Editorial
Meus estimados amigos,
Bom dia, meus caros amigos dos eucaliptos. Aqui estamos com vocês
novamente, com o número 18 da nossa Eucalyptus
Newsletter. Nesse
número, estaremos trazendo como sempre muitas atualidades sobre
os eucaliptos, esperando que essas informações possam
lhes ser úteis para compreenderem melhor e assim admirarem mais
essas árvores e os produtos que elas oferecem à Sociedade.
Nessa edição, estamos lhes apresentando mais um novo
capítulo de nosso Eucalyptus
Online Book, continuando a série
de capítulos sobre a "gestão de resíduos
sólidos no setor de celulose e papel". Acreditamos que
ele poderá lhes trazer interessantes e algo inovadoras idéias
e contribuições, caso você seja do setor e esteja
interessado em reduzir a geração e a reciclar os resíduos
de sua industrialização.
Na seção "Os Amigos
dos Eucalyptus" estou trazendo
para lhes apresentar alguém por quem tenho muita admiração
e uma amizade fraterna de mais de 20 anos. Com certeza no Chile todos
o conhecem, mas suas competência, dedicação e determinação
em ensinar, pesquisar e trabalhar associativa e institucionalmente
merecem ser conhecidas no mundo. Trata-se do "professor José Paz
Peña", um grande amigo dos eucaliptos, como veremos mais
adiante.
O mini-artigo dessa edição será sobre "formas
inovadoras para se tratar os efluentes hídricos em fábricas
de celulose kraft branqueadas". Mais uma vez coloco o tema ambiental
como foco de um mini-artigo, pois vocês já conhecem meu
objetivo: colaborar para a significativa melhoria ambiental de nosso
setor e, com isso, sua relação com a sociedade.
Na seção da Ester Foelkel sobre "Curiosidades
e Singularidades acerca dos Eucaliptos" ela nos contará sobre
a "fabricação de sabões
e detergentes",
tendo como matérias-primas os óleos essenciais e os extrativos
recolhidos das árvores de eucaliptos. Algo que está cada
vez mais comum encontrar nos supermercados, mas que muitos sequer imaginam
de onde vêm e como são produzidos.
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deles coopera para a disseminação do Eucalyptus Online
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a Botnia, a Aracruz,
a International Paper do Brasil,
a Conestoga-Rovers & Associates, a Suzano, e
a VCP, mais os parceiros
apoiadores, ficaremos todos muito agradecidos.
Um abraço a todos e boa leitura.
Esperamos que gostem do que lhes preparamos dessa vez.
Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br
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http://www.abtcp.org.br
Nessa
Edição
Capítulo 13 em Português do Eucalyptus Online Book
Os
Amigos dos Eucalyptus - Professor José Paz Peña
Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Referências
sobre Eventos e Cursos
Euca-Links
Revistas
Digitais Especializadas
Curiosidades
e Singularidades acerca dos Eucaliptos: Os eucaliptos utilizados
para a fabricação de sabões e detergentes
- (por Ester Foelkel)
Mini-Artigo
Técnico por Celso Foelkel
Tratando
os Efluentes Hídricos das Fábricas de Celulose
Kraft Branqueada de Eucalipto

Capítulo
13 em Português do Eucalyptus Online Book
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"Resíduos
Sólidos Industriais do Processo de Fabricação
de Celulose e Papel de Eucalipto. Parte 02: Fatores de sucesso
para seu gerenciamento"

Os
Amigos dos Eucalyptus
Professor
José Paz Peña
Nessa edição da Eucalyptus Newsletter tenho a maior satisfação
em lhes apresentar um dos grandes amigos dos eucaliptos e um de meus
maiores amigos pessoais, meu estimado "irmão chileno" professor
José Paz Peña. Professor José Paz, como é carinhosamente
conhecido e admirado por todo o setor de celulose e papel e de base
florestal do Chile, é um dos grandes e inquestionáveis ícones
da indústria florestal da América Latina. Seus feitos
acadêmicos, didáticos e de pesquisa científica
ultrapassaram com facilidade as fronteiras do Chile, sendo que José Paz é muito
conhecido e admirado também no Brasil, México, Colômbia,
Venezuela, Argentina, Peru, etc.
Apesar de já aposentado desde 1997 de suas aulas pela Universidad
de Concepción (http://www.udec.cl/index.html), José Paz
continua muito ativo no setor de celulose e papel, pois continua como
sempre com posição diretiva na ATCP Chile - Asociación
Técnica de la Celulosa y el Papel - Chile (http://www.atcp.cl/content/view/7/1/ ). Nessa associação sempre teve posição
relevante e atuante, desde que participou de sua fundação
em 1972.
Sua vida, tanto particular como profissional, é muito rica em
conquistas e realizações, as quais, associadas à sua
enorme simpatia, transformam José Paz em uma pessoa muito admirada
e respeitada por todos que o conhecem.
José Paz nasceu no município de Arauco, no Chile, em
1932. Naquela época, o setor florestal era ainda modesto no
Chile. Sequer se adotava a sigla "Chile - país forestal
(http://www.chilepaisforestal.cl). Na verdade, nas primeiras décadas
do século XX, a indústria florestal chilena ainda se
apoiava muito nas madeiras de bosques nativos, não eram conhecidas
ainda as boas potencialidades industriais das florestas plantadas,
tanto do "pino insigne" (Pinus radiata - http://www.papelnet.cl/arbol/pino_insigne.htm)
como dos eucaliptos (http://www.papelnet.cl/arbol/eucalipto.htm).
José Paz nasceu na área rural, em um pequeno sítio
de seus avós, mas não encontrou nele exemplares de Eucalyptus e Pinus em sua infância para brincar, mas sempre teve muitas árvores
nativas para se divertir. Daí surgiu um gosto especial pela
natureza e seus recursos florestais. Depois, ao longo de sua vida,
aquela terra que havia sido dividida entre herdeiros de seus avós,
foi toda por ele adquirida. José Paz conseguiu reaver a terra
onde nasceu e nela plantou, adivinhem o quê? Possui hoje 1,5
hectares de Pinus radiata e 12 hectares de Eucalyptus
globulus. Já teve
também um plantio de E.nitens, mas um forte ataque de uma praga
conhecida dessa espécie ("Gusano del Tebo" - Chilecomadia
valdiviana) fez mudar para o E.globulus, que é resistente ao
ataque e mais valioso como madeira. Atualmente, aguarda tranqüilamente
que essas árvores cresçam para que possa usufruir de
alguma renda em alguns anos mais.
José Paz é filho de uma família numerosa, sendo
9 irmãos/irmãs. Também manteve a escrita. Casou-se
em 1965 com Maria Eliana e tiveram 3 filhos (2 filhos e uma filha)
e contam atualmente com seis netos/netas.
José Paz passou a infância em Arauco, estudando e sonhando
em crescer profissionalmente. Graças a seus esforços,
conseguiu bolsas de estudo para estudar em Concepción, ingressando
na Universidad de Concepción em 1954, escolhendo a carreira
de engenharia química. Como viveu em alojamento universitário
nessa época, sente-se muito afortunado, pois isso lhe forneceu
uma visão global de muitas carreiras, em uma época em
que as telecomunicações eram restritas. Graduou-se engenheiro
químico em 1961, sendo que seu tema de trabalho técnico
("memória técnica") foi "Extrativos em
Pinus radiata". Escolheu as árvores e as madeiras para
seus estudos, em função do carinho e admiração
que por elas sempre cultivara na zona rural de Arauco. Durante aquele
período na universidade, nascia o famoso e reconhecido "Laboratório
de Produtos Florestais" da Universidade de Concepción.
O responsável por isso foi o brilhante engenheiro químico
Ingo Junge. Ingo era talentoso e visionário, antevendo as perspectivas
florestais para o Chile, tendo tido forte participação
também na criação do INFOR - Instituto Forestal
do Chile e da INFORSA, empresa de papel jornal na região de
Nacimiento. Com sua saída da Universidad de Concepción,
o engenheiro Junge passou para a indústria papeleira e sempre
incentivou o crescimento do laboratório de produtos florestais
da universidade. Ou seja, a parceria entre as empresas industriais
e o laboratório floresceu bem cedo no Chile.
José Paz começou a trabalhar como pesquisador no Laboratório
de Produtos Florestais, imediatamente após sua formatura, em
1961. Lá já estava o seu mestre e amigo de algumas décadas
que se sucederam, o professor Roberto Melo Sanhueza. Com Roberto, José compôs
uma dupla reconhecida por seu talento e competência. Juntos,
colaboraram para dezenas de formandos egressados em celulose e papel
no laboratório, ao longo de suas carreiras. Pode-se dizer, sem
medo de cometer injustiças ou erros, que a grande maioria dos
executivos e técnicos das fábricas chilenas de celulose
e papel é constituída de ex-alunos de Don José e
de Don Roberto. Em verdade, ambos ajudaram com seu trabalho e competência,
a geração e a consolidação de uma indústria
de celulose e papel vitoriosa naquele país. José valoriza
muito e destaca sempre o papel que tiveram também os engenheiros
Ingo Junge e Edgard Bluhm, ambos da equipe inicial do laboratório
de produtos florestais, além da competência de quem os
sucedeu no laboratório, o engenheiro Dr. Cláudio Zaror.
Os seus primeiros trabalhos de pesquisa na universidade foram orientados à madeira
de Pinus radiata, Eucalyptus globulus, acácias e álamos.
O objetivo era criar uma base de dados para favorecer a utilização
comercial dessas madeiras no Chile. Inicialmente, o laboratório
era extremamente simples, tendo sido modernizado na década dos
80's, com apoio financeiro da OEA - Organização dos Estados
Americanos.
O Eucalyptus globulus foi originalmente plantado no Chile para fornecer
madeira densa e resistente para galerias na mineração.
Já o Pinus radiata destacava-se pelo seu crescimento e fornecia
madeira de qualidade para as serrarias que cresciam no país.
A madeira dos resíduos das serrarias começava a suprir
as fábricas de celulose kraft. Esses eram desafios e prioridades
do laboratório, como verão nos trabalhos técnicos
disponibilizados abaixo. Entretanto, os eucaliptos logo foram notados
e suas potencialidades descobertas por Paz e Melo. Assim, ao final
dos anos 60's, princípio dos 70's, submeteram um relatório
em um evento da CORFO (Corporación de Fomento de la Producción
- http://es.wikipedia.org/wiki/CORFO), onde destacavam as vantagens
do Eucalyptus globulus como espécie papeleira. Essa espécie
mostrava excepcionais rendimentos e qualidade das pastas celulósicas.
