Caso não esteja visualizando este e-mail corretamente clique AQUI


Click here to see this Newsletter in English


Editorial

Amigos,

Estamos de volta com nossa Eucalyptus Newsletter, trazendo-lhes mais informações e atualidades sobre os eucaliptos. Espero que apreciem essa edição. Ela está riquíssima em novos conhecimentos.

De uma certa forma, em função dessa minha atividade estar sendo completamente voluntária até o momento, estou tendo algumas dificuldades para manter a periodicidade desejada nas edições dessa newsletter, mas estarei me esforçando para torná-las mais freqüentes. Esperamos que, quando conseguirmos algum tipo de apoio financeiro para nosso projeto do Eucalyptus Online Book & Newsletter, possamos nos dedicar mais intensamente a esse projeto. Isso me liberará mais para escrever o livro e a newsletter, e com isso as edições e os capítulos serão mais freqüentes, sendo o objetivo que sejam até mesmo mensais.

Caso sua organização ou empresa quiser apoiar esse projeto, tendo seu logotipo/"banner" associado às páginas do www.eucalyptus.com.br e também à seção Pergunte ao Euca Expert, capítulos do livro virtual e newsletter, entre em contato comigo, através do endereço eletrônico foelkel@via-rs.net

Nessa edição, procurei colocar mais informações sobre Planos de Manejo Florestais de empresas brasileiras, chilenas, uruguaias, argentinas, espanholas, nova-zelandesas e sul-africanas, que possuem florestas de eucaliptos certificadas. O processo de certificação florestal exige que os planos de manejo adotados pelas empresas sejam públicos e transparentes. Com isso, pode-se conhecer muito dessas empresas, não apenas seu manejo florestal, mas dados gerais sobre as espécies plantadas, seu crescimento, localizações e áreas das florestas, cuidados florestais adotados, etc. Alguns links e publicações importantes sobre certificação florestal estão também disponibilizados para vocês. Lembrem-se que na Eucalyptus Newsletter número 03, diversos planos de manejo florestal foram apresentados em link para vocês. Nessa edição 04, estamos complementando com informações de outras empresas.

Estou também trazendo uma grande quantidade de Euca-Links, como os temas ambientais gerados com a polêmica situação de conflito entre Uruguai e Argentina devido à construção de duas novas e modernas fábricas de celulose de eucalipto no Uruguai. Definitivamente, pode-se aprender e muito com esse evento, pois as empresas têm sido bastante transparentes e muita literatura online tem sido disponibilizada . A grande oportunidade oferecida a todos é a chance de tomar contato com bem elaborados Estudos de Impacto Ambiental (similar aos nossos EIA / RIMA brasileiros).

Decidi também mostrar alguns links interessantes na forma de eventos com palestras disponíveis (Encontros Florestais no Chile e Seminário sobre a Madeira como Biorefinaria) ou de documentos online sobre madeira serrada e seu uso para móveis e habitações.

Caso se interessem por esses euca-links, sugiro que façam os devidos downloads de imediato, pois muitos endereços e páginas se alteram com o tempo, com as reestruturações e atualizações dos websites.

Meu mini-artigo dessa edição é exatamente sobre como compatibilizar as seqüências de branqueamento de celulose, de forma a torná-las ambientalmente mais seguras, e porque não dizer, corretas.

Caso ainda não estejam cadastrados para receber a newsletter, e junto com ela, e quando disponíveis, os capítulos do Eucalyptus Online Book, sugiro fazê-lo através do link a seguir: Clique para cadastro.

Peço ainda que continuem repassando nossos links ou encaminhem essa Eucalyptus Newsletter a seus amigos que se relacionam de alguma maneira com os eucaliptos, sugerindo a eles que se cadastrem também para receber. Serei muito grato por isso.

Lembrem-se, esse serviço não tem custo algum para vocês e eu estou empenhado em fazê-lo com a geração de muito proveito a quem o utilizar.

Um forte abraço a todos e muito obrigado.

Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br
http://www.eucalyptus.com.br

Nessa Edição

Muitos Euca Links
Planos de Manejo Florestal de Empresas Florestais (documentos em português ou espanhol)
Planos de Manejo Florestal de Empresas Florestais (documentos em inglês)
Certificação Florestal
Habitações e Mobiliário a partir da Madeira
Artigos sobre a Madeira como Biorefinaria
Encontros Florestais no Chile
Estudos de Impacto Ambiental das Novas Fábricas das Empresas Botnia e ENCE no Uruguai
Vídeo Online sobre a Fabricação da Celulose

Mini-Artigo Técnico por Celso Foelkel
Seqüências ECF e TCF de Branqueamento da Celulose Kraft de Eucalipto

Muitos Euca Links

Todos os conteúdos dos links referenciados nessa newsletter são de responsabilidade dos próprios websites indicados. Caso haja alguma discordância em relação a eles, entrar em contato com os autores naqueles websites. Nossas sugestões de leitura não endossam plenamente e nem temos responsabilidades sobre o que está contido nos mesmos. Sejam pacientes nas aberturas dos euca-links, pois alguns arquivos são pesados e podem demorar alguns minutos. Se por acaso o arquivo não abrir na primeira tentativa, tente mais uma vez, pois esse defeito é comum para arquivos pesados. Como a maioria dos arquivos sugeridos são em pdf, é necessário que você tenha instalado em seu computador o software Adobe Acrobat Reader. Dedique um tempo para acessar o que estamos recomendando, você não se arrependerá.


Planos de Manejo Florestal de Empresas Florestais
(documentos em português ou espanhol)


Voltando à série de Planos de Manejo Florestal, entrem nos planos das empresas abaixo e encontrem suas práticas de sustentabilidade florestal e seus cuidados para que os impactos ambientais das plantações sejam mitigados e minimizados. Caso se interessem por mais planos de manejo de outras empresas florestais entrem no website www.eucalyptus.com.br e acessem a Eucalyptus Newsletter de numero 03.

Guias e manuais para um plano de manejo florestal

http://www.imaflora.org/arquivos/maual_manejo_final.pdf

http://www.manejoflorestal.org/guia/pdf/guia_cap1.pdf

Planos de manejo de empresas florestais em português ou em espanhol

Aracruz Barra do Riacho - Brasil (nova edição)
http://www.aracruz.com.br/pt/ambiente/amb_manejo_090106.pdf

Aracruz Guaíba - Brasil
http://www.aracruz.com.br/pt/ambiente/amb_manejo_guaiba.pdf
http://www.rainforest-alliance.org/programs/forestry/smartwood/documents/unidade_guaiba.pdf

CELBI - Portugal
http://www.rainforest-alliance.org/programs/forestry/smartwood/documents/celulose_beira.pdf

CENIBRA - Brasil
http://www.br.sgs.com/pt_br/resumo_publico_versao_final_revisada_pelo_comite.pdf

COFOSA - Uruguai
http://www.forestry.sgs.com/sgs-fm-0606.pdf

Compañia Forestal Uruguaya - Uruguai
http://www.forestry.sgs.com/sgs-fm-0734.pdf

ENCE Norte Forestal - Espanha
http://www.forestry.sgs.com/8298-es-fm-norfor_sa_ma2004_-_ad65_2005_update_gm-psummary.pdf

EUFORES - Uruguai
http://www.forestry.sgs.com/8365-uy_eufores_ma2004.1-ad63.0___espanol_-psummary.pdf

Faber-Castell - Brasil
http://www.scscertified.com/PDFS/forest_fabercastell_port.pdf

FIPLASTO - Argentina
http://www.forestry.sgs.com/sgs-fm-1400m1.pdf

Forestal Monte Aguila - Chile
http://www.forestry.sgs.com/sgs-fm-0603.pdf

Forestal San Gregorio - Uruguai
http://www.forestry.sgs.com/sgs-fm-1502m1.pdf

Mundial Forestación - Uruguai
http://www.forestry.sgs.com/8877-uy-fm_mundial_ma_2005_10_ad_36-a-01-mb-psummary.pdf

Satipel - Brasil
http://www.satipel.com.br/pdf/manejo.pdf

Seta - Acácia - Brasil
http://www.rainforest-alliance.org/programs/forestry/smartwood/documents/SetaSAFMpubsum04_000.pdf

SILVASUR ENCE - Espanha
http://www.forestry.sgs.com/sgs-fm-coc-1879_main_assessment_report.pdf

Souza Cruz - Brasil
http://www.rainforest-alliance.org/programs/forestry/smartwood/documents/souza_cruz.pdf

Tanac - Acácia - Brasil

http://www.tanac.com.br/PT/upload/resumo/resumo_publico_2004.zip

TILE Forestal - Uruguai

http://www.forestry.sgs.com/9060-uy-fm-tile_forestal_s.a.ma_2005.10_ad_36-a-01_mb-psummary.pdf

