aveiro. 7 pp. (2004)
http://welcome.warnercnr.colostate.edu/~dan/papers/PortugalSustain.pdf
Thinking about efficiency and resource use
in forests. D. Binkley; J.L. Stape; M.G.
Ryan. Forest
Ecology
and Management 193:
05 – 16.
(2004)
http://welcome.warnercnr.colostate.edu/~dan/papers/FEM_193_Efficiency.pdf
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O uso de resíduos da indústria de celulose como insumo
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E.A.Balloni. IPEF 40: 33 – 37. (1988)
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Variação dos teores de alburno e de cerne em árvores
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M.Tomazello; R.Moya; J.T.S.Oliveira;
J.L.Stape. (sem referência
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http://www.iufro.org/uploads/media/t2-tomazello-mario-et-al-prop-mad-euc.doc
Avaliação da qualidade do plantio dos testes do uso
múltiplo do eucalipto (TUME) através do índice
de sobrevivência com 1 ano. C.Z.Souza;
C.A.P.Lobato; A.R.Vergani; J.L.Stape. Semana
de Iniciação Científica USP.
1 pp. (sem referência de data)
http://www.usp.br/siicusp/15Siicusp/3696.pdf
Carbon allocation in forest systems. M.Ryan;
C.Litton; D.Binkley; J.L.Stape; C.Giardina.
Rocky Mountain
Research Station. Apresentação
em PowerPoint: 35 slides. (sem referência
de data )
http://lamar.colostate.edu/~mryan/Seminars/Carbon%20Allocation%20in%20Forest%20Ecosystems.pdf
Environmental determinants of productivity
in Eucalyptus plantations. D.Binkley;
J.L.Stape; M.Ryan. Apresentação em PowerPoint:
38 slides. (sem referência de data)
http://www.dsr.inpe.br/dsr/vianei/cc_uape/Binkley.pdf
Cycles biogéochimiques en plantations d’eucalyptus au
Brésil. J.P.Laclau. CIRAD
(sem referência
de data)
http://www.cirad.fr/ur/index.php/ecosystemes_plantations/content/
download/656/2873/file/Cycles%20biogéochimiques.pdf
•
Pontos de vista ou colunas de opinião:
A expansão florestal no hemisfério sul. J.L.Stape.
Revista Opiniões (Jun/Ago). (2007)
http://www.revistaopinioes.com.br/Conteudo/CelulosePapel/Edicao008/Artigos/Artigo008-00-G.htm
Como abordar a sustentabilidade das florestas
plantadas. J.L.Stape. Revista
Opiniões.
(Mar/Mai). (2006)
http://www.revistaopinioes.com.br/Conteudo/CelulosePapel/Edicao003/Artigos/Artigo003-13-G.htm
A pesquisa silvicultural e a visão sócioambiental são
imprescindíveis para os novos clusters florestais. J.L.Stape.
Revista Opiniões. (Dez 2007/Fev
2008). (2008)
http://www.revistaopinioes.com.br/Conteudo/CelulosePapel/Edicao010/Artigos/Artigo010-21-G.htm
*A foto do Dr. José Luiz Stape apresentada no texto foi contribuição
da Revista Opiniões, enviada pelo
amigo William Domingues Souza.

Conversando
com Alberto Mori sobre os Papéis dos Eucaliptos:
Papéis Decorativos
Acerca
do Alberto Mori:
Alberto Mori é natural da cidade de S.Paulo, Brasil. Formou-se
em engenharia química em 1970 pela Escola de Engenharia
Mauá. Ocupou posições na gestão técnica
e industrial de algumas empresas, entre as quais MD Papéis
e EKA Chemicals. Atualmente é assessor/consultor na área
tecnológica, através de sua empresa Mori Consult. É também
presidente da ABTCP - Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel. Mori é um dos grandes "experts" mundiais
sobre fabricação de papéis especiais com o
uso de fibras de eucaliptos.
Um
resumo escrito por Celso Foelkel de um bate-papo técnico
com o amigo Alberto Mori:
"Até há poucos anos atrás, o bom e desejado
móvel era aquele feito com madeira de lei, pesado, forte
e com o desenho da madeira dando a beleza e a estética
ao mesmo. Os tempos porém mudaram. As madeiras de lei
escassearam e tiveram seus preços aumentados. Além
disso, teríamos
que dispor de enormes estoques dessas madeiras para atender ao
crescimento inusitado da população mundial. A criatividade
do ser humano logo encontrou as devidas alternativas. Painéis
de madeira reconstituída, feitos a partir de madeira desfibrada
(MDF) ou mesmo de resíduos de madeira (OSB) têm
sido muito utilizados nos dias de hoje. Curiosamente, os painéis
de madeira têm permitido se fabricar móveis, forros,
pisos, divisórias, etc. tão bons ou melhores do
que se fabricavam anteriormente com a madeira sólida.
São
móveis e materiais de construção mais estáveis,
mais lisos, com o desenho e a textura que quisermos, bem como
na densidade de painel que mais se apropriar ao uso do mesmo.
Eles
permitem uma beleza estética pela aplicação
direta de um papel decorativo impresso e impregnado com resina
sobre o painel MDF. O MDF é estável, muito liso
e uniforme, trabalha muito pouco, não empena e tem a resistência
que queiramos dar a ele, dentro de certos limites, é claro.
Já o papel decorativo tem a missão de "esconder
o MDF" e de dar a beleza de acabamento e a impressão
que imite de forma absolutamente fidedigna à madeira ou às
pedras que quisermos "reproduzir". Esse composto de
MDF, papel decorativo e resinas permitiu ganhar enormes mercados
em
pouquíssimo tempo. Em parte, ele substituiu com sucesso
e custos muitas das utilizações da madeira sólida
e também do mais antigo laminado fenólico conhecido
por "fórmica". A "fórmica" era
aplicada sobre os compensados de madeira, que tinham uma superfície
mais rugosa e desuniforme. Ou seja, a tecnologia mudou e mudaram
os usos. A conhecida "fórmica" passa hoje a
ter destaque mais para utilizações em ambientes
mais agressivos e hostis, como cozinhas, banheiros, etc. Os compostos
de MDF e papel decorativo resinado crescem em uso, pois são
obtidos com tecnologia mais simples, barata e muito menor necessidade
de resina, de papel e de condições de pressões
e temperaturas na manufatura. Trata-se de um nicho de mercado
muito especial, com alta agregação tecnológica,
tanto na fabricação do papel, como na fabricação
dos produtos compostos de chapas MDF e papel decorativo impresso
e impregnado com resinas. A impregnação do papel
com resina dá ao produto uma característica de
plástico,
mas com muitas vantagens em relação ao plástico:
maior resistência ao fogo, maior estabilidade, muito maior
resistência à abrasão, maior beleza estética,
etc.