Naquela época, pouca atenção foi dada a isso,
não havia interesse pelos eucaliptos, o foco era definitivamente
o Pinus radiata. Já haviam fábricas bem-sucedidas com
as fibras longas dos Pinus no Chile; não havia nos anos 70's
muita tradição e conhecimento sobre os eucaliptos. A
indústria chilena começava a crescer forte, mas ainda
sem eucaliptos.
Depois dessas primeiras tentativas em apresentar os eucaliptos como "espécies
pulpables de calidad" , José e Roberto continuaram a estudá-los,
em parceria também com o INFOR, entidade que desenvolveu o potencial
florestal do E.nitens para o país. Fizeram isso com muita determinação,
pois tinham que convencer a muitos sobre o potencial dos mesmos. Foram
em parte favorecidos pelos sucessos do país vizinho Brasil,
que no final dos anos 70's, cresceu fortemente nessa matéria-prima.
José e Roberto dedicaram-se também com afinco ao Pinus
radiata, por essa razão, ouso chamá-los não apenas
de "Amigos dos Eucalyptus", mas "Amigos dos Pinus",
também.
As principais linhas de pesquisa no laboratório estavam ligadas à polpação,
branqueamento, estudos sobre a qualidade das madeiras e das fibras
de celulose. Os muitos trabalhos desenvolvidos pela equipe de professores
e alunos da Universidade de Concepción deram ao Chile maiores
opções para as decisões empresariais e governamentais
que resultaram no sucesso da indústria florestal do país.
Além das pesquisas acadêmicas, José Paz e Roberto
Melo construíram juntos as bases da formação educacional
em celulose e papel na região onde floresceu essa indústria
em seu princípio - a região do rio Bio Bio. A disciplina
que lecionavam denominava-se "Indústrias de processos químicos",
apresentada tanto aos estudantes de engenharia química, como
engenharia industrial. Como os estudantes de engenharia no Chile são
requisitados a escrever um trabalho de pesquisa para finalização
do curso, José Paz se sente orgulhoso de ter orientado dezenas
deles com seus trabalhos de conclusão de curso.
José Paz foi professor da Universidad de Concepción de
1961 até 1997. Orgulha-se muito disso, acredito que ainda hoje
sabe o nome de cada um de seus ex-alunos. José tem inúmeros
trabalhos publicados em parceria com Roberto e com seus estudantes.
Além disso, orgulha-se muito de seus "apuntes de classes",
ou seja, de suas apostilas das aulas de branqueamento, polpação
e físico/química da madeira. A maioria de seus trabalhos
estão publicados na revista Celulosa y Papel da ATCP Chile e
nos livros técnicos das Jornadas Técnicas de la Celulosa
y el Papel, o maior evento da associação chilena. Além
disso, teve diversas oportunidades de mostrar seu valor em cursos,
estágios de aperfeiçoamento e eventos no exterior, especialmente
no México, Estados Unidos, Brasil, Colômbia, etc.
Além das atividades acadêmicas, José tem forte
participação institucional e associativa. Em 1972, com
outros 25 entusiasmados técnicos, fundaram a ATCP Chile. Além
de ser fundador da ATCP, José sempre teve destaque na diretoria
da associação, até hoje. Sua carreira toda sempre
foi muito rica, ativa e criativa, em tudo que fez e faz.
Conheci José Paz em 1987, quando fui convidado a apresentar
uma palestra sobre as áreas florestal e de produção
de celulose e papel de eucalipto, em uma das primeiras Jornadas Técnicas
(a terceira - http://www.atcp.cl/content/view/16/42/)
da ATCP Chile, em Concepción. Foi uma amizade fácil,
agradável
e muito boa de ser cultivada sempre. Em 1988, fui convidado pela ATCP
Chile e com recursos do PNUD (Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento - http://pt.wikipedia.org/wiki/PNUD)
para ministrar um curso de uma semana sobre os eucaliptos (http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Curso%20sobre%20Eucalipto%20ATCP%20Chile%20Celso%20Foelkel.pdf).
Praticamente não
havia ainda produção industrial de celulose e papel no
país com essa madeira, apenas algumas tentativas industriais
esparsas. Por outro lado, a expectativa era enorme, pelo sucesso que
tinha conseguido o Brasil com esse tipo de fibras. José Paz
empenhou-se muito para o sucesso do curso, foi meu atento aluno na época.
Posso hoje afirmar com muita certeza, que tive, também como
José e Roberto, uma participação para colocar
algumas peças para as fundações do uso de eucaliptos
para produção de celulose de mercado no Chile. Algo que
me orgulho muito, pois tenho o Chile como um país de muitos
amigos e que muito admiro.
De 1988 para cá, a indústria chilena cresceu muito, novos
nomes e importantes técnicos e acadêmicos surgiram no
cenário. Entretanto, esse tributo em vida a José Paz
e Roberto Melo, faço com muito segurança, justiça
e admiração por eles. É mais do que justo honrá-los
e com distinção. Nessa edição da Eucalyptus
Newsletter falamos de José Paz, embora seja impossível
desvincular os dois nomes. Em uma edição futura, apresentaremos
Roberto Melo Sanhueza a vocês.
Quando perguntei a José Paz quais seus principais feitos em
sua vida profissional ele me respondeu sem hesitar e com a sua usual
modéstia:
•
"ter sido um educador de tantos engenheiros do setor com as suas
aulas na Universidad de Concepción;
•
ter ajudado a fornecer informações de qualidade sobre
as madeiras e seus potenciais para o Chile;
•
ter realizado inúmeros projetos de otimizações
e desenvolvimento tecnológico em parceria com as empresas do
setor;
•
ter ajudado a fundar, a sobreviver e a crescer a ATCP Chile, acreditando
no ideal do esforço coletivo para o desenvolvimento do setor."
Entretanto, não é só a ciência, a educação
e a tecnologia que preenchem a vida de José Paz. Ele sempre
foi muito dedicado à família, aos amigos, aos esportes
(caratê, tênis e ginástica), adora a natureza, e
por isso mesmo, viaja muito para conhecer as belezas naturais de seu
Chile e de outros países.
Professor José Paz, é uma honra para mim ser um grande
admirador do ser humano que você é ; ser ainda "seu
irmão em ideais e na amizade" ; e também poder apresentá-lo
como "Amigo dos Eucalyptus" aos leitores da Eucalyptus Newsletter. Gracias por
tudo que você tem feito pelo Chile,
pelos chilenos, pela celulose e papel e pelos eucaliptos.
Conheçam
um pouco mais sobre a carreira acadêmica e associativa
do professor José Paz:
Todas
as referências em Espanhol.
Entrevista
al profesor José Paz Peña. Ingeniero Civil Químico.
Universidad de Concepción. Celulosa y Papel 16(1): 16 – 20.
(2000)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2008_
Entrevista%20al%20profesor%20Jos%E9%20Paz%20Pe%F1a.pdf
José Paz: Experiência en investigación. Curriculum
vitae simplificado.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2009_Jos%
E9%20Paz_Experi%EAncia%20en%20Investigaci%F3n.pdf
Breve história de ATCP Chile. J. Paz Peña.
Celulosa y Papel. 2 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%
2010_Breve%20historia%20de%20ATCP%20Chile.pdf
Jornadas
reflejam el desarrollo del sector. J. Paz Peña. VI
Jornadas Técnicas ATCP. Celulosa y Papel. 1 pp. (1995)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2006_Jornadas
%20reflejam%20el%20desarrollo%20del%20sector.pdf
Experiencias
en la formación profesional en el área de
la celulosa y el papel de Chile. J. Paz; R. Melo. 6 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2012_
Experiencias%20en%20la%20formaci%F3n%20profesional%20en%20el%20%E1r.pdf
Conheçam
mais sobre a produção científica
e tecnológica do professor José Paz navegando nos seus
trabalhos a seguir:
Todas as referências em Espanhol.
Nuevas
espécies en la producción de celulosa. J. Paz; R.
Melo. Celulosa y Papel 3(1): 13 – 15. (1987)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2001
_Nuevas%20esp%E9cies%20en%20la%20producci%F3n%20de%20celulosa.pdf
Pulpas kraft mediante licor blanco oxidado. G. Yáñez; J.
Paz; M. Fernández. Celulosa y Papel 6(2): 22 – 25. (1990)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2002_Pulpas
%20Kraft%20mediante%20licor%20blanco%20oxidado.pdf
Ensayos de pulpaje y blanqueo de madera de eucaliptos (Eucalyptus
spp.). R. Melo; J. Paz; A. Solís; V. Carrasco. Celulosa y Papel 7(1).
10 pp. (1991)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2002a_%20
Ensayos%20de%20pulpaje%20y%20blanqueo%20de%20madera%20de%20euca.pdf
Aptitud pulpable del aserrim. V. Drápela; J. Paz; R. Melo. Celulosa
y Papel 8(2): 14 – 20. (1992)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%
2003_Aptitud%20pulpable%20del%20aserrin.pdf
Características físicas, químicas y biométricas
de distintas espécies de Eucalyptus y su aptitud pulpable. J.
Paz. Actas del Simpósio de los Eucalyptus em el Desarrollo Forestal
de Chile. 26 pp. (1993)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2004_Caracter%
EDsticas%20f%EDsicas,%20qu%EDmicas%20y%20biometricas%20d.pdf
Obtención de pulpas de alta absorción. A. Avila Gallardo;
J. Paz Peña. Celulosa y Papel 11(4): 20 – 26. (1995)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2005_
Obtenci%F3n%20de%20pulpas%20de%20alta%20absorci%F3n.pdf
Estudio de variables que afectan al color del efluente de una planta
de celulosa kraft blanqueada. M.A. Palma; J. Paz; C. Jones; M. Osses.
Celulosa y Papel 16(3): 4 - 8. (2000)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2007_Estudio
%20de%20variables%20que%20afectan%20al%20color%20del%20efl.pdf
Consiguem celulosa de alta pureza en laboratório. J. Paz. 1 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2011_
Consiguem%20celulosa%20de%20alta%20pureza%20en%20laborat%F3rio.JPG
Obtienem celulosa soluble mediante método no tradicional. J. Paz.
Celulosa y Papel. 1 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2013_
Obtienen%20celulosa%20soluble%20mediante%20metodo%20no%20trad.pdf
Efecto del peroxido de hidrógeno a temperatura en el contenido
de hemicelulosas y la energia de refinación de pulpas kraft. V.
