
Editorial
Estimados
Amigos,
Bom
dia a todos. Neste início de ano de 2008,
estamos lançando na web a nossa segunda edição da
PinusLetter, trazendo a vocês muita informação e
atualidades sobre os Pinus. Esperamos que continue sendo de seu agrado
e com muita utilidade em suas atividades diárias.
Gostaríamos
também de agradecer pelo apoio, aceitação
e carinho de vocês leitores a este novo empreendimento da Grau
Celsius e seus colaboradores. Recebemos inúmeras manifestações
fraternais e de apoio dos leitores da PinusLetter 01. Agradecemos de
coração a motivação que nos fornecem para
que possamos continuar a divulgar os Pinus a todos que por eles se
interessam. Muito obrigado mesmo pelos e-mails de incentivo e sugestões
e continuamos contando com suas participações para a
nossa melhoria contínua, podendo disponibilizar um material
com cada vez maior qualidade e conseqüentemente aumentando a abrangência
de nossos produtos através do aumento do número de cadastrados
para o recebimento da PinusLetter e da Eucalyptus
Newsletter.
Pelo
grande interesse dos leitores por fotos sobre as mudas, as inflorescências
e as florestas de pinheiros, há uma seção especial
nesta edição que traz várias fototecas e galerias
fotográficas sobre os Pinus. Esta é a "Fototeca
(Galeria de Fotos) do Pinus". Nela, mostraremos onde encontrar
belas fotos, a começar pelo nosso http://www.celso-foelkel.com.br.
Além disso,
estaremos disponibilizando a vocês nossos tradicionais links
com websites importantes para os que trabalham com os Pinus, ou que
querem
aprender mais sobre eles. Colocamos, além das referências
técnicas da literatura virtual e dos pinus-links, duas coletâneas
interessantes para vocês: uma sobre "Taxonomia do Gênero
Pinus" e outra sobre "Fabricação e Produção
de Celulose Kraft de Pinus".
Trazemos
no mini-artigo técnico
desta edição o tema "As
Micorrizas e o Pinus". Este assunto merece destaque visto os grandes
benefícios que os fungos micorrízicos podem trazer, principalmente
no tempo de desenvolvimento de mudas e na produtividade das plantações
dos Pinus. Logo, chamamos a atenção dos leitores para
que se interessem mais por isso, incrementem e utilizem a associação
(fungo/árvore) em suas áreas de Pinus e viveiros. Além
de caracterizar e enfatizar as vantagens que os fungos micorrízicos
trazem à produtividade florestal e ao consumo na alimentação
das pessoas, o mini-artigo também incentiva seu uso e disponibiliza
as principais técnicas de inoculação. Aos que
têm
grande interesse, observem as referências bibliográficas
ao final do artigo e conheçam ainda mais sobre o tema.
Agrademos
ainda nossos dois patrocinadores:
ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose
e Papel (http://www.abtcp.org.br)
CRA
- KSH - Conestoga-Rovers & Associates
(http://www.craworld.com/en/corporate/southamerica.asp)
Um forte
abraço, muito obrigado a todos vocês e um bom começo
de ano.
Ester
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html
Celso
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html
Nessa
Edição
Taxonomia
do Gênero Pinus
Referências Técnicas
da Literatura Virtual
Cursos
e Eventos
Pinus-Links
Fabricação
e Produção de Celulose Kraft de
Pinus
Fototeca (Galeria de Fotos)
do Pinus
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
As
Micorrizas e o Pinus

Taxonomia
do Gênero Pinus
Em meados dos anos 1700's, o botânico, zoólogo
e médico sueco Carolus Linnaeus desenvolveu um sistema de classificação
para os seres vivos (baseado no Latim para as denominações;
por isso, tratando-se de um idioma diferente dos atuais, as palavras
em latim são sublinhadas ou colocadas em itálico). Por
esse sistema, cada espécie de planta ou de animal ocupa uma posição
taxonômica única e específica a ela. Portanto, Sistemática
ou Taxonomia é a parte da Biologia que cuida da classificação
dos seres vivos em função de sua evolução
e caracteres morfológicos e reprodutivos. Carolus Linnaeus (em
português Carlos Lineu) foi o primeiro a descrever e classificar
o gênero Pinus. Posteriormente, algumas espécies de Pinus também foram descritas por J. G. Lemmon por volta dos anos 1880's,
sendo que modificações foram feitas mais tarde por Elbert
L. Little Jr. Apesar das adaptações e modificações,
essa nomenclatura para o gênero Pinus tem sido utilizada até o
momento. Entretanto, alguns estudos estão sendo feitos a fim de
solucionar problemas taxonômicos em alguns grupos complexos, como é o
caso de Pinus ponderosa, Pinus contorta e outras espécies afins.
A palavra Pinus tem origem do latim "Pinu", significando "pinheiro" nesse
idioma. O gênero possui mais de 100 espécies, sendo considerado
o maior dentre os da ordem Coniferae. Pinus são distribuídos
naturalmente pelas regiões árticas e sub-árticas
da Europa, Ásia e América do Norte, podendo também
serem encontradas espécies originárias de regiões
montanhosas, temperadas e até mesmo tropicais da América
Central e Ásia.
Pinus spp. possuem
as seguintes classificações taxonômicas,
segundo A. Schultz:
- Reino: Vegetal ou Plantae
- Divisão: Embryophytae siphonogamae (Spermatophytae)
- Subdivisão: Gymnospermae
- Classe: Coniferopsida
- Ordem: Coniferae
- Família: Pinaceae
- Subfamília: Pinoideae
- Gênero: Pinus
- Espécie: Pinus sp.
É
difícil realizar a identificação de muitas espécies
do gênero devido às suas semelhanças botânicas.
Geralmente, com o convívio e a prática em classificação,
isso se realiza com maior facilidade. São levados em
conta a disposição das acículas, número
e coloração
destas, forma e cor das sementes, e formato e tipo de abertura
do cone.
Observando
características das acículas,
cones e sementes, os Pinus são divididos em 3 subgêneros:
•
Subgênero Strobus: possui apenas um canal vascular por folha.
Sementes aladas de forma adnata.
•
Subgênero Ducampopinus: possui um canal vascular por folha. Sementes
aladas articuladas.
•
Subgênero Pinus: possui dois canais vasculares por folha. Sementes
aladas articuladas.
Em
estudos morfológicos, anatômicos
e filogenéticos,
Strauss & Doerksen (1990) e Wang & Szmidt revisados
em Price et al. (1998) apontam a existência de apenas
2 subgêneros
(Strobus e Pinus), estando Ducampopinus incluído
no subgênero
Strobus; contudo, ainda há discussões e controvérsias
sobre o assunto.
Devido às
características
de fácil desenvolvimento,
tolerância ao frio e a baixas fertilidades de solo
das espécies,
os Pinus estão se disseminando pelo mundo, sendo
atualmente a árvore mais plantada em todo o hemisfério
norte do planeta.
Para
maior conhecimento da identificação
taxonômica
do Pinus e de suas espécies verifique o conteúdo
dos seguintes websites:
•
Taxonomia ou Sistemática por EstudanteBr.Net. (Português)
Breve descrição dos conceitos da Sistemática ou
Taxonomia dos seres vivos, dentre os quais as plantas.
http://estudantebr.net/disciplinas/biologia/taxonomia.htm
•
Taxonomy Overview. (Inglês)
Website básico destinado ao ensinamento das nomenclaturas taxonômicas
existentes para espécies florestais. Aborda temas sobre
a necessidade da taxonomia e explica o que são gêneros
e espécies de
plantas, diferenciando nomes científicos dos nomes comuns.
Ainda explica o que são variedades e cultivares na horticultura.