VCP Capão Bonito e Vale do Paraíba - Brasil
http://www.scscertified.com/forestry/PDFS/forest_vcpsouth_port.pdf
http://www.vcp.com.br/NR/rdonlyres/10288F17-E8D7-47D2-B95E-316B7317468E/13355/FolderPlanodeManejo.pdf

V&M Florestal - Brasil
http://www.forestry.sgs.com/sgs-fm-coc-0212_reassessment_report_(portugese).pdf

Planos de Manejo Florestal de Empresas Florestais
(documentos em inglês)

Manual (handbook) para um plano de manejo florestal

http://www.fao.org/docrep/w8212e/w8212e04.htm

Planos de manejo de empresas florestais em inglês

Aracruz Barra do Riacho - Brasil ( nova edição)
http://www.aracruz.com.br/en/ambiente/amb_manejo_eng_160306.pdf

CAF Santa Bárbara - Brasil
http://www.forestry.sgs.com/7425-br-fm-ma_2004_report_english-psummary.pdf

EUFORES - Uruguai
http://www.forestry.sgs.com/8365-uy-fm-eufores_ma2004.10_ad65-01_final-psummary__2_.pdf

Faber-Castell - Brasil
http://www.scscertified.com/PDFS/forest_fabercastell.pdf

Mondi - África do Sul
http://www.forestry.sgs.com/6274-za_-_fm-ma-ra-_final-psummary.pdf

SAFCOL - África do Sul
http://www.forestry.sgs.com/sgs-fm-0123.pdf

Sappi - África do Sul
http://www.forestry.sgs.com/sgs-fm-0442.pdf

Tiaki - Nova Zelândia
http://www.scscertified.com/PDFS/forest_tiaki.pdf

V&M Florestal - Brasil
http://www.forestry.sgs.com/sgs-fm-coc-0212_reassessment_report_(english).pdf

Certificação Florestal

Agora, em continuidade aos nossos propósitos de divulgar as boas práticas de manejo florestal em plantações de eucaliptos, estaremos levando nosso leitor até as páginas da IMAFLORA, do FSC - Forest Stewardship Council - Brasil e FSC Internacional, do INMETRO (CERFLOR), da SGS Forestry, da SCS Forest Certification, da Rainforest Alliance - Smartwood e do PEFC (Programme for the Endorsement of Forest Certification, anteriormente denominado Pan European Forest Certification).

Nesses websites está disponível vasta literatura sobre o processo de certificação florestal, quer seja do manejo florestal, como da cadeia de custódia, onde se garante através de um selo verde, que os produtos fabricados contendo madeira o são com madeira de florestas certificadas por praticarem um bom manejo florestal.

Além desses processos de certificação típicos para florestas e produtos de origem florestal, temos o já conhecido sistema de certificação ISO 14001 (http://www.iso.org/iso/en/ISOOnline.frontpage ) que certifica o sistema de gestão ambiental das empresas florestais. Muitas empresas optam por certificar suas florestas por um ou outro, ou até por diversos processos de certificação.

http://www.imaflora.org

http://www.imaflora.org/?fuseaction=content&IDassunto=17 (excelentes publicações em português para download)

http://www.fsc.org.br (FSC Brasil)

http://www.fsc.org.br/index.cfm?fuseaction=conteudo&IDsecao=154 (Revisão do documento de Princípios & Critérios sobre Plantações Florestais)

http://www.fsc.org (FSC Internacional)

http://www.fsc.org/plantations (Revisão do documento sobre Plantações Florestais em inglês)

http://www.inmetro.gov.br/qualidade/cerflor.asp (CERFLOR - Sistema Brasileiro de Certificação Florestal)

http://www.pefc.org/internet/html (dentre outros temas, o PEFC cuida da equalização e mútuo reconhecimento dos diversos sistemas de certificação florestal existentes internacionalmente)

http://www.sgs.com/forestry_services_index/forestry_certification_index.htm (SGS Qualifor - Forest Certification)

http://www.scscertified.com/forestry (SCS Forestry)

http://www.rainforest-alliance.org/programs/forestry/smartwood (Rainforest Alliance Smartwood)

É também interessante se conhecer um pouco da visão da SBS - Sociedade Brasileira de Silvicultura sobre esse tema de manejo florestal sustentável e certificação florestal. A seguir, algumas palestras do eng. Rubens Garlipp, superintendente daquela entidade.

