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Grau Celsius ABTCP


Editorial


Bom dia a todos vocês que nos honram com sua leitura e atenção,


Amigos
, aqui estamos com o número 42 da nossa Eucalyptus Newsletter. Esperamos que essa edição esteja de seu agrado e interesse, permitindo assim que nossos muitos leitores ganhem mais conhecimentos e entendimentos sobre as florestas plantadas de eucaliptos e sobre seus produtos e serviços, que são de enorme valor para a nossa sociedade. Com mais essa edição, esperamos estar colaborando para um maior entendimento das inúmeras vantagens que essas magníficas árvores oferecem, porém alertamos para que sejam plantadas em adequadas condições de sustentabilidade e com muita responsabilidade por parte dos diferentes envolvidos nas cadeias produtivas em que estiverem inseridas. Sempre estaremos atentos a essas requeridas sustentabilidade, responsabilidade empresarial e cidadania que venham sendo praticadas pelos atores do setor, além de promovê-las e incentivá-las, até mesmo de exercer uma interessada e cuidadosa vigilância, já que o sucesso do plantio comercial de florestas depende muitíssimo do preenchimento desses fatores chaves.

Temos a lhes oferecer nessa edição mais um capítulo do Eucalyptus Online Book. Nele discorremos sobre um novo conceito de negócio para as fábricas de celulose Kraft – o que vem inclusive sendo considerado como uma reinvenção para a forma desse setor passar a atuar. Tratam-se das biorrefinarias integradas que oportunizarão às fábricas de celulose Kraft produzir, além da celulose e/ou papel, também eletricidade, vapor, bioprodutos químicos e biocombustíveis. Convido a todos que leiam o que escrevemos em: “As Biorrefinarias Integradas no Setor Brasileiro de Fabricação de Celulose e Papel de Eucalipto”. Trata-se de uma das mais cuidadosas e detalhadas revisões sobre esse tema, isso eu garanto para vocês que estiverem interessados no assunto.

Nessa edição, continuamos com nossos tradicionais “Relatos de Vida”, onde compartilho com vocês algumas fases importantes de minha vida profissional e das quais resultaram em interessantes histórias sobre o setor florestal e o de celulose e papel, no Brasil e fora dele. Dessa vez lhes conto uma experiência muito enriquecedora para minha vida profissional e pessoal, quando estudei nos Estados Unidos da América há cerca de 40 anos atrás. Denominei essa seção de “Syracuse - NY: College of Environmental Science and Forestry + Syracuse University”. Espero que o que lhes conto na mesma possa servir de incentivo a todos aqueles que desejem se aventurar em estudos e pesquisas em locais desafiadores para crescimento profissional e humano.

Continuamos nessa edição a compartilhar com a sociedade eucalíptica os Artigos e Palestras apresentados nos Colóquios Internacionais sobre Celulose de Eucalipto. Isso tem sido possível graças à colaboração do professor Dr. Jorge Luiz Colodette, que de forma muito aberta e cooperativa nos tem permitido inserir nos nossos websites esse material técnico, para que se perenize o acesso público a eles. Nessa edição lhes trazemos os artigos apresentados como “Pôsteres do Terceiro Colóquio Internacional sobre Celulose de Eucalipto – III ICEP - Belo Horizonte – Brasil”.

Outro tema abordado nessa edição é a ênfase que o setor brasileiro de fabricação de celulose e papel vem dando às suas florestas plantadas de eucalipto e de Pinus, apresentando-se em eventos globais com os seus compromissos e suas conceituações silviculturais no que tem sido relatado como “Plantações Florestais em Direção a um Futuro Sustentável”, ou ainda - “Florestas: Coração da Economia Verde”.

Na seção "Referências sobre Eventos e Cursos" e na seção "Contribuições dos Leitores" lhes oferecemos algumas oportunidades de navegação em materiais de muito valor técnico, e em outros casos, informações interessantes e até inusitadas.

Nessa edição retorna mais uma vez a seção “Curiosidades e Singularidades acerca dos Eucaliptos” com escritos por Ester Foelkel. Dessa vez ela nos conta uma curiosidade desconhecida por muitos brasileiros que não possuem maior intimidade com o Eucalyptus deglupta, o qual, exatamente por ter cascas multicoloridas, é denominado de “Eucalipto Arco-Íris”.

É muito importante que vocês naveguem logo e façam o devido downloading dos materiais de seu interesse nas nossas referências de euca-links. Muitas vezes, as instituições disponibilizam esses valiosos materiais por curto espaço de tempo; outras vezes, alteram o endereço de referência em seu website. De qualquer maneira, toda vez que ao tentarem acessar um link referenciado por nossa newsletter e ele não funcionar, sugiro que copiem o título do artigo ou evento e o coloquem entre aspas, para procurar o mesmo em um buscador de qualidade como Google, Bing, Yahoo, etc. Às vezes, a entidade que abriga a referência remodela seu website e os endereços de URL são modificados. Outras vezes, o material é retirado do website referenciado, mas pode eventualmente ser localizado em algum outro endereço, desde que buscado de forma correta.

Esperamos que essa edição possa lhes ser muito útil, já que a seleção de temas foi feita com o objetivo de lhes trazer novidades sobre os eucaliptos e que acreditamos possam ser valiosas a vocês que nos honram com sua leitura.

Caso ainda não estejam cadastrados para receber a newsletter e os capítulos do nosso livro online sobre os eucaliptos, sugiro fazê-lo através do link a seguir: Clique para cadastro.

Estamos com diversos parceiros apoiadores não financeiros a esse nosso projeto: TAPPI, IPEF, SIF, CeluloseOnline, RIADICYP, TECNICELPA, ATCP Chile, Appita, TAPPSA, SBS, ANAVE, AGEFLOR, EMBRAPA FLORESTAS, EUCALYPTOLOGICS - GIT Forestry, ForestalWeb, Painel Florestal, INTA Concórdia - Novedades Forestales, Papermakers' Wiki, Åbo Akademi - Laboratory of Fibre and Cellulose Technology, Blog do Papeleiro, Blog 1800 Flowers, Revista O Papel, Revista Nosso Papel, ABTCP Blog e ABTCP Guia de Compras. Eles estão ajudando a disseminar nossos esforços em favor dos eucaliptos no Brasil, USA, Canadá, Chile, Portugal, Argentina, Espanha, Austrália, Nova Zelândia, Uruguai, Finlândia, Bielo-Rússia e África do Sul. Entretanto, pela rede que é a internet, essa ajuda recebida de todos eles coopera para a disseminação do Eucalyptus Online Book & Newsletter para o mundo todo. Nosso muito obrigado a todos nossos parceiros por acreditarem na gente e em nosso projeto.

Conheçam nossos parceiros apoiadores em:
http://www.eucalyptus.com.br/parceiros.html


Obrigado a todos vocês leitores pelo apoio e constante presença em nossos websites. Nossos informativos digitais estão atualmente sendo enviados para uma extensa "mailing list" através da nossa parceira ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel, o que hoje está correspondendo a alguns milhares de endereços cadastrados. Isso sem contar os acessos feitos diretamente aos websites www.abtcp.org.br; www.eucalyptus.com.br e www.celso-foelkel.com.br, em links com websites de nossos parceiros ou ainda pelo fato desses endereços serem facilmente encontrados pelas ferramentas de busca na web.

Nossa meta a partir de agora é muito clara: estar com o Eucalyptus Online Book & Newsletter sempre na primeira página, quando qualquer pessoa no mundo, usando um mecanismo de busca tipo Google, Yahoo ou Bing, pesquisar algo usando a palavra Eucalyptus. Com isso, poderemos informar mais às partes interessadas sobre os eucaliptos, com informações relevantes e de muita qualidade e credibilidade. Por isso, peço ainda a gentileza de divulgarem nosso trabalho àqueles que acreditarem que ele possa ser útil. Nós, a Grau Celsius e a ABTCP, juntamente com os parceiros apoiadores, ficaremos todos muito agradecidos

Um abraço a todos e boa leitura. Esperamos que gostem do que lhes preparamos dessa vez.

Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br
http://www.eucalyptus.com.br

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Nessa Edição da Eucalyptus Newsletter

Editorial

Capítulo 29 do Eucalyptus Online Book

Relatos de Vida: Syracuse - NY: College of Environmental Science and Forestry + Syracuse University

ICEP’s - Colóquios Internacionais sobre Celulose de Eucalipto - Apresentações em Pôsteres do Terceiro Colóquio – III ICEP - Belo Horizonte - Brasil

Referências sobre Eventos e Cursos

Contribuições dos Leitores

Plantações Florestais em Direção a um Futuro Sustentável -- Florestas: Coração da Economia Verde - “Forest Plantations towards a Sustainable Future -- Forests: the Heart of a Green Economy”

Curiosidades e Singularidades acerca dos Eucaliptos – por Ester Foelkel
Eucalyptus deglupta - O Eucalipto Arco-Íris

Capítulo 29 do Eucalyptus Online Book

Nessa edição lhes oferecemos mais um recente capítulo do Eucalyptus Online Book para seu conhecimento e eventual downloading. Para baixar o arquivo (em Adobe PDF), clique no nome do capítulo, logo abaixo, ou utilize o artifício Salvar Destino Como... através do botão direito de seu mouse.

Caso você não tiver o Adobe Reader em seu computador, visite o website http://www.celso-foelkel.com.br/artigos_home.html, onde existem instruções de como instalá-lo.

Como se tratam de arquivos pesados, por favor, sejam pacientes, pois poderá tomar um tempo maior para se completar o downloading.

Capítulo 29:
"As Biorrefinarias Integradas no Setor Brasileiro de Fabricação de Celulose e Papel de Eucalipto"- (6.4 MB em PDF)

Caso ocorram problemas com o redirecionamento automático ao endereço do capítulo, copiem o endereço de URL a seguir e coloquem para que seu navegador (Internet Explorer, Google Chrome, Mozilla Firefox, etc.) possa encontrar o capítulo 29 correspondente em:

http://www.eucalyptus.com.br/eucaliptos/PT29_BiorrefinariasCelulosePapel.pdf

Relatos de Vida:

Syracuse - NY: College of Environmental Science and Forestry + Syracuse University


Syracuse foi talvez meu principal desafio profissional (e pessoal, também) no início de minha carreira no setor de celulose e papel. Havia a mandatória necessidade de se vencer no exterior, em um país diferente, enfrentando as dificuldades naturais de adaptação, diferença de idiomas e de formação profissional. Era uma tarefa que me parecia muito difícil naquela época, mas o carinho e apoio de minha esposa Lorena e a animação com o nascimento de nossa filha Alessandra, tão logo chegamos nos Estados Unidos da América, foram fatores alavancadores para que os passos fossem sendo dados com segurança, confiança, entusiasmo e sucesso.

Em Syracuse encontramos muito mais do que formação profissional: conseguimos amizades dedicadas; professores excepcionais e humanos; uma cidade e região cheias de atrativos e um povo norte-americano receptivo e camarada. Temos exemplos notáveis de cada situação, difícil relatar todos em tão curto espaço. Uma coisa é absolutamente certa: Syracuse foi para nós, eu e Lorena, algo que mudou definitivamente nossas vidas e nossa forma de viver e encarar as dificuldades e os prazeres da vida – e com certeza para melhor.

Éramos muito jovens quando para lá fomos, Lorena com 20 anos e eu 23. Era uma época muito diferente da atual: não havia internet, os computadores eram dinossáuricos e alimentados a papel-cartão de dados perfurados, uma calculadora eletrônica que fazia as 4 operações e raiz quadrada custava 100 dólares, era muito difícil telefonar, já que custava uma fortuna – tudo era singular, mais difícil, mas também prazeiroso. Para acompanhar os jogos do meu São Paulo F.C. eu recebia recortes de jornal pelo correio, que meu pai Edmundo mandava, e que chegavam com mais de um mês de atraso. Enfim, era a década dos 70’s, que muitos chamaram de “anos dourados”, no que deviam ter razão, pelo tanto de coisas boas que aconteceram nela.

Embarcamos para lá em janeiro de 1972, usando empresas aéreas que não mais existem: fomos pela ponte aérea com vôos em aviões Electra de Congonhas ao Rio de Janeiro e de lá voamos para Washington DC pela Braniff Airways. Também nossa volta em 1973 foi feita por uma empresa já desaparecida: a Pan American – PanAm. As coisas mudaram, e bastante nesses 40 anos.