Parra; J. Paz. ATCP Chile. 12 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2014_Efecto%20del
%20peroxido%20de%20hidr%F3geno%20a%20temperatura%20em%20el
%20contenido%20de%20hemicelulosas.pdf
Blanqueo de pulpas de eucalipto obtenida mediante pulpaje extendido. A. Jara; J. Paz. 19 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2015_
Blanqueo%20de%20pulpas%20de%20eucalipto%20obtenida%20mediante.pdf
Blanqueo de pulpas kraft de Eucalyptus globulus com oxigeno,
ozono y peroxido. P. Perez; R. Melo; J. Paz. 13 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2016_Blanqueo
%20de%20pulpas%20Kraft%20de%20Eucalyptus%20globulus.pdf
Caracterización de la pulpa producida com diferentes condiciones
de proceso RDH. R. Estebán; R. Melo; J. Paz. 15 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2017_
Caracterizaci%F3n%20de%20la%20pulpa%20producida%20con%20diferen.pdf
Estudio técnico-económico de uso de rechazo de clasificación
de pulpa cruda. S. Vera; J. Paz; M. Osses; K. Sanhueza. 9 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2018_Estudio%20t%
E9cnico-econ%F3mico%20de%20uso%20de%20rechazo%20de%20cl.pdf
Interrelación entre las propiedades de uma celulosa kraft y la
materia prima usada para su fabricación. R. Melo; J. Paz; V. Carrasco;
N. Bello. Celulosa y Papel. 6 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2019_
Interrelaci%F3n%20entre%20las%20propiedades%20de%20una%20celulo.pdf
Obtención de pulpas química blanca sin uso de compuestos
clorados. G.
Salvadores; J. Paz; R. Melo. 12 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2020_Obtencion%20
de%20pulpas%20quimica%20blanca%20sin%20uso%20de%20com.pdf
Posibilidad de producción de pulpas semiquímicas en Chile.
R. Melo; J. Paz; V. Carrasco; C. Murcia; H. Pacheco; M. Torres. Celulosa
y Papel. 5 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2021_Posibilidad
%20de%20producci%F3n%20de%20pulpas%20semiqu%EDmicas%20.pdf
Pulpas a partir de madera de Eucalyptus globulus. J. Paz; E. Reitze.
9 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2022_Pulpas%
20a%20partir%20de%20madera%20de%20Eucalyptus%20globulus.pdf
Pulpas de madera de fibra larga a partir de mesclas de pino insigne
(Pinus radiata), mañio (Podocarpus nubigena) y canelo (Drymis
winteri).
R. Melo; J. Paz; V. Carrasco; M. Torres; G. Rivera. 13 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2023_Pulpas%20
de%20madera%20de%20fibra%20larga%20a%20partir%20de%20mezcl.pdf
Pulpas semiquímicas a partir de madera de eucalipto. Proceso a
la soda fría. J. Paz; A. Solís; H. Ruiz; M. Torres. 9 pp.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Arquivo%2024_Pulpas
%20semiqu%EDmicas%20a%20partir%20de%20madera%20de%20eucalip.pdf
Gostaria de agradecer a ATCP Chile que me disponibilizou muitos desses
trabalhos para incorporação em meu website www.celso-foelkel.com.br
e à ABTCP Brasil que cooperou na digitalização
de outros tantos. Vocês irão encontrar muitas informações
técnicas relevantes para a ciência e tecnologia dos eucaliptos
no Chile. Espero que gostem, desfrutem e aprendam com essas conquistas
de José Paz, Roberto Melo e muitos de seus estudantes pesquisadores.
Muitos deles são hoje personagens relevantes na indústria
de celulose e papel no Chile.
Aguardem que brevemente lhes traremos a produção acadêmica
e vida profissional do professor Roberto Melo, amigo valioso e estimado,
tanto meu como de José Paz.


Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Nessa
seção, estamos colocando, como sempre, euca-links
com algumas publicações relevantes da literatura
virtual. Basta você clicar sobre os endereços de URLs
para abrir as mesmas ou salvá-las em seu computador. Como
são referências, não nos responsabilizamos
pelas opiniões dos autores, mas acreditem que são
referências valiosas e merecem ser olhadas pelo que podem
agregar ao seu conhecimento. Ou então, para serem guardadas
em sua biblioteca virtual. Nessa seção, temos procurado
balancear publicações recentes e outras antigas,
que ajudaram a construir a história de sucesso dos eucaliptos.
Elas versam sobre florestas, ecologia, ambiente, uso industrial
das madeiras, celulose e papel; enfim, todas as áreas que
se relacionam aos eucaliptos: seu desenvolvimento em plantações
florestais e utilizações de seus produtos.
Eucalipto & meio ambiente em tempos de aquecimento global. Aracruz
Celulose. Website especializado. Acesso em 05.12.2008. (em Português
e Inglês)
Trata-se de seção do website da empresa Aracruz Celulose
que explica sobre as florestas plantadas de eucaliptos, sua importância,
seus impactos e seus benefícios. Além de poder ser acessado
via navegação no website, pode-se também descarregar
um documento completo com as informações em formato PDF.
http://www.aracruz.com.br/eucalipto/pt (Seção
do website acerca do eucalipto e meio ambiente)
http://www.aracruz.com.br/eucalipto/en (Idem, em Inglês)
Produção de celulose do ponto de vista de seus processos
químicos e ambientais. C.A. Sousa. I Semana de Engenharia Ambiental
UFMS/VCP/MS. Apresentação em PowerPoint: 51 slides. Acesso
em 30.09.2008 (em Português)
Excelente palestra didática para quem quiser conhecer mais sobre
o processo de fabricação de celulose kraft branqueada
de eucaliptos.
http://www.e-ambiental.com/_files/534462d5a822122007181848.pdf
Toward
understanding wood, fibre, and paper deeper knowledge through modern analytical
tools. Turku. Abo. Finlândia. 86 pp. (2008) (em Inglês)
Livro de Sumários do Seminário final do COST Action 41
(Analytical tools with applications for wood and pulping chemistry)
e do Workshop Action E 50 (Cell wall macromolecules and reaction wood).
Um documento precioso para os que se dedicam às qualidades da
madeira e das fibras celulósicas.
http://www.vtt.fi/liitetiedostot/muut/coste41_Turku_abstracts_book_program.pdf
Eucalyptus. The genus Eucalyptus. J.J.W.
Coppen. CRC Press. 450 pp. (2002) (em Inglês)
Excelente obra-prima sobre os eucaliptos disponível através
do Google Books.
http://books.google.com/books?id=sovmINZsxdEC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_summary_r&cad=0
O
mundo eucalipto: os fatos e mitos de sua cultura. J.R. Scolforo. 72 pp. (2008) (em Português)
Livro muito recente e publicado no Brasil para esclarecer sobre alguns
dos mitos que cercam a cultura dos eucaliptos e os produtos de sua
industrialização. Disponível apenas na forma em
papel, para aquisição em livrarias especializadas.
http://store-universoagricola.locasite.com.br/loja/imagem.php/
pID/1786?PHPSESSID=e6a86ef66395f427c4eb92a274538c65
http://www.travessa.com.br/O_MUNDO_EUCALIPTO_OS_FATOS_
E_MITOS_DE_SUA_CULTURA/artigo/2ca227a8-860a-430d-b4d2-2f0cf21a09a6
http://www.martinsfontespaulista.com.br/site/detalhes.aspx?ProdutoCodigo=292895
A
celulose de eucalipto - Uma oportunidade brasileira. (Eucalyptus pulp
- A Brazilian opportunity). L.R.S. Queiroz; L.E.G. Barrichelo.
Patrocíno VCP - Votorantim Celulose e Papel. Avis Brasilis.
156 pp. (2008). (em Português e Inglês). Uma cortesia do
prof. L.E.G. Barrichelo.
Uma obra-prima de nossos estimados autores Queiroz & Barrichelo,
uma dupla de escritores que está resgatando a história
dos eucaliptos no Brasil, divulgando isso para a sociedade através
livros maravilhosos em textos e em imagens.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/A%20celulose%20de%20eucalipto.pdf
Produção da extração vegetal e
da silvicultura em 2007. IBGE Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística. PEVS 2007. 45 pp. (2008). (em Português)
Excelente base de dados estatísticos anualmente editada pelo
IBGE, uma referência sobre a produção florestal
brasileira.
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/pevs/2007/pevs2007.pdf
Guia do eucalipto. Oportunidades para um desenvolvimento sustentável.
CIB Conselho de Informações sobre Biotecnologia. 20 pp.
(2008) (em Português)
Excelente literatura referencial sobre os eucaliptos e seu melhoramento
genético e informações sobre questões de
biotecnologia florestal.
http://www.cib.org.br/pdf/Guia_do_Eucalipto_junho_2008.pdf
Eucaliptais
- Qual Rio Grande do Sul desejamos? A. Teixeira Filho. 472 pp. (2008)
(em Português)
Um recente livro digital que discute sobre as inconveniências
vistas por um grupo de autores ambientalistas e sindicalistas sobre
as plantações florestais para o estado do Rio Grande
do Sul, Brasil. A coordenação do livro foi de responsabilidade
do professor Althen Teixeira Filho.
http://www.inga.org.br/?p=424 (Website da ONG InGá com referências
e descrição do livro)
http://www.inga.org.br/wordpress/wp-content/uploads/eucalipitais.pdf (Endereço para download do livro integral)
http://www.sticap.org.br/portal/downloads/outros/eucalipitais.pdf (Endereço
para download do livro integral)
The onward march of Eucalyptus. G.K. Moore; R.N.
Jopson. & "Mr.
Eucalyptus - Brazilian fiber expert Celso Foelkel". Paper 360° (Setembro):
14 - 15. (2008). (em Inglês) Uma cortesia de TAPPI/USA.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/article.pdf
Accurate vessel cell measument improves runnability of high-end
papers.
D. Watzig; J.P. Weihs. Tappi Journal Techlink. Paper 360º (Agosto):
34 - 37. (2008) (em Inglês)
http://www.paper360.org/paper360/data/articlestandard//paper360/352008/545049/article.pdf
Restauração de áreas degradadas. Imitando a natureza. A.
Reis; D.R. Tres; A. Siminski. 90 pp. (2006) (em Português)
http://sementesdopantanal.dbi.ufms.br/menuhorizontal/pdf/rest_areas_degrad_ademir_reis.pdf
Pioneiros do eucalipto. S. Mascarenhas. USP. 1p
(Sem referência de data) (em Português)
http://www.marcospontes.net/con_02_destaques/
des_cronicas_Sergio%20Mascarenhas/EUCALIPTO.pdf
Evaluación de parametros morfológicos y fisiológicos
de plantas de Eucalyptus producidas en distintos contenedores. Centro
Tecnológico de la Planta Forestal. INFOR Chile. Apresentação
em PowerPoint: 39 slides. (2008) (em Espanhol)
http://www.ctpf.cl/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=76&Itemid=33
Global planted forests thematic study. Results
and analysis. A.D. Lungo; J. Ball; J. Carle. FAO Food and Agriculture
Organization.
