Editorial
Amigos,
Está chegando até vocês a Eucalyptus
Newsletter de número 05, trazendo-lhes mais informações e atualidades
sobre os eucaliptos. Espero que apreciem esse número, pois ele
está a lhes prover com mais e mais conhecimentos sobre os eucaliptos.
Nessa edição, procurei colocar algumas informações
históricas sobre os eucaliptos no Brasil, mas não de forma
exaustiva, pois voltaremos ao tema mais adiante, em novas edições.
Também, pela importância que os eucaliptos estão
ganhando na Ásia, procurei destacar diversas referências
para que vocês possam navegar sobre fontes de informações
acerca de alguns países asiáticos onde os eucaliptos estão
tendo sucesso como plantações e como matérias-primas
industriais.
Um outro tópico importante nos dias de hoje são os aspectos
ambientais das plantações florestais e das operações
das empresas com base nos eucaliptos. Nessa edição, visando
abrir o conhecimento sobre a performance ambiental das empresas de celulose
e papel que utilizam os eucaliptos, trouxemos relatórios de sustentabilidade
de muitas delas. Nesses relatórios existem maravilhosas informações
florestais e de performance ambiental, que com certeza serão muito úteis
ao conhecimento de vocês.
Também importante é o tema da possível
fragilidade das plantações a doenças e pragas, cada
vez mais ameaçadoras devido ao aumento da proporção
das plantações de clones monogenômicos. Nessa edição,
colocaremos referências sobre livros e também sobre artigos
da literatura virtual acerca das principais doenças dos eucaliptos.
Na próxima edição daremos referências sobre
as principais pragas de insetos.
Estamos ainda trazendo
algumas cartilhas, palestras e anuários
estatísticos sobre as plantações de eucaliptos,
recentemente publicados, pois eles sempre são bem-vindos para
nosso dia-a-dia técnico e profissional.
Caso se interessem
por esses euca-links, sugiro que façam os
devidos downloads de imediato, pois muitos endereços e páginas
se alteram com o tempo, com as reestruturações e atualizações
dos websites.
Meu mini-artigo dessa
edição procura discorrer sobre os
eucaliptos no Brasil, essa história de pioneirismo e de sucessos.
Trata-se de uma parte de um artigo que enviei para publicação
para a revista Visão Agrícola, em um número especialmente
dedicado às florestas plantadas no Brasil e editada pela E.S.A."Luiz
de Queiroz", da Universidade de São Paulo. Uma preciosidade
essa revista para aqueles que se dedicam ou admiram as plantações
florestais.
Finalmente, para
os produtores de celulose de eucalipto e que certamente se preocupam
com a garantia de qualidade de seus suprimentos, um programa
de aferição inter-laboratorial está sendo lançado
pelo PAPRICAN - Pulp and Paper Research Institute of Canada. Daremos
algumas informações sobre isso.
Caso
ainda não estejam cadastrados para receber a newsletter,
e junto com ela, e quando disponíveis, os capítulos do
Eucalyptus
Online Book, sugiro fazê-lo através
do link a seguir: Clique
para cadastro.
Peço ainda que continuem repassando essa Eucalyptus Newsletter
a seus amigos que se relacionam de alguma maneira com os eucaliptos,
sugerindo a eles que se cadastrem também para receber. Serei sempre
muito grato por isso.
Um forte abraço
a todos e muito obrigado.
Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br
http://www.eucalyptus.com.br
Relatórios
de Sustentabilidade de Empresas
As
empresas de base florestal, que se valem das árvores de eucalipto como matéria prima, são
plantadoras de florestas. Elas utilizam então um recurso natural
renovável produzido com um adequado nível de sustentabilidade.
Ao longo das últimas décadas, elas desenvolveram tecnologias
para produtividade e sustentabilidade florestal que estão
agora, de forma transparente e necessária, apresentadas às
partes interessadas na forma de relatórios anuais de sustentabilidade.