Chegamos em Syracuse, depois de uma breve estada em Washington, em pleno inverno do hemisfério norte, em uma paisagem de duas cores: branco da neve e cinza das árvores peladas e das ruas sujas e molhadas pela neve encardida. Olhando do avião era assustador, especialmente para Lorena que chegava grávida de 7 meses, com enormes expectativas e ansiedades. Nossa vida em Syracuse teve um período de 20 meses. Em agosto de 1973, retornamos para o Brasil, para Piracicaba, onde eu iria exercer o grande sonho de minha vida – ser professor da ESALQ – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” para lecionar uma carreira nova e que praticamente inexistia no Brasil: tecnologia de celulose e papel.

Em 1966, surgiram no Brasil os plantios florestais incentivados pelo Governo Federal através de lei que permitia o abatimento de gastos com essas atividades do imposto de renda a se pagar à Receita Federal. Isso incentivou a nascimento de inúmeras escolas de engenharia florestal e de instituições de pesquisas florestais como o IPEF – Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, a SIF – Sociedade de Investigações Florestais, dentre tantos outros.

A ESALQ tinha planos ambiciosos para a engenharia florestal e para o desenvolvimento de produtos florestais. Em função de meu desempenho acadêmico e do estágio que realizava no Departamento de Silvicultura na seção de química, celulose e papel, acabei sendo incluído nesses planos de crescimento. Com isso, fui contemplado com uma bolsa de estudos para pós-graduação no exterior. Escolhi, com liberdade e certeza, que deveria estudar em Syracuse, nos Estados Unidos. Tiro certeiro: uma grande universidade e uma cidade interessante e atrativa para quem ainda conhecia muito pouco do Brasil e do mundo.

Tudo começou na verdade em fins de 1967, quando eu já havia decidido especializar-me em florestas, no curso de engenharia agronômica que estava cursando na ESALQ. Decidi conhecer um pouco mais sobre produtos fabricados com base em madeira e candidatei-me a um estágio em celulose e papel, tendo a segura orientação dos professores Luiz Ernesto George Barrichelo e Ronaldo Algodoal Guedes Pereira. Professor Barrichelo foi meu orientador direto, ensinou-me a ter dedicação à pesquisa e à qualidade dos ensaios. Sempre nosso foco era a qualidade da madeira para fins tecnológicos, tanto dos eucaliptos como dos Pinus. Entusiasmei-me com o estágio – dedicação integral inclusive nas férias escolares, sem nunca ter recebido bolsa de estudos ou qualquer ajuda financeira. Isso talvez tenha sido um fator para que eu fosse escolhido, em 1971, como a aposta da ESALQ para esse setor de celulose e papel, algo que precisava ser mais desbravado no Brasil daquela época. Eram pouquíssimos e incompletos os cursos no País sobre isso, havia que se buscar no exterior a especialização que se necessitava criar em Piracicaba.

O desafio inicial era ser aceito por uma universidade norte-americana de ponta e vencer os testes de proficiência em inglês: ALIGU, TOEFL e Michigan. O outro desafio era conseguir recursos financeiros na forma de bolsas de estudo que permitissem viver em Syracuse. Naquela época, era muito forte a presença da U.S.A.I.D. - Agency for International Development na ESALQ e no Brasil. Não foi difícil ser inserido nesse programa tanto pelo interesse dessa carreira em celulose e papel no Brasil, como pelo meu currículo acadêmico e apoio dos mestres Ronaldo, Barrichelo e Helládio do Amaral Mello.

Aprender rapidamente o inglês para vencer as barreiras dos testes não foi tão difícil, graças ao estudo concentrado que fiz com aulas ministradas pela professora Kareen, juntamente com o professor Antônio Fernando Ollita. Também devo muito à minha cunhada Hosana David Redivo, que sendo professora de inglês, pacientemente gravava inúmeros textos para que eu pudesse fazer uso dos recursos como audio-textos para meus estudos.

Os planos eram para embarcar o mais cedo possível para Syracuse, e isso dependia de sucesso nos exames de proficiência inglesa, o que acabou se tornando viável para embarque em janeiro de 1972.

Em abril de 1971, eu e Lorena havíamos casado e no entusiasmo de nossa imatura idade, logo decidimos ir juntos para a América, inclusive com a Alessandra, que passou a ser parte da família, ainda no estado de gestação, pouco tempo depois do nosso casamento. Apesar da gravidez inesperada da Lorena, mantivemos os planos, acreditando nos benefícios que a dupla cidadania traria para o bebê e na confiança que tínhamos de que “as coisas dariam sempre certo”.

A escolha da Universidade já havia sido feita, mas a tarefa não fora tão simples: haviam inúmeras universidades com renome como North Carolina State, Institute of Paper Chemistry, Washington State University, University of Mayne, etc. Convenceu-me o corpo docente de Syracuse, absolutamente incrível. Recebi todo o apoio do amigo Antônio Paulo Mendes Galvão, que havia concluído seu pós-doutorado em Syracuse, Com a orientação de Paulo e de sua esposa, fomos selecionando as disciplinas, os locais para morar e iniciamos um relacionamento por correio e telefone com alguns brasileiros que lá viviam (Mário Sitnoveter e Stella, Paulo Wilson e Eunice, etc.) e com o professor Christian Skaar, uma pessoa notável e admirável que nos recepcionou e ofereceu amizade logo após nossa chegada.

Syracuse está localizada no meio do estado de New York (Mid State New York), nas proximidades dos grandes lagos, a cerca de 50 km do Lago Ontário e um pouco mais do Canadá. Também está próxima de algumas regiões turísticas como a região dos Finger Lakes, Niagara Falls, Thousand Islands e da reserva florestal dos Adirondacks (http://en.wikipedia.org/wiki/Adirondack_Mountains). O clima é definitivamente miserável: o inverno é frio e com neve de novembro a abril;o verão escaldante e úmido de junho a agosto. Bom mesmo só os curtos períodos de primavera e outono. Entretanto, os contrastes das 4 estações criavam toda uma atmosfera que fazia a gente se apaixonar por essas diferenças.

A ida para Syracuse foi uma aventura, com escalas e conexões estranhas, mas também com o direito a uma estada anterior de 2 semanas em Washington DC para um curso de introdução aos Estados Unidos, oferecido pela U.S.A.I.D. no Washington International Center. Pudemos conhecer muito da capital americana, seus monumentos, bibliotecas, museus, universidades e shopping malls. Um mundo muito diferente do que era o Brasil naquela época. O nosso País começava seu crescimento econômico e social e os Estados Unidos eram a grande potência global que já havia inclusive “colocado os pés na Lua”, em 1969.

De Washington articulamos com os brasileiros de Syracuse e com a estimada Sarah Dollard (gestora dos imóveis da universidade) um apartamento para vivermos em um conjunto da própria Syracuse University (Vincent Apartments). Recebemos toda a colaboração da clã brasileira, que na época era composta de Mário e Stella, Paulo e Eunice, Jorge Guilherme Francisconi e Eleonora, Antônio Carlos Fraquelli e Jane, Júlio Hochberg e Vera, Peter Vertes, dentre outros.

Chegamos juntos a Washington com outro brasileiro, que se destacou posteriormente no setor brasileiro de celulose e papel – engenheiro florestal Valentin Irineu Suchek. O Suchek iria estudar economia florestal na mesma universidade em que eu estudaria celulose e papel. Quando falamos de Syracuse, na verdade estamos falando de duas universidades: State University of New York – College of Environmental Science and Forestry e SU – Syracuse University. Ambas possuiam uma parceria acadêmica de validação das disciplinas, de forma que se podia compor um currículo assistindo as disciplinas em ambas. Ao término do programa, éramos duplamente graduados, recebendo diplomas de ambas.

Pouco tempo depois chegou outro brasileiro, que se revelaria um grande amigo até hoje, da mesma forma que o Suchek. Tratava-se de Ademar Rui Bratz, com quem trabalhei alguns anos mais tarde compondo ambos na diretoria da Riocell S.A. Valentim e Ademar passaram a ser nossos vizinhos diretos nos Vincent Apartments, com frequentes visitas e muitas conversas – cada um ajudando o outro no que fosse possível.

Além do grupo brasileiro, sempre recebemos amizade e carinho de outros casais norte-americanos (John Goff e Susan; John e Rosa, etc.), paquistaneses, afegãos, chineses, colombianos (Norberto e Gládis), etc., etc. Era na verdade um grupo de pessoas com objetivos comuns, todos sendo desafiados pelo idioma, clima, costumes, provas acadêmicas, distância dos parentes, etc.

Um mês após o começo das aulas nasceu Alessandra, no Crouse-Irving Memorial Hospital, em Syracuse-NY, em 03.03.1972. Alessandra nasceu absolutamente linda, um bebê que encantava a todos onde quer que estivéssemos com ela. Começara uma nova fase de nossa vida - por demais prazeirosa e ainda mais desafiadora.

Tivemos todo apoio hospitalar do Dr. Spyros Kitromilis e sua equipe, um médico grego que vivia nos EEUU, figura excepcionalmente humana, atenciosa e competente. Lorena teve algumas complicações com o parto e nossa conta hospitalar chegou a valores impossíveis de serem pagos com os poucos recursos que tínhamos (a bolsa da USAID era de 240 dólares mensais). Mais tarde receberíamos outras complementações da FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e do Banco Itaú - somando-se tudo algo como 550 dólares mensais. A conta do hospital atingiu 1.500 dólares e dos médicos 350. Lembrar que os dólares há 40 anos atrás eram outros - também ocorreu uma desvalorização daquela moeda. Bom, “o resultado do rapar o fundo do tacho” foi que conseguimos adiantar 500 dólares ao hospital e 150 aos médicos. O restante, só parcelando. Tínhamos seguro de saúde, mas não cobria a gravidez, pois existia uma carência não atendida.

Mais uma vez fomos surpreendidos pela forma como os americanos tratam essas coisas – difícil de acreditar para nós brasileiros. Quando Lorena estava para sair do hospital, uma semana depois do parto, “fui acertar as contas” e contei que não tínhamos condições de pagar toda a quantia devida. A senhora que me atendeu, de forma atenciosa, perguntou como eu poderia pagar o que faltava. Respondi que conseguiria pagar 150 dólares por mês. Sua segunda pergunta foi também intrigante: em qual dia do mês poderia ser isso? Fiz as contas e propus um dia, em função da data de chegada do cheque da bolsa de estudos. Ela anotou tudo no cadastro e nos desejou boa sorte. Nada para assinar, nem fiador, só confiança em alguém que via pela primeira vez. A mesma coisa aconteceu com o Dr. Kitromilis, dando-nos o prazo que quiséssemos para resgatar os valores profissionais. Em tempo, o hospital não era universitário e sim uma fundação. Apertamos os cintos e em agosto de 1972 tínhamos pago todas as contas. Estávamos livres até mesmo para economizar algum dinheiro para emergências e para viajar um pouco.

Em função de nosso fluxo de caixa, conseguimos comprar um veículo (não dá para viver sem um nos Estados Unidos). Era um Dodge antigo do ano 1963, que foi apelidado de “furta-cor” em função dos reparos que fazíamos com tinta spray nas áreas onde aparecia a ferrugem causada pelo sal que se colocava na neve para derreter a mesma. Era um veículo fantástico, macio, suave e confortável, apesar da cor extravagante. Custou-nos 300 dólares, e ao voltar ao Brasil, vendemos ao Ademar Bratz por 95. Ele, por sua vez, vendeu o “furta-cor” por 50 dólares, quando terminou seu programa – não tivémos mais notícias do carro desde então. O “furta-cor” nos oportunizou muitos passeios e aventuras nas vizinhanças de Syracuse – não era entretanto confiável para viagens longas. Era um companheiro inseparável e valente, mesmo nas condições de clima adverso que tinha que enfrentar.

No College, as aulas haviam começado em fevereiro. O corpo docente que encontrei lá era de renome mundial: Roger Strauss, Carl Dence, Ted Stenuf, Tore Timmel, Carl de Zeeuw, Christian Skaar, Renata Marton, Fred O”Neil, Richard Mark, Kenneth Britt, James Bambach, Wilfred Cotê Jr., meu saudoso orientador Serge Gorbatsevich e muito mais tarde Hannu Makkonen.

Quando Alessandra nasceu, já estávamos no período de provas (é o que mais se faz no estudo universitário norte-americano). Perdi algumas delas nesse período agitado. Tive diversas situações distintas por parte dos professores em relação a essas faltas em provas. Foram na realidade 3 situações típicas e diferentes.

