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Grau Celsius ABTCP International Paper do Brasil


Editorial


Bom dia a todos vocês que nos honram com sua leitura e atenção,


Amigos
, aqui estamos com o número 31 da nossa Eucalyptus Newsletter. Esperamos que essa edição esteja de seu agrado e interesse, possibilitando assim que nossos leitores ganhem mais conhecimentos e entendimentos sobre as florestas plantadas de eucaliptos e sobre seus produtos e serviços, que são de enorme valor para a nossa sociedade.

Nessa edição, a tradicional seção "Os Amigos dos Eucalyptus" tem uma difícil missão: trazer a todos os que conheceram o Engenheiro Florestal M.Sc. Jorge Vieira Gonzaga em vida, um pouco das suas realizações em sua curta, mas produtiva carreira no setor brasileiro de base florestal. Jorge foi uma pessoa notável, brilhante e dedicada. Sua modéstia e sua generosa humildade eram suas virtudes principais, sempre com a mão estendida para ajudar alguém, na vida profissional e fora dela. Um exemplo de pessoa a ser conhecida também por aqueles que nunca tiveram o prazer de encontrá-lo pessoalmente. Fui e sempre serei grande admirador do talento do Jorge - para dizer a verdade, sempre trabalhamos juntos ao longo da sua carreira, seja nas universidades (como meu aluno, orientado de pós-graduação e estagiário); na Riocell (como colega de trabalho) e em diversas associações de classe, exercendo a parceria nas nossas representações institucionais. O mínimo que o setor florestal brasileiro deve ao Jorge é tentar preservar suas realizações e sua história - isso tentamos fazer de forma singela nessa edição da Eucalyptus Newsletter.

Nessa edição, continuamos com a prestigiada seção "O Mundo dos Eucaliptos" sendo que estamos com ela trazendo novidades sobre o "estado do Tocantins - Brasil". Trata-se da nova fronteira florestal brasileira, estado em plena movimentação para se tornar atrativo aos plantadores de florestas e aos empreendimentos que necessitarem da madeira produzida. O entusiasmo é enorme e as coisas estão acontecendo rápido por lá. Sua opção foi pelo eucalipto, como não poderia deixar de ser, em função do sucesso recente de seus estados vizinhos Maranhão, Pará, Bahia e Piauí com esse gênero florestal.

A seção "Curiosidades e Singularidades acerca dos Eucaliptos" da engenheira agrônoma M.Sc. Ester Foelkel lhes conta, com muita certeza, algo muito útil e valioso para vocês: "Madeira Roliça Fina de Eucalipto para Utilização na Construção Civil".

As tradicionais seções "Referências Técnicas da Literatura Virtual" e "Euca-Links" estão definitivamente atreladas ao estado do Tocantins, oferecendo literaturas e websites interessantes nesse estado para serem visitados por todos os que quiserem conhecer mais sobre esse novo "furacão florestal" no Brasil.

Na seção "Referências sobre Cursos e Eventos", oferecemos o acesso aos materiais de eventos recentes e de muita relevância, onde inclusive existe um excelente evento com palestras e vídeos sobre o estado do Tocantins.

Essa edição tenta fazer mais um relato histórico sobre o setor brasileiro de celulose e papel: trazemos a vocês informações sobre a "Primeira Convenção Anual da ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel", que ocorreu em 1968. Os três trabalhos premiados pela associação, naquele ano de grande esperança e fé do setor florestal brasileiro, estão disponibilizados para vocês entenderem porque o setor florestal cresceu com tanta qualidade no Brasil. Foi certamente devido à ciência, pesquisa, tecnologia e mais ao talento e à motivação de pessoas. Isso sem contar o sempre presente apoio de entidades públicas, privadas e setoriais.

Nosso mini-artigo dá continuidade a uma série de artigos sobre indicadores de performance para nossas fábricas e florestas, uma iniciativa da ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel em seu esforço para fortalecer e aumentar a competitividade das empresas brasileiras. Dessa vez estamos escrevendo sobre o tema "Indicadores Sociais em Empresas de Celulose e Papel de Eucalipto".

Finalmente, essa edição também lhes oferece link ao Capítulo 21 do Eucalyptus Online Book, no idioma Português, e de título: "Resíduos Sólidos Industriais do Processo de Fabricação de Celulose e Papel de Eucalipto. Parte 04: Casca Suja".

Esperamos que essa edição possa lhes ser muito útil, já que a seleção de temas foi feita com o objetivo de lhes trazer novidades sobre os eucaliptos e que acreditamos possam ser valiosas a vocês que nos honram com sua leitura.

Caso ainda não estejam cadastrados para receber a newsletter e os capítulos do nosso livro online sobre os eucaliptos, sugiro fazê-lo através do link a seguir: Clique para cadastro.

Estamos com diversos parceiros apoiadores não financeiros a esse nosso projeto: TAPPI, IPEF, SIF, CeluloseOnline, RIADICYP, TECNICELPA, ATCP Chile, Appita, TAPPSA, SBS, ANAVE, AGEFLOR, EMBRAPA FLORESTAS, EUCALYPTOLOGICS - GIT Forestry, ForestalWeb, Painel Florestal, INTA Concórdia - Novedades Forestales, Papermakers' Wiki, Åbo Akademi - Laboratory of Fibre and Cellulose Technology e Blog do Papeleiro. Eles estão ajudando a disseminar nossos esforços em favor dos eucaliptos no Brasil, USA, Canadá, Chile, Portugal, Argentina, Espanha, Austrália, Nova Zelândia, Uruguai, Finlândia e África do Sul. Entretanto, pela rede que é a internet, essa ajuda recebida de todos eles coopera para a disseminação do Eucalyptus Online Book & Newsletter para o mundo todo. Nosso muito obrigado a todos esses parceiros por acreditarem na gente e em nosso projeto. Conheçam nossos parceiros apoiadores em:
http://www.eucalyptus.com.br/parceiros.html


Obrigado a todos vocês leitores pelo apoio e constante presença em nossos websites. Nossos informativos digitais estão atualmente sendo enviados para uma extensa "mailing list" através da nossa parceira ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel, o que hoje está correspondendo a alguns milhares de endereços cadastrados. Isso sem contar os acessos feitos diretamente aos websites www.abtcp.org.br; www.eucalyptus.com.br e www.celso-foelkel.com.br, ou ainda pelo fato dos mesmos serem facilmente encontrados pelas ferramentas de busca na web. Nossa meta a partir de agora é muito clara: estar com o Eucalyptus Online Book & Newsletter sempre na primeira página, quando qualquer pessoa no mundo, usando um mecanismo de busca tipo Google, Yahoo ou Bing, pesquisar algo usando a palavra Eucalyptus. Com isso, poderemos informar mais às partes interessadas sobre os eucaliptos, com informações relevantes e de muita credibilidade. Por isso, peço ainda a gentileza de divulgarem nosso trabalho àqueles que acreditarem que ele possa ser útil. Eu, a Grau Celsius, a ABTCP e a International Paper do Brasil, mais os parceiros apoiadores, ficaremos todos muito agradecidos.

Um abraço a todos e boa leitura. Esperamos que gostem do que lhes preparamos dessa vez.

Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br
http://www.eucalyptus.com.br

http://www.abtcp.org.br

Nessa Edição da Eucalyptus Newsletter

Capítulo 21 em Português do Eucalyptus Online Book

Primeira Convenção/Congresso Anual da ABCP/ABTCP em 1968

Os Amigos dos Eucalyptus - Engenheiro Florestal M.Sc. Jorge Vieira Gonzaga - (In memoriam †)

O Mundo dos Eucaliptos: Estado do Tocantins - Brasil

Referências Técnicas da Literatura Virtual - Estado do Tocantins - Brasil

Euca-Links - Estado do Tocantins - Brasil

Referências sobre Eventos e Cursos

Curiosidades e Singularidades acerca dos Eucaliptos - Madeira Roliça Fina de Eucalipto para Utilização na Construção Civil - por Ester Foelkel

Mini-Artigo Técnico por Celso Foelkel
Indicadores Sociais em Empresas de Celulose e Papel de Eucalipto

Capítulo 21 em Português do Eucalyptus Online Book

Para baixar o arquivo (em Adobe PDF) de 11.7 MB, por favor, clique no nome do capítulo abaixo, ou utilize o artifício Salvar Destino Como... através do botão direito de seu mouse.
Caso você não tiver o Adobe Reader em seu computador, visite o website http://www.celso-foelkel.com.br/artigos_home.html, onde existem instruções de como instalá-lo.
Como se trata de arquivo pesado, seja paciente, pois poderá tomar um tempo maior para se completar o download.

"Resíduos Sólidos Industriais do Processo de Fabricação de Celulose e Papel de Eucalipto. Parte 04: Casca Suja"

Caso ocorra algum problema com o redirecionamento automático ao endereço do capítulo, copie o endereço de URL a seguir e o coloque para que seu navegador (Internet Explorer, Google Chrome, Mozilla Firefox, etc.) possa encontrar o capítulo disponível em:
http://www.eucalyptus.com.br/eucaliptos/PT21_CascaSuja.pdf

Primeira Convenção/Congresso Anual da ABCP/ABTCP em 1968

Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel

Sempre tive a maior de minhas considerações e atenções para congressos técnicos do setor de base florestal. São neles que encontramos amigos e pares e atualizamos nossas qualificações técnicas e notícias pessoais. Participei em algumas centenas deles, talvez mais de 500 ao longo de minha carreira. Eles nos abrem janelas de oportunidades e aumentam nossos conhecimentos para que desempenhemos melhor nossa atividade profissional e tecnológica. Comecei como sócio da ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel em 1968. A associação estava em sua infância, havia sido oficialmente fundada em inícios de 1967 e eu havia começado a estagiar no laboratório de celulose e papel da ESALQ - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz' da Universidade de São Paulo exatamente naquela época. Já em 1968, participei de alguns eventos da ABCP, como era denominada na época (Associação Técnica Brasileira de Celulose e Papel). Era um orgulho para um estudante de engenharia agronômica que queria se especializar em florestas ir encontrar os grandes nomes do setor de celulose e papel. Grandes mestres e educadores, batalhando por um Brasil celulósico-papeleiro melhor. Vou citar alguns amigos dos primeiros congressos, mas são dezenas de grandes pioneiros do setor brasileiro de celulose e papel que me ensinaram muito e que ajudaram a construir e a pavimentar essa estrada de sucessos da indústria de celulose e papel brasileira: Luiz Ernesto George Barrichelo, Marcello Pilar, Alberto Fernandez y Sagarra, Alfredo Leon, Benjamin Solitrenick, Antanas Stonis, Roberto Leonardos, Gunnar Krogh, Beatriz Vera Pozzi Redko, Rosely Maria Viegas Assumpção, Paul Phillip, Dirceu Ciaramello, Clayrton Sanches, Ernst Rosenfeld, John Warren, Ney Meirelles, Nei Monteiro da Silva, Francisco José de Almeida Neto, Ovídio Sallada, Sarkis Aprahamian, Américo Pereira da Silva, Pérsio Souza Santos, Aldo Sani, Milton Pilão, Antônio Waldomiro Petrik, Ceslavas Zvinakevicius, Pieter Prange, Maury Fontes Athayde, etc. Juntos a eles, a nova geração do início dos anos 70's: eu, Maria Luiza Ottero de Almeida, José Mangolini Neves, Anísio Azzini, Carlos Augusto Lira Aguiar, Alberto Ferreira Lima, Silávia Bergmann, Silvia Bugajer, Franco Petrocco, Guido Schreiber, Jorge de Macedo Máximo, Valentim Suchek, etc., etc. Uma biodiversidade enriquecedora e criativa - a prova está no que deu esse setor no Brasil...

Nessa década dos 60's foram plantadas as árvores que alicerçaram todo o sucesso dessa indústria florestal no Brasil. Em 1960, surgia a engenharia florestal em Viçosa (UREMG, hoje UFV) e logo depois em Curitiba (UFPR). Logo depois, em 1967, criava-se a ABCP/ABTCP e em 1968, fundava-se o IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais). O motor acelerador foi dado pela Lei 5106, de 1966, que instituiu os Incentivos Fiscais para o Reflorestamento, que por mais de 20 anos energizou a atividade de se plantar florestas de Eucalyptus e Pinus no Brasil. Felicidade de quem, como eu, pode vivenciar e participar de tudo isso.

Já em 1967 e 1968, a recém criada ABCP organizara alguns eventos, na época denominados de Seminários: Papel e Cartão, Conversão e Celulose e Conexos. Estive em alguns deles, sempre acompanhado de meu mestre Dr. Luiz Ernesto Barrichelo. No final de 1968, o grande momento: a ABCP realiza sua Primeira Convenção Anual, também chamada de "Semana do Papel", no antigo Hotel Danúbio, na cidade de São Paulo, entre os dias de 26 a 29 de novembro. Um enorme sucesso, com direito a excelentes trabalhos técnicos, muita integração entre técnicos do setor e alguns trabalhos técnicos premiados. Dali em diante, sem nenhuma falha, a ABTCP realiza anualmente seu congresso, o nome que veio apropriadamente substituir o de convenção. Em 2010, a ABTCP comemorou seu 43º Congresso Anual, sempre associado a uma exposição técnica, desde as origens em finais dos anos 60's. Não tenho dúvida alguma da enorme importância que esse congresso e exposição têm para o setor brasileiro de celulose e papel. Por isso, a minha homenagem ao primeiro deles. Essa homenagem se dará de duas maneiras: relembrando o fato histórico e trazendo a vocês os três primeiros trabalhos premiados pela entidade associativa. Depois disso, foram centenas as premiações, até mesmo eu tive a felicidade e a honra de receber algumas delas. Mas sem dúvidas, os pioneiros merecem a nossa maior admiração e respeito. Naquela época a premiação não era monetária, era sim uma ida a Buenos Aires para apresentar o trabalho premiado no congresso da ATIPCA - Asociación de Técnicos de la Indústria de Papel y Celulosa Argentina, que tinha alguns poucos anos mais do que a nossa associação brasileira.

Conheçam então algo da ABTCP e de sua primeira convenção/congresso e os três trabalhos premiados nessa 1ª Convenção Anual de 1968:

ABTCP Linha do Tempo:
http://www.abtcp.org.br/arquivos/File/LinhaTempo/LinhaDoTempo.html

Sintese da 1ª Convenção Anual ABCP. Associação Brasileira de Celulose e Papel. Revista O Papel (Novembro): 02-09. (1968)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo03_sintesePrimeiraConvencaoABCP_1968.pdf

Primeiro prêmio da 1ª Convenção Anual da ABCP: Aspectos do emprego de fertilizantes minerais no reflorestamento de solos de cerrado do estado de São Paulo, com Eucalyptus saligna. Helládio do Amaral Mello. O Papel (Novembro): 10 - 18. (1968)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2004_
Artigo%20HelladioA%20Mello_ABCP1968.pdf


Segundo prêmio da 1ª Convenção Anual da ABCP: Reflorestamento para o Brasil meridional. James R. Amos; Pieter Willem Prange. 1ª Convenção Anual ABCP. 16 pp. (1968)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/AmosPrange_1ConvencaoAnualABCP.pdf

Terceiro prêmio da 1ª Convenção Anual da ABCP: Pigmentos como matéria-prima para enchimento e cobertura do papel. Clayrton Sanchez. 1ª Convenção Anual ABCP. 13 pp. (1968)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2005_
PIGMENTOS%20COMO%20MATERIA-PRIMA%20PARA%
20ENCHIMENTO%20E%20COBERTURA.pdf

Como vocês devem ter notado - três trabalhos excelentes e dois deles sobre aspectos florestais - um com Eucalyptus e outro com Pinus. Mais uma vez, acertos na mosca pelos pioneiros da ABTCP - essas duas bases florestais consolidaram o sucesso de nossa indústria de celulose e papel. Começamos muito bem e continuamos a fazer um bom trabalho nessas mais de 4 décadas. Parabéns ABTCP e técnicos do setor brasileiro de celulose e papel.

Os Amigos dos Eucalyptus

Engenheiro Florestal M.Sc. Jorge Vieira Gonzaga †
(† - In memoriam )

Nessa seção da presente edição da Eucalyptus Newsletter, tenho imensa honra em lhes apresentar o nosso homenageado, mas faço isso com tristeza, respeito e admiração. Isso porque é uma edição para homenagear quem já partiu de nosso meio, deixando muita saudade em todos seus amigos, familiares e admiradores de seu trabalho profissional e por sua qualidade como pessoa. Foi um caríssimo amigo meu, talvez mais que isso, pois eu sempre o defini como meu quase-irmão. Trata-se de meu ex-aluno (ESALQ e UFV), ex-estagiário (ESALQ), ex-orientado na pós-graduação (UFV), ex-colega de trabalho (Riocell) e um notável profissional que aliava conhecimentos técnicos, fibra, humanismo, liderança e relacionamento humano. Eu e Jorge publicamos algumas dezenas de trabalhos científicos e técnicos, realizados junto a pessoas muito qualificadas de nossas equipes, e exercemos com muito entusiasmo a representação institucional em importantes entidades de classe e de pesquisa, como SIF - Sociedade de Investigações Florestais; IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais; SBS - Sociedade Brasileira de Silvicultura; AGEFLOR - Associação Gaúcha de Empresas Florestais; ABECEL - Associação Brasileira de Exportadores de Celulose, dentre outras. Foi por isso também uma pessoa muito admirada e respeitada no setor florestal brasileiro, em especial na área de florestas plantadas de eucaliptos. Além disso, Jorge Vieira Gonzaga era muito mais que um técnico competente e responsável. Ele tinha o dom da humildade, de exercer seu papel catalisador sem buscar a glória apenas para si, mas para a equipe que liderava. Foi o primeiro executivo a nível de gerente que vi contratar um especialista para ser seu subordinado na linha hierárquica, com salário maior que o seu - e ficou extremamente feliz com essa contratação, valorizando como poucos a tal de carreira em Y na Riocell. Coisas raras de se ver em nossas empresas e executivos. Tenho, por isso tudo, uma enorme admiração pela competência e pelas realizações desse grande amigo dos eucaliptos, da silvicultura e da madeira para produção da celulose de mercado no Brasil.