http://www.sbs.org.br/secure/PalestraWorkshopFlorestalParanavai.pdf

http://www.sbs.org.br/secure/valorizacaodafloresta.zip

http://www.sbs.org.br/secure/UFPR.ppt

Habitações e Mobiliário a partir da Madeira

Definitivamente, temos aqui uma jóia preciosa: um livro online sobre Habitações em Madeira, editado pela CORMA - Corporación Chilena de la Madera, em espanhol. O primeiro capítulo desse livro versa sobre a madeira e suas propriedades e usos, com valiosos desenhos para qualquer um que queira entender mais sobre a madeira e seus produtos.

Estamos também apresentando mais dois websites importantes sobre esse tema do uso estrutural das madeiras, entre as quais as dos eucaliptos: o do CETEMO (Centro Tecnológico do Mobiliário - SENAI) e o do LAMEM (Laboratório de Madeiras e de Estruturas de Madeira da USP de São Carlos).

http://www.corma.cl/libro/indice.html (Vejam o capítulo sobre a Anatomia e Qualidade da Madeira em http://www.corma.cl/libro/pdf/unidad1.pdf )

http://www.set.eesc.usp.br/lamem (Vejam também a ótima página sobre Estrutura da Madeira em http://www.set.eesc.usp.br/lamem/ueint.htm)

www.cetemo.com.br ( Acessem também as publicações disponíveis em http://www.cetemo.com.br/publicacoes.html e a revista digital Mobiliário e Madeira em http://www.cetemo.com.br/it_mobiliario_madeira.html )

Seminário e Artigos sobre a Madeira como Biorefinaria

Atualmente, cresce rápido no hemisfério norte o conceito de se ter a madeira e os resíduos florestais como fontes geradoras de inúmeros produtos químicos, entre os quais combustíveis como álcool ou biodiesel. Hoje, as maiores utilizações das madeiras de florestas plantadas são para carvão vegetal, lenha e celulose e papel. Em todos esses casos, uma grande, nobre e rica parte da madeira se perde, pois é utilizada apenas como fonte de energia. Outra parte, como no caso do carvoejamento artesanal e lenha, se perde como poluição. Lignina, hemiceluloses e derivados, açúcares, extrativos, resinas, terebintina, etc são as novas metas para serem obtidas das madeiras. A grande oportunidade está justamente no processo de produção de celulose, que pode perfeitamente aproveitar as fibras celulósicas da madeira e os produtos químicos como valiosos complementos. Esse novo conceito tem sido denominado de "Madeira como Biorefinaria", onde a madeira ou a floresta forneceriam inúmeros produtos para a sociedade. No caso da produção integrada celulose e álcool, por exemplo, utilizar-se-iam para fermentar os açúcares que normalmente se dissolvem facilmente no licor de cozimento, logo no início da digestão. Por exemplo, com uma hidrólise aquosa fraca dos cavacos da madeira de eucalipto, consegue-se remover cerca de 10 a 15% de seu peso. São na sua maioria hemiceluloses como xilanas e mananas, que poderiam ser utilizadas para produção de álcool por forma fermentativa.

Há muita literatura disponível sobre isso, entre os quais um recente seminário de 2005, patrocinado pelo Departamento de Energia do governo norte americano, cujas palestras estão disponíveis em:

http://www.biorefineryworkshop.com/speakers.htm

Outros artigos valiosíssimos:

http://www.tri-inc.net/Biorefinery%20Business%20Case-June1%20_2_.pdf

http://www.esf.edu/outreach/pd/2005/growing/pdfs/Amidon2.pdf

http://www.pacificbiomass.org/documents/ForestBiorefinery_APartialView_Georgia%20Pacific.pdf

http://www.nccp.ca/NCCP/pdf/Wood_Ethanol_Report.pdf

http://www.biorefineryworkshop.com/presentations/Axegard.pdf

http://journeytoforever.org/biofuel_library/WoodEthanolReport.html

http://www.biorefineryworkshop.com/presentations/Roj.pdf


Encontros Florestais no Chile

Inicialmente, é importante se posicionar o Chile como um país florestal, frente à sua alta competitividade nesse setor. Para isso, existe um documento muito atual mostrando a magnitude desse país como produtor florestal.