No caso do professor Carl de Zeeuw (Anatomia e Identificação da Madeira), ele me cumprimentou efusivamente e aplicou-me uma prova oral para substituir a que eu havia perdido. No caso do professor Kasile (Estatística), ele me sabatinou com questões dificílimas. Acabou sendo um desafio para mim e disciplina dele, e consegui mesmo com a prova difícil, fazer a melhor média da turma. No final do curso, Kasile me enviou uma carta de cumprimentos, o que me fez acreditar que ele tinha como objetivo desafiar os estudantes, mas reconhecia os méritos dos que se destacavam.

Entretanto, a coisa mais interessante aconteceu com meu orientador Serge Gorbatsevich. Serge era um professor duro – “o terror dos alunos do curso de papel e celulose”. Suas disciplinas versavam naquele semestre sobre operações unitárias, balanços de energia e materiais para nossos processos. Ao perder uma prova com o nascimento da Alessandra fui procurá-lo depois para ver se haveria uma chance de ter uma nova oportunidade. Ele me recebeu sempre com sua tradicional frieza e me perguntou: “is the baby OK?”, depois “is the baby a boy or a girl?”. Finalmente “how well are the baby and the mother?”. Finalmente, depois de conversarmos um pouco, eu lhe questionei se poderia ter uma prova para compensar a que perdi. Ele me respondeu com poucas palavras: “you missed the quizz - you have a zero”. Foi algo que me surprendeu e me deixou até certo ponto magoado com ele. Durante toda minha estada em Syracuse, Serge sempre manteve distância e era seco na maneira de relacionar-se. Eu chegava a ter pesadelos sobre ele, mas enfrentei a parada estudando muito suas disciplinas. Na sua disciplina sobre “Pulping processes”, tivemos que ler cerca de 1.200 páginas do livro do Sven Rydholm. Minha dedicação foi total - meu objetivo agora não era apenas passar nas suas disciplinas, mas ser o melhor em todas as ministradas por ele. Consegui as melhores médias das turmas em todas elas, mas mesmo assim, ele não esmoeceu...

Com relação à minha tese de mestrado, Serge deu-me singelas orientações, mas colocou todo o laboratório à minha disposição. Deixou-me com toda liberdade para criar e trabalhar no meu ritmo. Ao lhe entregar o primeiro rascunho da tese, ele me disse laconicamente após a leitura:”I liked it, I’ll be with you – Congratulations”. Foi um grande momento para mim aquele. Depois da defesa da tese, professor Gorbatsevich colocou abaixo as muralhas e se revelou uma pessoa bondosa, amável e agradável. Entendi então que ele procurava fazer uma divisão entre sua vida pessoal e profissional. Enquanto fui seu aluno e orientado, tivemos um relacionamento seco e difícil. Depois de concluído meu programa de MS (mestrado), ele insistiu para que eu continuasse com o PhD (doutorado). Queria continuar a me orientar, até mesmo ofereceu algum tipo de bolsa de monitor. Fiquei até mesmo emocionado sobre isso, mas eu queria voltar urgente – nossa situação sem uma garantia de emprego e só vivendo com bolsas de estudo era por demais arriscada para a família. Continuei a visitar Syracuse por diversas vezes após os anos de 1972-1973. Sempre nos encontramos e mantivemos a amizade até sua morte devido a um câncer, em meados dos anos 80’s.

Assim a vida corria e fui aprendendo muitas coisas em Syracuse, e não apenas sobre celulose e papel – foram experiências de vida que me permitiram:

• Confiar mais nas pessoas;
• Confiar mais em mim e nas possibilidades de vencer desafios difíceis;
• Conviver com as mudanças e me adaptar a elas;
• Admirar minha família, em especial minha esposa Lorena, que sempre me acompanhou e deu forças em todos os inúmeros desafios que temos enfrentado juntos;
• Aprender a criar filhas, espero que não as tenha decepcionado;
• Competir mais e não me acomodar– a sociedade americana é muito competitiva - notei isso nos alunos e mergulhei nisso ao buscar me destacar nas turmas;
• Valorizar a natureza em função das visitas a inúmeras áreas de beleza ímpar daquela região (Niagara Falls, Chittenango Falls, Oneida Lake, Adirondacks, Ontario Lake, Thousand Islands, Lake Champlain, etc.)
• Valorizar o conhecimento como pouca gente conheço que faça isso com a mesma intensidade.

Aprendi ainda em Syracuse a minha forma de escrever atual, coisa que mantenho há algumas décadas, mas cujo embrião foi plantado em sala de aula com o professor James Bambach. O primeiro trabalho escrito que a ele apresentei foi feito “à maneira da maioria dos estudantes brasileiros”, ou seja, usava frases de autores que lia, na melhor forma do que hoje se chama de “copiar/colar”. Fazia assim, porque era esse o modelo que encontrava nas universidades e nas escolas brasileiras. Professor Bambach me chamou à parte e me disse: “Celso, sei que lá na América do Sul vocês têm esse costume de copiar textos de autores e inserir os mesmos em seus trabalhos. Entretanto, aqui é diferente – você deve ler o que necessita sobre um tema, e depois escrever sua versão dos fatos, com suas próprias palavras. Não vou me importar com os seus erros de idioma já que o inglês não é sua primeira lingua - o importante é sentir a sua opinião sobre algo que eu lhe coloque como tema de casa”. Talvez para desafiar-me, ele me pediu que eu escrevesse minha opinião sobre um artigo científico que me entregou. Li o artigo e notei diversos plágios e erros técnicos grosseiros, até mesmo na fórmula usada para os cálculos. Escrevi sobre isso e ele me cumprimentou, mostrando que a lição houvera sido aprendida. Devo portanto a Bambach com sua orientação, a forma que eu comento e escrevo hoje, procurando dar uma opinião própria, prática e útil sobre os temas que escrevo.

Em 20 meses, consegui cumprir os créditos acadêmicos e concluir uma tese que havia começado no Brasil sob orientação do professor Barrichelo e que terminei com outras dados coletados nos Estados Unidos, com apoio do professor Gorbatsevich. Recebi muita ajuda no Brasil, tanto do Barrichelo como do amigo Gorguinha (técnico de laboratório da ESALQ), que colaboraram com testes para esclarecer as inquietudes que eu ainda pudesse ter sobre os experimentos realizados na parte brasileira da tese. A tese está disponibilizada mais adiante e tem o título “Unbleached kraft pulp properties of some of the Brazilian and U.S. pines”.

Quando eu chegara ao College of Environmental Science and Forestry fui recepcionado pelo professor Roger Strauss. Ao notar que eu era engenheiro agrônomo, pediu para eu me concentrar no primeiro semestre em fazer algumas disciplinas sobre o idioma inglês e apenas uma disciplina básica de celulose e papel em nível de graduação. Colocou-me que eu poderia fazer o programa de mestrado em três anos. Não concordei e aceitei o risco, não me matriculei em cursos de inglês e sim em cinco disciplinas de celulose, papel, madeira e estatística. Afortunadamente, consegui me sair bem e ganhar assim a confiança do grupo de professores.

O College of Forestry (como é chamado de forma simplificada) é a faculdade de engenharia florestal da Universidade Estadual de Nova Iorque. Consiste em um conjunto amplo de prédios e laboratórios, mais uma excelente biblioteca (“Moon Library”). O Departamento de Ciência e Engenharia do Papel (atualmente se chama “Paper and Bioprocess Engineering Department”) está situado em um amplo edifício (Walters Hall - http://www.panoramio.com/photo/2021178) que abriga diversos laboratórios e máquinas-piloto para fabricar papel nas aulas práticas. As máquinas de papel são operadas pelos alunos principalmente para se calcular balanços térmicos e mássicos, bem como se aventurar na arte de fabricar papel. As lições aprendidas sobre química com o amigo Barrichelo e as difíceis e valiosas aulas de operações unitárias do professor Gorbatsevich abriram as portas para que um engenheiro agrônomo silvicultor pudesse entender profundamente a engenharia de fabricação de celulose e papel. Enfim, a vida é assim mesmo – estudando a gente aprende – melhor ainda quando se dispõe de bons professores, muitos livros e se tem vontade e determinação.

No Walters Hall, cada estudante de pós-graduação tinha uma sala e laboratório com capela, tudo com aproximadamente 30 m² para uso exclusivo. A gente aprendia muito em equipe, com os outros alunos que interagiam no uso dos equipamentos e dos laboratórios comuns. Enquanto as análises corriam, o pessoal trocava experiências e conhecimentos. Criei assim uma grande amizade com os colegas John Goff, James Snyder (http://www.paperboardpro.com/), Kim Robinson, dentre outros.

Junto ao antigo PSE - Departamento de Ciência e Engenharia do Papel existe um instituto de pesquisas sobre celulose e papel em parceria com diversas empresas produtoras e fornecedoras para esse setor. É o ESPRI – Empire State Paper Research Institute (http://www.esf.edu/pbe/espri.htm), algo muito similar aos nossos IPEF e SIF anteriormente mencionados. O ESPRI possui grupo de pesquisadores próprios, mas conta com parceiras com os professores do departamento papeleiro. Muitos desses pesquisadores são professores aposentados, outros são visitantes internacionais, outros são espécies de trainees de empresas do setor. Muitos dos projetos do ESPRI acabam envolvendo alunos do curso de graduação ou pós-graduação, além de estudantes internacionais que vêm a Syracuse mais para treinamentos do que para obtenção de graus acadêmicos.

Diversos brasileiros e latinoamericanos já passaram por ensino acadêmico e treinamento em celulose e papel, seja nos cursos de pós-graduação do PSE, seja no ESPRI. Tenho conhecimento de diversos, sendo que citarei alguns, sob pena de não citar todos, já que as coisas são rápidas e se não houver contato frequente, perdemos a carruagem e os nomes: Antônio Waldomiro Petrik, Ergílio Cláudio-da-Silva Júnior; Renato Gamoeda, Rubens Chaves de Oliveira, Jorge Luiz Colodette, Ademilson Massoquete, Ericka Figueiredo Alves, João Alfredo Araújo, José Oscival dos Santos, José Mangolini Neves, Gladys Mogollón Briceño (Venezuela), etc. De alguns deles, consegui resgatar as teses acadêmicas e as devidas autorizações para postar as mesmas nessa seção da Eucalyptus Newsletter. Foi um privilégio conseguir a tese de meu ex-colega da Riocell e sócio fundador da ABTCP, o saudoso engenheiro Antônio Waldomiro Petrik. Petrik deve ter sido um dos primeiros brasileiros a estudar celulose e papel nos Estados Unidos e isso aconteceu no College of Forestry de Syracuse em meados dos anos 60’s. De meu conhecimento, em épocas anteriores a Petrik, só ouvi comentários que cursaram celulose e papel nos USA os amigos Ney Monteiro da Silva, Alfredo Cláudio Lobl e Francisco Almeida Neto, mas isso não posso agora lhes confirmar quando e onde.

Além do grau acadêmico de mestre, conquistado em Syracuse, a U.S.A.I.D. também me oportunizou uma longa viagem de estudos pelos Estados Unidos. Fiz uma relação criteriosa de diversos centros de pesquisa, universidades e empresas fabricantes de celulose e papel e consegui o patrocínio pela agência norte-americana. Gostaria de destacar o profissionalismo e a dedicação que recebi de Mr. Robert Fulcher, que era para mim uma espécie de guia na entidade para os temas associados ao meu desenvolvimento profissional. Com essa viagem de três semanas, consegui visitar: Institute of Paper Chemistry (Appleton), Forest Products Laboratory (Madison), North Carolina State University (Raleigh), Champion Canton mill, Westvaco Covington mill, Champion Hamilton headquarters, dentre outras instituições. Impressionava-me muito a atenção que me era dada em todas as visitas, já que a U.S.A.I.D. era um órgão do Departamento de Estado, que solicitava diretamente as visitas para pessoas como eu, consideradas hóspedes do governo norte-americano. Toda essa atenção nunca me foi cobrada ao longo de minha vida – por isso nunca consegui enxergar as maldades que muitos atribuem aos americanos sem conhecê-los e sem nunca terem estado nesse maravilhoso país que nos abrigou diversas vezes, e que hoje também abriga Alessandra, que lá vive em Denver Colorado.