Forestry
Department. 178 pp. (2006) (em Inglês)
Excelente material com dados estatísticos de plantações
florestais e de áreas de florestas no mundo, com a garantia
de qualidade da FAO.
http://www.fao.org/forestry/media/12139/1/0/

Referências
sobre Eventos e Cursos
Essa seção tem como meta principal apresentar
a vocês todos a possibilidade de navegar em eventos que já aconteceram
em passado recente, e para os quais os organizadores disponibilizaram
o material do evento para abertura, leitura e downloading em seus websites.
Trata-se de uma maneira bastante amigável e com alta responsabilidade
social e científica dessas entidades, para as quais direcionamos
os nossos sinceros agradecimentos.
XV
Seminário de Colheita e Transporte Florestal. (em Português)
Tradicional evento do setor florestal brasileiro realizado em Curitiba
em novembro de 2008, simultaneamente à ExpoForest - Feira
Florestal Brasileira, ao Encontro Brasileiro de Silvicultura e ao
3º Encontro Brasileiro de Prestadores de Serviços do
Segmento Florestal. O evento tem sempre o característico entusiasmo
e coordenação do grande "expert" brasileiro
em sistemas de colheita e transporte florestal, nosso reconhecido
Dr. Jorge Roberto Malinovski, professor da Universidade Federal do
Paraná. Vale a pena conhecer as palestras disponibilizadas
pelo Portal Colheita da Madeira e também a entrevista do professor
Malinovski sobre o evento para o Portal CeluloseOnline.
http://www.colheitademadeira.com.br/colheita/publicacoes/396#explorer (Acessar o item Palestras dos eventos)
http://www.celuloseonline.com.br/Entrevista/Entrevista.asp?IDEntrevista=385&iditem (Entrevista do professor Jorge Malinovski sobre o evento para CeluloseOnline)
Fórum Nacional sobre Carvão Vegetal. (em Português)
Magnífico evento sobre carvão vegetal de eucalipto organizado
pela SIF - Sociedade de Investigações Florestais em 2008.
Aborda praticamente todas as fases da produção, comercialização
e tecnologias para fabricação de carvão vegetal
a partir das madeiras de plantações de eucaliptos. Definitivamente
um tema atual e excitante, pois refere-se à utilização
energética dos eucaliptos, sendo o carvão um dos principais
produtos da eucaliptocultura brasileira. As palestras podem ser encontradas
tanto no website da SIF/UFV como do portal Painel Florestal. Visitem:
http://www.sif.org.br/eventos/evento_carvao/programacao.html (Programação
do evento)
http://www.sif.org.br/site/scripts/?conteudo=17&tipo=9 (Palestras
no website da SIF)
http://painelflorestal.com.br/exibeNews.php?id=1784 (Programa e palestras
no website Painel Florestal)
6º Fórum Latino Americano sobre Meio Ambiente e Responsabilidade
Social. (em Português)
Evento realizado dentro da programação do evento magno
EcoLatina - Conferência Latino Americana sobre Meio Ambiente
e Responsabilidade Social. Temos as palestras de diversos painéis
e workshops, merecendo sua atenção aquelas ligadas à sustentabilidade
da base florestal e sobre mudanças climáticas e plantações
florestais. Visitem e naveguem, há muito a se aprender e a conhecer.
http://www.ecolatina.com.br/apresentacao.asp (Programação
e palestras)
II Semana de Atualização para Técnicos Agrícolas
e Florestais. (em Português)
Evento muito didático organizado pela SIF - Sociedade de Investigações
Florestais orientado para o aperfeiçoamento técnico daqueles
que trabalham em plantações florestais de eucaliptos.
Algo imperdível, mesmo para aqueles que já conhecem muito
sobre o assunto.
http://www.sif.org.br/site/scripts/?conteudo=17&tipo=8 (Palestras do evento)
Seminário Florestas Plantadas do Mato Grosso do Sul 2007. (em
Português)
Evento organizado pela REFLORE MS - Associação Sul-Mato-Grossense
de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas. Com a crescente
popularização do tema florestal no estado do Mato Grosso
do Sul, a REFLORE vem trazendo informações relevantes
para as partes interessadas da região.
http://www.reflore.com.br/reflore.php (Sobre a REFLORE MS)
http://www.reflore.com.br/downloads.php (Palestras do evento)
MADEN 2008. Seminário Madeira Energética. (em Português)
Evento realizado no Rio de Janeiro sob a coordenação
da ABC - Associação Brasileira de Ciências, englobando
inúmeros aspectos da utilização da madeira e das
florestas plantadas de eucalipto como fonte de energia renovável.
As muitas palestras dos mais renomados especialistas sobre o tema no
Brasil estão disponibilizadas para seu conhecimento. Uma oportunidade
imperdível a quem se interessar sobre esse assunto.
http://maden2008.inee.org.br/programa.html (Programação
e palestras para downloading)
1º Seminário Mercosur sobre Certificación Forestal. (em Espanhol)
Evento organizado pelo IRAM - Instituto Argentino de Normalización
y Certificación, em Buenos Aires em 2006.
http://www.iram.com.ar/Eventos/Forestal/home.htm
Simpósio "Técnicas de Plantio e Manejo de Eucalyptus para
Uso Múltiplo". (em Português)
Excelente evento organizado pelo GELQ - Grupo de Estudos "Luiz
de Queiroz" da ESALQ- Universidade de São Paulo. A todos
os que se interessam em novas formas de manejar as plantações
de Eucalyptus para produtos de maior valor agregado, não deixem
de navegar e descarregar as apresentações.
http://www.gelq.com.br/arquivos_eucalyptus.html (Programação
e palestras do evento)
Symposium "Power Products from Waste and Biomass". (em Inglês)
Evento realizado em Espoo - Finlândia em 2002 e organizado por
uma série de entidades interessadas na geração
de energia a partir da biomassa, especialmente pelo VTT Technical Research
Centre da Finlândia. Os proceedings com 354 páginas das
apresentações pode e deve ser conhecido pelos que se
interessam sobre o assunto.
http://www.vtt.fi/inf/pdf/symposiums/2002/s222.pdf (Proceedings do
evento)

Euca-Links
A seguir, estamos trazendo a vocês
nossa indicação para visitarem diversos websites que
mostram direta relação com os eucaliptos, quer seja nos
aspectos econômicos, técnicos, científicos, ambientais,
sociais e educacionais.
ABRASFLOR
- Associação Brasileira dos Prestadores
de Serviços Florestais. (em Português)
Entidade criada em Minas Gerais para representar as empresas prestadoras
de serviços florestais. Seu diretor executivo é o nosso
muito conhecido amigo engenheiro florestal José Batuíra
de Assis.
http://www.abrasflor.org.br/institucional.html
AET - Alliance for Environmental Technologies. (em Inglês)
A AET é uma organização de produtores químicos
dedicados a melhorar a performance ambiental da indústria
de celulose e papel. Sua principal missão é apoiar
e prover esclarecimentos sobre o uso de dióxido de cloro para
branquear celuloses através de seqüências ECF ("Elemental
Chlorine Free"). Existem diversas seções muito
interessantes nesse website, destacando-se aquelas relativas à ciência
do branqueamento ECF, sobre as fábricas de mínimo impacto
ambiental, sobre os papéis brancos mais preferidos a serem
comprados do ponto de vista ambiental, além de muitos relatórios
e artigos técnicos, mercadológicos, etc. Tudo isso
sempre escrito ou coordenado com eficiência pelo nosso estimado
amigo Doug Pryke, uma das maiores autoridades mundiais em branqueamento
de celulose. Dentre alguns de seus relevantes trabalhos, Doug tem
apresentado um relatório estatístico sobre as tendências
do branqueamento a nível mundial "Trends in World Bleached
Pulp Production".
http://www.aet.org (Website geral)
http://www.aet.org/science_of_ecf/eco_risk/2005_pulp.html (Relatório
- "Trends in World Bleached Pulp Production")
http://www.aet.org/epp/epp.html ("Environmentally
Preferred Paper" - sobre as características ambientais
favoráveis
dos papéis brancos)
http://www.aet.org/science_of_ecf/index.html (Relatórios sobre
os branqueamentos ECF)
http://www.aet.org/science_of_ecf/eco_risk/beca.pdf (Avaliação
crítica sobre os comentários do WWF sobre a fábrica
de celulose de Valdívia da empresa Arauco/Chile e os branqueamentos
ECF e TCF)
http://www.aet.org/science_of_ecf/eco_risk/beca.pdf (Fábricas
de mínimo impacto ambiental, com referência especial à fábrica
da Veracel/ Brasil)
Blog
Celulosa & Papel. (em Espanhol)
Trata-se de um criativo blog elaborado na Argentina por Mariano
Agostini, técnico superior em gestão da produção
gráfica, com a finalidade de se converter em um sítio
de consulta, opinião e divulgação do papel e
sua indústria.
http://celulosapapel.blogspot.com
CETCEP - Centro de Tecnologia de Celulose e Papel. (em Português)
O CETCEP é uma entidade do sistema SENAI - Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial. Localiza-se no município
de Telêmaco Borba, onde foi fundado há mais de 45 anos.
Com bem equipado laboratório, equipe técnica e biblioteca,
o CETCEP dedica-se à formação de técnicos
florestais e papeleiros, estudos e pesquisas, assessoria tecnológica,
redação de material técnico e eventos qualificados.
Como alguns de seus destaques podem ser citados o Laboratório
Móvel (parceria com a empresa REGMED) para treinamento "in
company" e um software para treinamento de operadores de colheita
florestal. O CETCEP é um dos parceiros apoiadores ao nosso
Eucalyptus Online Book. Conheçam mais:
http://www.pr.senai.br/unidades/camposgerais/cetcep/FreeComponent272content27171.shtml (Sobre o CETCEP)
http://www.pr.senai.br/unidades/camposgerais/cetcep/FreeComponent272content27429.shtml (Laboratório Móvel)
http://www.pr.senai.br/unidades/camposgerais/cetcep/FreeComponent272content32139.shtml (Colheita florestal)
COFI - Council of Sustainable Industry.