Estamos portanto, na Grau Celsius, através da Eucalyptus Newsletter, muito honrados em poder atribuir, com muita certeza junto aos milhares de amigos que o Jorge deixou, o título de "Amigo dos Eucalyptus" a ele. Com certeza, também os eucaliptos deverão ficar alegres com isso. Também estou feliz em poder lhes mostrar e em compartilhar alguns de seus trabalhos publicados ao longo de sua curta, mas produtiva carreira profissional.

Quero agradecer ao seu filho Rafael Dias Gonzaga por me auxiliar com essa biografia, fotos e dados importantes sobre o Jorge "Lampião" Gonzaga, como era conhecido pelos seus amigos do setor, apelido que ganhou nos tempos escolares e que o acompanhou por todo o resto de sua vida. É bem possível que assim ele esteja sendo chamado no Paraíso, lugar que merece como poucos.

Jorge Vieira Gonzaga nasceu em 21 de maio de 1953, em Pereira Barreto no interior do estado de São Paulo. Jorge foi o primogênito de um total de 10 irmãos. Seus pais, João Ferreira Gonzaga e Brazilina Vieira Gonzaga, eram pessoas humildes que administravam uma pequena fazenda no interior de Jales/SP. Jorge saiu de casa aos 12 anos para cursar o ensino fundamental e médio, tendo se graduado nesse curso em 1972. Em 1973, mudou-se para a capital de São Paulo, para se preparar para o vestibular com o intuito de cursar agronomia na USP - Universidade de São Paulo. Depois de dois anos de muito esforço, em 1975, Jorge passou no vestibular da USP, onde começou a freqüentar sua nova opção profissional: o curso de Engenharia Florestal. Foi ali que eu o conheci, pois foi meu aluno logo no primeiro ano da universidade, em uma disciplina que eu era responsável junto com o professor Dr. Luiz Ernesto George Barrichelo. Essa disciplina chama-se "Introdução à Engenharia Florestal". Três alunos na época me chamaram a atenção pela competência e iniciativa: Jorge Gonzaga, Vail Manfredi e Cristina de Jesus Caldeira; por isso, os convidei para serem meus estagiários não-remunerados na SQCP - Seção de Química, Celulose e Papel da ESALQ, mantendo-os nessa posição trabalhando e pesquisando comigo até minha saída da USP em 1976. Eram inteligentes, dedicados e muito trabalhadores e interessados; por isso, mesmo depois de eu ter saído da USP, continuei investindo em ganhar os mesmos para o setor brasileiro de celulose e papel, o que conseguimos com o Jorge e Vail. Infelizmente, perdi contato com a Cristina Caldeira.

Em janeiro de 1979, Jorge graduou-se como engenheiro florestal pela USP – ESALQ - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (http://www.esalq.usp.br/acom/livroesalq.pdf - turma de 1978). Imediatamente, convidei-o para ser meu aluno e orientado no curso que havíamos criado na UFV - Universidade Federal de Viçosa. Era um curso de tecnologia de celulose e papel, um dos mais completos que existia na época, com apoio da CENIBRA e da Riocell. Jorge foi bolsista da Riocell durante o seu tempo de estudante de mestrado em Viçosa, entre março de 1979 até a conclusão dos créditos acadêmicos em dezembro de 1980. Entretanto, sua tese só foi defendida em 1983, pois ele concluiu uma parte da pesquisa nos laboratórios da empresa Riocell, onde começou a trabalhar como engenheiro assistente do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento Industrial, junto com o mestre e amigo Carlos Alberto Busnardo, outro egresso do nosso curso de mestrado da UFV. A dissertação, chamada de tese na época, versava, como não poderia deixar de ser, sobre "Qualidade da madeira e da celulose kraft de treze espécies de Eucalyptus". Em 1983, concluindo todas as exigências, obteve o grau de mestre em ciência florestal com especialização em tecnologia da madeira e celulose/papel pela Universidade Federal de Viçosa–MG.


Posteriormente na Riocell, assumiu a chefia do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento Florestal, Gerência Técnica, Planejamento e Controle Florestal. Finalmente tornou-se membro do "Colegiado Florestal" (Sistema de Gerência Participativa) cujo comitê era formado por 4 gerentes, responsáveis por um orçamento anual de 20 milhões de dólares, manutenção de 72 mil hectares de florestas e abastecimento de 1,75 milhões de esteres de madeira na forma de cavacos. Foram 18 anos de muito trabalho e desenvolvimento pela Riocell, nos quais se destacam:

- Avaliação tecnológica da madeira para fins de celulose, das espécies do gênero Eucalyptus utilizadas na empresa, procurando associar dados tecnológicos e dados silviculturais das mesmas;
- Avaliação tecnológica da madeira para fins de celulose, da espécie florestal acácia negra (Acacia mearnsii) que era usada pela Riocell em misturas com o eucalipto para produção de polpas tipo papel e solúvel;
- Coordenação da elaboração de um "Plano Diretor para a Pesquisa Florestal", atuando na implantação do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento Florestal;
- Coordenação da elaboração do projeto técnico e busca de recursos financeiros junto à FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos para construção e implantação do Centro Tecnológico Florestal (Laboratórios de Sementes, Cultura de Tecidos, Solos e Nutrição de Plantas e Casas de Vegetação). Execução do projeto que havia sido aprovado junto à FINEP.
- Gerenciamento do programa de implantação da base genética na empresa, promovendo viagens à Austrália e outros centros de genomas para coleta de material genético;
- Coordenação do projeto de implantação do viveiro florestal tipo suspenso e climatizado, com capacidade de produção de 15 milhões de mudas por ano;
- Gerenciamento de projetos de recuperação de áreas degradadas devido à erosão e ao empréstimo de solo para construção de estradas;
- Gerenciamento do programa de comunicação e educação ambiental da Riocell junto a 23 municípios de atuação da empresa;
- Coordenação do processo de implantação e manutenção da ISO 14001 na área florestal, gerenciando convênios com o SEBRAE para capacitação das empresas prestadoras de serviços;
- Gerenciamento de convênio junto à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, visando ao desenvolvimento de um programa de pesquisa na área silvipastoril;
- Representante da Riocell junto a associações de classe e instituições de pesquisas: AGEFLOR – Associação Gaúcha de Empresas Florestais, SBS – Sociedade Brasileira de Silvicultura, IPEF – Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais, SIF – Sociedade de Investigações Florestais, ABECEL - Associação Brasileira de Exportadores de Celulose. Foi presidente da SIF na gestão 96/97.
- Participação em inúmeros Seminários e Congressos de Celulose/Papel e Florestais nos âmbitos nacional e internacional, tendo cerca de 25 trabalhos técnicos publicados, a maioria disponível nessa edição da Eucalyptus Newsletter para downloading;
- Professor e orientador acadêmico na área de Tecnologia da Madeira e Celulose/Papel pela Escola Estadual de 2º Grau "Gomes Jardim" (1981 a 1984) – Guaíba-RS, e no pós-graduação em Tecnologia de Produtos Florestais na UFSM - Universidade Federal de Santa Maria - RS (1990 a 1994);
- Realização de visitas técnicas a várias empresas brasileiras e empresas/instituições florestais da África do Sul, Indonésia, Espanha, Portugal, França, Noruega, Finlândia, Suécia, Canadá, Estados Unidos, México, Argentina e Uruguai.

Em março de 1998 se desligou da Riocell e constituiu uma empresa de consultoria na área florestal, "J.V. Gonzaga" e prestou serviços às empresas:

- Souza Cruz S.A. - como responsável técnico e assessor gerencial nas áreas técnicas e econômicas nas unidades florestais dos estados do RS, SC e PR;
- AES Florestal – assessor gerencial na área técnica, comercial e econômica na unidade florestal de Triunfo – RS;
- Seta. S.A. Extrativa Tanino de Acácia - realização de trabalhos de consultoria na área de Certificação Florestal – FSC;
- Reflorestadores Unidos S.A. - parecer técnico sobre o manejo florestal da empresa frente aos critérios e princípios da Certificação Florestal – FSC;
- Poder Público Judiciário – perícias florestais na condição de Perito do Juízo.


Em março de 2000, formou-se pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul na Especialização em Economia Empresarial.

Durante grande parte de sua vida, Jorge também prestou diversos trabalhos voluntários e sociais junto à comunidade de Guaíba, tais como orientação e educação vocacional e religiosa. Em outubro de 2001, foi convidado a participar da ACIGUA - Associação Comercial e Industrial de Guaíba – RS, em que ocupava o cargo de Diretor de Assuntos Estratégicos.

Em outubro de 2002, constituiu a RS Serviços Florestais em sociedade com mais 4 sócios.

A base de sua vida era constituída por um tripé: "Trabalho, Família e Religião". Sua característica mais marcante era a humildade e a vontade de ajudar ao próximo, coisas que fez na família, no trabalho e na comunidade. Deve ser ressaltado seu zelo com seus irmãos mais novos, tendo ajudado não apenas quase todos a se formarem em estudo superior, mas também sobrinhos e outros familiares. Além disso, sempre tinha a mão estendida para oferecer ajuda a quem pedisse. Um filho de Deus que deve com certeza estar junto a Ele pela sua bondade a pela amizade que dedicava às pessoas.

Jorge Vieira Gonzaga, nosso amigo "Lampião", faleceu precocemente na tarde de 24 de janeiro de 2003, aos 49 anos de idade, vítima de um ataque cardíaco. Deixou a esposa Cleuza e 3 filhos: Rafael - 20, Carina - 17 e Luan - 12 anos.

Jorge sempre foi um pai dedicado e apaixonado pelos filhos. Rafael inclusive, ao se graduar em Ciências Econômicas pela UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 2005, dois anos após a morte de Jorge, externou em sua monografia de conclusão de curso a importância paterna, que lhe resultou em um trabalho sobre a atividade florestal como alternativa de renda para o pequeno produtor rural do estado do Rio Grande do Sul. Por nossa solicitação e concordância do autor, essa literatura e a apresentação da mesma em PowerPoint, estão apresentadas junto aos artigos do Jorge, enriquecendo essa edição.


Conheçam mais sobre a produção científica e técnica do Jorge Vieira Gonzaga e do Rafael Dias Gonzaga, navegando nos links a seguir:

A atividade florestal como alternativa de renda para o pequeno produtor rural da metade sul do RS. R.D. Gonzaga. Monografia de Conclusão de Curso. Faculdade de Ciências Econômicas. UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 75 pp. (2005)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
Arquivo%201_Rafael%20Gonzaga_MONOGRAFIA.pdf


A atividade florestal como alternativa de renda para o pequeno produtor rural da metade sul do RS. R.D. Gonzaga. UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Apresentação em PowerPoint: 21 slides. (2005)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%
202_Rafael_Gonzaga_Apresentacao_ppt.pdf


Qualidade da celulose kraft-antraquinona de Eucalyptus dunnii plantado em cinco espaçamentos em relação ao Eucalyptus grandis e E. saligna. G.W. Ferreira; M.C.M. Silva; J.V. Gonzaga; C.E.B. Foelkel; T.F.Assis; E. Ratnieks. 30º Congresso Anual da ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. 15 pp. (1997)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/1997.%20E.dunnii%20giovanni.pdf

Qualidade da celulose kraft-antraquinona de Eucalyptus dunnii plantado em cinco espaçamentos em relação ao Eucalyptus grandis e E. saligna. G.W. Ferreira; J.V. Gonzaga; C.E.B. Foelkel; T.F.Assis; E. Ratnieks; M.C.M. Silva. Ciência Florestal 7(1): 41-63. (1997)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ciencia_florestal/
celulose%20kraft%20antraquinona%201997.pdf

http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v7n1/art5v7n1.pdf


Qualidade da celulose kraft-antraquinona de Eucalyptus dunnii plantado em cinco espaçamentos em relação ao Eucalyptus grandis e E. saligna.
G.W. Ferreira. Orientação: J.V. Gonzaga. Dissertação de Mestrado. UFSM - Universidade Federal de Santa Maria.147 pp (1996)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ufsm/Giovanni%20Willer%20Ferreira.pdf

Sazonalidade no abate da madeira de Eucalyptus: efeitos sobre a polpação kraft e formação do pitch. E. Ratnieks; C.A. Busnardo; J.V. Gonzaga. 22º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 93-118. (1989)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
01_sazonalidade%20abate%20madeira.pdf


Interface recebimento de madeira X produção de polpa: estabelecimento de relações práticas sobre índice de qualidade. C.A. Busnardo; S. Menochelli; J.V. Gonzaga; R. Rostirolla. 22º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 35-55. (1989)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
02_Interface%20recebimento%20madeira%20e%20polpacao.pdf

http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
04%20Busnardo%20e%20coworkers.pdf


Em busca da qualidade ideal da madeira do eucalipto para produção de celulose. IV. Altura ideal de amostragem para avaliação da densidade média para árvores de Eucalyptus grandis. C.A. Busnardo; J.V. Gonzaga; C.E.B. Foelkel; S. Menochelli. 20º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 17-33. (1987)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/03_Altura%20amostragem%20e.grandis.pdf

Estudo da viabilidade técnica do interplantio de florestas de Eucalyptus de segunda rotação. C.A.G. Finger; J.V. Gonzaga; A.J.P. Freitas. Anais da Reunião Técnica sobre Segunda Rotação de Eucalipto. IPEF Série Técnica 4(11): 14-19. (1987)
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr11/cap02.pdf

Qualidade de madeira e polpa de árvores jovens e adultas de Acacia mearnsii. C.A. Sansigolo; C.A. Busnardo; J.V. Gonzaga. 19º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 51-77. (1986)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/04_Acacia%
20arvores%20jovens%20e%20adultas.pdf

http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/03%20acacia%
20madeira%20de%20arvores%20jovens%20e%20adultas.pdf


RESUMO: Estudo da variação genética em progênies de Eucalyptus grandis para as características de crescimento, densidade básica da madeira e resistência à podridão branca do cerne
. M. Onuki; J.V. Gonzaga; A.J.P. Freitas; L.R.D. Rech. 5º Congresso Florestal Brasileiro. 01 pp. (1986)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
04A_Genatica%20E.grandis%20e%20podridao%20cerne.pdf


Estudo comparativo das características silviculturais e da qualidade da madeira de nove procedências de Eucalyptus tereticornis introduzidas na região de Guaíba-RS. J.V. Gonzaga; M.Onuki; I.F.O. Gomes. 5º Congresso Florestal Brasileiro. 71 pp. (1986)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/04B_E.tereticornis_Guaiba.pdf

Caracterização da qualidade da madeira e da celulose kraft produzida a partir de árvores de Acacia mearnsii sadias e atacadas por gomose. C.A. Busnardo; J.V. Gonzaga; C.A. Sansigolo. 5º Congresso Florestal Brasileiro. 46 pp. (1986)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
04C_Acacia%20com%20e%20sem%20gomose.pdf


Estudos visando a substituição alternativa do benzeno nos procedimentos de extração para a obtenção de material livre de extrativos. C.A. Busnardo; J.V. Gonzaga; C. Dias. 17º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel 1: 359-384. (1984)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
05_Alternativas%20ao%20benzeno%20para%20extrativos.pdf


Branqueamento e caracterização das celuloses kraft a partir de cozimentos conjuntos de misturas de cavacos de Eucalyptus saligna e Acacia mearnsii. C.A. Busnardo; C.S. Benfato; J.V. Gonzaga; C.E.B. Foelkel. 17º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel 2: 533-550. (1984)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
06_Branqueamento%20misturas%20polpas%20eucalipto%20acacia.pdf


Celulose kraft de Eucalyptus camaldulensis e Eucalyptus globulus.
J.V. Gonzaga; C.A. Busnardo; C.E.B. Foelkel; S. Menochelli. 17º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel 1: 347-357. (1984)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
07_Celulose%20e.globulus%20e%20e.camaldulensis.pdf


Estudo comparativo da qualidade da madeira de duas procedências de Eucalyptus camaldulensis e uma de Eucalyptus globulus introduzidas na região de Guaíba - RS. J.V. Gonzaga; C.A. Busnardo; C. Dias; C.E.B. Foelkel. 17º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel 1: 325-345. (1984)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
08_Madeira%20e.camaldulensis%20e%20e.globulus.pdf

http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/1984.%20
Madeira%20de%20e.camaldulensis%20e%20e.globulus.pdf


Produção de celulose kraft a partir de misturas de madeiras de Eucalyptus saligna e Acacia mearnsii. A.W. Petrik; C.A. Busnardo; J.V. Gonzaga; A.F. Milanez. 17º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel 1: 297-324. (1984)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
09_Polpacao%20mistura%20eucalipto%20e%20acacia.pdf

http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
02%20%20celuloses%20de%20misturas%20de%20eucalipto%20e%20acacia%20Petrik.pdf


Quantificação para fins energéticos da biomassa florestal de povoamentos de Eucalyptus saligna de primeira e segunda rotação. C.A. Busnardo; J.V. Gonzaga; E.P. Benites; I. Borssatto. 17º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel 1: 267-295. (1984)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
10_Quantificacao%20energetica%20e.saligna.pdf


Qualidade da madeira e da celulose kraft branqueada de treze espécies de Eucalyptus.
J.V. Gonzaga; C.E.B. Foelkel; C.A. Busnardo; J.L. Gomide; C. Schmidt. 16º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel 1: 07-29. (1983)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
11_Treze%20especies%20eucaliptos.pdf


