Editorial
Amigos,
Essa é a primeira de nossas Eucalyptus
Newsletter em 2006. Procurei
torná-la uma fonte de referências bibliográficas
de websites e publicações online para vocês. A razão
para lançá-la nesse formato surgiu em função
das muitas perguntas que recebo na seção "Pergunte
ao Euca Expert" nos websites www.celso-foelkel.com.br e www.eucalyptus.com.br . Como em todos os fóruns de perguntas e respostas, sempre existem
alguns questionamentos que se repetem. Após mais de 500 inserções
em nosso fórum (http://www.celso-foelkel.com.br/forum/index.php),
percebi que poderia facilitar bastante aos leitores e internautas dos
meus dois websites, se eu colocasse de forma fácil, uma literatura
virtual para navegação. Foi o que procurei fazer aqui,
expandindo os Euca-Links para vocês. É claro que não
conseguimos cobrir com eles todas as áreas da eucaliptocultura
e dos usos dessas fantásticas árvores, mas aos poucos daremos
novas recomendaçães. Aguardem então as novas Eucalyptus
Newsletters e também os capítulos do nosso livro online
sobre os eucaliptos.
Caso
ainda não estejam cadastrados para receber a newsletter,
e junto com ela, e quando disponíveis, os capítulos do
Eucalyptus
Online Book, sugiro fazê-lo através
do link a seguir: Clique
para cadastro.
Sempre aceitem o
meu sincero obrigado pelo apoio ao nosso trabalho e por acessarem nossas
publicações e recomendações
online. Estamos hoje com cerca de 1.500 leitores cadastrados para receber
a Eucalyptus Newsletter e o Eucalyptus
Online Book. Se vocês continuarem
me ajudando, dobraremos ou triplicaremos facilmente esse número.
Peço apenas que repassem nossos links ou encaminhem essa Eucalyptus
Newsletter a seus amigos que se relacionam de alguma maneira com os eucaliptos,
sugerindo a eles que se cadastrem também. Serei muito grato por
isso.
Lembrem-se, esse
serviço não tem custo algum para vocês
e eu estou empenhado em fazê-lo com ótima qualidade e com
a geração de muito proveito a quem o utilizar.
Um forte abraço
e um Feliz 2006.
Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br
http://www.eucalyptus.com.br
Vídeos
Disponíveis sobre os Eucaliptos e seu Cultivo
Aqueles
que gostam de vídeos, existem alguns que podem ser
adquiridos online.
http://www.cpt.com.br/produtos/033_0314.php (vídeo curso sobre
o cultivo dos eucaliptos em pequenas propriedades)
http://ww2.cnpf.embrapa.br/scp/listPubExt.html?idTipo=5 (dois vídeos
pela Embrapa Florestas)

Planos
de Manejo Florestal de Empresas Florestais Brasileiras
(documentos
em português)
A maioria das
empresas florestais brasileiras têm procurado
a certificação florestal tanto pelo sistema brasileiro
de certificação CERFLOR, como pelo FSC - Forest Stewardship
Council, ou até mesmo por ambos. Uma das exigências
da certificação é que as empresas disponibilizem
ao público e às partes interessadas os seus planos
de manejo florestal. Como eles são de acesso online, coloquei
alguns para vocês, pois eles possuem muitíssima informação
relevante, muitas fotos e oferecem enorme conhecimento aos interessados
que se dedicarem à sua leitura.
Aracruz: http://www.aracruz.com.br/pt/ambiente/amb_manejo.pdf
Cenibra: http://www.cenibra.com.br/cenibra/Capa.aspx (navegar em
Processo Florestal)
Duratex: http://www.scscertified.com/PDFS/forest_duratex_port.pdf
Eucatex: http://www.scscertified.com/PDFS/forest_eucatex5yr_port.pdf
Flosul: http://ww2.imaflora.org/arquivos/FLOSUL.pdf
International
Paper do Brasil / Inpacel: http://internationalpaper.com.br/downloads/premios/resumo.pdf
Jari
Florestal: http://scscertified.com/PDFS/forest_jari_port.pdf
Klabin
Paraná: http://ww2.imaflora.org/arquivos/KLABINPR.pdf
Klabin
Santa Catarina: http://ww2.imaflora.org/arquivos/KLABIN%20SC%20%2004.pdf
Orsa
Florestal: http://www.scscertified.com/PDFS/forest_orsaflorestal_port.pdf
Plantar: http://www.scscertified.com/PDFS/forest_plantar_port.pdf
Rigesa: http://www.rigesa.com.br/resumoplanodemanejo/manejo_sistema.html
Rilisa
/ Ripasa: http://www.scscertified.com/PDFS/forest_rilisa-ripasa_port.pdf
Satipel: http://www.satipel.com.br/pdf/Plano_de_Manejo.pdf
Suzano
Bahia Sul: http://ww2.imaflora.org/arquivos/SUZANO%20BAHIA%20SUL_Mucuri.pdf
Veracel: http://www.veracel.com.br/pt/florestais/plano.pdf