(em Inglês)
O COFI é uma entidade que promove a sustentabilidade das empresas
florestais do interior de British Columbia, Canadá. Por ser
uma província canadense onde a participação
da floresta é altamente significativa, as publicações
e eventos do COFI estão fortemente relacionadas às
florestas, madeiras e produtos florestais.
http://www.cofi.org/index.htm (Sobre o COFI)
http://www.cofi.org/library_and_resources/publications.htm (Publicações
do COFI)
Department of Sustainable Development - Organization
of American States. (em Inglês e Espanhol)
Esse departamento da OEA possui a sua disposição uma
enorme quantidade de relatórios técnicos, publicações
e boletins sobre o desenvolvimento sustentável: biodiversidade,
mudanças climáticas, conservação
de energia, etc., etc.
http://www.oas.org/dsd/ (Sobre o DSD - Department of Sustainable
Development)
http://www.oas.org/dsd/Public.htm (Publicações)
Environmental Paper Network. (em Inglês)
Consiste em um network de entidades ambientalistas que se coordenaram
de forma a oferecer suporte e sugestões para a aceleração
das transformações consideradas por elas necessárias
para que a indústria de celulose e papel atinja mais rapidamente
o status de excelência em sustentabilidade ambiental. Dentre
suas ações podem ser também destacadas suas
sugestões aos setores compradores de papel, para favorecer
o que identificam como compras mais verdes.
http://www.environmentalpaper.org/commonvision.html (Visão
e missão do EPN)
http://www.environmentalpaper.org/documents/CommonVision-guidelines.pdf (Sugestões a compradores de papel)
http://www.environmentalpaper.org/documents/CommonVision-guidance.pdf (Melhores práticas ambientais)
http://www.environmentalpaper.org/stateofthepaperindustry/confirm.htm (Relatório "The state of paper industry - Monitoring
the indicators of environmental performance")
Grimwade Plant Collection - Specimen Index. (em Inglês)
Nesse website encontre fichas botânicas de diversas espécies
vegetais da Austrália, dentre as quais alguns eucaliptos.
Elaborado pela School of Botany da Universidade de Melbourne - Austrália.
http://www.botany.unimelb.edu.au/buffalo/about.htm
http://www.botany.unimelb.edu.au/buffalo/index.htm (Índice
de espécies)
International Forestry Students' Association. (em Inglês)
A IFSA é uma organização que objetiva a aproximação
dos estudantes de engenharia florestal através um amplo
espectro de atividades: fóruns, intercâmbios, estágios,
informações, experiências, etc. Para conhecer
mais a IFSA, navegue no website, especialmente na seção
de downloads.
http://www.ifsa.net/showpage.php?page=aboutus (Acerca da IFSA)
http://www.ifsa.net/showpage.php?page=downloads (Seção
de downloads)
Multilingual Multiscript Plant Name Database. (em Inglês)
Interessantíssimo website de Michel H. Porcher, na Universidade
de Melbourne - Austrália, que nos apresenta os nomes e a forma
de redação de inúmeras espécies vegetais
em diferentes idiomas.
http://www.findanexpert.unimelb.edu.au/researcher/person16042.html (Mr. Michel Porcher)
http://www.plantnames.unimelb.edu.au/Sorting/Frontpage.html (Lista
de gêneros vegetais)
PITA - Paper Industry Technical Association. (em Inglês)
A PITA é uma organização independente no Reino
Unido que promove a tecnologia e a difusão de conhecimentos
no setor de papel e celulose. Ela possui em seu website fantásticas "factsheets",
pequenas fichas técnicas, com muitas informações.
Além disso, edita a revista Paper Technology e participa na
organização de eventos técnicos importantes
no Reino Unido.
http://pita.co.uk/#Scene_1 (Home page)
http://pita.co.uk/factsheets/ (Factsheets)
http://pita.co.uk/publications/journal.php#Scene_1 (Paper Technology
Journal - disponível na forma digital para os anos 2005,
2006 e 2007)
Revistas
Digitais Especializadas
A
seguir, estamos trazendo a vocês nossa indicação
para visitarem algumas revistas e informativos especializados
sobre florestas, madeiras, produtos florestais, etc. Neles, vocês
poderão encontrar artigos sobre os eucaliptos e descarregá-los
para leitura ou arquivo. Por favor, procurem sempre utilizar
os mecanismos de busca das revistas disponíveis em seus
websites para poder assim encontrar algumas preciosidades nos
arquivos e revistas mais antigas.
Boletim Florestal Forest Brazil. (em Português)
Boletim digital da empresa de consultoria e gerenciamento florestal
Forest Brazil.
http://www.forestbrazil.com.br/portal/boletim.php (Acessem os
boletins)
CIFOR Revista Ciência e Investigación Forestal. (em Espanhol)
Revista do INFOR - Instituto Forestal do Chile, com disponibilização
de alguns números no formato digital.
http://www.infor.cl/quienes_somos/mision.htm (Sobre o INFOR)
http://www.infor.cl/centro_documentacion/venta_publicaciones/revista/ficha_revista_cifor_n13.htm (Revistas)
Fiber Spectrum - Andritz. (em Inglês)
Revista do importante fornecedor de máquinas e tecnologias
para o setor de produção de celulose, papel e energia
- Andritz.
http://fiberspectrum.andritz.com/index/index
http://fiberspectrum.andritz.com/archive/archive-online.htm (Arquivos
de números passados)
Revista científica periódica e renomada
do Instituto de Florestas da Universidade Federal Rural do Rio
de Janeiro
- UFRRJ.
http://www.if.ufrrj.br/revista/normas.html (Sobre a revista)
http://www.if.ufrrj.br/revista/volumes.html (Volumes disponíveis)
http://www.if.ufrrj.br/revista/english/volumes_en.html (Volumes
disponíveis - Inglês)
Floresta em Foco. (em Português)
Boletim da empresa de consultoria Silviconsult, com diversos
temas e conhecimentos relevantes para o setor de base florestal.
http://www.silviconsult.com.br/floresta-em-foco.html
Paper Age. (em Inglês)
Portal de informações e atualidades sobre o setor
de celulose e papel disponibilizando uma muito interessante revista
digital. Acessem ainda no website as listas de preços
dos produtos de celulose e papel, com atualizações
freqüentes.
http://www.paperage.com/index.html (Portal)
http://www.paperage.com/issue_archives.html (Arquivos de números
passados da revista Paper Age)
http://www.paperage.com/foex/pulp.html (Lista de preços
praticados para tipos de celulose)
http://www.paperage.com/foex/paper.html (Lista de preços
praticados para tipos de papéis)
Revista Habitare. (em Português)
Revista de divulgação tecnológica e científica
do Programa de Tecnologia de Habitação, coordenado
pela FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos. São encontradas
muitas referências sobre a utilização de
madeira de plantações florestais na construção
civil.
http://www.habitare.org.br/programa_objetivos.aspx (Objetivos
do programa Habitare)
http://www.habitare.org.br/revista_anteriores.aspx (Arquivo das
revistas)
Curiosidades e Singularidades acerca dos Eucaliptos
por Ester Foelkel
(http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html)
Nessa edição: Os eucaliptos utilizados para
a fabricação de sabões e detergentes
O sabão já é um velho conhecido
do ser humano, havendo relatos de sua utilização
por mais de 2.500 anos. Inicialmente, estes produtos foram considerados
como iguarias pelo povo Fenício, pelos Romanos e posteriormente
redescobertos e reapreciados a partir do Século IX na Europa.
A origem do nome é ainda duvidosa. A palavra sabão
pode ter-se originado do povo Celta, um dos precursores desse produto.
Eles fabricavam sabões a partir de gorduras animais e de
cinzas de plantas, produzindo o “saipo”, palavra de
onde provavelmente derivou o nome sabão. Outra origem do
nome pode ter surgido na idade média, onde os sabões
eram também produzidos. Uma das cidades que redescobriram
o sabão se chamava Savona, na Itália, originando
assim o nome do produto. Entre dúvidas e ansiedades, o certo é que
o nome se consolidou no mundo e o sabão é um dos
produtos mais populares no planeta.
Apesar de serem utilizados já há bastante tempo,
as propriedades de limpeza do sabão somente foram reconhecidas
no século II D.C., onde trabalhos científicos foram
realizados na época, mencionando-o como medicamento para
limpar o corpo. Os sabões, inclusive os perfumados, tornaram
extremamente populares na Europa a partir do século XVI,
difundindo-se dai para o mundo. Hoje, são produtos quase
que indispensáveis para a higiene humana, sendo sua tecnologia
de fabricação e a descoberta de novos produtos dele
derivados como sabão em pó, os sintéticos
como detergentes e de produtos ambientalmente corretos contendo
enzimas biodegradáveis cada vez mais comuns.
Anteriormente aos anos 1940, a maioria dos sabões eram produzidos
somente pela reação da saponificação
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Saponifica%C3%A7%C3%A3o).
A reação
da saponificação nada mais é do que a mistura
de quantidades de gorduras e óleos com a soda (hidróxido
de sódio), que sob calor e agitação constante
forma o sabão. Porém, com a descoberta e avanço
dos detergentes sintéticos (mais baratos), os sabões
como tal passaram a ser consumidos em menor escala, sendo mais
utilizados para limpeza corporal através dos sabonetes e
também para higiene doméstica.
Nos dias de hoje, existem vários tipos de sabões
propriamente ditos, sendo que todos possuem a mesma definição:
um produto gerado a partir da reação da saponificação
ou neutralização de óleos, gorduras, ceras,
resinas, gomas e breu com o uso de uma base forte. Também
podem ser formados pelos ácidos graxos e bases orgânicas
ou inorgânicas provenientes dos materiais anteriormente citados.
Os sabões possuem derivados como o sabão em pó,
sabão granulado, sabão ralado, entre outros, utilizados
para limpeza doméstica e industrial. Além da matéria
graxa, há outros importantes ingredientes para a fabricação
dos sabões como a potassa, a glicerina, a água, a
cal, alguns sais, álcalis, agentes abrasivos, branqueadores óticos,
agentes quelantes ou seqüestrantes, corantes e por fim fragrâncias
e perfumes.
Os sabonetes são produtos diferenciados, utilizados especificamente
para a limpeza corporal. Seus principais componentes são
sais alcalinos, ácidos graxos e aromatizantes. O formato
e a consistência dos sabonetes são ideais e adequados
para o seu uso durante o banho. Existem sabões e sabonetes
nas formas sólida, pastosa e líquida.
Os detergentes são produtos sintéticos e têm
como definição a sua própria função,
ou seja, são produtos destinados à limpeza e conservação
de superfícies. Assim, os detergentes podem apresentar várias
misturas de componentes sintéticos que vão atuar
na limpeza de forma pontual (são componentes tensoativos
e componentes complementares). Eles atuam sobre a tensão
superficial da água e sua relação coloidal
com a gordura, facilitando sua remoção. Nos sabões
há a mistura de soda e ácidos graxos e gorduras que
são solúveis em água, auxiliando na limpeza.
Após o uso, os sabões podem ser degradados rapidamente,
o que é uma vantagem ambiental. Já os detergentes
sintéticos, demoram mais tempo para degradar no meio ambiente,
podendo gerar problemas ambientais como o de formação
de muita espuma nos rios contaminados.
A resina e a goma proveniente de Pinus e
dos eucaliptos são
matérias graxas também utilizadas para a fabricação
de sabões em pó, sabonetes de menor qualidade (mais
baratos) para banho e também para produzir alguns tipos
de sabões especiais artesanais. A resina e goma retirada
das árvores de Pinus e Eucalyptus, respectivamente, são
utilizadas para a correção de matérias graxas
em sabões. Essas misturas também permitem a formação
de espumas de forma rápida e abundante.