Nesses relatórios, procuram mostrar suas performances, seus
desafios e suas metas ambientais, econômicas e sociais, bem
como seus resultados financeiros, já que são negócios
e como tal devem ser entendidas. Afinal, são empresas que
buscam o sucesso e a sustentabilidade. Algumas das empresas desenvolveram
relatórios específicos sobre a sustentabilidade ambiental
e/ou social, enquanto outras os apresentam dentro de seu relatório
anual empresarial. De forma geral, são relatórios belíssimos
em dados e em imagens, por isso mesmo são arquivos relativamente
pesados para downloading. Mas compensa navegar neles, acreditem.
Estaremos colocando a seguir os devidos links a diversos desses relatórios,
os mais recentes disponibilizados pelas empresas que usam os eucaliptos
para produção de celulose e papel. Incluem-se aqui
tanto empresas detentoras de florestas, como outras que apenas compram
celulose de mercado de eucalipto para fabricação de
papel. Alguns estão em português, espanhol ou inglês,
e outros são disponíveis em mais de um idioma. Seguiremos
a ordem alfabética na colocação desses relatórios
e citaremos também o idioma em que o relatório está apresentado.
Aproveitem para conhecer muito sobre os eucaliptos através
das reportagens de empresas líderes em sua utilização.
April
- Sustainability Report 2004 ( 2.7 MB - Inglês
)
http://www.aprilasia.com/csr/SR2004_final.pdf
Aracruz
- Relatórios de Sustentabilidade 2005 ( 2.8 MB -
Português / Inglês )
http://www.aracruz.com.br/ra-2005/shared/rs2005_pt.pdf (Português)
http://www.aracruz.com.br/ra-2005/shared/rs2005_en.pdf (Inglês)
Aracruz - Relatórios Anuais 2005 ( 1.17 MB - Português
/ Inglês )
http://www.aracruz.com.br/ra-2005/shared/ra2005_pt.pdf (Português)
http://www.aracruz.com.br/ra-2005/shared/ra2005_en.pdf (Inglês)
Aracruz - Sustainability Report 2004 ( 0.84 MB - Inglês
)
http://www.corporateregister.com/data/showp.pl?num=12338
Arauco
- Memória Anual 2005 ( 39.9 MB - Espanhol / Inglês
)
http://www.celco.cl/pdf/Memoria_2005.pdf
Botnia
- Environmental Reports and Balance Sheets 2005 ( Inglês
)
http://www.botnia.com/en/default.asp?path=204;215;270;272
Botnia - Annual Report 2005 ( 2.35 MB- Inglês )
http://metsabotnia-new.visualsystems.com/en/default.asp?path=204;208;210;380;1100;1198
CENIBRA
- Relatório Anual e de Sustentabilidade 2005 ( 9.8
MB - Português / Inglês )
http://www.cenibra.com.br/cenibra/Cenibra/RelatorioAnual2005.pdf
CMPC
Chile - Memória Anual 2005 ( cerca de 3.70 MB - Espanhol
/ Inglês )
http://www.cmpc.cl/esp/documentos/memoria_2005/M_CMPC.pdf (Espanhol)
http://www.cmpc.cl/eng/docs/annual_report_2005/M_CMPC_ING.pdf (Inglês)
CMPC
Chile - Memória Social Ambiental 2003
( Espanhol / Inglês
)
http://www.cmpc.cl/esp/documentos/memoria_social/cmpc_memoria_social_ambiental_2003.pdf ( 3.5 MB - Espanhol )
http://www.cmpc.cl/eng/docs/se_annualreport2003.pdf ( 1.4 MB
Inglês
)
ENCE
- Informe Anual 2004 ( 24.7 MB - Espanhol / Inglês)
http://www.ence.es/english/documentacion/documentacion.html
ENCE
- Memória de Sostenibilidad 2003 ( 1.44 MB -
Espanhol)
http://www.ence.es/pdfs/memoria_sostenibilidad_2003.pdf
ENCE
- Environmental Report/Informe Medio Ambiental 2002 ( 2.8 MB -