Existem
três processos em uso atualmente para a fabricação
desses produtos de papel resinados e para uso em móveis,
materiais de construção, etc:
•
Processos a alta pressão (AP): consiste na produção
de um sanduíche de diversos papéis (decorativo e
base de impregnação) com resina, prensado a cerca
de 70 kgf/cm² e a 140ºC, com densidades de produto entre
0,6 a 0,7 g/cm³. Esse é o processo de produção
da conhecida "fórmica" ou laminado fenólico.
•
Processos de baixa pressão (BP): O papel decorativo é impregnado
com resinas melamínicas de cura rápida pela presença
de catalisadores e depois de seco é prensado sobre a superfície
alisada do MDF. Com isso, o ciclo de prensagem e de temperatura
são mais rápidos e em condições mais
suaves de pressão. A pressão está em torno
de 25 kgf/cm² e a temperatura em 200ºC. O produto resultante
tem altíssima resistência à abrasão
no lado do papel decorativo impregnado.
•
Processos de revestimento com um "finish foil" e aplicação/colagem
do mesmo sobre o painel de madeira: faz-se uma "colagem" sem
uso de prensagem de um papel sobre o painel de madeira, na maioria
das vezes um MDF ("Medium Density Fiberboard"). Nesse
papel se coloca uma capa suave de "verniz resínico" como
um revestimento ("coating") e que penetra na direção
Z do papel. Essa película de resina dá apenas uma
resistência razoável contra a abrasão. Essa
cobertura é praticamente imperceptível ao usuário.
Esses produtos são usados para fabricação
de móveis mais baratos, divisórias e produtos onde
as exigências por resistência à abrasão
sejam menores. O papel utilizado para o "finish foil" é inferior
ao decorativo, tanto em gramatura como em opacidade.
Já que nos dois tipos de processos sob-pressão (AP
e BP) a penetração da resina e a qualidade da superfície
do produto impregnado são fundamentais, fica fácil
se identificar algumas das propriedades exigidas em um bom papel
decorativo ou "decor" (como costuma ser chamado também).
Os papéis decorativos são vitais para o sucesso
das tecnologias AP e BP.
Portanto, um bom papel decorativo deve ter as seguintes propriedades:
•
Altos e uniformes volume específico aparente e porosidade.
Isso para facilitar a penetração da resina base aquosa
para o corpo do papel e também para liberar o ar que esta
presente nesse papel e que está sendo substituído
por resina. Não apenas a quantidade e volume total de poros
são importantes, mas também as dimensões
desses poros.
•
Alta absorção capilar à água e à resina
aquosa. Não apenas a quantidade absorvida, mas também
a velocidade de penetração são importantes.
•
Resistências elevadas a úmido (suficientes para resistir
aos fluxos de penetração da resina e à tração
da folha dentro dos túneis de secagem).
• Absoluta limpeza da folha de papel em termos de contaminantes (pintas,
sujeiras, etc. impugnam o uso do papel como decor).
•
Lisura superficial da folha bastante alta para permitir excelente
qualidade de impressão. Observar que essa lisura deve
ser conseguida sem o fechamento dos poros da folha, principalmente
no caso dos produtos BP.
•
Formação do papel é propriedade vital. A espessura
não pode variar na folha e isso viria necessariamente a
acontecer caso tivéssemos formação com as
conhecidas "núvens" de floculação
de fibras.
•
Altíssima opacidade para permitir "esconder" o
MDF (produtos BP) ou a camada de papel base impregnação
fenólica feito com celulose não branqueada
(produtos AP).
•
Estabilidade de alvura e dos componentes cromáticos (X,
Y, Z, a, b, L). A folha de papel decor deve ter baixa reversão
de alvura, não amarelar com as temperaturas aplicadas na
manufatura do laminado. Deve-se manter tanto o branco, como a cor
e a tonalidade. Ainda que muitos papéis decorativos sejam
coloridos e com alta aplicação de dióxido
de titânio (rutilo), a estabilidade da celulose em relação à reflexão
da luz é essencial. Deve ficar claro que não é apenas
a alvura que é importante, mas toda a reflexão da
luz nos diferentes comprimentos de onda na faixa da luz visível
do espectro.
•
Uniforme distribuição e retenção do
dióxido de titânio na estrutura da folha de
papel.
•
Mínima expansão a úmido da folha de papel.
Quando o papel é impresso, ele absorve a tinta na sua superfície
e tende a expandir. Da mesma forma, tende a expandir quando absorve
a resina base água. Existem limitações para
essa expansão, pois ela implica em perda de qualidade da
impressão. No passado, o papel decorativo quando muito era
colorido em uma única cor, sem desenhos impressos. Existe
hoje sobre esse papel uma enorme demanda por impressões
de desenhos de tipos de madeiras e de pedras. Isso deve ser absolutamente
perfeito para dar a real sensação de que temos uma
madeira de mogno, de cerejeira, de pau-marfim; ou uma pedra de
granito, de mármore, etc. A impressão é em
geral feita em rotogravura de altíssima resolução
para dar a maior fidelidade possível nessa "imitação" de
madeiras ou de pedras.
•
Excelente estabilidade dimensional do papel para não prejudicar
essa mesma impressão, como mencionado anteriormente. Como
a estabilidade dimensional é afetada negativamente pela
refinação da polpa, da mesma forma que a porosidade,
volume específico aparente, opacidade, etc., o nível
de refino da massa deve ser o menor possível. Apenas o adequado
para dar a resistência necessária especificada.