Uma passagem curiosa dessas visitas ocorreu quando da visita aos headquarters da Champion International, que tinha operações no Brasil em Mogi-Guaçu (hoje International Paper do Brasil). Fui convidado pelo vice-presidente de desenvolvimento do grupo, Mr. Peter Donofrio, para jantar em Hamilton, Ohio. Antes do jantar, ele me sondou sobre meu eventual interesse em me juntar ao grupo, para fazer uma espécie de ponte entre o Brasil e os Estados Unidos para a empresa. Fiquei muito contente com a oferta, mas relatei com o entusiasmo da idade que eu estava estudando nos Estados Unidos para concretizar meu sonho de vida que era de ensinar os estudantes brasileiros sobre as tecnologias do setor para com isso alavancar o crescimento dessa indústria no Brasil. Disso eu tenho certeza que consegui, pois lecionei e leciono sobre o setor até hoje. Evidentemente, consegui esvaziar o interesse do Peter para o resto do jantar, porém, ele me manteve na lista de endereços dele, enviando-me por uns tempos as notícias da Champion e de seus planos no Brasil. Além dessa proposta da Champion, tive algumas outras ofertas ainda nos Estados Unidos e mesmo ao retornar ao Brasil. Entretanto o sonho de ser educador conseguiu me afastar das mesmas por uns tempos. A ESALQ era a minha meta e o meu compromisso com o futuro – pena que não deu certo – eu lhes contarei sobre isso em um próximo Relatos de Vida.

Tudo crescia no setor, nos Estados Unidos e Canadá - já as chaves do crescimento brasileiro foram entregues junto com o I PNPC – Programa Nacional de Papel e Celulose, em 1974. Isso me permitiu participar dessa história, praticamente desde o início até os dias atuais.

Ainda lá nos Estados Unidos, em início de 1972 me associei à Tappi – Technical Association of the Pulp and Paper Industry, pagando 5 dólares anuais como sócio estudante – uma bagatela para receber a melhor revista celulósica-papeleira da época. Em anos subsequentes, cresci com a minha participação na Tappi a ponto de me tornar Tappi Fellow em 2001 e membro do BOD - Board of Directors daquela associação de 2003 a 2006.

Tinha o hábito de buscar o conhecimento onde ele pudesse estar – era frequente visitante da Moon Library e do SU Bookstore – nesses dois estabelecimentos comprei dezenas de livros e milhares de cópias de artigos (cópias xerográficas). Adorava comprar nas liquidações de livros do bookstore: eram do tipo “tudo que você puder carregar por um dólar”. Imaginem o treinamento que eu fazia antes de ir buscar minhas seleções. Ao voltar ao Brasil despachei cerca de 60 caixas de livros/artigos pelo correio marítimo – todas chegaram e ainda hoje faço uso de muitos deles.

Resumidamente, posso afirmar sem medo de errar que Syracuse foi uma das coisas mais importantes em nossas vidas (em especial para mim e Lorena). No caso da Lorena, ela descobriu sua vocação de professora de inglês lá mesmo, além de ter-se destacado em resolver muitos dos problemas que tivemos. A união da família, a confiança e o entusiasmo afastam os temores e minimizam as ansiedades. Crescemos como gente, amadurecemos com as dificuldades, nos alegramos com os sucessos e aprendemos a lidar com as barreiras, mudanças e até mesmo privações.

Em agosto de 1973, retornamos ao Brasil para que em janeiro de 1974 eu fosse contratado como professor assistente da ESALQ-USP. Tive uma carreira curta na escola de meus sonhos – aquela onde eu pretendia ensinar os brasileiros sobre celulose e papel. Foram pouco mais de dois anos e eu lhes contarei o porquê sobre isso em outra oportunidade.

Gostaria de lhes apresentar mais adiante uma série de links com websites atuais desses entidades que lhes relatei. Em diversos deles, vocês poderão encontrar materiais valiosos para descarregar, como teses, palestras de eventos, programas acadêmicos, etc. Também lhes trago algumas galerias de fotos que representam aquela época dourada de nossas vidas, onde sempre procurei privilegiar conhecimentos e pessoas. Como se tratam de digitalizações de slides e de fotos, não são de muito boa qualidade, mas o que importa para mim é compartilhar momentos e lembranças com aqueles que estiverem pensando em estudar no exterior.

Obrigado pela leitura acerca dessa época de nossa vida. Espero que esse meu entusiasmo característico possa ser útil para motivar outros brasileiros a se aventurarem para aprender mais sobre o setor – seja para qual lugar tiverem que ir, mas atenção – há que haver qualificação para ser transferida no local eleito – senão não vale a pena - acaba virando turismo de segunda categoria.

Galerias de fotos de Syracuse – NY
- Fotos variadas de Celso Foelkel, Ademilson Massoquete e Ericka Figueiredo Alves:

01_Fotos_Introdução aos USA_Washington DC 1972
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse1/index.php

02_Fotos Syracuse_Família Foelkel em Syracuse (1972-1973)
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse2/index.php

03_Fotos Syracuse_ SUNY-ESF - College of Environmental Science and Forestry + SU - Syracuse University
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse3/index.php

04_Fotos Syracuse_Walters Hall_Máquinas de papel
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse4/index.php

05_Fotos Syracuse Walters Hall_Ensaios celulósico-papeleiros em 1972/1973
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse5/index.php

06_Fotos Syracuse_Amigos em Syracuse
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse6/index.php

07_Fotos Syracuse_Memórias instantâneas de Syracuse
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse7/index.php

08_Fotos Syracuse_Família Foelkel (em visita em 1997)
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse8/index.php


Outras imagens por Imagens Google:

http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&cp=8&gs_id=v&xhr=t&q=suny+esf&bav=
on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.&biw=1280&bih=521&wrapid=tljp1348841725619014&um=1&ie=
UTF-8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=A7FlUOLXIIjW0gG5i4G4AQ
(“SUNY-ESF”)


http://www.google.com.br/search?num=10&hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=
1280&bih=521&q=%22college+of+environmental+science+and+forestry%22+suny&oq=
%22college+of+environmental+science+and+forestry%22+suny&gs_l=img.3...1506.547
2.0.5927.6.1.0.5.0.0.418.418.4-1.1.0...0.0...1ac.1.pbdT6Et4GrA
(“College of Environmental Science and Forestry”)


http://www.google.com.br/search?num=10&hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=
1280&bih=521&q=%22syracuse+university%22&oq=%22syracuse+university%22&gs_l=
img.4..0j0i24l2.1651.7681.0.7959.23.23.0.0.0.0.407.4034.3j11j3j3j1.21.0...0.0...1ac.1.Hlkqza9qy6M
(“Syracuse University”)


http://www.google.com.br/search?num=10&hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=
1280&bih=521&q=Syracuse%2Busa&oq=Syracuse%2Busa&gs_l=img.3...1191.4387.
0.4761.12.12.0.0.0.0.616.2582.1j3j2j3j0j1.10.0...0.0...1ac.1.sRt6q3_8ibo
(“Syracuse”)



Links com organizações acadêmicas, técnicas e sobre a cidade de Syracuse – NY

http://en.wikipedia.org/wiki/State_University_of_New_York_College_of_Environmental_Science_and_Forestry (Sobre o SUNY-ESF - por Wikipédia)
http://www.esf.edu/ (ESF – “College of Environmental Science and Forestry”)
http://www.esf.edu/siteindex.htm (ESF - Mapa do website do “college”)
http://www.esf.edu/moonlib/ (ESF - Moon Library)
http://www.esf.edu/catalog/ (ESF - Catálogo cursos)
http://www.esf.edu/departments/ (ESF - Departamentos)
http://www.esf.edu/alumni/ (Comunidade de ex-alunos do ESF)
http://www.esf.edu/pbe/ (ESF – “Paper and Bioprocess Engineering Department”)
http://www.esf.edu/pbe/sppf/ (“Syracuse Pulp and Paper Foundation”)
http://www.esf.edu/pbe/espri.htm (ESPRI - “Empire State Paper Research Institute”)
http://www.esf.edu/pbe/espri/ESPRA-Handbook%202007.pdf (ESPRA – “Empire State Paper Research Associates”)
http://www.esf.edu/research/ (ESF – Pesquisas)
http://www.esf.edu/insideesf/ (“Inside ESF”)
http://www.esf.edu/search/results.asp (ESF e Brasil)
http://www.youtube.com/results?search_query=suny+esf&oq=suny+esf&gs_l=
youtube.3..0i19l2.3072.4891.0.5379.8.8.0.0.0.0.385.1357.
1j6j0j1.8.0...0.0...1ac.1.wW-m9Vq592o
(Vídeos do SUNY – ESF em www.youtube.com)
https://plus.google.com/photos/111019019686771742905/albums/
5306561158842333409?authkey=CPPgzOjG076XvwE#photos/111019019686771742905/
albums/5306561158842333409?authkey=CPPgzOjG076XvwE
(Álbum de fotos de Ericka Figueiredo Alves sobre máquina piloto de fabricar papel da SUNY-ESF)
http://www.youtube.com/results?search_query=%22syracuse+university%
22&oq=%22syracuse+university%22&gs_l=youtube.3..0.422.5190.0.5468
.21.21.0.0.0.0.607.2906.7j4j5j5-1.17.0...0.0...1ac.1.5e_Np-s102g
(Vídeos de SU – “Syracuse University” em www.youtube.com)
http://www.syr.edu/ (Wesbsite da SU- Syracuse University)
http://library.syr.edu/find/ (SU – Biblioteca da “Syracuse University”)
http://sumagazine.syr.edu/ (“Syracuse University Magazine”)
http://www.esf.edu/biorefineries/2008/documents/MayorDriscoll.pdf (“Syracuse - The emerald city”)
http://www.syracuse.com/ (Notícias locais de Syracuse – NY)
http://www.alumniconnections.com/olc/pub/SYR/ (Comunidade da “Syracuse University”)
http://en.wikipedia.org/wiki/Syracuse_University (Sobre a SU - “Syracuse University”)
http://www.superpages.com/cities/Syracuse-NY/ (“Syracuse city guide”)
http://en.wikipedia.org/wiki/Syracuse,_New_York (Sobre a cidade de Syracuse – NY)

Teses de amigos (em especial de brasileiros) defendidas no College of Environmental Science and Forestry – Syracuse – NY sobre o tema celulose e papel e afins

A seguir, trazemos algumas das muitas teses de brasileiros ou de cidadãos americanos com os quais criamos laços de amizade e que foram defendidas na SUNY/ESF na área de tecnologia de produtos florestais e de seus mercados. Trata-se de uma coletânea reduzida, de alguns amigos que estudaram nessa prestigiada universidade e que atenderam minha solicitação para que eu pudesse disponibilizar os arquivos das mesmas para leitura de vocês. Agradeço sinceramente a eles por terem me ajudado nesse relatos sobre Syracuse.

As teses são trabalhos que datam de 1967 até 2011, ou seja, cobrem uma ampla faixa de tempo, com variados temas que se relacionam com o desenvolvimento do setor de celulose e papel do Brasil. Muitos outros brasileiros estudaram em Syracuse, em outras áreas florestais e de ciências da engenharia, mas infelizmente não conseguimos resgatar as muitas outras teses de acadêmicos de nossa pátria que lá pesquisaram, aprenderam e ensinaram. Fica para outra ocasião, espero.