Planos
de Manejo Florestal de Empresas Florestais Brasileiras
(documentos
em inglês)
Aracruz: http://www.aracruz.com.br/en/ambiente/e_amb_manejo.pdf
Cenibra: http://www.cenibra.com.br/cenibra/English/Capa.aspx (acessem o
item Forest)
Duratex: http://www.scscertified.com/PDFS/forest_duratex.pdf
Eucatex: http://www.scscertified.com/PDFS/forest_eucatex_eng.pdf
Jari: http://www.scscertified.com/PDFS/forest_jari_eng.pdf
Plantar: http://www.scscertified.com/PDFS/forest_plantar_eng.pdf
Rilisa
/ Ripasa: http://www.scscertified.com/PDFS/forest_rilisa-repasa_eng.pdf
Veracel: http://www.veracel.com.br/web/en/florestais/manejo.html

Espécies
de Eucaliptos
Para
se atualizarem um pouco mais sobre as principais espécies
plantadas de eucaliptos, vocês podem encontrar muitas fontes
na literatura virtual. Algumas dessas fontes foram selecionadas e
apresentadas a seguir.
http://www.fao.org/documents/show_cdr.asp?url_file=/docrep/004/ac121e/ac121e04.htm (em inglês)
http://www.ipef.br/identificacao/cief/lista.asp
http://www.ffp.csiro.au/nfm/mdp/bbproj/eucalypt.htm (em inglês)
http://www.desert-tropicals.com/Plants/Myrtaceae/Eucalyptus.html (em inglês)

Custos,
Rentabilidades e Lucratividades de Plantações
de Eucaliptos
Um dos questionamentos mais comuns sobre as plantações
de eucaliptos é sobre os seus aspectos econômicos e
financeiros. Questões como quanto rendem as plantações,
quanto custa a implantação de um povoamento ou qual
o preço da madeira são comuns no setor florestal. Selecionei
uma relação grande de artigos disponíveis virtualmente.
Apenas tomem o cuidado para não generalizarem as informações
neles contidas. Assuntos de custos e preços devem sempre ser
tratados caso-a-caso, local-a-local e momento-a-momento. O mais importante é se
conhecer as maneiras de como tratar os dados para avaliação
das alternativas.
http://revistacientifica.famec.com.br/ojs/viewarticle.php?id=5&layout=abstract
http://www.scielo.br/pdf/rarv/v27n5/a11v27n5.pdf
http://www.dcf.ufla.br/cerne/revistav4n1-1998/art03.doc
http://www.mma.gov.br/estruturas/pnf/_arquivos/aracruz.pdf
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v12n1/A13V12N1.pdf
http://www.cnpf.embrapa.br/servicos/publicacoes/gratuita/documentos/documentos.htm
http://www.cnpf.embrapa.br/servicos/publicacoes/gratuita/comunicados/comtec.htm
http://www.cnpf.embrapa.br/servicos/publicacoes/gratuita/circular/circular.htm
http://www.cepea.esalq.usp.br/florestal
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-15082003-150926/publico/vitor.pdf
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr141.pdf
http://www.dcf.ufla.br/cerne/Revistav10n2-2004/%5B7%5D%2029-02%20-%20Rota%C3%A7%C3%A3o%20econ%C3%B4mica%20de%20plantios%20-%20Thais%20C%20Ferreira.pdf
http://150.162.90.250/teses/PECV0320.pdf
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr60/cap03.pdf
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/6%20Morais-Filho,A.D.pdf

Óleos
Essenciais
Outro tema muito questionado é sobre a produção
de óleos essenciais a partir dos eucaliptos. O interesse é enorme
e isso pode ser facilmente verificado pela dimensão do mercado
desses produtos, os quais estamos frequentemente encontrando em nossa
vida diária.
http://www.ipef.br/publicacoes/docflorestais/df17.pdf
http://www.fao.org/docrep/v5350e/v5350e07.htm (em inglês)
http://techdev.freeyellow.com/womp.html (em inglês)