•
Mínimas tensões no papel causadas pelo esticamento
e tracionamento (passes) na máquina de papel e também
pela secagem da folha (nos sentidos transversal e longitudinal).
•
Baixíssimo teor de umidade (cerca de 1%) para permitir o
máximo de recebimento de resina base aquosa e também
para dar maior velocidade de absorção dessa
resina para o interior da folha de papel.
•
Possibilidades constantes de redução de gramatura
mantendo as demais propriedades desejáveis mencionadas
acima.
O grande desafio que o papeleiro possui é combinar essas
propriedades: como melhorar a lisura e a resistência da folha
sem perder absorção, porosidade, opacidade e volume
específico aparente? Só os papeleiros de papel decorativo
têm essa resposta.
É
simples se perceber, que com essas exigências na sua especificação, "os
papéis decorativos não gostam de fibras longas",
pois elas dão formação deficiente, colapsam-se
com facilidade na refinação da massa e na calandragem
da folha seca para alisar a mesma. As desejadas propriedades
de porosidade, opacidade, volume específico aparente,
absorção,
etc. se perdem com facilidade. Além disso, a lisura
de papéis
de fibras longas é significativamente pior do que
as de papéis de fibras curtas.
As
fibras curtas são
as matérias-primas ideais para
conferir as propriedades exigidas nos papéis decorativos.
Algumas polpas de eucaliptos, mas nem todas, são ótimas
matérias-primas para essa fabricação.
Sabemos que quanto mais alta a fração parede
das fibras de eucalipto, com conseqüentes maiores valores
de "coarseness",
mais facilmente a folha de papel decor alcança as
suas especificações.
Além disso, a polpa de eucalipto deve resistir bem à refinação.
Ela deve ganhar a necessária resistência sem
perder muita porosidade, volume específico aparente,
absorção
e opacidade. Também não pode se colapsar e
nem gerar finos em demasia. Polpas de fibras curtas com populações
fibrosas muito altas e com teores altos de finos não
são
adequadas para a fabricação de papéis
decorativos. Elas se refinam muito rápido e "fecham
a folha",
o que não é desejável. Já as
polpas de eucalipto que são produzidas a partir de
madeiras mais densas, essas podem ser excelentes matérias-primas
para papéis decor, desde que atendidas as demais exigências
em alvura, reversão, limpeza, etc. Essas fibras ideais
podem ser de espécies que já venham com essas
características
de forma intrínseca (por exemplo, Eucalyptus
globulus);
ou podem ser conseguidas pelo melhoramento genético
(clones de madeira densa); ou pelo manejo silvicultural (colheita
de árvores
de maior idade).
A fabricação do papel decorativo é uma arte
que depende não apenas da matéria-prima, mas também
do processo de fabricação, tanto da celulose como
do papel. As exigências são altíssimas para
as polpas, pois se não fosse assim, o papel não conseguiria
ser produzido na qualidade necessária e não cumpriria
sua missão. Por essa razão, os fabricantes desse
papel têm também necessidades de polpas especiais,
com alto controle de matéria-prima e do processo de conversão
dos cavacos de madeira em celulose seca de mercado na forma de
folhas. Muitas vezes essas celuloses podem ser melhoradas pelo
fabricante de celulose pela gestão dos finos (fracionamento)
ou pela secagem da polpa de forma mais drástica (secagem
tipo "flash"). A secagem "flash" aumenta a
proporção de deformações nas fibras
e isso colabora para aumentar a porosidade, a absorção,
o volume específico aparente.
Os fabricantes de celulose de mercado de eucalipto que
conseguem entender essas exigências de especificação
podem mais facilmente ajustar seus processos e suas madeiras de
forma a ganhar esse nicho para suprimento de suas fibras especiais.
Muitas das celuloses de eucalipto conseguem atender essas exigências
rígidas, mas devemos lembrar que as especificações
sempre se tornam mais rigorosas com o passar do tempo, levadas
pelas demandas dos mercados. Quando ocorrer o maior alinhamento
entre o fabricante da celulose de mercado de eucalipto, o fabricante
de papel decorativo, mais o usuário desse papel para criar
os compostos papel/resina/MDF, etc., teremos então a cadeia
de suprimento funcionando de forma ideal. Essa relação
fabricante de celulose de mercado e fabricante de papel decorativo
sempre existirá. Não é recomendável
a produção integrada de celulose e papel decor em
uma única operação. As celuloses "nunca
secas" de fábricas integradas dificilmente conseguiriam
atender tão bem às especificações qualitativas
do papel decorativo. Por isso, cabe a esses atores otimizar a relação
para que as celuloses de eucalipto não sejam apenas recomendadas
para a fabricação de papeis decorativos, mas
sejam definidas como vitais para essa finalidade."
Mini-Artigo
Técnico por Celso Foelkel
Os Eucaliptos e a Conservação
do Solo
O solo é um dos maiores patrimônios
que a Natureza nos oferece. É ele que permite às
plantas terrestres que se desenvolvam e realizem a fotossíntese.
Sem a fotossíntese, esse nosso planeta não seria
o que ele é hoje. A fotossíntese realizada pelas
folhas dos vegetais é a base de toda a cadeia alimentar
onde se insere o ser humano. Com solos saudáveis, as plantas
se desenvolvem bem, fabricam carboidratos, proteínas,
lipídeos, etc. Esses compostos orgânicos servem
de base tanto para a restauração da qualidade do
solo, ao caírem neles como resíduos, como também
servem de alimentos para outros seres vivos. Antropocentricamente
falando, colocamos o homem no topo dessa cadeia alimentar que
começa nas folhas das árvores. Podemos então
entender que a qualidade dos solos é um dos fatores para
dar sustentabilidade à população humana.
As plantas, para formar o material orgânico, necessitam
de um habitat viável para viver. Os corpos dos vegetais
que crescem sobre os solos do planeta abastecem duas cadeias
importantes: a cadeia alimentar já mencionada e a não
muito conhecida cadeia dos detritos. Nessa última, os
detritos vegetais que caem sobre os solos se decompõem
e liberam carbono orgânico e nutrientes para os mesmos
solos. Isso ajuda a melhorar a estruturação dos
solos, sua micro-vida e restaura parte da fertilidade dos mesmos.