Estudo comparativo da qualidade da madeira do Eucalyptus saligna, procedência de Coff's Harbour, e madeira de origem híbrida, procedência de Canela, introduzidos na região de Guaiba-RS. C.A. Busnardo; J.V. Gonzaga; E.P. Benites; C. Dias; S. Menochelli; C. Schmidt. 16º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel 4: 1073-1091. (1983)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/12_E.salignaemGuaiba.pdf

Em busca da qualidade ideal da madeira do eucalipto para produção de celulose. III. A importância da altura de amostragem para avaliação da densidade básica média da árvore. C.A. Busnardo; J.V. Gonzaga; C.E.B. Foelkel; C. Dias; S. Menochelli. 16º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel 1: 55-72. (1983)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
13_Altura%20ideal%20amostragem%20arvore.pdf


Em busca da qualidade ideal da madeira do eucalipto para produção de celulose. II. Inter-relações entre propriedades das árvores e de suas madeiras. C.A. Busnardo; J.V. Gonzaga; C.E.B. Foelkel; J.B.V. Vesz. 16º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel 1: 31-53. (1983)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
14_Inter-relacoes%20qualidade%20arvores%20e%20madeiras.pdf

http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/
1983.%20Em%20busca%20qualidade%20ideal%20madeira%20II.pdf


Caracterização da qualidade da madeira de Eucalyptus viminalis introduzido na região de Guaíba-RS. J.V. Gonzaga; C.A. Busnardo; C. Dias; S. Menochelli; C.E.B. Foelkel. 16º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel 4: 1053-1071. (1983)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
15_Qualidade%20madeira%20e.viminalis.pdf


TESE DE MESTRADO: Qualidade da madeira e da celulose kraft de treze espécies de Eucalyptus. J.V. Gonzaga. Tese de Magister Scientiae. UFV - Universidade Federal de Viçosa. 137 pp. (1983)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ufv/Jorge%20Vieira%20Gonzaga.pdf

Melhoramento genético das qualidades celulósico-papeleiras da madeira do Eucalyptus saligna. C.E.B. Foelkel; J.V. Gonzaga; C.A. Busnardo; B. Rech; I. Borssatto; C. Schmidt; C. Dias; S. Menochelli. 15º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel 1: 35-53. (1982)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/16_Arvores
%20estrela%20em%20melhoramento%20eucalipto.pdf

Caracterização da qualidade da madeira de procedências de Eucalyptus grandis introduzidas na região de Guaíba-RS. J.V. Gonzaga; E.P. Benites; C. Dias; B. Rech; C.A. Busnardo; C.E.B. Foelkel. 15º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel 1: 103-124. (1982)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/17_
Caracterizacao%20qualidade%20madeira%20e.grandis.pdf


Umidade ao abate da madeira e da casca de Eucalyptus grandis
. C.A. Busnardo; J.V. Gonzaga; S. Menochelli; E.P. Benites; C. Dias; C.E.B. Foelkel. 4º Congresso Florestal Brasileiro. p. 749-753. (1982)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
18_Umidade%20abate%20madeira%20e%20casca%20eucalyptus%20grandis.pdf


Qualidade da madeira de Acacia mearnsii da região de Guaíba-RS.
J.V. Gonzaga; S. Menochelli; B. Rech; C.A. Busnardo; C.E.B. Foelkel. 4º Congresso Florestal Brasileiro. 17 pp. (1982)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
19_Qualidade%20da%20madeira%20de%20acacia.pdf


Meu estimado amigo e quase-irmão Jorge Vieira Gonzaga, foi uma honra ter desfrutado de sua amizade e ter aprendido tanto consigo, quer profissionalmente ou através de seus valores. Obrigado também por tudo que você realizou, em tão pouco tempo, pelo setor florestal brasileiro. Sua falta é muito sentida, meu grande amigo e "Amigo dos Eucaliptos".

Como prova de suas virtudes profissionais e humanas, quando eu mencionei a alguns de seus amigos que renderíamos essa homenagem "in memoriam" ao Jorge na Eucalyptus Newsletter, diversos deles se entusiasmaram em enviar algumas palavras complementares a essa curta biografia.

Conheçam as palavras de alguns amigos do Jorge "Lampião" Gonzaga:

Dr. Luiz Ernesto Jorge Barrichelo (IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais): "É inquestionável que a liderança dos trabalhos de integração floresta-indústria na área de celulose pertence aos Cursos de Engenharia Florestal. Nesse particular, o Eng. Jorge Vieira Gonzaga deixou uma contribuição relevante para a sua consolidação, desde sua graduação na ESALQ, pós-graduação na UFV, até sua atuação na iniciativa privada e em entidades setoriais, como SIF, IPEF, SBS, AGEFLOR, ABECEL, etc".

Dr. César Augusto Guimarães Finger (UFSM - Universidade Federal de Santa Maria): "Conheci Jorge Vieira Gonzaga na década de 1980, quando trabalhávamos na Riocell S.A., em Guaíba. Pessoa de origem humilde, com sólida educação familiar era capaz de conquistar a todos com seu jeito simples e cordial. Era admirado por subordinados, colegas e superiores. Como profissional foi sempre determinado e incansável. Suas tarefas eram cumpridas com esmero e responsabilidade, fazendo com que os colegas se sentissem igualmente envolvidos e responsáveis. Após o período em Guaíba, tive nova oportunidade de conviver com Jorge, quando ele participou do Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal na Universidade Federal de Santa Maria, como Professor Colaborador na área de docência e pesquisa em Celulose e Papel. Sua partida prematura deixou uma lacuna entre seus amigos".

Engº Florestal Rubens Cristiano Garlipp (SBS - Sociedade Brasileira de Silvicultura): "O Jorge reunia competência, disciplina e ética profissional - e humanitária, pois ele desenvolvia ações sociais junto à comunidade em que convivia. Conheci o Jorge , ou o Lampião, sua alcunha esalqueana , quando ele estudava em Piracicaba. Mais tarde, fomos companheiros em trabalhos institucionais do setor, onde me lembro de sua sempre boa disposição em colaborar com ações positivas e agregadoras. Em nossas vidas profissionais, temos muitos e muitos conhecidos, vários colegas e alguns amigos de fato. O Jorge era um desses amigos com os quais se podia contar. A nossa silvicultura perdeu um pouco de seu brilho com a ausência do estimado Lampião".

Engº Florestal Jorge Euclides Mayer Klein (Celulose Riograndense - ex-Riocell): "Jorge Gonzaga foi uma daquelas pessoas, que além de colega, podíamos contar como amigo. Sempre disposto a ouvir, orientar, ajudar. Pessoa de bom coração. Como técnico, foi um dos responsáveis pelo avanço da silvicultura no RS (discípulo de Celso Foelkel). Homem de visão, investiu em ferramentas como melhoramento genético, manejo de solos, nutrição de plantas, manejo florestal, planejamento ambiental, bases para os excelentes resultados que hoje logramos com os plantios de eucalipto. Pessoa de grandes virtudes e grande exemplo para todos nós".

Engº Florestal Teotônio Francisco de Assis
(Assistech Consultoria Florestal): "Jorge Gonzaga era uma pessoa intensa e brilhante. Excelente pesquisador, profissional exemplar e foi sempre um grande amigo dos eucaliptos e dos Amigos dos Eucaliptos. Exerceu todas suas atividades de forma generosa e com profunda humildade, duas de suas características mais marcantes".

Engº Químico Carlos Alberto Busnardo
(CAB - Assessoria e Consultoria em Gestão Empresarial - amigo, colega e ex-chefe do Jorge na área de pesquisas tecnológicas na ex-Riocell): "Jorge Gonzaga, Engenheiro Florestal, Magister Scientiae em Ciências Florestais, profissional multidisciplinar a quem tive a honra de contratar, conhecer, e juntos realizarmos muitos projetos ao longo de frutíferos anos. Devido à sua inegável capacidade e comprometimento, nada mais justo que a sua transferência para novas áreas de conhecimento dentro da própria Riocell fosse efetuada; desafio aceito e cumprido com louvor, como todos nós que tivemos a oportunidade de conhecê-lo e compartilhar de sua presença, podemos atestar, sem nenhuma sombra de dúvida. Onde quer que você esteja Jorge, fique com a certeza de que todo o seu esforço e dedicação não foram em vão, e que isto sempre servirá de exemplo e incentivo para todos nós. Agradecemos à você pelo tempo que esteve entre nós, pelo companheirismo, amizade e valiosas contribuições".

E para finalizar e compartilhar com vocês como pensava o amigo Jorge, duas frases do próprio, daquelas que ele sabiamente usava em suas palestras motivacionais na igreja e em reuniões para comunidades carentes. Agradeço ao filho Rafael Gonzaga e à esposa, nossa amiga Cleuza, pela ajuda nesse resgate de dados pessoais sobre o Jorge.

"A sabedoria está em ir descobrindo o que é realmente suficiente e necessário para levarmos uma vida digna e sábia". (Jorge Gonzaga)

"Perdoar é devolver ao outro o direito de ser feliz".
(Jorge Gonzaga)

O Mundo dos Eucaliptos

Estado do Tocantins - Brasil

Tocantins é o mais novo estado brasileiro, tendo sido oficialmente criado em 1988, pelo desdobramento do estado de Goiás. Sua extensão territorial é importante, pois são 277,6 mil quilômetros quadrados, maior que muitos países conhecidos e admirados no setor florestal, como Uruguai, Nova Zelândia e Portugal. Desses 27,76 milhões de hectares, cerca de 7 milhões correspondem a pastagens e 3 são de formações florestais. Para uma área tão grande, temos uma diminuta população - cerca de 1,38 milhões de habitantes conforme o censo brasileiro de 2010. A maioria vive em cidades de médio porte, inclusive a bela, projetada e moderna capital Palmas, com seus 228.000 habitantes. Outras cidades importantes e bases para o desenvolvimento florestal do estado são: Araguaína, Gurupi, Porto Nacional, Paraíso do Tocantins, Tocantinópolis, São Miguel do Tocantins, Palmeirópolis, Miracema do Tocantins, etc. O estado é privilegiado pela segunda maior rede hidrográfica do Brasil, em função da presença dos rios Tocantins e Araguaia. A sua localização, o clima, a vegetação e a geografia conduzem a formações naturais de raras belezas, como a região do Jalapão, o Parque Nacional do Araguaia e a ilha do Bananal. A maior parte das terras (cerca de 88%) está inserida no Bioma Cerrados, com terrenos planos a ligeiramente ondulados. Cerca de 80% são terras muito favoráveis à agricultura, pois a topografia facilita a mecanização e são de baixo custo para aquisição. Ainda se compra um hectare de terra para plantações florestais por valores entre 600 a 2.500 reais, em função da fertilidade e aptidão agrícola. Por essas razões todas, o enorme interesse despertado no estado para o crescimento da produção agrícola (cana-de-açúcar, sorgo e grãos) e silvicultural (eucalipto, Acacia mangium, teca, seringueira, Pinus tropicais, neem indiano, etc.).

O estado do Tocantins localiza-se na região centro-norte do Brasil, sendo limítrofe aos estados do Maranhão, Piauí, Pará, Bahia, Mato Grosso e Goiás. Junto aos estados do Maranhão e Piauí, o Tocantins constitui hoje a região que vem sendo denominada de MaPiTo, considerada a nova fronteira florestal brasileira e a região onde mais cresce o agronegócio no país. Além desses três estados, também Bahia, Goiás e Pará são estados importantes para a eucaliptocultura brasileira e serão em futuro próximo lhes apresentados no nosso Mundo dos Eucaliptos, como já foi o caso do Mato Grosso e do Piauí.

Apesar da predominância do cerrado brasileiro como elemento de biodiversidade, o estado também abriga importantes áreas de vegetação de florestas tropical e equatorial, em sua região norte. No norte do estado, na região conhecida como "Bico do Papagaio", há muita tradição de cultivo e produção de babaçu para extração da amêndoa e produção de carvão vegetal, sendo Tocantins um dos estados brasileiros líderes nesse tipo de extração da silvicultura. As cidades tocantinenses de Tocantinópolis, Araguatins e Babaçulândia são renomadas por esse tipo de produção. Já a região oeste, próxima ao Pará é mais chuvosa em relação às regiões central e leste, mostrando aptidões agrícolas e florestais distintas.


A economia do estado é quase que exclusivamente dependente da agricultura, extrativismo vegetal e mineral (calcário, dolomita, ferro, níquel, cobre, ouro, etc.) e da pecuária. A indústria é de pequena dimensão, mais voltada para o consumo doméstico. Tocantins ainda tem baixa vocação para exportações, mas existem enormes expectativas para a chegada de novos tipos de industrializações, em especial às voltadas ao uso da madeira como matéria-prima. Fala-se com entusiasmo na atratividade que o estado tem para a indústria de celulose e papel, madeira serrada e mobiliários, painéis de madeira, péletes e briquetes energéticos, assim como para a siderurgia com base no carvão vegetal.

Visto que já existe forte crescimento recente da área de plantações florestais para suprimento de madeira industrial nos estados do Maranhão e do Piauí, o estado de Tocantins entrou como "caroneiro de luxo" nesse importante segmento do agronegócio brasileiro. Atualmente, há forte ênfase para o crescimento da silvicultura do eucalipto em diversas regiões do estado. Por isso mesmo, as expectativas são de que no Tocantins os eucaliptos venham a ser plantados em ritmos imbatíveis na taxa anual de plantios. O eucalipto, por sua rusticidade, rapidez de crescimento e retorno de resultados aos investidores tem sido a grande aposta dos produtores rurais e dos governos locais nesse momento econômico do estado. Todos os estudos mostram que o eucalipto gera mais empregos, renda e lucros do que a pecuária, até hoje a grande força motriz do agronegócio no Tocantins. Mas os tempos são de mudanças, os próprios pecuaristas estão dispostos a investir em sistemas silvipastoris integrados ou não à agricultura. Já há até mesmo a denominação de "boi verde" para os animais criados nesses sistemas agroflorestais. Além do eucalipto, também a teca, os Pinus e a seringueira estão se firmando como alternativas viáveis e promissoras. Isso sem esquecer de todas as esperanças depositadas na cultura da cana-de-açúcar para se tornar fonte de matéria-prima importante para produção de bioetanol.


O estado do Tocantins tem sido fortemente promovido pelo governo estadual através de suas secretarias do planejamento (SEPLAN) e agricultura/pecuária/abastecimento (SEAGRO). A atratividade do estado para as plantações florestais são relatadas como devidas a:

• terras disponíveis e de baixo custo;
• terras de topografia especialmente orientada à mecanização na silvicultura;
• extensas áreas de terras de pastagens degradadas e erodidas, em que a silvicultura poderá ajudar na recuperação das mesmas;
• vegetação pobre cobrindo essas áreas, o que facilita o preparo de solo e minimiza impactos ambientais decorrentes de desmatamentos, ainda que legalmente autorizados em alguns casos;
• clima razoavelmente propício, com boa precipitação, variando entre 1.100 a 2.200 mm ao ano. Entretanto, há regiões com déficit hídrico pronunciado (cerca de 4-6 meses sem chuvas)
• insolação abundante, especialmente no verão seco, onde praticamente não existem impedimentos à luz solar por nuvens; - entretanto, a evapotranspiração é alta pela temperatura do solo, baixa umidade relativa do ar e fortes ventos.
• ausência de grandes restrições ambientais e sociais, como as que ocorrem na Região Amazônica e na Mata Atlântica - os ecossistemas protegidos e as reservas indígenas/quilombolas são poucas e bem delimitadas e a área de floresta tropical a ser preservada é mínima. Já existe forte antropização na região devido à pecuária extensiva, exatamente a terra em que mais os empreendimentos florestais estão focados.
• boas perspectivas para melhoria na infra-estrutura de transportes, com a expansão da ferrovia norte-sul e do sistema de hidrovias nos rios Tocantins e Araguaia.
• razoáveis expectativas de produtividade nas florestas de eucalipto (entre 35 a 40 m³/ha.ano), com chances de maiores crescimentos em função da adaptação de novos clones às regiões locais. Até o momento, os clones sendo introduzidos têm sido obtidos de empresas que os melhoraram para regiões nos estados do Pará, Maranhão, Amapá, Bahia e até mesmo Minas Gerais e Espírito Santo.
• forte apoio governamental e grande interesse da sociedade local para os empreendimentos da silvicultura.

Em 2006, existiam 13.000 hectares de florestas plantadas de eucalipto para um total de 16,6 mil hectares totais de plantações florestais. Em 2009, já se tinham 44,7 mil hectares de eucaliptos, para 49,6 mil de todas as florestas plantadas no estado. Em 2010, as projeções são de 52,7 mil hectares de eucaliptos; 1,37 mil hectares de seringueira; 2,19 de teca e 0,85 de Pinus tropicais. Portanto, a área total da silvicultura no estado em 2010 deve atingir cerca de 58 mil hectares. Entretanto, com a chegada de novas e poderosas empresas florestais, as expectativas são de que em 2011 essa área de florestas plantadas cresça para cerca de 200.000 hectares e em 2016 atinja, otimisticamente, cerca de 540.000 hectares. A produção de uma área florestal tão grande e em pouco espaço de tempo estará a demandar desafios enormes, um dos quais é a própria disponibilidade de mudas de qualidade para atender a essa demanda. Os dados da SEAGRO projetam uma área de 530.000 hectares de eucaliptos para 2016 - se são apenas sonhos ou se o trabalho árduo vai concretizar essas metas isso o tempo vai-nos mostrar. Fácil não será, mas não está faltando entusiasmo e motivação - tampouco apoio político e institucional. As regiões do Bico do Papagaio e as cidades de Araguaína, São Miguel do Tocantins e Ponte Alta do Tocantins já mudaram sua forma de vida e o otimismo é grande para esse desenvolvimento florestal. Muitas outras cidades do estado também mantêm mesmas expectativas.