Tecnicamente, os exudados extraídos das árvores de
eucalipto não são denominados de resinas, pelo fato
de serem árvores folhosas (sem canais de resinas), ao contrário
dos Pinus. A resina do Pinus possui ácido graxo chamado
de ácido resinífero ou ácido resínico,
ao passo que o eucalipto possui extratos polifenólicos e
outros tipos de ácidos graxos, mais conhecidos como gomas.
As resinas e gomas são saponificáveis em menores
graus quando comparadas às outras matérias graxas,
possuindo consistência mais maleável, e por isso,
considerada muito branda, sendo, portanto, de menor qualidade.
O "sabão de resina", assim denominado também
o proveniente da goma do eucalipto, é formado pela sua combinação
com álcalis através reação da saponificação.
A resina e a goma geralmente possuem coloração amarelada
escura, necessitando algum tipo de descoloração para
o posterior uso como matéria-prima de produtos de limpeza.
Além da goma utilizada em sabões, o eucalipto gera
outro ingrediente bastante utilizado na produção
tanto de sabões em barra, em pó, de sabonetes como
de detergentes: é o óleo essencial principalmente
de Eucalyptus globulus e de Corymbia (Eucalyptus)
citriodora. Assim
como o caso da preferência dos sabões sintéticos
aos artesanais no mercado; as essências naturais utilizadas
em produtos de limpeza perderam também espaço desde
a substituição por aromas artificiais. Segundo Morris
(1978), a oscilação da disponibilidade desse produtos
naturais e a conseqüente variação nos seus preços
foram os principais responsáveis por essa perda de mercado.
Logo, os aromas sintéticos passaram a dominar o mercado
de perfumaria e os aromas naturais, como o óleo de eucalipto,
de citronela, rosa, entre outros, passaram a ter participação
modesta também entre os produtos de limpeza doméstica.
A produção de sabões corresponde a cerca de
25 % em relação àquela dos produtos de limpeza,
sendo que uma parte importante da produção é oriunda
de pequenas indústrias ou de produções artesanais.
A técnica da produção de sabões é considerada
fácil e acessível, sendo bastante empregada em indústrias
de pequeno porte, ajudando na renda familiar e o desenvolvimento
de algumas regiões brasileiras.
Com a crescente demanda por produtos ambientalmente
corretos, os sabonetes e sabões fabricados de forma artesanal (ou mesmo
caseira) estão voltando a ganhar espaço, apesar da
elevada concorrência com os produtos industriais, os quais
são muitas vezes mais baratos. Sobras de gordura e de óleos
de cozinha, que antes eram jogados fora, já são reaproveitados
para a fabricação de sabão e utilizados pelas
próprias famílias. As essências do óleo
de eucalipto, por serem consideradas naturais, são largamente
empregadas como aromatizantes de sabões e sabonetes artesanais,
pois, assim como limpam sujeiras, também possuem capacidade
anti-séptica e conferem um aroma bastante agradável
e sensação de refrescância à pele. C.
citriodora produz grande quantidade de óleos essenciais
(citronelal principalmente) de odor muito apreciado e por isso
mesmo usados como aromatizantes de cheiro agradável. Já outras
espécies de eucaliptos produzem o cineol (E.globulus),
o qual apresenta propriedades medicinais e anti-sépticas.
Ele também pode ser acrescido em sabonetes como aditivo,
atuando em fins terapêuticos e também para a aromaterapia
(volatilização de princípios terapêuticos
contidos no sabonete e sensação emocional positiva
ao paciente). Durante o preparo, as essências como o óleo
de eucalipto são acrescentadas nas misturas somente nas
etapas finais, quando a soda e as gorduras já foram misturadas
e reagidas. Geralmente, a essência e o corante são
recomendadas para serem acrescidos ao sabão ainda quente
(líquido), continuando a agitação para a mistura
dos produtos.
Assim, pode-se concluir que os eucaliptos possuem
papel importante como matéria-prima de produtos de limpeza, contribuindo
através de seu aroma e de sua goma e ácidos graxos
na renda de muitas famílias e também ajudando na
fabricação de um produto final ambientalmente correto.
Existe no mercado cada vez mais sabões contendo esse odor
agradável dos eucaliptos. No Brasil, as técnicas
de fabricação de vários tipos de sabões
estão disponíveis na internet, já sendo bastante
difundidas entre nosso povo. Nas literaturas citadas abaixo, há várias
receitas e técnicas de fabricação desses produtos
de limpeza contendo o eucalipto, principalmente como fragrância
natural.
Aos interessados em começar a fabricar sabão caseiro
ou mesmo iniciar um negócio artesanal, dando uma destinação
ambientalmente correta aos restos de gordura que sobram em cozinhas,
sugere-se a leitura das várias técnicas apresentadas
a seguir em links oferecidos para navegação. O óleo
de eucalipto é considerado de baixo custo e acessível
até mesmo em supermercados, sendo recomendado como perfume
desses produtos de limpeza também conferindo a eles propriedades
anti-sépticas e terapêuticas. Confiram as fotos de
alguns produtos a venda em muitos mercados mundiais. Surpreendam-se
com mais essa utilidade dos eucaliptos para a sociedade humana.
Generalidades
sobre sabões, detergentes e óleos
essenciais
ANVISA – Saneantes – Conceitos técnicos. (em
Português). Acesso em 02.12.2008
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
possui em seu site as definições dos principais produtos
saneantes, dentre esses destacam-se os sabões, sabonetes,
detergentes e desinfetantes.
http://www.anvisa.gov.br/saneantes/conceito.htm
Soap,
detergent and cosmetic making classes. (em Inglês).
Acesso em 2.12. 2008
Website educativo, que objetiva a transmissão de conhecimento
na fabricação de cosméticos e de produtos
de limpeza domésticos, incluindo os sabonetes artesanais.
O óleo de eucalipto é indicado em diversas receitas
de sabonetes.
http://www.soapdetergentcosmetic.in/raw_material_supplies
O
que são detergentes biodegradáveis? (em Português).
Yahoo! Respostas. Acesso em 02.12.2008
Perguntas e respostas de grupos do Yahoo! Confiram o que são
detergentes biodegradáveis e algumas outras características
sobre estes produtos de limpeza, alguns deles considerados ambientalmente
corretos em sua formulação e fabricação.
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20060819121935AAcnZk0
Creative
uses for essential oils. (em Inglês). Acesso em
2.12. 2008
O Blog possui algumas dicas de uso do óleo do eucalipto
com criatividade. Uma dessas consiste em usar algumas gotas durante
o banho, conferindo um aroma agradável à pele e sensação
de refrescância.
http://hothousebotanicals.wordpress.com/2008/10/13/creative-uses-for-essential-oils/
Eucalyptus oil. ANU - Australian National University, Austrália. (em Inglês). Acesso em 27.11.2008
Neste website há dicas de limpeza de roupas utilizando o óleo
de eucalipto. Há inclusive uma sugestão de que o óleo
puro ajuda a remover manchas difíceis como de gordura, de
marcas de caneta, chicletes, entre outros. Além disso, é um
espaço de navegação muito popular por aqueles
que querem conhecer mais sobre os óleos de eucaliptos.
http://fennerschool-associated.anu.edu.au//fpt/nwfp/eucoil/eucoil.html
All
purpose carpet cleaning compositions. (em Inglês). FreePatentsOnline.com.
Acesso em 27.11.2008
Refere ao uso de essências de eucaliptos para odorizar os
produtos para limpeza e combate a ácaros para limpeza de
carpetes.
http://www.freepatentsonline.com/5905066.html
Bathroom,
kitchen cleaner. Eucalypt oil. (em Inglês). Acesso
em 20.11.2008
Website que aborda propriedades e usos dos óleos de eucalipto.
Além disso, fornece receitas de como utilizar o óleo
durante a lavagem de roupas na máquina de lavar, durante
a limpeza da cozinha e do banheiro. Confiram:
http://www.ausimports.com/eucoil.htm
Artigos
técnicos e científicos sobre sabões,
detergentes e óleos essenciais de eucalipto (em Inglês
ou em Português):
Soap
composition. P. W. Elliott. FreePatentsOnline.com (2008)
http://www.freepatentsonline.com/EP0771188B1.html
Dossiê Técnico: Sabão. M. S. Uchimura. IBICT
Sistema Brasileiro de Respostas Técnicas. Instituto de Tecnologia
do Paraná. 27 pp. (2007)
http://sbrtv1.ibict.br/upload/dossies/sbrt-dossie79.pdf
Dossiê Técnico: Fabricação
de produtos de higiene pessoal. E. F. R. O. Motta. IBICT Sistema Brasileiro
de Respostas Técnicas. REDETEC. 37 pp. (2007)
http://sbrtv1.ibict.br/upload/dossies/sbrt-dossie309.pdf
Quais
os processos necessários para fabricação
de material de limpeza, bem como as matérias-primas usadas
e quais máquinas usadas? P. R. C. Silva. IBICT Sistema Brasileiro
de Respostas Técnicas. RETEC. 10 pp. (2006)
http://sbrtv1.ibict.br/upload/sbrt1909.pdf?PHPSESSID=9c643d76f672600063804335814ab947
Chemical
compositional and intra provenance variation for content of essential
oil in Eucalyptus crebra. N.R. Ahmad; M.A. Hanif; U. Rashid.
Asian Journal of Plant Sciences 4(5): 519 – 523. (2005)
http://198.170.104.138/ajps/2005/519-523.pdf
Gostaria
de obter informações sobre a fabricação
de sabão em pó, se possível a fórmula
e o processo de fabricação, bem como literatura existente
para pesquisa. L. T. Leite. IBICT Sistema Brasileiro de Respostas
Técnicas. TECPAR. (2005)
http://sbrtv1.ibict.br/upload/sbrt411.pdf
Resgatando
vidas e esperança através da reciclagem
de resíduos de óleo vegetal: sabão esperança. D.N.
Heidrich; J. Ricardo; V.B.N. Ferreira; P.L.F. Silva. 8 pp. 2º Congresso
Brasileiro de Extensão Universitária. (2004)
http://www.ufmg.br/congrext/Saude/Saude180.pdf
Treatment for surface treatment and cleaning which contains Eucalyptus oil,
and wooden building material impregnated with said treatment.
FreePatentsOnline.com (2002)
http://www.freepatentsonline.com/6358623.html
Environmental
and health assessment of substances in household detergents
and cosmetic detergent
products. T. Madsen; H. B. Boyd;
D. Nylén; A. R. Pedersen; G. I. Petersen; F. Simonsen. Environmental
Project No. 615. Miljøprojekt. 240 pp. (2001)
http://www2.mst.dk/udgiv/Publications/2001/87-7944-596-9/pdf/87-7944-597-7.pdf
Produtos
de limpeza agroecológicos. Produtos ecológicos.