Muitos dos exemplos dados nas explicações abordam
o gênero Pinus.
http://www2.for.nau.edu/courses/for212/taxonomy.htm
• Tree - History of Taxonomy. (Inglês)
Website que conta a história da classificação taxonômica
das árvores, tendo como principal exemplo o gênero Pinus.
http://science.jrank.org/pages/6942/Tree-History-taxonomy.html
•
Pinus - Descrição e Classificação pela Enciclopédia
Virtual Wikipedia. (Português e Inglês)
Wikipedia - "the free encyclopedia" - explica como os Pinus são
classificados, apresentando as descrições das principais características
dos três subgêneros existentes. Em cada subgênero há as
subseções com as espécies de Pinus pertencentes a cada
uma e seus nomes comuns. Nestas, pode-se ver suas principais características
morfológicas, origens, ecologia, fotos, entre outras curiosidades.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinus (Português)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinus#Lista_de_esp.C3.A9cies_de_pinheiro_por_regi.C3.A3o (Português)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinheiro#Origem_do_nome (Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Pinus_classification (Inglês)
•
Tree of Life – Web Project. (Inglês)
Website explicativo sobre o gênero Pinus, distribuição
natural e sua classificação taxonômica. Há as chaves
de classificação das espécies, segundo estudos filogenéticos
de Strauss & Doerksen 1990; Wang & Szmidt 1993 e Price et al., 1998.
http://www.tolweb.org/Pinus
•
Posição Taxonômica do Pinus de Tecun Umán: Análise
das Características de Acículas. F.
F. Leão;
L. C. Davide. IPEF n.46:96-106, jan./dez.1993
O artigo aborda alguns dos problemas em discussão sobre identificação
de espécies do gênero Pinus existente em uma das principais espécies
potenciais para o Brasil.
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr46/cap08.pdf
•
Classification of the Genus Pinus. (Inglês)
O website explica as principais características dos 3 subgrupos em que
os Pinus se inserem, incluindo as principais espécies de cada. Há uma
tabela com desenhos das principais partes que diferenciam estes subgrupos (forma
dos cones e sementes e as diferenças dos canais vasculares em cortes
transversais de suas folhas).
http://www.pinetum.org/Lovett/classification.htm
•
Pinus Linnaeus 1754 - Taxonomic Notes. (Inglês)
Este website possui os principais nomes comuns dos Pinus em
inglês, as
formas de classificação, descrições
morfológicas,
abrangência, origem e curiosidades, como a maior árvore
do gênero,
a mais velha e a importância na história e na
economia. Há fotos
dos pinheiros e de seus aparelhos reprodutivos.
http://www.biologie.uni-hamburg.de/b-online/earle/pi/pin/index.htm
http://www.biologie.uni-hamburg.de/b-online/earle/pi/index.htm
•
Flora of North America - Pinus Linnaeus. (Inglês)
"
Flora of North America" apresenta uma descrição muito detalhada
dos Pinus nativos norte-americanos. O web site possui descrições
das formas das árvores, tamanhos, formas e cores dos galhos, folhas,
cones e sementes (isso para cada espécie). Há uma chave de identificação
das espécies e clicando sobre elas encontram-se suas
principais características.
http://www.efloras.org/florataxon.aspx?flora_id=1&taxon_id=125519
•
Taxonomy and Ecology of Woody Plants in North American Forests.
(Inglês)
O livro de J.S.Fralish & S.B.Franklin foi publicado em 2002 por John Wiley & Sons.
Através de características morfológicas, classifica as árvores
das florestas norte-americanas de acordo com seus nomes científicos.
Para tanto, deu-se ênfase aos principais aspectos taxonômicos e
ecológicos. Dentre as tantas árvores nativas da região,
incluem-se os Pinus, que podem ser encontrados a partir do Capítulo
7, "The Gymnosperms: an overview", (p. 41). O livro é indicado
como um guia de identificação aos interessados por florestas,
porém ressalta que sua linguagem é um pouco mais científica
e profissional. São, no total, 624 páginas; contudo, muitas não
foram disponibilizadas pelo website que hospeda o livro. De qualquer forma,
fornece muito boa informação sobre a taxonomia das Pináceas.
http://www.google.com.br/books?id=jZZtZgvN3ykC&pg=RA3PA497&dq=
pinus+taxonomy&sig=5yNJaNzozuDG4kiRTJsmDmYHcNg#PPA1,M1
•
Divisão Gymnospermae: breve panorama. (Português)
Possui explicações morfológicas das gimnospermas,
indo das subdivisões até as classificações
de famílias.
http://biociencia.org/index.php?option=com_content&task=view&id=72&Itemid=94
• USDA - Plants Database. (Inglês)
Plants Database é uma base de dados do Serviço de Conservação
de Recursos Naturais do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Nessa web page há como pesquisar o nome científico não
apenas do Pinus, mas de qualquer planta. Veja a classificação
taxonômica dos Pinus e as principais características de
alguma de suas espécies em:
http://plants.usda.gov/java/ClassificationServlet?source=profile&symbol=PINUS&display=31
•
Pines: Drawings and Descriptions of the Genus Pinus. (Inglês)
A segunda edição do livro escrito por Aljos Farjon foi
lançada em 2005, apresentando-se mais completa e detalhada em
relação à primeira publicação de
1984. Os desenhos foram mantidos nesta edição, salvo
algumas modificações e inclusões, representando
o total de 92 ilustrações e 103 mapas de distribuição
em 235 páginas. Tudo sobre descrição e classificação
das espécies dos Pinus. O livro ainda não se encontra
disponível na internet, mas livrarias como Saraiva, Nobel, Cultura
e Siciliano e o site de compras Submarino, disponibilizam sua compra
online.
http://www.google.com.br/books?id=awmpAAAACAAJ&dq=Pines+Descriptions+of+the+Genus+Pinu

Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Nessa
seção sempre procuramos apresentar
a vocês publicações virtuais relevantes sobre os
Pinus. Basta você clicar sobre os endereços de URLs para
abrir as mesmas para lê-las ou salvá-las em seu computador.
Como são referências, não nos responsabilizamos
pelas opiniões dos autores, mas acreditem que são referências
valiosas e merecem ser vistas pelo que podem agregar aos seus conhecimentos,
ou mesmo para serem guardadas em sua biblioteca virtual. Nessa seção
procuraremos valorizar as instituições e autores que
têm se mostrado dedicados no estudo e na avaliação
técnica e cientifica dos Pinus. As publicações
referenciadas versam sobre florestas, ecologia, ambiente, uso industrial
das madeiras, celulose e papel, enfim, todas as áreas que se
relacionam aos Pinus: seu desenvolvimento em plantações
florestais, tecnologias e utilizações de seus produtos.
Nesta
edição da PinusLetter colocaremos à disposição
dos leitores as teses e dissertações de algumas das grandes
universidades públicas brasileiras divididas em três áreas
temáticas. Conheça um pouco sobre as instituições
científicas e educacionais que traremos a vocês nessa
edição.
Universidade
de São Paulo - USP
http://www2.usp.br/portugues/index.usp
A USP possui grandes centros de estudos e pesquisas ligados às
engenharias e espalhados pelo estado de São Paulo. Dentre eles
encontramos essas três instituições de ensino que
já tiveram dissertações e teses publicadas com
temas relacionados ao gênero Pinus: Escola de Engenharia de São
Carlos (EESC), Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ)
e Escola Politécnica de São Paulo (EP).
Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais - IPEF
http://www.ipef.br
O
Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) disponibiliza em
sua ampla biblioteca teses, dissertações e monografias
de várias universidades do país, muitas delas envolvendo
o gênero Pinus. Caso algum leitor deste informativo queira publicar
na biblioteca do IPEF sua tese, monografia e/ou dissertação
(relacionada com florestas e seus produtos), há instruções
no site de como fazer isso. Acessem para isso: http://www.ipef.br/servicos/teses.
A seguir, estão disponibilizadas as referências de dissertações
e teses sobre os Pinus e que foram defendidas ou colocadas para downloading
por essas instituições. As teses que estavam disponibilizadas
no website do IPEF e que haviam sido anteriormente apresentadas na
PinusLetter 01 (Teses e Dissertações da UFPR) ou em outras
seções dessa PinusLetter não estão aqui
reapresentadas.