Publicações
mais Gerais
A seguir, procurei
disponibilizar algumas fontes de informações
mais gerais, abrangendo diversos tópicos sobre os eucaliptos.
Destacam-se a Revista da Madeira - REMADE, alguns arquivos do IPEF
e da ABRAFLOR - Associação Brasileira dos Produtores de Florestas
Plantadas.
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/ferraro,mr.pdf
http://www.remade.com.br/revista/capa.php?edicao=75
http://www.abraflor.org.br/duvidas/mitos.asp
http://wwwlibrary.csustan.edu/bsantos/euctoc.htm#toc (em inglês)

Anatomia,
Física e Química da Madeira
Nada melhor
do que o website do professor Umberto Klock, com suas notas de
aula sobre anatomia, física e química da madeira
para a Universidade Federal do Paraná em seu curso de Engenharia
Florestal, para vocês se atualizarem nesses tópicos.
http://www.madeira.ufpr.br/UmbertoKlock/quimica/notasdeaula.htm
http://www.madeira.ufpr.br/UmbertoKlock/intrtecnologia/notas_de_aulas.htm
http://www.edpsciences.org/articles/forest/pdf/2002/05/10.pdf?access=ok (em inglês)

Cozimento
Kraft
Diversas teses e publicações sobre os fundamentos
da produção de celulose kraft de eucalipto estão
a seguir relacionadas. Divirtam-se e aprendam com os textos, pois
a seleção possui muita qualidade e atualidade.
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/santos,sr.pdf
http://www.madeira.ufpr.br/UmbertoKlock/polpaepapel/notasdeaula.htm
http://www.celuloseonline.com.br/imagembank/Docs/DocBank/dc/dc085.pdf
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-06112003-135906/publico/fabio.pdf
http://www.scielo.br/pdf/jbchs/v15n4/a12v15n4.pdf (em inglês)
http://www.faenquil.br/symposium/Session3/02gomide.htm (em inglês)
http://ciadicyp.unam.edu.ar/trabajos/trabajos/pulpa_y_pulpados/Rodriguez-100-UCM-Esp.pdf (em espanhol)

Branqueamento
da Celulose Kraft de Eucalipto
O branqueamento
da celulose kraft é uma das áreas
mais estudadas nesse setor industrial. Alguns artigos fundamentais
e atuais estão selecionados para sua leitura.
http://www.celuloseonline.com.br/imagembank/Docs/DocBank/Eventos/SIII_4.pdf ( em inglês)
http://tappsa.co.za/archive/APPW2002/Title/The_evolution_in_Eucalyptus_pu/the_evolution_in_eucalyptus_pu.html (em inglês)
http://www.celuloseonline.com.br/imagembank/Docs/DocBank/dc/dc109.pdf (em inglês)
http://www.atcp.cl/Revistas/Agosto2004ArtTec-1.pdf (em espanhol)