Veja-se em:

http://www.cormabiobio.cl/6accionar/bibliotecas/documentos/Charla%20CORMA.pdf

A seguir, destacamos que anualmente a CORMA realiza um amplo Encontro Florestal em Concepción, onde se tratam assuntos florestais e de mercado de produtos florestais. Nesse encontro temos uma série de seminários sobre florestas e produtos florestais. As apresentações dos anos 2004 e 2005 estão disponíveis para serem baixadas para vocês. Navegue nos endereços abaixo e obtenha ótimas apresentações em powerpoint e pdf sobre florestas, madeiras e produtos como celulose, papel, madeira serrada, etc.

http://www.cormabiobio.cl/encuentro2004/presen04.htm

http://www.cormabiobio.cl/encuentro2005/present05.htm

 

Estudos de Impacto Ambiental das Novas Fábricas das Empresas Botnia e ENCE no Uruguai

Tem despertado muito interesse o debate até mesmo muito conflitivo entre os governos do Uruguai e da Argentina sobre a construção de duas novas e modernas fábricas de celulose de mercado no Uruguai a partir da madeira do eucalipto. Ambas fábricas estão desenhadas dentro dos mais recentes avanços da "Best Available Technology" em termos ambientais. Entretanto, questões técnicas e ambientais entraram na discussão, já que ambas as fábricas possuem uma localização utilizando as águas do Rio Uruguai, que faz o limite entre esses dois países da América do Sul. Como as fábricas estão no município de Fray Bentos no Uruguai e distam poucos quilômentros uma da outra, existe o chamado impacto cumulativo e aditivo das duas fábricas em termos ambientais. A polêmica tem sido até certo ponto administrada em termos técnicos pelo Banco Mundial, através do IFC- International Finance Corporation. Isso porque, as duas empresas possuem solicitação de financiamento a esse banco e essa entidade só apoia financeiramente os projetos "ambientalmente corretos".

Para dar o máximo de transparência ao processo de esclarecimentos à sociedade, as duas empresas colocaram seus Estudos de Impacto Ambiental para consulta pública na web. A seguir, o IFC solicitou de uma consultoria internacional um Estudo de Impacto Ambiental Cumulativo, ou seja, não considerando cada empresa isoladamente, mas as duas juntas. Também esse estudo de impacto ambiental está disponível na web.

Significa para todos nós a oportunidade de entender muito sobre a processo de produção de celulose e seus impactos, bem como planos de mitigação e monitoramento. Essa vasta documentação está praticamente toda apresentada em dois idiomas, inglês e espanhol. Ela está accessível nos websites das duas empresas (Botnia e Ence) e no website do IFC.

O projeto da Botnia (empresa finlandesa) no Uruguai é conhecido como projeto Orion e o da ENCE (empresa espanhola) é denominado de Celulosa de M' Bopicuá .

Essa valiosa literatura pode ser encontrada seguindo as orientações abaixo:

Informações sobre as empresas Botnia e Ence e os estudos de impactos ambientais individuais:

http://www.metsabotnia.com/es/default.asp?path=284;292;439;944;1116;960

http://www.metsabotnia.com/en/default.asp?path=204;208;231;1146

http://www.metsabotnia.com/es/default.asp?path=284,292,598,639

http://www.ence.es/english/pdfs/ENCE_Presinver2005_eng.pdf

http://www.ifc.org/ifcext/lac.nsf/Content/Uruguay_PulpMills_Back_Docs_CMB

http://www.ifc.org/ifcext/spiwebsite1.nsf/2bc34f011b50ff6e85256a550073ff1c/
9b67b10ae7244d32852570b6007d293e?OpenDocument


http://www.ifc.org/ifcext/lac.nsf/Content/Uruguay_PulpMills_Background_Docs

Informações sobre os estudos de impacto ambiental cumulativo contratado pelo IFC - World Bank:

http://www.ifc.org/ifcext/lac.nsf/Content/Uruguay_Pulp_Mills_CIS

http://www.ifc.org/ifcext/lac.nsf/AttachmentsByTitle/Uruguay_PulpMills_AnnexE/$FILE/CIS_AnnexE_ecoImpact.pdf

http://www.ifc.org/ifcext/lac.nsf/Content/Uruguay_PulpMills_FAQ

Vídeo Online sobre a Fabricação da Celulose
(com opções de inglês e espanhol)