Comparison of anatomical and pulping properties of some fast- and slow-grown trees.
A.W. Petrik. Tese de Mestrado. New York State University College of Forestry. 120 pp. (1967)
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse/1967_A.W.Petrik.pdf (em Inglês)

Unbleached kraft pulp properties of some of the Brazilian and U.S. pines. C.E.B. Foelkel. Tese de Mestrado. SUNY – College of Environmental Science and Forestry. 204 pp. (1973)
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse/1973_C.Foelkel.pdf (em Inglês)

Optimum degree of cooking for a bleachable sulfate pulp from sweetgum. J.M. Snyder. Tese de Mestrado. SUNY – College of Environmental Science and Forestry. 104 pp. (1973)
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse/1973_J.Snyder.pdf (em Inglês)

Man-made forests and pulp/paper industry in Brazil. V.I. Suchek. Tese de Mestrado. SUNY – College of Environmental Science and Forestry. 157 pp. (1974)
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse/1974_V.Suchek.pdf (em Inglês)

Chemical pulp beating related to fiber structure. E. Cláudio-da-Silva, Jr. Tese de Doutorado. SUNY – College of Environmental Science and Forestry. 295 pp. (1981)
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse/1981_EC.SilvaJr.pdf (em Inglês)

The potential for mammalian detoxication of 2-chloropropenal, a mutagenic component of spent bleaching liquor. A.H. Mounteer. Tese de Mestrado. SUNY – College of Environmental Science and Forestry. 82 pp. (1986)
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse/1986_A.Mounteer.pdf (em Inglês)

Factors affecting hydrogen peroxide stability in the brightening of mechanical and chemimechanical pulps. J.L. Colodette. Tese de Doutorado. SUNY – College of Environmental Science and Forestry. 292 pp. (1986)
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse/1986_J.Colodette.pdf (em Inglês)

Stress-strain behavior of low grammage and or lightly bonded papers by dot matrix technique. R.C. Oliveira. Tese de Doutorado. SUNY – College of Environmental Science and Forestry. 292 pp. (1993)
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse/1993_RC.Oliveira.pdf (em Inglês)

Study of anisotropic moisture diffusion in paper material. A. Massoquete. Tese de Doutorado. SUNY – College of Environmental Science and Forestry. 227 pp. (2005)
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse/2005_A.Massoquete.pdf (em Inglês)

Simultaneous production of paper-making fibers and potential bio-products from sugarcane bagasse. E.F. Alves. Tese de Doutorado. SUNY – College of Environmental Science and Forestry. 192 pp. (2011)
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse/2011_EF.Alves.pdf (em Inglês)

A todos meus colegas de universidade, que sentaram em bancos próximos aos meus, em épocas diferentes ou simultâneas, agradeço a oportunidade de compartilhar com nossos leitores as sabedorias resultantes das pesquisas que realizaram em Syracuse.

Outros artigos relacionados às teses acima ou de outros estudantes do ESF:


Anatomical and pulping properties of fast-and slow-grown Norway spruce.
G.R. Stairs; R. Marton; A.F. Brown; M. Rizzio; A. Petrik. Tappi Journal 49(7): 296 – 300. (1966)
http://www.eucalyptus.com.br/syracuse/000_Petrik_article.pdf (em Inglês)

Celulose kraft de Pinus spp. C.E.B. Foelkel. VIII Convenção Anual. ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 193 – 211. (1975)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/1975%20%20Celulose
%20kraft%20de%20Pinus%20spp%20.pdf
(em Português)

Madeiras de coníferas e folhosas na fabricação de celulose kraft no Brasil e nos Estados Unidos da América: um estudo comparativo. C.E.B. Foelkel; L.E.G. Barrichelo. VIII Convenção Anual. ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 15 – 20. (1975)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/1975.%20madeira
%20con%EDferas%20e%20folhosas.pdf
(em Português)

Finos celulósicos catiônicos no gerenciamento da química a úmido. J.A. Araújo; J.E. Unbehend. XXV Congresso Anual. ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 707 - 745. (1992)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/FinosCelulosicos.pdf (em Português)

ICEP’s - Colóquios Internacionais sobre Celulose de Eucalipto

Apresentações em Pôsteres do Terceiro Colóquio – III ICEP - Belo Horizonte - Brasil


O evento Colóquio Internacional sobre Celulose de Eucalipto é um dos melhores e mais renomados congressos a nível mundial sobre produção e tecnologia de celulose. Foram cinco as edições que ocorreram até o presente momento. Na edição de 2011 do ICEP tive todo o apoio e a autorização do Dr. Jorge Luiz Colodette, que é considerado “o pai dos colóquios”, para oferecer para a comunidade eucalíptica através da nossa Eucalyptus Newsletter, as apresentações e os artigos técnicos de todos os colóquios realizados até o de 2011.

Os colóquios do eucalipto, como se refere sobre eles no Brasil, passaram, desde 2003, a serem fóruns regulares de encontros e relacionamentos tecnológicos sobre as madeiras, polpas e fibras papeleiras dos eucaliptos.

O Terceiro Colóquio aconteceu em 2007 na cidade de Belo Horizonte, Brasil, tendo como principal anfitriã a UFV – Universidade Federal de Viçosa. As demais instituições apoiadoras e que regularmente colaboram na organização dos colóquios também estiveram cooperando para o sucesso do evento: SIF – Sociedade de Investigações Florestais; ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel, ATCP – Chile – Asociación Técnica de la Celulosa y el Papel e portal CeluloseOnline.

Nossos especiais cumprimentos à UFV que colocou sua colaboração para que o colóquio seguisse um processo de rotatividade entre países, fortalecendo assim os laços de amizade entre os diversos países detentores de tecnologias e fabricantes de celuloses de eucalipto.

A temática básica do evento de 2007 discorreu sobre produtividade e o foco era “Maximizing Throughput and Quality”. Cerca de 50 excelentes palestras foram apresentadas sobre isso e algumas se converteram em referência mundial sobre o assunto. Elas estão disponibilizadas na Eucalyptus Newsletter de número 41 no endereço: http://www.eucalyptus.com.br/newspt_jul12.html#tres.

Além das palestras apresentadas oralmente, tivemos cerca de 30 pôsteres que foram disponibilizados, debatidos e inseridos nos anais do evento. Esses pôsteres, bastante deles de alunos da UFV – Universidade Federal de Viçosa, estão colocados logo a seguir, para sua leitura.

Aguardem em próximas edições da Eucalyptus Newsletter a continuidade desse serviço de difusão dos conhecimentos transmitidos nesses magníficos eventos.

Boa leitura a todos.

Pôsteres do Terceiro Colóquio Internacional sobre Celulose de Eucalipto

Thermal analyses studies on the interactions between Eucalyptus kraft pulp components and offset printing inks. E.F. Alves; R.C. Oliveira; L.H.M. Silva; J.L. Colodette
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/01_Alves_Oliveira_Silva_Colodette.pdf (em Inglês - 08 pp.)

O efeito da antraquinona no processo de polpação soda e kraft de Eucalyptus grandis. J.C. Caraschi; R.R. Rosa; L.F.F. Santiago; G. Ventorim
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/02_Caraschi_Rosa_Santiago_Ventorim.pdf (em Português - 07 pp.)

Avaliação não destrutiva da madeira versus a produção de celulose kraft. F.J.B. Gomes; P.F. Trugilho; J.L. Colodette; A.F. Gomes; P.H.D. Morais
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/03_Gomes_Trugilho_Colodette_Gomes_Morais.pdf (em Português - 08 pp.)

Absorption potential of heavy metals and dioxins in Brassica juncea using organic compost and biosludge from an Eucalyptus kraft bleached pulp mill. M.A.S.L. Guerra; C.M. Silva; H.A.V. Rossoni; A.A. Rezende; A.B. Landim; S.T. Carvalho
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/04_Guerra
_Silva_Rossoni_Rezende_Landim_Carvalho.pdf
(em Português - 07 pp.)

Polpação quimiomecânica de Eucalyptus grandis biotratado por Phanerochaete chrysosporium. F. Masarin; M.P. Vicentim; A. Ferraz
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/05_Masarin_Vincentim_Ferraz.pdf (em Português - 12 pp.)

Contribution of oxidizable structures of different origin to kappa number and brightness of Eucalyptus globulus kraft pulp. V. Nascimento; D.V. Evtuguin
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/06_Nascimento_Evtuguin.pdf (em Inglês - 05 pp.)

Water consumption minimization in a bleach plant. K.D. Oliveira; M. Cardoso
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/07_Oliveira_Cardoso.pdf (em Inglês - 11 pp.)

Extracto tánico de dos cortezas de eucaliptos, de una plantación experimental en Morelia, México. F.E. Pedraza-Bucio; H.G. Ochoa-Ruiz; R. Sanjuán-Dueñas; N. Flores-Ramírez; J.G. Rutiaga-Quiñones
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/08_PedrazaBucio.et.all.pdf (em Espanhol - 03 pp.)

Método prático para determinação quantitativa de grupos carboxílicos em polpa de celulose. C.M. Cazal; L.C.A. Barbosa; C.R.A. Maltha; J.L. Colodette; E.L. Reis; V.R. Mendonça
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/
09_Cazal_Barbosa_Maltha_Colodette_Reis_Mendonca.pdf
(em Português - 04 pp.)

The true importance of oxygen delignification for Eucalyptus kraft pulps. J.L. Colodette; D. Langue Júnior; C. Pedrazzi; L.C. Colodete; J.L. Gomide; C.M. Gomes
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/
10_Colodette_Langue_Pedrazzi_Colodete_Gomide_Gomes.pdf
(em Inglês - 11 pp.)

Análise comparativa entre vários métodos de quantificação de hemiceluloses da madeira de eucalipto. L.P.S. Palmeiras; J.L. Colodette; A.S. Magaton
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/11_Palmeiras_Colodette_Magaton.pdf (em Português - 03 pp.)

Comparação entre tratamento anaeróbio da água branca da indústria de papel por bioreator de membrana e convencional. A.P.S. Loures; C.M. Silva; A.H. Mounteer; C.A.L. Chernicharo; R.S. Rodrigues; M.R. Coura; I.L.H. Morais
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/
12_Loures_Silva_Mounteer_Chernicharo_Rodrigues_Coura_Morais.pdf
(em Português - 11 pp.)

Efeito da adição de pasta APMP de eucalipto nas propriedades da polpa kraft branqueada de Pinus radiata. M. Manfredi; J.L. Colodette; R.C. Oliveira; E.C. Xu
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/13_Manfredi_Colodette_Oliveira_Xu.pdf (em Português - 05 pp.)

Branqueamento de polpa de eucalipto com sequências curtas. F.R. Milagres; M.S. Rabelo; F.J.B. Gomes; J.L. Colodette
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/14_Milagres_Rabelo_Gomes_Colodette.pdf (em Português - 05 pp.)

Importância da amostragem no uso da espectroscopia NIR para caracterização de madeiras. L.C. Sousa; J.L. Gomide; R.B. Santos
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/15_Sousa_Gomide_Santos.pdf (em Português - 03 pp.)

Pulpeo kraft en Eucalyptus robusta Sm, de una plantación experimental en Morelia, México. U. Trujillo-Jiménez; J.J. Vargas-Radillo; J.J. Rivera-Prado; R. Sanjuán-Dueñas; J.L. Colodette; J.G. Rutiaga-Quiñones
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/16_TrujilloJimenez.et.all.pdf (em Espanhol - 03 pp.)

High yield biokraft pulping of Eucalyptus grandis: evaluation of the bioprocess using wood chips biotreated by Ceriporiopsis subvermispora in different supplementing conditions. M.P. Vicentim; R.A. Faria; A. Ferraz
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/17_Vincentim_Faria_Ferraz.pdf (em Inglês - 08 pp.)

Evaluación de parámetros de calidad de E. globulus y E. maidenii de plantaciones uruguayas para pulpa de celulosa. J. Doldán
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/18_Doldan.pdf (em Espanhol - 06 pp.)

Uso del ozono en secuencias ECF-light para el blanqueo de pulpas kraft de eucalipto. J.C. Garcia; P. Mutjé; M.A. Pèlach; L. Barbera; J.L. Colodette
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/
19_Garcia_Mutje_Pelach_Barbera_Colodette.pdf
(em Espanhol - 07 pp.)

Caracterização dos ácidos urônicos da madeira de Eucalyptus urograndis. O.R. Lopes; A.S. Magaton; P.H.D. Morais; J.L. Colodette; D.P. Veloso
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/
20_Lopes_Magaton_Morais_Colodette_Veloso.pdf
(em Português - 04 pp.)

Efecto de las xilanas en la refinabilidad y propriedades físico-mecánicas de pulpa kraft de Eucalyptus spp. E.M. Albarrán; G. Mogollón; J.L. Colodette
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/21_Albarran_Mogollon_Colodette.pdf (em Espanhol - 11 pp.)

Efeito da lixiviação ácida de cavacos de eucalipto no processo kraft. E. Moreira; J.L. Colodette; J.L. Gomide; R.C. Oliveira; A.J. Regazzi; V.M. Sacon
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/
22_Moreira_Colodette_Gomide_Oliveira_Regazzi_Sacon.pdf
(em Português - 08 pp.)

Effect of recent bleaching technology development on organic matter balance in eucalypt kraft pulp bleaching effluents. A.H. Mounteer; R.O. Pereira; A.A. Morais; D.S.A. Silveira
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/23_Mounteer_Pereira_Morais_Silveira.pdf (em Inglês - 07 pp.)