Espanhol / Inglês)
http://www.ence.es/english/documentacion/documentacion.html
Fuji
Xerox - Sustainability Report 2005 ( 8.56 MB - Inglês
)
http://www.fujixerox.co.jp/eng/sr/booklet/pdf/2005e.pdf
Jari
- Relatórios Anuais de 1999 a 2004 ( Português
/ Inglês )
http://www.jari.com.br/web/pt/perfil/ra/index.htm
Klabin - Relatório Sócio Ambiental 2005 ( 2.94 MB -
Português / Inglês )
http://www.klabin.com.br/upload/br/relacoesinvestidores/relatorioanual/RSA_2005.pdf
MONDI
Packaging - Sustainable Development Report 2004 ( 805 KB - Inglês
)
http://www.mondipackaging.com/uploads/mondi_sd_report_2004_en.pdf
MONDI
Business Paper - Business Performance & Sustainable Review
( 1.06 MB - Inglês )
http://www.mondibp.com/uploads/
FINAL_MBP_Business_Performance_and_Sustainability_Review_2004_600.pdf
OJI
Paper - Sustainable Report 2005 ( 484 KB - Inglês )
http://www.ojipaper.co.jp/english/sustainability/e_report/pdf/2005/report_con06.pdf
Portucel
/ Soporcel - Annual Report 2005 ( 5.7 MB - Inglês
)
http://www.portucelsoporcel.com/downloads/public/annual_reports/Annual_Report_2005_8_Junho_PDF.pdf
Portucel / Soporcel - Environmental Report 2004 ( Português / Inglês )
http://www.portucelsoporcel.com/downloads/public/miscelaneous/Sustentabilidade_PTG.pdf (Português)
http://www.portucelsoporcel.com/downloads/public/miscelaneous/Sustainability_ENG.pdf (Inglês)
SAPPI - Sustainability Report 2004 ( 1.66 MB - Inglês
)
http://www.sappi.com/NR/rdonlyres/313E9907-1D6E-4C3C-ABA4-781293243B6B/0/2004SDReport.pdf
Smurfit
Carton de Colombia ( Indicadores de sostenibilidad 2005 - Espanhol
)
http://www.smurfit.com.co/modules.php?op=modload&name=PagEd&file=index&topic_id=0&page_id=60
Stora
Enso - Sustainability Report 2005 ( 7.13 MB - Inglês
)
http://www.storaenso.com/CDAvgn/showDocument/0,,3877,00.pdf
Suzano
- Relatórios Anuais e de Sustentabilidade 2005 ( Português
/ Inglês )
http://www.suzano.com.br/rao2006/PDF/RA_papel_celulose.pdf (
9.7 MB - Português )
http://www.suzano.com.br/rao2006/en/PDF/R_A_ing.pdf ( 5.8 MB
- Inglês)
Torras
Papel - Memória de Medio Ambiente
2004 ( 4.86 MB - Espanhol / Inglês )
http://www.torraspapel.es/NR/TPF/TPF_pdf/MedioAmbiente/memoria_ma_torraspapel2004.pdf
VERACEL
- Relatório de Sustentabilidade 2005 ( 4.17 MB - Português
)
http://www.veracel.com.br/shared/rsdf2005_v2.pdf
VERACEL
- Annual Report 2003 ( 2.22 MB - Inglês )
http://www.veracel.com.br/shared/ra.pdf
Votorantim
Celulose e Papel - VCP - Relatórios Anuais e de
Sustentabilidade de 2001 a 2004 e 2005 ( Português
/ Inglês )
http://www.vcp.com.br/Institucional/Relatorio+Anual/default.htm (Português)
http://www.vcp.com.br/English/Institutional/Annual+Report/default.htm (Inglês)
Literaturas
da ABRAF - Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas
A
ABRAF - Associação Brasileira de
Produtores de Florestas Plantadas consiste em uma associação
de diversas e importantes empresas florestais brasileiras que plantam
e manejam florestas para fins comerciais como provedoras de matéria-prima
para diversas finalidades. A sua sede está na capital do Brasil,
em Brasília, mas existe um endereço virtual (www.abraflor.org.br)
para consultas e obtenção de dados e de publicações.