Além da produção de madeira para novos usos industriais, as plantações são esperadas para substituir o uso predatório da lenha que é extraída de forma extensiva das formações arbóreas naturais. O IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística registra que a cada ano são explorados cerca de um milhão de metros cúbicos de lenha no estado, praticamente toda extraída de recursos naturais. Ou seja, a silvicultura terá também a missão de estancar essa sangria do verde natural. Infelizmente, a destinação a essa madeira natural ainda é para madeira energética e para produção de carvão vegetal para abastecer a siderurgia e as usinas de ferro-gusa no estado vizinho do Maranhão.

Dois fatos muito relevantes aconteceram em novembro de 2010 e de forma concomitante. Na cidade de Palmas, ocorreu um importantíssimo evento florestal - o Tocantins Florestal - 1º Congresso Florestal do Tocantins, que serviu para consolidar as idéias e agrupar as lideranças empresariais, políticas e institucionais do estado em favor da silvicultura. Nesse evento ocorreu o segundo fato vital destinado ao sucesso: a criação da ARETINS - Associação dos Reflorestadores do Tocantins, com a finalidade de atuar como associação de classe, defendendo e promovendo as plantações florestais para o Tocantins.

Entretanto, ao mesmo tempo que existe otimismo, esperanças e entusiasmo, existem barreiras e dificuldades a serem vencidas, bem como existem compromissos com a sustentabilidade dessa atividade florestal que precisarão ser honrados.O Bioma Cerrado é um dos biomas mais ameaçados do país. A forma como ele tem sido agredido pelos pecuaristas, agricultores e até mesmo silvicultores de segunda categoria é assustadora. Anualmente, milhares de hectares do bioma cerrado são queimados no Tocantins apenas com a finalidade de estimular a brotação de um capim ralo para a formação de um pasto um pouco mais verde, mas muito pobre para o gado comer. Essa cultura precisa mudar com a chegada da silvicultura. Eu que conheço o Tocantins, já vi com tristeza, muitos hectares de cerrado em chamas. Uma lástima ou um crime ambiental, como preferirem. Tenho esperanças que isso seja minimizado com a chegada das plantações florestais. Em geral, a silvicultura utiliza exatamente áreas de pastagens degradadas, de mais fácil e barato preparo do solo. Também a silvicultura tem respeitado o Código Florestal Brasileiro e a legislação ambiental pertinente - com isso, ela tem protegido e recuperado entre 35 a 50% da área total do empreendimento florestal. Isso pode ser uma excelente alternativa para redução do extrativismo e para aumentar as áreas conservadas e preservadas de cerrados.


O cerrado brasileiro é um dos tipos mais valentes das formações vegetais que existem. Sua biodiversidade é absolutamente notável. Suas plantas são resistentes ao déficit hídrico, ao fogo e agüentam pastejo intensivo. Muitas plantas possuem lignotúbers e resistem a condições de extrema pobreza de solo e agressões de toda sorte. Também o banco de sementes nos cerrados é exuberante. Enfim, o cerrado é valente, mas não é milagroso. Se a agressão for constante e intensa, ele acabará sendo vencido e desaparecerá, deixando um enorme passivo ambiental para as gerações futuras.

Tenho expectativas de que a silvicultura de boa base tecnológica e com compromissos das lideranças florestais em certificar suas plantações possa ajudar na preservação e reabilitação de extensas áreas de cerrado. Entretanto, tenho preocupações também, e muitas. Sempre que chegam novos entrantes em um negócio em regiões pioneiras, os compromissos ambientais e sociais dos novos atores podem não serem os mesmos que os desenvolvidos ao longo de décadas pelo setor de florestas plantadas no Brasil. Por isso, ao mesmo tempo que tenho fé de que tenhamos uma boa silvicultura e com adequado nível de sustentabilidade no Tocantins, manterei os olhos vivos e a pena da caneta esperta, para ajudar a manter a qualidade sócio-ambiental do que aprendemos a fazer na engenharia florestal do Brasil. Conto ainda com o importante papel do órgão ambiental do estado, o NATURATINS - Instituto Natureza do Tocantins, que vem cuidando com rigor dos estudos de impacto ambiental e licenciamentos das áreas para receber as plantações.

Apesar de todas as vantagens até agora mencionadas para o Tocantins, há muitos outros desafios e barreiras a serem vencidas, tais como:

• disponibilização de mudas com qualidade genética e silvicultural nas enormes quantidades demandadas para essa formação e expansão da base florestal;
• adaptação e adequação das técnicas de manejo florestal para as condições locais (solos, climas, vegetação natural do sub-bosque, etc.);
• desenvolvimento de material genético propício e adaptado para as condições locais em suas especificidades;
• garantias de ritmos de crescimento que sejam atrativos, no mínimo entre 40 a 45 m³/ha.ano de madeira com casca ao invés dos esperados 30 a 35, quando no caso de plantios com menor agregação tecnológica;
• melhoramento dos levantamentos locais de clima, solo, vegetação, cartas de evapotranspiração, etc.;
• monitoramento e prevenção de danos fitossanitários por entrada de pragas e doenças, como fungos (exemplo: Ceratocystis fimbriata, etc.) e insetos-pragas (formigas cortadeiras, besouros desfolhadores, percevejo bronzeado, etc.).

As coisas estão acontecendo muito rapidamente no Tocantins, apesar dos reclamos dos empresários que gostariam de mais agilidade e desburocratização. Sou de opinião que pelo bem da precaução, em situações de dúvidas para regiões pioneiras, maiores estudos e exigências em compromissos ambientais e sociais devem ser praticados e exigidos. Entretanto, isso não é motivo para procrastinações intermináveis.

A silvicultura clonal do eucalipto está chegando ao Tocantins através de diversas empresas com adequados níveis tecnológicos. Também os sistemas agroflorestais estão a exigir estudos e pesquisas, já que para os SAF reconhece-se que cada propriedade rural tem exigências peculiares e demandam projetos específicos. Diversas empresas consideradas modernas já estão atuando no Tocantins, ampliando sua base florestal. Também na área de produção de mudas florestais o crescimento deverá ser enorme - se mantidas as projeções de cerca de 80.000 hectares de plantações novas por ano, serão demandadas cerca de 150 milhões de mudas de eucaliptos ao ano.


Há que se colocar muita atenção, pesquisas e sérios compromissos das lideranças e dos técnicos florestais, quando se tem como objetivo implantar áreas cultivadas com espécies de alto nível fotossintético e de exigências em água e nutrientes. A situação ideal é o desenvolvimento de clones melhorados para tolerância ao déficit hídrico e baixas exigências nutricionais e hídricas. Outras necessidades dizem respeito ao manejo silvicultural em solos recebendo altas insolações, grande oxidação da matéria orgânica, evapotranspirações e exportações de nutrientes. Portanto, um dos pontos mais críticos a desafiar um estado sem tradição e educação/inovação em engenharia florestal é desenvolver isso tudo e em curto espaço de tempo. De onde virá essa massa crítica é um dos grandes temas a desafiar as lideranças empresariais e as autoridades locais. A engenharia florestal é uma carreira nova e ainda sem grandes tradições na educação e na pesquisa no Tocantins.

O Governo do Estado do Tocantins está buscando dar atratividade ao setor florestal, favorecendo a desburocratização e acelerando os processos de licenciamento, mas isso deve ser feito sem perder a qualidade nas avaliações ambientais e nas fiscalizações dos novos empreendedores florestais, inclusive dos produtores rurais. Se o objetivo do governo estadual é retirar o Tocantins da era do extrativismo vegetal, isso deve ser feito com qualidade e responsabilidade. Não podemos trocar um modelo extrativista perverso por outro sem responsabilidades em relação à sustentabilidade.

Uma das metas atuais do governo é incentivar um processo de industrialização a médio prazo para consumir a madeira que será produzida pela base florestal em processo de implantação atual. Não há de forma alguma intenção de se plantarem florestas apenas para se produzir carvão vegetal para suprir a siderurgia de estados vizinhos. Acredito que esse tipo de compromisso do governo tem ficado bem explicitado nos fóruns onde existem debates sobre o futuro florestal do Tocantins. O interesse é pela atração primeiro das florestas plantadas e depois de empresas consumidoras das madeiras dessa base florestal formada. Se essa base não for criada, não haverá madeira e tampouco atratividade para empreendimentos industriais.

Caberá ao governo estadual importante papel para atrair investimentos, fortalecer a infra-estrutura, fortalecer os estudos básicos, agilizar as decisões e fiscalizar tanto o uso dos recursos disponibilizados, como a atuação sócio-ambiental dos empreendimentos. Também, o governo tem em suas mãos a meta de transformar em realidade o sonho do Tocantins ser de fato a nova fronteira florestal e o eldorado do agronegócio brasileiro. Isso necessariamente não precisa ser feito tão somente pelo governo, mas pelas parcerias com a iniciativa privada, as universidades públicas e outras entidades de dentro e de fora do estado.

Uma coisa vital para o estado é a criação ou fortalecimento de instituições de ensino e pesquisa florestal. Por sorte, já existem boas universidades em agronomia e um recentemente criado curso de engenharia florestal, o que pode ser o embrião para o nascimento de centros de pesquisas florestais. Isso não pode ficar apenas na graduação - são das teses e dissertações acadêmicas que têm saído grande parte das pesquisas que orientam e sugerem caminhos ao setor florestal do eucalipto no Brasil.

Por tudo aquilo que vimos até agora, pode-se claramente definir o estado do Tocantins como uma região pioneira, onde as oportunidades existem e são inúmeras, mas os riscos também. Existem fatores importantes a serem trabalhados e que podem afetar a competitividade e a atratividade futura desse negócio, tais como:

• insuficiência de mão-de-obra florestal qualificada, em todos os níveis, desde operacional ao superior;
• baixa produtividade do trabalhador florestal;
• insuficiência de insumos tecnológicos;
• alto custo do reflorestamento (entre 3.500 a 4.500 reais por hectare implantado ao segundo ano);
• forte dependência das taxas de retorno dos investimentos em relação aos incrementos em produtividade florestal ainda não completamente comprovados;
• infra-estrutura rural deficiente;
• potencial de serem feitos desmatamentos, até mesmo porque a legislação permite isso para o cerrado em certas proporções, com fortes reflexos em rejeições desse modelo por entidades ambientalistas locais, nacionais e internacionais.

Uma coisa é absolutamente certa - quanto maior for a biodiversidade entre clones e espécies de árvores plantadas e de natureza preservada, bem como dos sistemas integrando lavoura-pecuária-florestas, menores serão os riscos que as monoculturas poderão oferecer. Apesar dessa estar sendo a meta compromissada pelo poder público, está ainda faltando um plano florestal amplo e negociado e um zoneamento da silvicultura consensuado entre as partes interessadas da sociedade, da mesma forma como existem para outros estados do país. Já que estamos querendo começar a silvicultura clonal do eucalipto no estado do Tocantins, nada mais lógico do que começar com o que há de melhor. E fazendo isso sem atrapalhar ou retardar os investimentos, apenas qualificá-los para melhor.

Todos esses planos precisam ser muito bem casados para evitar que as florestas plantadas atinjam a idade de colheita sem terem mercado local, o que seria extremamente desanimador e frustante aos investidores, principalmente para os pequenos e médios produtores florestais.

Tudo o que será necessário e vital ao Tocantins Florestal exigirá mais debates, fóruns especializados e compromissos. As parcerias governo - setor privado - setor ambientalista - academia têm tudo a ver com a criação desse futuro. Quem estará disposto a cooperar? Tenho hoje visto muitas empresas sempre a reclamar de falta de tempo e de recursos. Ora, como construir um futuro sustentável se não for através de busca de caminhos de sucesso que envolvam as partes interessadas? Tempo e recursos precisam ser encontrados - e urgentemente. Quanto mais cedo, melhor.

Definitivamente, queremos que a silvicultura no Tocantins seja vitoriosa e entendida por todos como sendo praticada em um estado verde, limpo, natural e fotossintético; também tão brilhante como a estrela Adhara que ilumina a bandeira desse estado.

Imagens do estado do Tocantins - Florestas de Eucaliptos:
http://www.google.com.br/images?as_q=+eucalyptus&hl=pt-
br&biw=1276&bih=567&gbv=2&btnG=Pesquisa+Google&as_epq=estado+do+
tocantins+&as_oq=&as_eq=&as_sitesearch=&safe=images&as_st=y&tbs=isch:1,itp:photo
(Tocantins e Florestas de Eucalipto - Imagens Google)

http://www.google.com.br/images?hl=pt-br&biw=1276&bih=567&gbv=2&as_st=
y&tbs=isch%3A1%2Citp%3Aphoto&sa=1&q=%22estado+do+tocantins%
22+eucalyptus&btnG=Pesquisar&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai
(Tocantins e Eucalyptus - Imagens Google)

Referências Técnicas da Literatura Virtual

Estado do Tocantins - Brasil

Nessa seção, estamos colocando, como sempre, euca-links com algumas publicações relevantes da literatura virtual. Basta você clicar sobre os endereços de URLs para abrir as mesmas e/ou salvá-las em seu computador. Como são referências, não nos responsabilizamos pelas opiniões dos autores, mas acreditem que são referências valiosas e merecem ser olhadas pelo que podem agregar ao seu conhecimento. Ou então, para serem guardadas em sua biblioteca virtual. Nessa seção, temos procurado balancear publicações recentes e outras antigas, que ajudaram a construir a história de sucesso dos eucaliptos. Elas versam sobre florestas, ecologia, ambiente, uso industrial das madeiras, celulose e papel; enfim, todas as áreas que se relacionam aos eucaliptos: seu desenvolvimento em plantações florestais e utilizações de seus produtos.

As Referências Técnicas da Literatura Virtual a vocês apresentadas nessa edição visam lhes oferecer maiores detalhes e conhecimentos sobre o estado brasileiro homenageado nessa edição como sendo parte do "Mundo dos Eucaliptos" e também da silvicultura brasileira de florestas plantadas, ou seja, o estado do Tocantins.

Espero que apreciem essa seleção:

Tocantins. Enciclopédia Livre Wikipédia. Acesso em 15.12.2010:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tocantins

História do Tocantins. Enciclopédia Livre Wikipédia. Acesso em 15.12.2010:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_Tocantins

Tocantins. Estados @. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Acesso em 15.12.2010:
http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=to

Agroecological zoning for the state of Tocantins. EMBRAPA Monitoramento por Satélites e Governo do Estado do Tocantins. Acesso em 14.12.2010:
http://www.cnpm.embrapa.br/projects/tocant_us/

Perspectivas florestais para o estado de Tocantins em 2011. E.S. Campos. Painel Florestal TV. Acesso em 14.12.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/
entrevista-especial/202/perspectivas-2011-eduardo-siqueira-campos

Eucalipto chega ao norte do Tocantins. P. Cardoso. Painel Florestal TV. Acesso em 14.12.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/
geral/107/eucalipto-chega-ao-norte-do-tocantins

O potencial da região sul do Tocantins. P. Cardoso. Painel Florestal TV. Acesso em 14.12.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/
geral/101/o-potencial-florestal-da-regiao-sul-do-tocantins

Eucalipto: a grande transformação da região do MaPiTo. P. Cardoso. Painel Florestal TV. Acesso em 14.12.2010:
http://painelflorestal.com.br/noticias/eucalipto/9795/
eucalipto-a-grande-transformacao-da-regiao-do-mapito

Monocultura no estado do Tocantins: reflexões acerca da produção do eucalipto. S.L. Rezende; E.A. Lima; A.F. Souza. 13 pp. Acesso em 14.12.2010:
http://www.socialismo.org.br/portal/images/stories/MONOCULTURA_NO_ESTADO_DO_TOCANTINS.doc

Meio Ambiente do estado do Tocantins: um breve histórico. G. Salera Júnior. Usina de Letras. Acesso em 14.12.2010:
http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?
cod=50767&cat=Artigos&vinda=S

O produtor rural e o cultivo de eucalipto. G. Salera Júnior. Usina de Letras. Acesso em 14.12.2010:
http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?
cod=8578&cat=Ensaios&vinda=S


Cenário técnico e jurídico do licenciamento florestal da propriedade rural (LFPR) de Palmas - TO. (Technical and legal licensing of forest rural ownerships at Palmas-TO). C.A.C. Nascimento; A.E.N. Guimarães; S.R. Santos. Faculdade Católica do Tocantins. 15 pp. Acesso em 14.12.2010:
http://www.catolica-to.edu.br/gestaoambiental/projetointegrador/
PROJETOS%202010-1/4%BA%20PERIODO/CENARIO%20
TECNICO%20E%20JURIDICO%20DO%20LICENCIAMENTO.pdf

Projeto de mudas em viveiros. A.D. Pereira; G.R. Carvalho; J.C.S. Vieira; W.O. Nunes; C.T. Muraishi. Faculdade Católica do Tocantins. 12 pp. Acesso em 14.12.2010:
http://www.catolica-to.edu.br/gestaoambiental/projetointegrador/
PROJETOS%202010-1/3%BA%20PERIODO/
Producao%20de%20Mudas%20em%20Viveiro.pdf

O reflorestamento no estado do Tocantins. I. Abreu. Tocantins Florestal. Apresentação em PowerPoint: 27 slides. (2010)
http://www.painelflorestal.com.br/_arquivos/
diversos/10nov_04_iraja_abreu.pdf