A influência dos ácidos hexenurônicos no rendimento e na branqueabilidade da polpa kraft. G. Ventorim; J.C. Caraschi; C.A. Sansigolo
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/
24_Ventorim_Caraschi_Sansigolo.pdf
(em Português - 07 pp.)

Caracterização das O-acetil-4-O metil-(glicurono) xilanas e das 4-O-metil-(glicurono) xilanas isoladas da madeira de Eucalyptus urograndis. A.S. Magaton; J.L. Colodette; D. P. Veloso; L.P.S. Palmeiras; O.R. Lopes
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/
25_Magaton_Colodette_Veloso_Palmeiras_Lopes.pdf
(em Português - 05 pp.)

Avaliação de surfactantes para controle de stickies na produção de papel reciclado. V.C. Soares; R.C. Oliveira
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/26_Soares_Oliveira.pdf (em Português - 07 pp.)

Alternativas de blanqueo de pulpas kraft de Eucalyptus spp. incorporando quelantes fosfonados y enzimas. A.D. Venica; M.C. Area; F. Felissia
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/27_Venica_Area_Felissia.pdf (em Espanhol - 06 pp.)

Composición química de cuatro eucaliptos, de una plantación experimental en Morelia, México. N. S. Martínez-Ríos; F.E. Pedraza-Bucio; P. López-Albarrán; J.L. Colodette; J.G. Rutiaga-Quiñones
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/28_MartinezRios.et.all.pdf (em Espanhol - 04 pp.)

Branqueamento ECF – light de polpa kraft de eucalipto, com aplicação do estágio de peróxido ácido catalisado por molibdênio. M.S. Rabelo; J.L. Colodette; V.M. Sacon; M.R. Silva
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/
29_Rabelo_Colodette_Sacon_Silva.pdf
(em Português - 08 pp.)

Avaliação da branqueabilidade de biopolpa kraft de eucalipto sequência O/O-DHT-(EOP)-D. J.L. Colodette; J. Gonzalez-Molina; M.A.B. Azevedo; O. Paula
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/
30_Colodette_Gonzalez_Azevedo_Paula.pdf
(em Português - 11 slides do PowerPoint)

Caracterização de ligninas de Eucalyptus spp. pela técnica de pirólise associada à cromatografia gasosa e à espectrometria de massas. V.L. Silva; L.C.A. Barbosa; C.R.A. Maltha; J.L. Colodette
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/31_Silva_Barbosa_Maltha_Colodette.pdf (em Português - 04 pp.)

Caracterização química de polpa quimiotermomecânica de Eucalyptus grandis. R.P. Francisco; A.A.S. Curvelo
http://www.eucalyptus.com.br/icep03/32_Francisco_Curvelo.pdf (em Português - 06 pp.)

Referências sobre Eventos e Cursos

Essa seção tem como meta principal apresentar a vocês a possibilidade de navegação em eventos que já aconteceram em passado recente (ou não tão recente), e para os quais os organizadores disponibilizaram o material do evento para abertura, leitura e downloading a partir de seus websites. Trata-se de uma maneira bastante amigável e com alta responsabilidade social e científica dessas entidades, para as quais direcionamos os nossos sinceros agradecimentos. Gostaria de enfatizar a importância de se visitar o material desses eventos. A maioria deles possui excepcionais palestras em PowerPoint, ricas em dados, fotos, imagens e referências para que vocês possam aprender mais sobre os temas abordados. Outras vezes, disponibilizam todo o livro de artigos técnicos, verdadeiras fontes de conhecimento para nossos leitores. Estamos também destacando nessa seção a crescente disponibilidade de materiais acadêmicos colocados de forma pública por inúmeros professores universitários, que oferecem as aulas e materiais didáticos de seus cursos para uso pelas partes interessadas da sociedade através da internet.

É muito importante que vocês naveguem logo e façam os devidos downloading dos materiais de seu agrado. Muitas vezes as instituições disponibilizam esses valiosos materiais por curto espaço de tempo ou então alteram os endereços de URL devido a modernizações em seus websites.

Espero que apreciem essa nossa presente seleção: são diversos eventos, cursos e materiais acadêmicos interessantíssimos e que aconteceram no Brasil e fora dele.

Workshop Internacional “As Biorrefinarias de Biomassa para Biocombustíveis: Sustentabilidade & Importância Socioeconômica”. LNEG- Laboratório Nacional de Energia e Geologia. Portugal. (em Português, Espanhol e Inglês)
O evento, realizado em setembro de 2010, em Alfragide – Portugal, teve como objetivo aprofundar a discussão sobre as oportunidades políticas, técnicas e socioeconômicas sobre as tecnologias de produção sustentáveis de biocombustíveis que poderão chegar ao mercado nos próximos anos, além de avaliar o enquadramento dessas mesmas tecnologias no conceito das Biorrefinarias de Biomassa, fábricas multiprodutos a exemplo das refinarias de petróleo.
http://www.lneg.pt/divulgacao/eventos/153 (Palestras do evento)
http://www.lneg.pt/download/1048 (Programação)

VI Semana de Atualização Florestal. SIF – Sociedade de Investigações Florestais. Viçosa. Brasil. (em Português)
Tradicional evento realizado em Viçosa, organizado pela SIF e pela UFV – Universidade Federal de Viçosa, com a finalidade de trazer o estado-da-arte tecnológico em temas florestais de interesse para o Brasil. O sexto evento da série aconteceu entre 03 a 05 de setembro de 2012 e reuniu especialistas de universidades e empresas, com temas variando desde as biorrefinarias de biomassa até detalhes de tecnologias de plantações florestais.
http://www.sif.org.br/atualizacao/programa.php (Programação)
http://www.sif.org.br/palestras/atualizacao2012/palestras.html (Palestras)

International Biorefinery Conferences. SUNY-ESF – College of Environmental Science and Forestry. Syracuse-NY. (em Inglês)
Estão apresentadas e disponibilizadas no website da SUNY-ESF diversos desses eventos de ampla magnitude e que versam sobre as biorrefinarias de biomassa florestal para produção de bioprodutos e biocombustíveis. O ESF é uma das mais prestigiadas universidades norte-americanas que se vem dedicando a pesquisas nessa área através de seu “Department of Paper and Bioprocess Engineering”. Essas conferências internacionais têm sido organizadas pela SUNY College of Environmental Science and Forestry (SUNY-ESF), pela International Union of Biorefineries (IUB), e pelo Biorefinery Institute.
http://www.esf.edu/biorefineries/past.htm (Conferências já realizadas)
http://www.esf.edu/biorefineries/2009/ (Palestras da Conferência de 2009)
http://www.esf.edu/biorefineries/2008/ (Palestras da Conferência de 2008)
http://www.esf.edu/biorefineries/2007/speakers.htm (Palestras da Conferência de 2007)

Workshops AFORE – Biobased Solutions. Eupora. (em Inglês)
AFORE é um projeto cooperativo europeu envolvendo empresas e institutos de pesquisa de diversos países com a finalidade de desenvolver tecnologias e soluções técnicas para as biorrefinarias de base florestal. AFORE tem realizado diversos workshops internacionais em países europeus, onde diversas palestras foram apresentadas e disponibilizadas para downloading. Conheça abaixo alguns desses eventos:
http://www.eu-afore.fi/index (Sobre o projeto AFORE)
http://www.eu-afore.fi/publications-workshops-3 (Palestras do evento de 2012 em Lisboa - Portugal)
http://www.eu-afore.fi/publications-workshops-1 (Palestras do evento de 2011 em Estocolmo - Suécia)
http://www.eu-afore.fi/publications-workshops-2 (Palestras do evento de Bucareste – Romênia)

Contribuições dos Leitores

Em função do nível de penetração que têm a Eucalyptus Newsletter e a sua irmã PinusLetter, temos recebido com frequência mensagens de leitores que gostariam de compartilhar seus conhecimentos e desenvolvimentos tecnológicos com os demais leitores. Eles nos enviam teses, palestras, artigos, livros, revistas, eventos, reflexões, bem como nos colocam sugestões valiosas acerca de conhecimentos técnicos para o setor. Muitas dessas ofertas e contribuições podem muito bem enriquecer o acervo das nossas publicações como também merecem ser compartilhadas com todos os demais leitores. Essa nossa seção procura então fazer links com materiais valiosos enviados pelos amigos leitores, ou mesmo incluir esses materiais em nossos websites para favorecer o descarregamento dos mesmos. Entretanto, faremos uma seleção, frente às muitas solicitações que recebemos. Outras vezes, ao nos deparar com alguma excelente literatura que não esteja ainda na web, vamos solicitar nós mesmos a possibilidade de incluir esse material em nossos websites para dividi-lo com vocês. Toda literatura a ser divulgada deverá assim estar em conformidade com nossa linha editorial e de acordo com nossos padrões de qualidade técnica e científica.

Sintam-se livres para nos enviar contribuições, mas sejam pacientes, pois nem sempre serão disponibilizadas de imediato.

Nessa edição vamos lhes apresentar alguns interessantes materiais, fotos, vídeos, curiosidades, referências e literaturas que nos informaram, disponibilizaram ou presentearam os amigos Rafael Hardt Araújo, José Luiz Stape; Antônio Rioyei Higa; Fernando Almeida Santos, Glauber Pinheiro, André Barros da Hora, Júlio Natalense, Guy Ladvocat, Vera Maria Sacon, Gerson Luiz Lopes, Marco Antônio Fujihara e Sergio Lopez.

Agradeço a esses estudiosos e motivadores do setor florestal e celulósico-papeleiro por contribuições e trabalhos tão significativos em favor dos mesmos.

Conheçam o que nossos amigos e leitores escrevem, informam e procuram compartilhar com vocês todos:

Cartoom eucalíptico: Coala e Deus. UmSabadoQualquer.com. Acesso em 09.10.2012. (em Português)
http://www.umsabadoqualquer.com/878-criacoes-nao-muito-satisfeitas/

Livro: Pomar de sementes de espécies florestais nativas. Coordenação: Antônio Rioyei Higa e Luciana Duque Silva. FUPEF – Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná. 264 pp. (2006). (em Português)
http://www.abrates.org.br/portal/noticias/44-livro-pomar-de-sementes-de-especies-florestais-nativas
e
http://www.abrates.org.br/portal/noticias/63-livro-orienta-para-a-
instalacao-de-areas-produtoras-de-sementes-de-especies-florestais

Livro: Sugarcane. Bioenergy, sugar and ethanol. Editores: Fernando Santos; Aluízio Borém; Celso Caldas. MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Universidade Federal de Viçosa. 568 pp. (2012). (em Inglês)
http://www.editoraufv.com.br/produtos/sugarcane-bioenergy-sugar-and-ethanol
e
http://www.udop.com.br/index.php?item=noticias&cod=1061992#nc


Livro: Anuário Brasileiro de Silvicultura 2012. Editor: Romar Rudolfo Beling; Editor assistente: Daniel Neves da Silveira; Textos: Cleiton Santos; Colaboração: Benno Bernardo Kist, Cleonice de Carvalho, Erna Regina Reetz e Heloísa Poll; Supervisão: Romeu Inacio Neumann; Tradução: Guido Jungblut. MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Editora Gazeta. 47 pp. (em Português e em Inglês)
http://www.gaz.com.br/tratadas/eo_edicao/9/2012/08/
20120830_3428bbce5/pdf/3516_2012_silvicultura_double_web.pdf

e
http://www.gaz.com.br/editora/anuarios/3516


Artigo: Perspectivas do setor de biomassa de madeira para a geração de energia. Autores: André Carvalho Foster Vidal, André Barros da Hora. BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. BNDES Setorial 33: p.261-314. (2011). (em Português)
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/
bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/bnset/set3308.pdf


Evento: III Congreso Latinoamericano sobre Biorrefinerías. Pucón – Chile. Unidad de Desarrollo Tecnológico (UDT); Centro de Biotecnología; Universidad de Concepción; Núcleo Científico Tecnológico en Biorrecursos (BIOREN); Universidad de la Frontera. (2012). (em Espanhol e em Inglês)
http://www.biorrefinerias.cl/

Evento: Seminário Internacional - A Rotulagem Ambiental e as Compras Públicas Sustentáveis. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. (2012). (em Português)
http://www.abnt.org.br/mCalendario.asp?id=2001
e
http://www.abnt.org.br/m5.asp?cod_noticia=1088&cod_pagina=965

Evento: Simpósio de Gaseificação de Biomassa. FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Apresentações em PowerPoint. Acesso em 09.10.2012. (em Português)
http://www.fapesp.br/7073