Área temática:
Produtos Florestais
Viabilidade
técnica e econômica da produção
de componentes construtivos para habitação social utilizando
madeira serrada de Pinus de terceira classe de qualidade. M. Gava.
Dissertação de Mestrado EESC. 243 pp. (2005) 2 Mb
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18131/tde-24102005-110841
Influência da impregnação com estireno e com metacrilato
de metila em propriedades físicas e mecânicas da madeira
de Eucalyptus grandis e de Pinus caribaea var. hondurensis. D. O. Stolf.
Tese de Doutorado EESC. 125 pp. (2005) 4 Mb
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/88/88131/tde-30102005-180057
Estudo da processabilidade e das propriedades de PVC reforçado
com resíduos de Pinus. J. A. Rodolfo. Dissertação
de Mestrado EP. 222 pp. (2005) 5 Mb
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-24092005-182856
Critérios para classificação visual de peças
estruturais de Pinus sp. M. R. Carreira. Dissertação
de Mestrado EESC. 164 pp. (2003) 2 Mb
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18134/tde-02082003-215557
Durabilidade da madeira do gênero Pinus tratada com preservantes:
avaliação em campo de apodrecimento. C. T. Barillari.
Dissertação de Mestrado ESALQ. 68 pp. (2002) 1Mb
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-06112002-134048
Variações na retenção de CCA-A em estacas
de Pinus após 21 anos de exposição em campo de
apodrecimento. V. P. Freitas. Dissertação de Mestrado
ESALQ. 64 pp. (2002) 0.85 Mb
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-20082002-141407
Pinus spp. na produção de painéis de partículas
orientadas (OSB). L. M. Mendes. Tese de Doutorado da Universidade Federal
do Paraná. 181 pp. (2001) 3.9 Mb
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/mendes,lm.pdf
Área temática: Gestão
Florestal
Análise econômico-financeira da exploração
de Pinus resinífero em pequenos módulos rurais. G. A.
Neves. Monografia da Faculdade de Economia, Administração
e Contabilidade. 48 pp. (2001) 1.8 Mb
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/neves,ga.pdf
Área temática: Silvicultura
e Manejo Florestal
Equações de viabilidade para sementes de Eucalyptus
grandis W.Hill ex Maiden e Pinus taeda L. J. B. Fantinatti. Tese
de Doutorado da Universidade Estadual de Campinas. 80 pp. (2004)
0.46 Mb
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/fantinatti,jb.pdf
Caracterização hidrológica e biogeoquímica
de microbacias: uma comparação entre Mata Atlântica
e Pinus taeda L. M. Voigtlaender. Dissertação de Mestrado
ESALQ. 74 pp. (2007) 1.53 Mb
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-12062007-093447
Avaliação da sustentabilidade nutricional de plantios
de Pinus taeda L. usando um balanço de entrada-saída
de nutrientes. J. M. C. Bizon. Dissertação de Mestrado
ESALQ. 91 pp. (2006) 0.53 Mb
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-22102007-092659
Pastas estimulantes em sistemas de resinagem de Pinus
elliottii var. elliottii. A. L. M. Fusatto. Dissertação de Mestrado
ESALQ. 109 pp. (2006) 0.752 Mb
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11144/tde-12072006-163632
Variação genética em progênies de Pinus
caribaea Morelet. var. bahamensis. R. F.Missio. Dissertação
de Mestrado da Universidade Estadual Paulista. 129 pp. (2004) 1.85
Mb
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/missio,rf.pdf
Restauração ecológica de restingas contaminadas
por Pinus no Parque Florestal do Rio Vermelho, Florianópolis,
SC. F.C. Bechara. Dissertação de Mestrado da Universidade
Federal de Santa Catarina 136 pp. (2003) 2.2 Mb
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/bechara,fc-m.pdf
Efeito de diferentes sistemas de manejo de plantas invasoras
sobre o controle biológico e incidência de Cinara
atlantica (Hemiptera: Aphididae) em Pinus taeda e biologia de Coccineídeos (Coleoptera). N. C. Oliveira. Dissertação de Mestrado
da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita
Filho" 79 pp. (2003) 0.9 Mb
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/oliveira,nc-m.pdf
Uso de biossólidos como substrato para a produção
de mudas de Pinus e eucaliptos. R. M.Trigueiro. Dissertação
de Mestrado da Universidade Estadual Paulista. 94 pp. (2002) 1.1
Mb
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/trigueiro,rm.pdf
Crescimento em altura de Pinus elliottii ENGELM., em três unidades
de mapeamento de solo, nas regiões da serra do sudeste e litoral,
no estado do Rio Grande do Sul. H.Tonini. Dissertação
de Mestrado da Universidade Federal de Santa Maria. 129 pp. (2000)
0.42 Mb
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/tonini,h.pdf
Uso de imagens-índice e de imagens-proporção
para avaliar a quantidade de madeiras em povoamento de Pinus spp. C. L. Sousa. Dissertação de Mestrado do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais. 106 pp. (1997) 0.77 Mb
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/sousa,cl.pdf

Cursos
e Eventos
Nessa
seção, tazemos referências
de eventos que aconteceram a nível nacional e internacional
e que se relacionam diretamente aos Pinus. A característica
marcante desses bons eventos é a disponibilidade do material
do evento na forma de palestras, anais, "proceedings" ou livros técnicos.
Através dos endereços de URLs, vocês podem obter
todo o material do evento e conhecer mais sobre a entidade organizadora,
para eventualmente se programarem para participar do próximo.
2n
Congrés Forestal Català. (Catalão
e Espanhol)
O Segundo Congresso Florestal Catalão sucedeu recentemente,
em setembro de 2007. Seu website é bastante completo, apresentando,
disponível aos interessados, além da galeria de fotos
do próprio evento, todas as apresentações das
palestras ministradas. Estas se encontram no link "Presentación
Comunicaciones". Há muito material sobre silvicultura,
meio ambiente, incêndios florestais, produtos florestais, etc...
No bloco temático 6, há inclusive uma apresentação
sobre efeitos da poda e do recipiente em raízes de mudas de
Pinus pinaster. Confira, pois vale a pena.
http://www.congresforestalcatala.cat/esp/index.htm (webpage em espanhol)
http://www.congresforestalcatala.cat/esp/comunicacions.htm (acesso às
apresentações)
Seminário de Genética e Melhoramento de Plantas. (Português)
Promovido pelo Departamento de Genética da ESALQ/USP, o evento "Seminário
de Genética e Melhoramento de Plantas" ocorreu no segundo
semestre de 2007 e possui a disposição dos interessados,
arquivos dos resumos e apresentações em PDF para download.
Não há material sobre o gênero Pinus, mas possui
um muito bom a respeito da conífera Araucaria angustifolia. Além disso, há diversos trabalhos e apresentações
sobre temas conceituais importantes no melhoramento de plantas. Confira
em:
http://www.genetica.esalq.usp.br/semina.php
1º Simpósio do Cone Sul sobre Manejo de Pragas e Doenças
de Pinus. (Português)
O IPEF publicou os Anais do 1º Simpósio do Cone Sul sobre
Manejo de Pragas e Doenças de Pinus, em uma de suas séries
técnicas no ano 2000, onde se discutem os principais problemas
fitossanitários encontrados na época e o manejo adotado
para suas soluções. Confira os trabalhos em:
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr33/inicio.pdf
Anais do Workshop “Qualidade da Madeira em Pinus”. (Português)
A Série Técnica IPEF - Edição Nº 27
(Agosto de 1993), possui as principais publicações sobre
assuntos discutidos no Workshop da qualidade da madeira do Pinus para
diversos produtos florestais como a fabricação de celulose
kraft, mourões, madeira serrada, entre outros. Leia-os em:
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr27.asp
13th Lake States Forest Tree Improvement Conference. (Inglês)
Apesar do evento ter ocorrido há bastante tempo (1977), o website
disponibilizou recentemente suas publicações, as quais
contém resultados de pesquisas sobre pináceas. Confira
e baixe os artigos em pdf através do endereço:
http://landscape.forest.wisc.edu

Pinus-Links
A seguir, estamos trazendo a vocês nossa indicação
para visitarem diversos websites que mostram direta relação
com os Pinus, nos aspectos econômicos, técnicos, científicos,
ambientais, sociais e educacionais. Nessa seção, estamos
ainda colocando Pinus-Links com algumas empresas ou organizações
técnicas relevantes no uso dos produtos dos Pinus, ou então
na divulgação tecnológica sobre os mesmos. Basta
você clicar sobre os endereços de URLs para abrir nossas
indicações ou salvá-las como favoritas em seu
computador.