Nesse website estão disponíveis para downloading materiais
muito valiosos como:
Palestras
do evento "100 Anos de Florestas Plantadas no Brasil":
http://www.abraflor.org.br/100anos
"Anuário Estatístico da ABRAF" -
ano base 2005:
http://www.abraflor.org.br/estatisticas/anuario-ABRAF-2006.pdf

Eucalyptus
na Ásia
É surpreendente
o crescimento das plantações e da tecnologia florestal
em diversos países da Ásia. Grandes consumidores
que são de produtos da madeira, os eucaliptos estão
surgindo como uma opção viável e atrativa
para fornecimento doméstico de madeira. Aqueles que estão
de longe não conseguem imaginar a rapidez com que evolui
esse tema de plantios de eucaliptos em países como Índia,
China, Filipinas, Tailândia, Malásia, Viet-Nam, Indonésia,
Paquistão, Sri Lanka, Papua Nova Guiné, Nepal, dentre
outros. Estamos colocando diversos euca-links que lhes permitirão
navegar em websites especiais, onde estão apresentados excelentes
materiais sobre os plantios e a comercialização de
produtos de madeira em diversos desses países.
Inicialmente,
como uma forma de introduzir o tema, citaremos algumas referências importantes de documentos genéricos, que
de forma abrangente, colocam muita informação sobre
os eucaliptos em diversos desses países.
O primeiro consiste
em dois livros virtuais editados pela FAO - Food and Agriculture
Organization, denominados de Proceedings of
the "FAO Regional Expert Consultation on Eucalyptus" .
Volumes I e II. Trata-se de um evento organizado pelo escritório
regional da FAO para a Ásia e região do Pacífico,
em 1993. Nesses dois livros, diversos artigos mostram os eucaliptos
na Ásia sobre diferentes pontos de vista: estatísticas,
aspectos de produtividade, ambientais e sociais. Veja em:
Volume I:http://www.fao.org/documents/show_cdr.asp?url_file=/docrep/005/ac777e/ac777e00.htm
Volume II: http://www.fao.org/documents/show_cdr.asp?url_file=/docrep/005/ac772e/ac772e00.HTM
Outro
livro virtual disponível sobre os eucaliptos na Ásia
consiste nos anais de um importante evento realizado em 2003 na
República Popular da China, em Zhanjiang / Guangdong. Esse
evento foi co-patrocinado pelo China Eucalyptus Research Centre
e por três entidades australianas, a saber: CSIRO Forestry
and Forest Products, Forest Science Centre e Australian Centre
for International Agricultural Research (ACIAR). O evento denominou-se "Eucalyptus
in Asia" e o documento virtual possui 1.45 MB, é disponível
em inglês através do endereço a seguir:
http://www.aciar.gov.au/web.nsf/ att/JFRN-6BN9BD/$file/pr111.pdf
Mais um workshop florestal muito valioso foi realizado
na África
do Sul, em 1998, com diversos trabalhos apresentados acerca de plantações
florestais em países asiáticos. Os diversos artigos
publicados nesse livro permitem comparações de resultados
encontrados na Ásia com os encontrados no Brasil, África
do Sul, etc, regiões com mais tradição em plantações
de eucaliptos. O Workshop, organizado pelo CIFOR - Center for International
Forestry, da Indonésia, foi denominado "Site
Management and Productivity in Tropical Plantation Forests" e seu acesso
pode ser realizado através do endereço:
http://www.cifor.cgiar.org/publications/pdf_files/Books/StMgnt.pdf
Um artigo extraído do evento "Sustainable
Asia 2005 and Beyond", escrito por Henry Scheyvens, comenta
sobre o manejo florestal sustentável em países asiáticos,
e as mudanças e tendências florestais em diversos países
da região. Acessar em:
http://enviroscope.iges.or.jp/modules/envirolib/upload/267/attach/FC-05-013.pdf
Uma
outra publicação bastante interessante
para leitura é o relatório publicado pelo ITTO - International
Tropical Timber Organization, e de título "Status
of Tropical Forest Management 2005". Nesse documento