Florestamento e reflorestamento no Brasil: uma análise do projeto FLORAM. S.K. Pela. Dissertação de Mestrado. USP - Universidade de São Paulo. 182 pp. (2010)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/
tde-08112010-181206/publico/SilviaKruegerPela.pdf


O Tocantins e seu potencial florestal. ARETINS - Associação dos Reflorestadores do Tocantins. 30 pp. (2010)
http://www.painelflorestal.com.br/_arquivos/diversos/
09nov_00_perfil_tocantins_&_aretins.pdf


RIMA - Relatório de Impacto de Meio Ambiente das plantações florestais da GMR Florestal no estado do Tocantins. Nativa Meio Ambiente. 78 pp. (2010)
http://www.gmrflorestal.com.br/RIMAGMRFlorestal.pdf

Estudo da viabilidade para implantação silvicultural da Tectona grandis (Teca) no estado do Tocantins. A.C. Coelho; M. Valéria; P.G. Batista; R. Ludmila. Trabalho de Conclusão de Curso. Faculdade Católica do Tocantins. 08 pp. (2010)
http://www.catolica-to.edu.br/gestaoambiental/projetointegrador/
PROJETOS%202010-1/4%BA%20PERIODO/ESTUDO%20DA
%20VIABILIDADE%20PARA%20IMPLANTACAO%20SILVICULTURAL.pdf


A fiscalização ambiental do Instituto Natureza do Tocantins
. N.C.A. Castro. Trabalho de Conclusão de Curso. Faculdade Católica do Tocantins. 12 pp. (2009)
http://www.catolica-to.edu.br/gestaoambiental/projetointegrador/PROJETOS
%202009-1/4-PERIODO/A%20FISCALIZA%C3%87%C3%83O%
20AMBIENTAL%20DO%20INSTITUTO%20NATUREZA%20DO%20TOCANTINS.pdf


Balanço social 2009
. SEAGRO - Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado do Tocantins. (2009)
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:kXVBMkugUR0J:
central2.to.gov.br/arquivo/14/220+site:http://central2.to.gov.br/+
balan%C3%A7o+social+2009&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

ou
http://central2.to.gov.br/arquivo/14/220


Análise do licenciamento florestal da propriedade rural como instrumento de gestão ambiental. J. Gomes Sobrinho. Trabalho de Conclusão de Curso. Faculdade Católica do Tocantins. 22 pp. (2009)
http://www.catolica-to.edu.br/gestaoambiental/projetointegrador/
PROJETOS%202009-1/4-PERIODO/AN%C3%81LISE%20DO%
20LICENCIAMENTO%20FLORESTAL%20DA%20PROPRIEDADE%20
RURAL%20COMO%20INSTRUMENTO%20DE%20GEST%C3%83O%20AMBIENTAL.pdf


Zoneamento ecológico econômico no Tocantins: comparação de resultados usando um mesmo método em diferentes datas.
(Ecological economic zoning in the Tocantins state: comparison of results using a same method in different dates). R.R. Dias; J.T. Mattos. Revista Brasileira de Cartografia 61(4): 351 - 369. (2009)
http://www.rbc.ufrj.br/_pdf_61_2009/61_04_5.pdf

Solos representativos do estado do Tocantins sob vegetação natural do cerrado. H.M.P. Santana; M.P.C. Lacerda. II Simpósio Internacional Savanas Tropicais. 07 pp. (2008)
http://www.cpac.embrapa.br/download/570/t

Adequação do uso da terra à sua aptidão agrícola - Norte do estado do Tocantins
. Zoneamento Ecológico Econômico. SEPLAN - Secretaria do Planejamento. 70 pp. (2005)
http://www.seplan.to.gov.br/seplan/br/download/
Rel_Adeq_Uso_Terra_Aptidao_Agricola_Norte_TO_.pdf


Uma indicação de potencial do uso das terras do Tocantins. Zoneamento Ecológico Econômico. SEPLAN - Secretaria do Planejamento. 14 pp. (2000)
http://www.seplan.to.gov.br/seplan/br/download/
Potencialidade_de_Uso_da_Terra.pdf


Aptidão agrícola dos solos do estado do Tocantins. A.A.C. Lima; F.N.S. Oliveira; A.R.L. Aquino. Comunicado Técnico EMBRAPA CNPAT 47:01-04. (2000)
http://www.cnpat.embrapa.br/cnpat/cd/jss/acervo/Ct_047.pdf

Euca-Links

Estado do Tocantins - Brasil

Nessa seção, estamos colocando, como sempre, Euca-Links com algumas organizações, entidades e seus websites relevantes e que estão disponíveis na "world wide web". Basta vocês clicarem sobre os endereços de URLs referenciados para abrirem os links e conhecerem o que selecionamos especialmente para vocês. Nessa nossa edição inédita acerca do estado do Tocantins, os Euca-Links serão todos de empresas, organizações, universidades e entidades presentes nesse estado e relacionados ao estudo, negócios, utilização e manufatura de produtos a partir dos eucaliptos. Caso alguma entidade ou empresa tenha sido esquecida, por favor, entrem em contato conosco e forneçam os endereços de URL, que daremos destaque em alguma de nossas próximas edições.

Alguns websites de empresas privadas e públicas e organizações ambientais, educacionais e comerciais relacionadas à produção de florestas plantadas no estado do Tocantins:

NATURATINS - Instituto Natureza do Tocantins. Organização do governo do estado de Tocantins que cuida da política, controle e licenciamento ambiental dos empreendimentos florestais e industriais. Acesso em 14.12.2010:
http://naturatins.to.gov.br/ (Website do Naturatins)
http://naturatins.to.gov.br/conteudo.php?id=643 (Licenciamento florestal)
http://central2.to.gov.br/arquivo/12/3498 (Termo de referência para elaboração de projeto ambiental de viveiros florestais)
http://central2.to.gov.br/arquivo/12/3481 (Roteiro técnico para elaboração de projeto de exploração florestal)

SEPLAN - Secretaria do Planejamento do Estado do Tocantins. Entidade pública responsável por importantes áreas do desenvolvimento florestal no estado, incluindo também todo o zoneamento agrícola, florestal e ecológico-econômico (ZEE-TO). Acesso em 14.12.2010:
http://www.seplan.to.gov.br/seplan/br/
http://www.seplan.to.gov.br/seplan/br/index2.php?area=download&id_m=125 (Documentos técnicos e mapas do ZEE - Zoneamento Ecológico- Econômico para o estado do Tocantins e também um detalhamento específico para a região norte do estado)
http://www.seplan.to.gov.br/seplan/br/download/20080929093220-
atlas_do_tocantins_2008_portugues.pdf
(Atlas do Tocantins em Português)
http://www.seplan.to.gov.br/seplan/br/download/20080929094303-
atlas_do_tocantins_2008_english_version.pdf
(Atlas do Tocantins em Inglês)

SEAGRO - Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado do Tocantins. Entidade pública responsável por importantes áreas da agricultura e silvicultura no estado. Acesso em 14.12.2010:
http://seagro.to.gov.br/ (Website da SEAGRO)
http://seagro.to.gov.br/noticia.php?id=1621 (Sobre o potencial florestal do Tocantins)
http://seagro.to.gov.br/conteudo.php?id=21 (Clima no Tocantins)
http://www.google.com.br/#hl=pt-BR&source=hp&biw=1276&bih=
595&q=site%3Ahttp%3A%2F%2Fseagro.to.gov.br+silvicultura&aq=
f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=&fp=dea92af8cdef3e33
(Busca por silvicultura no website da SEAGRO)
http://www.google.com.br/#num=100&hl=pt-BR&biw=
1276&bih=595&q=site%3Ahttp%3A%2F%2Fseagro.to.gov.br+
eucalipto&aq=&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=&fp=dea92af8cdef3e33
(Busca por eucalipto no website da SEAGRO)

RURALTINS - Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado do Tocantins. Entidade pública que cuida da promoção de temas sócio-ambientais e econômicos da área rural e agrícola, inclusive estudos de impactos ambientais em áreas de conservação, etc. Acesso em 14.12.2010:
http://ruraltins.to.gov.br/index.php

Áreas Protegidas do Tocantins. Website do governo estadual do Tocantins para divulgação das áreas de conservação do estado. Acesso em 14.12.2010:
http://areasprotegidas.to.gov.br/

GMR Florestal. Grupo diversificado da construção civil e da energia que passou a atuar na produção florestal com eucaliptos no sudeste do Tocantins para suprimento de madeira para energia de fontes renováveis e outros usos mais nobres. Acesso em 14.12.2010:
http://www.gmrflorestal.com.br/ (Website da empresa GMR Florestal)
http://www.gmrflorestal.com.br/operacoes_plantio.shtml (Operações de plantio do eucalipto)
http://www.gmrflorestal.com.br/operacoes_producao.shtml (Produção florestal)
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/geral/109/o-projeto-da-gmr-no-tocantins (Painel Florestal TV - em Português)
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/geral/27/vt-gmr-florestal-ing (Vídeo institucional GMR Florestal - em Inglês)


Florestar.
Empresa florestal que atua na região conhecida como MaPiTo (tríplice fronteira entre Maranhão, Piauí e Tocantins), plantando eucalipto para formação de uma base florestal para suprimento de madeira para energia, carvão vegetal e celulose em função de potenciais crescimentos de consumo em usinas siderúrgicas e fábricas de celulose de mercado. Acesso em 14.12.2010:
http://www.grupoflorestar.com.br/ (Website da empresa com sede no Maranhão)
http://www.grupoflorestar.com.br/contatos.php?p=localizacao (Localização da Florestar no MaPiTo)
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/
geral/107/eucalipto-chega-ao-norte-do-tocantins
(Painel Florestal TV)

Eco Brasil Florestas. Empresa de base florestal com extensos plantios de eucaliptos no estado do Tocantins, com forte participação de nossos amigos Nelson Barboza Leite, Osmar Elias Zogbi e Mário Higino Leonel. Acesso em 14.12.2010:
http://www.fazendatriqueda.com.br/noticias/eucalipto-no-tocantins (Fonte Valor Econômico - via website da Fazenda Triqueda)
http://naturatins.to.gov.br/noticia.php?id=2878 (Notícia da Naturatins sobre o EIA-RIMA e Audiência Pública da Eco Brasil Florestas, explicando sua área de atuação no Tocantins)

Aliança Florestal. Empresa prestadora de serviços florestais e que atua no estado de Tocantins. Acesso em 14.12.2010:
http://www.aliancaflorestal.com/joomla-overview

Viveiros Tocantins. Empresa produtora de mudas florestais para atendimento da alta demanda por mudas de eucaliptos no Tocantins. Acesso em 14.12.2010:
http://www.viveirostocantins.com.br/

Esteio Eucaliptos. Empresa produtora de mudas florestais, de madeira tratada e preservada e de habitações em madeira. Acesso em 14.12.2010:
http://www.esteio.ind.br/utilidades.html (Usos e benefícios dos eucaliptos)

UFT -Universidade Federal do Tocantins. Instituição educacional com diversos campi no estado, dispondo de áreas de ensino e pesquisa em agronomia, engenharia florestal, química, etc. Acesso em 14.12.2010:
http://www.site.uft.edu.br/prograd/manual-do-aluno/campus-universitario-de-gurupi.html (Engenharia florestal no campus de Gurupi)
http://www.site.uft.edu.br/component/option,com_docman/Itemid,0/task,doc_download/gid,2252/ (Curso de Engenharia Florestal)
http://www.site.uft.edu.br/graduacao/gurupi/engenharia-agronomica.html (Engenharia Agronômica no campus de Gurupi)
http://www.site.uft.edu.br/component/option,
com_docman/Itemid,69/task,cat_view/gid,482/&Itemid=695
(Dissertações virtuais para downloading)
http://www.site.uft.edu.br/producaovegetal/ (Pós-graduação em Produção Vegetal)
http://www.google.com.br/#hl=pt-BR&source=hp&biw=1276&bih=567&q=
site%3Ahttp%3A%2F%2Fwww.site.uft.edu.br+eucalyptus&aq=
f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=&fp=dea92af8cdef3e33
(Busca por Eucalyptus no website da UFT)

FACTO - Faculdade Católica do Tocantins. Possui curso de engenharia agronômica e tem colaborado para a educação de profissionais florestais na região. Acesso em 14.12.2010:
http://www.catolica-to.edu.br/agronomia/index.php

IFTO - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins. Instituição educacional com diversos campi no estado, dispondo de áreas de ensino e pesquisa em agronomia, cursos técnicos e bacharelado no agronegócio, química, etc. Acesso em 14.12.2010:
http://www.ifto.edu.br/index.php

FIETO - Federação das Indústrias do Estado do Tocantins. Entidade empresarial representativa dos interesses da classe industrial. Acesso em 14.12.2010:
http://www.fieto.com.br/

Referências sobre Eventos e Cursos

Essa seção tem como meta principal apresentar a vocês todos a possibilidade de se navegar em eventos que já aconteceram em passado recente (ou não tão recente), e para os quais os organizadores disponibilizaram o material do evento para abertura, leitura e downloading em seus websites. Trata-se de uma maneira bastante amigável e com alta responsabilidade social e científica dessas entidades, para as quais direcionamos os nossos sinceros agradecimentos. Gostaria de enfatizar a importância de se visitar o material desses eventos. A maioria deles possui excepcionais palestras em PowerPoint, ricas em dados, fotos, imagens e referências para que você possa aprender mais sobre os temas abordados. Outras, disponibilizam todo o livro de artigos técnicos, verdadeiras fontes de conhecimento para nossos leitores.

Espero que apreciem essa nossa presente seleção, a qual inclusive sugere a navegação em um importante e recente evento que ocorreu no estado florestal eucalíptico homenageado nessa edição, o estado do Tocantins:

Tocantins Florestal - 1º Congresso Florestal do Tocantins. (em Português)
Excelente evento realizado na cidade de Palmas, capital do estado de Tocantins, o estado eucalíptico do Brasil sendo homenageado nessa edição da Eucalyptus Newsletter. As palestras ocorreram nos dias 09 e 10 de novembro de 2010, com aspectos políticos, técnicos, sociais e ambientais. Foi surpreendente o apoio governamental e o entusiasmo dos participantes pela oportunidade que o estado está tendo de se promover e crescer na atividade de plantar florestas de eucaliptos. O evento foi realizado pela ARETINS - Associação dos Reflorestadores do Tocantins e organizado pelo portal Painel Florestal, do Mato Grosso do Sul.
Conheçam as palestras para downloading em:
http://www.painelflorestal.com.br/noticias/download/10116/palestras-do-tocantins-florestal-2010
http://www.tocantinsflorestal.com.br/ (Website do evento)
Assistam também a alguns vídeos interessantes feitos pelo Painel Florestal TV com alguns dos palestrantes:
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/programa-de-tv/207/tocantins-a-nova-fronteira-florestal (Tocantins, a nova fronteira florestal - entrevista com Guilherme Sahade )
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/programa-de-tv/198/tocantins-florestal-um-sucesso (Tocantins Florestal - um sucesso - entrevista com Nelson Barboza Leite)
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/geral/99/tocantins-florestal-2010 (Tocantins Florestal - vídeo geral do evento)

MS Florestal - 2º Congresso Florestal do Mato Grosso do Sul
. (em Português)
O MS Florestal já está-se constituindo em um dos mais importantes eventos florestais brasileiros. Essa edição II ocorreu na cidade de Campo Grande, capital do estado do Mato Grosso do Sul. Foram promotores do evento a SEPROTUR (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo) e o Governo do Estado do MS. A realização esteve por conta da REFLORE-MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas) e do portal Painel Florestal. As palestras aconteceram durante os dias 07 a 09 de junho de 2010, concomitantemente a uma exposição de fornecedores e produtores da base florestal no estado. Os temas abordados foram amplos e variados, sobre diferentes gêneros de árvores comerciais, aspectos de legislação e política florestal, e como não poderia deixar de ocorrer, com inúmeras palestras técnicas sobre os eucaliptos.
Conheçam as palestras do evento para descarregamento em:
http://www.opec-eventos.com.br/msflorestal/index.php (Palestras)

II Fórum Nacional sobre Carvão Vegetal
. (em Português)
Tradicional evento sobre o carvão vegetal, em especial ao carvão produzido de madeiras de florestas plantadas de eucaliptos. Nesse ano de 2010, o evento foi realizado na cidade de Sete Lagoas/MG, nos dias 27 a 29 de outubro. Os organizadores do evento foram: SIF - Sociedade de Investigações Florestais; UFV - Universidade Federal de Viçosa e seu Departamento de Engenharia Florestal e UNIFEMM - Centro Universitário de Sete Lagoas. Não deixem de baixar as palestras enquanto elas estão disponibilizadas no website da SIF (http://www.sif.org.br/).
http://www.sif.org.br/interna.php?area=palestrasArquivos&palestra=13 (Palestras para downloading)

Conheçam ainda alguns vídeos feitos pelo Painel Florestal TV, que esteve apoiando e transmitindo o evento:
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/programa-painel-florestal/190/ii-forum-nacional-sobre-carvao-vegetal (Sobre o II Fórum Carvão Vegetal em Sete Lagoas/MG)
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/entrevista-especial/187/da-para-melhorar-a-eficiencia-do-uso-do-carvao-vegetal (Entrevista professora Cássia Carneiro - UFV)
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/entrevista-especial/188/a-experiencia-do-grupo-mutum-no-transporte-de-carvao (Entrevista Sr. Geraldo Mateus Reis - Grupo Mutum)
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/entrevista-especial/189/como-melhorar-o-uso-dos-finos-de-carvao-na-siderurgica (Entrevista Sr. Augusto Valência Rodriguez - ArcelorMittal)
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/geral/193/reducao-na-emissao-de-gases-na-producao-de-carvao (Entrevista Sr. José Bastidas)
http://www.painelflorestal.com.br/painel-florestal-tv/geral/184/carvao-vegetal-nao-e-carga-perigosa (Entrevista Sr. Paulo Azeredo)

MADEN 2 - Seminário Madeira Energética. (em Português)
Evento realizado na cidade de São Paulo em 25 de novembro de 2010, com diversas palestras mostrando o potencial da biomassa energética da madeira. Destacaram-se as palestras sobre: tipos de bioenergia, biorefinarias, carvão vegetal, densificação de biomassa, briquetes e péletes, eficiência energética, políticas brasileiras para o setor, etc. A organização do seminário esteve a cargo do INEE - Instituto Nacional de Eficiência Energética, com o entusiasmo do Dr. Jayme Buarque de Hollanda, diretor geral do INEE.
http://www.seminariomaden.com.br (Website do evento)
http://www.seminariomaden.com.br/palestras.html (Palestras do evento)


2nd Pan-American Congress on Plants and Bioenergy.
(em Inglês)
Esse evento internacional sobre bioenergia, com muita ênfase em florestas plantadas brasileiras, foi realizado na cidade paulista de São Pedro, entre 08 a 11 de agosto de 2010. As entidades que organizaram e apoiaram o evento foram: Instituto de Biociências – USP; Sociedade Botânica de São Paulo - SBSP; American Society of Plant Biologists - ASPB; Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol - CTBE; Universidade Federal de Viçosa - UFV; Purdue University; University of Illinois; Energy Bioscience Institute - EBI, dentre outras. Apesar de não se dispor das palestras, temos resumos das mesmas enviados por cada palestrante.
http://www.plantsandbioenergy.com.br/lecture.php (Palestras e resumo das mesmas pelos palestrantes)
http://www.aspb.org/meetings/bioenergy08/BioEnergyFinalProgram.pdf (Programa do Primeiro Congresso realizado em 2008 na cidade de Mérida, México)

Curiosidades e Singularidades acerca dos Eucaliptos
por Ester Foelkel

(http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html)

Madeira Roliça Fina de Eucalipto para Utilização na Construção Civil

Introdução

A madeira do eucalipto está substituindo cada vez mais a das árvores nativas para a construção civil. Isso pode ser explicado principalmente pela sua maior disponibilidade no mercado, adequação em qualidade/propósitos e ao rápido crescimento e manejos sustentáveis de boa parte de suas plantações (Revista da Madeira, 2010).