Paraná Biodiversidade. (Português)
Criado pelo Governo do Paraná, o Projeto Paraná Biodiversidade
busca o desenvolvimento sustentável da agricultura do estado
ajudando a preservar a fauna e a flora regionais, incluindo a pinácea
nativa pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia). O website
deste projeto possui uma biblioteca virtual, noticiário, glossário,
principais parceiros e contribuidores. Acesse e saiba mais sobre
o projeto:
http://www.prbiodiversidade.pr.gov.br/
Associação Gaúcha de Empresas Florestais - Ageflor.
(Português)
A Associação Gaúcha de Empresas Florestais completa
37 anos de parcerias, atuando no desenvolvimento sustentável
das plantações florestais do estado, sendo importate
difusor de tecnologias para os municípios gaúchos.
O website da Ageflor apresenta uma biblioteca virtual com vários
artigos e notícias, sendo várias relacionadas aos Pinus no Rio Grande do Sul.
http://www.ageflor.com.br/index2.php?p=productsList&sWord=pinus
Associação Brasileira da Indústria de Madeira
Processada Mecanicamente - ABIMCI. (Português)
A Associação Brasileira da Indústria de Madeira
Processada Mecanicamente - ABIMCI - objetiva a qualidade, a representatividade,
a qualificação, a competitividade e a educação
do setor, desde o reflorestamento até as indústrias
de serraria e seus mercados de produtos florestais. É por
isso que esta associação possui em seu website um bom
acervo de palestras e eventos por eles realizados ou relacionados
com o setor. Procurem em:
http://www.abimci.com.br/documentos/doc_2007.html
Rigesa - Soluções em Embalagem. (Português)
A empresa de papel, papel cartão e embalagens de papelão
ondulado Rigesa é considerada uma das empresas líderes
brasileiras em atividades de sustentabilidade florestal e ambiental. Logo,
indicamos que os leitores dêem uma olhada nos produtos
e nas suas atividades silviculturais, as quais envolvem os Pinus,
sua principal matéria-prima fibrosa.
http://www.rigesa.com.br
Centro Tecnológico do Mobiliário SENAI/CETEMO. (Português)
O website do Centro Tecnológico do Mobiliário (CETEMO), é grande
disseminador de informação sobre o assunto. Além
de possibilitar a compra de livros e publicações pela
internet, possui uma biblioteca virtual com muitas publicações
relacionadas ao Pinus, tratamento da sua madeira, reflorestamento,
serraria, design de móveis, entre outros. O CETEMO se localiza
em Bento Gonçalves - RS. Também há o informativo
tecnológico sobre Mobiliário e Madeira do CETEMO, sendo
possível fazer download grátis de algumas edições
já publicadas até o momento.
http://www.cetemo.com.br
The Gimnosperms Database. (Inglês)
Este website disponibiliza informações taxonômicas
e características morfológicas das principais famílias
e espécies de árvores da América no Norte, inclusive
do Pinus. Para tanto, basta escolher a família Pinaceae no
box "Choose a Taxon".
http://www.conifers.org
PINUS Holzimport. (Inglês)
A Pinus Holzimport é uma empresa de serraria alemã,
que só usa em suas obras madeiras certificadas de Pinus provindas
de florestas sustentáveis da Escandinávia e da América
do Norte. Veja em seu website os produtos, a política de sustentabilidade
e os certificados que a empresa adquiriu.
http://www.wirgebendemholzprofil.de/zertifizierungen+M5d637b1e38d.html
Portal Moveleiro. (Português)
O website disponibiliza notícias, artigos, entrevistas, catálogos
eletrônicos de empresas e profissionais, oportunidades, enfim,
muita informação especializada no setor moveleiro.
http://www.portalmoveleiro.com.br
Fabricação
e Produção de Celulose Kraft de Pinus
As
plantações de Pinus para
a produção de celulose e papel têm se constituído
em uma atividade econômica importante no Brasil, ganhando
cada vez mais importância para a sociedade de algumas
regiões e contribuindo para o desenvolvimento das mesmas.
Isso ocorre devido ao rápido desenvolvimento das árvores,
por ser o Pinus resistente ao frio e pouco exigente
em fertilidade do solo. Assim, em algumas regiões de
frio intenso do país, árvores como as dos Pinus vêm
superando inclusive as de Eucalyptus para a fabricação
da celulose. Com a crescente demanda de papel e celulose, as
fábricas estão desenvolvendo tecnologias sofisticadas
para o aproveitamento cada vez mais eficiente da matéria-prima,
otimizando suas produções. Para tanto, a qualidade
da madeira é um aspecto de alta relevância para
o aumento da produtividade e para a busca de produção
padronizada. Além das condições ambientais
como temperatura, solo e umidade, existem outros fatores que
podem influenciar a qualidade da madeira do Pinus para fins
de produção de polpa celulósica e de papel.
Estes são: os referentes às classes de produtividade
das árvores, ligados à espécie, idade
(madeira juvenil e adulta), densidade de plantio e manejo florestal;
os ligados às características anatômicas
(dimensões dos traqueídeos e quantidade de lenho
tardio), químicas (lignina, holocelulose, matéria
inorgânica e extrativos totais) e físicas (densidade
básica e umidade) da madeira. As madeiras dos Pinus são
constituídas de fibras de maior comprimento
do que as dos eucaliptos. Por essa razão, suas celuloses
são denominadas de polpas de fibras longas. As celuloses
dos eucaliptos são chamadas de fibras curtas. As fibras
longas são especialmente destinadas para a fabricação
de papéis onde se exigem altas resistências (dobramento,
rasgo, tração, rigidez). Por essa razão,
as fibras celulósicas de Pinus são orientadas
para a fabricação de papéis de embalagem,
cartões e papelões. Nosso objetivo nessa seção
da PinusLetter é divulgar bons materiais técnicos
para que vocês possam aprender mais sobre esse tema.
Confira
as literaturas disponibilizadas na forma de uma rica coletânea de artigos sobre produção de
celulose kraft a partir de madeiras de Pinus para as condições
de nosso País:
Misturas de madeira de Eucalyptus grandis x Eucalyptus
urophylla, Eucalyptus globulus e Pinus taeda para produção
de celulose kraft através do processo Lo-Solids®.
A. G. M. C. Bassa. Dissertação de Mestrado ESALQ.
169 pp. (2007) 0.75 Mb
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-08032007-162226/
Polpação SuperBatch para Pinus taeda. F.S.R.
Vasconcelos; F.G. Silva Jr. 40° Congresso Anual da ABTCP.
Apresentação em Power Point: 25 slides. (2007)
0.65 MB
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Pinus%20Letter%20%20Polpa%
E7%E3o%20superbatch%20para%20Pinus.ppt
Qualidade
da madeira, celulose e papel em Pinus taeda L.: influência
da idade e classe de produtividade. A. S. Andrade. Dissertação
de Mestrado UFPR. 97 pp. (2006) 3.2 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/3884
Espectroscopia no infravermelho próximo no estudo de
características da madeira e papel de Pinus taeda L. S. Nisgoski. Tese de Doutorado UFPR. 160 pp. (2005)
2.1 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/2224
Antraquinona e surfactante para otimização do
processo kraft com Pinus spp. E. Z. Mocelin. Dissertação
de Mestrado UFPR. 72 pp. (2005) 2 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/2506
Parâmetros de otimização no processo de
fabricação de celulose e papel. E. Bittencourt.