Mini-artigo
Técnico por Celso Foelkel
Lavando
e limpando as polpas de eucalipto
O
setor industrial de produção de
celulose e papel vive um momento tecnológico singular e
ao mesmo tempo preocupante. Enquanto as exigências ambientais
da própria indústria se refletem em um maior fechamento
de circuitos e menores consumos de água, as demandas qualitativas
para a celulose e o papel branco são cada vez maiores. Hoje,
surpreendentemente até, e em direção contrária
ao que seria razoável, buscam-se celuloses mais brancas,
mais limpas e mais puras. Até certo ponto, o motor impulsionador
do branco total tem sido a colagem alcalina e o uso do carbonato
de cálcio como carga. Esses avanços na tecnologia
do mais branco acabaram como vetores do mais puro e do mais limpo,
já que quanto mais branco o papel, mais fácil de
se notar suas contaminações. O fechamento dos circuitos
de água tende a concentrar químicos das mais diferentes
composições e origens. Isso ocorre tanto nos circuitos
da fabricação da celulose como do papel. Concentram-se
minerais, resinas, amido, surfactantes, colas, fragmentos de lignina, ácidos
hexenurônicos, etc., etc. Já que a polpa celulósica
está exigindo cada vez mais oxidações para
se tornar mais branca, isso leva a um aumento nos grupos carboxílicos
e nas cargas eletrostáticas das fibras. Essas cargas fazem
a fibra atuar como uma resina trocadora de ions, adsorvendo tanto
grupos catiônicos, como compostos polares. A remoção
desses compostos enxertados na fibra fica cada vez mais difícil,
pois já é do passado as fabulosas lavagens com muita água
limpa que se faziam. O resultado disso é a necessidade de
se usar outros compostos químicos para remover o que sujou
ou o que grudou, aumentando mais ainda o chamado "lixo químico" no
processo. Extrações ou purgas desse lixo são
necessárias, senão o processo se contamina demais
e a qualidade do papel e da celulose se perdem. A difícil
de se obter alta alvura tende a se reverter nessas condições,
acelerada pela presença de íons como ferro, manganês,
etc. As sujeiras se proliferam devido às resinas, carepas
de ferrugem, areia, etc. Limpeza e alvura, que sempre foram ítens
perseguidos na qualidade das polpas, agora ganham novos acompanhantes:
condutividade, pitch coloidal, teores de ferro, manganês,
etc. Aumentam-se
controles e exigências. Aumentaram as dificuldades também.
Dos velhos tempos temos duas lembranças: a eficiente lavagem
química que o estágio ácido da cloração
fazia nos íons metálicos e as intensas lavagens com águas
limpas, a cada etapa do processo. Essas velhas lembranças
podem nos indicar caminhos: a cloração era eficiente
pois agia promovendo uma regeneração das fibras,
removendo os íons catiônicos. O estágio era
bastante ácido, com pH's menores que 2. Logo a seguir, purgava-se
o filtrado. Ao mesmo tempo, a cloração tinha um efeito
deletério. Ela sabia, como poucos, transformar os extrativos
do eucalipto em algo pegajoso, que conhecemos por pitch. Hoje,
as lavagens intensas com água limpa têm sido substituídas
por lavagens com filtrados, em contra-corrente. Os lugares para
se colocar água limpa no processo são cada vez mais
escassos. Eles devem ser encontrados com sabedoria e com sabedoria
devemos escolher os pontos onde purgar a água contaminada
com o lixo químico. As melhores localizações
para se colocar água limpa são as de final de processo.
Por exemplo, na fabricação de celulose de mercado,
a "última lavagem" da polpa ocorre na máquina
formadora da folha, na sua mesa plana. Se o pH nesse momento for
baixo também, na faixa de 4 - 5, por exemplo, estaremos
fazendo uma última lavagem química da polpa antes
de se secá-la.
Os filtrados ou água branca poderiam ser tratados para limpá-los,
e isso seria fácil de ser conseguido. Até hoje me
questiono porque as fábricas tendem a misturar efluentes
limpos com efluentes muito sujos, estragando então toda
a água. Por outro lado, as etapas ácidas estão
cada vez menos freqüentes nas novas seqüências
de branqueamento. Por isso, devemos também utilizá-las
com sabedoria. Existem estágios ácidos em pré-branqueamento,
bem como existem estágios de dioxidação. O
Dhot por exemplo, é um ótimo lavador e purificador
da polpa. Importante saber então o que fazer com o seu filtrado,
para onde direcioná-lo com seu lixo químico. A utilização
de ácido sulfuroso (água de SO2) permanece ainda
com muito sucesso para "matar o dióxido de cloro residual",
para remover lixo catiônico adsorvido às fibras e
para estabilizar a alvura, já que o SO2 é um composto
redutor. Hoje, buscam-se outras alternativas para evitar se perder
na secagem a duramente conquistada alta alvura. O metabissulfito
de sódio tem encontrado sua oportunidade também.
O resultado
de tudo isso é claro. Temos que ser cada vez
mais sábios na combinação das etapas processuais
e em suas purgas. Lembrar que tudo isso tem custos envolvidos e
causam impactos ambientais. Se gerenciamos mal, prejudicamos a
polpa, os custos da empresa e o meio ambiente. Toda essa situação
tem-nos levado a situações no mínimo curiosas.
Por exemplo, quando a etapa final do branqueamento é uma
peroxidação, o pH é alcalino. Costuma-se fazer
a adição de água ácida de SO2, para
logo a seguir, na fábrica de papel, se elevar de novo o
pH para o refino e para a colagem alcalina subsequente. Resultado;
estamos cada vez mais nos escravizando aos produtos químicos, é um
tira e põe interminável. Volto a lembrar aos novos
projetistas de fábricas: porque não separar melhor
as águas e tratá-las separadamente em mini-estações
de tratamento de água na fábrica? Com isso, a cada água,
a sua destinação e o seu tratamento. Há muita água
boa nas nossas fábricas indo aos efluentes . Com muito pouco
elas se tornariam de novo água limpa de processo.
Finalmente,
outra alternativa seria a redução das
exigências qualitativas em alvura e limpeza para muitos dos
papéis oferecidos ao mercado. Bom, esse é um outro
assunto para uma próxima discussão.