Com isso, realimentam a cadeia produtiva, pois dão nova
fertilidade e revitalizam o solo, permitindo às plantas
crescerem pelo uso desses nutrientes assim ciclados. Nos ambientes
desérticos, onde o solo é pobre e quase estéril,
a vegetação é rala, os cultivos agrícolas
não vingam e existe pouca capacidade de suporte desse
ecossistema para que o homem e outros seres vivos aí habitem.
Fácil de compreender então a importância
dos solos, não é mesmo? Difícil de entender é porque
existe por parte do mesmo ser humano, tão pouco respeito
aos solos de nosso planeta.
O uso intenso dos solos pelo homem tem ajudado a sua constante
degradação. Na verdade, os solos continuarão
a ser cada vez mais demandados pelo homem, que cresce em população
e em bens que têm origem de coisas que vêm dos solos.
Agora então, que estão a falar em fabricar combustíveis
a partir de plantas (bio-combustíveis) aumentará ainda
mais a pressão sobre os solos. O que precisamos também
entender é que podemos minorar os impactos sobre a qualidade
dos solos, se os utilizarmos bem. A degradação
dos solos e a perda de sua fertilidade têm-se devido, em
muito, ao mau uso desses solos. Em parte isso é compreensível.
Toda a ciência dos solos e os conhecimentos sobre as suas
interações com as culturas agrícolas e plantações
florestais são recentes. Até há poucas décadas
atrás o solo era mais visto como um substrato físico
onde as plantas, as florestas e as pastagens cresciam em cima.
Algo com uma "riqueza inesgotável" e com uma
capacidade enorme de resistir aos nossos desmandos. O que muitos
não enxergavam e outros ainda hoje não enxergam é que
a Natureza tomou milhões de anos para engenheirar e moldar
tão perfeitos esses solos. E isso tudo pode ser perdido
em pouquíssimo tempo.
Isso tem acontecido em muitos casos:
todos nós já nos deparamos com essas situações
de abandono e de desrespeito aos solos.
Solos mal manejados ou mal conservados, sem adequada prevenção
contra a erosão, podem perder cerca de 10 a 20 toneladas
de sedimentos secos por hectare e por ano. Isso corresponde a
uma lâmina de cerca de 1 mm de espessura do solo perdida
por ano. Já em ambientes cobertos com florestas, mesmo
as florestas plantadas, essa perda pode ser de cerca de 20 a
100 vezes menor.
Se nada for feito para se dar o merecido respeito aos solos do
planeta, podemos estar condenando toda a cadeia alimentar. O
prejuízo será para o solo, para o planeta, para
as plantas e animais que dependem dela, entre eles, nós
humanos.
Quando o setor de florestas plantadas de eucalipto fala em sustentabilidade,
está entre outras coisas se referindo à sustentabilidade
da capacidade produtiva dessas áreas de plantações. É uma
das prioridades do setor. O plantador de florestas tem buscado
entender seus impactos e minorá-los através dos
conhecimentos gerados pela pesquisa e pelo monitoramento de seus
efeitos ambientais. Com isso, uma das metas é a de manter
os solos saudáveis e produtivos. Se isso não acontecer,
a produtividade cairá e os solos não mais poderão
atender os propósitos de produção florestal
sustentável. O solo se esgotaria em fertilidade, carbono
orgânico, teor de argila, umidade, micro-vida, etc. As
florestas não se desenvolveriam mais e novas áreas
teriam que ser buscadas, mais ou menos algo do tipo "agricultura
de rapina". Felizmente, isso não está acontecendo
e sequer sendo considerado pelas empresas líderes florestais
brasileiras.
É
muito fácil se identificar o caso de empresas florestais
que não estejam fazendo bom uso de seus solos. O mesmo
se aplica a fazendeiros de cultivos agrícolas ou de pastagens.
Basta olhar 5 coisas fundamentais: o nível de erosão
que esteja ocorrendo na área; a proporção
de cobertura vegetal e de solo descoberto na propriedade; o vigor
de crescimento das plantas; a manutenção de matas
ciliares e de outros tipos de áreas de preservação
permanente; a cor e o nível de eutrofização
e de assoreamento das águas dos cursos d'água das
micro-bacias da propriedade em questão.
Os plantadores de florestas de eucalipto que se preocupam com
a qualidade de seus solos sempre estão fazendo as seguintes
perguntas:
• como evitar a perda de sedimentos?
•
como evitar os diferentes tipos de erosão?
• como garantir que as chuvas consigam penetrar os solos?
• como aumentar a porosidade e a permeabilidade dos solos?
•
como facilitar a estruturação e a formação
de agregados mais estáveis no solo?
•
como melhorar o teor de carbono orgânico no solo?
•
como melhorar a capacidade de troca catiônica e de troca
iônica do solo:
•
como impedir a compactação do solo?
• como evitar a perda de nutrientes do solo?
•
quais as quantidades de nutrientes que devem ser repostas para
manter o balanço de nutrientes avaliando entradas, saídas
e estoques de cada um dos elementos nutricionais?
•
como garantir a qualidade microbiológica do solo, a sua
riqueza em micorrizas, bactérias nitrificadoras, fungos
apodrecedores saprófitas, e organismos da mesofauna que
ajudam na estrutura e consolidação do solo?
•
como renovar a qualidade e a vitalidade dos solos após
o seu uso com as plantações florestais?
•
quais os impactos de cada operação?
•
quais operações silviculturais devem ser praticadas
para aumentar a capacidade de produção sustentada
do sítio?