Dissertação de Mestrado UFPR. 61pp. (2005)
1.4 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/518/2/Dissertao+Eduardo+Bittencourt.pdf
Avaliação do processo SuperBatch de polpação
de Pinus taeda. F.S.R.Vasconcelos. Dissertação
de Mestrado ESALQ. 106 pp. (2005) 1.45 MB
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/vasconcelos,fsr.pdf
Influência dos atributos do solo sobre a qualidade da
madeira de Pinus taeda para produção de celulose
kraft. P. A. Rigatto; R. A. Dedecek; J. L. M. Matos. R. Árvore
28(2): 267-273 (2004)
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-67622004000200013
Pinus caribaea var. hondurensis – Principais interações
entre as características da madeira e o rendimento e
qualidade da celulose. L. E. G. Barrichelo. Circular Técnica
Nº 86. (1980) 0.14 MB
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr086.pdf
Estudo das características físicas, anatômicas
e químicas da madeira de Pinus caribaea var hondurensis para a produção de celulose kraft. L.E.G.Barrichelo.
Tese Livre Docência USP. 173 pp. (1979) 4.8 MB
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Estudo%20das%20caracteristicas.pdf
Pinus elliottii: fibra longa para produção de
celulose kraft. C. E. B. Foelkel. ABTCP (1977) 1.34 MB
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/1977.%20Pinus%20elliottii.pdf
Celulose kraft de madeiras juvenil e adulta de Pinus
elliottii. C. E. B. Foelkel; L. E. G. Barrichelo; W. Garcia; J. O. Brito.
IPEF. 12:127-142. (1976) 0.45 MB
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr12/cap05.pdf
Celulose kraft de Pinus ssp. C.E.B.Foelkel.
8ª Convenção
Anual da ABCP. 19 pp. (1975) 1.1 MB
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/1975%20%20
Celulose%20kraft%20de%20Pinus%20spp%20.pdf
Variações
das características da madeira
e propriedades da celulose sulfato de Pinus oocarpa em
função
da idade do povoamento florestal. C. E. B. Foelkel; L.
E. G. Barrichelo; A. C. B. Amaral; C. F. Valle. IPEF.
10:81-87 (1975)
0.18 MB
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr10/cap05.pdf
Unbleached kraft pulp properties of some of the Brazilian
and U.S. pines. C.E.B.Foelkel. Tese de Mestrado. State University
of New York / Syracuse. 204 pp. (1973) 4.35 MB
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Unbleached%20kraft%20pulp.pdf

Fototeca
(Galeria de Fotos) do Pinus
Com a crescente demanda de madeira
pela população,
tem ocorrido o aumento de plantações de pináceas
no mundo, e principalmente daquelas do gênero Pinus. Assim,
o interesse das pessoas a respeito desse gênero também
aumenta quase que na mesma intensidade em que os Pinus se tornam
mais e mais importantes. Isso ocorre devido às características
das árvores que, além de possuírem rápido
crescimento, também são matéria-prima para
vários produtos, como os derivados de papéis e papelões,
móveis, moradias, resinas, carvão, medicamentos,
produtos de higiene e limpeza, entre outros. Logo, essas árvores
começam a fazer parte da economia de regiões, da
paisagem, do cotidiano e até mesmo da vida, não apenas
dos agricultores e dos profissionais da silvicultura, mas da maioria
dos cidadãos comuns, os quais muitas vezes estão
utilizando seus produtos sem ao menos perceberem. É por
isso que estamos dedicando esta seção da PinusLetter
a mostrar as belezas das árvores das Pináceas através
de fotos de suas florestas naturais, reflorestamentos, suas estruturas
morfológicas, madeiras, pinhas, mudas, árvores isoladas,
pinheiros de natal, entre outras tantas paisagens maravilhosas
encontradas no Brasil e no mundo.
Galeria de Fotos de Celso Foelkel - Brasil. (Português)
Na galeria de fotos de Celso Foelkel há várias fotos
de florestas, árvores e madeiras de Pinus. Também
se encontra nesta fototeca imagens de alguns dos principais manejos
de plantações deste gênero, incluindo a resinagem.
Pode-se ainda visualizar imagens de fibras e de madeiras de Pinus obtidas com o auxílio da microscopia. Logo, esta galeria
de fotos é bastante completa, podendo-se encontrar fotos
dos Pinus não apenas no Brasil, mas em outras partes do
mundo. Acesse:
http://www.celso-foelkel.com.br/fotos.html
Ancient Bristlecone Pine Forest. (Inglês)
A galeria de fotos pertencente a Bill Taylor apresenta uma seção
com fotografias de Pinus longaeva. Segundo o autor, esta é uma
das espécies mais antigas de Pinus existentes, que suporta
climas adversos e solos pobres. Estas árvores possuem partes
já mortas que ficam com coloração amarelada
e não se decompõem facilmente, devido à resina
existente na madeira.
Confira, pois as fotos das árvores são magníficas
e muito artísticas...
http://www.pbase.com/billphoto/bristlecone
No mesmo website básico de fotos, temos ainda a coleção
de Bill Morgenstern que possui outra seção de fotos
de florestas e árvores, contendo algumas plantações
de Pinus. Também uma beleza as fotos, navegue por lá...
http://www.pbase.com/earthmoodsphoto/trees
Pictures: Bristlecone Pine Trees, White Mountains. (Inglês)
Por toda sua beleza, raridade e longevidade, Pinus longaeva, também é encontrado
em uma seção de fotos na Royalty Free Stock Photography
de Brad Perks. Estas fotos podem ser acessadas em:
http://www.pcimagenetwork.com/bristle/bristle.html
I Love Pine: Scots Pine Photo Gallery. (Inglês)
A galeria de fotos da ONG escocesa "Trees of Life", mostra
um acervo enorme com fotos maravilhosas das pináceas nativas
existentes no país, principalmente do conhecido pinheiro-escocês
(Pinus sylvestris). Esta ONG tem por objetivo a restauração
e conservação das florestas das terras altas da Escócia.
A visualisação das fotos é livre e gratuita.
http://www.treesforlife.org.uk/ilovepine/imagegallery.html
Photo Gallery: North American Trees and Forests. (Inglês)
http://forestry.about.com/library/gallery/blg-nats_index.htm
Este é um Blog norte-americano da about.com. pertencente à Stevie
Nix, bacharel em recursos florestais pela Universidade da Georgia
- EUA. O autor possui vários links em sua galeria de fotos,
contendo fotos de inúmeras florestas e espécies de árvores
da América do Norte como da ginkgo, do cedro vermelho e
de diversas espécies de Pinus. O site está em inglês;
logo, para acessar as fotos de Pinus procure pela palavra "pine" nos
links.
http://forestry.about.com/library/gallery/blg-nats_crater.htm?once=true&
http://forestry.about.com/library/gallery/blg-nats_pstrob.htm?once=true&
http://forestry.about.com/library/gallery/blg-nats_llp1.htm?once=true&
Dêem uma olhada nas fazendas de árvores de natal "Christmas
Tree Farm - Fraser Fir Christmas Tree Farm in Fall Color".