Livro: Atlas de bioenergia do Brasil. Suani Teixeira Coelho; Maria Beatriz Monteiro; Mainara Rocha Karniol. CENBIO - Centro Nacional de Referência em Biomassa. 66 pp. (2012). (em Português)
http://cenbio.iee.usp.br/download/atlas_cenbio.pdf
e
http://cenbio.iee.usp.br/destaques/2012/atlasbioenergia2012.htm

Website: Herbário Online Gerson Luiz Lopes. Laboratório de Manejo Florestal. UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro-Oeste. Paraná. Acesso em 09.10.2012. (em Português)
http://sites.unicentro.br/wp/manejoflorestal/florersta-ombrofila-mista/

Website: Espécies Arbóreas Brasileiras. Paulo Ernani Ramalho Carvalho. Embrapa Florestas. Acesso em 09.10.2012. (em Português)
http://www.cnpf.embrapa.br/pesquisa/efb/index_especies.htm

Website: Fundação SOS Mata Atlântica. Acesso em 09.10.2012. (em Português)
http://www.sosma.org.br/ (Wesbite)
http://www.sosma.org.br/blog/ (Blog)
http://www.sosma.org.br/projetos/ (Projetos)
http://www.sosma.org.br/galerias/ (Fotos e vídeos)

Movimento ambientalista a favor dos eucaliptos: Contra o corte de árvores de eucaliptos nas ilhas Canárias.
Acesso em 09.10.2012. (em Espanhol)
http://www.change.org/es/peticiones/talada-en-gran-canaria
e
http://ecoboletin.blogia.com/2007/090802-hay-que-parar-la-tala-
de-eucaliptos-en-la-carretera-del-monte-gran-canaria-..php

Plantações Florestais em Direção a um Futuro Sustentável --- Florestas: Coração da Economia Verde

"Forest Plantations towards a Sustainable Future –-- Forests: the Heart of a Green Economy"

O setor florestal brasileiro obtém significativa proporção de sua madeira industrial de florestas plantadas com elevado nível de responsabilidade e sustentabilidade. Existem hoje no Brasil cerca de 6,5 milhões de hectares de plantações florestais, sendo que 4,87 milhões de espécies do gênero Eucalyptus e 1,64 de Pinus. Uma significativa percentagem dessas florestas está sendo manejada de acordo com princípios e critérios de sustentabilidade e estão certificadas conforme sistemas de ampla credibilidade e confiabilidade.

Por essa razão, o setor brasileiro de produção de celulose e papel está empenhado em divulgar para o mundo seu esforço e seu compromisso com esse tipo de manejo florestal, que prima pelo respeito ao meio ambiente na geração da matéria-prima que as suas fábricas de celulose e papel consomem. Além disso, há claras vantagens sociais, com geração de empregos, de rendas e desenvolvimento regional.

A BRACELPA – Associação Brasileira de Celulose e Papel em parceria com a FAO – Food and Agriculture Organization e outras entidades setoriais têm realizado eventos internacionais privilegiando esse tipo de divulgação com palestras com especialistas de renome global. O objetivo é a inclusão das florestas plantadas como alavancadoras de sustentabilidade e da “Economia Verde” ou “Economia de Baixo Carbono”. Dois recentes eventos foram realizados dentro dessa temática: um no Rio de Janeiro, como evento paralelo da programação do Rio+20: Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável; o outro na sede da FAO em Roma, para atender as partes interessadas europeias. O movimento tem sido referido nos eventos pelas denominações: “The Role of Forest Plantations towards a Sustainable Future” ou então como “Forests: the Heart of a Green Economy”.

Conheçam mais sobre esses eventos nos websites a seguir:

http://www.fao.org/forestry/trade/76571/en/ (Sobre o evento “Forests: the heart of a green economy” na Rio+20) (em Inglês)

http://www.fao.org/forestry/trade/76831/en/ (Apresentações do evento “Forests: the heart of a green economy” na Rio+20) (em Inglês)

http://www.fao.org/forestry/download/32189-
0e66353f0252834c0daa9a85172e9886a.pdf
(Programação do evento na Rio+20)

http://www.youtube.com/watch?v=K-pOZou8vtQ&list=
UUm1JqEs592DqGwqR6alv-Pg&index=7&feature=plcp
(Vídeo sobre “Forests: the heart of a green economy” na Rio+20) (em Inglês)

http://www.bracelpa.org.br/bra2/?q=node/33 (Algumas apresentações dos eventos no website da BRACELPA)

http://www.youtube.com/watch?v=CuciE-oZn1E (Vídeo sobre “Forest plantations - towards a sustainable future” em Roma/Itália) (em Inglês)

http://www.ipolitics360.com/videos/InterviewForestplantations
-towardsasustainablefuture-4qWY19k7sww.htm
(Vídeo sobre “Forest plantations - towards a sustainable future” de evento da FAO em Roma/Itália) (em Inglês)

http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=%22forest%20plantations%20towards
%20a%20sustainable%20future%22&source=web&cd=1&ved=0CCIQFjAA&url=
http%3A%2F%2Fforis.fao.org%2Fmeetings%2Fdownload%2F_2012%2Fthe_role_of_
planted_forests_in_the_future_we_want%2Fmisc_documents%2Fforestplantationstowardsasustfut
_brochure_web.pdf&ei=HMtyUMfXNpTc8wTHjICwCg&usg=AFQjCNEcaFHjfDqH6vj2tQsSxOkaPlhZbw
(Programação do evento de Roma – “Forest Plantations towards a Sustainable Future”) (em Inglês)

http://www.bracelpa.org.br/bra2/?q=node/499 (Vídeo “Repense as árvores”, elaborado pela TAPPI – Technical Association of the Pulp and Paper Industry e divulgado em parceria pela BRACELPA – Associação Brasileira de Celulose e Papel)

Curiosidades e Singularidades acerca dos Eucaliptos
por Ester Foelkel
(http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html)

Eucalyptus deglupta – O Eucalipto Arco-Íris

Introdução

O Eucalyptus deglupta é conhecido popularmente como eucalipto arco-íris por apresentar naturalmente uma casca multicolorida de aspecto destacado e muito ornamental. Essa característica inspirou seu nome popular. Endêmico de ilhas das Filipinas, da Indonésia e de Papua Guiné, ele é uma das pouquíssimas espécies do gênero que possuem abrangência geográfica no hemisfério norte (Agroforestry...2012; Magalhães et al.,1987). O eucalipto arco-íris também é um dos únicos que não é nativo da Austrália (Francis, 1988). Entretanto, em função de sua beleza, de suas características tropicais e da utilização comercial de suas árvores já pode ser considerado como uma espécie cosmopolita e com ampla disseminação, o que vem acontecendo a partir dos anos 40’s. Hoje, a espécie E. deglupta é encontrada em diversas regiões dos trópicos e dos subtrópicos, incluindo Taiwan, Siri Lanka, Samoa, Malásia, Costa do Marfim, China, Cuba, Porto Rico, Honduras, Costa Rica, entre outros países de clima quente (Francis, 1988). Há plantios comerciais em grandes extensões em diversos países. Até mesmo no Brasil o Eucalyptus deglupta já foi plantado intensivamente pela empresa florestal Jari, no Pará, com finalidade de abastecimento de fábrica de celulose kraft branqueada. (FAO, 2001). A FAO também relatou que o desenvolvimento médio da espécie em locais apropriados varia entre 25-40 m3/ha.ano, podendo se enquadrar em manejos para rotações rápidas.

Apesar de sua potencial utilização comercial em algumas regiões do Brasil, há pouca literatura sobre a espécie (Magalhães et al., 1987). Por essa razão, esse nosso artigo procurou reunir alguma literatura disponível para difundir conhecimentos ao público interessado em E. deglupta.

Fatores para o desenvolvimento


Apesar de índices expressivos de crescimento e que chegam a cerca de 80 m3/ha.ano em condições excepcionais, em algumas regiões tropicais onde é nativo, o eucalipto arco-íris é bastante exigente em fatores climáticos e edáficos (FAO, 2001). Desenvolve-se em altitudes que variam do nível do mar a até 1.800 m. Ele definitivamente não suporta geadas ou temperaturas muito frias, preferindo temperaturas que variam entre 23 a 31°C. A espécie gosta de umidade, desenvolvendo bem em regiões com índices pluviométricos médios anuais entre 2.500 e 5.000 mm. E. deglupta também é exigente em termos edáficos, exigindo para atingir o seu melhor potencial de crescimento solos vulcânicos ou aluviais com textura arenosa a moderada, fertilidade alta e pH médio (Agroforestry...2012; Francis, 1988). Devido a essas exigências, seu crescimento em plantações comerciais como exótica pode ser prejudicado pela falta de algum desses fatores abióticos, variando de 5 a 25 m3/ha.ano, como tem sido relatado em artigos publicados. Além da redução do crescimento e da falta de padronização dos talhões dos plantios em zonas inadequadas, essa espécie é muito suscetível a incêndios e não tolera inundações por períodos prolongados (Agroforestry...2012; FAO, 2001).

Em 1987, Magalhães e colaboradores estudaram as condições edáficas apropriadas ao melhor crescimento do eucalipto arco-íris no Brasil. A planta apresentou melhores índices de desenvolvimento em solos argilosos, obtendo melhor densidade radicular. A espécie tem rápido crescimento em solos vulcânicos, mas desenvolve igualmente bem em solos ligeiramente erodidos e/ou que sofreram deslizamentos.

Há também uma série de doenças e de pragas que acometem o eucalipto arco-íris, as quais podem causar diminuição considerável em sua produtividade florestal e inclusive levar à morte de indivíduos. Tombamentos e podridões são doenças comuns em viveiros, as quais podem ser controladas com o controle da umidade. Cupins e brocas também podem depreciar a madeira dessa espécie tornando-a imprópria para uso (Agroforestry...2012).

Por outro lado, a beleza e ornamentação de sua casca multicolorida destaca a espécie para finalidades paisagísticas. E. deglupta é utilizado para fins ornamentais, embelezando parques e jardins em zonas tropicais e subtropicais do mundo. O eucalipto arco-íris também faz boa sombra, característica requisitada para o paisagismo (Francis, 1988). Garner (2006) ressaltou o aroma agradável que E. deglupta possui, considerado diferente frente ao das outras espécies de eucalipto. Isso valoriza ainda mais seu uso em paisagismo.
O óleo essencial dessa planta, apesar de possuir boa adequação aromática, encontra-se em quantidades extremamente reduzidas nas folhas, não sendo viável sua extração para fins comerciais (Agroforestry...2012).

Usos da madeira

Até o momento, a maioria dos estudos indica que a madeira de E.deglupta mostra baixa densidade básica (entre 0,35 a 0,45 g/cm³), teor médio de lignina (entre 23 a 25%) e relativamente alto teor de pentosanas (16 a 19%). Não é uma madeira rica em extrativos, sendo raras as ocorrências de tiloses nos elementos de vaso, para idades jovens (Redko et al., 1983). Os elementos de vaso são abundantes e com comprimentos em geral acima dos valores encontrados para as espécies utilizadas para produção de celulose. Busnardo et al. (1978) e Foelkel et al. (1978) relatam que esses elementos de vaso podem atingir até valores entre 0,35 a 0,5 mm de comprimento. Com essas características, as madeiras de E.deglupta mostram alguns agravantes tecnológicos para produção de celulose kraft (altos consumos de madeira por tonelada de celulose) e papéis de impressão com tendência ao defeito de arrepelamento de vasos (Foelkel et al. (1978). Entretanto, Redko (1983) não encontrou diferenças muito significativas para as dimensões dos elementos de vaso de E.deglupta em relação a outros eucaliptos comercialmente utilizados para produção de celulose para papel.

Há diversos estudos dessa espécie para melhorias da produtividade florestal e da qualidade das fibras para a produção de celulose. É para essa finalidade que E. deglupta é muito estudado e plantado nas Filipinas (Wikipédia, 2012). Agroforestry (2012) comentou que os rendimentos de polpa dessa madeira podem chegar a 50% em processos de polpação kraft, o que também tem sido confirmado por outros autores (Foelkel et al., 1978). A celulose obtida se mostra dessa forma mais adequada para papéis de alta densidade e com exigências de colapsabilidade das fibras e dos elementos de vaso.