Centro Ecológico. Ecologia no Dia a Dia. Website especializado.
(2000)
http://www.ifil.org/rcs/tecnologia/limpeza.htm
Essential
oils widely used in flavors and fragrances. Industrial
Uses. Specialty Plants Products. 6 pp. (1995)
http://www.ers.usda.gov/publications/IUS5/ius5h.pdf
Flavours
and fragrances of plant origin. FAO - Food and Agriculture
Organization of the United Nations. (1995)
http://www.fao.org/docrep/v5350e/V5350e00.HTM
http://www.fao.org/docrep/v5350e/V5350e07.htm (Capítulo
05: Óleos de Eucalyptus)
RESUMO:
Soap and detergent fragrances — natural vs. synthetic. E.A. Morris. Journal of the American Oil Chemists’ Society
Vol.55. 1 p. (1978)
http://www.springerlink.com/content/53835658h8078xu0/fulltext.pdf?page=1
Shortages
and regulations: headaches for toilet soap formulators. J. H. Pickin Journal of the American
Oil Chemists’ Society
Vol. 51. 1 p. (1974)
http://www.springerlink.com/content/p2048425g9741144/fulltext.pdf?page=1
Cursos
de produtos de limpeza: Cosméticos em geral. N.
M. Azevedo. ItabunaShop.com. 53 pp. (Sem referência de data)
http://www.itabuna.oi.com.br/higienelimpeza.pdf
Alguns produtos disponíveis
no mercado (apenas para conhecimento de produtos - não devem
ser entendidas como referências para compras):
Australian Eucalyptus soap
and rub. (em Inglês)
http://www.upfromaustralia.com/eusoandrubp.html
Eucalyptus pet soap. (em Inglês)
http://www.australianscent.com/index.php?pgid=2
JACKS corporation. Eucalyptus oil products. (em Inglês)
http://7jacksonline.com/shop/index.php?cPath=25&osCsid=0be178467d5080c16a1a78cc0a24fcab
Organic
Eucalyptus & tea tree. (em Inglês)
http://www.yeshakemsoapshoppe.com/organic-eucalyptus-tea-tree-oil-soap.html
HawkMoon.
Handmade natural soaps. Essential oil natural soaps. (em Inglês)
http://www.hawkmoonsoaps.com/essential_oil_soaps.html
Natural
Laundry Soap – Eucalyptus. (em Inglês)
http://www.sacredshowers.com/index.php?main_page=product_info&products_id=387
Laundry
liquid. (em Inglês)
http://www.ecostore.co.nz/products/cleaners/laundry-liquid.cfm
Seventh
generation natural laundry detergent liquid, blue Eucalyptus & lavender
scent. (em Inglês)
http://www.kaboodle.com/reviews/seventh-generation-natural-laundry-
detergent-liquid-blue-eucalyptus-lavender-scent
Natural spearmint Eucalyptus laundry soap- 48 loads- Essential
oils. (em Inglês)
http://www.etsy.com/view_listing.php?listing_id=9534658
Kiss a koala soap. Spearmint Eucalyptus. (em Inglês)
http://www.etsy.com/view_listing.php?ref=sr_gallery_8&listing_id=16947971
The Green Clean Review. Blue Eucalyptus lavender
laundry detergent. (em Inglês)
http://ecocleanreview.blogspot.com/2008/02/seventh-generation-blue-eucalyptus.html
Druide
jabón oxigenante
clorofila y eucalipto. (em Espanhol)
http://www.twenga.es/oferta/53820/2591716363148994254.html
Jabón de eucalipto. Como
hacer. (em Espanhol)
http://entremiskosas.blogspot.com/2008/09/jabn-de-eucalipto.html
Jabón
menta eucalipto relajante muscular. (em Espanhol)
http://www.botanica.com.mx/jabonmentaeucalipto.html
Eucalyptus massage
bars. (em
Inglês)
http://www.jabonandco.com
http://www.jabonandco.com/soaps-massagebar2.JPG
Jabón
de Eucalyptus citriodora. (em Espanhol)
http://www.toquedeangel.com.mx/aromaterapia/jabones/eucalyptus.html
Jabón
de eucalipto. (em Espanhol)
http://cosmeticos-naturales.com/index.php?page=shop.product_details&
category_id=80&flypage=shop.flypage&product_id=
223&option=com_virtuemart&Itemid=1&vmcchk=1&Itemid=1

Mini-Artigo
Técnico por Celso Foelkel
Tratando os Efluentes Hídricos
das Fábricas de Celulose Kraft Branqueada de Eucalipto
Tenho tido oportunidades de conhecer
magníficas
estações de tratamento de efluentes em fábricas
de celulose kraft branqueada de eucalipto. Entendo que elas refletem
uma enorme preocupação dos investidores em controlar
sua poluição e em estar dentro dos restritivos
limites impostos pela legislação. Muito bom esse
cuidado e essa preocupação por parte de nossos
empresários e dirigentes de fábricas. Entretanto,
sempre tenho um entretanto, não é mesmo? Isso tudo
consiste em tecnologias de final-de-tubo, baseadas no conceito
de que a poluição existe e por isso mesmo devemos
tratá-la. Acontece, que essas estações de
tratamento de efluentes que oferecem belíssimas fotos
e muito orgulho de nossos técnicos, também têm
seu impacto ambiental e ele não é pequeno. Elas
consomem recursos naturais para serem construídas e operadas.
Utilizam energia elétrica, água, produtos químicos,
e geram resíduos em enormes quantidades, os principais
dos quais são os lodos primário, secundário
e terciário. A poluição hídrica acaba
sendo transferida aos lodos - resíduos sólidos
- a um grande custo ambiental e econômico. O lodo primário
recebe os sólidos suspensos. Os lodos secundário
e terciário recebem a matéria orgânica dissolvida.
São fantásticos os pesos e os volumes de lodos
gerados no dia-a-dia de uma fábrica. Como os lodos são
difíceis de desaguar, seu peso seco é multiplicado
por valores entre 3 a 6 vezes ao saírem úmidos.
Mesmo que gerenciados, compostados, queimados, reciclados ou
aterrados, eles representam impacto ambiental a ser evitado e
minimizado. Muitas vezes, acabam virando passivos a serem monitorados
para sempre.
Os investimentos que hoje estão sendo destinados a ETEs
- Estações de Tratamento de Efluentes e a CRRSs
- Centrais de Reciclagem de Resíduos Sólidos são
enormes. Algumas empresas chegam ao exagero de comprar tratamentos
com membranas (nanofiltração, ultrafiltração,
osmose reversa) para todo o fluxo de efluentes, independentemente
da qualidade das diferentes águas que vão compor
esse efluente. Outras, constroem extensos dutos, que caminham
por terras de terceiros por dezenas de quilômetros para
dispor o efluente ao mar, onde acreditam que o impacto será menor.
Tudo isso representa alta demanda de capital e custos de depreciação
e de operação elevados. Com isso, a competitividade
diminui proporcionalmente, não restam dúvidas.
Ao invés de se reclamar, talvez a solução
esteja em mudar o modelo.
Sempre tenho dito e repetido insistentemente que a solução
da poluição é para ser resolvido onde ela é gerada,
onde nossa tecnologia ou nossos operadores falham ao lançá-la
para ser tratada. Não adianta muito se ter grandes perdas
químicas e de sólidos suspensos para a ETE e depois
se tirar um efluente tratado limpíssimo, quase água
pura, que muitos dirigentes teimam em dizer que "pode até mesmo
ser bebido". O impacto ambiental continua grande assim,
apesar do efluente tratado ter características excelentes.
O desperdício ambiental aqui ocorre de 3 formas:
•
pelo lançamento de "material bom" do processo
ao efluente na forma de poluição;
•
pelas altas exigências ao tratamento de efluentes para
tratar essas perdas;
•
pelas altas demandas em manejo, reciclagem, disposição
e aterro dos lodos gerados.
Para mim, a solução ao problema do efluente em
grande parte pode ser conseguida em função de respostas
que dermos a uma frase muito simples: "o que eu devo fazer
para reduzir as cargas em material orgânico (DBO - Demanda
Bioquímica de Oxigênio; DQO - Demanda Química
de Oxigênio); SST - Sólidos Suspensos Totais; AOX
(Compostos Halogenados Adsorvíveis), salinidade (condutividade);
temperatura e fluxo do efluente bruto? Por efluente bruto vamos
chamar ao somatório de efluentes setoriais que é encaminhado
para a ETE para ser tratado. Estamos falando de geração
de efluente bruto e não tratado, ficou bem claro isso?
Já lhes escrevi em mini-artigos anteriores da Eucalyptus
Newsletter as minhas considerações sobre redução
de consumo de água e fechamento de circuitos nas fábricas
de celulose kraft branqueada de eucalipto. Tenho muita determinação
para cooperar para se alcançar isso. Se não tivesse,
não estaria lhes oferecendo para leitura mais esse mini-artigo.
Ao mesmo tempo que tento motivar, procuro oferecer alternativas
nas quais acredito. Portanto, se quiserem continuar lendo, prometo
oferecer motivos para reflexões e ações.
Nossa meta final seria então gerar menos efluentes hídricos
e ao mesmo tempo alcançar as exigências do órgão
legislador em termos de concentrações (ppm, ppb,
etc.) e de cargas específicas (kg/adt) para os poluentes. É uma
tarefa difícil, mas não impossível.
Tudo começa na forma de se projetar nossa fábrica.
Em geral os técnicos escolhem as suas tecnologias, às
vezes as mais charmosas do momento, outras vezes as de menores
custos. Após montar a fábrica, calculam as cargas
de poluentes setoriais e de águas e projetam a ETE e o
aterro de resíduos sólidos. Evidentemente, muitas
das modernas tecnologias estão muito otimizadas, desenhadas
para trabalhar com maior ecoeficiência, não tenho
dúvidas disso. Entretanto, o que proponho é exatamente
a mudança de foco: pré-definir qual o volume de
efluentes que deveremos tratar (efluente bruto) e quais as cargas
máximas de poluentes que deverão chegar à ETE.
E com um nível adequado de desafio... Por exemplo, podemos
definir que nossa fábrica terá uma geração
específica de efluente bruto de 20 m³/adt, uma geração
de DQO no mesmo de 25 kg/adt; de DBO de 8 kg/adt e de Sólidos
Suspensos Totais de 2 kg/adt. Para ficar mais excitante, podemos
pré-estabelecer que a temperatura máxima do efluente
bruto ao chegar na ETE deverá ser de 40ºC e com
isso, a ETE não terá torre de resfriamento de efluente.