- As plantações ficam no meio de florestas das espécies
nativas caducifólias norte americanas que no outono apresentam
colorações maravilhosas, dando um contraste muito
interessante com os pinheiros.
http://forestry.about.com/od/forestphotogalleries/ig/Christmas-Tree-Farm
Este site, através de fotos e explicações,
possui um identificador das árvores mais comuns norte-americanas,
o que incluem as coníferas. Acessem os nomes comuns das
pináceas em:
http://forestry.about.com/cs/treeid/a/the_pines.htm
Para ver espécies de Pinus acesse:
http://forestry.about.com/gi/dynamic/offsite.htm?
site=http://www.forestryimages.org/browse/catsubject.cfm%3Fcat=58
Operational
Adjustment Factors - Forest Practices Branch - BC Canada - Photo
Gallery. (Inglês)
Este site apresenta uma galeria de fotos dos principais problemas
enfrentados em plantações de pináceas que
levam à depreciação da qualidade da madeira,
tais como: baixa densidade populacional, doenças, pragas,
baixa fertilidade do solo, entre outros.
http://www.for.gov.bc.ca/HFP/silviculture/OAF1/gallery/index.htm
Corma del Bío Bío - Corporación Chilena
de la Madera. (Espanhol)
A Corma Bío Bío é uma organização
institucional do setor florestal empresarial chileno da região
do Rio Bío Bío. Engloba fabricantes de produtos florestais,
tais como celulose, papel, madeira serrada, painéis, aglomerados,
chapas laminadas, a maior parte obtida a partir da madeira de Pinus
radiata. Também se preocupa com a gestão ambiental,
a certificação da madeira e aspectos de segurança
laboral e de saúde dos funcionários dessa indústria.
A entidade tem em sua biblioteca virtual diversas publicações
e também uma fototeca de Pinus. Há fotos muito
interessantes de alguns dos processos industriais e florestais,
como a colheita
florestal e a serraria. Acessem e aproveitem as fotos de muito
boa qualidade.
http://www.cormabiobio.cl/6accionar/bibliotecas/fototec/fot1.htm
Picture Gallery of Trees and Tree Rings. (Inglês)
A galeria de fotos de árvores e de seus anéis de
crescimento, pertencente ao Dr. Henri D. Grissino-Mayer, possui
uma grande quantidade de fotos de coníferas, incluindo o
gênero Pinus. O interessante é que o autor faz um
comentário de cada foto relatando suas principais curiosidades,
onde foram tiradas, espécies das árvores, algumas
de suas pesquisas, sugestões e também opiniões.
Fotos de árvores das espécies de Pinus ponderosa,
P. longaeva, P. balfouriana, P. caribaea, P.
pungens, P. albicaulis,
P. flexlis e P. palustris podem ser apreciadas nos vários
parques, vales e montanhas dos EUA. Isso sem falar na seção
das fotos dos anéis de crescimento dessas árvores,
já que há um acervo ainda mais variado pertencente
ao Pinus.
http://web.utk.edu/~grissino/gallery.htm
Upland Pine Photo Gallery. (Inglês)
A galeria de fotos de educação ambiental sobre áreas
naturais da Universidade da Flórida, apresenta fotos de
ecossistemas de pináceas de terras altas, que juntas com
textos explicativos, mostram porque essas florestas necessitam
de fogo controlado na região. Se ao ler isso ficou curioso,
acesse:
http://natl.ifas.ufl.edu/pinegall.html
Forestry Photo Gallery. (Inglês)
O website do Natural Resources Conservation Service - Alabama,
do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, possui um
acervo de fotos de manejo de florestas muito interessante. Nele,
pode-se
encontrar fotos de fogo em florestas, de aceiros, de mudas, de
sistemas silvopastoris, de danos de furacões em florestas,
tudo com Pinus.
http://www.al.nrcs.usda.gov/technical/photo/forest.html
FOTOSEARCH - Banco de Imagens - Fotos e Imagens dos Pinus.
(Português)
A FotoSearch é uma distribuidora de imagens isentas de royalties
e de direitos autorais. Ela conseguiu reunir em seu website
cerca de 200 fotos de Pinus. Há fotos de todos os tipos
e para todos os gostos, mostrando desde os Pinus no inverno nevoso
das
regiões temperadas até paisagens marítimas
no verão contendo a árvore como cenário.
Também
tem fotos de pinheiros de natal, decorações natalinas
com os Pinus, fotos de animais silvestres e até de pessoas
com Pinus algumas vezes como pano de fundo. Vale a pena
dar uma conferida.
http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/pinus.html
Pinaceae Family. (Inglês)
O website da Protophoto apresenta 13 fotos de pináceas,
incluindo diversas fotos de partes das árvores dos Pinus.
http://protophoto.com/subject.html?subject_id=528
INIA Fototeca Forestal. (Espanhol)
Em 2000, o Instituto Nacional de Investigação e Tecnologia
Agrária e Alimentar da Espanha (INIA), iniciou um projeto
de documentação de fotos florestais de seu país,
estando hoje disponíveis para visualização
a todo o público interessado. Realizando a busca por Pinus nesta fototeca, encontram-se mais de 300 fotos. Algumas das imagens
também podem ser utilizadas obedecendo às normas
estabelecidas pelo instituto.
http://wwwx.inia.es/fototeca/FOTBusquedaServlet?modo=1 (página
de busca na fototeca do INIA)
http://www.inia.es/inia (website do INIA)
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
As Micorrizas e o Pinus
A associação entre raízes
de árvores e os fungos micorrízicos foi descoberta
já há bastante tempo. Foi A. B. Frank, que
em 1889, apresentou os primeiros trabalhos referentes ao
assunto, denominando essa interação de micorriza
(em grego significa fungo + raiz). Desde então as
micorrizas vêm sendo cada vez mais estudadas e hoje
sabe-se que em torno de 95 % das árvores apresentam
essas associações mutualísticas, incluindo-se
as Pináceas (Barshi & Kumar apud Tomazello Filho & Krügner,1982).
Tipos de Micorrizas
Existem dois tipo de micorrizas, que distinguem-se pelas
formas de associação: nas endomicorrizas,
os fungos penetram nas raízes, apresentado suas estruturas
de frutificação (haustórios) no interior
das células; nas ectomicorrizas,
o desenvolvimento se dá entre as células do
córtex radicular
das pequenas raízes absortivas, e suas estruturas
reprodutivas se desenvolvem externamente a estas, podendo
muitas vezes serem visualizadas ao olho nu. Em algumas espécies
florestais podem ocorrer ambos os tipos de micorrizas (Jordá,
2006).
Para
os Pinus, a associação mais comum é a
de ectomicorrizas. As ectomicorrizas podem ser encontradas
em até 10% da flora mundial, o que representa cerca
de 2.000 espécies de plantas de grande porte como
as árvores (Rigran, s/d; Souza et al., 2006).
Morfologia das Ectomicorrizas
As ectomicorrizas, vistas sob corte transversal em microscópio,
possuem três componentes de identificação.
Estes são a manta fúngica, a rede de Harting
e o micélio circundante. A manta fúngica é um
aglomeramento de hifas que pode ser tanto esparso como espesso,
envolvendo a parte externa da raiz. Pode variar em espessura
e tem papel importante no armazenamento de nutrientes e também
na proteção contra fitopatógenos.
A
rede de Harting é uma região diferenciada
da micorriza que é ligada externamente à manta
fúngica. Ocupa camadas do córtex e penetra
na raiz intercelularmente. É o local onde ocorrem
as trocas entre a raiz e os fungos, havendo hifas de forma
labiríntica e a produção de enzimas
fúngicas que modificam as paredes celulares dos hospedeiros,
estabelecendo uma zona de contato.
O
micélio circundante
pode ser visto no solo ao redor das raízes e há várias
formas, com hifas isoladas ou em feixes, escleródios
e frutificações.
Esta última depende de condições ambientais
específicas e do estado nutricional e hormonal para
ocorrer (Bellei & Carvalho, 1992).
Biologia das Ectomicorrizas
O
processo de infecção
primária inicia-se
com a germinação dos esporos do fungo no solo,
que para se estabelecer junto à raiz, começa
suas atividades sob condições propícias.
O fungo vai-se desenvolvendo e colonizando a superfície
radicular, formando hifas aglomeradas em tufos. Logo após,
há a penetração pelas junções
celulares, concentrando-se na zona de infecção
micorrízica, atrás do meristema apical radicular
e passando a colonizar o córtex intercelular. Esta
colonização é feita por meio de enzimas
digestivas que degradam a lamela média das células
da planta, abrindo espaço para o avanço entre
as células, formando a rede de Harting e a manta fúngica
posteriormente. A micorrização de raízes
resulta em modificações morfológicas,
permitindo que os micélios fúngicos possam
ser visualizados a olho nu. Os fungos micorrízicos,
após estabelecidos nas raízes, passam a acompanhar
o crescimento destas, havendo a colonização
secundária (Siqueira & Franco apud Souza et al.,
2006). Além dos esporos, qualquer parte do fungo disponível
no solo que entre em contato com a rizosfera também
pode originar micorrizas.