Caso uma auditoria ambiental não conseguir obter evidências
efetivas de respostas a essas perguntas, então, estaremos
encontrando apenas uma plantação de árvores
cujo único objetivo é obter madeira a custo barato
no curto prazo. O longo prazo não será prioridade
desse mau plantador de florestas. O mais interessante é que às
vezes esse plantador consegue resultados de produtividade significativos
em suas florestas. Era também o que conseguiam aqueles
que queimavam toda a manta orgânica da floresta para transformá-la
em cinzas que davam efeito de adubação no curtíssimo
prazo. E no longo prazo? Ficavam os problemas para as próximas
gerações administrar. Já as empresas certificadas
pela norma ISO 14001 e pelos critérios do FSC e CERFLOR
devem ter respostas e planos de monitoramento e de mitigação
de efeitos negativos para todas essas perguntas. Entretanto,
não são apenas as exigências normativas que
têm levado as empresas de base florestal líderes
em qualidade de nosso país a atuar bem em relação
aos seus solos. A própria conscientização
e sensibilização a esses temas importantíssimos
para seu futuro têm levado essas empresas líderes
a buscar caminhos mais sustentáveis para suas atividades
de silvicultura.
Quando retrocedemos uns 30 anos no tempo, veremos que era comum
as empresas queimarem seus resíduos florestais da colheita
para favorecer as atividades da silvicultura que se seguiam.
Era o modelo da época, com os conhecimentos que se dispunham.
Queimava-se o carbono, gerava-se o indesejável gás
carbônico na atmosfera, desnudava-se o solo para o impactos
das gotas de chuva e conseqüente maior erosão, etc.
Isso hoje é passado distante. Como é passado o
trabalho intenso de preparo do solo que se dava com arações,
gradagens, etc. para "afofar" o solo na intenção
de facilitar o crescimento radicular das mudas plantadas. Ingenuidade
da ciência agronômica da época. Expunha-se
o solo a uma degradação intensa do carbono orgânico,
a uma insolação direta sobre a micro-vida e a uma
enorme perda de sedimentos por erosão. A ciência
ajudou a mudar muita coisa em poucas décadas. O conhecimento
agregado tornou os plantios florestais muito mais ecoeficientes.
Entretanto, como sempre vejo oportunidades para fazer melhor,
temos ainda muito mais a conquistar.
Pretendo a seguir tecer comentários sobre cada um dos
tópicos vitais de qualidade do solo e o que estamos fazendo
ou podemos ainda melhorar mais no setor de florestas plantadas
de eucaliptos.
Compactação do solo
O setor de florestas plantadas costuma utilizar solos já muito
usados anteriormente pela agricultura e pelo pastoreio. São
solos pobres em fertilidade, algumas vezes erodidos e compactados.
A opção por esses solos é devido a seu baixo
custo, às pequenas exigências das florestas plantadas, à baixa
demanda de operações para limpeza e preparo da área
e pelo banco de sementes limitado presente no solo. Os solos
muito usados pela agricultura e pastagens podem se encontrar
assim. Com isso, facilita-se muito o controle da mato-competição
e simplificam-se as operações de plantio das florestas.
As operações de plantio e de colheita florestal
são hoje bastante mecanizadas. A entrada dessas máquinas
pode colaborar para uma compactação adicional nesses
solos já compactados. A colheita mal feita tem forte impacto
na compactação do solo, na infiltração
de água no perfil do solo, colabora para a perda de sedimentos
por erosão por desnudar o solo e pode desarranjar a manta
orgânica de serapilheira que a floresta plantada formou
durante seu crescimento. Para evitar que isso ocorra, é importante
que o solo tenha uma vegetação ou restos de vegetação
sobre ele para amortecer a pressão dos pneus ou das esteiras
das máquinas. Sabe-se que a manutenção das
cascas, galhos e folhas após a colheita minimizam a compactação
do solo. Por isso, já é prática consagrada
na maioria das empresas florestais se manterem os restos de colheita
bem espalhados sobre o solo.
Outra vantagem das plantações florestais é o
seu ciclo longo entre plantio e colheita. Entre uma e outra operação
a floresta fica entre 6 a 8 anos sem sofrer ações
antrópicas. Com isso, as raízes das plantas e a
manta orgânica de serapilheira ajudam a proteger o solo,
a estruturá-lo, a enriquecê-lo de carbono, a evitar
a erosão, etc. Quanto mais longo for o tempo entre plantio
e colheita, melhor é para o solo e melhor é para
a Natureza. Há uma estocagem de nutrientes e de carbono
orgânico pelos detritos orgânicos na floresta. Com
isso, mais tempo ficará a floresta crescendo a partir
do uso de nutrientes que se liberam de seus próprios detritos.
A isso se chama de ciclagem de nutrientes. Por essa razão,
devemos aumentar e não diminuir a rotação
para os eucaliptais. Quando ouvimos os arautos dos bio-combustíveis
falarem em plantações de eucaliptos com espaçamentos
apertados e colheita aos 3 a 4 anos, devemos nos assustar e nos
mobilizar contra isso. Todo o conhecimento acumulado mostra que
essa proposta é completamente inadequada. O correto é se
pensar no longo prazo, não é mesmo? Não
podemos obter bio-combustíveis para o hoje e incapacitar
esse solo para hospedar plantas para fabricar fotossintetizados
no futuro. É muito pobre se pensar assim.
Os manejos florestais para alto fuste com rotações
mais longas e incluindo desbastes deverão gradualmente
se tornarem as práticas dominantes. Isso tanto para os
agricultores, como para as empresas de base florestal. A formação
de "clusters florestais" propugnada por diversos planos
de desenvovimentos regionais catalisarão para que isso
aconteça mais rapidamente.
Porosidade, estruturação, permeabilidade e carbono
orgânico no solo
Queremos que o solo tenha vida, seja povoado por organismos e
cuja estruturação permita a ele absorver e reter água.
A água é fonte de vida para os seres vivos do solo,
plantas, animais, microrganismos. Essa água precisa penetrar
no solo e isso ocorre mal em solos compactados ou com baixa porosidade
e permeabilidade.
Hoje, as florestas de eucalipto são plantadas pela tecnologia
do "cultivo mínimo". Isso resumidamente significa
que apenas a linha de plantio será preparada (sulcada,
subsolada ou coveada). O restante da área permanece sem
ser mexido, mesmo que o solo tenha sido previamente compactado
pelo gado. Quer-se com isso evitar a perda de carbono e de sedimentos
do solo, o que ocorre com preparo excessivo do mesmo. Quando
os componentes do solo ficam expostos, quase tudo que é orgânico
entra em rápida decomposição por efeito
do oxigênio e dos raios solares.