Segundo Zenid e colaboradores (2003), a madeira é um recurso renovável, que se bem empregado e conservado, pode ter múltiplo uso e vida útil bastante prolongada. A madeira roliça fina do eucalipto é proveniente geralmente do primeiro desbaste dos cultivos, possuindo as árvores, em geral, de dois a quatro anos. Pode também ser resultante do manejo de brotações, colhendo-se árvores manejadas para serem inúmeras e finas, para serem vendidas para esse tipo de finalidade. Dessa forma, seu diâmetro é bastante fino, variando de 5 a 15 cm, podendo o comprimento dos toretes variar de 2 a 5 metros, dependendo da sua finalidade; porém, devem ser longitudinalmente retos (Partel, 2006).

Levando em conta aspectos econômicos, a madeira do primeiro desbaste das áreas de eucalipto (madeiras roliças finas) é considerada bastante barata; por isso, é extremamente útil, podendo ser utilizada para diversas finalidades dentro da construção civil. O uso dessa madeira para esse fim pode ser temporário, sendo aproveitada como fôrmas para concreto, andaimes e escoramentos; ou definitivo que é mais nobre, podendo estar presente como principal matéria-prima madeireira (Zenid et al., 2003). As madeiras roliças finas podem ser empregadas para a elaboração de escoras/suportes e também para a confecção de construções rústicas. Elas podem estar presentes na elaboração de telhados, estruturas de cobertura, pilares, colunas, pisos, decks, galpões, quiosques, cercas, muros, e principalmente na fabricação de brinquedos infantis de grande porte como playgrounds, balanços, escorregadores, entre outros (Partel, 2006).

Além da madeira de primeiro desbaste e de brotações manejadas, a madeira roliça fina pode ter uma terceira origem: o cerne de toras de maior diâmetro que foram inicialmente laminadas por delaminação rotativa. A parte central dessas toras apresentam maiores quantidades de nós, não sendo portanto propícias para a laminação. Assim, esses roletes da laminação também poderão ser devidamente tratados e utilizados tanto na fabricação de brinquedos quanto em construções rústicas.

O principal objetivo do texto é apresentar as finalidades da madeira roliça fina na construção civil, destacando suas principais vantagens econômicas, sociais e ambientais, desvantagens, reaproveitamentos e também algumas das tecnologias de beneficiamento.

Madeira roliça fina e usos


Define-se madeira roliça como um segmento do fuste arbóreo que quase não apresenta processamento de sua madeira. Podem ser varas longas e finas, obtidas da árvore com ou sem cortes transversais, onde, muitas vezes, as casca também não é retirada. São principalmente utilizadas para a fabricação de escoras e andaimes. Quando sua madeira é tratada com produtos preservativos, pode ser utilizada para construções rústicas, principalmente nos meios rurais e também na confecção de pequenos postes elétricos. Atualmente, a madeira provinda de reflorestamentos como a do eucalipto é a mais usada para esse fim (Zenid et al., 2003). Em 2001, o mesmos autores observaram que em torno de 33% da madeira serrada consumida em São Paulo era utilizada para fins temporários, como na confecção de fôrmas para concreto e para a fabricação de andaimes.

Prado (2000) relatou que a madeira das escoras deve apresentar elevado módulo de elasticidade e boa resistência, a ponto de suportar tanto o peso do concreto, como o das pessoas e equipamentos presentes nas construções. Outras características importantes para as escoras são: baixos custos, boa trabalhabilidade e capacidade de reaproveitamento. A madeira de Corymbia citriodora é uma das mais usadas para a finalidade, apresentando poucos problemas de rachaduras, boa resistência mecânica, sendo um ótimo substituto à madeira das espécies nativas que eram utilizadas no passado. Devido às dificuldades de avaliar em laboratório as características mecânicas desse tipo de madeira de baixo valor, tem-se recomendado o uso de C. citriodora como madeira roliça para fins de construção civil, pois essa é reconhecidamente resistente, mesmo na obtida de árvores jovens. Sabbatini e colaboradores (2007) relataram que escoras de eucalipto para a construção civil devem apresentar diâmetro superior a 10 cm, para maiores resistências e performances seguras.

Barros e Melhado (2006) comentaram que a madeira na forma bruta é pouco utilizada na fabricação de edifícios de grande porte, ainda pela dificuldade de obtenção da matéria-prima adequada, também pelas características mecânicas pouco definidas e pela baixa durabilidade principalmente quando comparadas às escoras de metais. A madeira bruta aparelhada e tratada ainda é a mais utilizada para esse tipo de finalidade. Estudos na USP-São Carlos já estão sendo realizados objetivando a caracterização da madeira em toras e roletes finos de diversas espécies arbóreas. O trabalho também pretende desenvolver manual contendo, além das informações mecânicas da madeira (resistência e elasticidade), sugestões de projetos já prontos para o melhor aproveitamento da madeira roliça em pontos de ônibus, postes residenciais, coberturas, passarelas, cercas, brinquedos, entre outros (Dias, 2009).

Partel (2006) elaborou pesquisa de campo em madeireiras e serrarias para observar qual eram as principais demandas da madeira roliça fina de Pinus e de eucalipto. Os resultados, que levaram em conta os últimos 10 anos, constataram que a procura por esse material, apresentando diâmetro de 15 cm ou inferior, aumentou principalmente no meio rural, seguido pelo mercado de brinquedos de playgrounds, confecção de quiosques e varandas, passarelas, etc.


Vantagens da madeira roliça fina


A madeira roliça obtida do primeiro desbaste de plantações de eucaliptos, se empregada na construção civil, pode gerar ganhos econômicos. Segundo Partel (2006), a maioria das empresas do setor madeireiro que trabalham com essa madeira realizam projetos personalizados aos clientes para a construção de pisos, quiosques, escadas, varandas, brinquedos, entre outros, agregando portanto valor ao produto com retorno financeiro considerado significativo.

Chaul e Tibiriçá (2006) observaram a viabilidade econômica da produção de escoras de eucalipto de 3 m de comprimento em plantio de dois anos próxima a Goiânia, GO. Os autores ressaltaram que as 1.558 árvores de um hectare produziram 3.116 escoras, sendo vendidas por R$ 30,00 a R$ 36,00 a dúzia. Os resultados foram considerados economicamente bastante interessantes e viáveis na época do estudo.

Em 2005, Baena também analisou a viabilidade econômica de plantio de eucalipto visando à produção de madeira nobre. O primeiro desbaste, ocorrido após três anos de plantio teve a madeira destinada à produção de escoras utilizadas na construção civil. De acordo com o autor, a renda obtida somente nesse processo foi suficiente para pagar todos os gastos de arrendamento da terra, amortizando grande parte do investimento inicial do plantio.

Fagundes (2003) relatou que nenhum outro material usado temporariamente na construção civil possui tantas vantagens ambientais como a madeira, principalmente por proporcionar baixo impacto ambiental, ser um recurso renovável e reutilizável. O uso da madeira de florestas plantadas para tal finalidade também diminuiu o desmatamento de florestas nativas que anteriormente tinham suas madeiras também bastante empregadas na função (Revista da Madeira, 2010; Ponce, s/d).

A madeira roliça fina após cumprir seu papel, muitas vezes é descartada, ou utilizada apenas para combustão, gerando energia em processos industriais. Porém, é possível recuperar esse produto para a própria construção civil, conseguindo-se rendas adicionais. Às vezes, conforme seu novo uso, podem ser até superiores, quando comparadas ao destino anterior.

Barros e Melhado (2006) apontaram que o material é encontrado com facilidade no comércio da construção civil, apresentando baixos custos. Esses são dois pontos vantajosos ao uso da madeira roliça para fins temporários em construções.

Outra vantagem seria a contínua abertura de novas empresas e postos de trabalho para a produção dessa madeira roliça fina para fabricação de brinquedos, postes e construções rústicas, promovendo a melhoria na qualidade de vida de muitas comunidades (Ponce, s/d). Afinal, em um país que cresce em população e em demanda de habitações e conforto, a demanda existe sempre e tem inclusive crescido, pois essa madeira tem substituído outros tipos de materiais nesse setor.


Desvantagens da madeira roliça fina


Apesar do uso da madeira roliça fina estar em ascensão na construção civil, há especialistas no assunto que apontaram a heterogeneidade e rusticidade dessa matéria-prima como os principais problemas e entraves para sua utilização como escoras (Barros e Melhado, 2006). Os autores comentaram que o escoramento com o material dificulta o nivelamento e a incerteza das propriedades mecânicas da madeira faz com que os dimensionamentos tenham que ser calculados sempre para o pior dos casos. A falta de especificações e garantia de qualidade tem sido um entrave para maior utilização desse material.

Há legislações brasileiras restritivas para o uso da madeira em estruturas de edificações, principalmente no que tange a problemática do poder combustível do material. A falta de plantações específicas para essa qualidade, baixa durabilidade do produto e falta de tradição de uso do material são outros entraves principalmente para a confecção de edifícios de maiores dimensões (Barros e Melhado, 2006). Esses observaram que escoras confeccionadas de madeira possuem, dependendo da espécie utilizada, baixa capacidade de carga, requerendo grandes quantidades abaixo da laje para escoramento adequado da mesma. Isso dificulta a circulação de pessoas pelo elevado número de escoras, além de diminuir a qualidade da obra devido às deformações que a madeira pode sofrer. Assim, em edificações com rígidos controles de qualidade, o escoramento com madeira não é muito indicado, sendo substituído pelas escoras metálicas.


Reaproveitamento da madeira roliça fina

Após a utilização temporária na construção civil, as escoras e restos de fôrmas de madeira, muitas vezes já não podem ser destinados para essa mesma finalidade. Segundo Gerolla (2010), esse material que não recebeu tratamento adequado e tem baixa resistência e qualidade não poderá ter um reaproveitamento nobre como uso na serraria ou na confecção de móveis. Dessa forma, a madeira poderá servir para a elaboração de caixas de hortas ou para a geração de energia pela queima em caldeiras e fornalhas de processos fabris, olarias e até restaurantes.

Formas de tratamento da madeira roliça


A madeira para escoramento pode ter sua durabilidade bastante comprometida, principalmente quando estiver em locais de elevada variação de umidade (Zenid et al.,2003; Felten, s/d). É por essa razão que a madeira roliça de construções rústicas e escoras devem ser submetidas a tratamentos prévios para aumentar a vida útil da madeira, evitando-se assim, o ataque de agentes depreciadores como fungos e térmites.

O melhor tratamento para madeiras roliças são os que utilizam máquinas que sob pressão e formação de vácuo injetam no interior da madeira produtos químicos preservativos. Porém, existem alguns tratamentos da madeira que podem ser realizados em processos não industriais (sem pressão) (Jankowsky, 1990).

De acordo com Brinque Park (2010), o tratamento da madeira roliça utilizada em construções rústica e em brinquedos é realizado através de autoclave (vácuo-pressão). Durante o processo, um preservante hidrossolúvel (CAA ou CCB) é impregnado no interior da madeira. Se o usuário quiser uma segurança adicional em relação aos químicos preservantes, ele poderá envernizar ou pintar as peças expostas ao contato físico.

Montana News (s/d) indicou que já existem tecnologias, que se bem empregadas, podem aumentar a durabilidade da madeira roliça em até 50 anos (conforme seu uso, sem dúvidas), não necessitando de muitos reparos ou monitoramentos extras durante esse período.

O método de reposição de seiva da madeira roliça fina verde (sem pressão de autoclaves) por produtos preservantes é indicado para eucaliptos com diâmetros de tora entre 7,5 a 15 cm e com comprimento máximo de 2,5 m. É necessário descanso de 30 dias da madeira após esse tratamento, o qual, se bem realizado, pode aumentar a vida útil da madeira em até cinco vezes (Pereira, s/d).

A norma brasileira que legisla sobre preservativos para aumentar a vida útil de estruturas de madeira é a NBR 7190 (Estruturas de madeira), auxiliando no uso racional desses produtos químicos (Revista da Madeira, 2010).

As madeiras tratadas em usinas de preservação possuem muito melhores especificações técnicas que as madeiras brutas. A performance da madeira é melhorada e permite o uso de outras espécies de eucaliptos. Além de Corymbia citriodora, podem então ser utilizadas madeiras de outras espécies, tais como: Eucalyptus urophylla, E.tereticornis, E.paniculata, E. urograndis, E.dunnii, E.microcorys, etc.

Considerações finais

A crescente demanda por moradias no país faz com que a necessidade pela madeira para utilização na construção civil também aumente. A madeira é um recurso renovável e deve ser utilizada de forma racional. Assim, o uso da madeira de primeiro desbaste de plantações de eucalipto pode auxiliar nas construções de edificações através do seu uso temporário como escoras e andaimes. A madeira de primeiro desbaste também pode ser aproveitada construções rurais rústicas e brinquedos de playgrounds de grande porte, agregando valor a essa matéria-prima e dando uma destinação social muito apreciada pelas comunidades.

Mais estudos deveriam ser incentivados buscando a caracterização e especificação corretas da madeira das várias espécies de eucalipto existentes no Brasil, aumentando a durabilidade desse material, diminuindo as suas desvantagens e visando à promoção de melhorias na qualidade da mesma para outros usos mais nobres, como construções horizontais (casas) e verticais (edifícios) (Dias, 2009). Com isso, dispondo-se de material renovável, de melhoria em temos de carbono na atmosfera (muito melhor do que material metálico) e totalmente reciclável ou degradável, teremos matérias-primas mais sustentáveis que estarão promovendo benefícios não apenas no âmbito econômico, mas também ambiental e social.

A seguir, há uma série de artigos técnicos e científicos, apostilas didáticas e websites relacionados ao uso da madeira roliça de eucalipto tanto para uso temporário em edificações, quanto para a confecção de construções rústicas, brinquedos, etc.