Vantagens
para o Pinus e outras Espécies Florestais
Há milhões de anos, as plantas vêm se
adaptando a condições ambientais desfavoráveis
ao seu desenvolvimento, como competição vegetal,
queimadas, inundações, secas, entre outras.
As associações de raízes das árvores
e fungos micorrízicos existentes no solo não
deixa de ser uma dessas adaptações de sobrevivência
a ambientes hostis em que ambos os organismos se beneficiam.
O vegetal fornece ao fungo grandes quantidades de matéria
orgânica, como carboidratos, derivados da fotossíntese,
além da umidade, tão desejável para
o desenvolvimento da maioria dos fungos. Em compensação,
as micorrizas, ao se desenvolverem nas raízes, aumentam
sua área de absorção, estimulando o
desenvolvimento radicular, a absorção de água,
minerais e nutrientes pelas plantas. Além disso, promovem
proteção contra metais pesados da poluição
e contra alguns fitopatógenos. Plantas que apresentam
raízes colonizadas por micorrizas são mais
resistentes à seca e conseguem absorver parte do fósforo
imobilizado em solos ácidos e alcalinos. Este último
somente é possível graças ao grande
poder absortivo das hifas das micorrizas, que por serem extremamente
menores que as raízes, conseguem extrair este nutriente
onde as raízes não conseguem (Rigran, s/d).
De acordo com Jordá (2006), essas relações
de mutualismo são tão intrínsecas que
os fungos chegam a estar aderidos nas raízes das árvores,
o que propicia sua adaptação inclusive a solos
muito pobres em fertilidade e em áreas degradadas. Segundo a mesma autora, as principais vantagens que fungos
micorrízicos podem trazer às espécies
florestais são:
-
indução de crescimento
da parte aérea
e vigor pelo aumento da absorção de nutrientes;
-
aumento
do vigor e da eficácia da parte subterrânea devido
ao favorecimento do número total de raízes primárias
e secundárias e da melhoria da capacidade absortiva, que
pode ocorrer devido à sintetização de reguladores
de crescimento pelos fungos (Bellei & Carvalho, 1992);
-
aumento
da quantidade de mudas transplantadas sobreviventes, diminuição
das falhas nas linhas de germinação
em viveiros e aumento da adaptabilidade das mudas
a sobreviver em ambientes desfavoráveis;
-
diminuição
de doenças de solo como
o "Damping–off", tanto nos
viveiros como no campo, porque o patógeno
passa a não
encontrar mais disponível a matéria
orgânica
carbonatada existente na zona radicular, que
passou a ser utilizada pelo
fungo micorrízico formando uma espécie
de barreira protetora.
As
micorrizas, em estudos científicos,
segundo Jordá,
já causaram incremento acumulado com Pinus
taeda, P. caribaea e P. elliottii superiores a 67%.
Isto é uma
prova de que a associação fungo/raiz traz
grandes benefícios, indicando sua potencialidade
para o cultivo de Pinus.
Vantagens Econômica e Social
Em muitos casos, os Pinus estão sendo introduzidos
em regiões onde nunca haviam sido plantados anteriormente.
Muitos dos solos destas novas regiões não
possuem micorrizas naturais específicas para esta árvore,
o que pode dificultar seu desenvolvimento, podendo inclusive
levar ao fracasso da introdução. Assim,
muitos estudiosos aconselham a inoculação
nas mudas nas novas áreas, afim de evitar prejuízos
econômicos
da produção (Tomazello Filho & Krügner,1982).
A
inoculação de micorrizas, por elevar
a taxa de crescimento, permite que haja rotações
de cultura em tempos menores, aumentando o lucro da área.
Há também a diminuição de
uso de fertilizantes e de defensivos químicos
em plantações
com micorrizas presentes (Franco, 2006).
Relevante
parte dos fungos comestíveis no mundo
são
micorrízicos. Logo, muitas espécies já são
comercializadas, no Chile e em países da Europa
e Ásia,
gerando fonte de renda adicional, trabalho e alimento
para inúmeros agricultores. Os principais fungos
micorrízicos
comercializados a nível mundial são dos
gêneros: Tuber, Tricholoma, Boletu, Cantharellus,
Morchella, Lactarius e Suillus (Chung, 2005; Franco, 2006).
Técnicas
Inoculatórias em Pinus
Conforme Bellei & Carvalho (1992), existem situações
em que se requer a introdução de fungos
ectomicorrízicos
em plantações, como: plantações
fora do "habitat" natural dos fungos, solos
degradados, regiões com apenas endomicorrizas
no solo, sujeitas a queimadas periódicas, entre
outras. Krügner & Tomazello
Filho (1979) indicaram as principais técnicas
inoculatórias
de ectomicorrizas existentes na época para Pinus spp. em todas as regiões do país. No trabalho,
os autores ressaltaram que há dois tipos de inóculos
utilizados: o natural e o artificial. O inóculo
de micorrizas natural ainda é o mais usado. Para
tanto, recolhem-se as acículas em decomposição
(chamadas de "litter") da superfície
dos solos de florestas de Pinus já estabelecidas
e se incorporam as mesmas nos substratos dos viveiros.
Outra técnica
de inoculação natural mais eficiente do
que a anterior é a de triturar raízes de
Pinus contendo corpos de frutificação de
ectomicorrizas visíveis, misturando-se ao substrato
de viveiros.
Já os inóculos artificiais
provém de
micélios e estruturas fúngicas de culturas
puras cultivadas em meio de cultura em laboratório.
Segundo os autores, esta é a técnica ideal,
que visa infestação de ectomicorrizas mais
específicas para cada espécie de Pinus,
diminuindo a infestação de patógenos
e outras espécies
indígenas, quando comparadas à técnica
do "litter". Os inóculos artificiais
podem ser líquidos ou sólidos e misturados
a "carreadores",
que são substratos sólidos esterilizados
como a vermiculita, a turfa, rocha fosfórica,
carbono ativado, entre outros, com a finalidade de facilitar
a inoculação
no substrato das mudas.
As
fases necessárias para
a transformação
de um fungo micorrízico em um inóculo artificial
são: (a) coleta de fungos naturais e de suas estruturas
reprodutivas em florestas; (b) no laboratório,
faz-se a identificação destes em microscópio
através de suas estruturas de frutificação;
(c) após, os fungos são multiplicados em
suas condições ideais de crescimento, formando-se
os "inóculos sementes"; (d) separação
em cepas (raças de fungo); e (d) cria-se o banco
das cepas (Franco, 2005). Há possibilidade de
compra de inoculantes de bancos de países como
Chile, Argentina, Estados Unidos, entre outros.
Outros estudos
Em estudos da Escola Superior Agrária de Bragança
realizaram-se avaliações sobre a micorrização "in
vitro" de três espécies de ectomicorrizas
existentes nas suas áreas de estudos (Vila Meã -
Portugal) em mudas recém germinadas de Pinus
pinaster.
Como resultados, Pisolithus tinctorius e Lactarius
deliciosus apresentaram índices
positivos de germinação
e nas taxas de crescimento aéreo e radicular das
plantas (Marrocos, 2007).
Bettiol
et al. (2006) observaram a incidência de fungos
micorrízicos em mudas de Pinus caribaea
var. hondurensis em substratos contendo diferentes porcentagens de lodo
de esgoto e de acículas de Pinus. Foram inoculadas
artificialmente duas espécies de micorrizas (Pisolithus
tinctorius e Thelephora terrestris) nas mudas e avaliados
os resultados
em dois plantios subsequentes nos mesmos substratos.