estão
apresentadas análises dos 33 países florestais membros
do ITTO, muitos deles, países asiáticos. O relatório
na íntegra (5 MB) está disponibilizado em:
http://www.itto.or.jp/live/PageDisplayHandler?pageId=270
Análises individuais de alguns países
e regiões encontradas nesse relatório da ITTO e em
outros documentos muito úteis disponíveis na web, estão
apresentados a seguir:
Ásia e região do Pacífico
http://www.itto.or.jp/live/Live_Server/1225/AsiaPacific.e.pdf
http://www.fao.org/documents/show_cdr.asp?url_file=/DOCREP/005/AC778E/AC778E00.HTM
China
http://www.forest-trends.org/documents/publications/
China%20and%20the%20Global%20Forest%20Market-Forest%20Trends.pdf
http://research.yale.edu/gisf/assets/pdf/tfd/impf/china1/
Xie%20Forestry%20in%20Leizhou%20TFD%20IMPF%20China%204.06.pdf
http://www.usaid.gov/our_work/environment/forestry/pubs/forestry_emerging_trends.pdf
http://www.forest-trends.org/documents/meetings/Beijing_2004_sept/Christian%20Cossalter.ppt
http://research.yale.edu/gisf/assets/pdf/tfd/ifm/Word_Bank_report.pdf
http://www.forestry.ubc.ca/cbom/articles/achinamarketprofileforwoodproducts.pdf
http://www.state.sc.us/forest/fprodchi.pdf
http://www.aciar.gov.au/web.nsf/att/JFRN-6BN9E8/$file/ias30.pdf (Eucalypt
tree improvement in China)
Índia
http://www.itto.or.jp/live/Live_Server/1239/India.e.pdf
Indonésia
http://www.itto.or.jp/live/Live_Server/1240/Indonesia.e.pdf
Filipinas
http://www.itto.or.jp/live/Live_Server/1244/Philippines.e.pdf
Malásia
http://www.itto.or.jp/live/Live_Server/1241/Malaysia.e.pdf
Tailândia
http://www.itto.or.jp/live/Live_Server/1245/Thailand.e.pdf
http://www.forest-trends.org/documents/publications/Thailand_Final_Report_6-10-05.pdf

Doenças
dos Eucalyptus
Há algum tempo atrás os Eucalyptus
eram admirados por sua rusticidade e resistência a pragas e
doenças. Com o avanço da tecnologia florestal, visando
à produtividade das florestas, ocorreu uma diminuição
considerável da base genética, pelo uso nas plantações
dos genomas mais produtivos. Com isso, através de plantios
clonais de um ou poucos genomas, e com a redução nos
plantios a partir de sementes, a fragilidade dos povoamentos aumenta
muito em relação aos ataques de novas pragas e moléstias.
Mesmo com a ênfase dada pelos melhoristas na busca de indivíduos
resistentes para a propagação assexuada, sempre há a
possibilidade de uma nova e desconhecida ameaça surgir.
Nessa edição da Eucalyptus
Newsletter estamos colocando
algumas importantes referências de livros e de artigos eletrônicos
sobre as doenças mais importantes dos Eucalyptus no Brasil, Ásia
e Austrália. Na próxima edição, faremos
algo parecido com relação às pragas de insetos.
Como referência
de livros, podemos citar alguns excelentes, para aqueles que tiverem
necessidades de estudar ou se aprofundar
no assunto:
"Diagnose
Visual e Controle de Doenças Abióticas e
Bióticas do Eucalipto no Brasil" ( em Português
e com inúmeras ilustrações)
Editado em 2003 pela International Paper do Brasil e de autoria de
Doraci Milani & Francisco Alves Ferreira
https://ssl8.locaweb.com.br/livraria2/produtos.asp?produto=650
"Clonagem e Doenças do Eucalipto" (em Português
e com muitas ilustrações)
Editado em 2004 pela Livraria da UFV e de autoria de Acelino Couto
Alfenas, Edival A. Valverde Zauza, Reginaldo Gonçalves Mafia,
Teotônio Francisco de Assis
https://ssl8.locaweb.com.br/livraria2/produtos.asp?produto=672
"Diseases
and Pathogens of Eucalypts" ( em Inglês
e bastante ilustrado )
Editado
pelo CSIRO Publishing da Austrália e de autoria
de P.J. Keane, G.A. Kile, F.D. Podger & B.N. Brown
http://www.publish.csiro.au/nid/18/pid/2484.htm#contents
A seguir algumas referências da literatura virtual