Conforme as raízes das mudas começam a crescer,
elas começam a povoar o solo com seus tecidos. As raízes
crescem rápido para atender às demandas das copas
em rápido crescimento também. Por isso, muitos
nutrientes serão absorvidos pelas plantas. A adubação
inicial colocada pelo plantador de florestas será rapidamente
utilizada. Os 30 primeiros centímetros do solo passam
a abrigar uma enorme quantidade de raízes finas. Essa
rede de raízes coexiste com fungos micorrízicos
e outros organismos do solo. Isso ajuda a dar porosidade aos
solos, pois conforme as raízes ou os fungos morrem, eles
deixam espaços para se converter em cavidades ou poros.
Ocorre assim uma descompactação do solo.
As raízes e os fungos ajudam também a estruturação.
Essa é conseguida pela presença de aglutinantes
no solo. As principais substâncias aglutinantes são
o carbono orgânico humificado, a argila e os óxidos
de ferro. As florestas plantadas são grandes fornecedoras
de carbono para os solos. As quedas de folhas, cascas e galhos
deixam enormes quantidades de matéria orgânica sobre
o solo. Os resíduos da colheita também. Esse material
orgânico se decompõe logo. Há estudos que
mostram que mais de 50% dessa matéria orgânica se
decompõe em menos de um ano. A decomposição
das substâncias fáceis de serem decompostas como
folhas libera rapidamente grandes quantidades de nutrientes para
o solo. As folhas são mais ricas em nitrogênio,
potássio e micro-nutrientes. Elas colaboram muito com
esse nitrogênio para a atividade biológica no solo.
Não podemos de forma alguma pensar em retirar folhas de
eucaliptais para queimar em caldeiras de biomassa. Isso é um
grande erro ecológico. Para as plantações
de Corymbia citriodora ou de Eucalyptus globulus para produção
de óleos essenciais, há que se encontrar maneiras
de repor essas perdas orgânicas, como o uso de outras palhas
agrícolas, resíduos de serrarias, lodos orgânicos,
etc.
A fração final dessa decomposição
orgânica chama-se de húmus. O húmus é relativamente
estável no solo, mas ele se decompõe quando o solo é mal
tratado, exposto, desnudado ou aerado em excesso. Também,
o húmus é vital para a estruturação
e formação de agregados de partículas de
solo. Perdê-lo é resultado de má gestão
técnica florestal. Portanto, muitas atividades florestais
são hoje realizadas para dar mínimo impacto aos
solos e preservar carbono e nutrientes.
Após a colheita florestal, os restos da colheita devem
permanecer bem distribuídos sobre a superfície
do solo. As operações de silvicultura para a condução
ou reforma da área devem vir rapidamente, para não
dar tempo de que esse desnudamento degrade o solo, sua estrutura,
sua micro-vida e seu teor de carbono humificado. Definitivamente,
a condução da brotação é uma
operação mais conservadora de solo do que a reforma
da floresta. No momento presente, as empresas florestais estão
muito interessadas em reformar suas áreas florestais,
substituindo genomas piores por outros materiais melhorados geneticamente.
Entretanto, esse modelo deverá se exaurir logo, e as conduções
de brotação poderão retornar mais intensamente
na nossa silvicultura. Isso melhorará a ciclagem de nutrientes
e a estrutura do solo. As pesquisas acadêmicas sobre condução
da brotação mereceriam por isso mesmo serem reativadas
nas academias brasileiras.
As florestas de eucalipto são muito eficientes para seqüestrar
carbono da atmosfera e incorporá-lo nas suas biomassas e
no solo. Uma floresta de eucalipto em média agrega ao solo
cerca de 35 a 45 toneladas de matéria seca de biomassa por
hectare em uma rotação de 7 anos. Isso é definitivamente
fabuloso, admitindo que essa mesma floresta produz entre 120
a 160 toneladas de madeira seca. Cabe ao técnico florestal
planejar muito bem suas operações para garantir
o bom e eficiente uso pelo solo e pela floresta dessa generosa
deposição de material orgânico pelos eucaliptos. É também
importante se saber que maiores as produtividades das florestas
de eucalipto, maiores são essas deposições
e mais eficientemente a biomassa é produzida em relação
ao consumo de nutrientes. Portanto, melhorar a produtividade
florestal é fator de melhoria ambiental e deve ser assim
entendida pelos técnicos e pelos ambientalistas também.
O carbono orgânico ajuda a melhorar a estrutura do solo,
mas ajuda ainda a aumentar a capacidade de troca catiônica
(CTC) desse solo. Os ácidos carboxilícos fracos
do húmus adsorvem e retêm os cátions no corpo
do solo, evitando que sejam lixiviados. Como a retenção
não é forte, as raízes ao encontrar esses
nutrientes, sabem como aproveitá-los para seu metabolismo.
Uma beleza essas coisas da nossa Natureza...
Microbiologia do solo
Queremos um solo "vivo", com riqueza microbiológica.
Esses microrganismos podem ser degradadores da matéria
orgânica ou serem também organismos associados com
as raízes dos eucaliptos (micorrizas). Podem também
ser rizóbios simbióticos com leguminosas naturais
presentes na área. Quando esses microrganismos morrem,
eles deixam seus corpinhos como fonte de carbono e de nutrientes
também. Enfim, um ciclo que se reinicia. Tudo isso melhora
a riqueza e a eficiência do ecossistema nos metabolismos
que se desenvolvem aí.
Esses microrganismos, como qualquer outro ser vivo, precisam
de nitrogênio para aceleração metabólica.
Se a quantidade de nitrogênio no solo for pequena, o ritmo
de trabalho dos microrganismos é muito baixo. Como o nitrogênio é importante
tanto para a microbiologia do solo, como para as plantas da floresta,
temos que encontrar maneiras de aumentá-lo ou de não
perdê-lo do solo.