Por favor, conheçam sobre mais esse benefício dos eucaliptos:

Brinque Park. Informações técnicas. Acesso em 16.11.2010:
http://www.brinquepark.com.br/informacoes-tecnicas/

Madeira para uso sustentável na construção civil. IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Revista da Madeira 122. (2010)
http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=1433&subject=
Constru%E7%E3o%20Civil&title=Madeira%20para%20uso%20
sustent%E1vel%20na%20constru%E7%E3o%20civil


O que fazer para reaproveitar o resto de fôrmas e escoras depois que a obra é finalizada?
G. Gerolla. 12 Perguntas e Respostas sobre Madeira. Painel Florestal. (2010)
http://www.painelflorestal.com.br/noticia-8893-12+perguntas+e+respostas+sobre+madeira.htm

Uso da madeira de florestas plantadas na construção civil e no mobiliário: tendências e perspectivas. M. A. R. Nahuz. CT Floresta-IPT. Apresentação em PowerPoint: 41 slides. (2010)
http://www.opec-eventos.com.br/msflorestal/dowload/marcio.pdf

Manual ajuda no uso de peça roliça em construções. V. Dias. Agência USP de Notícias. (2009)
http://www.usp.br/agen/?p=1483

Tecnologia da construção de edifícios.
I. F. H. Sabbatini; F. F. Cardoso, L. S. Franco; M. M. B. Barros. Departamento de Engenharia de Construção Civil. USP - Universidade de São Paulo. Aula 9. 16 pp. (2007)
http://pcc2435.pcc.usp.br/Aulas%20em%20pdf-2006-2007/3-%
20Estruturas/PCC%202435%20Aula%2009_2007.pdf


Recomendações para a produção de estruturas de concreto armado em edifícios. M. M. S. B. Barros; S. B. Melhado. Textos USP. Apostila da disciplina Tecnologia da Construção de Edifícios I. 89 pp. (2006)
http://pcc2435.pcc.usp.br/textos%20t%C3%A9cnicos/
estrutura/apostilaestrutura.PDF


Painéis estruturais utilizando madeira roliça de pequeno diâmetro para habitação social: desenvolvimento do produto. P. M. P. Partel. Tese de Doutorado. Escola de Engenharia. USP - São Carlos. 245 pp. (2006)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-05102006-
182833/publico/PartelPriscila.pdf


A rentabilidade econômica da cultura do eucalipto e sua contribuição ao agronegócio brasileiro
. E. S. Baena. Conhecimento Interativo 1(1): 3-9. (2005)
http://www.florestalouroverde.com.br/florestalouroverde.com.br_rentabilidade_eucalipto.pdf

Madeira: uso sustentável na construção civil. G. J. Zenid et al. 1ª edição. IPT. 60 pp. (2003)
http://www.sindusconsp.com.br/downloads/prodserv/
publicacoes/manual_madeira_uso_sustentavel.pdf


Viabilidade econômica de florestas de eucalipto no estado de Goiás
. T. N. Chaul; L. G. Tibiriçá. PUC- Goiás. 16 pp. (2006)
http://www.ucg.br/ucg/prope/cpgss/ArquivosUpload/36/file/VIABILIDADE%20
ECON%C3%94MICA%20DE%20FLORESTAS%20
DE%20EUCALIPTO%20NO%20ESTADO%20%E2%80%A6.pdf


Produção de madeira serrada e geração de resíduos do processamento de madeira de florestas plantadas no Rio Grande do Sul. H. A. V. Fagundes. Dissertação de Mestrado. UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 173 pp. (2003)
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/4567/000412901.pdf?sequence=1

Estruturas de edifícios em concreto armado submetidas a ações de construção. J. F. M. A. Prado. Tese de Doutorado. Escola de Engenharia. USP - São Carlos. 201 pp. (1999)
http://www.set.eesc.usp.br/pdf/download/1999DO_JoseFernaoAPrado.pdf

Custos de construção.
F. C. Baeta; V. Sartor. UFV - Universidade Federal de Viçosa. Apostila. 96 pp. (1998)
http://www.ufv.br/dea/ambiagro/arquivos/Construcoes.pdf

Fundamentos de preservação de madeiras. I. P. Jankowsky. IPEF. Documentos Florestais (11): 01-12. (1990)
http://www.ipef.br/publicacoes/docflorestais/cap11.pdf

Tecnologia que protege a madeira. Montana News. Ano XIV (9). 03 pp. (s/d = sem referência de data)
http://www.montana.com.br/content/download/3752/39253/
version/4/file/News+-+Estrutura+de+madeira+roli%C3%A7a.pdf


Uso da madeira de eucalipto na construção civil. C. Foelkel. Pergunte ao Euca Expert. Pergunta 772. (s/d)
http://www.eucalyptus.com.br/eucaexpert/Pergunta%20772.doc

Madeira de floresta. Construção civil. R. H. Ponce. Apresentação em PowerPoint:50 slides. (s/d)
http://homologa.ambiente.sp.gov.br/EA/cursos/ciclo_palestras/151007/ReinaldoPonce.pdf

Tipos de estacas. Construção civil. D. Felten. FAG - Faculdade Assis Gurgacz. Apresentação em Powerpoint: 53 slides. (s/d)
http://www.fag.edu.br/professores/deboraf/Constru%E7%E3o%20Civ%EDl/1
%20bimestre/Aula-5.2%20Funda%E7%F5es%20Profundas.ppt#328,11,Construção


Imunização da madeira roliça do eucalipto.
J. D Pereira. EMATER-MG. Apresentação em Powerpoint: 10 slides. (s/d)
http://www.scribd.com/doc/19184477/Imunizacao-da-Madeira-Rolica-do-Eucalipto


Imagens sobre madeira roliça fina de eucalipto utilizada na construção civil, incluindo websites de produtores e revendedores para fins de ilustração técnica:

Alguns websites de produtores desse tipo de madeira foram relacionados apenas para ilustrações técnicas dos produtos, não devendo portanto serem entendidos como recomendações comerciais.


http://www.arkomadeiras.com.br/produtos.php (Produtos Eucalipto. Arko Madeiras)
http://www.arterust.com.br/index2.html (Fotos produtos. Arterust)
http://www.brinquepark.com.br/produtos/?album=1&gallery=2 (Produtos. Brinque Park)
http://www.buritimadeiras.com.br/index.php?pg=produtos&categ=basic_pontaletes (Pontaletes. Buriti Madeiras)
http://casadamadeirams.com.br/detalheProduto.php?cod_produto=655 (Escoras de eucalipto. Casa da Madeira)
http://www.duronmadeiras.com.br/?link=produtos (Produtos - Duron Madeiras)
http://www.flaviense.com.br/escoras-de-eucalipto-c-3m-de-5-a-7-esp.html (Escoras de eucalipto. Flaviense)
http://www.madeireiraitaipu.com/fotos.php (Fotos Madeireira Iraitaipu)
http://www.mcapivaras.com.br/produtos/estruturamentos (Estruturamento. Madeireira Capivaras)
http://www.megaps.com.br/produtos (Escoramento. Megaps)
http://www.postesmariani.com.br/construcao.php?menu=produtos (Produtos. Postes Mariani)
http://www.quebarato.com.br/parque-de-madeira-rolica__1427CE.html (Parque de madeira roliça)
http://www.quebarato.com.br/parques-de-eucalipto__1C8A6B.html (Parques de eucalipto. Que barato)
http://www.serf.com.br/anuncio.php?id=25 (Escoras de eucalipto. Serf Florestal)
http://toraforte.com.br/produtos.asp (Produtos. Tora Forte)
http://uberlandia.olx.com.br/madeira-de-eucalipto-para-escoramento-iid-12533482 (Eucalipto escoramento. Madeireira Nova Era)
http://www.google.com.br/images?um=1&hl=pt-br&rlz=1I7RNTN_pt-BR&tbs
=isch%3A1&sa=1&q=Pontaletes+eucalipto&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=
(Pontaletes eucalipto. Imagens Google)
http://www.google.com.br/images?q=%22madeira+roli%C3%
A7a%22+eucalipto&um=1&hl=pt-br&rlz=1I7RNTN_pt-BR&tbs
=isch:1&ei=tlriTLisJIO88gb3q-yEDw&sa=N&start=20&ndsp=20
(Madeira roliça eucalipto. Imagens Google)
http://www.google.com.br/images?um=1&hl=pt-br&rlz=1I7RNTN
_pt-BR&tbs=isch%3A1&sa=1&q=escoras+eucalipto&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=
(Escoras eucalipto. Imagens Google)

Mini-Artigo Técnico por Celso Foelkel

Indicadores Sociais em Empresas de Celulose e Papel de Eucalipto

As tantas vezes referidas na literatura como relações capital/trabalho sempre foram consideradas potenciais geradoras de conflitos e controvérsias. Sua gestão sempre tem sido e continuará sendo um dos principais desafios dos executivos. As maneiras de conciliar os interesses das empresas e de seus funcionários, bem como das comunidades onde está inserida a empresa, deixaram de ser coisas tipicamente internas da gestão empresarial, para passar a ser algo muito mais amplo, envolvendo as hoje denominadas "partes interessadas da sociedade" (ou "stakeholders"). Aquilo que no passado podia ser gerenciado de forma até mesmo "fechada e direta" e nos intra-muros das empresas, hoje tem uma abrangência muito mais ampla e até mesmo global. Os tempos mudaram, as empresas também; as pessoas, mais ainda.

Relacionados a isso, dois importantes tópicos costumam ser esquecidos pelos gestores e pelos trabalhadores operacionais da grande maioria das nossas fábricas. O primeiro deles é que as empresas "não são entes mágicos e extra-terrestres, que possuem varinhas de condão". Afinal, as empresas nada mais são do que o resultado das pessoas que lá estão a operá-las e gerenciá-las. Se tivermos na empresa pessoas motivadas, felizes e determinadas, há uma enorme chance dessa empresa ser classificada como um "empresa do mundo do mais", em que sua forma de atuar é a de construir, crescer e ter exemplos positivos de gestão social. Por outro lado, se na empresa as pessoas têm medo, infelicidade, preocupação e relações inter-pessoais negativas, com certeza será uma empresa que atuará na "vertente do mundo do menos", onde são características típicas as faltas de confiança, motivação, crescimento e oportunidades. Resultado disso tudo: a empresa mais se preocupará em sobreviver do que em se desenvolver e crescer, incluindo-se aqui também políticas inadequadas de gestão de pessoas e de relações com a comunidade.

O segundo ponto que eu gostaria de lhes recordar é que as empresas industriais do setor de celulose e papel são vetores de mudanças e de influências fortes nas comunidades onde atuam, independentemente do tamanho da empresa e da própria comunidade. Isso porque o porte dessas empresas, mesmo das consideradas médias ou pequenas, é suficientemente grande para alavancar muitos negócios nos locais de sua influência. Portanto, empresas e pessoas estão sempre e intimamente relacionadas, seja dentro ou fora das fábricas de celulose e papel.

Durante séculos, as empresas talvez não tenham tido uma preocupação maior em avaliar ou alavancar sua performance social. Elas já se consideravam importantes geradoras de empregos e pagadoras de tributos: isso era visto como sua "importante participação social e comunitária". Talvez estejamos sendo um pouco injustos com os termos assim colocados, mas eram épocas e realidades passadas e que não voltarão mais. Naquelas épocas não tão distantes, uma gestão inadequada de pessoas ou de relações inter-pessoais ocasionavam impactos localizados e limitados às circunvizinhanças da empresa. As fábricas de celulose e papel atuavam localmente, em locais em geral distantes de grandes centros urbanos: era muito limitada a projeção global de cada unidade industrial. Também aqui o mundo mudou. O setor globalizou-se, as empresas de celulose e papel cresceram e hoje transitam em nível global em imagens desde o nível de "empresas muito admiradas pela sociedade" até o status de "rejeitadas" (alguns poucos casos, às vezes, merecidos - até porque "a voz do povo é a voz de Deus").


Antigamente, as partes interessadas eram poucas e de uma sociedade local; hoje elas são globais e numerosíssimas. A enorme expansão das comunicações nos expõem de forma global e muito rapidamente. Qualquer ação inadequada de uma empresa logo ganha manchete não mais no jornalzinho ou na rádio local, mas no mundo cibernético, nas televisões, nas redes sociais, etc. Também, as ações positivas se tornam mais visíveis, mas como é próprio do ser humano, as notícias ruins, as fofocas e os escândalos são as notícias preferidas. Costumamos dizer que é preferência da mídia, mas na verdade são os usuários da mídia que preferem esse tipo de notícias. São apenas atendidos em suas vontades pelos veículos de comunicação.

As duas últimas décadas foram berço de grandes mudanças nas formas de gestão empresarial. Foram diversos os "drivers" a causar essas modificações tão rápidas, mas a necessidade de mostrar uma imagem positiva para a sociedade interna e externa à empresa foi um deles. No final dos anos 80's, o foco se voltou para a qualidade dos processos e produtos, depois passou para a gestão da segurança no trabalho e os aspectos ambientais e a minimização de seus impactos na Natureza. Rapidamente, foi incluída a qualidade de vida das pessoas nos sistemas integrados de gestão, passando a demandar indicadores de saúde e segurança, desenvolvimento profissional e humano, carreira técnica, etc. No passo seguinte, a comunidade da região de influência da empresa passou a ser melhor apreciada e monitorada para também ter sua qualidade de vida e suas percepções sobre a empresa melhoradas. Esses temas foram definitivamente incorporados pelos gestores modernos, que perceberam os bons resultados empresariais quando se dispõe de uma eficiente gestão das pessoas da empresa e das comunidades. Inúmeras teses acadêmicas e as palavras de grandes gurus da administração em seus "best-sellers" mundiais passaram a se tornar modismo há pelo menos uns 20 anos.

Muitas empresas colocam orgulhosamente em suas políticas empresariais que seus colaboradores são seu maior patrimônio e que são eles que "causam as diferenças" na performance empresarial em seu negócio. Até as palavras mudaram para definir a gente das empresas: de empregado passou a trabalhador, depois funcionário, depois colaborador, e hoje transita entre talento humano, capital social, capital intelectual e outros termos que os gurus inventam para vender mais e melhor as suas idéias e livros. Aguardem que há outros termos no berçário das palavras para definir exatamente a mesma coisa: gente.

Mais recentemente, em início dos anos 2.000, até mesmo uma nova terminologia e ciência surgiu de maneira inimaginavelmente rápida e que se denominou "Responsabilidade Social Corporativa ou Empresarial". Essa seqüência de palavras se casou muito bem a outra palavra forte do momento, que é Sustentabilidade. Com isso efervescendo e com cada um tentando "mostrar seus bons resultados para as partes interessadas", surgiram balanços sociais, relatórios de desempenho social, relatórios de sustentabilidade, etc. Um enorme fluxo de informações passou a ser exigido e com dados de muita credibilidade "para o tiro não ser dado no próprio pé".


As empresas passaram a ter que mostrar uma cara limpa, saudável, segura, legal, eficiente, responsável, inovadora e sustentável. Como colocar isso tudo de uma forma de fácil entendimento para inúmeras versões e qualificações das partes interessadas foi outro desafio enorme a ser vencido. Os anteriormente isolados relatórios financeiros, de resultados do negócio, de aspectos ambientais e sociais passaram a se integrar nos muito bem-elaborados relatórios de sustentabilidade. Em geral, esses relatórios costumam mostrar os feitos, as conquistas e os compromissos ambientais, sociais e econômicos das empresas. Até mesmo as metas estratégias em termos ambientais e sociais passaram a ser compartilhadas com a sociedade. Algumas empresas inclusive criaram "fóruns de diálogo com as partes interessadas", uma ousadia inusitada há pouquíssimos anos atrás - mas que se revelaram de muita utilidade para amadurecimento dos gestores e do relacionamento inter-pessoal e inter-comunitário.

Definitivamente, temos que admirar a competência que muitos desses relatórios de sustentabilidade mostram - eles precisam atender partes interessadas variadas como: fisco, bancos, clientes, fornecedores, legisladores, políticos, educadores, jornalistas, funcionários, sindicatos, entidades do poder governamental, vizinhos e outros elementos representativos da sociedade, etc. No passado, um relatório financeiro anual de uma empresa era algo mais destinado aos auditores fiscais da receita federal e aos controladores de capital (acionistas e fontes de financiamento). Era impresso em umas poucas dezenas de cópias e publicado abertamente nos jornais, para ninguém ler - apenas uma exigência legal de transparência. Portanto, não tinha beleza estética alguma e a linguagem da escrita era algo para só os muito entendidos em finanças entenderem.

Hoje, as coisas ficaram muitíssimo diferentes: um relatório de sustentabilidade precisa ser escrito em pelo menos dois idiomas (idioma local e inglês, alguns já em mandarim, também), deve ser atrativo, bonito por suas "fotos artísticas e maravilhosas", deve ser escrito de forma a ser entendido por quaisquer dos milhares ou milhões de leitores que vão descarregá-los para seus computadores via web. Além disso, precisam demonstrar credibilidade do que está escrito e dos dados de medição. O que antes era algo feito para os acionistas, bancos e fisco, hoje deve atender aos interessados do mundo global, inclusive aos competidores e adversários.


Tudo isso teve um crescimento meteórico: logo no início dos anos 1990's a sociedade passou a se interessar pela performance ambiental das empresas antes mesmo do lançamento das normas da série ISO 14.000. As empresas responderam a essa demanda passando a elaborar os primeiros relatórios ambientais ("environmental reports") e outros tipos de relatórios impressos como os relatórios de meio ambiente, ações sociais, segurança e saúde ocupacional. Não havia ainda a disseminação das informações pela web, já que a internet estava em fase pré-embrionária. Tudo se fazia em pequenos livretos ricamente ilustrados. As próprias normas da série 14.000 até mesmo não sabiam, logo no início, em como lidar com essa nova e imensa demanda de esclarecimentos a serem dados para a sociedade. As inserções sociais surgiram com a entrada em vigor das normas OHSAS 18.000, que se destinavam à segurança e saúde ocupacional das pessoas que trabalhavam nas empresas. Naquele momento, os parâmetros a relatar eram simples, tais como número de acidentes, horas perdidas com acidentes graves, e mais os indicadores ambientais de níveis de poluição hídrica, aérea e de resíduos sólidos. Nada difícil para quem controlava isso nas fábricas, até mesmo porque essas exigências surgiram ao mesmo tempo que algumas ferramentas de software foram lançadas para elaboração de gráficos e tabelas. Os famosos gráficos de pizza, Pareto, curvas de tendência, etc. maravilhavam os leitores desses relatórios; leitores que até há poucos anos só conheciam as empresas pelo seu cheiro, barulho, comentários de terceiros e pelos inelegíveis e ininteligíveis balanços financeiros publicados nos jornais.

Quando a demanda pelo social cresceu a partir das partes interessadas, passou a ser muito difícil encontrar indicadores para monitorar e informar o mundo sobre isso. Compõem as partes interessadas as pessoas das fábricas (muito ávidas por informações, pois até há poucos dias atrás era a rádio-peão a sua fonte de notícias) e as pessoas da sociedade global. Esse é o grande e enorme desafio a vencer: quem e quais são elas e o que mostrar? ... e de que forma fazer isso? Relatórios enormes são contra-indicados - por sorte, a internet nos permite hoje navegações interativas e personalizadas. Pessoas que nada tinham a ver com a empresa, muitas vezes localizadas em outros continentes, passaram a se preocupar com nossas fábricas e a terem questões sócio-ambientais, às vezes difíceis para serem respondidas.