Uma das coisas que mais falta ao setor de base florestal é um bom processo de comunicação com a comunidade, que permita aos interessados conhecer mais sobre nossas florestas e nossos processos e produtos. Encontrei na literatura virtual, um esclarecedor vídeo que permite que aqueles que nada sabem sobre como se fabrica celulose, possam descobrir isso visualmente. Trata-se de uma produção da empresa finlandesa Botnia. Olhem e divulguem a seus amigos. Um bom exemplo a ser seguido.

http://www.botnia.ru/mb/pulp_mill/main.htm?time=1113460343010

http://metsabotnia-new.visualsystems.com/en/default.asp?path=204;214;251;260&voucher=216602F1-2045-4C57-9676-D2C469E02468

Mini-artigo Técnico por Celso Foelkel

Seqüências ECF e TCF de Branqueamento da Celulose Kraft de Eucalipto

Apesar da diminuição do debate em termos de seqüências ECF ou TCF para branqueamento de celuloses de mercado, como aconteceu durante a década dos 90's, essa discussão vez ou outra reaparece. Toda vez que uma empresa decide obter autorização ambiental para aumentar sua produção, ou para construir uma nova fábrica "greenfield", as discussões reaparecem. As empresas produtoras querem atender o mercado de celulose com um produto limpo, resistente, muito alvo e com custos de produção o mais baixo possível. A escolha acaba quase sempre sendo direcionada para seqüências do tipo ECF, pela alta eficiência do dióxido de cloro. Já os ambientalistas clamam pelo branqueamento TCF, imaginando-o sem impacto ambiental por não utilizar compostos de cloro como agentes oxidantes. A verdade dos fatos é que ambos os tipos de seqüências possuem impacto ambiental: eles precisam ser conhecidos, avaliados, monitorados e minimizados. Tanto uma seqüência ECF do estado da arte tecnológico tem seu efeito ambiental, como uma seqüência TCF. Existem muitos estudos científicos mostrando que em termos de toxicidade, esses tipos de branqueamento se eqüivalem. Então porque a polêmica? Em parte pelo desconhecimento de alguns e em parte pela defesa emocionada de posições de ambas as partes. A melhor opção quase sempre encontra-se em uma posição intermediária entre as posições extremadas. Nenhuma seqüência de branqueamento, que utiliza grandes quantidades de água e de reagentes químicos, pode ser considerada "verde" ou sem impactos, como teimam alguns. Dependendo da eleição dos químicos, das suas dosagens e residuais nos filtrados, do fechamento de circuitos ou do tratamento dos efluentes, cada seqüência poderá ter um impacto maior ou menor. A meta hoje é minimizar os impactos, construindo fábricas de "mínimo impacto ambiental". O que se pode garantir é que as modernas tecnologias hoje utilizadas no branqueamento são definitivamente melhores do que as usadas há uma década atrás. E certamente, serão ainda melhores as tecnologias da próxima década, basta aguardar para ver.

Em parte, a raiz da questão consiste na busca do branco mais branco. Com uma seqüência ECF isso é mais facilmente obtido e com um menor custo de fabricação na linha de fibras. Certamente, ao se utilizar o dióxido de cloro, que é um alvejante fantástico, formam-se compostos organoclorados e íons clorato nos filtrados e efluentes. Apesar de existirem formas cada vez mais eficientes para se tratar essa poluição gerada no branqueamento ECF, elas exigem investimentos e custos operacionais em estações de tratamento e monitoramento ambiental. Logo, o custo total não é apenas o da etapa de branqueamento, mas inclui seus desdobramentos. Por outro lado, quando se busca alta alvura com uma seqüência TCF, as dosagens de reagentes alvejantes baseados nos compostos de oxigênio, acabam sendo muito altas. Perde a celulose em resistência e se aumentam os custos do branqueamento. Os residuais dos produtos químicos acabam sobrando mais nos efluentes. O resultado é uma piora substancial na eficiência do tratamento biológico dos efluentes. Lembrar que o peróxido de hidrogênio é um agente desinfetante e bactericida, muito usado na medicina. Essas altas dosagens químicas acabam afetando a resistência das fibras de celulose. O papel pode ficar mais fraco e sua reciclagem comprometida, pois fibras mais fracas resistirão menos ciclos no reuso das aparas. Além disso, durante a produção de celulose, o rendimento diminuirá e o consumo de madeira por tonelada de celulose aumentará.