Infelizmente, os estoques de nitrogênio doss solo são
baixos. Muito pouco do nitrogênio do solo vem do intemperismo
da rocha mãe desse solo. Tampouco o que o ar traz para
os solos é rico em nitrogênio. Quem sempre ajudou
a incorporar nitrogênio nos solos tem sido as leguminosas
naturais da região. Pela simbiose com os rizóbios,
elas retiram o nitrogênio do ar do solo e o fixam como
amino-ácidos., Depois, com a decomposição
dos restos vegetais dessas leguminosas, o nitrogênio liberado
entra para o estoque desse nutriente no solo.
Portanto, cabe ao técnico florestal tomar medidas vitais
para:
•
evitar perdas de nitrogênio pela volatilização
da amônia em ambientes anaeróbicos;
•
evitar perdas de nitrogênio por arraste de íons
pelas enxurradas ou deflúvios, ou por gravidade para as
regiões profundas do solo;
•
evitar danos pela aplicação excessiva de herbicidas às
leguminosas naturais do futuro sub-bosque da floresta;
•
estudar maneiras alternativas de adubação verde
com o uso de leguminosas: plantios mistos com espécies
de eucaliptos e leguminosas (acácias, bracatingas, angicos,
etc.);
•
manter um sub-bosque rico na floresta plantada por abertura do
espaçamento e enriquecimento do banco de sementes de leguminosas
no solo;
•
utilizar adubação orgânica com resíduos
industriais ou domésticos ricos em nitrogênio: lodos
de tratamento de efluentes, compostos orgânicos, etc.
Banco de sementes
O banco de sementes do solo florestal costuma ser melhorado pelo
adequado planejamento das áreas de preservação
permanente e de reserva legal florestal. Os pássaros e
outros animais que visitam e se abrigam nas florestas de eucaliptos
costumam levar sementes ao comer os frutos das plantas nativas
ou junto com suas fezes. Deve-se privilegiar que esse banco seja
rico em sementes de leguminosas.
Com a colheita florestal, logo essas sementes começam
a germinar e as leguminosas já irão fixando nitrogênio.
Ao morrerem, deixarão seus resíduos ricos em nutrientes
para ajudar no balanço nutricional da floresta plantada.
Prevenção da erosão
Sempre costumo dizer que a maior poluição dos rios
brasileiros não é a causada pelas fábricas
nem pelo esgoto sanitário. A cor pardacenta de nossos
rios mostra a quantidade enorme de solos que é carreada
para eles.
Prevenir a erosão é a primeira responsabilidade
de qualquer plantador de florestas, algo que deve ser incluído
como um dogma essencial em suas atividades operacionais.
As florestas plantadas de eucalipto possuem alta capacidade para
prevenir a erosão. Elas protegem o solo do impacto das
chuvas e não deixam formar enxurradas de águas
na superfície do solo que está coberto de árvores
e de serapilheira. Praticamente mais de 85% de toda a água
que chove nas florestas pode ser infiltrada no solo florestal.
Até mesmo as águas que correm pelas estradas florestais
podem ser desviadas para bacias de contenção dentro
da área plantada. Hoje é muito comum o eficiente
planejamento das estradas florestais de forma a que elas ajudem
a reter água e não a formar enxurradas caudalosas.
Dessa forma, a água se infiltra e vai alimentar a sede
das plantas e as vazões dos lençóis subterrâneos
de água .
Outra forma de se evitar a erosão é pela adoção
do já mencionado "cultivo mínimo". As
mínimas movimentações e intervenções
sobre o solo evitam a sua desagregação e o arraste
de suas partículas.
O preparo do solo costuma ser feito em nível ou "cortando
as águas", mesmo que as linhas de plantio sejam feitas "morro
abaixo" para facilitar a colheita. Com essas ações,
ajuda-se a reter a água e a evitar a formação
de enxurradas arrastando sedimentos para os rios. Isso é importante
na época da floresta jovem, até 1 a 2 anos, quando
o solo ainda está exposto em certa proporção.
Só após o fechamento das copas é que o impacto
das chuvas será minimizado.
Na colheita, o técnico florestal também pode prevenir
a erosão, mantendo os restos vegetais sobre o solo. Também
ele pode realizar suas operações sem causar distúrbios à serapilheira
que houvera sido depositada pela floresta enquanto crescia. A
casca das árvores quando deixada sobre o solo após
descascamento é vital para prevenção da
erosão.
Outra forma muito importante para se prevenir a erosão é o
adequado planejamento do plantio dos talhões e das áreas
de preservação permanente e de reserva legal. Talhões
pequenos de eucaliptais, bem segregados e cercados de faixas
de matas nativas preservadas colaboram para redução
significativa da erosão dos solos das plantações.
Muito mais eficiente se projetar a distribuição
das áreas de reserva legal dessa forma, do que reservar
uma grande área isolada para abrigá-la.
Umidade do solo
Todo solo tem um estoque de água em sua constituição,
quando a plantação é instalada. Essa água
vem das chuvas, do lençol subterrâneo ou de algum
aqüífero suspenso existente. É preciso que
o técnico florestal entenda muito bem o comportamento
hidrológico das áreas de suas plantações.
O monitoramento das entradas e saídas de águas é muito
importante. Não estamos falando só de entradas
de precipitações de chuvas, mas de todas as entradas
e estoques de água. Interessa que as plantações
de eucaliptos não invadam as reservas de água dos
solos e que foram construídas no passado. Pelo contrário,
as florestas plantadas devem ser instaladas de forma a consumir
apenas parte das águas de chuva e a ajudar na melhor distribuição
da água restante para os lençóis subterrâneos
e para as bacias hidrográficas da região.
Praticamente todas as empresas líderes em plantações
de eucaliptos possuem algum tipo de monitoramento hidrológico
da água nos solos. O objetivo é minimizar e conhecer
melhor os impactos das florestas plantadas sobre a hidrologia
local.
Os eucaliptos estão também sendo melhorados para
uso mais eficiente da água do solo. Estão sendo
desenvolvidas espécies mais tolerantes aos déficites
hídricos e espécies com menores consumos de água
(Eucalyptus urophylla e E.camaldulensis, por exemplo).