A grande diferença entre os indicadores de produtividade e de performance ambiental com os indicadores sociais é que esses últimos incluem não apenas dados numéricos, mas também componentes emocionais e de percepção. Em função disso, algumas percepções podem afetar drasticamente alguns indicadores, muitas vezes com mudanças abruptas em função de fatos relevantes. Também pesam muito nesses indicadores a forma como pessoas (internas e externas à empresa), e que estão em busca de felicidade e de qualidade de vida, possam ser impactadas pela gestão empresarial.


Como então criar indicadores que avaliem coisas materiais e imateriais ligadas aos aspectos sociais da empresa e depois compartilhar os mesmos de forma eficiente com a sociedade global? Acredito que um dos grandes problemas que impedem um avanço mais rápido nesse particular está exatamente na forma de gestão empresarial, que se diz modernizada, mas que carrega ainda muitas contaminações e vícios de formas passadas de gestão. Apesar de muitos executivos se auto-declararem participativos, focados no bem social e na qualidade de vida dos recursos humanos das empresas e da região, a qualquer "dor de barriga" nas fábricas ou nos resultados das empresas, eles se esquecem disso tudo e voltam a atuar com formas menos sociais de gestão. Praticam então atos gerenciais que são entendidos como "tipos de maldades" aos próprios recursos humanos internos, que até então eram denominados de capital humano, ou de patrimônio intelectual da empresa. Que o digam os milhares de exemplos de prejuízos sociais que são relatados em função da recente crise financeira internacional dos anos 2008/2009. Com isso, sofrem os funcionários, sofre a comunidade e conflitam-se as relações. Pioram também os indicadores sociais...

Acredito que muito desses problemas poderiam ser melhor resolvidos através de um maior nível de diálogo franco e aberto entre os gestores empresariais e as partes interessadas da empresa e da sociedade. Até mesmo para se conseguir compartilhar e explicar algumas decisões difíceis e com isso, aliviar as pressões sobre os próprios gestores.

As dificuldades para se mostrar socialmente para as partes interessadas são tão grandes que algumas empresas se limitam a apresentar dados numéricos de impostos pagos, investimentos em treinamento e qualificação de funcionários, dados de segurança no trabalho e disponibilização de benefícios aos funcionários, tais como alimentação, previdência complementar, transporte, etc. Quando apenas isso é feito, as pessoas que lêem esses relatórios definitivamente não se contentam, pois, na opinião delas, e com justa razão, a maioria desses dados não são esclarecedores e demonstradores da performance social da empresa, visto que:


• impostos pagos pelas empresas são obrigações empresariais e que as empresas estão sempre a se manifestar contra os mesmos na mídia. Também todos na sociedade sabem que quanto maiores os valores de impostos pagos, maior está sendo o faturamento, o resultado e o lucro da empresa.
• investimentos em segurança no trabalho são feitos para atender às exigências legais trabalhistas; além de se levar em conta os milhares de trabalhos acadêmicos e técnicos que demonstram os custos altíssimos para as empresas da falta de segurança nas operações.
• investimentos em treinamento e em educação internos na empresa são vistos como necessidades para qualificar os trabalhadores para que eles exerçam melhor sua atividade profissional e com isso resultem em mais para as empresas.

Esse tipo de dissintonia entre a visão das empresas e a visão da sociedade sobre as empresas passou a exigir que novos tipos de indicadores sociais fossem criados para uma maior aceitação e entendimento pelas partes interessadas. Uma nova ciência praticamente nasceu a partir dai. São milhares as teses acadêmicas sobre balanços sociais, responsabilidade social corporativa e gestão empresarial - muitas delas disponíveis na web. Com enorme facilidade, essas teses demonstram que as ações de uma empresa saudável e em crescimento impactam e alavancam melhorias tanto a seus recursos humanos internos, como nas comunidades onde se inserem. Muitas vezes afetam a qualidade de vida de pessoas muito distantes e sequer conhecedoras da existência da empresa.

Mais uma vez, caímos nas famosas questões: como medir isso tudo? como transformar esse universo de informações em indicadores simples? como dar credibilidade a eles? como difundi-los? como dar e receber feed-back sobre eles?

Alguns indicadores sociais não são numéricos, mas dependem das percepções das partes interessadas. Isso as empresas já se aperceberam através das chamadas "pesquisas de clima organizacional". Elas também notaram que o "poder da empresa" pode afetar as respostas, o que é comum acontecer nas pesquisas de clima interno. Pessoas com receio de "reprimendas" acabam não sendo sinceras. A gestão muitas vezes, acredita que tudo está bem em função dessas pesquisas, quando na verdade as coisas estão longe disso. Por isso, todas as vezes que temos emoções e percepções envolvidas, o melhor é terceirizar as entrevistas para evitar inibições indesejáveis para a obtenção dos dados.

Tenho notado uma tendência de se criarem indicadores sociais baseados em critérios e focos múltiplos e muito interessantes. Com isso, eles ajudam os gestores da empresa a entender a participação da empresa como vetor de desenvolvimento social e de melhoria da qualidade de vida das pessoas em sua área de influência. Existem diversos institutos, alguns criados por empresas líderes empresariais, que estão colaborando para a geração de indicadores sociais de muita credibilidade. Entre eles destacam-se no Brasil o Instituto Ethos e o iBase - Instituto Brasileiro de Análise Sociais e Econômicas (do sociólogo Betinho - Herbert de Souza). Em geral, muitos desses indicadores são os mesmos usados pelos governos e por entidades da ONU - Organização das Nações Unidas para medir os avanços sociais de países, regiões e municípios, como o caso do IDH - Índice de Desenvolvimento Humano e do IDS - Índice de Desenvolvimento Social. Eles buscam selecionar e identificar métricas confiáveis para temas importantes de qualidade de vida, como: educação, longevidade das pessoas, renda e remuneração, saúde, qualificação e educação, desenvolvimento pessoal, conforto, saneamento, infra-estrutura, serviços disponibilizados às pessoas, etc.

As empresas têm separado seus indicadores sociais em basicamente três tipos:


Indicadores sociais internos: são aqueles que a empresa usa para aferir sua performance social em relação a seus funcionários e terceiros diretos. Como exemplos temos: educação e treinamento, segurança e saúde ocupacional, alimentação, transporte, remuneração média, benefícios, previdência privada, etc. Mais recentemente, as empresas passaram a incluir alguns itens selecionados de suas pesquisas de clima organizacional e também as ações de programas de voluntariado desenvolvidos com seus recursos humanos.
Indicadores sociais externos: são os indicadores associados às ações comunitárias e resultados de programas externos mantidos pela empresa em termos de: prática de cidadania, inclusão social, educação ambiental, premiações obtidas, inclusão em listas de empresas mais admiradas ou melhores empresas para se trabalhar na região, etc.
Indicadores sociais decorrentes da presença da empresa na região: incluem aqui os impostos pagos, as infra-estruturas e saneamentos apoiados, programas educacionais e de desenvolvimento tecnológico, investimentos em serviços públicos através parcerias com entidades públicas, etc.

Existem métricas consagradas e preconizadas para se medir quase tudo isso, disponibilizadas pelos institutos já mencionados e também por algumas normas de responsabilidade social empresarial que indicam os itens que devem ser trabalhados pelas empresas. É muito importante que exista uma metodologia padronizada para permitir comparações para se entender a própria evolução da empresa e para se estabelecerem comparações entre diferentes empresas ("benchmarking social das empresas").

Alguns indicadores sociais que mais comumente são incluídos em balanços sociais de empresas são os seguintes:

• gestão participativa: diálogo, respeito ao indivíduo, fóruns de participação internos, etc.;
• diálogo e relacionamento com a comunidade externa;
• relações com empregados próprios e terceirizados;
• relações com sindicatos;
• inexistência de tipos de trabalhos inadequados e não-decentes: trabalho infantil, trabalho forçado e análogo a trabalho escravo, etc.;
• perfil dos empregados: diversidade dos mesmos em idade, nível educacional, sexo, raças, etc.;
• respeito à legislação pertinente: social, trabalhista, tributária, ambiental, etc.;
• perfil dos salários em relação à região e ao setor;
• cuidados com qualidade de vida e de trabalho de funcionários próprios e terceirizados: segurança, saúde organizacional, creches para filhos, academias de ginástica laboral, alimentação na empresa, transporte ao trabalho, etc.;
• comprometimento frente às demissões: percentual de demissões, apoio aos demitidos, preparação psicológica, etc.;
• preparação para a aposentadoria: preparação psicológica, previdência complementar, etc.;
• investimentos em itens de cunho laboral frente à folha de pagamentos: treinamento e educação do trabalhador, segurança nas operações, etc.;
• responsabilidade frente às gerações futuras e à sustentabilidade: aspectos relacionados aos impactos ambientais, sistema de gestão ambiental, certificação florestal, educação ambiental, cultura e tradicionalismo regional, etc.;
• evidências de compromissos com a sustentabilidade social regional: geração de empregos, compras locais, parcerias com fornecedores e produtores rurais locais, etc.;
• valor econômico adicionado à economia local, identificando o montante total e com o quê e para quem foram os recursos distribuídos;
• "investimentos" sociais externos em relação ao faturamento ou lucro operacional da empresa: impostos pagos, investimentos em projetos e ações sociais e de cidadania (combate à fome, saúde e educação pública, etc.);
• itens selecionados de pesquisas de imagem institucional (percepções externas);
• itens selecionados de pesquisas de clima organizacional (percepções internas);
• etc., etc.

Praticamente, a maioria desses dados são hoje apresentados nos balanços sociais que fazem parte dos relatórios de sustentabilidade empresarial. Entretanto, deve ficar muito claro que os indicadores não são índices a serem apenas mostrados para a sociedade e nada mais que isso. Na sua concepção vital, os balanços sociais não são apenas uma prestação de contas para as partes interessadas. Eles são instrumentos valiosos de gestão com a finalidade de ajudar a empresa a desempenhar com sucesso a parte social de sua missão. Eles mostram tendências, favorecem estratégias e demonstram e reforçam os compromissos gerenciais.

Muitos dos indicadores têm a finalidade de apresentar a maneira como a empresa cumpre seu papel social, com ações, estratégias e investimentos. Outros, mostram percepções das partes interessadas, como as pesquisas de clima, marca e imagem. Entretanto, sinto muita falta de um indicador que pode ser tanto interno como externo e que ainda não faz parte das atuais listagens de indicadores sociais, nem por parte dos institutos especializados, como dos livros dos grandes gurus da responsabilidade social corporativa. Refiro-me a um índice para medição da felicidade das pessoas. Quando conseguirmos ter coragem para medir e monitorar isso; quando conseguirmos mostrar porque as pessoas estão mais ou menos felizes dentro e fora da empresa, em função da atuação dessa mesma empresa; quando sentirmos a nossa importância para trazer e disseminar felicidade e satisfação na gente que faz parte de nossa equipe e relações, teremos alcançado talvez o maior de todos os indicadores de gestão e de desempenho social. Afinal, a felicidade é o maior dos objetivos do ser humano. Será que um indicador para isso é tão difícil de ser criado? Ou de ser praticado?


Referências da literatura e sugestões para leitura:


IDH - Índice de Desenvolvimento Humano. Enciclopédia Livre Wikipédia. Acesso em 15.12.2010:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Índice_de_Desenvolvimento_Humano

Atlas do Desenvolvimento Humano. PNUD Brasil. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Acesso em 15.12.2010:
http://www.pnud.org.br/atlas/

Indicadores Ethos de responsabilidade social empresarial. Instituto Ethos. Acesso em 15.12.2010:
http://www.ethos.org.br/docs/conceitos_praticas/indicadores/default.asp
http://www.uniethos.org.br/docs/
conceitos_praticas/indicadores/download/
(Documentos sobre indicadores Ethos)
http://www.uniethos.org.br/docs/
conceitos_praticas/indicadores/questionario/papel_celulose.pdf
(Indicadores para setor de papel e celulose)

Responsabilidade social empresarial: o que o consumidor consciente espera das empresas. Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. Acesso em 15.12.2010:
http://www.akatu.org.br/akatu_acao/publicacoes/responsabilidade-social-empresarial/
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Balanço social iBase. Ibase - Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas. 02 pp. Acesso em 15.12.2010:
http://www.balancosocial.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm

Programa Brasileiro de Certificação em Responsabilidade Social.
INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Acesso em 15.12.2010:
http://www.inmetro.gov.br/qualidade/responsabilidade_social/programa_certificacao.asp

A norma ABNT/NBR 16001: 2004. INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. Acesso em 15.12.2010:
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ISO 26000. Norma internacional de responsabilidade social. Instituto Ethos. Acesso em 15.12.2010:
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ISO 26000. Social Responsibility. ISO - International Organization for Standardization. Acesso em 15.12.2010:
http://www.iso.org/iso/iso_catalogue/management_
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http://www.suzano.com.br/portal/lumis/portal/file/
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(Cartilha da SA 8000)


NBR 18001:2010 - os requisitos para um sistema de gestão de saúde e segurança ocupacional. H.R. Prado Filho. Qualidade Online. Acesso em 15.12.2010:
http://qualidadeonline.wordpress.com/2010/12/08/nbr
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Práticas e perspectivas da responsabilidade social empresarial no Brasil – 2008. Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. Acesso em 15.12.2010:
http://www.akatu.org.br/akatu_acao/publicacoes/responsabilidade-social
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http://www.bracelpa.org.br/bra/social/relatorio/index.html
http://www.bracelpa.org.br/bra/social/relatorio/pdf/01.pdf (Relatório 2006 - 09 pp)
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Vamos colocar felicidade no nosso trabalho?
C. Foelkel. Grau Celsius. 03 pp. Acesso em 15.12.2010:
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Empresas e pessoas mais felizes.
C. Foelkel. Grau Celsius. 04 pp. Acesso em 15.12.2010:
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Entendendo o que está por trás na lógica do comportamento dos executivos do setor. C. Foelkel. Grau Celsius. 05 pp. Acesso em 15.12.2010:
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Evidenciação do balanço social: um estudo de caso da Suzano Papel e Celulose no período compreendido entre 2005 a 2009. G.C. Marcolino; G.G. Catallino; L.S. Itelvino; C. Ramacciotti; M.A. Bertachini. Congresso Internacional de Responsabilidade Sócio Ambiental. 15 pp. (2010)
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Das árvores aos lares.
A geração de renda, emprego, divisas e impostos da cadeia produtiva da Aracruz Celulose. FGV - Fundação Getúlio Vargas. 52 pp. (2006)
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From trees to homes. Generating income, jobs, exports, and taxes in Aracruz Celulose supply chain. FGV - Fundação Getúlio Vargas. 52 pp. (2006)
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http://www.coreconsp.org.br/download/investsocresp.pdf

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http://www.fucape.br/_admin/upload/prod_cientifica/Mirian_albert.pdf

Monitoramento de florestas plantadas no Brasil: indicadores sociais e econômicos. (Monitoring of planted forests in Brazil: socio-economic indicators). L.C.E Rodriguez. Série Técnica IPEF 12(31): 22-32. (1998)
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr31/cap2.pdf

Percepção pelo público interno acerca dos sistemas de gestão ISO 9002 e ISO 14001 na Riocell.
C. Zimmer; C.C. Bitencourt; C. Foelkel. 30º Congresso Anual ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. 17 pp. (1997)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/1997.%20
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Balanços tipicamente sociais de algumas empresas (e de seus institutos sócio-ambientais) do setor de celulose e papel:

Cenibra: http://www.cenibra.com.br/cenibra/InstitutoCenibra/Instituto
Cenibra.aspx?&codigo=divFilhos8.7&familia=8&nivel=2&item=1


Fibria: http://www.fibria.com.br/web/pt/pessoas/gestao.htm

Grupo Orsa : http://www.relatorioweb.com.br/orsa/?q=pt-br/node/16

Instituto Eco Futuro: http://www.ecofuturo.org.br/balanco-social

Irani: http://www.irani.com.br/midia/pdf/4balancosocialwebpdf.pdf e http://www.irani.com.br/estrutura.php?id=53

Kimberly Clark Brasil: http://www.kimberly-clark.com.br/_pdfs/balanco_kimberly2006.pdf

Klabin: http://www.klabin.com.br/(S(nn1vcm55nojtmk55ewbgwpbo))/rs2009/pt/balanco-social-modelo-ibase.shtml e http://www.klabin.com.br/(S(nn1vcm55nojtmk55ewbgwpbo))/rs2009/pt/pessoas.shtml

Paraibuna: http://www.paraibuna.com.br/bsocial.pdf

SPP-Nemo: http://www.spp-nemo.com.br/principal.cfm?tela=servicos

Alguns balanços de sustentabilidade recentes de empresas do setor de papel e celulose mostrando seu desempenho social:

Bahia Specialty Cellulose:
http://www.bahiaspeccell.com/shared/pt_relatoriodesustentabilidade.pdf

Cenibra: http://www.cenibra.com.br/cenibra/Relatorio%20Web/www/default.html

Fibria: http://www.fibria.com.br/rs2009/

Grupo CMPC Chile: http://www.cmpc.cl/interior.aspx?cid=223&leng=es

Grupo Orsa: http://www.relatorioweb.com.br/orsa/

Grupo Portucel Soporcel: http://www.portucelsoporcel.com/pt/group/sustainability-report.php

Irani: http://www.irani.com.br/estrutura.php?id=124

Klabin: http://www.klabin.com.br/rs2009/pt/index.shtml

Suzano: http://www.suzano.com.br/portal/sites/relatorio_sustentabilidade_swf/default.htm

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