Como mencionamos antes, a melhor opção ambiental hoje pode estar em algo intermediário, onde tenhamos produtos capazes de atender o mercado consumidor, valendo-se de uma combinação mais adequada do dióxido de cloro com compostos de oxigênio (peróxido de hidrogênio, oxigênio e ozônio) ou com ácidos. Existem atualmente as chamadas seqüências "ECF Light" ou "Light ECF", cada vez mais populares. Elas combinam geralmente etapas iniciais de deslignificação com oxigênio em dois reatores seqüenciais para máxima remoção de lignina da celulose kraft não branqueada. A seguir, uma etapa eficiente para atacar e hidrolisar os conhecidos ácidos hexenurônicos, muito comuns nas polpas kraft de eucaliptos, devido à composição química de suas madeiras. Essa destruição dos HexAc pode ser alternativamente feita com: estágio ácido a quente (A), estágio de dióxido de cloro a quente (Dhot) ou estágio de ozônio (Z). A seguir, essa celulose, muito menos exigente em compostos de oxidação, pode ser mais facilmente branqueada com uma combinação de químicos como dióxido de cloro, soda cáustica, oxigênio e peróxido de hidrogênio (P). Com isso, otimizam-se os usos de cada reagente químico, sem ter que sobredosar um ou outro. Os resultados têm sido muito bons. Seqüências populares desse tipo e que estão sendo adotadas para polpas kraft de eucalipto são: OODhotEoP; OOADEopD; OOADEoP, OOZEoD; OOZEoDP. Enfim, a sopa de letrinhas pode ser melhor estudada caso a caso. Seqüências contendo ozônio têm sido recomendadas para situações onde se dispõe de menos água, ou se restringem os fluxos e a cor dos efluentes a descartar. Apesar de mais caras na etapa de branqueamento, as seqüências com ozônio conseguem redução de custos no tratamento de efluentes, o que é bastante eco-eficiente.

A tecnologia do branqueamento da celulose kraft de eucalipto deverá continuar evoluindo nessa direção, que seria buscar um misto de ECF e TCF. Novas seqüências deverão surgir incorporando catalisadores (molibdato, complexos de manganês, polioxometalatos, etc) ou procedimentos preservadores da alvura (estágio final de peróxido de hidrogênio em condições adequadas de pH e temperatura). Os impactos ambientais deverão ser ainda mais minimizados e o consumo de água reduzido. Nesse particular, as lavagens entre estágios mostram papel importantíssimo e as prensas lavadoras ganharam o status de "best available technology" para esse serviço. Quanto mais nos aproximarmos de seqüências TCF, ou quanto menor o uso do dióxido de cloro, mais fácil será o fechamento dos circuitos de águas na linha de fibras. Isso sem se valer de tecnologias de final de tubo, como nanofiltração, etc. Hoje já temos seqüências com gerações de cerca de 10 m3/tad de efluentes no branqueamento: estamos aos poucos chegando lá.

Entretanto, um grande salto em qualidade ambiental poderia ser conseguido se conseguíssemos uma redução no nível de alvura dos papéis e consequentemente nas suas matérias primas (celuloses). Muito mais eficiente que a legislação ambiental, exigindo restritivos padrões de efluentes hídricos, seria uma legislação de produtos, colocando limites máximos nas alvuras de papéis tissue e de imprimir e escrever, por exemplo. Ao consumidor, isso praticamente não afetaria muito, exceto em condições excepcionais. Para essas excepcionalidades poderiam existir produtos especiais. Se ambientalistas e produtores de celulose e papel se unissem nessa missão ao invés de se confrontarem, todos ganhariam. O impacto ambiental seria menor, a eco-eficiência maior, os custos de produção diminuiriam e o próprio preço do papel poderia baixar aos consumidores finais. Por que então não refletir mais sobre isso? Ou agir mais? Aparentemente, estamos apenas retardando algo que definitivamente acontecerá no futuro.

Eucalyptus Newsletter é um informativo técnico, com artigos e informações acerca de tecnologias florestais e industriais sobre os eucaliptos
Coordenador Técnico - Celso Foelkel
Editoração - Alessandra Foelkel
GRAU CELSIUS: Tel.(51) 3338-4809
Copyrights © 2005-2006 - celso@celso-foelkel.com.br
Caso você não queira continuar recebendo a Newsletter e o Online Book, envie um e-mail para
webmanager@celso-foelkel.com.br
Caso esteja interessado em apoiar ou patrocinar a edição da Eucalyptus Newsletter, bem como capítulos do Eucalyptus Online Book - click aqui - para saber maiores informações