Frazão (1988) comparou índices de produtividade da madeira e de propriedades da polpa de E. deglupta aos de Eucalyptus saligna. Os resultados indicaram menor densidade básica da madeira do primeiro, o que aponta maior consumo de madeira para a produção unitária de celulose. E. deglupta apresentou adequados índices de resistência de polpa kraft comparativamente aos da outra espécie.

Além da utilização das fibras da madeira e da casca energética pela indústria de celulose e papel, E. deglupta tem uso limitado para lenha e para carvão em função da baixa densidade da madeira. Entretanto, árvores com mais de 15 anos de idade já são requisitadas para a primeira finalidade. Sua madeira também pode ser utilizada para a fabricação de alguns tipos de compensados e de produtos de madeira reconstituída. Ela é considerada leve, de coloração predominante marrom-escura e contendo brilho moderado. Francis (1988) apontou a facilidade de secagem da madeira dessa espécie que pouco se altera dimensionalmente durante o processo. Ela também se impregna facilmente com os tratamentos preservativos de aplicação de químicos. Ela é uma das madeiras mais exportadas pela Nova Guiné e pode ser utilizada para a confecção de móveis, pisos, forros, na indústria civil e na indústria naval; contudo, é pouco durável em contato direto com solo úmido (Agroforestry...2012; Francis,1988).


Descrição botânica


Não se poderia iniciar a descrição morfológica do eucalipto arco-íris sem falar das características de sua casca. Ao contrário de muitas espécies do gênero, E. deglupta apresenta uma casca pouco espessa e com pouca cortiça. Isso faz com que seja fina e brilhante e, com o crescimento da planta, há a liberação de finos pedaços, revelando outra casca nova de coloração verde intensa. O desprendimento da casca antiga ocorre de forma irregular na árvore e, conforme envelhece, ela deixa de ser verde e brilhante passando ao verde-escuro, em seguida adquire cor azul-púrpura, que depois se torna rosa alaranjada e, enfim, torna-se marrom-acastanhada. A última é conhecida como casca velha já pronta para haver nova desfolhação e desprendimento (Agroforestry...2012; Garner, 2006). É por toda essa vasta coloração em constante mudança de tons e cores (o que ocorre sazonal e irregularmente em todo o tronco e galhos) que esse eucalipto é considerado ornamental, parecendo uma obra de arte feita pela natureza. Além disso, a planta é um ser vivo e faz do seu crescimento um arranjo de formas e cores, o qual nunca será o mesmo - cada árvore mostra uma beleza única e singular (Garner, 2006).

A árvore adulta na região de origem pode atingir o máximo de 75 m de altura, da qual o fuste, ereto e bem formado, pode representar de 50 a 70 %. Quando adulto pode ter ramos alternados em número de quatro, geralmente ovalados ou lanceolados. E. deglupta é uma planta perenifólia. Suas folhas quando maduras são mais espessas do que as juvenis, e apresentam dimensões de 7,5 - 20 x 5 - 7,5 cm. A inflorescência é umbeliforme com panículas terminais que medem de 5 a 20 cm por 5 a 18 cm, com em torno de três flores em cada terminação. As flores têm coloração branca ou creme com tonalidade amarelo-pálido nos estames, que são bastante flexíveis (Agroforestry...2012; Francis, 1988). Elas são protegidas por um opérculo que se desprende um pouco antes da abertura floral. O fruto é hemisférico, de formato similar aos das espécies do gênero, que parece uma cápsula globular. Quando maduro adquire cor marrom e apresenta de três a 12 sementes no seu interior, as quais amadurecem dentro dessas cápsulas. As sementes são diminutas, marrons, achatadas e contém uma pequena asa terminal para facilitar sua dispersão no vento (Agroforestry...2012).

Aspectos biológicos e manejo


O eucalipto arco-íris é uma árvore bastante precoce e pode florescer já no seu primeiro ano após o plantio. Porém, o mais comum é a primeira florada se dar aos três ou quatro anos, e depois anualmente. A florada pode ocorrer em diferentes épocas do ano, dependendo da região onde o eucalipto se encontra. No seu local de origem, a floração coincide com a estação de chuva (Francis, 1988).

A propagação geralmente é feita por sementes e, para plantações comerciais, sugere-se a semeadura em bandejas. Também a clonagem de estacas e mini-estacas pode ser utilizada em propagação vegetativa. A germinação das sementes ocorre em temperaturas elevadas de em torno de 35 °C. As sementes germinam entre 4-20 dias após a semeadura e a taxa de germinação varia de 50 a 70 %. Recomenda-se a utilização de substrato esterilizado contendo areia fina (Agroforestry...2012). Durante a fase de germinação, deve-se proporcionar sombra; depois, aclimatar gradualmente as mudinhas a maiores incidências solares até a época do plantio, quando já devem estar habituadas ao sol pleno. As mudas estão prontas para serem plantadas a campo quando atingirem 20 a 30 cm de altura. Isso, segundo Agroforestry (2012), leva entre três a quatro meses da semeadura. O mesmo autor comentou que o espaçamento para plantios comerciais visando à produção de papel e celulose varia de 3 x 3 m a 4 X 4 m, dependendo da região e também da rotação almejada, que pode chegar a 10 ou 12 anos para o corte final na produção de celulose. Recomenda-se a inoculação de micorrizas nos substratos das mudas em caso do plantio ser em áreas de solo muito pobres, erodidos e severamente perturbados (Garner, 2006). Cuidados com irrigação e garantia de umidade no solo devem ser tomados no primeiro ano do plantio, bem como o manejo das plantas daninhas nas linhas e entrelinhas (Agroforestry..., 2012; Francis, 1988).

O desenvolvimento dessa espécie está altamente correlacionado com a quantidade de água a ela proporcionada. Para fins paisagísticos, quando se deseja crescimento rápido para sombra, o local ideal de plantio de E.deglupta seria próximo de canais, rios ou lagos (Garner, 2006).

Considerações finais

Apesar da vasta utilização que o eucalipto arco-íris pode ter em regiões quentes do planeta, não são muitas as referências bibliográficas disponíveis na internet. Francis (1988) comentou que a densidade da madeira é uma característica qualitativa altamente herdável. Assim, grande parte do melhoramento genético para E. deglupta visa ao aumento da densidade básica da madeira, além de melhorias na sua uniformidade. Existe muita atividade nesse particular.

Garner (2006) também sugere maior uso dessa espécie para fins paisagísticos e ornamentais nas regiões mais quentes dos Estados Unidos. A grande beleza ornamental da casca e de já haver plantios comerciais bem-sucedidos no Brasil também poderiam colaborar para uma melhor utilização para essa finalidade, ajudando a embelezar praças e jardins em nosso País.


A seguir há uma série de trabalhos técnico-científicos, vídeos e fotos relacionados ao eucalipto arco-íris plantados nas regiões quentes do mundo. Algumas das bibliografias foram utilizadas para a elaboração desse artigo técnico.

Referências da literatura e sugestões para leitura

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http://www.youtube.com/results?search_query=%22eucalyptus+
deglupta%22&oq=%22eucalyptus+deglupta%22&gs_l=youtube-
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4376.3j3j6j4j2.18.0...0.0...1ac.1.bwriuLtNqiE
(em Inglês)

Eucalipto arco-íris. Website Empório Alecrim. Acesso em 24.06.12:
http://emporioalecrim.blogspot.com.br/2011/07/eucalipto-arco-iris.html (em Português)

A árvore colorida. Website Bocaberta.org. Acesso em 24.06.2012:
http://bocaberta.org/2010/04/a-arvore-colorida.html (em Português)

Rainbow Eucalyptus (Eucalyptus deglupta). Website Eucalyptusdeglupta.com. Acesso em 22.06.2012:
http://eucalyptusdeglupta.com/ (em Inglês)

The Rainbow Eucalyptus. Website Kuriositas.com. Acesso em 22.06.2012:
http://www.kuriositas.com/2010/04/rainbow-eucalyptus.html (em Inglês)

Planting Eucalyptus trees (Eucalyptus grandis, Eucalyptus deglupta). Website Investingalternatively.com. Acesso em 22.06.2012:
http://www.investingalternatively.com/faq/planting_Eucalyptus (em Inglês)

Eucalyptus deglupta. AgroForestry Tree Database. Acesso em 22.06.12:
http://www.worldagroforestrycentre.org/sea/products/
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(em Inglês)

Rainbow Eucalyptus deglupta. Vídeos YouTube. Canal Princeofpalms. Acesso em 22.06.2012:
http://www.youtube.com/watch?v=kuFq1Vkgz4E (em Inglês)

Plantes rares: Eucalyptus deglupta (Rainbow Eucalyptus). Vídeo YouTube. Canal Johankoss. Acesso em 22.06.2012:
http://www.youtube.com/watch?v=stmjuXpM8MY (em Inglês)

5 most amazing trees. Vídeo YouTube. Canal Top5Roundup. Acesso em 22.06.2012:
http://www.youtube.com/watch?v=m6Jikt0wR4s (em Inglês)

Under the rainbow. L. Garner. Ornamental Outlook. (2006)
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http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
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Eucalyptus deglupta
Blume.
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Características edáfico-nutricionais de plantios florestais na região de Manaus. 1- Crescimento de Eucalyptus deglupta Blume em solos de diferentes texturas. L. M. S. Magalhães; W. E. H. Blum; N. P. Fernandes. Acta Amazonica 16: 509-522. (1986/1987)
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Características da madeira e da polpa kraft não branqueada de Eucalyptus deglupta Blume introduzido na região de Manaus - AM. F.J.L. Frazão. 19º Congresso Anual. ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 79 – 87. (1986)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
02_Eucalyptus%20deglupta%20Manaus%20Amazonas.pdf
(em Português)

Avaliação do crescimento de 4 espécies exóticas, na região do Jari, Pará. M.P. Batista; J.F. Borges. 16º Congresso Anual. ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 01 - 05. (1983)
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Vasos de folhosas Eucalyptus deglupta, Eucalyptus urophylla, Gmelina arborea
. B.V.P. Redko. 16º Congresso Anual. ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p.: 1169 - 1194. (1983)
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Estudo comparativo da qualidade da madeira de algumas espécies de eucaliptos tropicais. C.A. Busnardo; C.E.B. Foelkel; C. Zvinakevicius; S. Kajiya; E.E. Alves. 11º Congresso Anual. ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p.: 191 - 197. (1978)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/1978.%20
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Eucaliptos tropicais na produção de celulose kraft. C.E.B. Foelkel; C. Zvinakevicius; J.R. Andrade; J. Kato; J. Medeiros Sobrinho. O Papel. ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. 08 pp. (1978)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/1978.%20celulose%20eucaliptos%20tropicais.pdf

Imagens sobre o Eucalyptus deglupta - O Eucalipto Arco-Íris

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isch&source=hp&biw=1280&bih=521&q=%22eucalyptus+deglupta%22%2Bornamenta
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C3%A7%C3%A3o%2Bpaisagismo&gs_l=img.12...1792.1792.0.3052.1.1.0.0.0.0.454.
454.4-1.1.0...0.0...1ac.1WGYdP_et7w
(Imagens Google: “Eucalyptus deglupta+ornamentação+paisagismo”)

http://www.google.com.br/search?tbm=isch&hl=pt-BR&source=hp&biw=1280&bih=521&q=
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1&gs_upl=1122l6360l0l9278l18l18l0l8l8l0l231l1818l2..0.8l10l0&gs_l=img.1.0.0i19l10.1122l63
60l0l9278l18l18l0l8l8l0l231l1818l2j0j8l10l0.frgbld.
(Imagens Google: “Rainbow Eucalyptus”)

http://images.search.conduit.com/search?q=%22eucalyptus%20deglupta%22&ctid=CT3106777&searchsource=49 (Imagens Google: “Eucalyptus deglupta”)

http://www.hear.org/starr/images/image/?q=090618-1064&o=plants (Hear.org: “Plants of Hawaii”)

http://www.flickr.com/photos/marcgoohs/2609318796/ (Flickr: “Rainbow Eucalyptus”)

http://www.flickr.com/photos/ucumari/119555788/ (Flickr: “Rainbow Eucalyptus”)

http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/eucalipto.html (Banco de imagens eucalipto. Foto search)

http://picasaweb.google.com/117765287497050349302/TroncosOrnamentais (Picasaweb: Troncos ornamentais)

http://mmatsumotophotography.wordpress.com/2012/03/07/rainbow-eucalyptus/ (Megan Matsumoto Photography: “Rainbow Eucalyptus”)

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