Se voltássemos a raciocinar em limites para efluentes
tratados, como nos exige a lei, então colocaríamos
nossos esforços de novo em construir enormes estações
de tratar efluentes e não em solucionar o problema no
processo industrial.
Para se conseguir restringir a saída de poluição
e de fluxos de efluentes de cada área setorial, existem
alguns passos que lhes relatarei de forma bem simplificada.
Passo 01: Selecionar tecnologias de processo de mínimo
impacto ambiental, tais como:
•
deslignificação com oxigênio sem gerar efluentes;
•
estágio para hidrolisar quimicamente os ácidos
hexenurônicos da polpa;
•
branqueamento "ECF Light", que reconhecidamente oferece
efluentes mais claros, apesar de ser possível uma maior
remoção de hemiceluloses que geram DQO não
lignínico;
•
prensas lavadoras em toda a linha de fibras (mas que realmente
resultem em polpas saindo com mais de 30% de consistência);
•
evaporação de altíssima eficiência
e mínimo arraste de material aos condensados;
• etc., etc.
Passo 02: Selecionar tecnologias de prevenção
e que operem como barreiras às perdas de água, material
orgânico dissolvido, fibras e compostos químicos,
tais como:
•
eficiente sistema de prevenção de derrames, "spills",
perdas;
•
tanques universais em todas as áreas da fábrica
para conter as perdas setoriais no processo e não enviá-las
ao tratamento de efluentes;
•
filtros de fibras para remover as fibras (sólidos suspensos)
de filtrados tais como do branqueamento, máquina de secagem,
licor preto, etc.;
•
filtro de fibras e de material descartado pelos "centricleaners" de
massa branca, evitando com isso mandar esse material para o decantador
primário. Esse material pode ser trabalhado em separado
para recuperação de fibras em um sistema tipo "kidney" no
local.
•
lavagem em contracorrente em toda a linha de fibras, com mínimas
aberturas de processo;
• etc.; etc.
Passo 03: Selecionar tratamentos setoriais tipo "kidney" (tipo "rim
purificador")
transferindo parte da responsabilidade de reter as perdas ou
de tratar essas perdas às áreas geradoras das mesmas.
Podemos citar:
•
sistema de remoção de cloreto das cinzas da caldeira
de recuperação do licor;
•
sistema de recuperação da água de lavagem
das toras para remoção de terra, areia, gravetos,
etc.;
•
sistema eficiente de destilação de condensados
para recuperação de gases e compostos voláteis
poluentes e combustíveis (exemplo: metanol);
•
trocadores de calor de contato indireto para recuperar o calor
de filtrados do branqueamento e de condensados da evaporação;
•
sistema de membranas para efluentes setoriais contaminados, evitando
se misturar os mesmos a efluentes menos contaminados e com isso
inviabilizar a adoção dessa técnica por
demandar muitas unidades de membrana;
• etc.; etc.
Passo 04: Fechamento de circuitos e reuso de águas do
processo, com medidas tais como:
•
segregar todas as águas limpas e já usadas e encaminhar
as mesmas para nova oportunidade na ETA - Estação
de Tratamento de Águas e não ETE - Efluentes. Dentre
essas águas destacam-se: águas de chuva, selagem,
unidades hidráulicas, bombas de vácuo, condensados
limpos, etc.
•
eliminar o uso de torres de refrigeração que percam
demasiada água para a atmosfera, usando tecnologias de
maior nível de recuperação de águas;
•
usar ao máximo o condensado limpo na lavagem de polpa;
•
usar ao máximo possível o condensado semi-limpo
para preparar licor branco na área da caustificação
e para molhar os cavacos na pilha de cavacos (enviando-o como
umidade de madeira ao digestor);
• etc.; etc.
Passo 05: Adotar o lema "Prevenir perdas e segregar águas" - é para
trabalhar na prevenção e não apenas no final-de-tubo.
Passo 06: Eliminar o problema na origem. Há diversas situações
onde sugiro eliminar a alternativa de descartar efluentes, simplesmente
proponho eliminar qualquer saída de água da área
via efluentes: planta química, caustificação,
digestor, lavagem de polpa não-branqueada, caldeira de
recuperação, etc.
Imaginem agora o seguinte: se conseguirmos reduzir por medidas
preventivas e de fechamento de circuitos a geração
de efluente bruto para cerca de 20 m³/adt, estaremos reduzindo
em cerca de 30% a capacidade hidráulica da ETE em relação
a fábricas modernas que começaram a operar entre
2005 e 2008. E isso é absolutamente viável. Caso
consigamos trazer esse efluente bruto à ETE com 40 a 45ºC
e não mais com 60 - 65ºC, outro ganho ambiental e
de simplificações na ETE, e isso também é viável.
Caso consigamos reduzir as perdas de fibras na fábrica
e de terra na área de lavagem das toras, o tratamento
primário será drasticamente reduzido a um pequeno
clarificador para tratar somente os efluentes de alto sólidos,
sendo que a maioria do efluente sequer precisará de decantador
primário por ter baixo teor de sólidos. Isso também é factível.
Caso consigamos reduzir as perdas de DQO a um valor de no máximo
20 - 25 kg/adt no efluente bruto, reduziremos as exigências
para o tratamento secundário biológico e seus resultados
serão melhorados. Quando eu digo que essas coisas são
viáveis, apenas estou confirmando o que já se consegue
em algumas fábricas de mínimo impacto ambiental
existentes e operando no mundo. E elas também possuem
espaço para melhorias.
Amigos, o tratamento de efluentes começa e deve ser praticado
com intensidade no processo de fabricação de celulose,
através prevenção, segregação
e compromissos/especificações. As sofisticadas
tecnologias de final-de-tubo são
interessantes e necessárias, mas só depois de esgotarmos
nossas alternativas no próprio processo. Por essa razão,
quando as exigências legais para sua fábrica forem
grandes, não pense de imediato em colocar um tratamento
terciário com sulfato de alumínio ou policloreto
de alumínio para flocular sua poluição hídrica
e tirá-la como lodo. Esse impacto ambiental é também
grande pois: os compostos floculantes de alumínio apresentam
ecotoxicidade, são demandantes de processos ambientalmente
agressivos para sua produção e ao serem utilizados,
geram enormes quantidades de lodos. Os tratamentos terciários
de clarifloculação com sulfato de alumínio
representam cargas enormes de sulfato de alumínio (com
18 moléculas de água de constituição)
base celulose (entre 12 a 25 kg secos/adt). Significativa proporção
dessa carga de sulfato de alumínio sairá na forma
de flocos de lodo (cerca da metade dela). O restante sairá como
sulfato de alumínio dissolvido, com algum efeito residual
no corpo receptor. Ou seja, para se remover algo como 5 a 10
kg de DQO/adt de celulose, acabam-se formando entre 15 a 22 kg
de lodo terciário seco/adt de celulose. Atentem bem para
a importância desses números.
Do exposto, pode-se notar que tendemos a gastar muitos recursos
naturais pensando que estamos minimizando impactos ambientais,
como por exemplo, reduzindo em algo a cor e a DQO final do efluente
tratado. Na verdade estaremos minimizando alguns efeitos e criando
outros. Afinal, essa é a lei da Natureza, as coisas tendem
a se movimentar em direções opostas, na busca do
equilíbrio.
Hoje, com a modernização tecnológica e com
compromissos da gestão ambiental das nossas fábricas,
podemos ter valores excelentes de DBO, DQO, SST, AOX, condutividade,
cor verdadeira e temperatura nos efluentes secundários.
Basta garantirmos entrada na ETE de valores adequados no efluente
bruto. Para sua referência, apresentamos a seguir alguns
valores já praticados em fábricas modernas e ecoeficientes
do setor de fabricação de celulose kraft branqueada
de eucalipto. Observem a comparação entre os valores
de cargas unitárias viáveis para efluente bruto,
após tratamento secundário e após terciário
com clarifloculação com sulfato de alumínio.
Fábricas estado-da-arte de fabricação de
celulose kraft branqueada:
Unidades em kg/adt |
Efluente Bruto |
Efluente
Secundário |
Efluente
Terciário |
DQO |
23 – 26 |
6 - 9 |
1,5 - 3 |
DBO |
5 - 7 |
0,25 – 0,45 |
0,15 – 0,3 |
AOX |
0,2 – 0,25 |
0,04 – 0,07 |
0,02 – 0,05 |
SST |
1,5 - 2 |
0,4 – 0,6 |
0,3 – 0,4 |
Cor Real |
30 - 45 |
10 - 15 |
2 - 4 |
Condutividade
(micro S/cm)
|
2.000 – 3.000 |
2.500 – 3.000 |
3.000 – 3.500 |
Sob
o ponto de vista ambiental, um adequado processo de retenção
de perdas e de prevenção interna no processo
acaba por gerar um efluente bruto de baixo impacto, que
tratado por
um tratamento biológico secundário coloca-se
como de muito boa qualidade e capacidade de ser recebido
pela maioria
dos corpos d'água. Se as autoridades preferirem
um tratamento terciário complementar devido à fragilidade
do ecossistema receptor em questão, sugiro considerar
um sistema de estabilização em lagoas e "wetlands" (leitos
cultivados ou áreas inundadas construídas).
Para isso precisaremos de área física ampla,
mas a maioria das fábricas de celulose as possuem.
Se for uma fábrica "greenfield" já poderá incluir
isso no projeto. Nada melhor do que deixar a própria
natureza se incumbir de tornar o nosso bom efluente secundário
em um líquido naturalmente equilibrado e rico
em vida. Alternativas existem, quanto mais naturais elas
forem e de menor
impacto, melhor ainda. Entretanto, não descartar
um tratamento terciário fisico-químico
ou de micro-filtração.
Há situações onde é a melhor
opção
ou a única solução.
Como conclusão amigos, ao elaborarem uma avaliação
de impacto ambiental de sua fábrica, aproveitem e façam
uma para seu tratamento de efluentes também. Nada melhor
do que usar a metodologia da ACV - Análise do Ciclo de
Vida. A partir dela, surgirão muitas e criativas idéias
para tornar seu processo de tratar efluentes e sua fábrica
de geração dos mesmos mais ecoeficientes e com
menores impactos ambientais. Estaremos então falando não
apenas no impacto causado pelos fluxos e qualidades do efluente
em questão, mas de todo o processo envolvido na geração,
tratamento e disposição desse efluente e de seus
resíduos sólidos.
Toda atividade industrial de porte gera impactos ambientais,
isso é uma realidade inquestionável. Porém,
quanto mais os conhecermos, mais poderemos reduzi-los em intensidade,
magnitude, freqüência, amplitude, extensão,
risco, etc. Nossas fábricas serão melhores e nossos
tratamentos de efluentes serão também de mínimo
impacto.
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