Consequentemente, tanto os balanços nutricionais como
os balanços hidrológicos são ferramentas
importantes da moderna silvicultura brasileira. Isso não é para
apenas ser pesquisa acadêmica, mas para gerar modificações
tecnológicas que otimizem os usos dos recursos naturais
pelas florestas de eucalipto.
Fertilidade do solo
Os solos utilizados pela silvicultura em geral são pobres
em fertilidade. Se não houver fertilização
com nutrientes (N, P, K, micro-nutrientes, Ca, Mg, S) a floresta
corre o risco de crescer mal ou de não crescer. Essa fertilização
deve-se basear em análises químicas e físicas
dos solos e em balanços nutricionais envolvendo todos
os componentes que possuem nutrientes disponíveis no sistema.
O uso de fertilização deve ser priorizado, para
não empobrecer os solos. Entretanto, esse uso deve ser
tal que permita respostas das plantas e do solo.
Os restos orgânicos da colheita e a serapilheira ajudam
a melhorar o balanço nutricional, mas só eles não
resolvem o déficite nutricional que houver. Isso porque
há exportação de nutrientes com a madeira
e há também perdas de nutrientes ao longo da rotação.
Há então que se atuar de forma a melhorar as entradas
e diminuir as saídas de nutrientes da área florestal.
Nossa responsabilidade maior é entregar esse solo às
gerações futuras de forma melhor do que o encontramos
quando começamos a plantar florestas sobre ele.
Os fertilizantes químicos estão cada vez mais caros
em seus preços unitários. Além disso, a
produção dos mesmos também tem um impacto
ambiental no estudo de análise do ciclo de vida dos produtos
da floresta. A solução que o setor florestal tem
buscado é associar a adubação mineral com
fertilizantes químicos com outras fontes de nutrientes.
Essas podem ser de resíduos orgânicos de outras
culturas ou indústrias, ou resíduos de fábricas
de celulose ("dregs", "grits", lama de cal,
cinzas de caldeira de biomassa, etc.). São ainda usados
resíduos lenhosos de serrarias ou fábricas de móveis,
ou ainda lodos orgânicos do tratamento de efluentes industriais
ou sanitários. Esses resíduos em geral contêm
teores interessantes de carbono e de nutrientes, entre os quais
o nitrogênio. Essa nova atividade permite uma destinação
mais nobre aos resíduos do que ocupar espaço caro
em um aterro sanitário ou industrial. Cabe então
aos legisladores ambientais entenderem que essa oportunidade é ecoeficiente
e merece ser estudada e utilizada, com os devidos monitoramentos.
Resíduos como a cinza das caldeiras de biomassa são
ricos em cálcio, potássio e magnésio. Esses
cátions são vitais para o crescimento da floresta
e para ajudar na revitalização dos solos. Inclusive
o rico potássio colabora para que as plantas de eucalipto
sejam mais resistentes a déficites hídricos.
Finalmente, reforço alguns pontos que já mencionei
antes, na esperança de que eles venham a se tornar rotina
na nossa silvicultura:
•
os plantios mistos incluindo eucaliptos e leguminosas podem ser
cada vez mais atrativos para a saúde ecológica
dos sistemas e para balanços nutricionais mais equilibrados;
•
o aumento da rotação permite uma melhor utilização
da ciclagem dos nutrientes e as demandas por fertilização
mineral serão menores. As árvores durando mais,
viverão mais tempo usando seus detritos;
•
a condução da brotação deveria ser
mais estudada pelos pesquisadores, pois é uma alternativa
mais ecoeficiente do que a reforma da floresta;
•
o plantio continuado de uma única espécie tem impactos
na sucessão biológica, no estoque de sementes,
na biodiversidade da micro-vida do solo e no próprio balanço
nutricional dessa área. Portanto, uma rotação
de culturas é algo essencial ser planejado no longo prazo.
Um solo que por décadas tenha sido utilizado com uma única
espécie ou gênero merece no futuro sofrer um descanso
como área de reserva legal, ou passar a receber alguma
outra espécie com exigências diferentes (cultivo
agrícola ou florestal de uma leguminosa, por exemplo).
Considerações finais
Amigos, temos solos e solos, temos gestores e gestores, temos
situações e situações em nossa silvicultura
de florestas de eucaliptos. Como tudo na vida, podemos encontrar
situações do mundo do mais e do melhor e encontrar
também o oposto. Isso é inevitável entre
os seres humanos.
Nossa
certeza é que a melhoria contínua é definitivamente
praticada pelas empresas brasileiras líderes em tecnologia
e desempenho no setor das florestas de eucalipto.
Tenho
ainda a certeza de que a silvicultura de uma década à nossa
frente será muito melhor e mais ecoeficiente do que
a praticada hoje. Isso porque nossos fundamentos científicos
são muito sólidos e compartilhados em programas
cooperativos de pesquisa florestal. Acredito muito em nossos
cientistas e técnicos. Eles têm sido muito competentes
em mostrar isso nas recentes décadas da silvicultura
brasileira com os eucaliptos.
Temos
ainda que converter em práticas
operacionais e de forma rápida os novos conhecimentos
que resultarem das pesquisas. Não podemos ficar esperando
para que outros sejam os primeiros a implementar para depois "se
der certo" sejamos
os próximos. Precisamos ser capazes de converter a
silvicultura do eucalipto em uma atividade de muita ecoeficiência
e sustentabilidade. Com isso, poderemos suprir as demandas
de produtos à sociedade
e com mínimos impactos sobre o meio ambiente. Os solos
serão mais beneficiados e as florestas continuarão
fazendo sua fotossíntese, só que de forma cada
vez mais eficiente.
Isso
depende muito de nossos conceitos de gestão. Sustentabilidade
implica em olhar o futuro desejado e agir no presente.
Sem foco no longo prazo não conseguiremos atingi-la.
Também
não seremos capazes de manter a capacidade produtiva
de nossos solos.
Felizmente,
há muita luz a iluminar
nossos caminhos.
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