sobre doenças dos eucaliptos e encontradas na web:
Austrália
http://path.murdoch.edu.au (
Program for Australian Tree Health)
http://www.publish.csiro.au/nid/39/paper/AP99045.htm
Brasil
"
Seja o Doutor do seu Eucalipto" ( Publicação da
Potafos - Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa
e do Fosfato)
http://www.potafos.org/ppiweb/brazil.nsf/87cb8a98bf72572b8525693e0053ea70/
d5fbc829a2f54298832569f8004695c5/$FILE/Encarte%2093.pdf
"
Doenças dos Eucaliptos" ( Publicação da
Potafos - Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa
e do Fosfato)
http://www.potafos.org/ppiweb/brazil.nsf/87cb8a98bf72572b8525693e0053ea70/
d5fbc829a2f54298832569f8004695c5/$FILE/Enc26-32-93.pdf
"
Doenças do Eucalipto no Sul do Brasil" ( Publicação
da Embrapa Florestas )
Circular Técnica nº 45: http://www.cnpf.embrapa.br/publica/gratcit.htm
Indonésia
http://www.cifor.cgiar.org/publications/pdf_files/Insect-pests.pdf
http://www.ansinet.org/fulltext/ppj/ppj3297-104.pdf
Tailândia
http://www.dnp.go.th/foremic/fmo/fmoproject/IUFROnair.pdf

E-monitor
de Polpas de Eucalyptus
Dentre
os diversos serviços técnicos
oferecidos pelo Pulp & Paper Research Institute of Canada -
PAPRICAN a seus clientes e parceiros estão os programas de
aferição inter-laboratorial para ensaios físico-mecânicos
de polpas celulósicas. Recentemente, o instituto criou um
programa especial para polpas branqueadas de eucalipto, denominado
E-monitor Eucalyptus. Sob a coordenação do Sr. Pierre
Simon, o programa visa a perfeita sintonia entre os diferentes laboratórios
que estejam testando celuloses kraft branqueadas de eucalipto.
Maiores informações podem ser encontradas
em:
http://www.paprican.ca/wps/portal/paprican/util?lang=en&extsrc=AS_QAS
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/E-monitor%20Eucalyptus.%20Paprican.pdf

Mini-Artigo
Técnico por Celso Foelkel
Os
Eucaliptos no Brasil
Nas últimas décadas, conseguimos desenvolver
uma fantástica tecnologia para plantar e fazer crescer florestas.
Aprendemos a fazê-las desenvolver bem e produzindo madeiras especializadas
para utilizações finais específicas. Os saltos
de produtividade foram igualmente fantásticos: de crescimentos
abaixo de 20 metros cúbicos por hectare.ano na década
dos 60’s para cerca de 40-55 m³/ha.ano nesses meados da
primeira década dos 2000’s. As plantações
florestais foram desenvolvidas para produzir madeira (ou outros produtos
florestais, igualmente), onde ela seja requerida pelas atividades empresariais,
ou onde se necessite de uma fonte adicional de renda aos produtores
rurais. Conquistamos, com elas e seus produtos, a admiração
do mundo. Somos vistos como competitivos e competentes, detentores
da mais moderna tecnologia florestal do planeta, em resumo, algo que
nos enche de orgulho e de responsabilidades também. Temos tido
muitos sucessos com os Eucalyptus e com os Pinus, mas outros gêneros
como Acacia, Araucaria, Tectona, Mimosa, etc. também estão
ganhando espaço. Em todos os casos, as razões algumas
vezes se repetem, mas o inquestionável, é que esse setor
florestal brasileiro das florestas plantadas compõe uma apreciável
parcela da geração de riquezas do país. Recentemente,
a ABRAF – Associação Brasileira de Produtores de
Florestas Plantadas posicionou o setor de florestas plantadas como
responsável por 4 % do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil,
algo realmente impressionante, pela tenra idade do negócio e
da atividade no país. O gênero Eucalyptus tem participação
fundamental nesse processo e é sobre ele que discorreremos nesse
artigo, tentando resgatar um pouco de sua história e de suas
conquistas. Como essa história será contada em duas partes,
começaremos agora pelas origens históricas dos eucaliptos
em nossas terras.