Observou-se que para T. terrestris o lodo não
afetou seu desenvolvimento, inclusive aumentando o desenvolvimento
das mudas com o aumento
de matéria orgânica. Isso não foi
observado para P. tinctorius, que mostrou-se sensível
ao aumento de concentração de lodo, diminuindo
sua incidência
e desenvolvimento. Com relação às
concentrações
de substrato com acículas, os autores observaram
maiores inibições de ambas micorrizas comparando
suas incidência com o tratamento lodo. No plantio
subsequente houve baixas reincidências dos fungos
estudados.
Franco (2005) observou incrementos, todos acima de
90 %, na altura e no diâmetro de mudas de Pinus
radiada inoculados artificialmente com Boletus
eduzis e B. pinophilus
em 3 ensaios
de 16 meses.
Fujimura
et al. (2005) observaram o aparecimento de espécies
de ectomicorrizas em solo após fogo induzido
de baixa densidade, em florestas de Pinus ponderosa,
Oregon-USA. Quinze
porcento dos fungos ectomicorrízicos encontrados
foram de ascomicetos, o que contribuiu para o conhecimento
da microbiota
do solo após uma queimada na região,
e como esta pode ajudar as árvores que apresentam
tolerância
ao fogo.
Silva et al. (2003) relataram o desenvolvimento de
mudas de Pinus elliottii Engelm inoculadas com distintos
isolados
de micorrizas em solo arenoso. Como resultados, os
autores não encontraram benefícios significativos
entre os fungos e a absorção de nutrientes
e nem no desenvolvimento da parte aérea das mudas;
contudo, duas espécies de fungos (F1 – RS
e Pt Silv) proporcionaram às plantas maior desenvolvimento
de suas partes subterrâneas, como aumento da massa
verde radicular, do comprimento da raiz e da sua área
superficial específica.
Em
experimento conduzido por Zavattieri (2003) e colaboradores
na Universidade
de Évora, inocularam-se micorrizas
em plântulas de Pinus pinea "in vitro" e
houve dois resultados: a indução de novas
raízes
devido às maiores produções do
regulador de crescimento auxina e a maior taxa de crescimento
destas
plântulas comparadas às testemunhas. Os
autores ainda comentam que as mudas após transferidas
a substrato de vermiculita, tiveram melhor aclimatação,
não apenas pelas maiores quantidades de raízes,
mas também por assimilarem mais CO2 e por terem
menores taxas de transpiração.
Rudawska
et al. (2001), em estudos observando a relação
entre diferentes concentrações de fertilização
nitrogenada e a quantidade e qualidade de ectomicorrizas
nativas em viveiro de Pinus sylvestris na Polônia,
encontraram uma correlação negativa entre
ambos: quanto maiores as concentrações
de nitrogênio
no substrato, menores eram as interações
simbióticas
entre raízes e micorrizas. Logo, os autores
ressaltam que a otimização da fertilização
nitrogenada no solo é necessária para
o aumento da colonização por fungos micorrízicos
nativos, conseqüentemente, ajudando no melhor
desenvolvimento de mudas desse pinheiro.
Gorissen & Kuyper
(1999) utilizaram duas espécies de ectomicorrizas
(Laccaria bicolor, nitrotolerante, e Suillus
bovinus,
nitrofobíaco) inoculadas artificialmente em
mudas de Pinus sylvestris para realização
de experimentos contendo diferentes níveis de
14CO2, observando posteriormente o aumento de carbono
14 nas mudas e suas concentrações de
nitrogênio. Os autores constataram que o aumento
de 14CO2, também aumentou a quantidade de carbono
14 encontrados nas mudas para ambas espécies.
Contudo, estes resultados foram mais promissores para S.
bovinus que incorporou o carbono extra e utilizou-o
para aumento do desenvolvimento das raízes das
mudas. Em relação as concentrações
de nitrogênio nas mudas, S. bovinus incorporou-o
em dobro em relação a L. bicolor.
É
possível identificar os fungos micorrízicos
a olho nu, pela cor, rugosidade, formas morfológicas
das estruturas de reprodução e hábitos
de crescimento destas nas raízes de Pinus. Como
exemplos, T. terrestris apresenta coloração
creme róseo
quando jovem e marrom escuro após sua maturação
e seus esporófitos envolvem o colo das mudas
ao aflorarem do solo. Já os basidiosporos (estrutura
reprodutiva) de P. tinctoriu, que se desenvolvem acima
do solo, possuem
cor marrom claro mostarda com manchas escuras na superfície
(Tomazello Filho & Krügner, 1982).
Krügner & Tomazello
Filho (1981) ressaltaram que as ectomicorrizas Thelephora
terrestris, Rhizopogon spp.,
Scleroderma spp. e Suillus granulatus foram as ectomicorrizas
mais comuns encontradas em viveiros de Pinus e identificadas
no Brasil na época. O fungo ectomicorrízico
Pisolithus tinctorius, muito encontrado em Eucalyptus,
estava também sendo inoculado em raízes
de Pinus com respostas bastante promissoras. Os mesmos
autores, em 1982,
também relataram que T. terrestris e P.
tinctoriu são as ectomicorrizas mais estudadas no exterior
e no Brasil, apresentando características de
elevada capacidade simbiótica com seu "hospedeiro" Pinus,
principalmente sobre condições adversas
de desenvolvimento.
Oliveira e Barros (1981), comparando distintas concentrações
de inóculo micorrízico em viveiros de Pinus
caribaea var. hondurensis, relataram que em maiores concentrações
houve acréscimo no desenvolvimento das mudas,
principalmente em termos de altura e biomassa seca.
Tomazello Filho & Krügner (1980) observaram o
crescimento de mudas de Pinus caribaea var. bahamensis quando inoculados artificialmente com duas espécies
de ectomicorrizas (Thelephora terrestris e Pisolithus
tinctorius)
em viveiro florestal no litoral sul da Bahia. Como principais
resultados encontrados, houve acréscimos na altura,
no diâmetro do colo e peso seco total das mudas em
64,1; 19,4 e 86,8 %, respectivamente, quando comparados
com o grupo testemunha sem a inoculação de
micorrizas.
Krügner & Tomazello Filho (1980), em
experimento com mudas de Pinus caribaea var. bahamensis na
Bahia, relacionaram a fertilidade mineral do substrato
com o desenvolvimento
das mudas inoculadas artificialmente com dois inóculos
de micorrizas (Pisolithus tinctorius e Thelephora
terrestris) por dois anos. Os autores observaram
que, com o aumento da fertilidade, as mudas contendo P.
tinctorius tiveram
melhor
desenvolvimento em relação às
com T.
terrestris; contudo, nas parcelas sem fertilização,
o desenvolvimento das mudas não se mostrou
diferente, mesmo na presença das micorrizas.
A taxa de sobrevivência
das mudas contendo micorrizas em dois anos foi alta
(94 %) comparada à das mudas testemunhas,
que não
apresentara inoculação (52 %). Estas
mudas, no segundo ano, apesar de não inoculadas,
tiveram uma contaminação natural das
micorrizas. Isso indica o alto potencial de disseminação
destes fungos no solo.
Considerações
Finais
Apesar do grande avanço da pesquisa em ectomicorrizas
no Brasil e no mundo, ainda há necessidade de
mais estudos visando a técnicas de inoculação
mais eficientes e também à seleção
de cepas de fungos mais adaptadas e especializadas a
cada espécie e a cada ecotipo de Pinus, buscando
cada vez mais o incremento desta já tão
benéfica
associação.
Levando
em conta as vantagens econômicas que os fungos
micorrízicos podem trazer aos produtores de Pinus,
a utilização de técnicas inoculatórias
devem ser mais avaliadas e incentivadas para o aumento
do lucro do produtor.
Micorrizas
comestíveis podem
ter maior incentivo de produção e comercialização
no Brasil, tendo como exemplo os projetos e pesquisas
realizados
por órgãos de pesquisa no Chile (Chung,
2005) em busca de novas fontes de receitas sócio-econômica
no meio rural.
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