As
origens
Edmundo
Navarro de Andrade, o pai da eucaliptocultura no Brasil, escreveu
diversos e valiosos livros sobre
os eucaliptos.
Com
uma forma coloquial de redação e de fácil
e agradável leitura, seus fantásticos livros são
atuais até hoje, mas pouco consultados pela atual geração
de silvicultores e acadêmicos. Tenho a primazia de ter
a primeira (1939) e segunda edição (1961) do absolutamente
incrível "O Eucalipto", além do "Manual
do Plantador de Eucaliptos", de 1911. A maioria das obras
de Edmundo surgiram no início do século 20,
exceto a segunda edição
da bíblia "O Eucalipto", que foi uma revisão
e atualização em 1961, por Armando Navarro Sampaio,
sob o patrocínio da FAO – Food & Agriculture
Organization, para comemorar a 2ª Conferência Mundial
do Eucalipto, que aconteceu em São Paulo. Temos ainda
muito a aprender com os conhecimentos formados no passado, base
dos atuais, para nos ajudar a conquistar o futuro que estamos
construindo hoje. De acordo com Navarro de Andrade, foi no Chile
que os eucaliptos possivelmente primeiro chegaram à América
do Sul, em 1823, por mudas lá deixadas por um veleiro
inglês. É difícil precisar como e quando
os eucaliptos ingressaram pela primeira vez no Brasil. Há controvérsias
sobre o tema: teria sido no Rio de Janeiro em 1855; ou no Rio
Grande do Sul, em 1868; ou ainda no RJ em 1865? Nos registros
de Navarro de Andrade de 1939, ele afirma que quaisquer dessas
introduções mostram verossimilidade e poderiam
ter ocorrido, mas carecem de dados históricos e registros.
Há inclusive uma citação importante, muito
antes dessas datas até agora mencionadas, que acenam para
dois exemplares de E. gigantea, que provavelmente tenham sido
plantados no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em 1825.
Navarro de Andrade também citava a possibilidade de que árvores
de E.globulus tenham sido plantadas no interior de São
Paulo, entre 1861 e 1863.
Independentemente
de quando eles surgiram no Brasil, com certeza foi entre 1825 a 1868.
As primeiras espécies aqui plantadas
teriam sido E.globulus e/ou E.gigantea. No início, as árvores
eram plantadas com fins decorativos, como quebra-ventos e pelo óleo
essencial. Entretanto, em outros países, elas já se
destacavam como produtoras de madeira, devido a seu rápido
crescimento e rusticidade. Isso levou Navarro de Andrade a considerá-las
como potencial recurso madeireiro para a Cia Paulista de Estradas
de Ferro, que necessitava de lenha, dormentes, postes e moirões.
As plantações econômicas: de 1903
a 1960
Armando Navarro Sampaio, que continuou o trabalho do agrônomo
Edmundo, conta a tenacidade e a determinação do mesmo
na introdução dos eucaliptos para fins econômicos
na Cia Paulista. Formado em 1902 em Coimbra / Portugal, Edmundo
foi convidado em 1903 para o cargo de diretor do Horto Florestal
de Jundiaí, em SP. Começou naquele horto, em 30.12.1904,
seus primeiros estudos comparando o crescimento de espécies
nativas e exóticas, quando plantadas em florestas homogêneas.
Naquele ensaio, os eucaliptos se destacaram tanto, que ele não
teve dúvidas em recomendar a aquisição de
um horto maior em Rio Claro, para intensificar a cultura dos eucaliptos.
Em 1910, Navarro planta em Rio Claro, sua primeira grande coleção
e em 1919 já possuía cerca de 123 espécies
do gênero lá plantadas. Outras introduções
de espécies ocorreram mais tarde.
Navarro de Andrade era pessoa simples e não obstante seja
hoje aclamado e reconhecido como o grande responsável pelos
eucaliptos no Brasil, naquela época também sofreu
duras críticas de fazendeiros, políticos e outros "infalíveis
conhecedores do assunto", como menciona Armando Navarro Sampaio.
Entretanto, ele continuou seu trabalho. A empresa ferroviária
comprou mais hortos florestais e a meta era tornar o combustível
acessível às locomotivas, onde fosse requerido ao
longo das linhas ferroviárias. Por volta de 1930, já se
notava que a paisagem agrícola se modificara, e os eucaliptos
eram facilmente notados. Há estimativas de que em 1941,
ano da morte de Edmundo, que tínhamos cerca de 24 milhões
de árvores plantadas pela Cia. Paulista no estado de São
Paulo. Já em 1960, esse número era de 46,5 milhões.
As plantações paulistas serviam de exemplo para outros
estados brasileiros, como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio
de Janeiro. Entretanto, nessa época já se encontravam
plantas de eucalipto por todo o Brasil. As primeiras espécies
bem sucedidas foram: E.saligna, E.botryoides, E.viminalis,
E.tereticornis, E.robusta, E.alba, E.grandis, E.paniculata, Corymbia
citriodora,
Corymbia maculata, E.camaldulensis, E.pilularis, E.propinqua, E.microcoris,
E.triantha, E.punctata, dentre outras. Já naquela época
se falava em hibridação. Recomendava-se também
o plantio do híbrido "paulistana", que era um
híbrido natural de E.globulus e E.robusta.
Já de início se perceberam que espécies diferentes
forneciam madeiras para fins distintos como: lenha, carvão
vegetal, postes, dormentes, vigas, celulose, papel, óleos
essenciais, etc. Também se identificavam suas sensibilidades
e tolerâncias ao clima, solo, déficit hídrico,
etc. Estavam definitivamente lançadas as bases de nossa
silvicultura competitiva e vitoriosa.
O
sucesso do crescimento da eucaliptocultura foi impulsionado pelo
uso como biomassa combustível (lenha e carvão)
e depois pela fabricação de celulose e papel. Navarro
de Andrade se preocupara em desenvolver usos alternativos para
os eucaliptos. Em 1925, ele levou pessoalmente para o Forest Products
Laboratory, em Madison / USA, madeiras de E.saligna e E.tereticornis para
ensaios para celulose e papel. Em 30.12.1925 menciona que "os
auspiciosos resultados do FPL abrirão nova era na manufatura
do papel no Brasil, uma vez que está provado que se reduziria à metade
o custo de fabricação do papel". Após
a experiência exitosa nos USA, houve interesse seu em instalar
uma fábrica de papel à base de eucalipto no Brasil,
mas não conseguiu sensibilizar empresários ou os
governos. Paralelamente, incentivou os empresários brasileiros
a avaliar o exemplo australiano, onde se produziam papéis
com eucaliptos. Os processos e as espécies existentes na época
mostravam potencial. Relata-se que a primeira empresa a fabricar
e usar celulose e papel de eucalipto foi a Gordinho, Braune & Cia,
em Jundiaí, com 10 toneladas diárias de produção,
isso por volta de 1927. O papel continha 75% de fibras de eucalipto
e o restante era de Araucaria angustifolia. Recordem-se
que Navarro de Andrade havia começado sua carreira também
em Jundiaí. Dois euca-goals para essa cidade. Rapidamente,
outras fábricas passaram a utilizá-lo: Matarazzo,
Cícero
Prado, Melhoramentos, Suzano, Simão. Nos 1960's, instala-se
em Mogi Guaçu, a fábrica com mais de 100 toneladas
diárias de produção, da Champion Papel e Celulose,
um assombro para a época. Estávamos definitivamente
no caminho do crescimento. Desde 1957 a Suzano desfruta a honra
de ser pioneira na fabricação de papel branco com
100% de fibras de eucalipto. O Brasil passa então, no final
dos anos 50's, a conquistar suas copas, quer no futebol, como na
indústria de celulose de eucalipto.
...
(a ser continuado)
Literatura
ANDRADE, E.N. - Manual do plantador de eucaliptos. Tipografia
Brasil de Rothschild, 343 p., 1911
ANDRADE,
E.N. – O
eucalipto. Cia Paulista de Estradas de Ferro. 667 p., 1961
MORA,
A . L. ; GARCIA, C.H. – A cultura do eucalipto no
Brasil. Sociedade Brasileira de Silvicultura, 112 p., 2000